"Embora seja curta a vida que nos é dada pela natureza,
é eterna a memória de uma vida bem empregada." Cícero
PROIBIDA PULVERIZAÇÃO AÉREA NO CEARÁ
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter uma lei do Ceará que proibiu a pulverização aérea de defensivos no estado. Até o momento, o placar da votação está em 8 a 0 a favor da constitucionalidade da norma. O julgamento ocorre no plenário virtual, modalidade na qual os ministros inserem os votos no sistema eletrônico da Corte e não há votação presencial. A Corte seguiu voto proferido pela relatora, ministra Cármen Lúcia. Para a ministra, o estado pode legislar sobre o assunto. A lei foi questionada pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA). “Na norma questionada foram sopesados o direito à livre iniciativa com a defesa do meio ambiente e a proteção da saúde humana. Determinou-se restrição razoável e proporcional às técnicas de aplicação de pesticidas no Ceará, proibindo a pulverização aérea em razão dos riscos ambientais e de intoxicação dela decorrentes, sem, entretanto, impedir por completo a utilização dos agrotóxicos”, escreveu a ministra. Além da relatora, votaram pela manutenção da lei os ministros Edson Fachin, Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso, André Mendonça e Luiz Fux. Faltam os votos de Rosa Weber e Nunes Marques. Fonte: Agência Brasil
BOI ENSAIA PEQUENA REAÇÃO
O mercado físico do boi gordo segue com preços enfraquecidos. Segundo informações da consultoria Safras & Mercado, o volume de animais ofertados na Região Norte segue como grande elemento de pressão, enquanto a oferta de carne bovina e de outros derivados do abate exerce pressão sobre as demais regiões do país. Muitas indústrias alegam contar com grande volume de produto estocado, o que reduz o ímpeto na compra de gado. De acordo com o analista Fernando Henrique Iglesias, soma-se a isso a dificuldade de retenção por parte do pecuarista, em um momento de perda de qualidade do pasto, o que resulta no ápice de oferta de animais de safra. Para Iglesias a recuperação dos preços do boi gordo tende a acontecer apenas no período de transição entre a safra e a entressafra. Mesmo assim não se deve aguardar movimentos explosivos de alta sem um novo elemento de demanda que justifique esse tipo de comportamento dos preços. O mercado atacadista segue com preços acomodados. Segundo Iglesias, a expectativa ainda é de alguma queda das cotações no curto prazo, em linha com a reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês, período pautado por menor apelo ao consumo. Fonte: Agência Safras
COMEÇA A COLHEITA DO MILHO
A colheita da segunda safra de milho já foi iniciada em Mato Grosso, mas pesquisadores indicam que as dificuldades de armazenagem, devido à elevada produção de grãos nesta temporada, e os baixos preços preocupam agricultores do estado. Conforme dados do boletim informativo do Cepea, demandantes, por sua vez, se mantêm afastados das aquisições, à espera de desvalorizações mais intensas do cereal. No campo, o percentual de lavouras em maturação vem aumentando, e os trabalhos começam a avançar, favorecidos pela atual baixa umidade. No geral, contudo, a colheita só deve ser intensificada a partir de meados de junho, quando a maior parte das regiões apresentará lavouras em final de desenvolvimento. Fonte: CEPEA ALIMENTAÇÃO AINDA É MUITO CARA A alimentação do rebanho é uma das principais despesas na produção de leite, sendo o concentrado – composto principalmente por soja e milho - o item mais caro. A pesquisa do Cepea, realizada em abril, revelou uma queda de 1,3% no Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira em todo o Brasil. Essa retração nos custos foi impulsionada principalmente pela diminuição nos preços dos concentrados, que sofreram uma queda significativa de 2,38% em relação a março. Essa redução nos custos está diretamente relacionada à retração dos preços dos grãos, visto sua importância dentro da pecuária leiteira. A colheita de ambas as culturas ainda está em andamento, o que indica não haver motivos para crer que o custo de produção relacionado aos grãos passará por valorizações no curto prazo. Portanto, este período segue sendo de melhores oportunidades de compras e diminuição dos custos de produção. Mas, é importante ficar atento aos próximos desdobramentos da safra e movimentações das commodities. Fonte: Cepea / Milk Point
MINISTRO QUER RU$ 404 BI
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reuniu-se com a equipe econômica do governo para solicitar um aumento significativo nos recursos destinados à equalização de juros no setor agrícola. Em preparação para o Plano Safra 2023/24, que entrará em vigor em julho, Fávaro pediu um montante de R$ 18,5 bilhões para subvencionar os juros da próxima temporada. Durante a reunião com o ministro da Fazenda, o ministro da Agricultura apresentou um panorama que considerava uma disponibilidade de crédito de R$ 404 bilhões no Plano Safra 2023/24, um aumento de 41% em relação aos R$ 287 bilhões oferecidos aos médios e grandes produtores nesta temporada. O ministro solicitou à equipe econômica recursos maiores do que os do ciclo atual, e pelo menos equivalentes aos disponibilizados na safra 2014/15. Naquela época, o orçamento para equalização de juros era de R$ 11,6 bilhões, valor que, corrigido nominalmente, se aproximaria de R$ 18 bilhões atualmente, de acordo com estimativas do Ministério da Agricultura. A quantia de R$ 18,5 bilhões seria destinada ao período de julho deste ano a junho do próximo ano, podendo ser dividida entre os orçamentos de 2023 e 2024. Fonte: MAPA