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Resumo Pediatria - Integrada
Resumo Pediatria - Integrada
Doenças Exantemáticas
Sarampo
Quadro clínico
● Caso suspeito: Todo paciente que, independente da idade e situação vacinal,
apresentar febre e exantema maculopapular, acompanhado por tosse, coriza e/ou
conjuntivite.
● Período prodrômico: 2 a 4 dias, febre alta, tosse, coriza, mal estar, conjuntivite
Complicações
● Quando a febre persistir após 3 dias de exantema
● Principais: OMA e pneumonia
● O sarampo em bebês com menos de 1 anos é a que mais causa complicações.
Diagnóstico
● Clínico
● Para confirmar: exame sorológico (ELISA) - 1° a 28° dias do aparecimento do
exantema (IgM e IgG ) e Coleta de PCR em amostras biológicas (sangue, secreção
nasofaríngea, urina, saliva, e líquor) nos primeiros dias de exantema.
Conduta
● Internação
● Medicamentos sintomáticos, hidratação
● Coleta de ELISA e PCR
● Vitamina A ⇒ tratamento
● Prevenção: vacina ⇒ tríplice viral
○ Caso confirmado: Ideal tomar a vacina em até 72 horas ⇒ se já tiver
tomado as duas doses da vacina, não precisa tomar
○ Imunoglobulina: <6 meses, gestante sem imunidade prévia,
imunodeprimidos
● Notificação compulsória
Rubéola
Quadro clínico:
● Nas crianças geralmente não aparecem os exantemas.
● Período prodrômico: febre baixa, cefaleia, dores generalizadas (artralgias e
mialgias), coriza e tosse. Geralmente não é observado em crianças.
● Período exantemático: exantema cutâneo róseo, máculo papular e puntiforme
difuso, distribuição crânio-caudal, início face, couro cabeludo e pescoço, extensão
para todo o corpo ⇒ 5 a 10 dias.
○ Observa-se linfadenopatia, principalmente retroauricular, cervical e
occipital, que aparecem 5 a 10 dias antes do exantema.
● Complicação: Síndrome da Rubéola Congênita → comprometimento do SNC,
catarata congênita, cardiopatia.
● Diagnóstico: ELISA e PCR
Varicela
Quadro clínico
● Período prodrômico: até 3 dias, febre baixa, cefaléia, anorexia e vômitos
● Período exantemático: caracterizada pela presença de febre e erupção cutânea,
pápulo vesicular, lesões umbilicadas na sua região central, e evoluem para forma
de crostas, até cicatrização ⇒ Acomete mucosas
Conduta:
● Vacinação
● Em gestantes: tomar imunoglobulina específica para o vírus da varicela zoster-
VZIG até 96h após o contato. Após o decorrer das 96 h, pode iniciar o aciclovir.
● Notificação só em casos de surtos
Escarlatina
● Streptococcus pyogenes
● Transmissão por contato direto e próximo com paciente que apresenta
faringoamigdalite estreptocócica aguda
Quadro clínico
● Início agudo: febre alta, vômitos, dor de garganta e sintomas gerais (cefaleia,
calafrios, mal estar, dor abdominal)
● Período exantemático: de 12 a 18 horas após o início dos sintomas
○ Erupção eritematosa puntiforme, que embranquecem à pressão, confluente
em dobras cutâneas e áreas de pressão (sinal de Pastia); pele áspera
(consistência de lixa), expansão do exantema em 24 horas, face eritematosa
com palidez peri-oral (sinal de Filatov), apresenta descamação (em “luva” e
em “bota”)
● Enantema: aumento das amígdalas, com edema, hiperemia e exsudato. Faringe
com edema e hiperemia, língua em framboesa, palato com petéquias.
Diagnóstico:
● Cultura de orofaringe é o principal exame
● Testes rápidos até sair a cultura → detecção de antígeno
● ASLO
Tratamento
● Penicilina G benzatina, nas doses de 600.000 UI, intramuscular, para crianças
menores de 25 quilos, e 1.200.000 UI para maiores de 25 quilos e adultos, em dose
única.
● Eritromicina ou cefalosporinas = indicada para pacientes alérgicos às penicilinas
Quadro clínico
● Febre alta, irritabilidade → início súbito, com febre alta (39°-40°C) e extrema
irritabilidade, em contraste com o bom estado geral.
● Em alguns casos ocorrem sinais de comprometimento respiratório (tosse, coriza
e/ou pneumonite) ou gastrintestinal (diarreia, dor abdominal).
● Após três a cinco dias há declínio brusco da febre e o aparecimento do exantema,
com sensível melhora do humor.
● Exantema maculopapular, com lesões discretas de 2 a 3 cm de diâmetro, não
coalescentes, que se assemelham à rubéola ou ao sarampo leve
● Acomete inicialmente o tronco e, em seguida, a face, a região cervical e a raiz dos
membros, sendo de curta duração (24 a 72 horas), sem descamação ou com
discreta pigmentação residual.
● Sinais e sintomas clínicos inespecíficos mais frequentes: adenomegalias cervicais
e/ou retroauriculares, hiperemia de orofaringe e edema palpebral.
Eritema Infeccioso
● Casos típicos: exantema inicia-se pela face sob a forma de eritema difuso, com
distribuição em "vespertílio" e edema das bochechas (fácies esbofeteada); as
outras regiões da face, como o queixo e a região perioral, são poupadas
● Febre de 38°C há 10 dias, com duração de 2 dias, além de manchas avermelhadas
pelo corpo, com início em face.
● Informar a escola, mas a criança pode frequentar a escola → após o exantema
não tem infecção.
● As manchas ressurgem após exposição solar
Síndrome de Kawasaki
Tratamento:
● Imunomodulador: Gamaglobulina endovenosa 2g/kg em dose única ( 8 a 12 horas)
● Aspirina 80 -100mg/kg/dia 4x/dia (1 semana)
● Aspirina 3-5 mg/kg/dia 1x/dia
Consulta Pediátrica
Cronograma de consultas:
● Consulta de orientação aos pais no 3° trimestre da gestação
● Consulta ao nascimento ⇒ sala de parto e antes da alta
● Consulta na 1ª semana de vida ⇒ entre o 3º e o 7º dia de vida (domiciliar ou
ambulatorial)
● Consulta no final do 1° mês ou antes se necessário
Anamnese
● Antecedentes pessoais da criança ⇒ antecedentes patológicos e alimentares,
questionando acerca da gestação, nascimento e período neonatal.
● Desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) ⇒ aparecimento de habilidades
motoras, aquisição de linguagem gestual e falada, controle esfincteriano e
desenvolvimento socioafetivo da criança com membros da família e amigos.
● Antecedentes vacinais devendo além de registrar as vacinas tomadas e períodos
em que foram realizadas, registrar eventos adversos (locais ou sistêmicos) caso
tenham ocorrido.
● História de formação da família, relacionamento dos pais e aceitação da criança
neste processo.
● Habitação ⇒ compreensão acerca das condições de vida e saúde da criança e sua
família, de modo a conseguir compreender se existem fatores de risco para
doenças respiratórias, infecto-parasitárias e dermatológicas.
● Hábitos atuais da criança ⇒ alimentares, intestinais, urinários, sono, higiene
corporal e bucal, lazer e atividade física. Quanto tempo a criança fica exposta a
telas de telefone, tablets, televisão, etc.
Exame físico
● Peso:
○ Normal (perda de até 10% ao nascer e recuperação até o 15º dia de vida)
○ Baixo peso ao nascer (<2500g)
○ Macrossomia (>4000g)
● Face: pesquisar assimetria, malformação, deformidade ou aparência sindrômica
● Pele: pesquisar presença de edema, palidez, icterícia, cianose, presença de
assaduras, pústulas (impetigo) e bolhas palmo-plantares (sífilis)
● Crânio: realizar exame das fontanelas
● Olho: observar presença de secreção purulenta (importante descartar infecção por
gonococo, clamídia e herpes vírus)
● Tórax: observar assimetrias, se há sinais de sofrimento respiratório, verificar os
pulsos, FC e se há presença de sopros cardíacos.
● Abdome: contar movimentos respiratórios abdominais, se há presença de hérnia
inguinal ou hérnia umbilical.
● Avaliação neurológica: Observar os reflexos de sucção, preensão palmar-plantar.
