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'O Evangelho Decifrado
'O Evangelho Decifrado
Sumário
01 Introdução…………………………………........................…………………..5
07 “Viagem no tempo”.................................................................29
10 Como se dá o conflito?............................................................53
11 A Criação do Mundo……………..…………………..................…………61
14 O pecado e a Justiça……………………………………...................…….83
17 O Caráter Divino…………………………………..…...................……..115
19 O Andamento do Juízo……………………………...................………161
22 Apêndice 1…………………………………….......................…………….193
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23 Apêndice 2…………….……………………….....................……………..199
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Introdução
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qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para
que possa ganhar a Cristo” (Filipenses. 3:8).
Via-se um amor e uma mudança no estilo de vida das pessoas que
desconhecemos hoje. A mudança de coração era o foco dos cristãos.
“Assim que, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas velhas já
passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Coríntios 5:17). A conversão de
almas era a nota tônica da igreja.
Certo dia, Pedro pregou: “e naquele dia agregaram-se quase três mil
almas” à igreja. E o resultado era que “em toda a alma havia temor, e
muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. E todos os que criam
estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades
e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia necessidade. E,
perseveravam unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em
casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus,
e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor
à igreja aqueles que se haviam de salvar.” (Atos 2: 41, 43 - 47)
O impacto do evangelho de hoje nada tem que ver com as
manifestações de poder e transformação que havia no passado. Enquanto
que no início da igreja os cristãos “vendiam suas propriedades e bens, e
repartiam com todos, segundo cada um havia necessidade,” hoje milhões
se dirigem as igrejas, mas muitos destes, vão até lá com o objetivo de
receber de Deus alguma benção material; sendo que está escrito: “Buscai,
pois, em primeiro lugar o reino de Deus, e a sua justiça, e as demais coisas
vos serão acrescentadas.” (Mateus 6:33)
Cristo se refere a “Este” como sendo o “evangelho do Reino”. Uma
mensagem que tem como objetivo e resultado a regeneração do coração
do homem para a habitação de Deus em Espírito. “Jesus veio pregando o
evangelho do reino de Deus, E dizendo: O tempo está cumprido, e o reino
de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho.” (Marcos
1:14,15).
Para os cristãos de hoje, “este Evangelho” tornou-se quase
desconhecido. Para muitos se afigura a um conjunto de doutrinas e regras
de uma igreja, e para outros é algo sem vida que não tem valor; enquanto
que para Paulo, o “Evangelho de Cristo é o poder de Deus para salvação
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de todo aquele que crê.” (Romanos 1:16). Esse evangelho não perdeu o
seu poder, nós é que fomos gradualmente nos afastando dEle, ao ponto
de ser como se o tivéssemos esquecido. Se você comparar as mensagens
de hoje com os sermões que eram pregados há um século atrás, irá
perceber essa diferença.
O objetivo deste livro é trazer uma nova perspectiva sobre “este
evangelho”. Fui encorajado através dessa mensagem, a compartilhar com
você o que tenho aprendido de Cristo e o que Ele tem feito por mim
através do evangelho. Afinal, Cristo disse: “Vai para tua casa, para os teus,
e anuncia-lhes quão grandes coisas o SENHOR te fez, e como teve
misericórdia de ti.” (Marcos 5:19).
Que Deus, através dessa mensagem possa tocar seu coração e lhe
fortalecer em sua caminhada com Ele. Que Deus te abençoe! Boa leitura!
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Por onde começar?
Não dá para falar sobre o evangelho, sem mencionar a luta
que vem sendo travada entre o bem e o mal, que se iniciou desde que
pela primeira vez entrou o pecado no universo, e que veio a culminar com
a morte do filho de Deus sobre uma cruz. Essa luta envolve,
particularmente, cada homem e mulher que já nasceu, ou que um dia vai
nascer sobre esta terra. Envolve você e eu; em nossa vida particular ou
em nossos negócios diários, de maneira que chega a controlar nossos
pensamentos e até mesmo reger nossas ações e emoções.
Muitos pregadores têm apresentado o evangelho de forma
simples e rápida, mostrando às pessoas o que Cristo fez por elas, e o dever
que elas têm de se render a Ele como Senhor de suas vidas. Essa é uma
forma correta de se apresentar o evangelho. Mas essa verdade envolve
aspectos que jamais poderiam ser falados em uma simples conversa
particular, ou mesmo em um sermão. Para que uma pessoa possa
entender o evangelho de uma forma mais completa, e como isso envolve
cada aspecto de seu ser; não basta conhecer apenas uma parte dele; ela
precisa conhecer a história com um todo. Sendo apresentado Desde antes
da criação do primeiro ser, quando só havia Deus, até culminar com a
extirpação do pecado.
Se nós quisermos conhecer o evangelho como ele é, segundos as
escrituras, precisamos iniciar por onde ele começou; pelo início de tudo...
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O Evangelho começa em Deus.
O ser de Deus
“O conhecimento do ser de Deus determina como pensamos,
como cremos, como adoramos, como enxergamos a bíblia, como vivemos
e até como entendemos e atravessamos as tribulações. O conhecimento
de Deus nos levará a uma vida cristã piedosa e santa. Ou seja, o
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conhecimento de Deus resume quem você é, no que você crê e qual é a sua
estatura espiritual.” Paulo Junior
Para a nossa mente limitada, é difícil conceber a ideia da existência
de Deus. Sua pessoa está envolvida com aspectos tão amplos, que mesmo
durante toda a eternidade jamais poderemos alcançar. Mas mesmo com
nossa limitação, podemos conhecer a Deus através de Seus atributos. Os
atributos de Deus são as características que Ele arroga para si. São as
características do Ser de Deus; Suas qualidades. Através de Seus atributos
podemos nos familiarizar com esse Ser que para muitos de nós é um
“Deus desconhecido” Atos 17:23
Os Atributos de Deus
Começaremos estudar os atributos de Deus no que diz respeito à
Sua magnitude, poder e santidade, e também no que diz respeito a Seu
ser, amabilidade e caráter.
Em Deus, ou seja, em seu Ser, há uma coexistência perfeita e
harmoniosa de todos os Seus atributos. Todos emanam do Criador de
forma equilibrada. Nenhum atributo contradiz ou se sobrepõe ao outro,
todos coexistem harmoniosamente. E através deles poderemos ter uma
visão, mesmo que limitada, desse ser tão grandioso.
Entre os atributos divinos, há os que pertencem somente a
pessoa de Deus, são os que chamamos de atributos incomunicáveis,
como:
Aseidade: Atributo essencial e fundamental de Deus que consiste em
derivar a Sua existência de si mesmo. Esse atributo O distingue de todos
os demais seres do universo, pelo qual Ele possui em si mesmo a causa ou
princípio de Sua própria existência, sendo, portanto, incriado, além de
absolutamente autônomo, livre e incondicionado. Existindo por si só.
“Porque não há semelhante a ti, e não há outro Deus senão tu só, segundo
tudo o que temos ouvido com os nossos ouvidos.” “Aquele que tem, ele só,
a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens
viu nem pode ver.” 2 Samuel 7:22; 1 Timóteo 6:16.
Eternidade: Deus sempre existiu, Ele não foi criado por ninguém e
está acima de qualquer limitação de tempo (Ele não tem começo nem fim,
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e existe sem sucessão de momentos, ou seja, para Ele não existe passado,
presente e futuro, pois seu presente é sempre a própria eternidade.)
“Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo,
mesmo de eternidade a eternidade, tu és Deus.” O “SENHOR, Deus
eterno.” O “Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” Salmos 90:2; Génesis
21:33; Isaías 9:6.
Imutabilidade: A Imutabilidade de Deus é a Sua “constância” ou o
fato de Ele ser “sempre o mesmo”. Deus é absolutamente perfeito e não
pode mudar para melhor, nem para pior. Embora tudo mais possa estar
em estado de constante mudança, Deus permanece o mesmo para
sempre. “Vós sois as minhas testemunhas, diz o SENHOR, e meu servo, a
quem escolhi; para que o saibais, e me creiais, e entendais que eu sou o
mesmo” “Porque eu, o SENHOR, não mudo”, “Em quem não há mudança
nem sombra de variação.” Permanece “o mesmo, ontem, e hoje, e
eternamente.” “Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que nele
confiam. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e
sejas achado mentiroso.” “Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso
Pai que está nos céus.” Isaías 43:10; Malaquias 6:3; Tiago 1:17; Hebreus
13:8; Provérbios 30:5,6; Mateus 5:48.
Imensidão e Onipresença: Deus é infinito em seu ser, e não sofre
qualquer tipo de limitação de modo que Ele está presente em toda parte
com toda plenitude do Seu ser. O espaço não pode limitá-lo. Sua presença
é infinita. “Os olhos do SENHOR estão em todo lugar, contemplando os
maus e os bons.” “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí
estou eu no meio deles.” “Porventura não encho eu os céus e a terra? diz
o SENHOR.” “Mas, na verdade, habitaria Deus na terra? Eis que os céus,
e até o céu dos céus, não te poderiam conter, quanto menos esta casa
que eu tenho edificado.” “Para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu,
lá tu estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, eis que tu ali
estás também. Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do
mar, até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.” E Isaías diz:
“Eis que as nações são consideradas por ele como a gota que cai de um
balde, e como o pó miúdo das balanças; eis que ele levanta as ilhas como
a uma coisa pequeníssima.” “Todas as nações são como nada perante ele;
ele as considera menos do que nada e como um vácuo.” E " nele vivemos,
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e nos movemos, e existimos" “Respeite a onisciência de Deus, quando
você tá sozinho, você nunca está sozinho; Deus está sempre do teu lado,
vendo tudo o que você faz” (Paulo Junior). Provérbios 15:13; Mateus
18:20; Jeremias 23:24; 1 Reis 8:27; Salmos 139:7-10; Isaías 40:15;17;
Atos 17:28
Onipotência: Deus possui todo poder, isto é, seu poder é infinito e
ilimitado. Seu “é o poder, o reino e a glória, para sempre.” “As coisas que
são impossíveis aos homens são possíveis a Deus”, “porque para Deus
todas as coisas são possíveis.” “Ah Senhor DEUS! Eis que tu fizeste os céus
e a terra com o teu grande poder, e com o teu braço estendido; nada há
que te seja demasiado difícil.” “Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum
dos teus propósitos pode ser impedido.” “Tudo o que o SENHOR quis, fez,
nos céus e na terra, nos mares e em todos os abismos”. “Fez tudo o que
lhe agradou.” “Porque para Deus nada é impossível.” Mateus 6:13;
Lucas 18:27; Marcos 10:27; Jeremias 32:17; Jó 42:1,2; Salmos 135:6;
115:3; Lucas 1:37.
Onisciência; Deus conhece todas as coisas de modo completo e
absoluto. Ele detém todo o saber, sabe tudo o que pode ser conhecido e
também o que é impossível de se conhecer, incluindo possibilidades,
pensamentos, sentimentos, vida, passado, presente, futuro, e todo
universo, etc. Deus conhece tudo o que passou, desde a origem do
universo e antes disso, até o que se passará, nos confins da eternidade.
Seu conhecimento é infinito e não está sujeito a qualquer limitação. Ele
não precisa pedir nenhuma informação, bem como nunca possui dúvidas
“Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de
Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus
caminhos!” “E quão preciosos me são, ó Deus, os teus pensamentos!
Quão grandes são as somas deles! Se as contasse, seriam em maior
número do que a areia.” “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim.”
“Anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que
ainda não sucederam” “De eternidade a eternidade, tu és Deus.” “Grande
é o nosso Senhor, e de grande poder; o seu entendimento é infinito.” “Não
multipliqueis palavras de altivez, nem saiam coisas arrogantes da vossa
boca; porque o SENHOR é o Deus de conhecimento, e por ele são as obras
pesadas na balança.” “E não há criatura alguma encoberta diante dele;
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antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem
temos de tratar.” “O SENHOR conhece os pensamentos do homem, que
são vaidade.” Romanos 11:33; Salmos 139:17,18; Apocalipse 21:6;
Isaías 46:10; Salmos 90:2; 147:5; 1 Samuel 2:3; Hebreus 4:13; Salmos
94:11.
Soberania: Refere-se à entidade que não conhece superior na ordem
externa nem igual na ordem interna. Deus exerce o poder e a autoridade
supremos, e controla todas as coisas, é soberano e supremo sobre tudo e
todos. Ele está “acima de todo o principado, e poder, e potestade, e
domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas
também no vindouro.” Ele é quem governa o universo e conduz a História
segundo os seus propósitos eternos. É Soberano, Onipotente, onisciente
e não deve nada pra ninguém, não pede contas pra ninguém, faz o que
apraz somente o que apraz. É soberano sobre a maior de suas criaturas e
a menor partícula de poeira vagando no universo. Ele domina e controla
tudo como quer quando quer sem pedir nada pra ninguém. Quem “há tão
atrevido, que ousa erguer-se diante de mim? Quem primeiro me deu,
para que eu haja de retribuir-lhe? Pois o que está debaixo de todos os
céus é meu. ” Mas Sua soberania não anula a responsabilidade humana.
“Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito”.
“Ele domina eternamente pelo seu poder; os seus olhos estão sobre as
nações.” Efésios 5:21; Jó 41:10;11; Gênesis 17:1; Salmos 66:7.
Estes são atributos que somente Deus possui, e que Ele jamais
concedeu ou concederá a nenhuma de suas criaturas. São prerrogativas
apenas divinas. Mas há atributos divinos que Ele pode conceder às Suas
criaturas, e os concedeu quando “criou Deus o homem à sua imagem; à
imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” Gênesis 1:27.
Atributos Comunicáveis
Amor: O Amor é a essência de Deus, é o que O define. “Aquele que
não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.” 1 João 4:8. Aqui há
um ponto muito importante de ser entendido de forma mais detalhada.
Deus é Amor. Mas esse amor é muito mais do que Ele ser amor porque
nos ama. É a Sua natureza, a essência de Seu Ser. Isso não tem muito a
ver conosco diretamente. Deus nos Ama porque Ele é amor e não o
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contrário. Assim como o sol não aquece a terra porque ela precisa ou
merece ser aquecida, mas sim, porque o sol é quente, e porque dele
emana calor; assim é Deus. Ele nos ama porque é amor. O amor emana
dEle como do Sol emana calor. “Mas Deus prova o seu amor para conosco,
em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” Romanos
5:8. Não é que haja em nós algum tipo de mérito que faça com que Deus
nos ame. Nós somos cheios de faltas e erros, se fôssemos esperar que
Deus nos amasse em virtude de algum bem que há em nós, ou no que
praticamos, estaríamos em maus lençóis. “Não há absolutamente nada
em você ou no que você possa fazer, para que Deus o ame mais do que
Ele te ama. E também não há nada em você ou no que você possa fazer
para que Ele o ame menos do que Ele te ama.” Não é baseado no que nós
fazemos porque “todos nós somos como o imundo, e todas as nossas
justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha,
e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam.” Deus nos ama em
virtude de Sua misericórdia. “As misericórdias do SENHOR são a causa de
não sermos consumidos.” “Não é por amor de vós que eu faço isto, diz o
Senhor DEUS; que isso vos seja notório; envergonhai-vos, e confundi-vos
por causa dos vossos caminhos, ó casa de Israel.” Isaías 64:6;
Lamentações 3:22; Ezequiel 36:32.
Bondade: A bondade de Deus implica na realidade de que tudo o que
Ele faz é essencialmente bom e legítimo. Ele não faz o bem para ser bom,
mas Ele faz o bem “porque o SENHOR é bom, e eterna a sua misericórdia”
. Esse atributo está diretamente ligado ao atributo do amor, enfatizando
a benevolência de Deus para com suas criaturas. “Pois tu, Senhor, és bom,
e pronto a perdoar, e abundante em benignidade para todos os que te
invocam.” “Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei
bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem;
para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; Porque faz que o
seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e
injustos.” Salmos 100:5; 86:5; Mateus 5:44,45.
Misericórdia: Esse atributo é uma das manifestações do amor divino,
que revela a compaixão e piedade de Deus para com os seres humanos
que sofrem por causa do pecado, e as diversas consequências que ele
causou (como violência, angústia, doença, degeneração, morte e dor). E
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também atua diretamente na salvação do pecador; de modo que
misericórdia divina se revela em que Deus não dá imediatamente ao
homem segundo o fruto de suas ações. Como se com uma mão a
misericórdia divina segurasse a Sua justiça para não executar juízo
imediato sobre o homem pecador, e com a outra mão convidasse o
homem para ir até Ele, em arrependimento, para receber o perdão que
Ele mesmo proveu para o homem através da Cruz. “As misericórdias do
SENHOR são a causa de não sermos consumidos.” “E não quereis vir a mim
para terdes vida.” “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu
muito amor com que nos amou, Estando nós ainda mortos em nossas
ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), Para
mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela
sua benignidade para conosco em Cristo Jesus. .” Lamentações 3:22; João
5:40; Efésios 2:5-7.
Sabedoria: Significa que Deus é infinitamente sábio, de modo que
Ele próprio é a fonte da sabedoria. “Porque dele são a sabedoria e a
força." “É insondável o seu entendimento.” “. Ó profundidade das
riquezas, tanto da sabedoria, como do conhecimento de Deus! Quão
insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!”
Daniel 2:20; Isaías 40:28; Romanos 11:33.
Justiça: Deus é plenamente justo e perfeito em sua retidão. A justiça
é o fundamento de Seu trono, e o fruto de Seu amor. “A ti, ó Senhor,
pertence a justiça” “Porque o SENHOR é justo.” “Justiça e juízo são a base
do seu trono”. “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o
que o homem semear, isso também ceifará.” A justiça de Deus se define
ao mesmo tempo em que se revela no fato de que “Deus não faz acepção
de pessoas”, e“recompensará cada um segundo as suas obras; a saber: A
vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória,
honra e incorrupção. Mas a indignação e a ira aos que são contenciosos,
desobedientes à verdade e obedientes à iniquidade.” “E, se invocais por
Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada
um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação”. Daniel 9:7;
Salmos 11:7; 97:2; Gálatas 6:7; Atos 10:34; Romanos 2:6-8; 1 Pedro 1:17.
Santidade: Esse é um dos supremos atributos de Deus. No grego
“santo” quer dizer “separado”. A santidade de Deus envolve ausência
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total de pecado. Ele é“tão puro de olhos, que não pode ver o mal.” Todo
o bem, perfeição e bondade habitam em Deus e “toda a boa dádiva e
todo o dom perfeito vem” dEle, “o Pai das luzes”. Não há bem a não ser
nEle, e tudo o que não procede dEle é pecado. O pecado é o ato
deliberado de escolher ser ou agir diferente do que Deus é ou faz; é não
escolher o bem, e a bondade manifestado em Seu caráter. Se todo o bem
está nEle, não escolher a Deus é escolher o mal. Não é possível escolher
ser bom, sem haver diretamente alguma relação com Deus, por que Ele é
a fonte de “toda a boa dádiva e todo o dom perfeito”. “Santo, Santo,
Santo é o SENHOR dos Exércitos.” “Nele não há pecado” “sereis santos,
porque eu, o SENHOR vosso Deus, sou santo.” “Assim como não é possível
medir o céu a palmos, também não é possível calcular a agravante
natureza do pecado contra esse Deus.” (EF 241.1 EGW.apk) Salmos 90:2¹;
Habacuque 1:13²; Tiago 1:17³; Isaias 6:3; 1 João 3:5; Levítico 19:2.
Veracidade: Significa que Deus, e tudo o que provém dele, é
necessariamente verdadeiro, infalível, e absolutamente confiável. O
atributo da veracidade também expressa a fidelidade de Deus, ou seja,
tudo o que Ele revelou de si mesmo é genuíno, e por ser fiel, Ele nunca
fará nada que afronte a sua própria natureza ou contradiga sua palavra.
“Deus é a verdade, e não há nele injustiça; é justo e reto.” “Deus não é
homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa;
porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o
confirmaria?” “Agora, pois, Senhor DEUS, tu és o mesmo Deus, e as tuas
palavras são verdade,” “Retenhamos firmes a confissão da nossa
esperança; porque fiel é ao que prometeu.” “É impossível que Deus
minta.” “Se formos infiéis, ele permanece fiel;” “Mas o SENHOR Deus é a
verdade; ele mesmo é o Deus vivo e o Rei eterno”, O “único Deus
verdadeiro.” Deuteronômio 32:4; Números 23:1; 2 Samuel 7:28;
Hebreus 10:23; 6:18; 2 Timóteo 2:13; Jeremias 10:10; João 17:3.
Liberdade: Significa que Deus não precisa de nada nem ninguém para
fazer o que quer, ou seja, Ele é completamente livre para executar Sua
vontade de acordo com a perfeição de sua natureza. “Tudo o que o
SENHOR quis, fez, nos céus e na terra, nos mares e em todos os abismos.”
“Fez tudo o que lhe agradou.” “Sim, ó Pai, porque assim te aprouve.”
Apesar de ser completamente independente e livre, isso não significa que
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Ele seja livre para pecar, mentir, deixar de ser Deus ou mesmo morrer,
pois tais coisas contrariam seu próprio ser. “Se formos infiéis, ele
permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo.” “Deus não pode violar
Seus atributos. Ele não pode fazer algo que o contradiz, Ele é um Deus
justo.” (Poul David Washer.) Salmos 135:6; 115:3; Mateus 11:26; 2
Timóteo 2:13.
Paz: Significa que em Deus, ou em qualquer uma de suas ações, não
há nenhum tipo de confusão ou desordem, e sim, paz. A paz de Deus é
definida como um estado de espírito de calma e tranquilidade, uma
ausência de perturbação, agitação, ou qualquer tipo de conflito metal
(interno), mesmo que haja conflito externo ao redor. “SENHOR, tu nos
darás a paz.” “Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti;
porque ele confia em ti.” “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-
la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se
atemorize.” “Eu faço a paz” “Se apodere da minha força, e faça paz
comigo; sim, faça paz comigo.” “O efeito da justiça será paz, e a operação
da justiça, repouso e segurança para sempre.” “O Senhor é paz”, a paz
emana dEle como do Sol emana calor. Então que “O SENHOR te abençoe
e te guarde; O SENHOR faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha
misericórdia de ti; O SENHOR sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz”.
Isaías 26:12; 26:3; João 14:27; Isaías 45:7; 27:5; 32:17; Juízes 6:24;
Números 6:24-26.
Há muitos outros atributos divinos que não foram mencionados
aqui. Mas através desses atributos, podemos ter, mesmo que
palidamente, a ideia de Deus, Seu poder e autoridade. Como está escrito:
“Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se
arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o
confirmaria?” “Pensavas tu que eu era teu igual”? “Tira os sapatos de
teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa.” Números 23:19;
Salmos 50:21; Êxodo 3:5
Mas apesar da grandiosidade de Seu ser, e de todos os atributos
citados, Ele ainda permanece, de certa forma, como um ser desconhecido,
pois nossas palavras jamais poderão descrevê-lo.
De fato, Ele é todo poderoso, e detém em Si mesmo todo poder
e autoridade, nos céus, na terra e debaixo da terra, nas águas e debaixo
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delas. Não há nenhuma criatura no universo que não esteja ao alcance ou
possa fugir de Seu poder, influência e autoridade. “Por meios que não nos
é dado discernir, acha-Se Ele em ativa comunicação com todas as partes
de Seu domínio”. Tremendo é esse Deus, “a ele santificai; e seja ele o
vosso temor e seja ele o vosso assombro.” DTN 248.2; Isaías 8:13
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“Um Deus revelado.”
Certa vez eu ouvi um trecho do sermão de um grande
pregador americano que impactou para sempre minha forma de ver a
Deus. Ele citou mais ou menos assim; colocando em minhas
palavras: “Imagine por um momento que Deus lhe salvou, e o levou aos
Céus onde habita, e concedeu a você vida eterna, beleza impecável,
inteligência ilimitada, e muito mais além do que se pode ser dado a um
ser criado. Imagine que Ele deu-lhe em possessão, todos os planetas,
estrelas e galáxias, com todas as criaturas que nelas vivem; tornando a
você dono de tudo, e também lhe concedesse toda sabedoria,
inteligência, bondade e poder, mas escondesse de você apenas uma
única coisa. Que coisa, se escondida de você, não só O tornaria somente
mal, mas terrivelmente mal? Consegue imaginar ? Essa coisa seria Ele
mesmo, a Sua própria pessoa, e a glória que está oculta em Seu ser.
Cada coisa criada, cada flor que desabrocha, cada pássaro que fende os
ares, cada estrela a brilhar nos céus e cada planeta ou galáxia; não são
senão um pálido reflexo de sabedoria, beleza , inteligência, bondade e
pureza dAquele que tudo criou. São como a pintura de um quadro que
revela o gosto, o refinamento, e a maestria de quem o pintou. ” Jhon
Piper.
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Tudo o que Deus criou, está envolvido em uma complexidade tal,
que se torna maravilhoso de ser contemplado em seus mínimos
detalhes. A organização, a harmonia e beleza vista no funcionamento
das coisas criadas deslumbram nossos sentidos. Desde uma simples
folha de árvore, que consegue processar a luz do Sol, transformando-a
em energia elétrica, ao ser humano que consegue agir e pensar por si
mesmo; tudo revela o Criador.
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atração. Esquivava-Se a toda exibição exterior." Salmos 96:6 ; Isaías
53:2; DTN 23.1
Era sua intenção que O buscássemos, não motivados por qualquer
tipo de mundana grandeza ou atração exterior, mas pela beleza que há
em Seu caráter. “A,ssim diz o Senhor: "Não se glorie o sábio em sua
sabedoria nem o forte em sua força nem o rico em sua riqueza, mas
quem se gloriar, glorie-se nisto: em me compreender e me conhecer ,
que eu sou o Senhor, e que ajo com lealdade, justiça e com retidão
sobre a terra, pois é dessas coisas que me agrado diz o Senhor.” Que
é “Compassivo, misericordioso e paciente, cheio de amor e de
fidelidade, que mantém o seu amor a milhares e perdoa a maldade, a
rebelião e o pecado. Contudo, não deixa de punir o culpado; e castiga
o pecado dos pais nos filhos e netos até a terceira e a quarta
geração” “Deus é Amor”; “paciente, e bondoso. Não inveja, não se
vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses,
não se ira facilmente, não guarda rancor. Ele não se alegra com a
injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo
espera, tudo suporta. Seu amor jamais acaba.” É por este atributos que
Ele busca ser conhecido, os quais descrevem Sua pessoa; são as jóias do
Seu caráter. Disse Ele "Vinde a mim, todos os que estais cansados e
oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de
mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso
para as vossas almas." Como disse Davi: "Me deste o escudo da tua
salvação; a tua mão direita me susteve, e a tua mansidão me
engrandeceu." Jeremias 9:23,24; Êxodo 34:6,7; 1 João 4:8; 1Coríntios
13: 4-8; Mateus 11:28,29; Salmos 18:35.
Volvendo-nos, porém, de todas as representações secundárias,
contemplamos “Deus em Cristo reconciliando consigo o
mundo.” Olhando para Jesus, vemos que a glória de nosso Deus é dar —
dar amor e infatigável cuidado a almas caídas e contaminadas pelo
pecado. E recordando "as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais
bem-aventurada coisa é dar do que receber. " “Nada faço por Mim
mesmo” “o Pai, que vive, Me enviou, e Eu vivo pelo Pai”. “Eu não busco a
Minha glória” mas “a dAquele que Me enviou”. 2 Coríntios 5:19; Atos
20:35; João 8:28; 6:57; 8:50; 7:18.
24
Certa vez o discípulo Filipe Lhe disse: “Senhor, mostre-nos o
Pai, e ficaremos satisfeitos”. Jesus respondeu: “Filipe, estive com vocês
todo esse tempo e você ainda não sabe quem eu sou? Quem me vê, vê o
Pai! Então por que me pede para mostrar o Pai? Você não crê que eu
estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu digo não são
minhas, mas de meu Pai, que permanece em mim e realiza suas obras
por meu intermédio. Apenas creiam que eu estou no Pai e que o Pai está
em mim. Ou creiam pelo menos por causa das mesmas obras.” João 14:
8-11.
25
26
Deus e a existência do mal.
27
decorrer desta narrativa, sem haver a necessidade de se demorar em cada
uma isoladamente.
Se você tiver interesse e curiosidade para contemplar essa intrigante
história, e quiser ver como ela afeta sua vida, seu modo de ver o mundo
e também sentir o alívio e a responsabilidade de conhecer a justiça divina
no Seu trato com o mal, Satanás e o pecado, e ainda com você; eu lhe
convido a contemplar essa longa história bem de perto. Assim sendo,
aperte o cinto e vamos lá...
