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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA


CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CUIABÁ
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

DETERMINAÇÃO DE ÂNIONS Cl-, F-, NO3- E SO42- EM ÁGUA FILTRADA POR


CROMATOGRAFIA IÔNICA COM SUPRESSÃO

Discentes: Brenda Daiany Neves Vieira


Monique Moura Campani
Thalyta Fernanda Barbosa Locatelli

Disciplina: Química Analítica Instrumental II


Docente: Marilza Castilho

Cuiabá - MT
2022
1. INTRODUÇÃO

A cromatografia é uma técnica de quantificação e separação de compostos químicos


referente a suas diferentes propriedades físico-químicas. Dessa forma, estuda-se amplamente
a cromatografia iônica, a qual se enquadra numa técnica por coluna sendo capaz de
determinar a quantidade de íons, em diversas concentrações numa amostra líquida. Esta é
uma técnica sensível e possui grande seletividade na separação de íons e para isso, utiliza-se
como auxílio uma coluna cromatográfica apropriada com posterior detecção condutimétrica.
Dentro da cromatografia iônica existem três divisões: cromatografia de par iônico,
cromatografia de exclusão iônica e cromatografia de troca iônica, a qual será abordada mais
amplamente (SIQUEIRA, 2019).
Assim, a cromatografia de troca iônica baseia-se na transferência de íons específicos
presentes numa alta concentração para uma baixa concentração. Essa transferência ocorre por
meio de uma resina, a qual deve ter como propriedade a capacidade de trocar íons mais
fracamente ligados a ela por íons que ficarão mais fortemente ligados, os quais são obtidos de
uma solução aquosa e realizam essa troca quando são submetidos a um certo contato.
+ −
Existem dois tipos de resinas, sendo estas a de troca aniônica (-N𝑅3 ) e a catiônica (-S𝑂3 ) e

para sua produção precisaram modificar os anéis benzênicos (SIQUEIRA, 2019).

Resina catiônica e seu funcionamento:


− + + − + +
( R-S𝑂3 )𝐵 +𝐶 (aq) ↔ ( R-S𝑂3 )𝐶 +𝐵 (aq)

Resina aniônica e seu funcionamento:


+ − − + − −
(R-N𝑅3 )𝐵 + 𝐶 (aq) ↔ (R-N𝑅3 )𝐶 + 𝐵 (aq)

Para que a resina apresente bons resultados na cromatografia, deve-se ser reticulada,
ser hidrofílica, ter solubilidade desprezível e permitir a difusão dos íons em uma velocidade
utilizável (SIQUEIRA, 2019).
Além disso, existem outros contribuintes para a cromatografia de troca iônica ocorrer
com êxito, como por exemplo, a fase móvel, a qual tem como objetivo o transporte da
amostra pela coluna e participar da separação dos compostos desejados, e ela deve possuir
baixa viscosidade. Também há uma bomba de alta pressão, a qual tem como objetivo
bombear o eluente (fase móvel) e também a amostra pelo sistema cromatográfico. Em alguns

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casos, há também a presença de um gerador desse eluente, o qual o regenera durante o
processo reduzindo os custos da técnica. A amostra será introduzida ao sistema por uma
válvula de injeção, podendo ter diversas vias e ser manual ou automática. Ademais, para
evitar-se a contaminação de amostras, prepara-se uma pré-coluna, e posteriormente a amostra
passa pela coluna de fato, a qual é responsável por realizar a separação dos íons, a qual é
produzida de acordo com o que deseja-se separar e quantificar, podendo ter terminais
positivos ou negativos. Outro componente importantíssimo da cromatografia de troca iônica é
a supressora, a qual reduz a condutância da linha de fundo do eluente, originando num menor
ruído, converte o analito a sua forma condutora, aumentando consideravelmente seu sinal,
aumenta a linearidade do sistema e torna prático o uso de colunas de alta capacidade e
concentração do eluente. E, por fim, todo o resultado requerido é gerado pelo detector, o qual
pode ter detecção eletroquímica, ou seja, a partir da condutividade, amperometria e
potenciometria ou pode ter deteção ótica, por meio de espectrofotometria, fluorescência ou
índice de refração (SIQUEIRA, 2019).
Esta técnica é amplamente empregada na determinação de metais de transição,
complexos metálicos, ânions e cátions inorgânicos, organofosforados, análise de águas, álise
de efluentes, indústria de alimentos e bebidas, usina de álcool e cana de açúcar, etc.