Diagnósticos - CEVADA
● C - crescimento ⇒ estatura adequada, baixa ou alta para a idade
● E - estado nutricional ⇒ eutrófica ou distrófica
● V - vacinação
● A - alimentação
● D - desenvolvimento
● A - ambiente físico e emocional
Curvas de IMC
Estatura
Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM)
Suplementação **
● Ferro: a partir dos 6 meses
○ 1 mg/kg peso/dia - sulfato ferroso 25 mg/ml (cada ml = 25 gotas)
○ Em aleitamento materno: 6º ao 24º mês de vida
○ Leite de vaca: desde a interrupção do AM até 24º mês de vida
○ Fórmula enriquecida: 6º ao 24º mês de vida
● Em prematuros (pré-termos)
○ RN pré-termo com peso entre 2500 e 1500 g ⇒ 2 mg/kg de peso/dia, a
partir de 30 dias até 1 ano. Depois 1mg/kg/dia por mais 1 ano.
○ RN pré-termo com peso entre 1500 e 1000 g ⇒ 3 mg/kg de peso/dia por 1
ano. Após este período, 1 mg/kg/dia por mais um ano.
○ RN pré-termo com peso <1000 g ⇒ 4 mg/kg de peso/dia, a partir de 30 dias
durante um ano. Após este período, 1 mg/kg/dia mais 1 ano
● Vitamina D e A
○ AM: 1º semana de vida até 12 meses ⇒ depois aumenta para 3 gotas 12-24
meses.
○ Leite de vaca: 1º semana de vida até 12 meses ⇒ depois aumenta para 3
gotas 12-24 meses.
○ Fórmula enriquecida: 1º semana de vida até 12 meses ⇒ depois aumenta
para 3 gotas 12-24 meses.
Queixas Cardiológicas
Conceitos
● Perda de consciência = perde a consciência de si mesmo e de sua condição → não
responde a estímulos.
● Perda da consciência não sincopal = perda de consciência não atribuível a
hipoperfusão cerebral
○ Causada por hiperglicemia, intoxicação alcoólica ou drogas, concussão por
trauma craniano.
● Convulsão = perda de consciência geralmente acompanhada de movimentos
involuntários.
○ Meningite pode induzir a manifestações neurológicas, como a convulsão.
● Síncope = que é a perda de consciência súbita e do tônus muscular, que passa
rápido, por causa de uma hipóxia ⇒ hipoperfusão cerebral
● Síncope por estímulo vasovagal = mudança postural, pródromos, não tem relação
com o esforço.
● Pré-síncope: tem os sintomas, mas a pessoa não chega a cair ⇒
comprometimento parcial da consciência
● Pseudo-síncope: quando a pessoa simula um desmaio → aparência de perda
transitória de consciência sem haver perda de consciência
Sinais de alerta na síncope: (não vagal)
● Evento: colapso súbito, sem pródromos, ao exercício, palpitações cardíacas,
posição supina
● Exame físico normal
● História clínica positiva → ex: se tem alguma doença cardíaca
● História familiar positiva → perguntar se na família já teve algum histórico de
morte súbita.
● Síncope causada por ruídos intensos ou estresse emocional
● Uso de medicações que prolongam o QT: citalopram, azitromicina, ondansetrona.
● Atividade tônico-clônica (cardíaca ou neurológica)
Dor torácica
● Queixa cardiológica muito frequente no ambulatório
● Dor precordial → ósteo-muscular é mais comum na criança
Sinais de alerta
● Dor anginosa
● Dor ao exercício aeróbico, de intensidade moderada ou maior, não atribuível a
outras causas.
● Na história da doença atual: queixa de dispneia ou cansaço excessivo, história de
síncope inexplicável e não sugestiva de vasovagal, desconforto ou dor torácica,
palpitação, principalmente se associados ao esforço físico ou depois ⇒ maior risco
de evento cardiovascular
Sopro
● O sopro cardíaco é a maior causa de encaminhamento para a investigação de
cardiopatia congênita.
● Sopro inocente → ocorre em 80% das crianças com 3 a 4 anos.
○ É pior em estados hidrodinâmicos (febre)
○ Não é patológico
○ Sem sintomas
○ Sem abaulamentos, impulsões ou frêmitos, bulhas normais
○ Geralmente é sistólico
○ Restante do exame é normal (ictus, precórdio, bulhas)
○ Ruído venoso: o fluxo que vem da jugular entra na cava superior e faz uma
pequena turbulência. Se comprime a veia jugular, o barulho some (quando
deita ou vira o pescoço)
A criança vomitadora - Refluxo Gastroesofágico
Critérios de Roma IV
● Obrigatória a presença das duas seguintes condições em lactentes sadios (3
semanas a 12 meses) =
○ 1. dois ou mais episódios de regurgitação por pelos menos 3 semanas
○ 2. ausência de náuseas, hematêmese, aspiração, apneia, déficit de ganho
ponderal, dificuldade para alimentação ou deglutição, postura cervical
anormal
Conduta
● Esclarecimento aos pais sobre o caráter benigno e transitório dessas
manifestações, orientar que o aleitamento materno natural exclusivo deve ser
mantido.
● Se caso, surgir outros sintomas associados, os pais devem retornar e explicar as
queixas aos pediatra
● Após mamar colocar em pé
● Elevação da cabeceira (dormir em posição supina)
Alimentação
● Manter AM exclusivo
● Se toma fórmula ou é misto: utilizar fórmulas espessadas (anti regurgitação)
● Fracionar a dieta: dar menos leite
Diagnóstico
● Não tem nenhum padrão ouro
● Raio-X esôfago-estômago-duodeno contrastado ⇒ Deve ser solicitado para
excluir anormalidades anatômicas do trato digestório alto
● Endoscopia digestiva alta com biópsia ⇒ Solicitada na suspeita de complicações
(esofagite, estenose péptica, esôfago de barrett)
Tratamento
● Bebê - Lactente
○ Orientação postural
○ Orientação técnica menstrual
○ Antiácidos de contato = sintomático e diminui a acidez noturna
○ Inibidor de bomba de prótons = apenas se confirmado esofagite erosiva
pela endoscopia
● Criança e adolescente
○ Tratamento Dietético ⇒ Redução do peso
○ Elevação do decúbito durante o sono
○ Evitar alimentos antes de deitar
○ Evitar alimentos ácidos - chocolates, frituras, cafés, bebidas cafeinadas,
refrigerantes, apimentados, ácidos e alimentos a base de tomate
○ Evitar cigarro e álcool
○ Medicamentoso
■ Antiácidos de contato ⇒ apenas sintomático
■ Inibidor de bomba de prótons ⇒ sinais de esofagite
Causas de Vômito
● Estenose hipertrófica de piloro ⇒ vômitos não biliosos, lactente faminto, oliva
pilórica
● Atresia duodenal ⇒ distensão gástrica, ausência de ar nas demais alças intestinais
● Estenose duodenal (estômago com muito ar e grandão)
● Megacólon Agangliônico
● Invaginação intestinal ⇒ presença de muco sanguinolento exteriorizando pelo
ânus
Doenças Tireoidianas
Hipotireoidismo primário
● Falta do hormônio pela própria tireóide ⇒ tireóide está insuficiente
● TSH aumenta, T4 pode estar normal ou baixo
Hipotireoidismo Central
● Deficiência hormonal do TRH (hipotálamo) ou TSH (hipófise)
● TSH baixo ou normal e T4 baixo
● Melhor parâmetro no hipotireoidismo central é o T4, assim vamos saber se precisa
aumentar ou diminuir a dosagem hormonal
● Tratamento = reposição hormonal com levotiroxina
● A criança já nasce com esse defeito. A tireoide não produz bem o hormônio, que é
primordial intraútero e pós-natal.
● É a principal causa evitável de deficiência mental.
● Na Sd. de Down ⇒ maior prevalência.
● Disgenesia = malformação da tireoide (85%)
○ Agenesia: O paciente nasce sem tireoide.
○ Hipoplasia: tireoide nasce menor que o normal.
● Disormonogênese = é a falta da enzima para produzir o hormônio (falta as enzimas
que capta iodo, faz iodização, o passo a passo do iodo fica prejudicado).