28
“Viagem no tempo”
30
Na eternidade, depois de criar o cenário da vida, Deus não
trouxe a existência seres infinitos como Ele. Deus não foi criado e Deus
não cria Deus. Ele não passou a existir; sempre existiu, ao contrário de
Suas criaturas. Esses seres criados têm limitações, não possuíam e nem
possuem os mesmo atributos que são prerrogativas apenas divinas. Um
ser criado não é onisciente, onipotente ou mesmo onipresente. Desde o
mais poderoso Serafim ao menor verme existente; eles têm sua origem
e existência dependente do poder Divino. São seres finitos, num espaço
infinito perante um Deus infinito. Todos eles são como se fosse uma
pequena tampa de garrafa com água perante o grande oceano, um grão
de poeira cósmica a vagar no espaço; assim como nós somos. Então,
para que pudesse lhe dar com as limitações dos seres finitos que
passariam a existir, Deus teve de se adaptar. Cada uma das três pessoas
divinas assumiram funções diferentes para criar, manter e se relacionar
com os seres criados. Por exemplo, um ser criado não possui vida
própria; pois apenas Deus é “Aquele que tem, ele só, a imortalidade. ”
Então uma das três pessoas divinas assumiu a função de Criador,
Mantenedor e Doador da Vida. Em conexão com a Sua vida se
manteria vivo todos ser que passaria a existir, desde o menor até o
maior ser criado. Ele assumiu a função de mantenedor de toda matéria
animada e inanimada. Esse ser seria a referência da grandeza e
plenitude de Deus. Aquele aquém todos amarão, adorarão e
reverenciarão. O centro do universo. E assim foi. Ele se tornou
conhecido como “Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós
vivemos”. "O Deus Todo-Poderoso" “Ele domina eternamente pelo seu
poder.” 1 Timóteo 6:16; Gênesis 17:1; 1Coríntios 8:6; Salmos 66:7
Ao olhar para o Pai, todo ser temeria e O respeitaria e se
recolheria à sua insignificância. Como está escrito: “ao SENHOR dos
Exércitos, a ele santificai; e seja ele o vosso temor e seja ele o vosso
assombro.” Mas o que sentiria uma criatura finita e pequena ao
contemplar um Ser, cuja “as nações são considerados por ele como um
pingo que cai de um balde” “ como pó miúdo das balanças”,“como coisa
que não é nada.”? A resposta é simples: "Ouvi a tua voz e fiquei com
31
medo [...]e me escondi", “não fale Deus conosco, para que não
morramos.” Como pode um ser tão grande se aproximar de seres tão
pequenos, e ser amado e adorado ao invés de temido e evitado? Porque
“no amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor[...], e
o que teme não é perfeito em amor.”. Para que fosse possível se
relacionar, com os seres que criou, Deus teve que se esconder. Ao
falar sobre isso Lutero escreveu: “O homem usa máscaras para se
esconder, mas Deus tem de usar máscara para se revelar.” Isaías 8:13;
40:15,17; Gênesis 3:10; Êxodo 20:19; 1João 4:18.
Certa vez um menino ganhou de seu pai um pequeno aquário.
E os dois foram comprar e trouxeram um lindo peixinho e colocaram
dentro. O menino ficou olhando um bom tempo para o peixinho, e
esperava que teria um bom relacionamento com ele. Mas o pequeno
fugia dele e procurava se esconder à qualquer aproximação da criança.
Então o menino foi se queixar com seu pai, decepcionado com o
peixinho dizendo. “Papai eu não sei o que fazer para que o peixinho não
tenha medo de mim, e entenda que eu não quero o mal dele, mas só o
bem. Eu falo e ele se assusta, eu coloco comida ele pensa que estou
agredindo ele. Como eu faço pra não assustar ele para que ele se
aproxime de mim ao invés fugir? Como eu falo pra ele que o amo?”
Então o pai do menino respondeu: “ Você é grande demais pra ele meu
filho. Só tem um jeito em que ele possa te entender, e não ter medo,
você precisa se tornar outro peixinho pequenino como ele e entrar
dentro do aquário; então você poderá falar a linguagem dele, e ele não
terá medo de você! E poderá se relacionar com ele.” O menino não
poderia fazer isso, mas Deus poderia e esse foi o Caminho encontrado
por Ele, para o coração de Suas criações.
Então outra das três pessoas divinas “que sendo em forma de
Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si
mesmo, tomando a forma de servo.”, Ele se tornou “a imagem do Deus
invisível”; “o resplendor da Sua glória, e a expressa imagem de Sua
pessoa.” Seu nome era “(Miguel )מיכָּאֵ ל
ִ o grande principe” que
traduzido significa literalmente (Aquele que é como Deus.) Ele tomou
32
essa forma para que pudesse ser “verdadeiramente o Filho de Deus”, “o
primogênito de toda a criação.” Ele representaria o Pai perante os
seres criados. Sua função era ser o caminho que leva e revela o Pai .
Como ele disse:“Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao
Pai, a não ser por mim.” “Todas as coisas me foram entregues por meu
Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai,
senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.” Filipenses
2:6,7; Colossenses 1:15; Hebreus 1:3; Daniel 12:1; Mateus 14:33;
Colossenses 1:15; João 14:6; Mateus 11:27.
Assim como Miguel, Ele poderia estabelecer a comunicação e o
relacionamento entre o ser Divino e os seres criados, ao mesmo tempo
que revelar Seu Pai. Poderia entrar na criação do mesmo tamanho que
Suas criaturas, e se relacionar cara a cara, olhos nos olhos, sem
amedrontar mas falar a mesma linguagem dos seres que formou.
Miguel era não só a “Maquete” de Deus como também o “protótipo” ou
o “modelo”, dos seres que iriam ser criados. À Sua semelhança foram
criados todos os seres que passaram a existir. Seu corpo, sua mente e
sua glória serviram de base para a criação de cada ser. “Porque nele
foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e
invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam
potestades. Tudo foi criado por ele e para ele.” “e sem ele nada do que
foi feito se fez.” Colossenses 1:16; João 1:3.
Cada ser traria em si mesmo na mente e na alma, a
semelhança com seu Criador, pois eles eram como Ele, criados “à Sua
imagem conforme a Sua semelhança”. E ao olharem para Miguel,
estavam olhando a Seu Pai, por que Ele era “a expressa imagem da Sua
pessoa” Como Ele mesmo disse: “Quem me vê a mim vê o Pai.” Gênesis
1:26; Hebreus 1:3; João 14:9.
Miguel se tornou a ponte, o mediador e o exemplo, entre Deus e
a criatura. imitando-O, todas as criaturas poderiam aprender como agir
e também como se relacionar com o Deus-todo-poderoso através dEle.
Revelar o amor do Pai perante todos os seres criados e estar em íntima
comunicação com os seres que formou era o objetivo de sua existência e
33
missão. E olhando para Miguel “com rosto descoberto, refletindo como
um espelho a glória do Senhor, eram transformados de glória em glória
na mesma imagem, pelo Espírito do Senhor,” a terceira Pessoa da
Divindade. “Aquele consolador, o Espírito Santo” Ele recebeu esse
nome porque sua função era escrever na mente e na alma dos seres
criados O Espírito do Santo; “O Espírito de sabedoria e de
entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de
conhecimento e de temor do SENHOR,” “o Espírito de verdade, e ele
guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá
tudo o que tiver ouvido, e anunciará o que há de vir. - Porque " Deus
revelou pelo seu Espírito; e o Espírito penetra todas as coisas, ainda as
profundezas de Deus." Por que "ninguém sabe as coisas de Deus,
senão o Espírito de Deus". 2Coríntios 3:18; João 14:26; Isaías 11:2; João
16:13; 1Coríntios 2:10;11
34
primogênito entre muitos irmãos.” Marcos 1:24; Ezequiel 36:26 ; 1
Samuel 10:6; Romanos 8:29
Quase todas as referências bíblicas ao Espírito, estão
relacionadas com o que Ele faz agindo na criatura. Como está escrito
que “ o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, paciência, delicadeza,
bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio.” “E receberam o
Espírito Santo”; “todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam
com ousadia a palavra de Deus” Gálatas 5:22,23; Atos 8:17; 4:31.
Quanto a sua personalidade O Espírito: “habita, ensina, testifica,
convence, guia, glorifica, envia, proíbe, ordena, impede, convoca, delega,
intercede, fala e apela.” (João 14:17,26; 15:26; 16:8,13,14; Atos 10:19-
20; 16:7; 11:12; 16:6; 13:2; 20:28; Romanos 8:26-27; 1 Timóteo 4:1;
Apocalipse 22:17).
O Espírito não se preocupa em chamar atenção para si ou
mesmo exaltar a si próprio, porque essa não é sua função, mas sim ao
Pai e ao Filho. E como o próprio Filho disse: “O espírito” “não falará de si
mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e anunciará o que há de vir.
Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de
anunciar.” “ E a todo aquele que disser uma palavra contra o Filho ser-
lhe-á perdoada, mas ao que blasfemar contra o Espírito Santo não lhe
será perdoado.” “E o Espírito é o que testifica, porque o Espírito é a
verdade. Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra (ou
o verbo), e o Espírito Santo; e estes três são um.” João 16:13,14 ; Lucas
12:10; 1João 5:6,7.
35
36
O Dilema da Criação: Um Deus desconhecido.
37
uma criada “à Sua imagem, conforme a Sua semelhança;” Seres
“perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.” Gênesis 1:26;
Mateus 5:48.
Deus é perfeitamente belo e harmonioso em todos os Seus
atributos. Ele conhece plenamente toda extensão de Seu próprio Ser. E
tudo que nós conhecemos de bom e sublime, todo sentimento de paz e
alegria; bondade e felicidade; “tudo o que é verdadeiro, tudo o que é
honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável,
tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, se há algum louvor”,
“toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai
das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.”
Filipenses 4:8; Tiago 1:17 Ele é a fonte de todo bom impulso já
experimentado pela humanidade. Cada traço de carinho já
experimentado de uma mãe ou de um pai por um filho; ou de um
marido por sua esposa; ou mesmo de alguém por um ser indefeso, tem
sua origem com sua máxima expressão na pessoa de Deus; e todos nós
fomos criados à Sua semelhança. Esse conhecimento que Deus tem de
Si mesmo O levou a criar outros seres, conceder-lhes Seus próprios
atributos; para que pudessem experimentar em si mesmos a felicidade
de Sua própria perfeição. Deus nos criou com o objetivo de nós O
conhecermos. E através desse conhecimento, à medida que nos
aproximamos, sermos cada vez mais semelhantes a Ele.
Mas ao criar seres livres; com o poder de escolha Deus colocou-
se a si mesmo e suas criaturas num grande impasse. Por um lado, cada
criatura tem sua vida e existência dependente do poder divino. Porque
“possui, ele só, a imortalidade” e é quem está “sustentando todas as
coisas pela palavra do seu poder”, “e nele vivemos, nos movemos, e
existimos”. 1Timóteo 6:16; Hebreus 1:3; Atos 17:28 Por outro lado, se
aproximar do Criador ou servi-lO por obrigação, devido a nossa
dependência dEle, impediria o relacionamento, e faria com que nossa
existência fosse um fardo ao invés de alegria. Não poderia haver
felicidade nem desenvolvimento, e também não seria possível amá-lO;
seríamos apenas como escravos de seu feitor. “Deus deseja unicamente
38
o serviço de amor; e o amor não se pode impor; não pode ser
conquistado pela força ou pela autoridade. Só o amor desperta o amor.”
Esse amor é a essência de Deus. “Aquele que ama é nascido de Deus e
conhece a Deus;” “ porque Deus é amor.” “Conhecer a Deus é amá-Lo.”
DTN 10.4 ; 1João 4:7,8; DTN 10.4.
Como está escrito : “O que se gloriar, glorie-se nisto: em me
entender e me conhecer.” Assim como não é possível amar a Deus sem
conhecê-lO; também não é possível conhecê-lO e não amá-lO.
“Quando conhecermos a Deus como nos é dado o privilégio de O
conhecer, nossa vida será de contínua obediência.” Se conhecermos a
Deus, O amaremos; se O amarmos nos aproximaremos dEle e nossa
existência estará assegurada. Por isso Deus ordenou: “Amarás, pois, ao
Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo
o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro
mandamento.” “Porque o que me achar, achará a vida, e alcançará o
favor do SENHOR.” “ E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só,
por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” Jeremias
9:24; DTN 472.5; Marcos 12:30; Provérbios 8:35; João 17:3
Se nós não buscarmos conhecê-lO, não seremos atraídos para
Ele e nossa vida será um fardo. Deus nos criou com desejo de
buscarmos o perfeito e amar o belo. Enquanto nossos olhos estiverem
voltados para as fagulhas humanas, viveremos saltando de uma coisa
para outra em busca de satisfação, mas sempre estaremos, lá no interior
de nosso ser; com um terrível vazio na alma. “Ó todos vós que tendes
sede, vinde às águas,” “por que gastais o vosso dinheiro naquilo que
não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode
satisfazer? Ouvi-me atentamente,” “Inclinai os vossos ouvidos, e vinde
a mim; ouvi, e a vossa alma viverá”; “aquele que beber da água que eu
lhe der nunca mais terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele
uma fonte de água que salte para a vida eterna.” Isaías 55:1-3; João
4:14.
Para que pudesse ser conhecido, Deus criou cada coisa no
universo revelando os traços de Seu cuidado, de Seu amor e de Sua
39
personalidade. “ Os atributos invisíveis de Deus, tanto o seu eterno
poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem por
meio das coisas que estão criadas.” Mas, por mais que Deus tenha se
revelado, por meio de tudo o que criou, através de todos os séculos até
agora, Ele de certa forma ainda é um “Deus desconhecido.” Porque está
escrito:“Porventura alcançarás os caminhos de Deus, ou chegarás à
perfeição do Todo-Poderoso? Como as alturas dos céus é a sua
sabedoria; que poderás tu fazer? É mais profunda do que o inferno, que
poderás tu saber? Mais comprida é a sua medida do que a terra, e
mais larga do que o mar” “Ó profundidade das riquezas, tanto da
sabedoria, como do conhecimento de Deus. Quão insondáveis são os
seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Quem compreendeu
a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Quem lhe deu
primeiro a ele, para que lhe seja recompensado?” Romanos 1:20; Jó
11:7-9; Romanos 11:33-35.
Antes de se manifestar o pecado no universo, Deus havia se
revelado de todas as formas possíveis. Ele já havia se adaptado para
poder lhe dar com as limitações de suas criaturas; estipulou a grande Lei
do Amor, que servia de proteção e mantinha ordem no universo; onde
cada criatura se aproxima de Seu Criador, e aprende como amar
através de Seu Filho, e tem essa mesma Lei; o caráter e a essência de
Deus gravadas em seu coração pelo Santo Espírito; para que possam
praticar uns com os outros sentido de amar. Deus fechou todas as
portas possíveis para o pecado. Criou um universo perfeito, cheio de
ordem e perfeição, beleza e alegria. Não havia motivos, nem mesmo
para se pensar em se desligar de Deus, ou mesmo se afastar do seu
Criador. Mas ainda havia uma lacuna. Eles só conheciam um lado da
moeda. Ninguém sabia o que era o mal. Se seres celestiais, houvessem
conhecido como é, nenhuma criatura se atreveria a se envolver com o
mal. Somente Deus tinha conhecimento do bem e do mal; e em sua
infinita misericórdia vedou o mal das suas criações. Não havia
conhecimento por parte das Suas criaturas a respeito de como Deus lhe
daria com o mal e o pecado se os mesmos se manifestassem. Seu
40
grande amor e Sua preciosa graça, Sua misericórdia e Sua justiça no
trato com o mal e o pecado, eram totalmente desconhecidos.
O conhecimento que temos agora de Deus, através da Cruz,
no trato com o pecado foi “o mistério, que desde os séculos esteve
oculto em Deus,” “ desde todos os séculos, e em todas as gerações, e
que agora foi manifesto” “E, sem dúvida alguma, grande é o mistério
da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito,
visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na
glória”. Efésios 3:9; Colossenses 1:26; 1 Timóteo 3:16.
O pecado em todas as suas formas, está diretamente ligado à
grande Lei do Amor. A palavra “pecado”, do grego, língua do novo
testamento, “(ἁμαρτία / hamartia)” significa literalmente ( desviar-se
da lei de Deus, violar a lei de Deus, aquilo que é errado, uma ofença,
uma violação da lei divina em pensamento ou em ação). E também
iniqüidade, do grego (ἀνομία / anomia) que significa; (a condição
daquele que não cumpre a lei; porque não conhece a lei; porque
transgride a lei; desprezo e violação da lei; maldade.) Como está escrito
“Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o
pecado é a transgressão da lei.” 1 João 3:4 ARA. E também em outra
versão “Qualquer que comete pecado, também comete iniqüidade;
porque o pecado é iniqüidade.” – 1João 3:4 ARC. “Que diremos, pois? É
a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não teria conhecido o pecado,
senão por intermédio da lei.” Romanos 7:7
“ Deus é amor” e “ o cumprimento da lei é o amor.” “E criou
Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e
mulher os criou”. Nós fomos criados “à Sua imagem, conforme a Sua
semelhança”, com os mesmos atributos; os comunicáveis, mais ainda
assim, o Seu amor foi impresso em nosso coração já na nossa criação. O
pecado não é simplesmente não amar. Deus vedou o mal do universo,
não porque Ele fosse mal; mas sim justamente por que Ele é bom! Todo
o bem está nEle. Todo traço de bondade existente na criação, não é
senão um pálido reflexo fluindo de Sua pessoa. Não há como amar, ou
fazer o bem sem estar diretamente ligado a Ele. Não há outra
41
alternativa; não escolher ser semente a Ele é invariavelmente, escolher
o mal. Como está escrito: “o que peca contra mim violenta a sua própria
alma; todos os que me aborrecem amam a morte.” 1 João 4:8;
Romanos 13:10; Gênesis 1:27; Gênesis 1:26; Provérbios 8:35. Isso não é
uma imposição divina, mas apenas lógica.
Certa vez, um professor perguntou para os seus alunos “o que
era o mal'' e um aluno o respondeu com questões de física e lógica. Ele
perguntou: “ Professor; existe o frio?” O Professor respondeu: “ Sim, é
claro que existe!” O aluno replicou: “ Não professor; segundo a física o
que existe é a ausência de calor!” O aluno continuou: "A escuridão
existe? Não! Segundo a física ela é a ausência de luz. Da mesma forma
que o mal; ele é o resultado da ausência de Deus. Quanto menos
atributos divinos há em uma pessoa, mais má ela é!”
Todos nós, ainda temos a “ árvore” do conhecimento do bem e
do mal à nossa disposição. Se buscarmos conhecer a Deus, estaremos
escolhendo o bem e seremos mais e mais semelhantes a Ele. Mas se nos
recusarmos e nos afastarmos dEle; estaremos escolhendo o mal, e ao
final perdermos todo traço de bondade ainda existente em nosso ser. E
ao nos desligarmos da vida, abraçamos a morte. Como está escrito:
“Vês aqui, hoje te tenho proposto a vida e o bem, e a morte e o mal”
“Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te
tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a
vida, para que vivas, tu e a tua descendência, Amando ao SENHOR teu
Deus, dando ouvidos à sua voz, e achegando-te a ele; pois ele é a tua
vida, e o prolongamento dos teus dias.” “Conhece o Deus de teus pais e
serve-o de coração íntegro e alma voluntária; porque o Senhor
esquadrinha todos os corações e penetra todos os desígnios do
pensamento. Se o buscares, ele deixará achar-se por ti; se o deixares,
ele te rejeitará para sempre.” Deuteronômio 30:15; 19,20; 1 Crônicas
28:9
O livre arbítrio é um dos atributos divinos concedidos por Deus a
todos os seres criados, dando-lhes a capacidade de julgar e decidir
“conferindo uma coisa com outra, para a respeito delas formar o seu
42
juízo”. Todos nós somos livres para fazermos nossas escolhas; mas
somos escravos das consequências que elas nos trazem, “pois aquilo
que o homem semear, isso também ceifará.” Pois “Deus retribuirá a cada
um conforme o seu procedimento. Ele dará vida eterna aos que,
persistindo em fazer o bem, buscam glória, honra e imortalidade. Mas
haverá ira e indignação para os que são egoístas, que rejeitam a verdade
e seguem a injustiça.” “ Eis que cedo venho, e o meu galardão está
comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.” “Assim falai, e assim
procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade.” “Aquele,
porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso
persevera, não sendo ouvinte esquecidiço, mas fazedor da obra, este tal
será bem-aventurado no que realizar.” Eclesiastes 7:27; Gálatas 6:7;
Romanos 2:6; Apocalipse 22:12; Tiago 2:12; 1:25.
Para bem ou para mal, as nossas próprias escolhas fazem de nós
mesmos nosso próprio juiz. Nós mesmos decidimos que tipo de pessoa
iremos ser. Ao buscarmos conhecer ao Senhor e “refletir como um
espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na
mesma imagem,” – e ao final refletiremos o Seu Amor. “Não é
necessário que escolhamos deliberadamente o serviço do reino das
trevas para cair-lhe sob o poder. Basta negligenciarmos fazer aliança
com o reino da luz.” “ Em toda a bíblia não existe advertência mais
terrível contra o brincar com o mal do que as palavras do sábio, de que o
pecador “com as cordas do seu pecado, será detido.” 2 Coríntios 3:18;
DTN 223.3; CC 34.1; Provérbios 5:22
“Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR”.
Porque “ o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e fará
proezas.” E “os justos são libertados pelo conhecimento.”Como está
escrito “ E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Oséias
6:3; Daniel 11:32; Provérbios 11:9; João 8:32.
43
44
Lúcifer: o Anjo da Rebelião
51
52
Como se dá o conflito?
“O SENHOR reina”; “Nuvens e escuridão estão ao redor dele;
justiça e juízo são a base do seu trono”. - Salmos 97:1,2
Algumas pessoas se perguntam: Como pode Deus ser
onisciente como a Bíblia diz; e criar Lúcifer sabendo que ele pecaria?
Mas o que precisa ser compreendido por todos é o fato de que o mal já
existia em potência. Desde o início da criação, sempre havia a
possibilidade de alguém se rebelar contra Deus. Embora nunca
houvesse razão para a rebelião, sempre houve essa liberdade. Se não
fosse Lúcifer a se rebelar contra Deus, poderia ser qualquer outro anjo.
O fato de ter sido ele já prova que ele tinha essa liberdade.
Por milhares de anos anteriores ao pecado, reinou perfeita paz no
universo e só agora o mal veio a se manifestar. Houve tempo suficiente
para Deus criar incontáveis milhões de galáxias com seus sóis e planetas
em órbita. Esse tempo de paz não pode ser esquecido quando se fala
desse pequeno momento de turbulência.
Deus previu a manifestação do mal, e tomou providências para
enfrentá-lo. Essas providências farão com que essa manifestação de
tristeza e pecado resulte em uma bênção tal, que se tornaria
impossível de ser concedida, sem que mal houvesse se manifestado.
Deus tomou medidas, não só para enfrentar o mal, mas para que
também ele nunca mais se manifeste outra vez; fazendo com que o
universo esteja para sempre em eterna segurança. Como Naum
escreveu “Não se levantará pela segunda vez a angústia.” E já na visão
do futuro, quando de fato o mal for banido do universo, ressoará por
toda a criação de Deus, um cântico que fará estremecer as abóboras
celestes. “Que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi
morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e
glória, e ações de graças. E ouvi toda a criatura que está no céu, e na
terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles
53
há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam
dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre”.
Naum 1:9; Apocalipse 5:12
54
“Deus poderia ter destruído Satanás e seus adeptos tão
facilmente, como se pode atirar uma pedra à terra; porém assim não
fez. A rebelião não seria vencida pela força. Os princípios do Senhor não
são dessa ordem. Sua autoridade baseia-se na bondade, na
misericórdia e no amor; e a apresentação desses princípios é o meio a
ser empregado. O governo de Deus é moral, e verdade e amor devem
ser o poder predominante.” - DTN 537.5
Quando Lúcifer “teve por usurpação ser igual a Deus”; bateu de
frente com a Lei divina que dizia:“ Amarás o Senhor teu Deus de todo o
teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento”
Filipenses 2:6; Mateus 22:37. Em sua intenção de conseguir para si a
lealdade que os anjos rendiam a Deus, Lúcifer procurou confrontar a Sua
santa lei.
“A lei perfeita da liberdade”, está fundamentada no amor de
Deus e no livre arbítrio de cada um. Como está escrito: “O que peca
contra mim violenta a sua própria alma; todos os que me odeiam amam
a morte” “porque tudo o que o se semear, isso também ceifará.”
“Deus recompensará cada um segundo as suas obras”. Tiago 1:25;
Provérbios 8:36; Gálatas 6:7; Romanos 2:6 Qualquer criatura que se
desligar da vida, encontrará a morte como resultado de sua própria
escolha. Se Deus assim não fizer estará interferindo no livre arbítrio de
Suas criaturas. Satanás induziu os anjos à rebelião e acusou a Deus de
tirano. Em seu pensamento, ele havia colocado a Deus em um dilema no
qual seria impossível de Ele sair sem que Deus desse ganha à causa para
sua rebelião.
Por nunca ter havido alguém que tivesse se rebelado contra
Deus no passado, também não havia ninguém que colhesse o resultado
de sua más escolhas. Toda atitude que Deus tomasse, na visão de
Lúcifer, Deus haveria de perder. Se por um lado Deus perdoasse os anjos
rebeldes Ele não estaria sendo Justo. Satanás levaria avante a sua
rebelião acusando a Deus de injusto. Se por outro lado Deus desse a
cada um conforme suas escolhas “porque o salário do pecado é a
morte”, Deus seria acusado de tirano. Porque bastasse alguém se
55
rebelar conta ele e Sua Lei que na mesma hora seriam destruído. Seu
amor seria mal interpretado e distorcido. Não havia saída “para que ele
seja justo e justificador daquele que” se rebela contra Ele ou Sua Lei. -
Romanos 6:23; 3:26
Deus procurou “colocar as coisas numa base de segurança
eterna, sendo decidido que se concedesse tempo a Satanás para
desenvolver os seus princípios, o fundamento de seu sistema de
governo. Pretendera serem os mesmos superiores aos princípios divinos.
Deu-se tempo para que os princípios de Satanás operassem, a fim de
serem vistos pelo Universo celestial.” – DTN 537.6
“Em Seu trato com o pecado, Deus só faria uso da justiça e a
verdade. Satanás fazia uso daquilo que Deus não usaria: lisonja e
engano. Procurara falsificar a Palavra de Deus, e representara
falsamente Seu plano de governo perante os anjos, alegando que Deus
não era justo ao estabelecer leis e regras aos habitantes do Céu; que,
exigindo de Suas criaturas submissão e obediência, estava meramente
procurando a exaltação de Si próprio. Portanto deveria ser
demonstrado perante os habitantes do Céu, bem como de todos os
mundos, que o governo de Deus é justo, e perfeita a Sua lei. Satanás
fizera parecer que estava procurando promover o bem do Universo. O
verdadeiro caráter do usurpador e seu objetivo real deveriam ser por
todos compreendidos.” GC – Pag. 498.
“Aquele que queria livres as vontades de todas as Suas
criaturas, a ninguém deixou desprevenido quanto ao sofisma
desconcertante por meio do qual a rebelião procuraria justificar-se.
Antes que se iniciasse a grande luta, todos deveriam ter uma
apresentação clara a respeito da vontade dAquele cuja sabedoria e
bondade eram a fonte de toda a sua alegria.” PP - Pag. 36.
“O Rei do Universo convocou os exércitos celestiais perante Ele,
para, em sua presença, apresentar a verdadeira posição de Seu Filho, e
mostrar a relação que Este mantinha para com todos os seres criados. O
Filho de Deus partilhava do trono do Pai, e a glória do Ser eterno,
56
existente por Si mesmo, rodeava a ambos. Em redor do trono reuniam-
se os santos anjos, em uma multidão vasta, inumerável – “milhões de
milhões, e milhares de milhares” Apocalipse 5:11, estando os mais
exaltados anjos, como ministros e súditos, a regozijar-se na luz que, da
presença da Divindade, caía sobre eles. Perante os habitantes do Céu,
reunidos, o Rei declarou que ninguém, a não ser Cristo, o Unigênito de
Deus, poderia penetrar inteiramente em Seus propósitos, e a Ele foi
confiado executar os poderosos conselhos de Sua vontade. O Filho de
Deus executara a vontade do Pai na criação de todos os exércitos do
Céu; e a Ele, bem como a Deus, eram devidas as homenagens e
fidelidade daqueles. Cristo ia ainda exercer o poder divino na criação da
Terra e de seus habitantes. Em tudo isto, porém, não procuraria poder
ou exaltação para Si mesmo, contrários ao plano de Deus, mas
exaltaria a glória do Pai, e executaria Seus propósitos de beneficência e
amor. Os anjos alegremente reconheceram a supremacia de Cristo, e,
prostrando-se diante dEle, extravasaram seu amor e adoração.” PP –
Pag. 36
“A exaltação do Filho de Deus à igualdade com o Pai, foi
representada como sendo uma injustiça a Lúcifer, o qual, pretendia-se,
tinha também direito à reverência e à honra. Se este príncipe dos anjos
pudesse tão-somente alcançar a sua verdadeira e elevada posição,
grande bem resultaria para todo o exército do Céu; pois era seu objetivo
conseguir liberdade para todos. Agora, porém, mesmo a liberdade que
eles até ali haviam desfrutado, tinha chegado a seu fim; pois lhes havia
sido designado um Governador absoluto, e todos deveriam prestar
homenagem à Sua autoridade. Tais foram os erros sutis que por meio
dos ardis de Lúcifer estavam a propagar-se rapidamente nos lugares
celestiais.” PP – Pag. 37
59
60
A Criação do Mundo
62
“NO princípio criou Deus os céus e a terra”. Esse princípio foi bem
antes da grande batalha nos Céus, da qual falou Cristo quando disse “:
Eu vi a Satanás, como raio, cair do céu," quando “ foi precipitado o
grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás” ;“ ele
foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.” Nesse
tempo “ a terra estava sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face
do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”.