Figura 1: Representação da cromatografia de íons.

Fonte: SIQUEIRA, Gilson, 2019.

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2. OBJETIVO

Determinar a concentração dos ânions Cl-, F-, NO3- e SO42- em água filtrada por
cromatografia de troca iônica com supressão e analisar se estão dentro da legislação prevista
para os mesmos.

3. MATERIAIS E REAGENTES

- Água de bebedouros
- Garrafas esterilizadas
- Água Destilada
- Água milli-Q
- Membrana de acetato de celulose 0,22 μm
- Solução de Na2CO3 3,2x10-3 molL-1 de NaHCO3 1,0x10-3 molL-1
- Solução de H2SO4 100 mmolL-1
- Acetona UHPLC a 2%.

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.1. Coleta das amostras

Foram coletadas 6 amostras de água dos bebedouros da Universidade Federal de Mato


Grosso (UFMT) em diferentes locais, sendo eles: Departamento de Química, Geologia,
Engenharia Sanitária e Ambiental, laboratório GENMAT (água mineral Puríssima), FAET
(rodoviária) e bloco didático do ICET. A coleta das amostras foi realizada em garrafas de 200
mL previamente lavadas e esterilizadas. Primeiramente, ligou-se a torneira e deixou-se
escorrer por alguns segundos, posteriormente realizou-se a ambientação da garrafa e então
encheu-se a mesma.

4.2. Lavagem do filtro e preparo das amostras

Antes de proceder com o preparo das amostras, realizou-se a lavagem de todos os


aparatos do filtrador 4 vezes com água destilada. Posteriormente, realizou-se 4 vezes a
lavagem com água milli-Q e 4 vezes com água milli-Q morna. Após a lavagem, colocou-se a

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membrana de acetato de celulose 0,22 μm, e montou-se o sistema de filtração. Em seguida,
transferiu-se uma pequena quantidade da amostra para o filtro e ligou-se a bomba para que se
filtrasse a amostra. Após isso, fez-se a ambientação com a amostra filtrada e descartou-se a
mesma. Posteriormente, realizou-se a filtração do restante da amostra e transferiu-se
aproximadamente 10 mL da amostra filtrada para o vial do amostrador automático. Esse
procedimento foi realizado para todas as 6 amostras a serem analisadas.

4.3. Preparação dos padrões

Os padrões para a construção da curva analítica foram preparados previamente. A


curva analítica para os ânions foi obtida por padronização externa. Partindo de uma solução
padrão estoque mista de 1000 ppm, preparou-se uma solução padrão intermediária de 10
ppm. E partindo da solução padrão de 10 ppm preparou-se os padrões de 0,02; 0,03; 0,05;
0,1; 0,5; 1,0 e 1,5 ppm .

4.4. Equipamento

A quantificação dos ânions Cl-, F-, NO3- e SO42- foi realizada em um sistema
cromatográfico Metrohm® constituído de um cromatógrafo de troca iônica 930 Compact IC
Flex equipado com detector de condutividade, com amostrador automático modelo 863
Compact Autosampler com supressão química. As separações cromatográficas foram feitas
utilizando uma coluna analítica MetroSep A Supp 5 (150/4.0) associada a uma pré-coluna
(Guard/4.0) eluída em modo isocrático a uma taxa de fluxo de 0,7 mL min-1. A fase móvel era
constituída de solução de 3,2x10-3 molL-1 de Na2CO3 e 1,0x10-3 molL-1 de NaHCO3 e acetona
UHPLC a 2%. Utilizando-se como solução regenerante o ácido sulfúrico H2SO4 com
concentração 100 mmolL-1. O sistema estava interligado via software MagicNet versão 3.1
com tempo de corrida de 35 minutos.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A partir dos dados obtidos das áreas das soluções padrões, realizou-se a regressão
linear da área pico vs concentração dos ânions Cl-, F-, NO3- E SO42-, das Figuras 1, 2, 3 e 4 e
obteve-se as equações de cada ânion.