Quadro clínico
● RN e Lactentes
○ Hipoatividade, choro fraco e ronco (por edema de cordas vocais),
dificuldade alimentar, sucção débil, distensão abdominal, macroglossia,
icterícia prolongada, fontanelas amplas, hipotonia.
○ Constipação intestinal, pele seca, palidez cutânea, extremidades frias,
mixedema, livedo, obstrução nasal, bócio (presente ou não), hérnia umbilical
○ Atraso do desenvolvimento neuropsicomotor
Diagnóstico
● Triagem neonatal - exame do pezinho ⇒ papel filtro
● Avaliação tireoidiana: TSH + T4 ⇒ TSH alto e T4L baixo
Tratamento
● Reposição do hormônio tireoidiano como o medicamento levotiroxina
○ Iniciar o tratamento até 10/14 dias - no máximo até 30 dias de nascimento
● Em crianças que não conseguem engolir, o comprimido deve ser triturado,
misturado com um pouco de água. O comprimido deve ser ingerido, pela manhã,
em jejum, idealmente 30 minutos antes do café da manhã.
Hipotireoidismo Transitório
Causas
● Mães tratadas com drogas antitireoidianas
● Excesso ou carência de iodo
● Hipotireoidismo materno → passagem de anti-tpo para o feto
● Passagem placentária de anticorpo bloqueador do TSH
● Prematuridade: imaturidade do eixo (TSH, T4, T3 menores)
● RN doentes (T3 e T4 baixos)
● Mutações (heterozigose) THOX/DUOXA
Tireoidite de Hashimoto
● Mais comum no Hipotireoidismo adquirido
● Início insidioso
● Mais frequente a partir da puberdade.
● Relacionada a outras comorbidades
○ DM1, vitiligo, doença celíaca - doenças autoimunes
○ Relacionada também a síndromes genéticas (Down, Turner, etc)
● Tem história familiar
● Pode ter bócio, por conta da inflamação crônica
● Adquirido primário: defeito que acometeu diretamente a hipófise
Diagnóstico:
● TSH e T4L
● USG da tireóide = vai está super vascularizada - é uma característica.
● Anti-TPO
● História Familiar
Quadro clínico
● Baixa estatura, atraso no crescimento, puberdade atrasada, anemia, pele seca,
sonolência, constipação, alterações cardíacas.
Hipotireoidismo Subclínico
Quadro clínico
● Tríade: bócio difuso, exoftalmia e hipertireoidismo
● Mudança de comportamento, insônia, irritabilidade, diarreia, emagrecimento,
sudorese, bócio difuso e proptose (grande maioria), avanço da idade óssea,
aceleração do crescimento, aumento do apetite, tremores de extremidades.
Diagnóstico
● TSH baixo e T4 alto
● Anticorpo anti-receptor de TSH (TRAB) elevado
● Dosar anti-TPO
Tratamento
● Medicamentoso
○ Betabloqueador (propanolol) - 1mg/kg/dia de 8 em 8 horas
○ Metimazol 0,1 - 1 mg/Kg/dia (até 30mg)
● Iodoterapia: >5 anos, bócios pequenos a moderados
● Cirurgia: < 5 anos, bócio muito grande
Bronquiolite e Sibilância
Fatores de Risco
● Prematuridade, displasia broncopulmonar ou outras doenças respiratórias crônicas
(pela redução da função pulmonar), idade menor que 12 meses, sexo masculino
(provavelmente se deve ao menor calibre das vias aéreas), aglomeração, ausência
de aleitamento materno, cardiopatia congênita e imunodeficiência.
Quadro clínico
● Início com resfriado comum por 2 a 3 dias, com ou sem febre (baixa).
● No 3º dia: pior dia, geralmente é quando vão no médico
○ Tosse, sibilância e sinais de desconforto respiratório (taquidispneia,
retrações torácicas e de fúrcula, gemido, batimento de asas de nariz e
dificuldade na alimentação).
○ Ausculta: estertores crepitantes (< 3 meses) ou subcrepitantes e sibilos.
● Apneia em prematuros e lactentes menor de 2 meses de vida: sintoma precoce da
BVA.
● A grande maioria são quadros leves com melhora após 1 a 3 dias.
Diagnóstico
● O diagnóstico é baseado na história clínica e no exame físico, não necessitando
de exames
● Mas se precisar:
○ Pesquisa de vírus nas crianças internadas (aspirado de nasofaringe – IF e
RT-PCR).
○ Rx de tórax em crianças internadas: presença de atelectasias e
pneumotórax.
○ Oximetria para detectar a hipoxemia (<94%) e acompanhar a resposta à
oxigenioterapia.
Tratamento
● Basicamente = suporte com O2 e hidratação
Fatores de risco
● Desenvolvimento pulmonar: os poros de Kohn nas crianças ainda está em
desenvolvimento ⇒ Faz atelectasias mais fácil
● Infecções virais precoces ⇒ ida precoce à creche - rinovírus*
● Genética, sexo masculino, displasia broncopulmonar, DRGE
● Fatores exógenos: desmame precoce, tabagismo passivo, prematuridade, baixo
peso ao nascer.
Diagnóstico
● Presença de sibilância recorrente
● Tosse espasmódica noturna
● Desconforto respiratório e despertares noturnos
Tratamento
● Se o diagnóstico for sibilância recorrente ⇒ tratar como na asma:
○ β2 agonista de curta ação nas crises nos sibilantes intermitentes
■ Só usamos para resgaste da crise
■ Crises esporádicas usamos só o beta 2 de curta
○ Pré-escolares sibilantes persistentes: β2 agonista de curta ação nas crises +
anti-LTR (leucotrieno) ou CE inalatório
● 1ª coisa ⇒ B2 de curta duração para as crises + corticóide inalatório para
tratamento
● Se a criança não melhorar:
○ Ou aumentamos a dose do corticoide inalatório
○ Ou associamos com montelucaste (anti-LCT)
Vacinação
Tipos de vacinas
● Vacinas inativadas
○ Microrganismos inteiros inativados
■ Poliomielite - VIP ⇒ Antes de 1 ano
■ Vacina contra coqueluche de células inteiras
■ Hepatite A
○ De toxinas naturais inativadas
■ Tétano e difteria
○ De Subunidades ou de fragmentos de microorganismos inativados
■ Influenza ⇒ vírus morto e esquartejado - não é causador de gripe
● Pode dar febre, como evento adverso de vacina normal
■ Acelular contra Coqueluche
○ Polissacarídicas da cápsula envolvente do agente infeccioso ▪
■ Pneumococo 23
■ Febre Tifóide
● Vacinas conjugadas
○ Polissacarídeo da cápsula envolvente do agente infeccioso + proteína =
○ Complexo indutor de resposta imune T-dependente
■ Hib
■ Pneumococo Infantil (10 e 13)
● Vacinas combinadas
○ Contém antígenos de mais de um agente infeccioso
■ Pentavalente
● Vacina contra a Coqueluche de células inteiras
● Tem na DTP ou pentavalente (dtp + Hep B + HIB)
■ Tríplice Viral
● 10 anos ⇒ febre amarela
● 11 a 14 anos ⇒ Reforço com ACWY
● HPV
○ Agora, meninos e meninas = 9 a 14 anos
○ 2 doses com intervalo de 6 meses entre elas.
Proteção
● BCG ⇒ protege contra formas graves de TB
● Hepatite B
● Pentavalente ⇒ proteção contra difteria, tétano, pertussis (coqueluche), hemófilos
influenza b e hepatite B
● Poliomielite (VIP) ⇒ proteção contra poliomielite causada pelos vírus tipo I, II e
III
● Poliomielite oral (VOP) ⇒ protege contra Poliomielite causada pelos vírus tipo I e
III
● Rotavírus ⇒ proteção contra Gastroenterites por rotavírus
● Pneumococo 10 ⇒ proteção contra doenças invasivas causadas pelos 10 sorotipos
de pneumococo contidos na vacina
● Meningococo C ⇒ proteção contra doença meningocócica sorogrupo C
● Tríplice Viral ⇒ proteção contra sarampo, caxumba e rubéola
● Tetraviral ⇒ sarampo, caxumba, rubéola e varicela
● Influenza ⇒ proteção contra o vírus influenza e as complicações da doença,
principalmente as pneumonias.
