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Quem eram os Amalequitas? ...............................................................................

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O primeiro confronto e sua tipologia ................................................................ 4
O Povo Inimigo .................................................................................................. 7
Bibliografia ..........................................................................................................11

Além dos nossos comentários e de outros versos bíblicos que complementam o tema, o
conteúdo desse material consiste também numa seleção e compilação de vários outros
comentaristas – todos citados na referência bibliográfica –servindo apenas como subsídio
para estudos bíblicos. Portanto, não pode ser vendido ou comercializado de qualquer
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citações bíblicas são da versão NAA – Nova Almeida Atualizada (2017)1, exceto as usadas
pelos outros comentaristas.

1
BÍBLIA SAGRADA. Bíblia Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida. 3ª ed. (Nova Almeida Atualizada). ed. Barueri, SP:
Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.
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Felipe Morais, 17 de outubro de 2020

Não se trata de uma nação estranha para com Israel. Na verdade, esse povo é
um povo que tinha um parentesco muito próximo com Israel, sendo
descendentes de Esaú, irmão de Jacó (Israel). Wiersbe (2006, p. 278) lembra que
os amalequitas eram descendentes de Esaú, irmão de Jacó (Gn 36:12), um
homem “impuro e profano” (Hb 12:16). [...] A palavra “profano” em português,
origina-se do latim e significa “de fora do templo”, ou seja, que não é sagrado,
algo comum.”

Esaú gerou Elifaz, seu primogênito. Elifaz teve um filho chamado Amaleque com
sua concubina Timna. De Amaleque surge o povo chamado “amalequita”.

“São estes os nomes dos filhos de Esaú: Elifaz, [...]


Timna era concubina de Elifaz, filho de Esaú; ela deu
à luz Amaleque.” – Gênesis 36:10-12

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O primeiro confronto e sua tipologia
Em Êxodo 17 vemos o primeiro confronto entre os amalequitas e os israelitas:
“Então vieram os amalequitas e atacaram Israel em
Refidim. Com isso, Moisés ordenou a Josué: —
Escolha alguns homens e vá lutar contra os
amalequitas. Amanhã eu estarei no alto do monte, e
o bordão de Deus estará na minha mão. Josué fez
como Moisés lhe havia ordenado e lutou contra os
amalequitas. Porém Moisés, Arão e Hur subiram
para o alto do monte. Quando Moisés levantava a
mão, Israel vencia; quando, porém, ele abaixava a
mão, os amalequitas venciam. Quando as mãos de
Moisés ficaram pesadas, pegaram uma pedra e a
puseram por baixo dele, para que Moisés se
sentasse. Arão e Hur sustentavam as mãos de
Moisés, um, de um lado, e o outro, do outro; assim
as mãos dele ficaram firmes até o pôr do sol. E Josué
destruiu os amalequitas a fio de espada. Então o
Senhor disse a Moisés: — Escreva isto para memória
num livro e repita-o a Josué, porque eu vou apagar
totalmente a memória dos amalequitas da face da
terra. E Moisés edificou um altar e lhe deu o nome
de O Senhor É Minha Bandeira. E disse: — Porque o
Senhor jurou, haverá guerra do Senhor contra os
amalequitas de geração em geração.”
– Êxodo 17:8-16

Esse primeiro confronto tipifica a perpétua guerra entre o povo de Deus e seus
inimigos. MacArthur (2019, p. 106) ressalta que “O problema com Amaleque
não era apenas uma questão de hostilidade entre duas nações, mas de uma
guerra entre Deus e Amaleque.”

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Lendo apenas Êxodo 17 ficamos sem saber o motivo de Deus ter ficado tão
irado contra os amalequitas, mas em Deuteronômio 25 podemos saber
claramente que o motivo era a tamanha covardia de seu ataque surpresa contra
os mais frágeis que ficaram:

“— Lembrem-se do que os amalequitas fizeram no


caminho, quando vocês estavam saindo do Egito.
Eles saíram ao encontro de vocês no caminho e,
quando vocês estavam abatidos e cansados,
atacaram na retaguarda todos os desfalecidos que
vinham atrás; e não temeram a Deus. Portanto,
quando o Senhor, seu Deus, lhes houver dado
sossego de todos os seus inimigos ao redor, na terra
que o Senhor, seu Deus, lhes dá por herança, para
que dela tomem posse, apaguem a memória dos
amalequitas da face da terra; não se esqueçam
disto.” – Deuteronômio 25:17-19