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Figura 1. Curva de calibração dos padrões de fluoreto para determinar a concentração do ânion nas amostras de
águas.

Figura 2. Curva de calibração dos padrões de cloreto para determinar a concentração do ânion nas amostras de
águas.

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Figura 3. Curva de calibração dos padrões de nitrato para determinar a concentração do ânion nas amostras de
águas.

Figura 4. Curva de calibração dos padrões de sulfato para determinar a concentração do ânion nas amostras de
águas.

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Os dados obtidos das áreas dos ânions de cada amostra estão apresentados nas Figura
5.

Figura 5. Tabela com dados das áreas dos picos de cada ânion analisado obtidos de cada amostra analisada,
considerando as diluições.

Amostras Área (µS/cm)xmin

Fluoreto Cloreto Nitrato Sulfato

Água Mineral 0,20391 0,26736 0,40100 0,27324


Puríssima
(GENMAT)

Bebedouro do 2,47878 2,68806 0,37814 1,49352


Departamento
de Química

Departamento 2,53673 2,33160 0 1,41381


de Engenharia
Sanitária

Bebedouro do 2,69751 3,45506 0,39097 1,88553


Instituto de
Geologia

Bebedouro do 2,64277 2,68673 0,00672 1,55235


Bloco Didático
do ICET

Bebedouro da 2,69922 2,91822 0,15853 1,55121


FAET
(Rodoviária)

Com exceção da amostra de água mineral, as amostras apresentaram valores altos dos
íons Cl- e SO42- , que não estavam contidos na curva de calibração, assim foi necessário
realizar-se a diluição das amostras utilizando-se 1,5 mL das amostras para um volume 10
mL. Sendo assim, o resultado obtido das áreas foi multiplicado pelo fator de 6,667 para
determinar as concentrações dos ânions dessas amostras.
A partir das áreas dos picos das amostras de águas fez-se o cálculo de cada parâmetro.

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5.1.1 Cálculos parâmetros da água mineral puríssima
5.1.1.1. Fluoreto
𝑦 = 4, 03 · 𝑥 − 0, 0066
0, 20391 = 4, 03 · 𝑥 − 0, 0066
0,20391+0,0066
𝑥= 4,03

𝑥= 0, 0522 𝑚𝑔/𝐿

5.1.1.2. Cloreto
𝑦 = 2, 57 · 𝑥 + 0, 00774
0, 26736 = 2, 57 · 𝑥 + 0, 00774
0,26736−0,00774
𝑥= 2,57

𝑥= 0, 01010 𝑚𝑔/𝐿

5.1.1.3. Nitrato
𝑦 = 1, 19 · 𝑥 − 0, 0648
0, 40100 = 1, 19 · 𝑥 − 0, 0648
0,40100+0,0648
𝑥= 1,19

𝑥= 0, 3914 𝑚𝑔/𝐿
5.1.1.4. Sulfato
𝑦 = 2, 03 · 𝑥 + 0, 0513
0, 27324 = 2, 03 · 𝑥 + 0, 0513
0,27324−0,0513
𝑥= 2,03

𝑥= 0, 1093 𝑚𝑔/𝐿

5.1.2 Cálculos parâmetros da água do bebedouro do Departamento de Química


5.1.2.1. Fluoreto
𝑦 = 4, 03 · 𝑥 − 0, 0066
2, 47878 = 4, 03 · 𝑥 − 0, 0066
2,47878+0,0066
𝑥= 4,03

𝑥= 0, 6167 𝑚𝑔/𝐿

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5.1.2.2. Cloreto
𝑦 = 2, 57 · 𝑥 + 0, 00774
2, 68806 = 2, 57 · 𝑥 + 0, 00774
2,68806−0,00774
𝑥= 2,57

