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Resumo - Super Material - Biofísica Do Sistema Renal
Resumo - Super Material - Biofísica Do Sistema Renal
SUMÁRIO
1. Introdução...................................................................... 3
2. Equilíbrio acidobásico................................................ 5
3. Fluxo renal sanguíneo............................................... 8
4. Filtração........................................................................12
5. Reabsorção.................................................................17
5. Excreção.......................................................................19
Referências Bibliograficas..........................................21
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Figura 1. Movimento de solutos através do néfron. Fonte: SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem
Integrada, 7ª Edição, Artmed,. 2017.
Movimento do sangue
Filtração
para o lúmen
Figura 2. Estruturas do néfron. Fonte: SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª Edição,
Artmed,. 2017.
Figura 4. Esquema das relações entre os vasos sanguíneos e estruturas tubulares e diferenças entre os néfrons cor-
ticais e justamedulares. Fonte: Hall, John E. 2015. Guyton and Hall Textbook of Medical Physiology. 13th ed. Guyton
Physiology. London, England: W B Saunders.
Figura 5. Mecanismo de reabsorção de sódio mediado pela aldosterona na célula principal da porção final do túbulo
distal e ducto coletor. Fonte: Biofísica para ciências biomédicas, 2002.
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SAIBA MAIS!
Difusão é a tendência de um soluto se espalhar homogeneamente pelo solvente; assim, em
uma solução difusiva, seus componentes se espalham homogeneamente um no outro se-
gundo a regra da difusão.
Assim, a difusão é um processo pelo qual o sistema caminha para estabilidade espontânea.
É um processo de desorganização, pois os elementos do sistema em difusão perdem a sua
ordem original, apontando para um estado de homogeneidade absoluta e incerteza máxima.
O cristal de sódio, antes de se dissolver, apresenta um grau de ordem máximo: é um cubo
perfeito, sobre o qual, mesmo no decorrer de milênios, continuaremos sabendo, com con-
siderável certeza, a localização de seus átomos. Com a dissolução, perdemos a ordem e as
certezas. Depois que um determinado cristal se dissolve na água e se difunde por ela, não
podemos mais estimar com precisão microscópica onde está cada um de seus átomos.
Podemos classificar um sistema em que a difusão como um sistema em busca de equilíbrio,
no qual, após a difusão, a energia estará homogeneamente distribuída dentro de seus limites.
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Figura 6. Determinantes da pressão efetiva de filtração no glomérulo. Fonte: MOURÃO JÚNIOR, C.A.; ABRAMOV,
D.M. Biofísica Essencial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
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HORA DA REVISÃO!
Pressão do líquido (ou pressão hidrostática) é a pressão exercida por um líquido em um
corpo real ou hipotético. Em outras palavras, a pressão existe havendo ou não um corpo
submerso no líquido. O líquido exerce uma pressão (P) em um objeto submerso nele a
uma certa profundidade a partir da superfície (h). A lei de Pascal nos permite encontrar
a pressão do líquido a uma profundidade específica para qualquer líquido. Ela estabelece
que:
em que
P = pressão do líquido (medida em pascais, Pa)
ρ = densidade do líquido
g = aceleração devida à gravidade (10 m/s2)
h = profundidade abaixo da superfície do líquido
A pressão do líquido não está relacionada à forma do recipiente no qual está localizado.
SE LIGA! A pressão hidrostática nos capilares glomerulares é de, em média, 55 mmHg, fa-
vorecendo a filtração. Opondo-se à filtração estão a pressão coloidosmótica de 30 mmHg
e a pressão hidrostática da cápsula média de 15 mmHg. A força motriz resultante é de 10
mmHg, a favor da filtração.