Gênesis 1:1; Lucas 10:18; Apocalipse 12:9; Gênesis 1:2. Não sabemos
quanto tempo a terra passou , “sem forma e vazia” desde que Deus a
havia criado “no princípio”, até que Ele viesse aqui e reiniciasse a Sua
obra de criação. O fato é que no terceiro dia da criação “disse Deus:
Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção
seca; e assim foi. E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento
das águas chamou Mares” Gênesis 1:9,10. Deus não disse, nesse caso:
“haja” como no caso da Luz em que “disse Deus: Haja luz; e houve luz.”
- Gênesis 1:3; Mas sim Ele disse: “apareça a porção seca”; e assim foi. A
as rochas da terra já estavam aqui coberta por águas bem antes disso.
Nos é dito pela ciência, que as rochas da terra têm milhares e milhares
de anos; deve ter sim! A contagem cronológica bíblicas nós diz que á
aproximadamente seis mil anos atrás, Deus veio aqui e começou a dar
forma à terra. Mas quem pode dizer exatamente quanto tempo se
passou antes disso? Não há contradição entre a Bíblia e a ciência; como
disse Albert Einstein : “A ciência sem a religião é manca, a religião sem
a ciência é cega.”
Depois que foi expulso do céu, Lúcifer saiu a vagar por outros
mundos em busca de simpatia para sua rebelião. Mas não encontrou
ninguém que desse ouvidos a seus enganos. Não encontrando pousada
certa para ele e seus súditos, Satanás encontrou repouso nesse
ambiente hostil e inabitável que era a terra antes que Deus a tornasse
em um novo mundo no universo. Mas agora “Pai e Filho empenharam-
Se na grandiosa e poderosa obra que tinham planejado — a criação do
mundo.” Eles “levaram a cabo Seu propósito, planejado antes da queda
de Satanás, de fazer o homem à Sua própria imagem.” “Pai e Filho
63
operaram juntos na criação da Terra e de cada ser vivente sobre ela. E
agora disse Deus a Seu Filho: “Façamos o homem à Nossa imagem.” “E o
homem, a obra coroadora do Criador, e aquele para quem a linda Terra
fora preparada, foi trazido em cena”. “Adão e Eva saíram das mãos do
Criador na completa perfeição do dote físico, mental e espiritual.”
“Deus olhou com satisfação para a obra de Suas mãos. Tudo era
perfeito, digno de seu Autor divino; e Ele descansou, não como alguém
que estivesse cansado, mas satisfeito com os frutos de Sua sabedoria e
bondade, e com as manifestações de Sua glória”. HR 20.1,2;PP 17.3; HR
20.2; DT 12.2; PP 24.1
“O homem deveria ser colocado sob período de prova. Deveria
ser testado e provado; se suportasse o teste de Deus e permanecesse
leal e verdadeiro através da primeira prova, não ficaria assediado por
tentações contínuas, mas seria exaltado à igualdade com os anjos e
feito, daí por diante, imortal.” “Não mais se achando livre para instigar a
rebelião no Céu, encontrou a inimizade de contra Deus um novo campo,
ao tramar a ruína do gênero humano” DT 12.1; PP 19.4.
64
A Origem da vida e o início da Morte.
65
Era propósito divino trazer à existência uma criatura que fosse a
exibição de Seus próprios atributos. Alguém, dentre todas os seres que
criou, que iria carregar, mais plenamente, a imagem do Divino, “O
homem deveria ter a imagem de Deus, tanto na aparência exterior
como no caráter. Cristo somente é a “expressa imagem” do Pai Hebreus
1:3; mas o homem foi formado à semelhança de Deus.” PP 18.2 Era
alguém que ao olhar para ele, fosse como se Deus estivesse olhando
para um reflexo de Si mesmo em um espelho. Não, seria apenas um
único ser, como Seu Filho, mas um planeta, repleto de criaturas à Sua
imagem a representar o Criador perante os outros mundos.
67
“Um empecilho fora posto ao desejo de satisfação própria,
paixão fatal que está na base da queda de Satanás. A árvore da ciência,
que se achava próxima da árvore da vida, no meio do jardim, devia ser
uma prova da obediência, fé e amor de nossos primeiros pais. Ao
mesmo tempo em que se lhes permitia comer livremente de todas as
outras árvores, era-lhes proibido provar desta, sob pena de morte.
Deviam estar expostos às tentações de Satanás; mas, se resistissem à
prova, seriam finalmente colocados fora de seu poder, para desfrutarem
o perpétuo favor de Deus. PP 20.5
“Deus poderia ter criado o homem sem a faculdade de
transgredir a Sua lei; poderia ter privado a mão de Adão de tocar no
fruto proibido; neste caso, porém, o homem teria sido, não uma
entidade moral, livre, mas um simples autômato. Sem liberdade de
opção, sua obediência não teria sido voluntária, mas forçada. Não
poderia haver desenvolvimento de caráter. Tal maneira de agir seria
contrária ao plano de Deus ao tratar Ele com os habitantes de outros
mundos. Seria indigna do homem como um ser inteligente, e teria
apoiado a acusação, feita por Satanás, de governo arbitrário por parte
de Deus.” – PP 21.1
“Se resistissem às tentações haveriam de estar no perpétuo
favor de Deus e dos anjos celestiais.” Satanás sabia que “se fosse
audaciosamente ter com Adão e Eva para queixar-se do Filho de Deus,
eles não o ouviriam por um momento sequer, pois deviam estar
preparados para tal ataque. Decidiu que a astúcia e o engano fariam o
que a força ou o poder não lograriam.” “A fim de realizar a sua obra
sem que fosse percebido, Satanás preferiu fazer uso da serpente como
médium, disfarce este bem adaptado ao seu propósito de enganar.”
HR 24.2; 29.1; PP 25.3
“A serpente era a mais astuta de todos os animais do campo que
o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus
disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?” “Eva estava
espantada, pois sabia que Deus não tinha conferido à serpente o poder
da fala.” “Em vez de escapar do local, ficou ouvindo a serpente falar.
68
Não ocorreu à sua mente que este pudesse ser o inimigo decaído,
usando a serpente como médium. Era Satanás quem falava, não a
serpente.”“E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim
comeremos, Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse
Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais.”
Gênesis 3:1; HR 32.2; 33.1; Gênesis 3:1,2
“ Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.
Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos
olhos.” “Tal tem sido a obra de Satanás desde os dias de Adão até o
presente, e com a mesma tem ele prosseguido com grande êxito. Ele
tenta os homens a desconfiarem do amor de Deus, e a duvidarem de
Sua sabedoria.” “Satanás tenta os homens à desobediência, levando-os
a crer que estão a entrar em um maravilhoso campo de saber. Mas
tudo isto é um engano.” Lá no céu, Lúcifer havia dito :“Subirei acima das
mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo”. Então, ele
procurou instigar Eva com os mesmos desejos que haviam em seu
coração; dizendo “sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.” Ao ouvir
Eva, da serpente, que Deus a estava enganando, e que estava lhe
privando propositalmente, de um conhecimento que a tornaria como
Ele; nesse momento, Deus pra ela se tornou um desconhecido. “Descreu
das palavras de Deus, e isto foi o que a levou à queda.” Preferiu crer na
serpente, afinal de contas ela falava; não seria esse o resultado de comer
o do fruto proibido? Então “vendo a mulher que aquela árvore era boa
para se comer, e agradável aos olhos, e desejável para dar
entendimento; tomou do seu fruto, e comeu.” Gênesis 3:4,5; PP 27.1;
26.3; Isaías 14:14; Gênesis 3:5,6.
74
As consequências do pecado de Adão.
75
e da ciência”. Colossences 2:3. Depois de pecar, porém, já não podia
encontrar alegria na santidade, e procurou esconder-se da presença de
Deus. Tal é ainda hoje o estado do coração não convertido. Não está
em harmonia com Deus e não encontra prazer na comunhão com Ele.
Não poderia sentir-se feliz na presença de Deus; esquivar-se-ia ao
contato dos seres santos. Se lhe fosse permitido entrar no Céu, este
nenhuma alegria lhe proporcionaria. O espírito de abnegado amor que
ali reina — onde cada coração reflete o Infinito Amor — não encontraria
eco em sua alma. Seus pensamentos, seus interesses, seus motivos
seriam bem diferentes dos que animam os imaculados habitantes dali.
Seria uma nota discordante na melodia celeste. O Céu ser-lhe-ia um
lugar de suplícios; almejaria ocultar-se daquele que ali é luz e centro de
todas as alegrias. Não é um decreto arbitrário da parte de Deus que
veda o Céu aos ímpios; estes são excluídos por sua própria inaptidão
para dele participar. A glória de Deus ser-lhes-ia um fogo consumidor,
prefeririam a destruição, para serem escondidos de Sua face .” CC 17.2
“Satanás tentou o homem a pecar, assim como fizera com que
os anjos se rebelassem, para deste modo poder conseguir cooperação
em sua luta contra o Céu. Mas, quando Satanás ouviu a declaração de
que existiria inimizade entre ele e a mulher, e entre a sua semente e a
semente dela, compreendeu que seus esforços para depravar a natureza
humana seriam interrompidos; que por algum meio o homem seria
habilitado a resistir ao seu poder.” GC 505.3.
“Era desígnio do tentador frustrar o plano divino quanto à
criação do homem, e encher a Terra de miséria e desolação. E todo este
mal ele apontava como conseqüência da criação do homem por Deus.”
“Com intenso interesse , os mundos não caídos observavam para ver
Jeová levantar-Se e assolar a Terra. E, fizesse Deus assim, Satanás estaria
pronto a executar seu plano de conquistar a aliança dos seres celestiais.
Declarara ele que os princípios de Deus tornavam impossível o
perdão. Houvesse o mundo sido destruído e teria pretendido serem
justas as suas acusações. Estava disposto a lançar a culpa sobre o
76
Senhor, e estender sua rebelião pelos mundos em cima.” CC 17.1; DTN
22.1
“Todo o Céu pranteou como resultado da desobediência e queda
de Adão e Eva, a qual trouxe a ira de Deus sobre a raça humana. Foram
cortados da comunicação com Deus e precipitados em desesperadora
miséria. A lei de Deus não podia ser mudada para atender as
necessidades humanas, pois no planejamento divino ela jamais iria
perder a sua força nem dispensar a mínima parte de seus reclamos.”
“A lei existia antes que o homem fosse criado. Era apropriada às
condições dos seres santos; os próprios anjos eram regidos por ela.
Depois da queda, os princípios de justiça permaneceram imutáveis.”
“Foram definitivamente dispostos e expressos de modo a adaptar-se
ao homem em seu estado decaído.” “Isso foi necessário em virtude de
ter a mente humana ficado cegada pela transgressão.” HR 46.2; Signs
of the Times, 14 de março de 1878; 1ME – Págs. 220; Signs of the
Times, 15 de abril de 1875.
“No momento em que a obra das mãos de Deus recusou
obedecer às leis do reino de Deus, nesse próprio instante ele se tornou
desleal ao governo de Deus e se fez inteiramente indigno de todas as
bênçãos com as quais Deus o havia favorecido. O homem se divorciou
de Deus pela transgressão. Então ele não tinha mais direito a uma
inspiração de ar, a um raio da luz do Sol ou a uma partícula de alimento.
E a razão de o homem não ter sido destruído era que ‘Deus o amou de
tal maneira que deu o Seu Filho amado para que' sofresse a penalidade
da transgressão dele. João 3:16.” “Cristo — o Filho de Deus — “esteve
de pé entre os mortos e os vivos” Números 16:48, dizendo: “Caia sobre
Mim a penalidade. Ficarei em lugar do homem. Ele terá outra
oportunidade.” FO- Pág. 21; The S.D.A. Bible Commentary 1:1085;
77
Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que
fora tomado.” “Não era a vontade de Deus que o casal sem pecados
conhecesse o mal. Livremente lhes dera o bem, e lhes recusara o mal.
Mas, contrariamente à Sua ordem, haviam comido da árvore proibida e
agora teriam a ciência do mal, por todos os dias de sua vida. Desde
aquele tempo o gênero humano seria afligido pelas tentações de
Satanás. Em vez do trabalho feliz até então a eles designado, a
ansiedade e a labuta seriam seu quinhão. Estariam sujeitos ao
desapontamento, pesares, dor, e finalmente à morte.” Gênesis 3:22;23;
PP 30.3.
Deus havia dito a Adão, que no dia em que comessem da árvore
do conhecimento do bem e do mal, eles morreriam. E até aquele
momento, em que eles foram expulsos do Jardim, não houve ninguém
que houvesse experimentado a morte. A única evidência notória que
havia de seu pecado, era que a luz que os circundava desaparecera.
Então Deus pede a Adão para trazer uma "oferta ao SENHOR, um
cordeiro sem defeito de um ano em holocausto, para expiação do
pecado” e tira a sua vida perante ele, explicando que “o Salário do
pecado é a morte”, anunciando que seu pecado “tornou necessário que
Cristo fizesse o grande sacrifício de Sua própria preciosa vida.”
Ensinando a eles a terem fé que “o descendente” da mulher virá e “
ferirá a cabeça,” da Serpente, “e ela lhe ferirá o calcanhar.” “quando
ele puser a sua alma como expiação pelo pecado”. Então “o SENHOR
Deus fez para Adão e sua mulher túnicas de peles,” “do Cordeiro que
foi morto desde a fundação do mundo” “e os vestiu”, e “andaram
vestidos de peles de ovelhas e de cabras.” Números 6:14; Romanos
6:23; HR 47.1; Gênesis 3:15; Isaías 53:10; Gênesis 3:21; Apocalipse
13:8; Gênesis 3:21; Hebreus 11:37
“Jesus foi feito fiador” do homem perante Deus; como Judá,
Ele disse: “Eu serei fiador por ele, da minha mão o requererás” Eu “serei
réu de crime para contigo para sempre.” Cristo Se dispôs a ser “ o
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”, e “O Senhor fez cair
78
sobre ele a iniquidade de todos nós.” Hebreus 7:22; Gênesis 43:9; João
1:29; Isaías 53:6.
Adão devia ensinar essa fé a seus filhos, e aos filhos de seus
filhos até que Cristo viess;. como está escrito : “E estas palavras, que
hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e
delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e
deitando-te e levantando-te.” “E Adão conheceu a Eva, sua mulher, e ela
concebeu e deu à luz a Caim. E deu à luz mais a seu irmão Abel; e Abel
foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra.” “E Abel trouxe sua
oferta dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura” “como
Deus tinha ordenado; e cheio de fé no Messias por vir, e com humilde
reverência, apresentou a sua oferta,” “e atentou o SENHOR para Abel e
para a sua oferta.” Caim se recusou a trazer ao Senhor um cordeiro
como Abel havia feito. “Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao
SENHOR. Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se
Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante.” “E levantou-se Caim
contra o seu irmão Abel, e o matou.” “Pela fé Abel ofereceu a Deus
maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era
justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto,
ainda fala.” “Não como Caim, que era do maligno, e matou a seu irmão.
E por que causa o matou? Porque as suas obras eram más e as de seu
irmão justas.” “ Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do
diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não
é de Deus.” Deuteronômio 6:6,7; Gênesis 4:1,2,4; HR 53.1; Gênesis
4:3,5,8; Hebreus 11:4; 1 João 3:12; 10.
81
humanidade não se poderia erguer. Novo elemento de vida e poder
tinha de ser comunicado por Aquele que fizera o mundo.”HR 49; DTN
21.4
“ Todos os meios para depravar a alma dos homens haviam sido
postos em operação. Estes tinham escolhido um dominador que os
jungia a seu carro como cativos. Confundidos e enganados, avançavam,
em sombria procissão rumo à ruína eterna - para a morte em que não há
nenhuma esperança de vida, para a noite que não tem alvorecer.
Agentes satânicos estavam incorporados com os homens. O corpo de
criaturas humanas, feito para habitação de Deus, tornara-se morada de
demônios. Os sentidos, os nervos, as paixões, os órgãos dos homens
eram por agentes sobrenaturais levados a condescender com a
concupiscência mais vil. O próprio selo dos demônios se achava
impresso na fisionomia dos homens. Esta refletia a expressão das
legiões do mal de que se achavam possessos.” DTN 21.
“Justo no momento da crise, quando Satanás parecia prestes a
triunfar, veio o Filho de Deus com a embaixada da graça divina. Através
de todos os séculos, de todas as horas, o amor de Deus se havia exercido
para com a raça caída. Não obstante a perversidade dos homens, os
sinais da misericórdia tinham sido constantemente manifestados. E, ao
chegar à plenitude dos tempos, a Divindade era glorificada derramando
sobre o mundo um dilúvio de graça vivificadora, o qual nunca seria
impedido nem retido enquanto o plano da salvação não se houvesse
consumado.” DTN 22.1
“Satanás rejubilava por haver conseguido rebaixar a imagem de
Deus na humanidade. Então veio Cristo, a fim de restaurar no homem a
imagem de seu Criador. Ninguém, senão Cristo, pode remodelar o
caráter arruinado pelo pecado. Veio para expelir os demônios que
haviam dominado a vontade. Veio para nos erguer do pó, reformar o
caráter manchado, segundo o modelo de Seu divino caráter,
embelezando-o com Sua própria glória.” DTN 22.2
82
O Evangelho parte I:
O pecado e a Justiça.
“Eis o que tão somente achei: que Deus fez o homem reto, mas ele
se meteu em muitas astúcias.” Eclesiastes 7:29
Nunca foi vontade de Deus, que o homem se afastasse de Seu
Criador, seguindo um caminho que o levasse à destruição. Deus o criou
para habitar entre os seres santos que estão em Sua presença. Mas por
se separar de Seu Criador, a humanidade tornou-se o primeiro “palco
assistido”, demonstrando o que aconteceria com qualquer criatura que
se aventurasse no pecado. Por Sua infinita misericórdia ao dar Seu
amado Filho, para pagar a penalidade do homem, de forma que este
tivesse outra oportunidade; Deus permitiu que pela primeira vez no
universo, houvesse um cenário, onde o bem coexistisse juntamente
com mal, para que o homem, tendo o pecado de Adão como
experiência, pudesse refazer sua escolha com entendimento. Estando
“rodeado de uma tão grande nuvem de testemunhas” ,dos “céus, e os
que neles habitam” pois “o Universo celestial contempla tudo.” Hebreus
12:1; Apocalipse 12:12; DTN 538.1
Nesse palco , Cristo e Seus anjos estão batalhando para o
reerguimento do homem, afim de levá-lo de volta à fé e à confiança em
Deus ; para que ele possa receber de novo a imagem divina e, outra vez,
habitar na presença de Deus. Do outro lado se encontra Satanás e seus
anjos, batalhando com o homem, para que este ceda às suas próprias
inclinações adquiridas pela transgressão, afim de torná-lo mais
83
parecido com ele; para testar a paciência de Deus, e lançar escárnio à
Seu Nome e trazer ruína à humanidade. Como disse Cristo: Satanás “não
vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham
vida, e a tenham com abundância”. João 10:10
Quando Adão escolheu comer daquele fruto, a luz que o
circundava se apagou. Ele perdeu a imagem moral de Deus, o que nos
tornava semelhantes a Ele no caráter; e por sua causa “todos pecaram e
destituídos estão da glória de Deus”. Romanos 3:23. O homem perdeu
a sua identidade, aquilo que o definia; o próprio Deus tornou-se para
ele um desconhecido. Os atributos divinos, foram por assim dizer,
deixados de ser cultivados, sendo gradativamente esquecidos. Mesmo
que, ainda haja no caráter humano, traços da bondade divina; por se
afastar de Seu Criador, ele começou a perder essa semelhança, e à
medida em que se aventura cada vez mais no pecado, mais semelhante
a Satanás ele se torna.
Deus permitiu, que diante do universo expectante, o mal e o
pecado se desenvolvessem. A pesar de que Ele nunca quisesse que a
existência do mal fosse uma realidade no universo perfeito que havia
criado, uma vez que a humanidade aderiu ao pecado, se tornou
possível de que o mesmo fosse estudado. Agora cada ser, tanto na
terra como nós Céus, podem patentear os efeitos do pecado, e julgar
por si mesmo aquilo que antes, somente Deus conhecia, e que lhes
havia vedado. No desenrolar da história humana todos os resultados
possíveis da transgressão começaram a ser observados; todos os tipos
de atrocidades jamais contemplada por seres santos, a eles se tornaram
patentes.
Com a possibilidade de arrependimento e perdão, dado
misericordiamente ao homem, a humanidade passou a ser dividida em
dois grupos. Os filhos de Deus, àqueles que embora tendo o
conhecimento do bem e do mal, procuram serem restituído ao favor de
Deus, buscando Sua face, para que Sua imagem moral, neles outra vez se
manifeste, afim de novamente habitar com Ele. E os filhos do homens,
que semelhantemente a Satanás, se afundaram mais e mais no pecado,
84
procurando fazer a própria vontade, sem se preocuparem de que exista
um Deus nos Céus que lhes julgará as ações. “O qual recompensará cada
um segundo as suas obras.” Romanos 2:6.
Desde que foram expulsos do Éden, essa tem sido a trajetória
humana. Uns poucos procuraram manter o conhecimento de Deus sobre
a terra, mas em geral, a grande maioria dos homens “se desviaram, indo
após Satanás”, “e todo o mundo jaz no maligno.” 1 Timóteo 5:15; 1
João 5:19 A cada dia que passa, o homem vem se aventurando mais e
mais no pecado, e como resultado, a sua maldade vem aumentando na
terra; a violência e o crime se alastrando por toda parte, a corrupção, e a
desigualdade social, se tornando mais e mais comum. Estas coisas, são
consequências do uso da liberdade do homem, que escolhe, fazer o que
bem quer, “andando segundo os propósitos do seu coração maligno, ”;
“porque dos seu coração procedem os maus pensamentos, mortes,
adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias. E são
estas coisas que contaminam o homem. ” “Na verdade a terra está
contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm
transgredido as leis, mudado os estatutos, e quebrado a aliança eterna.”
Foi “por estas coisas que pereceu o mundo de então, coberto com as
águas do dilúvio,” Porque Deus “não perdoou ao mundo antigo, mas
guardou a Noé, pregador da justiça, com mais sete pessoas, ao trazer o
dilúvio sobre o mundo dos ímpios; e condenou à destruição as cidades
de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinza, e pondo-as para exemplo
aos que vivessem impiamente; E livrou o justo Ló, enfadado da vida
dissoluta daqueles homens abomináveis” Jeremias 3:17; Mateus
15:19,20; Isaías 24:5; 2 Pedro 3:6; 2:5-7.
Mas, não atentando para os exemplos da justiça divina
manifestado no passado, os homens continuaram, um a um, se
afastando do Seus Criador preferindo uma vida dissoluta. Como está
escrito: “Espantai-vos disto, ó céus, e horrorizai-vos! Ficai
verdadeiramente desolados, diz o SENHOR. Porque o meu povo fez duas
maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram
cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” “E olhou o SENHOR
85
desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que
tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos e
juntamente se fizeram inúteis: não há quem faça o bem, não há sequer
um. Não terão conhecimento os que praticam a iniquidade, e não
invocam ao SENHOR?” “Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o
glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos
se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se
sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível
em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de
quadrúpedes, e de répteis. Por isso também Deus os entregou às
concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus
corpos entre si; Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e
honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito
eternamente. Amém.” Jeremias 2:13; Salmos 14:2-4; Romanos 1:21-25.
“Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as
suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E,
semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da
mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros,
homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a
recompensa que convinha ao seu erro. E, como eles não se importaram
de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento
perverso, para fazerem coisas que não convêm; Estando cheios de toda
a iniqüidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja,
homicídio, contenda, engano, malignidade; Sendo murmuradores,
detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos,
presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães;
Néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem
misericórdia; Os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de
morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também
consentem aos que as fazem.” Romanos 1:22-32.
Tanto se afastou o homem de seu Criador, se afundando no
pecado, que foi “cauterizada a sua própria consciência”, e se tornou “
sábio a seus próprios olhos, e prudentes diante de si mesmo” , “os
86
quais o deus deste século cegou os entendimentos ” “endureceu-lhes o
coração, a fim de que não vejam com os olhos, e compreendam no
coração”. “Todo o homem é embrutecido no seu conhecimento”. Ao
ele perder de vista a justiça divina para julgar a si mesmo, passou
comparar-se com seus semelhantes que “ faziam cada um o que parecia
reto aos seus olhos,” desconhecendo a profundidade de pecado em que
se meteram. Podemos até mesmo achar, que não somos tão injustos
como a Bíblia descreve; e que nossa condição perante Deus, não é
assim tão desesperadora quanto parece, como se disséssemos: “ Ó Deus,
graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores,
injustos e adúlteros” “e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e
pobre, e cego, e nu;”1Timóteo 4:2; Isaías 5:21; 2Coríntios 4:4; João
12:40; Jeremias 10:14; Juízes 21:25; Lucas 18:11; Apocalipse 3:17.
“ Na verdade que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem,
e nunca peque.” “Todos nós somos como o imundo, e todas as nossas
justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha,
e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam”, “ e os nossos
pecados testificam contra nós; porque as nossas transgressões estão
conosco, e conhecemos as nossas iniquidades. Transgredimos, e
negamos o Senhor, e nos desviamos de seguir após o nosso Deus;
falamos a opressão e a rebelião, concebemos e proferimos palavras de
falsidade com coração. Pelo que o direito se tornou atrás, e a justiça se
pôs longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, e a equidade
não pode entrar.” “Todos nós andávamos nos desejos da nossa carne,
fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza
filhos da ira, como os outros também,” que andam “segundo o curso
deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que
agora opera nos filhos da desobediência” Eclesiastes 7:20; Isaías 64:6;
59:12-14; Efésios 2:3,2.
“E a menos que nos entreguemos ao domínio de Cristo,
seremos governados pelo maligno. Temos inevitavelmente de estar sob
o domínio de um ou de outro dos dois grandes poderes em conflito pela
supremacia do mundo. Não é necessário que escolhamos
87
deliberadamente o serviço do reino das trevas para cair-lhe sob o poder.
Basta negligenciarmos fazer aliança com o reino da luz. Se não
cooperarmos com os instrumentos celestes, Satanás tomará posse do
coração e torná-lo-á morada sua.” “ Ele conduzirá a mente não regida
por Jeová de acordo com sua vontade, até que a pessoa que está assim
em seu poder torna-se um eficiente instrumento para executar os seus
desígnios. Tão amarga é a inimizade do originador do pecado contra os
propósitos de Deus, tão terrível o seu poder para o mal, que quando os
homens se desligam de Deus, Satanás os influencia, e suas mentes são
levadas cada vez em maior sujeição, até que lançam fora o temor de
Deus, e o respeito dos homens, e tornam-se ousados e confessos
inimigos de Deus e de Seu povo. Deus aborrece todo pecado, e quando
o homem persistentemente recusa todo o conselho do Céu, é deixado à
mercê dos enganos do inimigo” DTN 223.3; VF 163.4
Deus concedeu a cada homem a liberdade, para que esse
pudesse escolher que poder o dominará. Desde o nascimento, trazemos
em nossa natureza o conhecimento do bem e do mal, como está escrito:
“Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha
mãe.” “Até a criança se dar a conhecer pelas suas ações”, “porque a
insensatez está ligada ao coração da criança,” e ela “ entregue a si
mesma, envergonha a sua mãe.” “. Nosso coração é ímpio, e não o
podemos transformar. A educação, a cultura, o exercício da vontade, o
esforço humano, todos têm sua devida esfera de ação, mas neste caso
são impotentes. Poderão levar a um procedimento exteriormente
correto, mas não podem mudar o coração; são incapazes de purificar as
fontes da vida. É-nos impossível, por nós mesmos, escapar ao abismo
do pecado em que estamos mergulhados” “ Em verdade, em verdade
vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado.” “As
suas iniqüidades o prenderão, e com as cordas do seu pecado será
detido.” Eles “estão escritos com um ponteiro de ferro, com ponta de
diamante, gravado na tábua do seu coração” “Toda a cabeça está
enferma e todo o coração fraco. Desde a planta do pé até a cabeça não
há nele coisa sã.” “ Quem do imundo tirará o puro? Ninguém!” “Acaso
88
pode, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então,
poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal.” “Quem dera
que tivesse tal coração que me temesse, e guardasse todos os meus
mandamentos todos os dias”. “Enganoso é o coração, mais do que todas
as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” “Vós sois maus” “porquanto a
inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de
Deus, nem, em verdade, o pode ser.” Salmos 51:5; Provérbios 20:11;
22:15; 29:15; CC 18.1; João 8:34; Provérbios 5:22; Jeremias 17:1; Isaías
1:5,6; Jó 14:4; Jeremias 13:23; Deuteronômio 5:29; Jeremias 17:9;
Mateus 7:11; Romanos 8:7.
“Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal,
vendido sob o pecado. Porque o que faço não o aprovo; pois o que
quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço. E, se faço o que não
quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou
eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que
em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o
querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Acho então esta
lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque,
segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; Mas vejo nos
meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu
entendimento, e me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus
membros. Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo
desta morte?” - Romanos 7:14-24
“O SENHOR é justo, e ama a justiça”, Mas “ o salário do pecado é a
morte”. Não há um meio em “que ele seja justo e justificador” do ímpio,
pois “o que justifica o ímpio, e o que condena o justo, são abomináveis
ao SENHOR tanto um como o outro.” Ele precisa “ fazer juízo contra
todos e condenar todos os ímpios, por todas as suas obras de
impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras palavras
que ímpios pecadores disseram contra ele”, “porque Deus não é injusto
para se esquecer da vossa obra” “Ele mesmo julgará o mundo com
justiça; exercerá juízo sobre povos com retidão.” Deus não é corrupto
como o homem, este se tornou “maligno” “e caminha segundo a
89
dureza do seu coração” “Deus é juiz justo, um Deus que se ira todos os
dias” ; “ tão puro de olhos, que não pode ver o mal“ “porquanto é Deus
santo, é Deus zeloso, que não perdoará a vossa transgressão nem os
vossos pecados.” Salmos 11:7; Romanos 6:23; 3:23 ; Judas 1:15;
Hebreus 6:10; Salmos 9:8; Jeremias 13:10; Salmos 7:11;Habacuque
1:13; Josué 24:19.
Satanás declarara que os princípios de Deus tornavam impossível
o perdão. Que não era possível Deus perdoar o ao mesmo tempo que
conservar a Sua justiça. Acusou a Deus de tirano porque Ele terá de
destruir todo aquele que cometer pecado. Teria que escolher entre a
Justiça e misericórdia. Deixar o homem viver depois de este, ter
escolhido a morte era uma violação da liberdade do próprio homem e
da lei divina que exige a morte do transgressor. “Desejaria eu, de
qualquer maneira, a morte do ímpio? Diz o Senhor DEUS; Não desejo.
”“Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que não tenho prazer na morte do ímpio”
Mas ao mesmo tempo Deus é Justo, e “ao culpado não tem por
inocente” “na sua transgressão com que transgrediu, e no seu pecado
com que pecou, neles morrerá.” Ezequiel 18:23; 33:11; Êxodo 34:7;
Ezequiel 18:24.
“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito
amor com que nos amou , estando nós ainda mortos em nossas
ofensas,” “ enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o
mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.” “ Àquele que não
conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós para que nele fossemos
feitos justiça de Deus.” “ Todos nós andávamos desgarrados ; cada um
se desviava pelo caminho” “como ovelhas que não têm pastor,” “não
tendo esperança, e sem Deus no mundo” “ andávamos nos desejos da
nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos
por natureza filhos da ira ”, “sendo inimigos.” Mas Deus “não nos tratou
segundo os nossos pecados, nem nos recompensou segundo as nossas
iniqüidades,” “o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós .”
“Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as
nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de
90
Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas
transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que
nos traz a paz estava sobre ele ” ; e “ ao SENHOR agradou moê-lo,
fazendo-o enfermar; quando ele pôs a sua alma por expiação do
pecado” , “levando Ele mesmo em seu copo os nossos pecados sobre o
madeiro” “ e não somente os nossos, mas também do mundo inteiro.”
“Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.”“ Cristo morreu
por nossos pecados, segundo as Escrituras,” e “nos resgatou da
maldição da lei fazendo-se maldição por nós; porque está escrito:
Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro.” “Tendo cancelado
o escrito de dívida, que era contra nós, removeu-o inteiramente,
encravando-o na cruz”. ” “Quem crê nele não é condenado; mas quem
não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito
Filho de Deus.” “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele
que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele
permanece.” “Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre
todos os homens para condenação, assim também por um só ato de
justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.
Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos
pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos.”
“Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que
há em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu
sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados
dantes cometidos, sob a paciência de Deus; Para demonstração da sua
justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador
daquele que tem fé em Jesus.” Efésios 2:4,5; João 3:17; 2Coríntios 5:21;
Isaias 53:6; Mateus 9:36; Efésios 2:12,3; Romanos 5:10; Salmos
103:10;Isaias 53:6, 4-5,10; 1Pedro 2:24; 1 João 2:2; João 1:29;
1Corintios 15:3; Gálatas 3:13; Colossenses 2:14; João 3:18, 36;
Romanos 5:18,19 ;3:24-26.
“Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas
em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos
nossos pecados” “para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver
91
para a justiça;” “ Fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho,
muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.”
“Cristo foi tratado como nós merecíamos, para que pudéssemos
receber o tratamento a que Ele tinha direito. Foi condenado pelos
nossos pecados, nos quais não tinha participação, para que fôssemos
justificados por Sua justiça, na qual não tínhamos parte. Sofreu a morte
que nos cabia, para que recebêssemos a vida que a Ele pertencia.'Pelas
Suas pisaduras fomos sarados'. Isaías 53:5.” 1João 4:10; 1 Pedro 2:24;
Romanos 5:10; DTN 13.3
92
O Evangelho parte 2
94
nos chamar irmãos”. Hebreus 7:26; 2:11. Em Cristo se acham ligadas a
família da Terra e a do Céu. Cristo glorificado é nosso irmão. O Céu Se
acha abrigado na humanidade, e esta envolvida no seio do Infinito
Amor.” – DTN 13.4
Satanás havia dito: “Eu subirei ao céu; acima das estrelas de
Deus exaltarei o meu trono”; “subirei acima das mais altas nuvens e
serei semelhante ao Altíssimo.” Era ele nos céus, o mais exaltado ser
que existia entre todos os que Deus havia criado. Depois de se rebelar,
porém, foi expulso daquele santo lugar. Por inveja, havia feito o homem
cair em pecado, para também partilhar de sua sorte e rebaixar a
humanidade à concupiscência mais viu. Mas o sacrifício de Cristo pelo
homem, elevou a humanidade a uma posição tal, que à nenhuma
criatura no universo poderia ser dada, sem que o mesmo tivesse sido
realizado. Como Cristo disse “Ao que vencer, dar-lhe-ei sentar-se
comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com
meu Pai no seu trono.” Como está escrito: “Com o teu sangue os
compraste para Deus” e “os fizeste reis e sacerdotes; e” “reinarão para
todo o sempre.” “ Uma alma se tornou de tanto valor que, em
comparação com ela, os mundos desmerecem até à insignificância”
porque “o grande Deus e Salvador Jesus Cristo” “em seu sangue nos
lavou dos nossos pecados” , “no sangue, que foi derramado por muitos,
para remissão dos pecados.” “ A vida da carne está no sangue” e “sem
derramamento de sangue não há remissão.” Quanto mais vale a vida de
Deus do a vida de qualquer ser que foi criado por Ele? Sobre isso Cristo
orou: “Pai justo”, “ eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que
sejam um, como nós somos um. Eu neles, e tu em mim, para que eles
sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me
enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a
mim”; “ para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu
neles esteja.” “Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que
vá. Estes são os que dentre os homens foram comprados para Deus e
para o Cordeiro.” Isaías 14:13, 14; Apocalipse 3:21; 5:9,10; 22:5; DTN
95
404.3; Tito 2:13; Apocalipse 1:5; Mateus 26:28; Levítico 17:11; Hebreus
9:22; João 17:25, 22-23,26; Apocalipse 14:4.
Foi o homem que pecou, o homem devia morrer, em Sua
misericórdia Deus se fez homem para que pudesse sofrer a penalidade
que a este cabia. Somente alguém que tivesse vida em si mesmo
poderia pagar a penalidade do homem, e voltar por si mesmo da
morte. “Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a
tomá-la. Ninguém a tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho
poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la.” “Unicamente Aquele
que é um com Deus, podia dizer estas palavras. Em Sua divindade
possuía Cristo o poder de quebrar as algemas da morte.” “Quando foi
ouvida no túmulo de Cristo a voz do poderoso anjo, dizendo: “Teu Pai Te
chama”, o Salvador saiu do sepulcro pela vida que havia em Si mesmo.”
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida;” “Em Cristo há vida
original, não emprestada, não derivada.” “Quem tem o Filho tem a
vida”. A divindade de Cristo é a certeza de vida eterna para o crente.
“Quem crê em Mim”, disse Jesus, “ainda que esteja morto viverá; e todo
aquele que vive, e crê em Mim, nunca morrerá. Crês tu isto?” João
10:17,18; 11:25; 1 João 5:12; João 11:26; DTN 555.2,1; 372.3
“Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo
Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o
principal.” “ Jesus veio, pregando o evangelho do reino de Deus, e
dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo.
Arrependei-vos, e crede no evangelho” “convertei-vos, para que sejam
apagados os vossos pecados,” “e vos revistais do novo homem, que é
criado segundo Deus em verdadeira justiça e santidade”. “ Aquele que
não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” “Quem que não
nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é
nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.” “ Os
que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os
que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque a
inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.
Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é
96
sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que
estão na carne não podem agradar a Deus.” “Os que são guiados pelo
Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.” “Mas, se alguém não tem o
Espírito de Cristo, esse tal não é dele.” “Assim que, se alguém está em
Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez
novo.” “Portanto, agora ja nenhuma condenação há para os que estão
em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o
Espírito.” “Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a
carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que
quereis.” “E as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério,
prostituição, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades,
porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas,
homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca
das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais
coisas não herdarão o reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é: amor,
alegria, paz, paciência, delicadeza, bondade, fé, mansidão, domínio
próprio.” 1 Timóteo 1:15; Marcos 1:14,15; Atos 3:19; Efésios 4:24;
João 3:3, 5, 6; Romanos 8:5-8, 14, 16, 9; 2Coríntios 5:17; Romanos 8:1;
Gálatas 5:17, 19-22.
“ Os que são de Cristo crucificam a carne com as suas paixões e
concupiscências,” como “disse Jesus : Se alguém quiser vir após mim,
renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me;” “e quem
não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim.” “ Qualquer
que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu
discípulo.” “Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos
abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má
produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem
a árvore má produzir frutos bons.” “ Agora está posto o machado à raiz
das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e
lançada no fogo.” “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.
Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que
dá fruto, para que dê mais fruto.” “ Como não pode o ramo produzir
fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o
97
podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós, os
ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto;
porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não permanecer em
mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham,
lançam no fogo e o queimam,” mas “se apoderem da minha força, e
faça paz comigo; sim, faça paz comigo,” porque “nisto é glorificado
meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.” Gálatas 5:
24; Mateus 16:24; 10:38; Lucas 14:27; Mateus 7:16-18; 3:10; João
15:1,2; 45; Isaías 27:5; João 15:6.
“ Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e
orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos,
então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados.” “Então me
invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei. E buscar-me-eis, e
me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração. E serei
achado de vós, diz o SENHOR.” “Voltai, ó filhos rebeldes, eu curarei as
vossas rebeliões” “e não farei cair a minha ira sobre ti, porque eu sou
compassivo, diz o Senhor, e não manterei para sempre a minha ira. Tão
somente reconhece a tua iniquidade, reconhece que transgrediste
contra o Senhor, teu Deus, e não deste ouvidos à minha voz, diz o
Senhor. Convertei-vos, ó filhos rebeldes, diz o Senhor; porque eu sou o
vosso esposo e vos tomarei, e vos levarei a Sião.” “Vinde então, diz o
SENHOR: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se
tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o
carmesim, se tornarão como a branca lã.” Mas “se dissermos que não
temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar
os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não
pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.” “O
que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as
confessa e deixa, alcançará misericórdia,” porque “o sangue de Jesus
Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.” 2Crônicas 7:14;
Jeremias 29:12-14; 3:22, 12-14; Isaías 1:18; 1João 1:8 -10; Provérbios
28:13; 1João 1:7.
98
Que nossa oração seja como a do “publicano, que estando
em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia
no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!” “Tem
misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as
minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias. Lava-
me completamente da minha iniquidade, e purifica-me do meu pecado.
Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está
sempre diante de mim. Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é
mal à tua vista, para que sejas justificado quando falares, e puro
quando julgares. Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me
concebeu minha mãe. Eis que amas a verdade no íntimo, e no oculto me
fazes conhecer a sabedoria. Purifica-me com hissopo, e ficarei puro;
lava-me, e ficarei mais branco do que a neve. Esconde a tua face dos
meus pecados, e apaga todas as minhas iniquidades. Cria em mim, ó
Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto. Não me
lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo.
Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito
voluntário.” Lucas 18:13; Salmos 51:1-7, 9-12.
Porque assim diz o SENHOR: “Então aspergirei água pura
sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de
todos os vossos ídolos vos purificarei. E dar-vos-ei um coração novo, e
porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração
de pedra, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu
Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus
juízos, e os observeis.” “Então vos lembrareis dos vossos maus
caminhos, e dos vossos feitos, que não foram bons; e tereis nojo em vós
mesmos das vossas iniquidades e das vossas abominações.” “ Com
amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí” ,“olhai para
mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus,
e não há outro,” “e em nenhum outro há salvação, porque também
debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual
devam ser salvos.” “ Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua
casa” “porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho
99
unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a
vida eterna” e “ quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me
enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou
da morte para a vida.” Ezequiel 36:25-27, 31; Jeremias 31:3; Isaías
45:22; Atos 4:12; 16:31; João 3:16; 5:24.
“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes,
outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados
no qual clamamos: Aba, Pai. E o mesmo Espírito testifica com o nosso
espírito que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos também
herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo; se com ele
sofremos, também com ele seremos glorificados” “para sermos
conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito
entre muitos irmãos.” E “olhando para Jesus, autor e consumador da fé”
,“com rosto descoberto, contemplando como por um espelho a glória do
Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem,
pelo Espírito do Senhor” o qual disse “porei a minha lei no seu interior,
e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu
povo,” “porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o
efetuar, segundo a sua boa vontade.” Como está escrito “SENHOR, tu
nos darás a paz, porque tu és o que fazes em nós todas as nossas
obras.” O que “para os homens é impossível, não é para Deus, porque
para Deus todas as coisas são possíveis”; “ para que a justiça da lei se
cumpra em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o
Espírito”; “Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e
sobre todos os que crêem; pois não há diferença.” Romanos 8:15-
17,29; Hebreus 12:2; 2 Coríntios 3:18 ; Jeremias 31:33; Filipenses 2:13;
Isaías 26:12; Romanos 8:4; 3:22.
103
“ Far-nos-ia muito bem para nós passar diariamente uma hora
refletindo sobre a vida de Jesus. Deveríamos tomá-la ponto por ponto, e
deixar que a imaginação se apodere de cada cena, especialmente as
finais. Ao meditar assim em Seu grande sacrifício por nós, nossa
confiança nEle será mais constante, nosso amor vivificado, e seremos
mais profundamente imbuídos de Seu espírito. Se queremos ser salvos
afinal, teremos de aprender ao pé da cruz a lição de arrependimento e
humilhação.” DTN 50.4
104
O Evangelho parte 3.
110
E também “ convinha que o Cristo padecesse e ressuscitasse
dos mortos”; como está escrito: “ferirão com a vara a face do juiz de
Israel” “As minhas costas ofereci aos que me feriam, e a minha face aos
que me arrancavam os cabelos; não escondi a minha face dos que me
afrontavam e me cuspiam” “Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste? Por que se acham longe de minha salvação as palavras
de meu bramido? Deus meu, clamo de dia, e não me respondes;
também de noite, porém não tenho sossego. Nossos pais confiaram em
ti; confiaram, e os livraste. A ti clamaram e se livraram; confiaram em ti
e não foram confundidos.” “Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio
dos homens e desprezado do povo. Todos os que me veem zombam de
mim, estendem os lábios e meneiam a cabeça, dizendo: Confiou no
SENHOR, que o livre; livre-o, pois nele tem prazer.” “Pois me rodearam ;
o ajuntamento de malfeitores me cercou, traspassaram-me as mãos e
os pés.” “Poderia contar todos os meus ossos; eles veem e me
contemplam. Repartem entre si as minhas vestes, e lançam sortes sobre
a minha roupa.” “Tenho-me tornado um estranho para com meus
irmãos, e um desconhecido para com os filhos de minha mãe.” “Afrontas
me quebrantaram o coração, e estou fraquíssimo; esperei por alguém
que tivesse compaixão, mas não houve nenhum; e por consoladores, mas
não os achei. Deram-me fel por mantimento, e na minha sede me
deram a beber vinagre.” Mas “O Senhor, tenho sempre à minha
presença; estando ele à minha direita, não serei abalado. Alegra-se, pois,
o meu coração, e o meu espírito exulta; até o meu corpo repousará
seguro. Pois não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que
o teu Santo veja corrupção.” “E se alguém lhe disser: Que feridas são
estas nas tuas mãos? Dirá ele: São feridas com que fui ferido em casa
dos meus amigos.” Atos 17:3; Miquéias 5:1; Isaías 50:6 ; Salmos 22:1-
2,4-5, 6-8,16-18; 69:8, 20; 16:8-10; Zacarias 13:6
“Eis que o meu Servo procederá com prudência; será exaltado e
elevado e será mui sublime. Como pasmaram muitos à vista dele (pois o
seu aspecto estava mui desfigurado, mais do que o de outro qualquer,
e a sua aparência, mais do que a dos outros filhos dos homens), assim
111
causará admiração às nações, e os reis fecharão a sua boca por causa
dele; porque aquilo que não lhes foi anunciado verão, e aquilo que não
ouviram entenderão.” Porque Ele “era desprezado, e o mais rejeitado
entre os homens, homem de dores, e experimentado nos sofrimentos; e,
como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não
fizemos dele caso algum. Verdadeiramente ele tomou sobre si as
nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o
reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido
por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas
iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas
pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como
ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair
sobre ele a iniquidade de nós todos. Ele foi oprimido e afligido, mas não
abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a
ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua
boca. Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua
vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do
meu povo ele foi atingido. E puseram a sua sepultura com os ímpios, e
com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem
houve engano na sua boca. Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo,
fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do
pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer
do SENHOR prosperará na sua mão. Ele verá o fruto do trabalho da sua
alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo,
justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre si. Por
isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o
despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com
os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e pelos
transgressores intercedeu.” Isaías 52:13-15; 53:3-12.
E, Jesus, “saindo, como de costume, foi para o monte das
Oliveiras; e os discípulos o acompanharam.” “ Então, lhes disse: A minha
alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo.
Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e
112
dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não
seja como eu quero, e sim como tu queres.” “E, estando em agonia,
orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como
gotas de sangue caindo sobre a terra.” E “ voltando para os discípulos,
achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós
vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito,
na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. Tornando a retirar-se,
orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este
cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade. E, voltando, achou-os
outra vez dormindo; porque os seus olhos estavam pesados. Deixando-os
novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras.”
O que Cristo temia no jardim, era receber “o vinho da ira de Deus,
preparado sem mistura, no cálice da sua ira;” O cálice que estava
destinado para o transgressor. “Porque na mão do Senhor há um cálice,
cujo vinho espuma, cheio de mistura do qual Ele dá a beber, aos ímpios
da terra “ E disse “Toma este cálice da minha mão, do vinho meu furor e
faze com que dele bebam todas as nações, às quais Eu te enviar.
Beberão, e cambalearão, e enlouquecerão, por causa da espada, que Eu
enviarei entre eles.” Jesus “Sentia que, pelo pecado, estava sendo
separado do Pai. O abismo era tão largo, tão escuro, tão profundo, que
Seu espírito tremeu diante dele. Para escapar a essa agonia, não deve
exercer Seu poder divino. Como homem, cumpre-Lhe sofrer as
conseqüências do pecado do homem. Como homem, deve suportar a
ira divina contra a transgressão.” “Os pecados dos homens pesavam
duramente sobre Cristo, e esmagava-Lhe a alma o sentimento da ira
divina.” Por isso, quando levantado na cruz “exclamou Jesus em alta
voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por
que me desamparaste?” E quando “um dos soldados lhe furou o lado
com uma lança, logo saiu sangue e água” provando que não foi a cruz
que matou Jesus , mas o peso dos pecados do mundo sobre Ele, o que
lhe causou, pela terrível agonia, a ruptura do coração. Por isso “três são
os que testificam na terra: o Espírito, e a água e o sangue; e estes três
concordam num.” “ E do modo que Moisés levantou a serpente no
deserto, assim o Filho do Homem (foi) levantado, para que todo o que
113
nele crê tenha a vida eterna. Porque Deus amou ao mundo de tal
maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não
pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao
mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse
salvo por ele. Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está
julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” “Por
isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém
rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de
Deus.” Lucas 22:39; Mateus 26:38,39; Lucas 22:44; Mateus 26:40-44;
Apocalipse 14:10; Salmos 75:8; Jeremias 25:15; DTN 485.1,4; - Mateus
27:46; João 19:34; 1João 5:8; João 3: 14-18,36.
114
O Evangelho parte 4.
O Caráter Divino.
117
“ A glória que resplandece na face de Jesus Cristo é a glória do
‘abnegado Amor (mesmo que Altruísmo). À luz do Calvário se
patenteará que a lei do amor que Renuncia é a lei da vida para a Terra e
o Céu; que o amor que “não busca os seus interesses” I Cor. 13:5 tem
sua fonte no coração de Deus; e que no manso e humilde Jesus se
Manifesta o caráter dAquele que habita na luz inacessível Ao homem.”
Antes de haver pecado Sua lei se desdobrava em dois princípios, :
“Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma
e de todo o teu entendimento, e o segundo, semelhante a este, é:
Amarás o teu próximo como a ti mesmo” “no Espírito Santo, e no amor
não fingido.” “Depois da queda, os princípios de justiça permaneceram
imutáveis. Coisa alguma foi tirada da lei; nenhum de seus santos
preceitos podia ser melhorado. E, como tem ela existido desde o
princípio, assim permanecerá através dos incessantes séculos da
eternidade. “Quanto às Tuas prescrições”, diz o salmista, “há muito sei
que as estabeleceste para sempre.” Salmos 119:152.” Mas “em virtude
de ter a mente humana ficado cegada pela transgressão” seus
princípios “foram definitivamente dispostos e expressos de modo a
adaptar-se ao homem em seu estado caído.” DTN Pág. 20; Romanos
3:24 Mateus 22:37, 39; 2Coríntios 6:6; Signs of the Times, 15 de abril de
1875;1ME Págs. 220.
Deus comunicou ao homem no Éden, o conhecimento de Sua lei,
e foi por causa “ da transgressão de Adão,” que ele se separou de
Deus; como está escrito que “por um só homem entrou o pecado no
mundo, e pelo pecado a morte, assim a morte passou a todos os
homens porque todos pecaram.” “O pecado é a transgressão da lei” e
ele “não é levado em conta quando não existe lei” de forma que “onde
não há lei também não há transgressão” e também é “pela lei que
vem o pleno conhecimento do pecado”, de forma que “ eu não teria
conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu
conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás.” Mas apesar
do homem ter se separado de seu Criador, seguido outro caminho, o
conhecimento de Deus e sua lei foi, por muitos séculos, passado de
118
geração em geração à uns poucos que O procuravam obedecer. De
Adão até Noé, e de Noé a Abraão, pouca era a linhagem dos que
procuravam “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos,” E disse
o Senhor: “Abraão obedeceu à minha voz, e guardou o meu mandado,
os meus preceitos, os meus estatutos, e as minhas leis.” “Então o
SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa
de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande
nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma
bênção,” “ e em ti serão benditas todas as famílias da terra.”
“Multiplicarei sobremaneira a tua descendência, que não será contada,
por numerosa que será. ” Mas “peregrina será a tua descendência em
terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por
quatrocentos anos. Mas eu julgarei a nação, à qual ela tem de servir, e
depois sairá com grande riqueza.” “E a quarta geração tornará para cá;
porque a medida da injustiça dos amorreus não está ainda cheia.” E
“creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça.” “Abraão
gerou a Isaque; e Isaque gerou a Jacó;” Então Deus disse a Jacó: “Não te
chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e
prevaleceste” “ E depois vieram ao Egito, Jacó e toda a sua descendência
com ele.” “E os filhos de Israel foram fecundos, e aumentaram muito, e
se multiplicaram, e grandemente se fortaleceram, de maneira que a
terra se encheu deles, ” Como esta escrito: “Com setenta almas teus pais
desceram ao Egito; e agora o SENHOR teu Deus te pôs como as estrelas
dos céus em multidão.” “E os egípcios puseram sobre eles feitores de
obras,” “e lhes fizeram amargar a vida com dura servidão.” “E
aconteceu que, os filhos de Israel suspiraram por causa da servidão, e
clamaram; e o seu clamor subiu a Deus por causa de sua servidão,” “e
ouviu Deus o seu gemido, e lembrou-se Deus da sua aliança com Abraão,
com Isaque, e com Jacó;” “e aconteceu que, passados os quatrocentos e
trinta anos,” “naquele mesmo dia o SENHOR tirou os filhos de Israel da
terra do Egito, segundo os seus exércitos.” “E ao terceiro mês da saída
dos filhos de Israel da terra do Egito, no mesmo dia chegaram ao deserto
do Sinai,” “e ali se acamparam em frente ao monte.” Romanos 5:14,12;
1 João 3:4; Romanos 5:13; 4:15; Romanos 3:20; 7:7; Judas 1:3; Gênesis
119
26:5; 16:10; 12:1-3; 15:13,14,16; Romanos 4:3; Mateus 1:2; Gênesis
32:28; 46:6; 32:28; Êxodo 1:5,7; Deuteronômio 10:22; Êxodo 1:10, 14;
2:23, 24; Deuteronômio 13:10; Êxodo 12:40,41,51; 19:1,2.
“Quando Deus os tirou do Egito, os israelitas necessitavam de
instrução e disciplina. Vítimas de prolongada escravidão, eram
ignorantes, indisciplinados e degradados. Pouco conhecimento tinham
de Deus e pouca fé nEle. Estavam confundidos com falsos ensinos e
corrompidos pelo seu demorado contato com o paganismo. Deus quis
levantá-los a um nível moral superior; e para tal fim procurou dar-lhes o
conhecimento de Si próprio.” Ao chamar Ele a Moisés para liberta-los
do cativeiro, deu-se a conhecer a ele dizendo: “ Eu sou o Deus de teu
pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó.” “Vem
agora, e eu te enviarei a Faraó para que tires o meu povo (os filhos de
Israel) do Egito.” “Então disse Moisés a Deus: Eis que quando eu for aos
filhos de Israel, e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e
eles me disserem: Qual é o seu nome? Que lhes direi? E disse Deus a
Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel:
EU SOU me enviou a vós”. E muitos anos mais tarde quando os judeus
perguntaram a Jesus “Ainda não tens cinqüenta anos, e viste Abraão?
Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que
Abraão existisse, EU SOU,” e “se não crerdes que EU SOU, morrereis em
vossos pecados.” Ed 34.1; Êxodo 3:6, 10,13-14; João 8:57-58,24.
E agora com os israelitas diante do Sinai, Jesus o grande EU
SOU, dá-se a conhecer a eles “com aquela glória que tinha antes que o
mundo existisse.” “Então disse a Moisés: Eis que eu virei a ti numa
nuvem espessa, para que o povo ouça, falando eu contigo,” e
“apareceu na nuvem”, “e viram o Deus de Israel” descendo “ diante
dos olhos de todo o povo sobre o monte Sinai.” “E debaixo de seus pés
havia como que uma pavimentação de pedra de safira, que se parecia
com o céu na sua claridade.” Então “ houve trovões e relâmpagos sobre
o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de trombeta mui forte, de
maneira que estremeceu todo o povo que estava no arraial. E todo o
monte Sinai fumegava, porque o SENHOR descera sobre ele em fogo; e
120
a sua fumaça subiu como fumaça de uma fornalha, e todo o monte
tremia grandemente. E o sonido da trombeta ia crescendo cada vez
mais; Moisés falava, e Deus lhe respondia em voz alta como um
trovão.” João 17:5 ; Êxodo 19:9; 16:10; 24:10; 19: 11; 24;10; 19: 16,18-
19.
“Então falou Deus todas estas palavras, dizendo: Eu sou o
SENHOR teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.
Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de
escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem
embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a
elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso,
que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta
geração daqueles que me odeiam. E faço misericórdia a milhares dos que
me amam e aos que guardam os meus mandamentos. Não tomarás o
nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por
inocente o que tomar o seu nome em vão. Lembra-te do dia do sábado,
para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o
sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra,
nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva,
nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas
portas. Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo
que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o
dia do sábado, e o santificou. Honra a teu pai e a tua mãe, para que se
prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá. Não
matarás. Não adulterarás. Não furtarás. Não dirás falso testemunho
contra o teu próximo. Não cobiçarás a casa do teu próximo, não
cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva,
nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.”
“Estas palavras falou o SENHOR a toda a congregação no monte, do
meio do fogo, da nuvem e da escuridão, com grande voz, e nada
acrescentou;” “E o povo viu os trovões e os relâmpagos, e o sonido da
trombeta, e o monte fumegando; e o povo, vendo isso retirou-se e pôs-se
de longe. E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos: e não fale
121
Deus conosco, para que não morramos.” “Então disse o Senhor a Moisés:
sobe a mim ao monte, e fica lá; e dar-te-ei as tábuas de pedra e a lei, e
os mandamentos que tenho escrito, para os ensinar.” “E deu a Moisés
(quando acabou de falar com ele no monte Sinai) as duas tábuas do
testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus.” Êxodo
20:1-17; Êxodo 24:12; 31:18; Deuteronômio 5:22; Êxodo 20:18-19.
Esse mandamentos “ditos, e duas vezes escritos pelo dedo de
Deus,” (Êx 34:1; Dt 10:3,4 ) são um resumo das características de um
Deus de amor; os primeiros quatro mandamentos descrevem quem é
Deus; Seu poder, Seu território, e Sua autoridade. Eles “foram dados
para mostrar aos homens seus deveres para com Deus” e“ se resumem
num grande preceito: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu
coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.” Os Últimos
seis descrevem como é Deus, Sua honestidade, Sua pureza e Sua fé, e
“mostram o dever do homem para com seus semelhantes” de forma que
“não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há
qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás o
teu próximo como a ti mesmo.” “Não se pode guardar o primeiro e
violar o segundo, nem se pode observar o segundo enquanto se
transgride o primeiro,” como está escrito: “Qualquer que guarda toda a
lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos.
Porquanto, aquele que disse: Não adulterarás também ordenou: Não
matarás. Ora, se não adulteras, porém matas, vens a ser transgressor da
lei.” Esses são mandamentos que vão de encontro aos maus desejos do
coração humano ; para lhes refrear a maldade; mostrar-lhe sua culpa e o
estado do seu coração perante Ele, “porque do seu coração procedem os
maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos
testemunhos e blasfêmias.” 141.7; DTN 427.1; Mateus 22:37; HR 141.7;
Romanos 13:9; DTN 427.1; Tiago 2:10; Mateus 15:19.
E no princípio, antes de haver pecado no mundo, quando
“foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército, havendo Deus
terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de
toda a sua obra que tinha feito; e abençoou Deus o dia sétimo e o
122
santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador,
fizera” por isso Ele diz na lei “Lembra-te do dia do sábado, para o
santificar,” “porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e
tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o
SENHOR o dia do sábado, e o santificou.” E também nós últimos dias
quando o Espírito vier para; “ convencer o mundo do pecado, e da justiça
e do juízo” “dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória;
porque é vinda a hora do seu juízo;” Ele faz referência ao quarto
mandamento dizendo “e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o
mar, e as fontes das águas.” O quarto mandamento “é o memorial da
criação, sendo o elo de ligação entre Deus e o homem, e foi dado
especialmente para benefício do homem e para honra de Deus.” Como
esta escrito; “Guardareis meus sábados; porquanto isso é um sinal entre
mim e vós ; para que saibais que eu sou o SENHOR, que vos santifica; ”
por isso diz: “Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos
teus próprios interesses no meu santo dia; se chamares ao sábado
deleitoso e santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não
seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria
vontade, nem falando palavras vãs, então, te deleitarás no Senhor. Eu
te farei cavalgar sobre as alturas da terra e te sustentarei com a herança
de Jacó, teu pai, porque a boca do Senhor o disse.” E assim “como os
novos céus, e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante da minha
face, diz o SENHOR, assim também há de estar a vossa posteridade e o
vosso nome. E será que desde uma lua nova até à outra, e desde um
sábado até ao outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o
SENHOR.” - Isaías 66:23- Gênesis 2:1-3; Êxodo 20:8, 11; João 16:8;
Apocalipse 14:7; HR 141.7; Êxodo 31:13; Isaías 58:13,14; 66:22,23.
124
sábados, pois o seu coração andava após os seus ídolos. Não obstante,
os meus olhos lhes perdoaram, e eu não os destruí, nem os consumi de
todo no deserto. Mas disse eu a seus filhos no deserto: Não andeis nos
estatutos de vossos pais, nem vos contamineis com os seus ídolos. Eu sou
o Senhor, vosso Deus; andai nos meus estatutos, e guardai os meus
juízos, e praticai-os; santificai os meus sábados, pois servirão de sinal
entre mim e vós, para que saibais que eu sou o Senhor, vosso Deus.
Mas também os filhos se rebelaram contra mim e não andaram nos
meus estatutos, nem guardaram os meus juízos, os quais, cumprindo-os
o homem, viverá por eles; antes, profanaram os meus sábados. Então,
eu disse que derramaria sobre eles o meu furor, para cumprir contra eles
a minha ira no deserto. Mas detive a mão e o fiz por amor do meu
nome, para que não fosse profanado diante das nações perante as quais
os fiz sair. Também levantei-lhes no deserto a mão e jurei espalhá-los
entre as nações e derramá-los pelas terras; porque não executaram os
meus juízos, rejeitaram os meus estatutos, profanaram os meus sábados,
e os seus olhos se iam após os ídolos de seus pais;” Ezequiel 20:5,7,8-14,
16-24.
O Senhor levou Seu povo à terra de Canaã, “aos amorreus,
aos heteus, aos perizeus, aos cananeus, heveus e jebuseus;” e disse “e
eu os destruirei” como havia dito a Abraão: “ e a quarta geração
tornará para cá; porque a medida da injustiça dos amorreus ainda não
está cheia.” Assim como foi no caso de Sodoma e Gomorra , que “eram
maus os homens de Sodoma, e grandes pecadores contra o SENHOR”; “
porquanto o seu pecado se havia agravado muito” perante Ele “o
SENHOR fez chover fogo e enxofre , desde os céus, sobre Sodoma e
Gomorra e destruiu aquelas cidades e toda aquela campina, e todos os
moradores daquelas cidades, e o que nascia da terra” por que elas “se
ensoberbeceram, e fizeram abominações diante de mim; portanto,
vendo eu isto as tirei dali.” Da mesma forma Ele executou juízo sobre
aquelas nações, e usou seu próprio povo para que isso fizesse, e
também para que vissem seus pecados e tomasse exemplo. E ordenou:
“Não te inclinarás diante dos seus deuses, nem os servirás, nem farás
125
conforme às suas obras; antes os destruirás totalmente, e quebrarás de
todo as suas estátuas.” “Com nenhuma destas coisas vos contaminareis,
porque com todas estas coisas se contaminaram as nações que eu
lanço de diante de vós. E a terra se contaminou; e eu visitei nela a sua
iniquidade, e ela vomitou os seus moradores.” “Porém vós guardareis os
meus estatutos e os meus juízos, e nenhuma destas abominações fareis,
nem o natural, nem o estrangeiro que peregrina entre vós; porque todas
estas abominações fizeram os homens desta terra que nela estavam
antes de vós; e a terra se contaminou. Não suceda que a terra vos
vomite, havendo-a vós contaminado, como vomitou o povo que nela
estava antes de vós. Todo que fizer alguma destas abominações, sim,
aqueles que as cometerem serão eliminados do seu povo. Portanto,
guardareis a obrigação que tendes para comigo, não praticando
nenhum dos costumes abomináveis que se praticaram antes de vós, e
não vos contaminareis com eles. Eu sou o Senhor, vosso Deus.” “E será
que, se ouvires a voz do SENHOR teu Deus, tendo cuidado de guardar
todos os seus mandamentos que eu hoje te ordeno, o SENHOR teu Deus
te exaltará sobre todas as nações da terra. Se ouvires a voz do Senhor,
teu Deus, virão sobre ti e te alcançarão todas estas bênçãos” Mas “se
não deres ouvidos à voz do Senhor, teu Deus, não cuidando em cumprir
todos os seus mandamentos e os seus estatutos que, hoje, te ordeno,
então,” “ o SENHOR vos espalhará entre todos os povos, desde uma
extremidade da terra até à outra;” “Lá, servireis a deuses que são obra
de mãos de homens, madeira e pedra, que não veem, nem ouvem, nem
comem, nem cheiram. De lá, buscarás ao Senhor, teu Deus, e o acharás,
quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma. Quando
estiveres em angústia, e todas estas coisas te sobrevierem nos últimos
dias, e te voltares para o Senhor, teu Deus, e lhe atenderes a voz,
então, o Senhor, teu Deus, não te desamparará, porquanto é Deus
misericordioso, nem te destruirá, nem se esquecerá da aliança que
jurou a teus pais.” Êxodo 23:23; Gênesis 15:16; 13:13; 18:20; Ezequiel
16:50; Êxodo 23:24; Levítico 18:24, 26-30; Deuteronômio 28:1-2, 15;
28:64; 4:28-31.
126
“Mas, assim como a mulher que, com traição, se afasta do seu
marido, assim foi infiel para comigo a casa de Israel, diz o Senhor.” “ Eles
perverteram o seu caminho e se esqueceram do Senhor, seu Deus” que
“ havia feito grandes coisas por eles. Tinha-os libertado do cativeiro e
lhes dado “as terras das nações,” “ para que guardassem os Seus
preceitos, e observassem as Suas leis”. Salmos 105:44, 45. Mas os
beneficentes desígnios de Jeová haviam sido agora quase esquecidos. A
incredulidade estava depressa separando a nação escolhida da Fonte de
sua força,” “cedo se desviaram do caminho que eu lhes tinha ordenado.”
“Voltai, ó filhos rebeldes, eu curarei as vossas rebeliões.” “Disse-lhes
mais: Assim diz o SENHOR: Porventura cairão e não se tornarão a
levantar? Desviar-se-ão, e não voltarão? Por que, pois, se desvia este
povo de Jerusalém com uma apostasia tão contínua? Persiste no
engano, não quer voltar. Eu escutei e ouvi; não falam o que é reto,
ninguém há que se arrependa da sua maldade, dizendo: Que fiz eu? Cada
um se desvia na sua carreira,” “Assim diz o SENHOR, acerca deste povo
que tanto gostaram de andar errantes, e não retiveram os seus pés, por
isso o SENHOR não se agrada deles, mas agora se lembrará da
iniquidade deles, e visitará os seus pecados.” “ Então Nabucodonosor,
rei de Babilônia, veio contra Jerusalém, ele e todo o seu exército, e se
acampou contra ela, e levantaram contra ela trincheiras em redor.”
“Então a cidade foi invadida, e todos os homens de guerra fugiram” “E
queimou a casa do SENHOR” “E o rei de Babilônia os feriu e os matou ; e
Judá foi levado preso para fora da sua terra.” Jeremiass 3:20-22; PR
57.2; Deuteronômio 9:12; Jeremias 8:4-6; 14:10; 2 Reis 25:1,4, 9,21.
Como está escrito: “Senhor DEUS” “ tu tiraste o teu povo Israel
da terra do Egito, com sinais e com maravilhas, e com mão forte, e com
braço estendido, e com grande espanto, E lhes deste esta terra, que
juraste a seus pais que lhes havias de dar, terra que mana leite e mel. E
entraram nela, e a possuíram, mas não obedeceram à tua voz, nem
andaram na tua lei; tudo o que lhes mandaste que fizessem, eles não o
fizeram; por isso ordenaste lhes sucedesse todo este mal.” “ Eis aqui ; já
vieram contra a cidade para tomá-la, e a cidade está entregue na mão
127
dos caldeus; e o que disseste se cumpriu,” “Óh SENHOR nosso Deus; não
nos desampare, e não nos deixe.” “Volve-te, pois, para a oração de teu
servo, e para a sua súplica, ó SENHOR meu Deus, para ouvires o clamor
e a oração do teu servo”: “Quando pecarem contra ti , e tu te indignares
contra eles, e os entregares diante do inimigo, para que os levem em
cativeiro para alguma terra remota, e na terra, para onde forem levados
, caírem em si, e se converterem, e na terra do seu cativeiro, a ti
suplicarem, dizendo: Pecamos, perversamente procedemos e
impiamente agimos; E se converterem a ti com todo o seu coração e
com toda a sua alma, na terra do seu cativeiro, a que os levaram presos,
e orarem para o lado da sua terra, que deste a seus pais, e para esta
cidade que escolheste, e para esta casa que edifiquei ao teu nome,
Ouve, então, desde os céus, do assento da tua habitação, a sua oração
e as suas súplicas, e executa o seu direito; e perdoa ao teu povo que
houver pecado contra ti” Jeremias 32:17, 20-23,24; 1Reis 8:57,28; 2
Crônicas 6:36-39.
“ Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e
orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos,
então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua
terra.” “Certamente que passados setenta anos em Babilônia, vos
visitarei, e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando a trazer-
vos a este lugar. Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso
respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar
o fim que esperais. Então me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos
ouvirei. E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo
o vosso coração. E serei achado de vós, diz o SENHOR, e farei voltar os
vossos cativos e congregar-vos-ei de todas as nações, e de todos os
lugares para onde vos lancei, diz o SENHOR, e tornarei a trazer-vos ao
lugar de onde vos transportei.” 2Crônicas 7:14; Jeremias 29:11-14.
Setenta anos Israel passou cativo em Babilônia, como o Senhor
havia dito. Ao fim desse período, o Senhor levantou a Neemias e os
trouxe de volta à sua terra. Mas juntos com os fiéis que voltaram do
cativeiro; haviam muitos que durante esse período deixaram o
128
conhecimento de Deus e não obedeciam aos Seus estatutos , como disse
Neemias: “Naqueles dias vi em Judá os que pisavam lagares ao sábado
e traziam feixes que carregavam sobre os jumentos; como também
vinho, uvas e figos, e toda a espécie de cargas, que traziam a Jerusalém
no dia de sábado; e protestei contra eles no dia em que vendiam
mantimentos. Também habitavam em Jerusalém tírios que traziam
peixe e toda a mercadoria, que vendiam no sábado aos filhos de Judá, e
em Jerusalém. E contendi com os nobres de Judá, e lhes disse: Que mal é
este que fazeis, profanando o dia de sábado? Porventura não fizeram
vossos pais assim, e não trouxe o nosso Deus todo este mal sobre nós e
sobre esta cidade? E vós ainda mais acrescentais o ardor de sua ira
sobre Israel, profanando o sábado. Sucedeu, pois, que, dando já sombra
nas portas de Jerusalém antes do sábado, ordenei que as portas fossem
fechadas; e mandei que não as abrissem até passado o sábado; e pus às
portas alguns de meus servos, para que nenhuma carga entrasse no dia
de sábado. Então os negociantes e os vendedores de toda a mercadoria
passaram a noite fora de Jerusalém, uma ou duas vezes. Protestei, pois,
contra eles, e lhes disse: Por que passais a noite defronte do muro? Se
outra vez o fizerdes, hei de lançar mão de vós. Daquele tempo em diante
não vieram no sábado. Também disse aos levitas que se purificassem, e
viessem guardar as portas, para santificar o dia do sábado. Nisto
também, Deus meu, lembra-te de mim e perdoa-me segundo a
abundância da tua benignidade. Vi também naqueles dias judeus que
tinham casado com mulheres asdoditas, amonitas e moabitas.” “E
contendi com eles, e os amaldiçoei e espanquei alguns deles, e lhes
arranquei os cabelos, e os fiz jurar por Deus, dizendo: Não dareis mais
vossas filhas a seus filhos, e não tomareis mais suas filhas, nem para
vossos filhos nem para vós mesmos.” Neemias 13:15 -23, 25.
“E disse: Meu Deus! Estou confuso e envergonhado, para
levantar a ti a minha face, meu Deus; porque as nossas iniquidades se
multiplicaram sobre a nossa cabeça, e a nossa culpa tem crescido até aos
céus. Desde os dias de nossos pais até ao dia de hoje estamos em
grande culpa, e por causa das nossas iniquidades somos entregues, nós e
129
nossos reis e os nossos sacerdotes, na mão dos reis das terras, à espada,
ao cativeiro, e ao roubo, e à confusão do rosto, como hoje se vê. E agora,
por um pequeno momento, se manifestou a graça da parte do SENHOR,
nosso Deus, para nos deixar alguns que escapem, e para dar-nos uma
estaca no seu santo lugar; para nos iluminar os olhos, ó Deus nosso, e
para nos dar um pouco de vida na nossa servidão. Porque somos servos;
porém na nossa servidão não nos desamparou o nosso Deus; antes
estendeu sobre nós a sua benignidade perante os reis para que nos desse
vida, para levantarmos a casa do nosso Deus, e para restaurarmos as
suas assolações; e para que nos desse uma parede de proteção em Judá
e em Jerusalém. Agora, pois, ó nosso Deus, que diremos depois disto?
Pois deixamos os teus mandamentos, os quais mandaste pelo
ministério de teus servos, os profetas, dizendo: A terra em que entrais
para a possuir, terra imunda é pelas imundícias dos povos das terras,
pelas suas abominações com que, na sua corrupção a encheram, de uma
extremidade à outra. Agora, pois, vossas filhas não dareis a seus filhos,
e suas filhas não tomareis para vossos filhos, e nunca procurareis a sua
paz e o seu bem; para que sejais fortes, e comais o bem da terra, e a
deixeis por herança a vossos filhos para sempre. E depois de tudo o que
nos tem sucedido por causa das nossas más obras, e da nossa grande
culpa, porquanto tu, ó nosso Deus, impediste que fôssemos destruídos,
por causa da nossa iniquidade, e ainda nos deste um remanescente como
este; Tornaremos, pois, agora a violar os teus mandamentos e a
aparentar-nos com os povos destas abominações? Não te indignarias tu
assim contra nós até de todo nos consumir, até que não ficasse
remanescente nem quem escapasse? Ah! SENHOR Deus de Israel, justo
és, pois ficamos qual um remanescente que escapou, como hoje se vê; eis
que estamos diante de ti, na nossa culpa, porque ninguém há que possa
estar na tua presença, por causa disto.” Esdras 9:6-15.
“Mediante o cativeiro de Babilônia, os israelitas foram
realmente curados do culto de imagens de escultura. Durante os
séculos que se seguiram, sofreram opressão de seus inimigos gentios,
até que se firmou neles a convicção de que sua prosperidade dependia
130
da obediência prestada à lei de Deus. Mas com muitos deles a
obediência não era motivada pelo amor. Tinham motivo egoísta.
Prestavam a Deus um serviço exterior como meio de atingir a grandeza
nacional. Não se tornaram a luz do mundo, mas excluíram-se do mundo
a fim de fugir à tentação da idolatria. Deus estabeleceu restrições à
associação deles com os idólatras; estes ensinos, porém, haviam sido
mal interpretados. Visavam preservá-los contra as práticas dos gentios.
Mas foram usados para estabelecer uma parede de separação entre
Israel e todas as outras nações. Os judeus consideravam Jerusalém como
seu Céu, e tinham reais ciúmes de que Deus mostrasse misericórdia aos
gentios. ” DTN 16.3
“Depois da volta de Babilônia, foi dispensada muita atenção ao
ensino religioso. Ergueram-se por todo o país sinagogas, nas quais a lei
era exposta pelos sacerdotes e escribas.” “O Senhor dera instruções
quanto a ensinar-se as crianças desde a mais tenra idade, acerca de Sua
bondade e grandeza, especialmente segundo estas se revelam em Sua
lei, e se demonstram na história de Israel. Cânticos, orações e lições das
Escrituras deviam ser adaptados à mente que se ia abrindo. Os pais e
mães deviam instruir os filhos em que a lei de Deus é a expressão de
Seu caráter, e que, ao receberem os princípios da lei no coração, a Sua
imagem era gravada no espírito e na mente. Muito do ensino era feito
oralmente; mas os jovens aprendiam também a ler os escritos dos
hebreus, e os rolos de pergaminho das Escrituras do Antigo Testamento
eram franqueados a seu estudo.”“Ao tempo de Cristo, a vila ou cidade
que não providenciava quanto à instrução religiosa da mocidade, era
considerada sob a maldição de Deus. “ DTN 16.3,4; 39.6; 40.1.
“E tu, conhece o Deus de teu pai, e serve-o com um coração
perfeito e com uma alma voluntária; porque esquadrinha o SENHOR
todos os corações, e entende todas as imaginações dos pensamentos; se
o buscares, será achado de ti; porém, se o deixares, rejeitar-te-á para
sempre.” 1Crônicas 28:9 Por medo de que o povo se separasse de Deus
novamente, e de que por isso Deus os entregasse às suas próprias
inclinações abandonando-os, os líderes judeus procuraram estabelecer
131
ritos e formas que ensinassem o povo na obediência aos Seus
mandamentos. Esse ritos, conhecidos como “a tradição dos anciãos”
Mateus 15:1 não estavam realmente escrito no Livro Sagrado, mas
eram meios criados por eles, de inculcar na mente do povo, através de
costumes diário, a obediência aos mandamentos de Deus. Todavia, com
o passar do tempo “o ensino se tornara formal. A tradição havia em alto
grau sobrepujado as Escrituras. Os mestres judeus davam atenção a
questões cerimoniais. A mente era sobrecarregada com matéria sem
valor. A experiência obtida mediante a aceitação individual da Palavra
de Deus, não tinha lugar no sistema educativo. Absorvido na rotina das
coisas exteriores, o estudante não encontrava horas de sossego para
estar com Deus. Não Lhe escutava a voz falando ao coração. Em sua
procura de conhecimentos, desviava-se da Fonte de sabedoria. Os
grandes elementos do serviço de Deus eram negligenciados,
obscurecidos os princípios da lei. O que se considerava como educação
superior constituía o maior obstáculo ao verdadeiro desenvolvimento.
” Esses “preceitos tradicionais atravancavam a lei de Deus. Estes se
destinavam professadamente a preservar a observância da mesma, mas
eram considerados mais sagrados que a própria lei. Quando em colisão
com os mandamentos dados no Sinai, dava-se preferência aos preceitos
rabínicos” “Entre as observâncias mais tenazmente acentuadas, achava-
se a da purificação cerimonial. A negligência das formalidades
observadas antes de comer, era considerada odioso pecado, que devia
ser punido tanto neste mundo como no futuro; e julgava-se também
uma virtude destruir o transgressor” DTN 40.1; 275.2,3.
Certa vez “ ajustaram-se a Jesus os fariseus, e alguns dos
escribas que tinham vindo de Jerusalém. E, vendo que alguns dos seus
discípulos comiam pão com as mãos impuras, isto é, por lavar, os
repreendiam. Porque os fariseus, e todos os judeus, conservando a
tradição dos antigos, não comem sem lavar as mãos muitas vezes; E,
quando voltam do mercado, se não se lavarem, não comem. E muitas
outras coisas há que receberam para observar, como lavar os copos, e
os jarros, e os vasos de metal e as camas. Depois perguntaram-lhe os
132
fariseus e os escribas: Por que não andam os teus discípulos conforme a
tradição dos antigos, mas comem o pão com as mãos por lavar? E ele,
respondendo, disse-lhes: Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas,
como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, Mas o seu coração
está longe de mim; Em vão, porém, me honram, Ensinando doutrinas
que são mandamentos de homens. Porque, deixando o mandamento
de Deus, retendes a tradição dos homens; como o lavar dos jarros e dos
copos; e fazeis muitas outras coisas semelhantes a estas. E dizia-lhes:
Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa
tradição. Porque Moisés disse: Honra a teu pai e a tua mãe; e quem
maldisser, ou o pai ou a mãe, que morra a morte. Vós, porém, dizeis: Se
um homem disser ao pai ou à mãe: Aquilo que poderias aproveitar de
mim é Corbã, isto é, oferta ao Senhor; Nada mais lhe deixais fazer por
seu pai ou por sua mãe, Invalidando assim a palavra de Deus pela
vossa tradição, que vós ordenastes. E muitas coisas fazeis semelhantes
a estas.” “As regras concernentes à purificação eram inúmeras. A vida
dos que procuravam observar as exigências dos rabinos era uma longa
luta contra a contaminação cerimonial, uma interminável série de
abluções e purificações. Enquanto o povo se ocupava de insignificantes
distinções e observâncias não exigidas por Deus, sua atenção se
afastava dos grandes princípios de Sua lei.” Marcos 7:1- 13 ; DTN 275.4
E o mesmo quanto ao Sábado. “Os guias judaicos cumpriram a
vontade de Satanás, rodeando o divino dia de repouso de enfadonhas
exigências. Nos dias de Cristo, tão pervertido se tornara o sábado, que
sua observância refletia o caráter de homens egoístas e arbitrários, em
lugar de o fazer ao caráter do amorável Pai celeste. Virtualmente os
rabis representavam a Deus como dando leis que os homens não
podiam obedecer. Levavam o povo a olhar a Deus como tirano, e a
pensar que a observância do sábado, segundo Ele a exigia, tornava os
homens duros de coração e cruéis. Competia a Cristo a obra de
esclarecer essas mal-entendidas concepções. Embora os rabis O
seguissem com impiedosa hostilidade, Ele nem sequer parecia
conformar-Se com o que requeriam, mas ia avante, guardando o
133
sábado segundo a lei divina.” Como no caso de " uma mulher possessa
de um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; andava ela
encurvada, sem de modo algum poder endireitar-se. Vendo-a Jesus,
chamou-a e disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade; E pôs as
mãos sobre ela, e logo se endireitou, e glorificava a Deus. O chefe da
sinagoga, indignado de ver que Jesus curava no sábado, disse à
multidão: Seis dias há em que se deve trabalhar; vinde, pois, nesses
dias para serdes curados e não no sábado. Disse-lhe, porém, o Senhor:
Hipócritas, cada um de vós não desprende da manjedoura, no sábado, o
seu boi ou o seu jumento, para levá-lo a beber? Por que motivo não se
devia livrar deste cativeiro, em dia de sábado, esta filha de Abraão, a
quem Satanás trazia presa há dezoito anos?” Lucas 13:11-16.
Conquanto no Sinai o próprio Cristo, o Grande EU SOU, houvesse
dito que “ o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás
nenhum trabalho, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo,
nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está
dentro das tuas portas.” Em outro lugar Ele explica “Se desviares o teu pé
do sábado, de fazeres a tua vontade no meu santo dia, e chamares ao
sábado deleitoso, e o santo dia do SENHOR, digno de honra, e o honrares
não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria
vontade, nem falares as tuas próprias palavras, Então te deleitarás no
SENHOR” Esse é um dia voltado para os interesses do Senhor e para
Sua obra. “O objetivo da obra de Deus, neste mundo, é a redenção do
homem; portanto, tudo quanto é necessário que se faça no sábado no
cumprimento dessa obra, está em harmonia com a lei do sábado.” “E
disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem,” Eu “lhe dei os meus
sábados, para que servissem de sinal entre mim e ele; para que soubesse
que eu sou o SENHOR que o santifica.” “ Assim o Filho do homem até
do sábado é Senhor.” “Santificai os meus sábados, pois servirão de sinal
entre mim e vós, para que saibais que eu sou o SENHOR vosso Deus.”
“De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus
mandamentos; porque isto é o dever de todo homem.” E “ qualquer
que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado
134
de todos.” Êxodo 20:10; Isaías 58:13,14; DTN 195.1; Marcos 2:27;
Ezequiel 20:12; Marcos 2:28; Ezequiel 20:20; Eclesiastes 12:13; Tiago
2:10.
Por não seguir os mandamentos segundo os costumes dos
rabinos, muitos pensam que Jesus veio abolir na cruz a Lei que Ele
mesmo havia dado no Sinai. Mas se a lei foi abolida, o pecado
desaparece; sem pecado, todos tornam-se justos; não há então
necessidade de salvação. Não havendo necessidade de salvação; Jesus
para nada vale, e Seu sacrifício foi em vão. Mas Ele disse “Não penseis
que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para
cumprir. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem,
nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.
Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos
menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no
reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será
considerado grande no reino dos céus.” “Não violarei a minha aliança,
nem modificarei o que os meus lábios proferiram.” “Se me amais,
guardareis os meus mandamentos.” “Se guardardes os meus
mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu
tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e no seu amor
permaneço.” “E os que afirmam que Cristo aboliu a lei, ensinam que Ele
violou o sábado e justificou os discípulos em assim fazer, colocam-se
assim na mesma atitude que tomaram os astutos judeus. Contradizem
dessa maneira o testemunho do próprio Cristo, que declarou: “Tenho
guardado os mandamentos de Meu Pai, e permaneço no Seu amor”.