𝑥= 1, 0429 𝑚𝑔/𝐿 𝑥 6, 667


𝑥= 6, 9530 𝑚𝑔/𝐿

5.1.2.3. Nitrato
𝑦 = 1, 19 · 𝑥 − 0, 0648
0, 37814 = 1, 19 · 𝑥 − 0, 0648
0,37814+0,0648
𝑥= 1,19

𝑥= 0, 3722 𝑚𝑔/𝐿

5.1.2.4. Sulfato
𝑦 = 2, 03 · 𝑥 + 0, 0513
1, 49352 = 2, 03 · 𝑥 + 0, 0513
1,49352−0,0513
𝑥= 2,03

𝑥= 0, 7104 𝑚𝑔/𝐿 𝑥 6, 667


𝑥= 4, 7362 𝑚𝑔/𝐿

5.1.3 Cálculos parâmetros da água do bebedouro do Departamento de Engenharia


Sanitária
5.1.3.1. Fluoreto
𝑦 = 4, 03 · 𝑥 − 0, 0066
2, 53673 = 4, 03 · 𝑥 − 0, 0066
2,53673+0,0066
𝑥= 4,03

𝑥= 0, 6310 𝑚𝑔/𝐿

5.1.3.2. Cloreto
𝑦 = 2, 57 · 𝑥 + 0, 00774
2, 33160 = 2, 57 · 𝑥 + 0, 00774

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2,33160−0,00774
𝑥= 2,57

𝑥= 0, 9042 𝑚𝑔/𝐿 𝑥 6, 667


𝑥= 6, 0283 𝑚𝑔/𝐿

5.1.3.3. Sulfato
𝑦 = 2, 03 · 𝑥 + 0, 0513
1, 41381 = 2, 03 · 𝑥 + 0, 0513
1,41381−0,0513
𝑥= 2,03

𝑥= 0, 6711 𝑚𝑔/𝐿 𝑥 6, 667


𝑥= 4, 4742 𝑚𝑔/𝐿

5.1.4 Cálculos parâmetros da água do bebedouro do Instituto de Geologia


5.1.4.1. Fluoreto
𝑦 = 4, 03 · 𝑥 − 0, 0066
2, 69751 = 4, 03 · 𝑥 − 0, 0066
2,69751+0,0066
𝑥= 4,03

𝑥= 0, 6709 𝑚𝑔/𝐿

5.1.4.2. Cloreto
𝑦 = 2, 57 · 𝑥 + 0, 00774
3, 45506 = 2, 57 · 𝑥 + 0, 00774
3,45506−0,00774
𝑥= 2,57

𝑥= 1, 3413 𝑚𝑔/𝐿 𝑥 6, 667


𝑥= 8, 9424 𝑚𝑔/𝐿

5.1.4.3. Nitrato
𝑦 = 1, 19 · 𝑥 − 0, 0648
0, 39097 = 1, 19 · 𝑥 − 0, 0648
0,39097+0,0648
𝑥= 1,19

𝑥= 0, 3830 𝑚𝑔/𝐿

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5.1.4.4. Sulfato
𝑦 = 2, 03 · 𝑥 + 0, 0513
1, 88553 = 2, 03 · 𝑥 + 0, 0513
1,88553−0,0513
𝑥= 2,03

𝑥= 0, 9035 𝑚𝑔/𝐿 𝑥 6, 667


𝑥= 6, 0236 𝑚𝑔/𝐿

5.1.5 Cálculos parâmetros da água do bebedouro do Bloco Didático do ICET


5.1.5.1. Fluoreto
𝑦 = 4, 03 · 𝑥 − 0, 0066
2, 64277 = 4, 03 · 𝑥 − 0, 0066
2,64277+0,0066
𝑥= 4,03

𝑥= 0, 6574 𝑚𝑔/𝐿
5.1.5.2. Cloreto
𝑦 = 2, 57 · 𝑥 + 0, 00774
2, 68673 = 2, 57 · 𝑥 + 0, 00774
2,68673−0,00774
𝑥= 2,57

