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MORDEDURAS

Microorganismos envolvidos nas mordeduras


 Bactérias
o Pasteurella multocida
o Strepto
o Estafilo
 Vírus: raiva
 Tétano: clostridium tetani
COMO PROCEDER APÓS UMA MORDEDURA?

 1: LAVAGEM EXAUSTIVA
o Para evitar infecção bacteriana deveremos fazer lavagem exaustiva da lesão.
 2: ANTISSEPSIA
 3: NÃO SUTURAR
o O MS não recomenda suturar ferimentos de mordida, a USP diz que lesões puntiformes
devem ser abertas para cicatrização por segunda intenção e demais lesões devem ser
debridadas, lavadas e bordas aproximadas.
RAIVA
 Vírus presente na saliva de mamíferos (cães, gatos, morcego, raposa, macacos, gato do
mato e outros silvestres).
o Lembrar que outros animais não entram na lista como coelhos e roedores, ratos.
 Vírus sobe pelo sistema nervoso periférico e pode acometer SNC dando encefalite aguda:
o Febre o Fotofobia
o Delírios o Paralisia
o Convulsões o Retenção e constipação intestinal
o Agressividade o Coma
o Espasmo o Óbito (disautonomia e insuficiência
o Hidrofobia respiratória).
o Sialorréia intensa
 Letalidade: próximo de 100%.
Profilaxia para raiva
 Animal suspeito?
o Para ver animal, devo olhar:
 Procedência (munícipio tá tendo muita raiva)
 Hábitos do animal (contato com outros animais, vacinação)
 Agressão espontanea (animal que agride o dono por exemplo)
 Gravidade do acidente?
o Acidente grave:
 Cabeça, mão ou pé (mais terminação nervosa)
 Profundidade dos ferimentos
 Lambedura de mucosa
 Morcego.
o Acidente leve: resto
Fluxograma
o 1º PASSO: abordar a ferida
 Lavar ferida com agua corrente e sabão
o 2º PASSO: notificar caso mesmo que somente suspeito
o 3º PASSO: animal suspeito ou desconhecido? acidente leve ou grave?
o 4º PASSO: PROFILAXIA
 Leve e não suspeito: OBSERVAR
 Observar animal 10 dias  tudo ok  alta.
 Caso o animal apresente sintoma, sumir ou morrer  5 DOSES DE VACINA (dias 0,
3, 7 , 14 e 28).
 Leve e suspeito: DUAS DOSES (0 E 3)
 Observo por 10 dias  tudo ok  alta
 Sintoma, sumir ou morrer: completo esquema 5 DOSES
 Grave e não suspeito: DUAS DOSES (0 E 3)
 Observo por 10 dias  tudo ok  alta
 Sintoma, sumir ou morrer: completo esquema 5 DOSES + SORO ANTI-RÁBICO
 Grave e suspeito: VACINA 5 DOSES + SORO ANTI-RÁBICO
 Animais silvestres (qualquer um) ou de interesse econômico: VACINA 5 DOSES
sempre
Pode começar profilaxia para raiva a qualquer tempo!
 Profilaxia pré-exposição?
 Considerar para pessoas que trabalham com animais, na zona rural, em laboratórios
com analise de material virológico.
 Usamos nesses casos 3 doses: 0, 7 e 28.

o 5º PASSO: sintomas?  confirmação do diagnostico


 Líquor
 Saliva
 Biópsia da pele da região cervical.

 Observações
o E se pessoa sofre nova mordedura?
 Se foi dentro de 90 dias, deixa pra lá.
 Se mais de 90 dias, faço esquema de novo e tento dosar anticorpos da raiva.
o E se o paciente não for tomar uma vacina que era para ser feita?
 BUSCA ATIVA ao paciente.
o Por que não vacinar todo mundo?
 Pelos possíveis efeitos colaterais da vacina contra raiva.
o Quando usar soro e quando IG?
 Soro sempre, se der reação usaremos IG.

TÉTANO
Aspectos gerais
 Clostridium tetani
o A bactéria causadora da doença está presente no solo e tubo digestivo de animais.
o Gram-positivo anaeróbio
o Produz endotoxina (causadora dos sintomas)
 Doença tétano
o Quanto menor tempo de incubação maior é gravidade.
 Infecção
o Tétano acidental
 Introdução de esporos em solução de continuidade da pele e mucosas.
o Tétano neonatal
 Contaminação durante a manipulação do cordão umbilical com instrumentos
contaminados com esporos.
 Sintomas costumam se manifestar por volta do 7º dia, conhecido como mal dos setes
dias.
 A incidência de tétano vem caindo, mas por ter alta letalidade ainda preocupa.
Clínica
 Sintomas:
o Rigidez o Nível de consciência preservado
o Dificuldade de deglutição o Sudorese
o Trismo o Taquicardia
o Opistótono o Hipotensão
o Riso sardônico o Contrações tônicas da musculatura
o Insuficiência respiratória por esquelética e espasmos musculares
alteração no diafragma intermitentes dolorosos.

Diagnóstico
 Diagnostico de tétano é clinico-epidemiológico, não precisa de laboratório.
 Exames são uteis no acompanhamento:
o Hemograma
o Transaminases
o Ureia
o Gasometria arterial
o RX de tórax
o Coluna vertebral.

NOTIFIQUE!
Tratamento
1. Internação hospitalar
2. Hidratação adequada
3. Oxigênio (suporte ventilatório)
4. Limpeza do ferimento suspeito com soro fisiológico 0,9%, agua e sabão
5. Analgésicos
6. Mudança regular de decúbito
7. Sedação com benzodiazepínicos e miorrelaxantes
a. Lembrar que uso de sulfato de magnésio pode poupar doses de benzodiazepínicos
e bloqueadores neuromusculares
8. IG antitetânico ou soro antitetânico
9. Penicilina G ou Metronidazol

Profilaxia para tétano


 Perguntas a serem feitas:
o Baixo ou alto risco?
 Alto risco: profundas, sujas superficiais, queimaduras, mordeduras, por armas
 Baixo risco:
o História vacinal?
 Historia vacinal mínima são 3 doses ao menos.
 Conduta
o Vacinação incerta ou menor que 3 doses?
 Ferida de alto risco: VACINA + SORO
 Ferida de baixo risco: VACINA
o Vacinação 3 doses, mas última dose ou reforço foi há mais de 10 anos?
 Ferida de alto risco: REFORÇO VACINA
 Ferida de baixo risco: REFORÇO VACINA
o Vacinação 3 doses, sendo a ultima dose ou reforço entre 5 e 10 anos?
 Ferida de alto risco: REFORÇO VACINA
 Ferida de baixo risco: NADA
o Vacinação 3 doses e reforço há menos de 5 anos?
 NADA
E ATB na lesão?
 Clavulin de 3 a 5 dias em lesoes profundas, extremidades e imunodeprimidos

Questao
1 - Primeiros cuidados são lavar ferida com água corrente e sabao. Nao se sutura mordedura. Se
paciente de alto risco e tal posso fazer clavulin de 3 a 5 dias
2 - cao nao suspeito e acidente leve. Observamos animal por 10 dias e receber vacina caso
animal morra, desapareça ou tenha raiva.
3 - neste caso o acidente grave e bicho nao suspeito, neste caso faremos vacina 2 doses e
observa, se cao morre, some ou tem raiva completamos vacinação e faço soro!
4 - Sim. Hamster não é considerado transmissor.
5- Sim. Pois é alto risco mordedura e ultima dose da vacina ha mais de 5 anos. Fazer nova dose
de vacina sem soro.

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