João 15:10. Nem o Salvador nem Seus seguidores violaram a lei do
sábado. Cristo era um vivo representante da lei. Nenhuma transgressão
de seus santos preceitos se encontrou em Sua vida.” Mateus 5:17-19;
Salmos 89:34 ; João 14:15; 15:10; DTN 196.4.
“Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei,
porque o pecado é a transgressão da lei. E bem sabeis que ele se
manifestou para tirar os pecados, e nele não existe pecado,” como ele
disse “Quem dentre vós me convence de pecado? Se vos digo a verdade,
135
por que razão não me credes?” “Então alguns dos fariseus diziam: Este
homem não é de Deus, pois não guarda o sábado. Diziam outros: Como
pode um homem pecador fazer tais sinais? E havia dissensão entre
eles.” E Jesus “ Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado,
na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler” e “desceu
a Cafarnaum, cidade da Galileia, e os ensinava no sábado. E muito se
maravilhavam da sua doutrina, porque a sua palavra era com
autoridade.” “Aconteceu que, num sábado, passando Jesus pelas
searas, os seus discípulos colhiam e comiam espigas, debulhando-as com
as mãos. E alguns dos fariseus lhes disseram: Por que fazeis o que não é
lícito aos sábados? Respondeu-lhes Jesus: Nem ao menos tendes lido o
que fez Davi, quando teve fome, ele e seus companheiros? E
acrescentou-lhes: O Filho do Homem é senhor do sábado. Sucedeu que,
em outro sábado, entrou ele na sinagoga e ensinava. Ora, achava-se ali
um homem cuja mão direita estava ressequida. Os escribas e os fariseus
observavam-no, procurando ver se ele faria uma cura no sábado, a fim
de acharem de que o acusar. Então, disse Jesus a eles: Que vos parece?
É lícito, no sábado, fazer o bem ou o mal? Salvar a vida ou deixá-la
perecer? E, fitando todos ao redor, disse ao homem: Estende a mão. Ele
assim o fez, e a mão lhe foi restaurada.” E outra vez Jesus vendo “ um
homem enfermo havia trinta e oito anos,” “perguntou-lhe: Queres ser
curado?” “ Então, lhe disse Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda.
Imediatamente, o homem se viu curado e, tomando o leito, pôs-se a
andar. E aquele dia era sábado. Por isso, disseram os judeus ao que fora
curado: Hoje é sábado, e não te é lícito carregar o leito. Ao que ele lhes
respondeu: O mesmo que me curou me disse: Toma o teu leito e anda. E
os judeus perseguiam Jesus, porque fazia estas coisas no sábado. Mas
ele lhes disse: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. Por
isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não
somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio
Pai, fazendo-se igual a Deus. Então, lhes falou Jesus: Em verdade, em
verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão
somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho
também semelhantemente o faz. Porque o Pai ama ao Filho, e lhe
136
mostra tudo o que faz, e maiores obras do que estas lhe mostrará, para
que vos maravilheis.” “Eu e o Pai somos um.” 1 João 3:4; João 8:46 ;
9:16; Lucas 4:16, 31-32; 6:1-3, 5-7, 9,10. João 5: 5,8-11, 16-20 ; 10:30
ARA.
“ Jesus declarou: “Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho
também”. João 5:17. Todos os dias são de Deus, para neles se executar
Seus planos para com a raça humana. Fosse a interpretação dos judeus
razoável, então o Senhor estaria em falta, visto ser Seu trabalho que
vivifica e mantém toda criatura vivente desde que lançou os
fundamentos da Terra; então Aquele que declarou boa a sua obra, e
instituiu o sábado para comemorar-lhe o acabamento, deveria acabar
com Seu labor e deter a incessante rotina do Universo. Deveria Deus
impedir o Sol de cumprir sua missão no sábado, obstar seus fecundos
raios de aquecer a Terra e nutrir a vegetação? Deveriam os sistemas
planetários quedar imóveis durante aquele santo dia? Ordenaria às
fontes que se abstivessem de regar os campos e as florestas, mandaria
às ondas do mar que detivessem seu incessante fluir e refluir? Deveriam
o trigo e o milho deixar de crescer, e o maturante cacho adiar seu belo
colorido? Não hão de as árvores florescer, nem desabrochar as flores no
sábado?” - DTN 137.3,4
138
que é “o sétimo dia, o sábado do SENHOR teu Deus;” “Portanto, resta
um descanso para o povo de Deus. Porque aquele que entrou no
descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como
Deus das suas. Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso, a fim
de que ninguém caia, segundo o mesmo exemplo de desobediência.”
Lucas 23:52- 56; Atos 13:7, 14,15, 42; 15:21; 16:13; Apocalipse 1:10;
Êxodo 20:10; Hebreus 4:9-11 ARA.
“No alvorecer do cristianismo, é considerado o primeiro dia da
semana e não o sétimo: o dia bíblico de descanso continuava sendo o
sábado, como era para os judeus. De acordo com o Novo Testamento,
os apóstolos se reuniram “no primeiro dia da semana, ajuntando-se os
discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte,
falava com eles; e prolongou a prática até à meia-noite.” - Atos 20:7,
mas isso não significa que o sábado (que em hebraico significa
simplesmente “descanso”) tinha perdido seu lugar como um dia de
descanso obrigatório. Além disso, na Roma antiga chamavam o domingo
de dies solis (dia do Sol: daí o inglês Sunday ou o alemão Sonntag),
porque foi dedicado à divindade pagã chamada Sol Invictus, muito
importante no culto imperial. E foi justamente um imperador romano,
Constantino, o Grande, que fundiu as duas tradições em uma. Assim, o
mesmo César que legalizou a religião cristã pelo Edito de Milão, em 313
– que mais tarde fundaria Constantinopla como capital romana do
Oriente e seria santificado – decretou em 7 de março de 321 que o antes
chamado dies Solis seria observado como feriado civil obrigatório. No
entanto, a confirmação “oficial” dessa mudança pela Igreja Católica
levaria mais de mil anos. Foi no Concílio de Trento, realizado no século
16: “A Igreja de Deus achou conveniente que a celebração religiosa do
sábado deva ser transferida para o dia do Senhor: o domingo.” Como
resultado, em quase todos os países de tradição cristã foram proibidos
aos domingos o artesanato, o comércio e a dança. Exceções foram feitas
em situações de emergência ou para certos sindicatos. Finalmente, após
a Revolução Francesa (1789), o descanso dominical foi assimilado como
um direito trabalhista e é admitido praticamente em todas as
139
legislações.” (Muy História; colaboração: Nelson Wasiuk)
http://www.criacionismo.com.br/2017/03/quem-mudou-o-descanso-
do-sabado-para-o.html?m=1
James Gibbons ( 23 de julho de 1834 — 24 de março de 1921) ,
um arcebispo e cardeal da Igreja Católica Apostólica Romana,
proclamado em 7 de junho de 1886, pelo Papa Leão XIII, com o título de
Cardeal-presbítero de Santa Maria em Trastevere, basílica em Roma,
declarou: “Alguns teólogos têm mantido que Deus, inclusive
diretamente, determinou o domingo como o día de adoração na Nova
Lei, e que Ele mesmo substituiu explicitamente o sábado para o domingo.
Mas esta teoria foi abandonada completamente. Agora é a crença que
Deus sensivelmente deu à Sua Igreja a autoridade para separar
qualquer dia ou dias que ela crer apropriados como dias sagrados. A
Igreja escolheu o domingo, o primeiro dia da semana, e no transcurso
do tempo adicionou outros dias como dias sagrados” “Através do
mesmo ato de trocar o sábado para o domingo, o qual aceitam os
protestantes, contudo, estes indulgentemente se contradizem ao
observar o domingo estritamente e romper com outras festas
ordenadas pela mesma Igreja”. “É o sábado, o sétimo dia de acordo
com a Bíblia e os Dez Mandamentos? Eu respondo que sim. É o
domingo, o primeiro dia da semana e trocou a Igreja o sétimo dia- - o
sábado- - pelo domingo, o primeiro dia? Eu respondo que sim. Cristo
trocou o dia? Eu respondo, não.” “Poderás ler a Bíblia de Gênesis a
Apocalipse, e não encontrarás nem uma só linha que autorize a
santificação do domingo. As Escrituras mandam a observância religiosa
do sábado, o dia que nós nunca santificamos”. Daniel Ferres, ed.,
Manual of Christian Doctrine (Manual de doutrina cristã) (1916), pág.
67; Cardeal James Gibbons, arcebispo de Baltimore (1877-1921); The
Catholic Mirror (O espelho católico), publicação oficial do cardeal
James Gibbons, 23 de sept. De 1893; Cardeal James Gibbons, The Faith
of Our Fathers (A fé de nossos pais), edição 88, pág. 89.
“Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o
diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante
140
Deus, visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei,
em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.” “O que
desvia os ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável,” e
“os simples ouvidores da lei não são justos diante de Deus, mas os que
praticam a lei hão de ser justificados.” “Porque, assim como o corpo
sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta,” “Pelos
seus frutos os conhecereis.” “Mas agora” “ se manifestou a justiça de
Deus” “mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que
creem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória
de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a
redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue,
como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter
Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente
cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo
presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé
em Jesus. Onde, pois, a jactância? Foi de todo excluída. Por que lei? Das
obras? Não; pelo contrário, pela lei da fé. Concluímos, pois, que o
homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei,”
porque “ todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças
como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as
nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam.” “Pela graça sois
salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de
obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura Sua, criados em
Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para
que andássemos nelas.” Como está escrito “SENHOR, tu nos darás a paz,
porque tu és o que fizeste em nós todas as nossas obras”, “porque Deus
é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa
vontade.” Como Ele disse que “os homens se apoderem da minha força
e façam paz comigo; sim, que façam paz comigo.” “ Quem está em
mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis
fazer,” como está escrito “posso todas as coisas em Cristo que me
fortalece.” Romanos 3:19,20; Provérbios 28:9; Romanos 2:13; Tiago
2:26; Mateus 7:16; Romanos 3:21-28; Isaías 64:6; Efésios 2:8-10; Isaías
26:12; Filipenses 2:13; Isaías 27:5; João 15:5; Filipenses 4:13.
141
“Sem Cristo, a lei em si mesma é somente condenação e morte
para o transgressor. Não possui nenhuma qualidade salvadora, nenhum
poder para livrar o transgressor da penalidade dela.” “ Ela revela ao
homem os seus pecados, mas não provê remédio, declara que a morte
é o quinhão do transgressor. Unicamente Cristo o pode livrar da
condenação ou contaminação do pecado. O pecador deve exercer o
arrependimento em relação a Deus, cuja lei transgrediu, e fé em Cristo,
em seu sacrifício expiatório. Assim ele obtém remissão dos “pecados
anteriormente cometidos” Romanos 3:25, e se torna filho de Deus” “Ela
requer justiça — vida justa, caráter perfeito; e isso não tem o homem
para dar. Não pode satisfazer as reivindicações da santa lei divina. Mas
Cristo, vindo à Terra como homem, viveu vida santa, e desenvolveu
caráter perfeito. Estes oferece Ele como dom gratuito a todos quantos o
queiram receber. Sua vida substitui a dos homens. Mais que isso, Cristo
lhes comunica os atributos divinos. Forma o caráter humano segundo a
semelhança do caráter de Deus, uma esplêndida estrutura de força e
beleza espirituais. Assim, a própria justiça da lei se cumpre no crente
em Cristo. Deus pode ser “justo e justificador daquele que tem fé em
Jesus”. Romanos 3:26.” “E tudo o que existe de bom no homem, vem-
lhe por meio de Cristo é resultado da atuação da graça divina, ao nos
prostrarmos em submissão à disciplina e à refreadora influência do
Espírito de verdade.” FQV 100.8 ; GCC 206.5; DTN 540.3; Review and
Herald, 15 de março de 1906.
“Como substituto e penhor do homem, a iniqüidade dos
homens foi posta sobre Cristo. Foi contado como transgressor, a fim de
redimi-los da maldição da lei. Ele, o portador de pecados, suportou
uma punição judicial pela iniqüidade e tornou-Se Ele mesmo pecado,
pelo homem. “ “O pecado — tão detestável à Sua vista, acumulou-se
sobre Ele até gemer sob seu peso. A agonia desesperadora do Filho de
Deus foi muito maior do que a dor física embora a sentisse
terrivelmente.”“O pecado do mundo inteiro foi lançado sobre Jesus; a
Divindade teve no mais alto apreço o sofrimento humano em Jesus, de
sorte que o mundo inteiro pudesse ser perdoado mediante a fé no
142
Substituto. O mais culpado não precisa ter medo de que Deus o não
perdoe, pois devido a eficácia do divino sacrifício, a penalidade da lei
será extinta. Através de Cristo o pecador pode voltar à sua lealdade para
com Deus.” “Todos podem dizer: “Por Sua obediência perfeita satisfez
Ele as reivindicações da lei, e minha única esperança está em olhar
para Ele como meu substituto e penhor, que obedeceu perfeitamente à
lei por mim. Pela fé em Seus méritos estou livre da condenação da lei.
Ele me veste de Sua justiça, que responde a todas as exigências da lei.
Sou completo nAquele que introduz a justiça eterna. Ele me apresenta
a Deus nas vestes imaculadas das quais nenhum fio foi tecido por
qualquer instrumento humano. Tudo é de Cristo, e toda a glória, honra
e majestade devem ser dados ao Cordeiro de Deus, que tira os pecados
do mundo.” -História da Redenção, 225; The Signs of the Times, 25 de
Novembro de 1889; The Review and Herald, 28 de Novembro de 1912;
RV 28.4
“A lei de Deus é uma expressão de Sua própria natureza; é uma
corporificação do grande princípio do amor, sendo, daí o fundamento de
Seu governo no Céu e na Terra. Se nosso coração é renovado à
semelhança de Deus, se o amor divino é implantado na alma, não será
então praticado na vida a lei de Deus? Implantado no coração o
princípio do amor, renovado o homem segundo a imagem dAquele que
o criou, cumpre-se a promessa do novo concerto: “Porei as Minhas leis
em seu coração e as escreverei em seus entendimentos.” E se a lei está
escrita no coração, não moldará ela a vida? A obediência — nosso
serviço e aliança de amor — é o verdadeiro sinal de discipulado. Assim
diz a Escritura: “Porque esta é o amor de Deus: que guardemos os Seus
mandamentos.” “Aquele que diz: Eu conheço-O e não guarda os Seus
mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade.”Hebreus 10:16; 1
João 5:3; 2:4. É a fé, e ela só, que, em vez de dispensar-nos da
obediência, nos torna participantes da graça de Cristo, a qual nos
habilita a prestar obediência”. - CC 60.2
“ É nosso privilégio ir a Jesus e sermos purificados, e
apresentar-nos perante a lei sem pejo nem remorso. “Portanto, agora,
143
nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não
andam segundo a carne, mas segundo o espírito.” Romanos 8:1. De
agora em diante não sois mais de vós mesmos; fostes comprados por
preço. “Não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes
resgatados... mas com o precioso sangue de Cristo, como de um
cordeiro imaculado e incontaminado.” 1 Pedro 1:18-19. Por este simples
ato de crer em Deus, o Espírito Santo gerou em vosso coração uma
nova vida. Sois agora uma criança nascida na família de Deus, e Ele vos
ama como ama a Seu próprio Filho. Agora que vos entregastes a Jesus,
não torneis atrás; não vos furteis a Ele, mas dizei, dia a dia: “Pertenço a
Cristo; a Ele me entreguei”; e rogai-Lhe que vos dê Seu Espírito e vos
guarde por Sua graça. Do mesmo modo que vos tornastes filho de Deus
entregando-vos a Ele e nEle crendo, assim também deveis nEle viver. Diz
o apóstolo: “Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também
andai nEle.” Colossenses 2:6; CC 51.3,4; 52.1
“Na cruz do Calvário, o amor e o egoísmo encontraram-se
face a face. Ali teve lugar sua suprema manifestação. Cristo vivera
unicamente para confortar e beneficiar, e, ao levá-Lo à morte, Satanás
manifestou a malignidade de seu ódio contra Deus. Tornou evidente
que o real desígnio de sua rebelião, era destronar o Senhor, e destruir
Aquele por meio de quem o Seu amor se manifestava. Pela vida e
morte de Cristo, também os pensamentos dos homens são trazidos à
luz. Da manjedoura à cruz, a vida do Salvador foi um convite à entrega, e
à participação no sofrimento. Revelou o desígnio dos homens. Jesus veio
com a verdade do Céu, e todos quantos ouviam a voz do Espírito Santo
foram atraídos a Ele. Os adoradores do próprio eu pertenciam ao reino
de Satanás. Em sua atitude em relação a Cristo, todos manifestariam de
que lado se achavam. E assim todos passam sobre si mesmos o
julgamento.” DTN 31.3,4
“No dia do juízo final, toda alma perdida compreenderá a
natureza de sua rejeição da verdade. A cruz será apresentada, e sua real
significação será vista por todo espírito que foi cegado pela transgressão.
Ante a visão do Calvário com sua misteriosa Vítima, achar-se-ão
144
condenados os pecadores. Toda falsa desculpa será banida. A apostasia
humana aparecerá em seu odioso caráter. Os homens verão o que foi
sua escolha. Toda questão de verdade e de erro, na longa controvérsia,
terá então sido esclarecida. No juízo do Universo, Deus ficará isento de
culpa pela existência ou continuação do mal. Será demonstrado que os
decretos divinos não são cúmplices do pecado. Não havia defeito no
governo de Deus, nenhum motivo de desafeto. Quando os
pensamentos de todos os corações forem revelados, tanto os leais como
os rebeldes se unirão em declarar: “Justos e verdadeiros são os Teus
caminhos, ó Rei dos santos. Quem Te não temerá, ó Senhor, e não
magnificará o Teu nome? Porque os Teus juízos são manifestos”.
Apocalipse 15:3, 4”. DTN 32.1
145
146
"Vinda é a hora do seu juízo." Juízo parte 1
147
incorruptibilidade; mas ira e indignação aos facciosos, que desobedecem
à verdade e obedecem à injustiça. Tribulação e angústia virão sobre a
alma de qualquer homem que faz o mal, glória, porém, e honra, e paz a
todo aquele que pratica o bem.” “Bem-aventurados aqueles que
guardam os seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da
vida, e possam entrar na cidade pelas portas.” “Pela transgressão Adão
perdeu o Éden. Pela transgressão dos mandamentos de Deus o homem
perderá o Céu e uma eternidade de glória. Isto não é história ociosa, mas
verdade. De que lado estais?” “E, se a nossa injustiça for causa da justiça
de Deus, que diremos? Porventura será Deus injusto, trazendo ira sobre
nós? (Falo como homem.) De modo nenhum; do contrário, como julgará
Deus o mundo?” Apocalipse14:7; Eclesiastes 12:13-14; Atos 17:30,31;
Tiago 2:12; Apocalipse 14:7; Romanos 1: 18; Isaías 24:5,6; 26:21;
Malaquias 4:1; Romanos 1:21-22,20; Malaquias 4:2,3; Apocalipse
22:12; Romanos 2:7-10; Apocalipse 22:14 ACF; Testemunhos para
Ministros e Obreiros Evangélicos, 141; Romanos 3:5,6; .
A Imutabilidade da Lei de Deus
“Não violarei a Minha aliança, nem modificarei o que meus
lábios proferiram”; “porque eu, O SENHOR, não mudo.” “A lei de Deus
não podia ser mudada para atender às necessidades humanas, pois no
planeamento divino ela jamais iria perder a sua força nem dispensar a
mínima parte de seus reclamos.” “Pudessem seus requisitos ser postos
de lado, e o Filho de Deus não necessitaria então haver dado Sua vida
para expiar a transgressão da mesma. A morte de Cristo prova ser ela
imutável.” Como esta escrito: “eterna é a Justiça dos teus testemunhos”
e “é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da lei.” “Porque
em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota
ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.” “O salário do
pecado é a morte” “Deus é amor. Demonstrou Ele este amor na dádiva
de Cristo. Mas o amor de Deus não O leva a desculpar o pecado. Não o
desculpou em Satanás; não o escusou em Adão ou em Caim; nem o
desculpará em qualquer outro homem. Não tolerará nossos pecados, e
não passará por sobre nossos defeitos de caráter. Espera que vençamos
em Seu nome.” Salmos 89:34; Malaquias 3:6; HR Pág. 46; GC Pág. 503;
Salmos 119:144, Lucas 16:17 ; Mateus 5:18; Romanos 6:23; PJ Pág. 316
148
Mediador, Substituto e Fiador.
“Por uma só ofensa” “entrou o pecado no mundo” e “veio o
juízo sobre todos os homens para condenação” “As misericórdias do
SENHOR são a causa de não sermos consumidos”, “porque há um
Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo”, “o Cordeiro que foi
morto desde a fundação do mundo.” Romanos 5: 18,12, 18;
Lamentações 3:22; 1 Timóteo 2:5; Apocalipse 13:8.
“O pecado de nossos primeiros pais acarretou a culpa e a
tristeza sobre o mundo” “trouxe a ira de Deus sobre a raça humana.”
“No momento em que a obra das mãos de Deus recusou obedecer às leis
do reino de Deus, nesse próprio instante ele se tornou desleal ao
governo de Deus e se fez inteiramente indigno de todas as bênçãos com
as quais Deus o havia favorecido. No momento em que o homem se
divorciou de Deus pela transgressão, então ele não tinha mais direito a
uma inspiração de ar, a um raio da luz do Sol ou a uma partícula de
alimento. E a razão de o homem não ter sido destruído era que Deus o
amou de tal maneira que deu o Seu Filho amado para que sofresse a
penalidade da transgressão dele.” “Em todo o Universo não havia senão
um Ser que, em favor do homem, poderia satisfazer as suas
reivindicações. Visto que a lei divina é tão sagrada como o próprio Deus,
unicamente um Ser igual a Deus poderia fazer expiação por sua
transgressão.” “No momento em que o homem se rendeu à tentação
de Satanás, e fez precisamente o que Deus lhe dissera para não fazer,
Cristo - o Filho de Deus – “esteve de pé entre os mortos e os vivos”
(Núm. 16:48), dizendo: “Caia sobre Mim a penalidade. Ficarei em lugar
do homem. Ele terá outra oportunidade”. “Cristo Se prontificou a
tornar-Se o penhor e substituto do homem, para que este, por meio de
graça sem igual, tivesse outra prova - uma segunda oportunidade -
tendo a experiência de Adão e Eva como advertência para não
transgredir a lei de Deus como eles o fizeram.” “A pena da lei recaiu
sobre Aquele que era igual a Deus, ficando livre o homem para aceitar a
justiça de Cristo, e, por uma vida de arrependimento e humilhação,
triunfar, como o Filho de Deus, sobre o poder de Satanás.” PP - pág.61;
HR – Pág. 46; FO- Pág. 21; PP – págs. 61,63; SDAA Bible Commentary,
vol. 1, pág. 1.085; FO- Págs. 21; GC - Pag. 503
149
Cristo “ficaria entre a ira de Seu Pai e o homem culpado”
“oferecera-Se para dar Sua vida como resgate e tomar sobre Si a
sentença de morte, a fim de que por meio dEle o homem pudesse
encontrar perdão; que, pelos méritos de Seu sangue, e obediência à lei
divina, ele poderia ter o favor de Deus, e ser trazido para o belo jardim e
comer do fruto da árvore da vida.” “Quando Cristo cessar a Sua obra
como mediador em prol do homem ter-se-á então decidido o caso de
toda alma. Ao deixar Jesus Sua posição como intercessor do homem
junto a Deus”, “A graça e a misericórdia descerão então do trono, e a
justiça tomará o seu lugar.” “Nada haverá para deter a ira de Deus, e
ela irromperá com fúria sobre a cabeça desabrigada do pecador
culpado, que desdenhou a salvação e odiou a correção.” Porque "Cristo
devia morrer, como deve morrer todo transgressor da lei, se continuar
em pecado.” E “ele só teria valor se fosse revestido do amado Filho de
Deus” “O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos.” HR
– Págs. 43;42.PP – pág. 201; Review and Herald, 01/01/1889; HR – pág.
403; DTN - Pag. 799; FO- Pág. 21; 1 Tm 2:6
150
desobedeceram. Coseram folhas de figueira para cobrir a nudez causada
pela transgressão.” “Cobriram-se com vestidos de sua própria feitura;
por suas próprias obras procuraram encobrir os pecados e tornar-se
aceitáveis a Deus. Isto jamais pode ser feito. O homem nada pode idear
para suprir as perdidas vestes de inocência.” Todas as suas obras “não
prestam para vestes; os homens não podem se cobrir com o que fazem,
as suas obras são obra de iniquidade.” PJ – Pág. 310;311; Isaías 59:6.
151
- A obediência à Lei de Deus é possível em Cristo.
“Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos.”
Mateus 19:17
Satanás “declara que nos é impossível obedecer-lhe aos
preceitos.” “É verdade que por nossa própria força não lhes podemos
obedecer. Cristo, porém, veio na forma humana, e por Sua perfeita
obediência provou que a humanidade e a divindade combinadas
podem obedecer a todos os preceitos de Deus.” “Como um de nós,
cumpria-Lhe dar exemplo de obediência. Para isso tomou sobre Si a
nossa natureza, e passou por nossas provas. "Convinha que em tudo
fosse semelhante aos irmãos." Hebreus 2:17. Se tivéssemos de sofrer
qualquer coisa que Cristo não houvesse suportado, Satanás havia de
apresentar o poder de Deus como nos sendo insuficiente. Portanto,
Jesus "como nós, em tudo foi tentado". Hebreus 4:15. Sofreu toda
provação a que estamos sujeitos. E não exerceu em Seu próprio proveito
poder algum que nos não seja abundantemente facultado. Como
homem, enfrentou a tentação, e venceu-a no poder que Lhe foi dado
por Deus. Diz Ele: "Deleito Me em fazer a Tua vontade, ó Deus Meu; sim,
a Tua lei está dentro do Meu coração." Salmos 40:8. Enquanto andava
fazendo o bem e curando a todos os aflitos do diabo, patenteava aos
homens o caráter da lei de Deus, e a natureza de Seu serviço. Sua vida
testifica ser possível obedecermos também à lei de Deus. Por Sua
humanidade, Cristo estava em contato com a humanidade; por Sua
divindade, firma-Se no trono de Deus. Como Filho do homem, deu-nos
um exemplo de obediência; como Filho de Deus, dá-nos poder para
obedecer.” DTN – Pág. 24; PJ - Pág. 314; DTN Pág. 24
152
nosso nome registrado no rol da igreja. "Aquele que guarda os Seus
mandamentos nEle está, e Ele nele. E nisto conhecemos que Ele está em
nós: pelo Espírito que nos tem dado." "E nisto sabemos que O
conhecemos: se guardarmos os Seus mandamentos." I João 3:24; 2:3.
Esta é a evidência genuína da conversão. Qualquer que seja nossa
profissão, nada valerá se Cristo não for revelado em obras de justiça.”
PJ - Pág.312 313
“A verdade deve estar plantada no coração. Deve dirigir o
espírito e regular as afeições. Todo o caráter deve ser estampado com a
expressão divina. Cada jota e cada til da Palavra de Deus deve ser
introduzido na vida diária. Aquele que se torna participante da natureza
divina estará em harmonia com o grande padrão de justiça de Deus, Sua
santa lei. Esta é a norma pela qual Deus mede as ações do homem. E
esta será também a pedra de toque do caráter no juízo.” PJ - Pág. 314
- Poder para obedecer
“A todos quantos O receberam deu-lhes o poder de serem feitos
filhos de Deus: aos que crêem no Seu nome." João 1:12.
“Este poder não está no instrumento humano. É o poder de Deus.
Quando uma alma recebe a Cristo, recebe também o poder de viver a
vida de Cristo. Deus requer de Seus filhos perfeição. Sua lei é um
transcrito de Seu caráter, e é o padrão de todo caráter. Essa norma
infinita é apresentada a todos, para que não haja má compreensão no
tocante à espécie de homens que Deus quer ter para compor o Seu
reino. A vida de Cristo na Terra foi uma expressão perfeita da lei de
Deus, e quando os que professam ser Seus filhos receberem caráter
semelhante ao de Cristo, obedecerão aos mandamentos de Deus. Então
o Senhor pode contá-los com toda a confiança entre os que formarão a
família do Céu. Trajados com as vestes gloriosas da justiça de Cristo,
participarão da ceia do Rei. Têm o direito de associar-se com a multidão
lavada no sangue.” PJ - Pág. 314, 315
“Muitos hoje em dia. Professam ser cristãos e reclamam as
bênçãos e privilégios do evangelho; contudo não sentem a necessidade
de transformação de caráter. Nunca sentiram verdadeiro
arrependimento dos pecados. Não reconhecem a necessidade de Cristo,
nem exercem fé nEle. Não venceram suas inclinações para a injustiça,
153
herdadas e cultivadas. Contudo pensam ser bastante bons em si
mesmos, e confiam em seus próprios méritos em vez de nos de Cristo.