É interessante que Deus não diz aqui para oferecerem perdão. E isso ocorre
especificamente com os amalequitas. Percebemos que eles haviam feito toda
essa covardia atacando Israel pelas costas, “e não temeram a Deus”. Ou seja,
seu pecado era consciente e sem motivos. Isso é, não se tratava de uma guerra
justa dentro do contexto bíblico. Pois não se tratava de uma legítima defesa de
seu território, posses ou habitantes.
Essa atitude hostil para com Israel também teve outro povo irmão dos
amalequitas e de onde eles saíram: os edomitas (descendentes de Edom –
Esaú):
“Assim os edomitas se recusaram a deixar Israel
passar pelo seu país, e por isso Israel se desviou
dali.” – Números 20:21

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Isso foi lembrado por Jefté:

“Porque, quando Israel saiu do Egito, andou pelo


deserto até o mar Vermelho e chegou a Cades. Então
Israel enviou mensageiros ao rei dos edomitas,
dizendo: ‘Peço que você me deixe passar pela sua
terra.’ Porém o rei dos edomitas não lhe deu
ouvidos” – Juízes 11:16,17

Contudo, Deus ainda diz a Israel:

“— Não odeiem os edomitas, porque são irmãos de


vocês; nem odeiem os egípcios, porque vocês
viveram como estrangeiros na terra deles.” –
Deuteronômio 23:7

Aqui vemos que o pecado dos amalequitas foi tão grave que eles não
alcançaram a graça de Deus com foi com os edomitas e até com os egípcios!
Os amalequitas não estavam lutando contra um povo fraco e cansado apenas,
eles haviam se rebelado contra o próprio Deus Todo-Poderoso que acrescenta a
sentença de que jamais um amalequita poderia participar da congregação do
Senhor:
“[...] Hamã é o último dos amalequitas de quem se fala nas
Escrituras. [...] Nenhum amalequita podia entrar na congregação do
Senhor [...] E, [...]o Senhor declara guerra perpétua a Amaleque.”
(MACKINTOSH, 2018, p. 184)

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O Povo Inimigo

Na Septuaginta (LXX) vemos que Agague é transcrito como Gog. Gogue é uma
tipologia do mal representandoo Anticristo (Ezequiel 39) e também Satanás
(Apocalipse 20).

Águas manarão de seus baldes, e as suas


sementeiras terão águas abundantes. O seu rei se
levantará mais do que Agague (na LXX, Gog), e o seu
reino será exaltado. – Números 24:7

Samuel, o profeta de Deus, vingou as muitas mortes causadas pelo rei dos
amalequitas chamado Agague:

“Samuel disse: — Tragam aqui Agague, rei dos


amalequitas. Agague veio a ele, confiante, e disse: —
Certamente já passou a amargura da morte. Mas
Samuel disse: — Assim como a sua espada deixou
muitas mulheres sem filhos, também a sua mãe
ficará sem o seu filho. E Samuel despedaçou Agague
diante do Senhor, em Gilgal.” – 1 Samuel 15:32,33

“Os israelitas entraram em confronto com os amalequitas


novamente em Horma, mas foram derrotados (Nm 14:45), e Gideão
conquistou-os juntamente com os midianitas (Jz 6:33). O rei Saul
desobedeceu a Deus e não exterminou o povo de Amaleque, assim
perdeu sua coroa (1 Sm 15); e ele próprio foi morto por um
amalequita (2 Sm 1:1-16). Davi derrotou os amalequitas que
atacaram seu acampamento (1 Sm 30) e, quando se tornou rei,
mente subjugou-os (2 Sm 8:11-12). Durante o reinado de Ezequias,
seus exércitos aniquilaram os poucos amalequitas que restavam.”
(WIERSBE, 2006, p. 280)
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Embora Wiersbe tenha feito um ótimo trabalho resumindo a trajetória do povo
amalequita até o reinado de Ezequias, podemos ver ainda no tempo de Ester,
que o último dos amalequitas a ser citado nas Escrituras é Hamã, chamado de
“agagita” por ser um dos descendente de Agague, o rei dos amalequitas. E ele,
Hamã, que também tipifica o Anticristo, tinha 10 filhos o que nos remete aos
reis (ou dez chifres) da besta.