● HPV ⇒ prevenção de câncer do colo do útero, vulvar, vaginal e anal, lesões
pré-cancerosas ou displásicas, verrugas genitais e infecções causadas pelo
papilomavírus humano
Dor em Membros
Dores Funcionais
● 90% das dores músculo esqueléticas em crianças
● Faixa etária: 4 - 14 anos
● Chama-se funcional porque não se identifica uma condição patológica subjacente
(anatômica, infecciosa, inflamatória, metabólica ou neoplásica)
● Períodos assintomático entre as crises
● Dor funcional é mais longa - porque geralmente não é tão importante.
○ Orgânica é menor, porque é importante e vai ao médico.
● Dor funcional não limita as atividades e não leva a claudicação
Características:
● Dor de longa duração, difusa, bilateral, não limita atividades, não causa
claudicação, sem sintomas gerais, não altera sensibilidade, não altera amplitude
dos movimentos
Dor funcional - Dor do crescimento
Sinais de alerta
● Interferência com as atividades
● Limitação do movimento
● Edema articular
● Dor unilateral
● Piora da dor durante a noite
● Piora progressiva da dor
● Claudicação
● Envolvimento de braços, costas
● Acompanhada por parestesias e formigamentos
● Dor à palpação muscular
● Dor à movimentação passiva
● Diminuição da força muscular
● Dificuldade ou alterações à marcha
● Dor persistente e resistente aos analgésicos
● Manifestações sistêmicas: perda de peso, febre, astenia
Dores Orgânicas
● Curta duração, localizada, limita atividades, pode ter claudicação, pode haver
sintomas gerais, pode haver aumento da sensibilidade, pode haver alteração na
amplitude dos movimentos
Tratamento
● Calçados específicos, palmilhas e órteses de proteção
● Analgésicos e/ou AINH (pós-atividade)
● Fisioterapia
● Natação
Osteocondroses
Tratamento conservador
● Repouso das atividades que agravam
● Muletas ou órteses para tração ou abdução para manter o quadril numa posição
adequada.
● Fisioterapia para manter a mobilidade do quadril
Tratamento cirúrgico
● Tratamento cirúrgico indicado quando ocorre necrose de mais de 50% da cabeça
femoral
Tratamento
● Conservador (gelo, AINE, físico, fortalecimento muscular).
● Crioterapia
● Cinesioterapia
● Alongamento dos músculos isquiotibiais e quadríceps
● Fortalecimento equilibrado de ambos
Artrite séptica
Diagnóstico e tratamento
● Hemograma: leucocitose com neutrofilia
● Velocidade de hemossedimentação (VHS): ↑↑↑
● Proteína C reativa (PCR): ↑↑↑
● Hemocultura: positiva em até 40% dos casos
● Análise do líquido sinovial – Citologia: acima de 50.000-100.000/mm³ – Gram e
cultura
● Radiografia: pouco valor na fase inicial
● Ultrassonografia: derrame articular (guiar punção), RM
● Antibiótico IV (cobertura para S. aureus) 2 a 3 semanas, Analgesia
● Drenagem cirúrgica e lavagem da articulação
● Fisioterapia
Rinite Alérgica
Quadro clínico
● Prurido: nasal, palato, olhos, faringe, laringe e ouvidos
● Rinorreia clara
● Obstrução nasal, anosmia, hiposmia e perda do paladar
● Sintomas oculares ⇒ Reflexos neurais
● Sintomas sistêmicos: mal-estar geral, cansaço, irritabilidade e insônia
● Edema das pálpebras
● Linhas de Dennie-Morgan
● Facie adenoideana
● Prega acima da ponta nasal
● Mucosa das conchas hiperemiadas ou pálida, edematosa, coberta por fina
secreção hialina
Diagnóstico
● Clínico: anamnese e exame físico
● Laboratorial:
○ Determinação de IgE sérica total e específica ⇒ para pesquisar a etiologia
○ Testes cutâneos (punctura ou prick-test) ⇒ para pesquisar a etiologia
○ Aumento de eosinófilos séricos
Tratamento
● Não farmacológico: redução da poeira doméstica e ácaros, reduzir antígenos de
animais domésticos, evitar ambientes com mofo (limpar com água sanitária)
● Farmacológico: Anti-histamínico anti H1, descongestionantes, corticóides tópicos
nasais
● Ideal: Anti-histamínico + corticoides tópicos nasais por 2-3 meses
Asma
● Doença heterogênea caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas, com
história de sibilos, falta de ar, aperto no peito e tosse
Classificação
Diagnóstico
● Clínico = anamnese + exame físico
○ Dispneia, tosse crônica, sibilância, desconforto torácico ⇒ durante a noite e
primeiras horas da manhã
○ Presença de sibilos = intensos, agudos, finos, contínuos
○ Tempo expiratório e/ou inspiratório prolongado
● Sibilos
● Espirometria
Tratamento
● Uso do espaçador
○ Checar e corrigir a técnica do inalador
○ De como a mãe está dando o remédio para criança
○ Usamos o espaçador na bombinha, chacoalha, inspira, espera 8-10
segundas e solta
○ Em cada jato deve ser feito o processo, chacoalhar, encaixar o espaçador,
inspirar, e esperar por 6-10 respirações
Tratamento para menores de 6 anos
Acima de 12 anos
● Passo 1 =
○ Damos corticoide inalatório + SABA nas crises
○ Se exacerbou ⇒ já faz protocolo marte
Infecções do Trato Urinário (ITU)
Fatores de risco
● Baixa idade (< 1 ano)
● Demora para iniciar tratamento eficiente da pielonefrite aguda
● Obstrução anatômica ou neurogênica
● Refluxo vesico-ureteral severo
● Episódios recidivantes de pielonefrite clínica aguda
● Qualquer causa que gere estase urinária
Vias de contaminação
● Via Hematogênica = principalmente em menores de 1 ano, porque o sistema está
imaturo, e nos preocupamos porque rapidamente essas crianças podem ter sepse
● Ascendente = Principalmente entéricos (em crianças > 1 ano)
Etiologia
● Principal = Escherichia coli
● Se não for por E. coli, temos que ir atrás porque provavelmente tem alguma
malformação do trato urinário, ou em crianças maiores pode ter um cálculo renal
Quadro clínico
● < 3 meses = febre, choro, irritabilidade, vômitos, letargia, mama menos (anorexia),
baixo peso ponderal
● > 3 meses = também pode ter sintomas inespecíficos como os lactentes
● Pré-escolares e adolescentes = disúria, urgência miccional, fazer xixi a noite
(começar ou voltar a fazer)
Fatores predisponentes
● Meningomielocele com bexiga neurogênica
● Refluxo Vesicoureteral
○ Alteração funcional - valva incontinente
○ Então, a urina reflui da bexiga para o ureter
○ Depende do grau do refluxo, para a classificação
■ Grau 1 = contraste chega até metade do ureter, mas sem dilatação
■ Grau 2 = contraste chega até o cálice sem dilatação
■ Grau 3 = contraste chega até o cálice com dilatação média
■ Grau 4 = contraste chega até o cálice com dilatação maior
■ Grau 5 = contraste chega até o cálice com dilatação maior - ficando
até tortuoso - a dilatação chega até o cálice
Diagnóstico
● Urina tipo 1 + Urocultura
● Critério diagnóstico = piúria e/ou bacteriúria + urocultura positiva
● Coleta: saco coletor, jato médio, sondagem vesical (mais confiável), punção
supra-púbica
Tratamento Empírico
● < 3 meses
○ Sempre parenteral
○ Aminoglicosídeos ou cefalosporina de 3 geração
○ Considerar associação com ampicilina
● 3 meses a 15 anos
○ Abaixo de 1 ano, com febre, dificilmente fazemos tratamento ambulatório -
sempre ficamos com pé atrás, e tentamos internar
○ Amoxacilina com clavulanato
○ Ceftriaxona (+ usado)
Tratamento profilático
● Objetivo = manter a urina estéril e tentar prevenir recidivas de ITU
● Nitrofurantoína
● Sulfametazol
Investigação
● USG de Vias Urinárias
○ Crianças < 2 anos no 1º episódio de ITU
○ Crianças > 2 anos com ITU febril recorrente
○ Crianças de qualquer idade com
■ antecedente familiar de doença renal ou urológica
■ baixo ganho ponderal
■ hipertensão arterial
■ Quando tem falha terapêutica
● Uretrocistografia Miccional
○ Criança em qualquer idade com infecção urinária febril recorrente
○ USG de vias urinárias alterado
Candidíase Genital
Vulvovaginites
● Tratamento
○ Pomada local com antibióticos nos casos refratários
(metronidazol+nistatina+benzalcônio)
● Aleitamento materno exclusivo = apenas leite materno (ou leite humano de outra
fonte)
● Aleitamento materno predominante = quando dar leite materno + água ou
bebida à base de água (chá) ou suco ⇒ antes dos 6 meses
● Aleitamento materno complementado = LM + alimento sólido ou semi-sólido
● Aleitamento misto ou parcial = LM + outro tipo de leite (fórmula, de vaca)
● Duração ideal: LM exclusivo até 6 meses = é suficiente em nutrientes e em água
Dificuldades na amamentação
● Traumas mamilares, ingurgitamento, mastite: sempre corrigir a técnica e manter a
amamentação.