Pressão Hidrostática
no Capilar Glomerular
Forças que favorecem
Pressão Oncótica do
Forças que Espaço de Bowman
Influenciam a
Ultrafiltração Pressão Hidrostática no
Espaço de Bowman
Forças que dificultam
Pressão Oncótica no
Capilar Glomerular
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Células endoteliais
Barreira
Membrana glomerular
de filtração
basal carga negativa
glomerular
Podócitos (epiteliais)
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Figura 7. O endotélio do capilar glomerular, a lâmina basal e o epitélio da cápsula de Bowman criam uma barreira de
filtração de três camadas. As substâncias filtradas passam através dos poros endoteliais e das fendas de filtração.
Fonte: SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª Edição, Artmed,. 2017.
SAIBA MAIS!
Nefropatia diabética: O estágio final da insuficiência renal, no qual a função dos rins se de-
teriora além da capacidade de recuperação, é uma complicação que ameaça a vida de 30 a
40% das pessoas com diabetes tipo 1, e de 10 a 20% dos pacientes com diabetes tipo 2.
Como em muitas outras complicações do diabetes, a causa exata da insuficiência renal não
é clara. A nefropatia diabética geralmente inicia com um aumento na filtração glomerular.
Este é seguido pelo aparecimento de proteínas na urina (proteinúria), uma indicação de que a
barreira de filtração normal sofreu alterações. Nos estágios posteriores, a taxa de filtração di-
minui. Esse estágio é associado ao espessamento da lâmina basal glomerular e a mudanças
nos podócitos e nas células mesangiais. O crescimento anormal das células mesangiais com-
prime os capilares glomerulares e impede o fluxo sanguíneo, contribuindo para a redução da
filtração glomerular. Nesse estágio, os pacientes precisam ter sua função renal suplementada
por diálise, e, por fim, podem necessitar de um transplante renal.
SAIBA MAIS!
Por que grandes quantidades de solutos são filtradas e depois reabsorvidas pelos rins?
Existem duas razões. Primeiro, muitas substâncias exógenas são filtradas nos túbulos, mas
não são reabsorvidas para o sangue. A alta taxa diária de filtração ajuda a retirar essas subs-
tâncias do plasma muito rapidamente.
Uma vez que uma substância é filtrada para o interior do lúmen da cápsula de Bowman, ela
não faz mais parte do meio interno corporal. O lúmen do néfron faz parte do ambiente exter-
no, e todas as substâncias presentes no filtrado estão destinadas a deixarem o corpo através
da urina, a não ser que exista algum mecanismo de reabsorção tubular para impedir que isso
ocorra. Muitos nutrientes pequenos, como a glicose e intermediários do ciclo do ácido cítrico,
são filtrados, porém são reabsorvidos de maneira muito eficiente no túbulo proximal.
Segundo, a filtração de íons e água para dentro dos túbulos simplifica a sua regulação. Se
uma porção do filtrado que alcança o néfron distal não é necessária para manter a homeosta-
sia, ela passa para a urina. Com uma alta TFG, essa excreção pode ocorrer de forma bastante
rápida. Contudo, se os íons e a água são necessários, eles são reabsorvidos.
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Tabela 2. Taxas de Filtração, Reabsorção e Excreção de substâncias diferentes pelos rins. Fonte: Hall, John E. 2015.
Guyton and Hall Textbook of Medical Physiology. 13th ed. Guyton Physiology. London, England: W B Saunders.
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFICAS
MOURÃO JÚNIOR, C.A.; ABRAMOV, D.M. Biofísica Essencial. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2013.
SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª Edição, Artmed,.
2017.
Hall, John E. 2015. Guyton and Hall Textbook of Medical Physiology. 13th ed. Guyton Phy-
siology. London, England: W B Saunders.
OLIVEIRA, Jarbas Rodrigues de; WACHTER, Paulo Harald; AZAMBUJA, Alan Arrieira. Biofí-
sica para ciências biomédicas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002.
OKUNO, E., CALDAS, I.L., CHOW, C. Física para Ciências Biológicas e Biomédicas. Harbra:
São Paulo, 1982.
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