“... os dez filhos de Hamã, filho de Hamedata, o


inimigo dos judeus...” – Ester 9:10

Em Apocalipse vemos a relação entre os dez chifres, que são dez reis e a besta:

“Foi-lhe dada, ainda, autoridade” (Ap 13:7) – “— Os


dez chifres que você viu são dez reis, que ainda não
receberam reino, mas recebem autoridade como
reis, com a besta, durante uma hora. Estes têm um
mesmo propósito e oferecem à besta o poder e a
autoridade que possuem.” – (Ap 17:12,13)

Esse protótipo do Anticristo recebeu autoridade:

“Então o rei tirou da mão o seu anel-sinete e o deu a


Hamã, filho de Hamedata, agagita, inimigo dos
judeus” – Ester 3:10

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Hamã, o agagita (amalequita) é idenficado como Adversário e Inimigo:

“Ester respondeu: — O adversário e inimigo é este


malvado Hamã. Então Hamã ficou apavorado diante
do rei e da rainha.” – Ester 7:6

MacArthur faz uma alusão ao Salmo 83 quanto aos objetivos dos inimigos que
fazem uma aliança com o propósito de extinguir o povo de Deus:

Eles dizem: “Venham, vamos riscá-los da lista dos


povos! E que ninguém mais se lembre do nome de
Israel!” Pois tramam de comum acordo e firmam
aliança contra ti. – Salmos 83:4,5

“A sentença de extinção nacional que os amalequitas haviam


proclamado contra Israel (cf. Salmos 83:4-7) voltou-se, por decreto
divino, contra os amalequitas. A sentença se cumpriu parcialmente
nos dias de Saul e Davi (cf. 1Samuel 15:1-9; 2Samuel 1:1; 8:11,12).
Depois, raramente eles voltam a ser mencionados. No entanto,
devido à desobediência de Saul ao poupar a vida de Agague, o rei
amalequitas, e alguns de seu povo (1 Samuel 15:7-9), ele perdeu seu
trono (v. 23). Samuel matou Agague (v. 33), mas alguns amalequitas
sobre - viveram e voltaram alguns anos depois, para atacar o
território sul de Israel, chegando até mesmo a capturar a família de
Davi (1 Samuel 30:1-5). Davi matou todos, à exceção de
quatrocentos (1 Samuel 30:16-17) que conseguiram escapar. Foi
Hamã, um descendente de Agague, que tentou exterminar os
judeus nos dias de Ester (cf. Ester 3:1,6).” (MACARTHUR, 2019, p.
106)

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Embora Hamã tenha sido o último amalequita a ser “citado” nominalmente nas
Escrituras, certamente ele não foi o último sobrevivente. Por isso, ficamos
sabendo do destino dos amalequitas onde alguns da tribo de Simeão mataram
os que restaram e tomaram posse de seu território:

“Também deles, dos filhos de Simeão, quinhentos


homens foram ao monte Seir, tendo por capitães
Pelatias, Nearias, Refaías e Uziel, filhos de Isi.
Mataram o restante dos que escaparam dos
amalequitas e estão morando ali até o dia de hoje.”–
1 Crônicas 4:42,43

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BÍBLIA SAGRADA. Bíblia Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida. 3ª ed.
(Nova Almeida Atualizada). ed. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.
MACARTHUR, J. Comentário Bíblico MacArthur: desvendando a verdade de
Deus, versículo a versículo. Rio de Janeiro: Thomas Nelson, 2019.
MACKINTOSH, C. H. Estudos Sobre o Livro de Êxodo. 3ª. ed. São Paulo: Depósito
de Literatura Cristã, 2018.
WIERSBE, W. W. Comentário Bíblico Expositivo: Antigo Testamento:
Pentateuco / Warren W. Wiersbe. Tradução de Suzana E. Klassen. 1ª. ed. Santo
André, SP: Geográfica Editora, v. I, 2006.

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