Amamentação e Pega
● Técnica de amamentação
○ Posicionamento:
■ Rosto de frente para a mama
■ Corpo do bebê próximo ao da mãe
■ Cabeça e tronco alinhados
■ Bebê bem apoiado.
○ Pega:
■ Mais aréola visível acima da boca do bebê
■ Boca bem aberta
■ Lábio inferior virado para fora
■ Queixo tocando na mama
Problemas relacionados
● Fissura mamilar:
○ Manter o aleitamento
○ Iniciar a mamada na mama menos afetada
○ Ordenhar a mama antes da mamada
○ Usar diferentes posições para amamentar
○ Analgesia sistêmica, evitar o contato dos mamilos com as roupas
● Mastite
○ Não interromper o aleitamento
○ O esvaziamento adequado da mama é o ponto mais importante no
tratamento e deve ser feito, preferencialmente, pela mamada.
○ Analgésicos e antitérmicos
○ Antibiótico se necessário ⇒ mínimo de 10 dias
● Abscesso mamário
Tempos da consulta
● A consulta é dividida didaticamente em “Tempos”
○ Anamnese com o adolescente
○ Anamnese com a família
○ Exame Físico
○ Hipótese diagnóstica e conduta
● O importante é sempre ter em algum momento da consulta, ter uma conversa a
sós com o adolescente
Puberdade
● Feminino = 8-13 anos
● Masculino = 9-14 anos
Prescrição de anticoncepcional
● Devemos prescrever se o adolescente pedir, orientar sobre os cuidados e uso de
camisinha
● Não devemos quebrar o sigilo
● Contracepção de emergência = levonorgestrel 1,5mg (dose única)
Crescimento
● Velocidade de crescimento = 5-6 cm por ano
● As meninas iniciam o estirão de crescimento 2 anos antes dos meninos.
● Ja o pico de crescimento do sexo masculino é maior do que o feminno.
Ganho Ponderal
● Masculino - peso e estatura junto
● Feminino - primeiro estatura e depois peso.
Desenvolvimento Genital
● Sexo masculino
○ G1 – pênis, testículos e escroto de aparência e tamanho infantis
○ G2 – Início de aumento de testículos e escroto. Pele escrotal mais fina e
avermelhada ⇒ Início da puberdade
○ G3 – continua o crescimento do escroto e o pênis aumenta principalmente
em comprimento.
○ G4 – Continua o crescimento de testículos e escroto (pele mais enrugada e
escurecida).
■ Aumento do pênis em comprimento e diâmetro. Glande evidente.
○ G5 – Genitais adultos em tamanho e forma.
● Sexo feminino
○ M1 – Mamas infantis. Somente elevação da papila.
○ M2 – Broto mamário. Elevação da mama, aréola e
da papila, com aumento do diâmetro da aréola.
○ M3 – Crescimento da mama e aréola. Não há
separação dos contornos das mamas e da aréola.
■ Aréola e papila se encontram no mesmo
plano
○ M4 – Crescimento e projeção da aréola e da papila
formando uma elevação acima do nível da mama.
■ Aréola e papila projetadas acima do plano
da mama.
○ M5 – Mamas adultas. Projeção apenas da papila. A
aréola retorna para o nível da mama.
■ Projeção da papila
Acne
Classificação
● Leva em consideração a lesão predominante (por ser polimórfica)
● Relacionados com influência hormonal - principalmente os andrógenos → aumento
da produção do sebo → hiperqueratinização , com obstrução do folículo piloso
● Obstrução do folículo + sebo que não consegue sair → comedão (acúmulo de
gordura ou queratina → é o cravo)
○ Leva a proliferação bacteriana → hidrolisam essa gordura em ácidos graxos
livres = pápulas (espinhas).
■ espinha é a evolução do comedão para a pápula.
● Processo inflamatório pode levar a quimiotaxia de neutrófilos, ativação do
complemento e indução de anticorpos (ativando a resposta imunológica de cada
indivíduo)
○ resposta inflamatória e imunológica
● GRAU I - acne comedogênica
Tratamento:
● Sabonetes e loções
○ ácido salicílico + enxofre ou associação dos dois (mais usual)
■ Nomes: Salisoap, Salder S
■ Ácido → tem comportamento anti inflamatório → usado nas acnes
inflamatórias.
○ Triclosano (soapex)
■ Sabonetes à base de triclosano → tem ação esfoliativa
○ Triclosano + ácido salicílico
■ Dermotivon
● Anti Comedogênicos:
○ Retinóides tópicos =
■ Ação: Levam a normalização da queratinização folicular e atuam na
hiperpigmentação residual.
■ Efeitos colaterais:
● Eritema leve (vermelhidão), descamação superficial, além de
fotossensibilidade (deve ser utilizada à noite e retirada
durante o dia). Devemos associar com filtro solar.
■ Fármacos:
● Tretinoína
● Adapaleno
● Retinaldeído
● Retinol
○ Peróxido de benzoíla =
■ Ação:
● Diminui a secreção sebácea, queratinolítico e é fortemente
antibacteriano
■ Efeitos colaterais:
● Irritação, podendo levar a dermatite de contato, pode
manchar tecidos e descolorir cabelos e peles bronzeadas. Não
é fotossensível
■ Fármacos:
● Temos em forma de gel e creme
● Referência: Benzac e Clindoxyl control
○ Ácido azelaico=
■ Ação:
● Queratolítica e antibacteriana, além de despigmentante
(principalmente em pessoas com a pele mais escura).
■ Fármacos:
● Também tem em forma de gel (peles mais oleosas) e creme
(pele mais seca) em diferentes concentrações
● Azelan, Dermazelaic, Dermizan
● Antibióticos:
○ Fármacos:
■ Clindamicina
■ Eritromicina
○ Ação:
■ Utilizar com anti comedogênicos: diminui a resistência bacteriana e
aumenta a sua eficiência.
○ Não devem ser empregados em associação com antibióticos sistêmicos.
● Antibióticos sistêmicos:
○ Tetraciclina / Oxitetraciclina
○ Tempo médio de tratamento: de 3 a 4 meses
○ Evitar o uso de antibiótico sistêmico com antibiótico tópico
● Isotretinoína Oral:
○ Formas graves, casos resistentes à terapia convencional, recidivantes ou
que estejam deixando cicatrizes.
■ Mesmo que seja grau 2, se tiver muitas cicatrizes → é candidato a
tomar Roacutan
○ Age em todos os fatores fisiopatológicos.
○ Dose: 0,5 a 1 mg/kg/dia.]
■ O tempo de tratamento vai de acordo com a dose total acumulada
(geralmente de 4 - 10 meses).
○ Monitorização dos níveis lipídicos, enzimas hepáticas e hemograma no
início, a cada 1 ou 3 meses e ao término do tratamento.
○ Cuidado porque é teratogênico.
■ Assinar termo de responsabilidade e consentimento.
● GRAU II:
○ GRAU I (Sabonetes ou Loções, Anticomedogênico e Filtro Solar FPS 30 +
Antibiótico Tópico
● GRAU III:
○ GRAU I + Antibiótico Sistêmico
● GRAU IV:
○ Isotretinoína oral
Epifisiólise
● Escorregamento gradual e súbito, para trás e baixo, da epífise sobre a diáfise,
resultado de um enfraquecimento do anel pericondral da fise proximal do fêmur.