São ouvintes da Palavra, mas não tomaram a veste da justiça de Cristo.
Muitos que se chamam cristãos são meros moralistas humanos.
Recusaram a dádiva que, somente, podia habilitá-los para honrar a
Cristo com representá-Lo ao mundo. A obra do Espírito Santo lhes é
estranha. Não são praticantes da Palavra. Os princípios celestes que
distinguem os que são um com Cristo dos que se unem ao mundo,
tornaram-se quase indistintos. Os professos seguidores de Cristo não são
mais um povo separado e peculiar.
Todos estes esperam ser salvos pela morte de Cristo, ao passo que
recusam viver Sua vida de abnegação. Exaltam as riquezas da livre graça,
e procuram cobrir-se com a aparência de justiça, esperando assim
ocultar os defeitos de caráter, mas seus esforços serão vãos no dia de
Deus.” “Os que rejeitam o dom da justiça de Cristo estão rejeitando os
atributos de caráter que os constituiriam filhos e filhas de Deus.
Rejeitam aquilo que, unicamente, lhes poderia conceder aptidão para
um lugar na ceia de bodas.” “A justiça de Cristo não encobrirá pecado
algum acariciado. A lei de Deus lê os segredos do coração. Todo ato é
julgado pelos motivos que o sugeriram. Somente quem estiver de
acordo com os princípios da lei de Deus, permanecerá em pé no Juízo.”
PJ - Pág. 315,316
- Julgados pelos Altos Privilégios.
“O Senhor Se tem revelado a nós numa luz sempre crescente.
Nossos privilégios são muito maiores que os do antigo povo de Deus.
Temos não somente a grande luz proporcionada a Israel, mas também a
evidência crescente da grande salvação trazida a nós por Cristo. Aquilo
que para os judeus era o tipo e símbolo, é para nós realidade. Eles
tinham a história do Antigo Testamento; nós temos essa e a do Novo.
Temos a certeza de um Salvador que veio, um Salvador que foi
crucificado, ressurgiu, e, à borda do sepulcro de José, proclamou: "Sou a
ressurreição e a vida." João 11:25. Em nosso conhecimento de Cristo e
de Seu amor, o reino de Deus está posto no meio de nós. Cristo nos é
revelado em sermões e cantado em hinos. O banquete espiritual é-nos
apresentado em farta abundância. A veste de Justiça provida com
infinito custo, é oferecido liberalmente a toda pessoa. Pelos
154
mensageiros de Deus nos são expostas a justiça de Cristo, a justificação,
as excelentes e preciosas promessas da Palavra de Deus, o livre acesso
ao Pai por Cristo, o conforto do Espírito, e a bem-fundada certeza da
vida eterna no reino de Deus. Que poderia Deus fazer por nós, que não
tenha feito?” PJ- Pág. 317
“No Céu é dito pelos anjos ministradores: Executamos a obra
para que fomos enviados. Repelimos os exércitos dos anjos maus.
Enviamos luz e claridade à mente dos homens, avivando-lhes a memória
do amor de Deus expresso em Jesus. Atraímos-lhes os olhares para a
cruz de Cristo. Seu coração foi movido profundamente pelo sentimento
do pecado, que crucificou o Filho de Deus. Foram convencidos. Viram os
passos que devem ser dados na conversão; sentiram o poder do
evangelho; seu coração foi sensibilizado ao verem a excelência do amor
de Deus. Contemplaram a beleza do caráter de Cristo. Mas com a
maioria, foi tudo em vão. Não quiseram submeter seus próprios hábitos
e caráter. Não quiseram depor as vestes terrenas para serem trajados
com as do Céu. Seu coração era dado à avareza. Amavam mais a
companhia do mundo do que a de Deus.” PJ -Pág. 318
- O dia da decisão final.
"Vi um grande trono branco e O que estava assentado sobre ele,
de cuja presença fugiu a Terra e o Céu; e não se achou lugar para eles. E
vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e
abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos
foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as
suas obras." Ap 20:11,12.
“Solene será o dia da decisão final. Triste será retrospecto
naquele dia em que os homens defrontarem face a face da eternidade.
Toda a vida se apresentará justamente como foi. Os prazeres, riquezas e
honras do mundo não parecerão tão importantes. Os homens hão de ver
que somente a justiça que desprezaram é de valor. Verão que formaram
o caráter sob a sedução enganadora de Satanás. As vestes que
escolheram são o estigma de sua aliança ao primeiro grande apóstata.
Então hão de ver a consequência de sua escolha. Terão conhecimento
do que significa transgredir os mandamentos de Deus.” PJ - Págs.
318,319
- Única oportunidade
155
“Nesta vida é que devemos trajar as vestes da justiça de
Cristo. Esta é a nossa única oportunidade de formar caráter para o lar
que Cristo preparou para os que obedecem aos Seus mandamentos.
Rapidamente, os dias de graça estão terminando. O fim está próximo. É-
nos feita a advertência: "Olhai por vós, para que não aconteça que o
vosso coração se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos
cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia." “Vigiai
para que não vos encontre desapercebidos. Acautelai-vos para que não
sejais achados sem vestes nupciais. Porque o Filho do homem há de vir
à hora em que não penseis." "Bem-aventurado aquele que vigia e guarda
as suas vestes, para que não ande nu, e não se vejam as suas
vergonhas." PJ- Pág.319; Lucas 21:34; Mateus. 24:44; Apocalipse 16:15.
A Execução do Juízo final.
“O amor de Deus é retratado como sendo de tal natureza que O
impediria de destruir o pecador. Os homens raciocinam de acordo com o
seu próprio padrão inferior do direito e da justiça. "Pensavas que Eu era
teu igual." Salmos. 50:21. Eles avaliam a Deus por si mesmos. Calculam
como agiriam em determinadas circunstâncias e decidem que Deus
procederá do modo como imaginam que eles fariam. Em nenhum reino
ou governo é permitido que os transgressores da lei digam que punição
deve ser imposta aos que têm infringido a lei. Tudo o que temos, todas
as dádivas de Sua graça que possuímos, nós as devemos a Deus. Assim
como não é possível medir o céu a palmos, também não é possível
calcular a agravante natureza do pecado contra esse Deus. O Senhor é
um governante moral, bem como um Pai. Ele é o Legislador. Faz e
executa Suas leis. A lei que não tem penalidades é ineficaz. Talvez seja
feita a alegação de que um Pai amoroso não quereria ver Seus filhos
sofrerem o castigo divino pelo fogo enquanto tivesse o poder de livrá-
los. Mas Deus, para o bem de Seus súditos e para a segurança deles,
punirá o transgressor. Deus não atua no mesmo nível que o homem. Ele
pode fazer infinita justiça que o homem não tem o direito de fazer aos
semelhantes. Noé teria desagradado a Deus se houvesse afogado um
dos escarnecedores e zombadores que o importunavam, mas Deus
submergiu o vasto mundo. Ló não teria o direito de impor alguma
punição aos genros, mas Deus faria isso com toda a justiça. Quem dirá
que Deus não fará o que Ele diz que irá fazer?” Manuscript Releases,
156
vol. 12, págs. 207-209, vol. 10, pág. 265.
“Deus põe diante do homem a vida e a morte. Este pode fazer
a sua escolha. Muitos desejam a vida, mas ainda continuam a andar no
caminho largo. Preferem rebelar-se contra o governo de Deus, apesar de
Sua grande misericórdia e compaixão ao dar Seu Filho para morrer por
eles. Aqueles que não optam pela aceitação da salvação comprada por
tão alto preço, deverão ser castigados. Deus não os encerraria no
inferno para suportar a eterna desgraça, tampouco os levaria para o
Céu; pois colocá-los na companhia dos que são puros e santos fá-los-ia
extraordinariamente infelizes. Ele, porém, os destruirá completamente,
e fará com que sejam como se não tivessem existido; então Sua justiça
será satisfeita. Ele formou o homem do pó da terra, e os desobedientes
e profanos serão consumidos pelo fogo e voltarão de novo ao pó. A
benevolência e compaixão de Deus a tal respeito deveriam levar todos a
admirar Seu caráter e adorar Seu santo nome. Depois que os ímpios
forem destruídos da Terra, todo o exército celestial dirá: "Amém!"” HR
- Pág. 391,392.
Esperança para o que for Fiel.
“Beijai o Filho, para que não se ire, e pereçais no caminho;
porque dentro em breve se inflamará a sua ira. Bem- aventurados todos
aqueles que nele confiam.” “Mas o justo viverá pela fé; e se ele recuar, a
minha alma nõo tem prazer nele. Nós, porém, não somos daqueles que
se retiram para a perdição, mas daqueles que crêem para a conservação
da alma,” porque “aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele
que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele
permanece.” “Mortificai pois, os vossos membros, que estão sobre a
terra: a prostituição, a impureza, a afeição desordenada, a vil
concupiscência, e a avareza, que é idolatria; porque por estas coisas vem
a ira de Deus sobre os filhos da desobediência, Nas quais, também, em
outro tempo andastes, quando vivíeis nelas. Mas agora, despojai-vos
também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das
palavras torpes da vossa boca. Não mintais uns aos outros, pois que já
vos despistes do velho homem com os seus feitos, E vos vestistes do
novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele
que o criou; e Cristo é tudo, e em todos. Revesti-vos, pois, como eleitos
157
de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de
benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; Suportando-vos uns
aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa
contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também”,
“e digo isto, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do
sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que
quando aceitamos a fé” ,“e ainda um pouquinho de tempo, e o que há de
vir virá, e não tardará.” “Rejeitemos, pois, as obras das trevas, e vistamo-
nos das armas da luz. Andemos honestamente como de dia; não em
glutonarias, nem em bebedeiras, nem em desonestidades, nem em
dissoluções, nem em contendas e inveja. Mas revesti-vos do Senhor
Jesus Cristo, e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências,”
como “ todos nós andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a
vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da
ira, como os outros também.” Mas agora “já estais mortos, e a vossa
vida está escondida com Cristo em Deus. E quando Cristo, que é a nossa
vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em
glória,” pois “ seremos semelhantes a ele; porque assim como é o
veremos. E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo,
como também ele é puro.” “Vem, povo meu, entra nos teus quartos, e
fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até que
passe a ira.” Salmos 2:12; Hebreus 10:38,39; João 3:36; Colossenses
3:5-13; Romanos 13:11; Hebreus 10:37; Romanos 13:12,13; Efésios 2:3;
Colossenses 3:3,4; 1 João 3:2,3; Isaías 26:20.
159
160
Juízo parte 2
O Andamento do Juízo
- O Cenário do Juízo
“E me farão um santuário” “conforme ao seu modelo, que te foi
mostrado no monte.” Êxodo 25:8,40
“Moisés divinamente avisado” construiu “um santuário terrestre”,
“feito por mãos, figura do verdadeiro” “Santuário de Deus, que se acha
no Céu” “o qual O Senhor fundou e não o homem” E que serviu “de
modelo que no monte se [lhe] mostrou”. Para ser “uma alegoria para o
tempo presente” servindo “de exemplo e sombra das coisas celestiais”, e
“figura das coisas que estão no Céu”. Hebreus 8:5; 9:1,24; Apocalipse
11:19; Hebreus 8:2; 9:9; 8:5; 9:23.
“Porque um tabernáculo estava preparado em que havia o
candelabro, [o altar de incenso] e a mesa, e os pães da proposição; ao
que se chama o santuário.” Hebreus 9:2
161
“Mas depois do segundo véu estava o tabernáculo que se chama o
santo dos santos, Que tinha o incensário de ouro, e a arca da aliança,
coberta de ouro toda em redor;”. Hebreus 9:3,4
162
- O Serviço no Santuário terrestre.
O serviço no santuário terrestre dividia-se em duas partes:
- Primeira parte: O Evangelho em sombras.
O Culto típico. (Lugar Santo ou Santuário).
Ao longo do ano “entravam os sacerdotes no primeiro
tabernáculo, cumprindo os serviços.” Hebreus 9:6
“Dia após dia, o pecador arrependido levava sua oferta, [um
cordeiro] à porta do tabernáculo [que se acha no pátio], e, colocando a
mão sobre a cabeça da vítima, confessava seus pecados, transferindo-os
assim, figuradamente, de si para o sacrifício inocente. O animal era então
morto. "A vida está no sangue." "Sem derramamento de sangue não há
remissão de pecado." Levítico 17:11; Hebreus 9:22 A lei de Deus, sendo
violada, exige a vida do transgressor. O sangue, representando a vida que
o pecador perdera, era levado pelo sacerdote ao lugar santo e aspergido
diante do véu, atrás do qual estava a arca contendo a lei que o pecador
transgredira. Por esta cerimônia, o pecado transferia-se, mediante o
sangue, em figura, para o santuário [ficando ali registrado]. Em alguns
casos o sangue não era levado para o lugar santo; mas a carne deveria
então ser comida pelo sacerdote. "O Senhor a deu a vós, para que
levásseis a iniqüidade da congregação." Levítico 10:17. Ambas as
cerimônias simbolizavam, de igual modo, a transferência do pecado do
penitente para o santuário.” “Esta era a obra que, dia após dia, se
prolongava por todo o ano. Os pecados de Israel eram assim transferidos
para o santuário, e uma obra especial se tornava necessária para a sua
remoção.” GC –pág. 418
- Segunda parte: A purificação do Santuário no dia da Expiação
(Santo dos Santos ou lugar Santíssimo).
“Mas, no segundo [véu], só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não
sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo” Hebreus
9:6,7
“Deus ordenou que fosse feita expiação para cada um dos
compartimentos sagrados. "Fará expiação pelo santuário por causa das
imundícias dos filhos de Israel e das suas transgressões, segundo todos os
163
seus pecados: e assim fará para a tenda da congregação". Devia também
ser feita expiação pelo altar [de sacrifício que ficava no pátio], para o
purificar e santificar "das imundícias dos filhos de Israel". Levítico
16:16,19.” GC - Págs. 418,419.
“Uma vez por ano, no grande dia da expiação, o [Sumo] sacerdote
entrava no lugar santíssimo para a purificação do santuário. A obra ali
efetuada completava o ciclo anual do ministério.” “No dia da expiação
dois bodes eram trazidos à porta do tabernáculo, e lançavam-se sortes
sobre eles, "uma sorte pelo Senhor, e a outra sorte pelo bode emissário".
Lev. 16:8. O bode, sobre o qual caía a sorte do Senhor, deveria ser morto
como oferta pelo pecado do povo. E devia o sacerdote trazer o sangue do
bode para dentro do [segundo] véu e aspergi-lo sobre o propiciatório te
diante do propiciatório. Devia também aspergir o sangue sobre o altar
de incenso, que estava diante do véu.” GC - Pág. 419.
"E Arão porá ambas as suas mãos sobre a cabeça do bode vivo, e
sobre ele confessará todas as iniqüidades dos filhos de Israel, e todas as
suas transgressões, segundo todos os seus pecados; e os porá sobre a
cabeça do bode, e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem
designado para isso. Assim, aquele bode levará sobre si todas as
iniqüidades deles à terra solitária." “ O bode emissário não mais vinha
ao acampamento de Israel, e exigia-se que o homem, que o levara,
lavasse com água a si e suas vestes, antes de voltar ao acampamento.”
“Toda esta cerimônia tinha por fim impressionar os israelitas com a
santidade de Deus e o Seu horror ao pecado; e, demais, mostrar-lhes
que não poderiam entrar em contato com o pecado sem se poluir.
Exigia-se que, enquanto a obra de expiação se efetuava, cada homem
afligisse a alma. Todas as ocupações deviam ser postas de parte, e toda a
congregação de Israel passar o dia em solene humilhação diante de
Deus, com oração, jejum e profundo exame de coração.” Levítico
16:21,22; GC – Págs. 419,420.
Importantes verdades ensinadas.
“Importantes verdades concernentes à expiação eram ensinadas
pelo culto típico. Um substituto era aceito em lugar do pecador; mas o
164
pecado não se cancelava pelo sangue da vítima. Provia-se, desta
maneira, um meio pelo qual era transferido para o santuário. Pelo
oferecimento do sangue, o pecador reconhecia a autoridade da lei,
confessava sua culpa na transgressão e exprimia o desejo de perdão
pela fé num Redentor vindouro; mas não ficava ainda inteiramente livre
da condenação da lei. No dia da expiação o sumo sacerdote, havendo
tomado uma oferta da congregação, entrava no lugar santíssimo com o
sangue desta oferta, e o aspergia sobre o propiciatório, diretamente
sobre a lei, para satisfazer às suas reivindicações: “ O salário do pecado é
a morte”. Romanos 6:23. Então, em caráter de mediador, tomava sobre
si os pecados e os retirava do santuário. Colocando as mãos sobre a
cabeça do bode emissário, confessava todos esses pecados,
transferindo-os assim, figuradamente, de si para o bode. Este os levava
então, e eram considerados como para sempre separados do povo.” GC
– Pág. 420.
“Depois que Cristo morreu na cruz, como oferta pelo pecado, a lei
cerimonial não mais podia ter vigência”; pois o verdadeiro “Cordeiro de
Deus que tira o pecado do mundo”, “a tirou do meio de nós, cravando-a
na cruz” “clamando com grande voz, rendeu o espírito. E o véu do templo
se rasgou em dois, de alto a baixo” finalizando o Serviço no Santuário
terrestre e dando início ao serviço no santuário celestial. 1ME - Pág. 238.
João 1:29; Colossenses 2:14; Mateus 27:50,51
“Depois da localização dos hebreus em Canaã, o tabernáculo foi
substituído pelo templo de Salomão, que, conquanto fosse uma
estrutura permanente e de maior escala, observava as mesmas
proporções e era guarnecido de modo semelhante. Sob esta forma
existiu o santuário até a sua destruição pelos romanos, no ano 70 de
nossa era.” GC – Pág. 412
- O Serviço no Santuário Celeste.
“Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um
maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta
criação,” “Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura
do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós
perante a face de Deus;” “Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por
seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado
165
uma eterna redenção.” Hebreus 9:11,24,12.
“Para ali a fé dos discípulos acompanhou a Cristo, quando, diante
de seus olhos, Ele ascendeu [Atos 1: 9-12]. Ali se centralizara sua
esperança.” "Temos como âncora da alma segura e firme, e que penetra
até o interior do véu, onde Jesus, nosso Precursor, entrou por nós, feito
eternamente Sumo Sacerdote" “O sangue de Cristo, oferecido em favor
dos crentes arrependidos, assegurava-lhes perdão e aceitação perante o
Pai; contudo, ainda permaneciam seus pecados nos livros de registro.
Como no serviço típico havia uma expiação ao fim do ano,
semelhantemente, antes que se complete a obra de Cristo para
redenção do homem, há também uma expiação para tirar o pecado do
santuário.” GC – Pág. 421; Hebreus 6:19, 20; GC – Pág. 421.
- Explicando a Daniel.
Disse o anjo: “Daniel, agora saí para te fazer entender o sentido.
Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua
santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados”.
Daniel 9:24.
166
“Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para
edificar Jerusalém até o ungido, o príncipe, haverá sete semanas, e
sessenta e duas semanas”. Daniel 9:25.
“E ele fará uma firme aliança com muitos por uma semana; e na
metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação” pois “será morto
o ungido, e já não estará.” Daniel 9:27,26
168
- A Passagem de Cristo do Lugar Santo pro Lugar
Santíssimo.
“Eu estava olhando nas minhas visões noturnas, e eis que vinha com
as nuvens do céu um como filho de homem; e dirigiu-se ao ancião de
dias, e foi apresentado diante dele.” Daniel 7:13
169
170
Juízo parte 3
O Grande Juízo Investigativo
"Eu continuei olhando até que foram postos uns tronos, e um
Ancião de Dias Se assentou; o Seu vestido era branco como a neve,
e o cabelo de Sua cabeça como a limpa lã; o Seu trono chamas de
fogo, e as rodas dele fogo ardente. Um rio de fogo manava e saía de
diante dEle; milhares de milhares O serviam, e milhões de milhões
estavam diante dEle; assentou-se o tribunal, e abriram-se os
livros." Daniel 7:9,10
“E, eis que vinha nas nuvens do céu Um como o Filho do homem;
e dirigiu-Se ao Ancião de Dias, e O fizeram chegar até Ele. E foi-Lhe
dado o domínio e a honra, e o reino, para que todos os povos,
nações e línguas O servissem; o Seu domínio é um domínio eterno,
que não passará.” Daniel 7: 13,14.
171
Assistido por anjos celestiais, nosso grande Sumo Sacerdote
entra no lugar santíssimo, e ali comparece à presença de Deus a fim de
Se entregar aos últimos atos de Seu ministério em prol do homem,
a saber: realizar a obra do juízo de investigação e fazer expiação
por todos os que se verificarem com direito aos benefícios da
mesma.
No cerimonial típico, somente os que tinham vindo perante
Deus com confissão e arrependimento, e cujos pecados, por meio
do sangue da oferta para o pecado, eram transferidos para o
santuário, é que tinham parte na cerimônia do dia da expiação.
Assim, no grande dia da expiação final e do juízo investigativo, os
únicos casos a serem considerados são os do povo professo de
Deus. O julgamento dos ímpios constitui obra distinta e separada,
e ocorre em ocasião posterior. Como está escrito: "É tempo que
comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por
nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao
evangelho?" I Pedro 4:17.
Os livros de registro no Céu, nos quais estão relatados os
nomes e ações dos homens, devem determinar a decisão do juízo.
Diz o profeta Daniel: "Assentou-se o juízo, e abriram-se os livros." O
escritor do Apocalipse, descrevendo a mesma cena, acrescenta:
"Abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados
pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas
obras." Apocalipse 20:12.
O livro da vida contém os nomes de todos os que já entraram
para o serviço de Deus. Jesus ordenou a Seus discípulos: "Alegrai-
vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos Céus." Paulo
fala de seus fiéis cooperadores, "cujos nomes estão no livro da
vida". Daniel olhando através dos séculos para um "tempo de
angústia qual nunca houve", declara que se livrará o povo de Deus,
"todo aquele que se achar escrito no livro". E João, no Apocalipse,
diz que apenas entrarão na cidade de Deus aqueles cujos nomes
"estão inscritos no livro da vida do Cordeiro".Lucas 10:20;
Filipenses 4:3; Daniel 12:1; Apocalipse. 21:27.
172
"Há um memorial escrito diante" de Deus, no qual estão
registradas as boas ações dos "que temem ao Senhor, e para os que
se lembram do Seu nome." Malaquias 3:16. Suas palavras de fé,
seus atos de amor, acham-se registrados no Céu.
173
juntamente com seus resultados de vasto alcance, tudo é historiado
pelo anjo relator.
A lei de Deus é a norma pela qual o caráter e vida dos homens
serão aferidos no juízo. Diz o sábio: "Temei a Deus, e guarda os Seus
mandamentos; porque este é o dever de todo o homem. Porque
Deus há de trazer a juízo toda a obra." Eclesiastes 12:13,14.
O apóstolo Tiago admoesta a Seus irmãos: "Assim falai, e assim
procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade." Os que
no juízo forem "havidos por dignos", terão parte na ressurreição dos
justos. Disse Jesus: "Os que forem havidos por dignos de alcançar o
mundo vindouro, e a ressurreição dos mortos,
... são iguais aos anjos, e são filhos de Deus, sendo filhos da
ressurreição." E novamente Ele declara que "os que fizeram o bem"
sairão "para a ressurreição da vida". Os justos mortos não
ressuscitarão senão depois do juízo, no qual são havidos por
dignos da "ressurreição da vida". Conseqüentemente não estarão
presentes em pessoa no tribunal em que seus registros são
examinados e decidido o seu caso. Tiago 2:12; Lucas 20:35, 36;
João 5:29.
Jesus aparecerá como seu Advogado, a fim de pleitear em
favor deles perante Deus. "Se alguém pecar, temos um Advogado
para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo." "Porque Cristo não entrou
num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no
mesmo Céu, para agora comparecer por nós perante a face de
Deus." "Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por Ele
se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles." I João
2:1; Hebreus 9:24; 7:25.
Ao abrirem-se os livros de registro no juízo, é passada em
revista perante Deus a vida de todos os que creram em Jesus.
Começando pelos que primeiro viveram na Terra, nosso Advogado
apresenta os casos de cada geração sucessiva, finalizando com os
vivos. Todo nome é mencionado, cada caso minuciosamente
investigado. Aceitam-se nomes, e rejeitam-se nomes. Quando
alguém tem pecados que permaneçam nos livros de registro, para
174
os quais não houve arrependimento nem perdão, seu nome será
omitido do livro da vida, e o relato de suas boas ações apagado do
livro memorial de Deus. O Senhor declarou a Moisés: "Aquele que
pecar contra Mim, a este riscarei Eu do Meu livro." E diz o profeta
Ezequiel: "Desviando-se o justo da sua justiça, e cometendo a
iniqüidade, ... de todas as suas justiças que tiver feito não se fará
memória." Ezequiel 18:24.
Todos os que verdadeiramente se tenham arrependido do
pecado e que pela fé hajam reclamado o sangue de Cristo, como
seu sacrifício expiatório, tiveram o perdão acrescentado ao seu
nome, nos livros do Céu; tornando-se eles participantes da justiça
de Cristo, e verificando-se estar o seu caráter em harmonia com a
lei de Deus, seus pecados serão riscados e eles próprios havidos
por dignos da vida eterna. O Senhor declara pelo profeta Isaías:
"Eu, Eu mesmo, sou O que apago as tuas transgressões por amor
de Mim, e dos teus pecados Me não lembro." Disse Jesus: "O que
vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma
riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome
diante de Meu Pai, e diante de Seus anjos." "Qualquer que Me
confessar diante dos homens, Eu o confessarei diante de Meu Pai
que está nos Céus. Mas qualquer que Me negar diante dos homens,
Eu o negarei também diante de Meu Pai, que está nos Céus." Isaías
43:25; Apocalipse 3:5; Mateus 10:32 e 33.
O mais profundo interesse manifestado entre os homens nas
decisões dos tribunais terrestres não representa senão palidamente
o interesse demonstrado nas cortes celestiais quando os nomes
inseridos nos livros da vida aparecerem perante o Juiz de toda a
Terra. O Intercessor divino apresenta a petição para que sejam
perdoadas as transgressões de todos os que venceram pela fé em
Seu sangue, a fim de que sejam restabelecidos em seu lar edênico, e
coroados com Ele como co-herdeiros do "primeiro domínio".
Miquéias 4:8. Satanás, em seus esforços para enganar e tentar a
nossa raça, pensara frustrar o plano divino na criação do homem;
mas Cristo pede agora que este plano seja levado a efeito, como se
o homem nunca houvesse caído. Pede, para Seu povo, não somente
175
perdão e justificação, amplos e completos, mas participação em Sua
glória e assento sobre o Seu trono.
Enquanto Jesus faz a defesa dos súditos de Sua graça, Satanás
acusa-os diante de Deus como transgressores. O grande enganador
procurou levá-los ao ceticismo, fazendo-os perder a confiança em
Deus, separar-se de Seu amor e violar Sua lei. Agora aponta para o
relatório de sua vida, para os defeitos de caráter e dessemelhança
com Cristo, que desonraram a seu Redentor, para todos os pecados
que ele os tentou a cometer; e por causa disto os reclama como
súditos seus.
Jesus não lhes justifica os pecados, mas apresenta o seu
arrependimento e fé, e, reclamando o perdão para eles, ergue as
mãos feridas perante o Pai e os santos anjos, dizendo: "Conheço-os
pelo nome. Gravei-os na palma de Minhas mãos. 'Os sacrifícios para
Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e
contrito não desprezarás, ó Deus!'" E ao acusador de Seu povo,
declara: "O Senhor te repreende, ó Satanás; sim, o Senhor, que
escolheu Jerusalém, te repreende; não é este um tição tirado do
fogo?" Cristo vestirá Seus fiéis com Sua própria justiça, para que os
possa apresentar a Seu Pai como "igreja gloriosa, sem mancha,
nem ruga, nem coisa semelhante". Seus nomes permanecem
registrados no livro da vida, e está escrito com relação a eles:
"Comigo andarão de branco; porquanto são dignos disso."Salmos
51:17; Zacarias 3:2; Efésios 5:27; Apocalipse 3:4.
Assim se realizará o cumprimento total da promessa do novo
concerto: "Porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais Me
lembrarei dos seus pecados." "Naqueles dias, e naquele tempo, diz o
Senhor, buscar-se-á a maldade de Israel, e não será achada; e os
pecados de Judá, mas não se acharão." Jeremias 31:34; 50:20.
"Naquele dia o Renovo do Senhor será cheio de beleza e de
glória; e o fruto da terra excelente e formoso para os que
escaparem de Israel. E será que aquele que ficar em Sião e o que
permanecer em Jerusalém, será chamado santo; todo aquele que
estiver inscrito entre os vivos em Jerusalém." Isaías 4:2 e 3.