● Escorregamento para trás e baixo
● É devido ao enfraquecimento da cartilagem de crescimento.
Características:
● Dor em face medial da coxa até a região inguinal, com ou sem claudicação
● Alteração da marcha → inclinação do dorso para o lado comprometido e
posicionamento do membro em rotação externa.
● Exame Físico:
○ Claudicação em grau variável
○ Limitação na rotação interna e na abdução do quadril
○ Dependendo da situação pode ter um encurtamento do membro afetado
(proporcional ao escorregamento)
● Paciente mantém sempre em RE e durante a RI → temos limitação e dor.
Classificação clínica
● Aguda: < 3 semanas (início súbito)
● Crônica: > 3 semanas (insidioso)
○ Crônica Agudizada: dor crônica + exacerbação
● Se consegue ou não suportar carga
○ Instável: não consegue suportar a carga
○ Estável: consegue suportar a carga (principalmente peso do corpo).
Diagnóstico
● Clínico e radiográfico
● Radiografia dos 2 quadris nas incidência ântero-posterior e Lauenstein (posição de
rã)
Classificação radiológica
Ginecomastia
● Proliferação transitória do estroma e tecido ductal mamário no sexo masculino
durante a puberdade (não há desenvolvimento alveolar terminal ← progesterina).
● Resultado do desequilíbrio hormonal entre os níveis de estrógenos e andrógenos
circulantes.
Clínica
● Disco subareolar, de tamanho variável, fibroelástica, móvel, não aderente a tecidos
subadjacentes, uni ou bilateral, simétrico ou não
○ Pode aparecer de um lado, sumir e aparecer do outro lado.
● Dor de leve intensidade e hipersensibilidade à palpação ou ao toque da própria
roupa
● Sinais relacionado com o desenvolvimento puberal (Pico de incidência entre 13 e 14
anos / G4)
○ por ocorrer na puberdade.
Classificação clínica:
● Grau 1 - < 1cm de diâmetro
● Grau 2 – 1 – 4cm de diâmetro
● Grau 3 – 5cm ou mais de diâmetro – Macroginecomastia
Ginecomastia patológica:
● Esteróides, anabólicos, abuso de álcool
○ devido ao aumento da síntese ou atividade estrogênica ou devido a inibição
da síntese ou atividade androgênica.
Investigação laboratorial:
● Na prática, não se faz.
● Mas se fizerem:
○ FSH, LH, testosterona total, estradiol, TSH, T4 livre, prolactina, DHEA,
S-DHEA, βhCG, fosfatase alcalina, AST, ALT, proteínas totais e frações, uréia,
creatinina, HMG
○ Cariótipo (Sd. Klinefelter)
○ USG de mamas
○ USG de testículos
Conduta
● Expectante
○ Normalmente regride entre 6 meses e 2-3 anos
● Tratamento Cirúrgico
○ Ginecomastia grau III ou Macroginecomastia
○ Ginecomastias com mais de 2/3 anos de evolução
○ Repercussões psicossociais graves
Escoliose
Conceito
● Desvio lateral da coluna, acompanhada de rotação dos corpos vertebrais
Epidemiologia
● Deformidade da coluna mais frequente no adolescente
● Predomina no sexo feminino
● 80% dos casos é do tipo idiopático
● Padrão de curva mais comum: desvio torácico para direita
Exame físico
● Desnível dos ombros e das asas ilíacas
● Assimetria do tronco com proeminência ocasional da parede torácica anterior e
posterior
● Desalinhamento entre a região occipital e a fenda glútea
● Elevação do hemilado dos corpos vertebrais à flexão anterior do tronco
● Manobra de Adams: desnivelamento.
● Triângulo de talhe: entre a curvatura e o braço.
Diagnóstico
● Clínico.
● Complementamos com radiológico → determinar a curvatura e tratamento
Tratamento
● Fatores de pior prognóstico:
○ Dupla curva
○ Menor idade (menor maturidade óssea)
○ Maior grau de curvatura
● Curvatura de 20°
○ Acompanhamento clínico a cada 3 meses
● Curvatura 20 – 40°
○ Tratamento conservador (fisioterapia, órteses*) e avaliação a cada 3 meses
● Curvatura >40°
○ Tratamento cirúrgico *coletes de Boston e Milwaukee
Distúrbios menstruais
● Menarca
○ Intervalo médio entre a telarca e a menarca: dois anos e meio;
○ 2-3 primeiros anos: irregulares e anovulatórios
Amenorréias
● Primária ⇒ Ausência da menarca em:
○ Adolescente de 14 anos que ainda não iniciou o desenvolvimento puberal
○ Adolescente de 16 anos com desenvolvimento puberal normal.
● Secundária
○ Ausência de menstruações em um intervalo equivalente ou total de pelo
menos 3 ciclos ou 6 meses ou 18 meses após a menarca.
Amenorreia primária
● Avaliar se os caracteres sexuais estão presentes ou não.
○ Se tiver presentes e concordantes
■ Afastar causas anatômicas
● Criptomenorréia: hímen imperfurado ou septos vaginais
transversos
● Avaliar se útero e vagins estõa presentes
○ Se estiver ausentes →
■ cariótipo XX → anomalia mullerianas.
■ cariótipo XY → insensibilidade completa aos
androgênios
○ Se estiverem presentes →
■ investigar o eixo HHO.
○ Ausência de caracteres sexuais → não estão produzindo hormônios sexuais.
■ Causas:
● Disgenesia gonadal
● Síndrome de Turner
● Falência ovariana primária
● Insensibilidade parcial aos androgênios
● Cirurgia, quimioterapia, radioterapia
Amenorreia secundária
● 1° afastar gravidez.
● Anovulação crônica (principalmente SOP)
● Perda de peso e de gordura corporal (bloqueio central)
● Exercício físico intenso (bloqueio da função ovariana)
● Stress (diminui pulsatilidade do GnRH)
● Hipotireoidismo (bloqueio central)
● Hiperprolactinemia (medicamentos)
● Alterações uterinas - Sinéquias/ endometrites (principalmente em história do DIP e
abortamentos).
Diagnóstico
● Exame físico: busca de sinais específicos
● Acantose nigricans
Tratamento
● Individualizado
● Processo demorado
● Gradativo
● Demanda esforços não só da criança ou do adolescente, mas de toda a família.
● Tratamento nutricional
○ Primeira etapa – Mudanças conceituais e de comportamento
○ Segunda etapa – Mudanças quantitativas
■ gradativa quantidade dos alimentos consumidos em excesso
■ ↓ porções e evitar repetições
○ Terceira etapa – Mudanças qualitativas
■ Melhorar a qualidade da dieta: • Consumo crescente de alimentos de
grande importância nutricional
○ Quarta etapa – Manutenção
■ Nesta fase o próprio paciente ou sua família utiliza as informações e
os aprendizados adquiridos nas fases anteriores para se adaptar às
diversas situações (festas, viagens e cotidiano), controlando os
excessos, realizando substituições e buscando atingir a alimentação
equilibrada
● MEV
○ 60 min de atividade moderada a intensa por dia (atividade física para
crianças deve ser lúdica)
○ Redução para 1 a 2 horas/dia de atividade sedentária (TV, computador, etc)
Sala de Parto
Sala de parto:
● Assistência perinatal - perinatologistas (obstetra + pediatra) ⇒ fundamental no
primeiro minuto “de ouro”, porque se nesse primeiro minuto tiver assistência
rápida com boa resposta, será uma criança saudável
● Preciso ter dados maternos bem conhecidos
● Anamnese
● Material adequado, preparado
Antes do nascimento - sala de parto
● Anamnese materna: fatores antenatais e fatores relacionados ao parto
● Perguntar para a mãe (mas nem sempre ela vai estar bem para te informar),
então, o ideal é chegar antes para conversar com ela.
● Tem que deixar todo material de reanimação preparado.
O que observar logo ao nascimento para garantir uma boa assistência ao RN?
● RN é termo?
● Está respirando ou chorando?
● Tônus está adequado?
● Se as três perguntas forem positivas = termo, saudável, boa vitalidade.
○ Significa que a criança nasceu bem, então não precisa de pressa nem para
clampear o cordão (esperar de 1 a 3 minutos)
■ Clampeamento tardio → prevenir anemia
○ Antes de clampear podemos aquecer o bebê → fazer contato pele a pele
com a mãe, secar o RN e depois fazer o clampeamento tardio
○ Realizar amamentação na 1ª hora após o nascimento
■ Golden Hour
APGAR
● Com quantos minutos refaço o apgar?
○ Faço no 1° minuto → 5 minutos → pode ser preciso fazer com 10 minutos.
○ Se fez no 1° minuto e está tudo ótimo, preciso refazer no 5° minuto. Só deixo
de fazer o 10° minuto se ele já atingiu nota 7.
○ Se a nota for inferior a 7 → faço de 5 em 5 minutos, até 20 minutos (4 notas).
○ O 5º minuto representa o valor prognóstico:
■ Se o apgar do 5º minuto for menor que 5 o RN pode ter sequelas
neurológicas
■ 0 a 2 = depressão neonatal
■ 3 a 4 = moderada
■ 5 a 6 = leve
■ 7 a 10 = boa vitalidade
Classificação do RN
● Pré-termo < 37 semanas
● Termo - 37 - 42 semanas
● Pós-termo > 42 semanas
Alojamento conjunto
● Mães precisam estar estáveis, sem nenhum problema. Sem contraindicações para
permanência com seu bebê.
● RN também deve estar estável, com boa vitalidade, capacidade de sucção e
controle térmico.
● Peso de 1800 a 2000 g
● IG > 34 semanas
● RN com acometimentos que não conferem gravidade, também podem ir para o
alojamento
Triagens de rotina
● Teste do pezinho
● Teste do olhinho
● Teste da orelhinha
● Teste do coraçãozinho
● Teste linguinha
● Displasia congênita de quadril
● Primeiras vacinas: Hepatite B e BCG intradérmica
○ A vacina de hepatite B pode ser feita na sala de parto (porque deve ser
feita nas primeiras 12h de vida).
Reanimação Neonatal
4° etapa:
● Drogas - adrenalina.
● Pode ser pela cânula, EV ou intraóssea.
● Pode dar até 3x adrenalina.
● Continua massageando + ventilando + drogas.
Final:
● Preciso esperar 20 minutos para constatar óbito (depois da massagem,
ventilação e drogas).
Diarreia
Sinais de Alerta
● Qualquer lesão em crianças jovens que ainda não deambulam (equimoses, lesões
na boca, fraturas e lesões intracranianas ou abdominais).
● Lesões em múltiplos sistemas orgânicos.
● Múltiplas lesões em diferentes estágios de cicatrização.
● Marcas de objetos ⇒ marcas de cigarro, chapinha de cabelo, etc.
● Lesões em localizações não usuais, tais como tronco, orelhas, face, pescoço ou
parte superior dos braços.
● Lesões significativas inexplicadas.
● Evidência de negligência.
Exames
● Principais exames hematológicos: hemoglobina, hematócrito, plaquetas,
coagulograma, fundo de olho.
● Sorologias para IST’s ⇒ Em casos de suspeita de violência sexual
○ Beta HCG precisa ser feito também
● Principais exames de imagem: Radiografia de corpo inteiro em crianças menores
de dois anos e seletiva em crianças que já conseguem relatar fatos, como traumas
anteriores em determinada região.
● Na suspeita de maus tratos (< 2 anos) ⇒ fazer radiografia de corpo inteiro
Conduta
● Medidas de proteção Legais
○ Estatuto da Criança e do Adolescente
○ Proteção integral da criança e do adolescente
● Se for para a VARA da infância e juventude, a criança só pode ter alta, sair do
hospital, com autorização da VARA
● Conselho tutelar não pode retirar a guarda da criança, apenas a VARA
Critérios Diagnósticos
● Diabetes
○ Glicemia plasmática de jejum ≥ 126 mg/dl
○ Glicemia ao acaso > 200 mg/dL OU
■ Glicemia de jejum alterada
○ Glicemia duas horas após sobrecarga de 75g de glicose anidra ≥ 200 mg/dl
OU
○ HbA1c ≥ 6,5%.
○ São necessários dois exames alterados para confirmação diagnóstica.
● Pré-diabetes
○ Glicemia de jejum entre 100 mg/dl e 125 mg/dl OU
○ Glicemia de 2h após sobrecarga com 75g de glicose entre 140 mg/dl e 199
mg/dl OU
○ A1C entre 5,7% e 6,4%
Tratamento
● Insulinoterapia: subcutânea - aplicar em áreas diferentes para evitar
complicações
○ Pode ter lipodistrofia ⇒ por aplicação da injeção no mesmo lugar sempre
● Monitorização
● Dieta flexível
● Atividade física - sempre
● Educação em diabetes (família)
● Hemoglobina glicada: a cada 3 meses
Exames laboratoriais
● Dosagem da hemoglobina glicada: a cada 3 meses
● Avaliar laboratorialmente perfil lipídico
● Avaliar doenças autoimunes mais associadas: hipotireoidismo e doença celíaca
Anemias
Anemia ferropriva*
Características
● É uma insuficiência de ferro
● Tem Microcitose, hipocromia com anisocitose
Quadro clínico:
● Apatia, cansaço, irritabilidade, taquicardia, gastrite atrófica, sangramento da
mucosa intestinal, distúrbio de conduta e de percepção, distúrbio psicomotor
● Palidez: face, palmas das mão, mucosa conjuntival e oral
Fatores de risco
● Gestação ⇒ alimentação inadequada, não uso de suplemento de ferro profilático,
complicações nutricionais, parasitoses
● Parto e nascimento ⇒ clampeamento precoce do cordão umbilical, ausência de
aleitamento materno na primeira hora de vida, parasitoses.
● Primeiros 6 meses de vida ⇒ ausência de aleitamento materno exclusivo até 6
meses de vida, introdução precoce de alimentos e outros leites (ex: leite de
vaca)
● A partir dos 6 meses ⇒ alimentação complementar inadequada, baixa ingestão de
ferro heme, não uso de suplemento de ferro profilático, elevada necessidade de
ferro, parasitose.
Tratamento
● Uso de sais de ferro 3 a 5 mg de ferro elementar/kg/dia (fracionado de 2 a 3 vezes)
por 3 a 6 meses
● Primeira reavaliação após semanas
● Sais de ferro
○ Sulfato, citrato, gluconato, quelato
○ No SUS – sulfato ferroso 125 mg/ ml
○ - 20% de ferro elementar – 25mg/ml
○ De 3 a 6 meses ou até normalização dos níveis adequados
Triagem
● Teste do pezinho: identifica anemia falciforme e outras hemoglobinopatias
Anemia Falciforme*
Quadro clínico
● Dor nos ossos e articulações, dor, infecções frequentes, atraso no crescimento e da
puberdade, icterícia.
Diagnóstico
● Anemia normocítica ou microcítica com reticulose
● RDW aumentado
● Pedir dosagem de ferro, ferritina, saturação de transferrina, capacidade de ligação
da transferrina (para descartar ferropriva) ⇒ se tudo vier normal, suspeitamos de
falciforme
● Pedimos Eletroforese
Tratamento
● Penicilina nas crianças desde os 2 meses até aos 5 anos de idade, para evitar o
aparecimento de complicações como a pneumonia, por exemplo.
● Alguns casos necessitam de transfusão sanguínea
Talassemias*
Anemia Hemolítica
Anemia de Fanconi
Megaloblástica
Suplementação de Ferro
● Em prematuros (pré-termos)
○ RN pré-termo com peso entre 2500 e 1500 g ⇒ 2 mg/kg de peso/dia, a
partir de 30 dias até 1 ano. Depois 1mg/kg/dia por mais 1 ano.
○ RN pré-termo com peso entre 1500 e 1000 g ⇒ 3 mg/kg de peso/dia por 1
ano. Após este período, 1 mg/kg/dia por mais um ano.
○ RN pré-termo com peso <1000 g ⇒ 4 mg/kg de peso/dia, a partir de 30 dias
durante um ano. Após este período, 1 mg/kg/dia mais 1 ano
Sd. Nefrótica
Critérios
● Hipoalbuminemia e Hipercolesterolemia
● Proteinúria intensa (>50 mg/kg/dia) ⇒ urina espumosa
● Edema generalizado (anasarca)
Tratamento
● Dieta hipossódica e normoproteica
● Corticoterapia
● Infusão de albumina ⇒ em casos de hipovolemia, anasarca, ascite volumosa.