176
A obra do juízo investigativo e extinção dos pecados deve
efetuar-se antes do segundo advento do Senhor. Visto que os
mortos são julgados pelas coisas escritas nos livros, é impossível
que os pecados dos homens sejam cancelados antes de concluído
o juízo em que seu caso deve ser investigado. Mas o apóstolo
Pedro declara expressamente que os pecados dos crentes serão
apagados quando vierem "os tempos do refrigério pela presença do
Senhor", e Ele enviar a Jesus Cristo (Atos 3:19 e 20). Quando se
encerrar o juízo de investigação, Cristo virá, e Seu galardão estará
com Ele para dar a cada um segundo a sua obra.
No culto típico, o sumo sacerdote, havendo feito expiação por
Israel, saía e abençoava a congregação. Assim Cristo, no final de
Sua obra de mediador, aparecerá "sem pecado, ... para salvação"
(Hebreus 9:28), a fim de abençoar com a vida eterna Seu povo que
O espera. Como o sacerdote, ao remover do santuário os pecados,
confessava-os sobre a cabeça do bode emissário, semelhantemente
Cristo porá todos esses pecados sobre Satanás, o originador e
instigador do pecado. O bode emissário, levando os pecados de
Israel, era enviado "à terra solitária" (Levítico 16:22); de igual modo
Satanás, levando a culpa de todos os pecados que induziu o povo
de Deus a cometer, estará durante mil anos circunscrito à Terra,
que então se achará desolada, sem moradores, e ele sofrerá
finalmente a pena completa do pecado nos fogos que destruirão
todos os ímpios. Assim o grande plano da redenção atingirá seu
cumprimento na extirpação final do pecado e no livramento de
todos os que estiverem dispostos a renunciar ao mal.
No tempo indicado para o juízo - o final dos 2.300 dias, em 1844
- iniciou-se a obra de investigação e apagamento dos pecados.
Todos os que já professaram o nome de Cristo serão submetidos
àquele exame minucioso. Tanto os vivos como os mortos devem ser
julgados "pelas coisas escritas nos livros, segundo as suas obras".
Apocalipse 20:12.
Pecados de que não houve arrependimento e que não foram
abandonados, não serão perdoados nem apagados dos livros de
177
registro, mas ali permanecerão para testificar contra o pecador no
dia de Deus. Ele pode ter cometido más ações à luz do dia ou nas
trevas da noite; elas, porém, estavam patentes e manifestas Àquele
com quem temos de nos haver. Anjos de Deus testemunharam cada
pecado, registrando-os nos relatórios infalíveis. O pecado pode ser
escondido, negado, encoberto, ao pai, mãe, esposa, filhos e
companheiros; ninguém, a não ser os seus autores culpados, poderá
alimentar a mínima suspeita da falta; ela, porém, jaz descoberta
perante os seres celestiais. As trevas da noite mais escura, os
segredos de todas as artes enganadoras, não são suficientes para
velar do conhecimento do Eterno um pensamento que seja. Deus
tem um relatório exato de toda conta injusta e de todo negócio
desonesto. Não Se deixa enganar pela aparência de piedade. Não
comete erros em Sua apreciação do caráter. Os homens podem ser
enganados pelos que são de coração corrupto, mas Deus penetra
todos os disfarces e lê a vida íntima.
Quão solene é esta consideração! Dia após dia que passa para
a eternidade, traz a sua enorme porção de relatos para os livros do
Céu. Palavras, uma vez faladas, e ações, uma vez praticadas, nunca
mais se podem retirar. Os anjos têm registrado tanto as boas como
as más. Nem o mais poderoso guerreiro pode revogar a relação dos
acontecimentos de um único dia sequer. Nossos atos, palavras, e
mesmo nossos intuitos mais secretos, tudo tem o seu peso ao
decidir-se nosso destino para a felicidade ou para a desdita. Ainda
que esquecidos por nós, darão o seu testemunho para justificar ou
condenar.
Assim como os traços da fisionomia são reproduzidos com
precisão infalível sobre a polida chapa fotográfica, assim o caráter é
fielmente delineado nos livros do Céu. Todavia, quão pouca
solicitude é experimentada com referência àquele registro que deve
ser posto sob o olhar dos seres celestiais! Se se pudesse correr o véu
que separa o mundo visível do invisível, e os filhos dos homens
contemplassem um anjo registrando toda palavra e ação, que eles
deverão novamente encontrar no juízo, quantas palavras que
diariamente se proferem ficariam sem ser faladas, e quantas ações
178
sem ser praticadas!
No juízo será examinado o uso feito de cada talento. Como
empregamos nós o capital que nos foi oferecido pelo Céu? Receberá
o Senhor à Sua vinda aquilo que é Seu, com juros? Empregamos
nós as faculdades que nos foram confiadas, nas mãos, no coração e
no cérebro, para a glória de Deus e bênção do mundo? Como
usamos nosso tempo, nossa pena, nossa voz, nosso dinheiro, nossa
influência? Que fizemos por Cristo, na pessoa dos pobres, aflitos,
órfãos ou viúvas? Deus nos fez depositários de Sua Santa Palavra;
que fizemos com a luz e verdade que se nos deram para tornar os
homens sábios para a salvação? Nenhum valor existe na mera
profissão de fé em Cristo; unicamente o amor que se revela pelas
obras é considerado genuíno. Contudo, é unicamente o amor que, à
vista do Céu, torna de valor qualquer ato. O que quer que seja feito
por amor, seja embora pequenino na apreciação dos homens, é
aceito e recompensado por Deus.
O oculto egoísmo humano permanece manifesto nos livros do
Céu. Existe o relato de deveres não cumpridos para com os
semelhantes, do esquecimento dos preceitos do Salvador. Ali verão
quantas vezes foram cedidos a Satanás o tempo, o pensamento, a
força, os quais pertenciam a Cristo. Triste é o relato que os anjos
levam para o Céu. Seres inteligentes, seguidores professos de Cristo,
estão absortos na aquisição de posses mundanas ou do gozo de
prazeres terrenos. Dinheiro, tempo e força são sacrificados na
ostentação e condescendência próprias; poucos, porém, são os
momentos dedicados à prece, ao exame das Escrituras, à
humilhação da alma e confissão do pecado.
Satanás concebe inumeráveis planos para nos ocupar a mente,
para que ela se não detenha no próprio trabalho com que
deveremos estar mais bem familiarizados. O arquienganador odeia
as grandes verdades que apresentam um sacrifício expiatório e um
todo-poderoso Mediador. Sabe que para ele tudo depende de
desviar a mente, de Jesus e de Sua verdade.
Os que desejam participar dos benefícios da mediação do
179
Salvador, não devem permitir que coisa alguma interfira com seu
dever de aperfeiçoar a santidade no temor de Deus. As preciosas
horas, em vez de serem entregues ao prazer, à ostentação ou
ambição de ganho, devem ser dedicadas ao estudo da Palavra da
verdade, com fervor e oração. O assunto do santuário e do juízo de
investigação, deve ser claramente compreendido pelo povo de
Deus. Todos necessitam para si mesmos de conhecimento sobre a
posição e obra de seu grande Sumo Sacerdote. Aliás, ser-lhes-á
impossível exercerem a fé que é essencial neste tempo, ou ocupar
a posição que Deus lhes deseja confiar. Cada indivíduo tem uma
alma a salvar ou perder. Cada qual tem um caso pendente no
tribunal de Deus. Cada um há de defrontar face a face o grande
Juiz. Quão importante é, pois, que todos contemplem muitas vezes
a cena solene em que o juízo se assentará e os livros se abrirão, e
em que, juntamente com Daniel, cada pessoa deve estar na sua
sorte, no fim dos dias!
Todos os que receberam luz sobre estes assuntos devem dar
testemunho das grandes verdades que Deus lhes confiou. O
santuário no Céu é o próprio centro da obra de Cristo em favor dos
homens. Diz respeito a toda alma que vive sobre a Terra.
Patenteia-nos o plano da redenção, transportando-nos mesmo até
ao final do tempo, e revelando o desfecho triunfante da
controvérsia entre a justiça e o pecado. É da máxima importância
que todos investiguem acuradamente estes assuntos, e possam dar
resposta a qualquer que lhes peça a razão da esperança que neles
há.
A intercessão de Cristo no santuário celestial, em prol do
homem, é tão essencial ao plano da redenção, como o foi Sua
morte sobre a cruz. Pela Sua morte iniciou essa obra, para cuja
terminação ascendeu ao Céu, depois de ressurgir. Pela fé devemos
“penetrar até o interior do véu”, onde nosso Precursor entrou por
nós. (Hebreus. 6:20.) Ali se reflete a luz da cruz do Calvário. Ali
podemos obter intuição mais clara dos mistérios da redenção. A
salvação do homem se efetua a preço infinito para o Céu; o
sacrifício feito é igual aos mais amplos requisitos da violada lei de
180
Deus. Jesus abriu o caminho para o trono do Pai, e por meio de Sua
mediação pode ser apresentado a Deus o desejo sincero de todos
os que a Ele se chegam pela fé.
"O que encobre as suas transgressões, nunca prosperará; mas o
que as confessa e deixa, alcançará misericórdia." Provérbios
28:13. Se os que escondem e desculpam suas faltas pudessem ver
como Satanás exulta sobre eles, como escarnece de Cristo e dos
santos anjos, pelo procedimento deles, apressar-se-iam a confessar
seus pecados e deixá-los. Por meio dos defeitos do caráter, Satanás
trabalha para obter o domínio da mente toda, e sabe que, se esses
defeitos forem acariciados, será bem-sucedido. Portanto, está
constantemente procurando enganar os seguidores de Cristo com
seu fatal sofisma de que lhes é impossível vencer. Mas Jesus
apresenta em seu favor Suas mãos feridas, Seu corpo moído; e
declara a todos os que desejam segui-Lo: "A Minha graça te
basta." "Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou
manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as
vossas almas. Por que o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve." 2
Coríntios 12:9; Mateus 11:29 e 30. Ninguém, pois, considere
incuráveis os seus defeitos. Deus dará fé e graça para vencê-los.
Vivemos hoje no grande dia da expiação. No cerimonial típico,
enquanto o sumo sacerdote fazia expiação por Israel, exigia-se de
todos que afligissem a alma pelo arrependimento do pecado e pela
humilhação, perante o Senhor, para que não acontecesse serem
extirpados dentre o povo. De igual modo, todos quantos desejem
seja seu nome conservado no livro da vida, devem, agora, nos
poucos dias de graça que restam, afligir a alma diante de Deus, em
tristeza pelo pecado e em arrependimento verdadeiro. Deve haver
um exame de coração, profundo e fiel. O espírito leviano e frívolo,
alimentado por tantos cristãos professos, deve ser deixado. Há uma
luta intensa diante de todos os que desejam subjugar as más
tendências que insistem no predomínio. A obra de preparação é
uma obra individual. Não somos salvos em grupos. A pureza e
devoção de um, não suprirá a falta dessas qualidades em outro.
Embora todas as nações devam passar em juízo perante Deus,
181
examinará Ele o caso de cada indivíduo, com um exame tão íntimo e
penetrante como se não houvesse outro ser na Terra. Cada um
deve ser provado, e achado sem mancha ou ruga, ou coisa
semelhante.
Solenes são as cenas ligadas à obra final da expiação.
Momentosos, os interesses nela envolvidos. O juízo ora se realiza no
santuário celestial. Há muitos anos esta obra está em andamento.
Breve, ninguém sabe quão breve, passará ela aos casos dos vivos.
Na augusta presença de Deus nossa vida deve passar por
exame. Atualmente, mais do que em qualquer outro tempo,
importa a toda alma atender à admoestação do Salvador: "Vigiai e
orai; porque não sabeis quando chegará o tempo." "Se não
vigiares, virei a ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre
ti virei."Marcos 13:33; Apocalipse 3:3.
Quando se encerrar a obra do juízo de investigação, o destino
de todos terá sido decidido, ou para a vida, ou para a morte. O
tempo da graça finaliza pouco antes do aparecimento do Senhor
nas nuvens do céu. Cristo, no Apocalipse, prevendo aquele tempo,
declara: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo suje-
se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo seja
santificado ainda. E, eis que cedo venho, e o Meu galardão está
comigo, para dar a cada um segundo a sua obra." Apocalipse 22:11
e 12.
Os justos e os ímpios estarão ainda a viver sobre a Terra em
seu estado mortal: estarão os homens a plantar e a construir,
comendo e bebendo, todos inconscientes de que a decisão final,
irrevogável, foi pronunciada no santuário celestial. Antes do dilúvio,
depois que Noé entrou na arca, Deus o encerrou ali, e excluiu os
ímpios; mas, durante sete dias, o povo, não sabendo que seu
destino se achava determinado, continuou em sua vida de descuido
e de amor aos prazeres, zombando das advertências sobre o juízo
iminente. "Assim", diz o Salvador, "será também a vinda do Filho
do homem." Mateus 24:39. Silenciosamente, despercebida como o
ladrão à meia- noite, virá a hora decisiva que determina o destino
182
de cada homem, sendo retraída para sempre a oferta de
misericórdia ao homem culpado.
"Vigiai, pois, ... para que, vindo de improviso, não vos ache
dormindo." Marcos 13:35 e 36. Perigosa é a condição dos que,
cansando-se de vigiar, volvem às atrações do mundo. Enquanto o
homem de negócios está absorto em busca de lucros, enquanto o
amante dos prazeres procura satisfazer aos mesmos, enquanto a
escrava da moda está a arranjar os seus adornos - pode ser que
naquela hora o Juiz de toda a Terra pronuncie a sentença: "Pesado
foste na balança, e foste achado em falta." Daniel. 5:27. (GC –
Págs. 479 – 491.)
183
184
“Virei outra vez...”
“... e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver
estejais vós também.” João 14:3
185
“O nosso Deus vem, e não guarda silêncio.” “Eis que vem com
as nuvens e todo olho verá,” “no céu o sinal do Filho do homem, e
todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem
sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.” “Diante dele
há um fogo devorador, e grande tormenta ao seu redor,” e“ assim
como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente,”
“fuzilando em uma extremidade do céu, ilumina até a outra
extremidade,” “assim será também a vinda do filho do
homem.” Salmos 50:3; Apocalipse 1:7; Mateus 24:27; Salmos 50:3;
Mateus 24:27; Lucas 17:24.
186
reviveram, até que os mil anos se completassem. Esta é a primeira
ressurreição.” Os “que tem parte na primeira ressurreição;... serão
sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante os mil
anos.”“Depois nós, os que ficarmos vivos”, “seremos
transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao
som da última trombeta.” Isaías 25:9; 1 Tessalonicenses 4:16;
Efésios 5:14; João 5:28,29; 1 Coríntios 15:52; Apocalipse 20:5,6; 1
Tessalonicenses 4:17; 1 Coríntios 15:51,52..
“Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos
de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde
a fundação do mundo.” “Então dirá também aos que estiverem à sua
esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno,
preparado para o Diabo e seus anjos;” “Muitos me dirão naquele dia:
Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome
não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos
milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-
vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” Mateus 25:32-34, 41;
7:22,23.
“E ele enviará os seus anjos com grande clangor de trombeta,
os quais lhe ajuntarão os escolhidos desde os quatro ventos, de uma
à outra extremidade dos céus.” “Então, estando dois homens no
campo, será levado um e deixado outro; estando duas mulheres no
moinho, será levada uma e deixada a outra,” e“nós seremos
arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do
Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor.”
Mateus 24:31,40,41; 1 Tessalonicenses 4:17.
“Então será revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará
como o sopro de sua boca e destruirá com a manifestação da sua
vinda”. “Os mortos da parte do Senhor naquele dia se encontrarão
desde uma extremidade da terra até a outra; não serão
pranteados, nem recolhidos, nem sepultados; mas serão como
esterco sobre a superfície da terra.” 2 Tessalonicenses 2:8;
Jeremias 25:33.
187
“Observei a terra, e eis que era sem forma e vazia; também os
céus, e não tinham a sua luz. Observei os montes, e eis que estavam
tremendo; e todos os outeiros estremeciam. Observei e eis que não
havia homem algum, e todas as aves do céu tinham fugido. Vi
também que a terra fértil era um deserto, e todas as suas cidades
estavam derrubadas diante do Senhor, diante do furor da sua ira.”
“E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo e uma
grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga
serpente, que é o Diabo e Satanás, e o amarrou por mil anos.
Lançou-o no abismo, o qual fechou e selou sobre ele, para que não
enganasse mais as nações até que os mil anos se completassem.
Depois disto é necessário que ele seja solto por um pouco de
tempo.” Jeremias 4:23-27; Apocalipse 20:1-3.
“Ora, quando se completarem os mil anos, Satanás será solto
da sua prisão, e sairá a enganar as nações que estão nos quatro
cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do
mar, a fim de ajuntá-las para a batalha.” Apocalipse 20:7,8.
188
cidade querida.” “E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé
diante do trono; e abriram-se os livros; e ainda outro livro foi
aberto, que é o livro da vida; e os mortos foram julgados pelas
coisas que estavam escritas nos livros,” “um por um segundo as
suas obras.” “Desceu fogo do céu, e os devorou; e o Diabo, que os
enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre.” “E a morte e o
inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o
lago de fogo. E todo aquele que não foi achado inscrito no livro da
vida, foi lançado no lago de fogo.” “Quanto aos medrosos, e aos
incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos adúlteros, e
aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte
será no lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda morte.”
Apocalipse 20: 11, 13, 9, 12, 13, 9, 10, 14, 15; 21:8.
“Pois eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos
os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como
restolho; e o dia que está para vir os abrasará, diz o Senhor dos
exércitos, de sorte que não lhes deixará nem raiz nem ramo.”
“Pisareis os ímpios, porque se farão cinza debaixo das plantas de
vossos pés naquele dia que prepararei, diz o Senhor dos exércitos.”
Malaquias 4:1,3.
191
192
Apêndice 1
Primeira Razão
Daniel 9:25, identifica especificamente “a saída da ordem para
restaurar, e para edificar a Jerusalém” como o início do período das
70 semanas.
A “ordem” dificilmente é entendida como um decreto de D’us.
Em vez disso, parece se referir a uma ordem real de um rei, assim
como foi emitido o “decreto real” (dãt, Daniel 02:13,15) para matar
os sábios. Esse decreto ou “ordem” tinha a ver com a restauração e
reconstrução da cidade de Jerusalém. Portanto, não possível
indicar que se esteja falando do decreto real de Ciro emitido no
ano 538/537 a.C. (Ezrá,Esdras 01:01-04), que impelia os judeus
193
exilados a construírem a “casa de D’us”, ou seja o templo. Não há
sequer uma só palavra no decreto de Ciro para restaurar e
reconstruir a cidade, como uma cidade. O decreto real de Dario I
(Esdras 06:1,2) confirmou o decreto de seu antecessor e relatou
mais uma vez a reconstrução do templo. Ele, da mesma forma, não
tinha nada a ver com a cidade, como uma cidade.
O terceiro “decreto” ou ordem é a dada por Artaxerxes I no
seu “sétimo ano” (Ezrá,Esdras 07:07,08), isto é, 457 a.C. essa
ordem não pode referir-se a reconstrução do templo, pois ele foi
concluído e dedicado em março de 515 a.C. (Esdras 06:13-18).
Os eventos registrados na passagem de Esdras 04:07-23 nos falam
de uma insatisfação por parte dos samaritanos devido ao fato de os
judeus estarem “reedificando aquela rebelde e malvada cidade e
vão restaurando os seus muros e reparando os seus fundamentos”
(vs. 12 conforme vs 13,16 e 21). Se esse relato é de uma época
posterior à ordem do sétimo ano de Artaxerxes I, a saber, um
período de condições políticas incertas para o monarca persa depois
da revolta egípcia de 448, então é possível concluir com segurança
que a ordem dada em 457 a.C. dizia respeito à restauração e
reconstrução de Jerusalém.
Deve-se notar que “os tempos angustiosos” (9:25) durante os quais
Jerusalém seria reconstruída novamente são refletidos claramente
nos eventos registrados em Esdras 04:07-23. Embora a verdadeira
palavra de comando de Artaxerxes I em 457 a.C. não faça menção
explicita de nenhuma ordem para reconstruir a cidade de Jerusalém,
até o momento é este o objetivo aparente conforme entendem os
judeus, para quem foi dada a ordem.
Treze anos depois da ordem de Artaxerxes I, ou seja, no vigésimo
ano de seu reinado (445/444 a.C), Hanani conta a Neemias que “os
muros de Jerusalém estão derribados, e as suas portas, queimadas
(Neemias 01:03). Isso implica que a cidade tinha sido reconstruída,
algo que que dificilmente poderia ter começado antes de 457 a.C.,
porque os decretos de Ciro e de Dario diziam respeito somente à
construção do templo.
O próprio Esdras confessa que D’us deu permissão por meio dos reis
persas “para levantar a casa do nosso D’us, para restaurar as suas
194
ruínas e para que nos desse um muro de segurança em Judá e
emJerusalém” (Ezrá,Esdras 09:09). Fica evidente, a partir de sua
referência ao “decreto de Ciro, de Dario e de Artaxerxes, rei da
Pérsia” (Ezrá,Esdras 06:14), QUE Esdras considerou o
terceiro“decreto” como a culminação dos três. Deve-se também
notar que dos quatro decretos conhecidos, apenas dois são decretos
importantes. O decreto de Ciro é um decreto importante, enquanto
o de Dario simplesmente confirma o de Ciro. O outro decreto
importante foi a ordem do sétimo ano de Artaxerxes, enquanto o
decreto de seu vigésimo ano é nada mais que uma ampliação e
renovação de seu primeiro decreto: “O decreto de Ciro e Dario
dizem respeito à construção do templo; os de Artaxerxes à condição
de Judá e Jerusalém.
Segunda Razão
A segunda razão para a escolha do primeiro “decreto” de
Artaxerxes em 457 a.C. baseia-se no cálculo dos 490 anos. Apenas
essa ordem se ajusta ao cômputo dos 490 anos solares. O
principio de reconhecer o cumprimento da profecia também foi
levado em conta. Aqui deve-se relembrar que a necessidade de
encontrar um desfecho que se ajuste aos fatos históricos é
compartilhada pela interpretação ‘historicista’ e suas opositoras
da mesma forma.
O final da primeira divisão de 7 anos é 408 a.C. essa primeira
divisão de 49 anos é designada à restauração e reconstrução de
Jerusalém. Poucas informações do período por volta de 400 a.C.
excluem inevitavelmente qualquer tentativa de se verificar a
exatidão da data de 408 a.C. para a restauração da cidade de
Jerusalém.
A segunda divisão das 62 semanas, 434 anos, completa o
período até o surgimento do Mashiach em 27 d.C. a interpretação
‘historicista’ tradicional seque a pontuação das versões LXX,
Teodócio, Vulgata, Siríaca, a qual foi adotada nas versões inglesas
atuais (KJV,ASV ERV (margem), MLB, JB, NASB). Isso significa que a
frase é lida assim: “até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e
195
sessenta e duas semanas; as praças e as circunvalações se
reedificarão.” (9:25, NASB).
“até que seja ungido um príncipe, passar-se-ão sete períodos;
durante 62 períodos será reconstruída com suas praças e seus
fossos.” (9:25, Bíblia Hebraica, português).
Há versões inglesas que seguem a pontuação do texto
massorético (VER, RSV, NEB) que tem uma athnach (o principal
divisor disjuntivo dentro de um versículo) após as palavras “sete
semanas”. Marcas de pontuação em manuscritos hebraicos não
adquiriram uso geral antes do surgimento de uma grande atividade
massorética em 600 d.C. e 930 d.C. seu uso foi cristalizado na forma
presente apenas no século 9/10, enquanto continuou em pequenas
questões de acentuação no século 14.
Evidências atuais sugerem que acentos nas versões gregas são
anteriores aos dos manuscritos hebraicos dos massoretas.
Considerações contextuais também têm sido citadas a favor da
antiga pontuação. Além disso, a estrutura literária da poesia de
09:25 sugere também que a pontuação massorética está incorreta.
Os textos do Qumran relacionados a 09:24-27 não apoiam a
pontuação massorética ou moderna. Todas as traduções antigas
seguem uma pontuação não-massorética, a saber, a Septuaginta e
Teodócio, Símaco e Áquila além da Peshitta. Elas tratam as 7 e as
62 semanas como um período único ao final do qual o Mashiach
viria.
A pontuação não-messiânica da tradição massorética parece
refletir uma “rejeição do papel messiânico de Yeshua (Jesus) e a
frustração das outras esperanças messiânicas judaicas do primeiro e
segundo séculos d.C. Portanto, ela reflete um preconceito
anticristão. Parece, com base na evidência citada, que a pontuação
tradicional nas versões antigas e refletidas em inglês nas KJV, ASV,
MNLB, JB NASB, etc. deve ser mantida com base na evidência
histórica, contextual, literária, e as versões sem fazer injustiça ao
contexto hebraico.
A terceira divisão de uma semana, os últimos sete anos, começa
em sucessão cronológica às 69 semanas (483 anos) com a mikvê e o
começo do ministério público de Yeshua (Jesus Cristo). “Na metade
196
da semana” (09:27) (isto é, três anos e meio depois, em 31 d.C.) o
Mashiach traria fim ao sistema sacrifical por sua morte… a última
metade da semana chega ao fim com:
1 Morte de Estevão, (Atos 07:60).
2 Dispersão dos discípulos de Jerusalém, (Atos 08:01).
3 Pregação aos goin’s (gentios, Atos 08)
4 E possivelmente com a aceitação de Shaul (Paulo) de Yeshua como
o Mashiach
O seguinte diagrama fornece um panorama da interpretação
historicista: A correlação cronológica exata entre 09:24-27 e os
eventos históricos indicam notável superioridade da interpretação
‘historicista’ sobre os outros esquemas. O único esquema que
pode reivindicar correlação e harmonia perfeitas entre a profecia
e a história com relação a 9:24-27, ao ano e mesmo à metade do
ano é o que sincroniza os 490 anos de 457 a.C. ao término em 34
d.C.
Daniel 9:24-27 “é uma das mais notáveis profecias preditivas
da ‘Bíblia Hebraica’”. O critico K. Koch observa que “o cumprimento
matemático singular e absolutamente exato de uma predição
messiânica da ‘Bíblia Hebraica’ quanto à vida do Mashiach na
B’rit Hadashah desempenhou em séculos anteriores um
importante papel como prova para a veracidade das Escrituras
Sagradas”. As correlações cronológicas recentes dão apoio
adicional ao “cumprimento matemático absolutamente exato”
de 9:24-27.
(1) Historicismo é uma escola de interpretação profética que crê e ensina que as profecias
das Escrituras Sagradas se cumprem no decorrer da história humana e não somente no
passado ou especialmente no futuro. A profecia se cumpre na história.
197
198
Apêndice 2
O Batismo de Jesus em 27 AD?
Logo após o batismo, o apóstolo Lucas relata que Jesus tinha 30
anos. Vemos isto em Lucas 3:23: “Ora, Jesus, ao começar o seu
ministério, tinha cerca de trinta anos;”. Sabemos que os judeus
seguiam a lei de Moisés, e esta deixava claro que um homem para
iniciar qualquer atividade pública, necessitava completar a
maioridade, que segunda a lei de Moisés era de 30 anos. (Genesis
41:46; Num 4:3,23,30,35 )
200
Um Pouco da História
2001-A Odisséia dos Calendários – Isaac Ribeiro, repórter
Observatório astronômico Antares (Universidade de Feira de
Santana - Bahia) Internet: Página do Cabo Canaveral
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Fátima Lopes esclarece que essa polêmica sobre o ano zero
só foi trazida à tona muito posteriormente. "O nosso calendário foi
estabelecido com a decadência do mundo romano e a cristianização
da humanidade".
Astronomia e Religião
O calendário dos egípcios tinha inicialmente 360 dias começando
com a enchente anual do Rio Nilo, que acontecia quando a estrela
Sirius nascia um pouco antes do Sol. Observando os deslocamentos
do Sol, foram acrescentados 5 dias, e mais um a cada quatro anos (o
ano bissexto). Então, os egípcios concluíram, que o comprimento do
ano era de 365,25 dias - o que representa, aproximadamente, 365
dias, 6 horas, 9 minutos e 10 segundos.
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terminado em dois zeros. A exceção são os divisíveis por 400, como o
ano 2000. Com essa correção, levará 4 mil anos para que haja uma
diferença de 1,132 dia em relação ao ano solar.
As modificações foram adotadas imediatamente na Itália, Espanha,
França, Polônia, Hungria e Portugal (e Brasil). Em 1752, Inglaterra e
Estados Unidos começaram a adotar as novas medidas. Daí por
diante, cada país ocidental adotou o Calendário Gregoriano.
O Calendário Gregoriano foi aos poucos sendo adotado pela maioria
dos países para uso civil e hoje em dia é considerado universal. As
nações não cristãs mantêm outro calendário para fins religiosos.
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“Bem-aventurados aqueles que guardam os seus
mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e
possam entrar na cidade pelas portas.” “Aqui está a perseverança
dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em
Jesus.” Apocalipse 22:14 ACF; 14:12 ARA
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