Sd. Nefrítica *
Tratamento
● Terapia de suporte, acompanhamento ambulatorial, repouso, restrição hídrica e
dieta hipossalina
● Penicilina ⇒ S. pyogenes
Distúrbios da Puberdade
Puberdade
● Meninas: 8-13 anos ⇒ marco é o broto mamário (M2)
● Meninos: 9-14 anos ⇒ marco é o aumento do volume testicular
● Telarca: aparecimento do broto mamário
● Pubarca: aparecimento de pelos
Puberdade atrasada
● > 13 anos na menina
● > 14 anos nos meninos
Hipogonadismo Hipogonadotrófico
● Adquirida: por traumas, tumores, radioterapia, infecção
● Ocorre diminuição de FSH, LH, Testosterona, Progesterona, Estrogênio
Hipogonadismo Hipergonadotrófico
● A gônada não funciona
● Tem aumento de FSH e LH
● Pode ser adquirido: trauma cirúrgico, etc.
● Congênito: Klinefelter e Turner
● Tratamento: terapia com testosterona ou estrogênio
● Diarréia crônica: processo diarreico com duração >30 dias ou 3 episódios de curta
duração, em 2 meses.
Giardíase
● Dor periumbilical em cólica, fezes endurecidas intercalada com fezes amolecidas:
pode cronificar
● Distúrbio absortivo: achatamento das vilosidades
● Diagnóstico: Hemograma completo (pensando em anemia ferropriva),
parasitológico de fezes em 3 amostras e urina 1
Tratamento
● Desimpactação com Clister glicerinado 12%.
● Polietilenoglicol ⇒ é um carboidrato, que não é absorvido - açúcar inerte que
puxa água para o bolo fecal, hidratando-o
● Laxativos osmóticos, óleo mineral
Linfonodomegalias
Linfadenite Bacteriana
● S. aureus, Streptococcus A
● Na região cervical estão relacionados a infecções de vias aéreas superiores, lesões
de pele, infecções dentárias
● QC: febre e aumento do linfonodo (doloroso) e hiperemia da pele adjacente
● Diagnóstico: não precisa de exames complementares
● Tratamento: Amoxicilina, amoxicilina + clavulanato, cefalosporina, Clindamicinas
ou macrolídeos
● Se precisar de terapia endovenosa: Clindamicina, ampicilina-sulbactam,
ceftriaxona e vancomicina
● Caso não haja resposta em 48 a 72hs de antibioticoterapia - avaliar formação de
abscesso ⇒ USG, TC ou RNM com contraste
Mononucleose infecciosa
Leucemias
● Leucemias linfóides agudas (LLA) correspondem a até 80% dos casos
● Faixa etária mais acometida entre o 2º e 5º ano de vida
● Decorre da expansão clonal de células progenitoras (blastos) na medula óssea
● Diminuição da produção de precursores de eritrócitos, leucócitos normais e
plaquetas
● QC: Dor óssea, febre, palidez, astenia, petéquias, equimoses,
hepatoesplenomegalia, linfadenomegalia generalizada
● Lab: anemia normocítica e normocrômica com diminuição de reticulócitos,
leucocitose ou leucopenia, trombocitopenia.
● Diagnóstico: Mielograma ⇒ Pelo menos 25% de blastos na medula óssea
● Tratamento:
○ Quimioterapia sistêmica e intratecal
○ Transplante de medula óssea
● HEPATOMEGALIA E FEBRE EM CRIANÇAS PODE SER LEUCEMIA
Crise Febril
Intervenção terapêutica
● Em até 5 minutos
● Passou de 5 minutos temos que dar benzodiazepínico ⇒ diazepam ou midazolam
Características da Crise febril benigna
● Idade: 6 meses a 5 anos
● Crise convulsiva: tônico-clônica generalizada
● Duração: até 15 minutos
● Retorno do nível normal de consciência após término da convulsão
● Documentação da febre (≥ 38oC)
● Única crise convulsiva em 24 horas
● Ausência de doença neurológica prévia
Tratamento
● Benzodiazepínicos nas crises com duração > 5 minutos (Diazepam ou Midazolam)
● Prevenção de novos episódios: Benzodiazepínico (Diazepam) via retal nas crises
febris recorrentes
Fatores de risco
● Meninas: <1 ano, raça branca, temperatura >39ºC, febre por mais de 2 dias
● Meninos: < 6 meses, raça não branca, não postectomizados, febre >39ºC, febre > 1
dia
● Se a criança estiver com mal estado geral, já considera sepse
● É a criança que tem pneumonia e que estava na comunidade nos últimos 30 dias.
Além disso, a manifestação da pneumonia tem que ter sido em 48-72 h de
internação.
● O paciente não pode ter sido internado nos 30 dias que antecedem o diagnóstico
● Infecção do trato respiratório inferior
0-7 dias
● Streptococcus agalactiae (70%) ⇒ penicilina cristalina + amicacina
● Gram negativos (enterobactérias) ⇒ Cefalosporina de 3ª geração ou amicacina
7-28 dias
● S. Aureus ⇒ oxacilina + amicacina
● Gram negativos (enterobactérias) ⇒ Cefalosporina de 3ª geração ou amicacina
28 dias a 3 meses
● Pneumonia afebril do lactente, taquipnéia, hipoxemia, tosse, ausência de febre,
conjuntivite prévia
● Staphylococcus aureus ⇒ oxacilina
● Streptococcus pneumoniae ⇒ Amoxicilina Vo ou Penicilina
● Sem vacina Hib: amoxicilina + clavulanato
3 meses - 2 anos
● Ótimo estado geral → amoxa ou peni.
● Mal estado geral = cobrir outros agentes (Haemophilus influenzae Staphylococcus
aureus) com amoxa + clavulanato + oxacilina
● Se for VSR = não damos antibiótico
● Se for influenza ⇒ Damos oseltamivir
IVAS - Infecções das Vias Aéreas Superiores
Herpangina (coxsackie)
Mão -pé-boca
Dermatopatias
Tratamento
● Cuidados locais e remoção de crostas
● Lesões perioral/ perinasal → sempre dar antibiótico sistêmico.
○Antibiótico sistêmico:
■ Cefalosporinas, oxacilina, clindamicina e vancomicina
● Lesões em locais isoladas → antibiótico tópico.
○ Antibiótico tópico (7 - 10 dias): longe da boca e nariz
■ Mupirocina ( Bactroban )
■ Retapamulina ( Altargo)
■ No posto de saúde: nebacetin (bacitracina)
● Streptococcus ⇒ amoxicilina (penicilina)
Impetigo Bolhoso
Tratamento
● Cuidados locais (água e sabão anti-séptico)
● Antibiótico tópico ⇒ Lesões isoladas, sem febre.
● Antibiótico sistêmico (Oxacilina, cefalosporina, eritromicina, clindamicina, etc.)
○ Indicações
■ Se criança com febre, lesão extensa → risco da pele escaldada
(mesmo patógeno) → internar + Atb sistêmico.
■ Internado: Oxacilina
■ Para casa: cefalosporina de 1°
Erisipela
Tratamento
● A maioria das vezes precisa internar, porque a criança
fica bem mal.
● Penicilina 7-10dias
● Elevação de membros (porque está com linfedema).
Celulite
Tratamento
● Oxacilina, cefalosporinas de 1º geração/
clindamicina/vancomicina ⇒ 10 dias
● Quando tem risco de pegar a infecção no osso → internação
○ Ex: perto do cotovelo.
Celulite da Face
● Periorbitária
○ Com porta de entrada:
■ S. aureus, Streptococcus pyogenes
○ Sem porta de entrada :
■ Pneumococo, H. influenzae, Moraxella, S.aureus ou Streptococcus
pyogenes
● Orbitária
○ Pneumococo, H. influenzae, S. aureus, Streptococcus, anaeróbio
● Celulite periorbitária
○ Antibiótico
■ Perguntar se machucou o olho ou foi picado
● Se sim: cobrir aureus e pyogenes → Oxacilina
■ Se não tiver porta de entrada → cobrir agentes do seio
● Amoxicilina + clavulanato
● Cefalosporina de 3° e 2°
○ Internar também.
Pós-septal (orbitária)