𝑥= 1, 0424 𝑚𝑔/𝐿 𝑥 6, 667


𝑥= 6, 9496 𝑚𝑔/𝐿
5.1.5.3. Nitrato
𝑦 = 1, 19 · 𝑥 − 0, 0648
0, 00672 = 1, 19 · 𝑥 − 0, 0648
0,00672+0,0648
𝑥= 1,19

𝑥= 0, 0601 𝑚𝑔/𝐿
5.1.5.4. Sulfato
𝑦 = 2, 03 · 𝑥 + 0, 0513
1, 55235 = 2, 03 · 𝑥 + 0, 0513
1,55235−0,0513
𝑥= 2,03

𝑥= 0, 7394 𝑚𝑔/𝐿 𝑥 6, 667


𝑥= 4, 9295 𝑚𝑔/𝐿

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5.1.6 Cálculos parâmetros da água do bebedouro da ICET (Rodoviária)
5.1.6.1. Fluoreto
𝑦 = 4, 03 · 𝑥 − 0, 0066
2, 69922 = 4, 03 · 𝑥 − 0, 0066
2,69922+0,0066
𝑥= 4,03

𝑥= 0, 6861 𝑚𝑔/𝐿

5.1.6.2. Cloreto
𝑦 = 2, 57 · 𝑥 + 0, 00774
2, 91822 = 2, 57 · 𝑥 + 0, 00774
2,91822−0,00774
𝑥= 2,57

𝑥= 1, 1326 𝑚𝑔/𝐿 𝑥 6, 667


𝑥= 7, 5510 𝑚𝑔/𝐿

5.1.6.3. Nitrato
𝑦 = 1, 19 · 𝑥 − 0, 0648
0, 15853 = 1, 19 · 𝑥 − 0, 0648
0,15853+0,0648
𝑥= 1,19

𝑥= 0, 1874 𝑚𝑔/𝐿

5.1.6.4. Sulfato
𝑦 = 2, 03 · 𝑥 + 0, 0513
1, 55121 = 2, 03 · 𝑥 + 0, 0513
1,55121−0,0513
𝑥= 2,03

𝑥= 0, 7388 𝑚𝑔/𝐿 𝑥 6, 667


𝑥= 4, 9255 𝑚𝑔/𝐿

Segundo PORTARIA Nº 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011, que dispõe sobre


os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e
seu padrão de potabilidade os valores máximos permitidos para os parâmetros de Cl-, F-,
NO3- E SO4-2 estão disposto na Figura 6.

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Figura 6. Tabela com os valores máximos permitido pela legislação dos parâmetros para verificar a
potabilidade.

Parâmetro Valor máximo permitido (mg/L)

Fluoreto 1,5

Cloreto 250

Nitrato 10

Sulfato 250

A água coletada no bebedouro do departamento de Engenharia Sanitária não


apresentou valor de nitrato, ou seja, caso essa amostra apresenta esse ânion a concentração é
inferior ao limite de detecção da curva que é de 0,02 mg/L.
Todas as amostras analisadas apresentaram resultados dentro dos valores permitidos
pela legislação, ou seja, os parâmetros analisados obtiveram valores menores do que a
legislação permite, sendo assim as amostras analisadas apresentam potabilidade.
A água mineral puríssima apresentou os valores de potabilidade segundo a legislação,
entretanto os resultados dos ânions analisados divergem dos valores segundo o fabricante,
disposto na Figura 7.

Figura 7. Tabela com os valores dos ânions analisados segundo o fabricante da água mineral puríssima.

Parâmetro mg/L

Fluoreto 0,04

Cloreto 0,02

Nitrato 0,15

Sulfato 0,08

Dentre os ânions analisados os valores de nitrato e cloreto foram os que apresentaram


um maior desvio do valor fornecido pelo fabricante. O primeiro apresentou um valor de
0,3914 mg/L, ou seja, mais que o dobro do valor descrito pelo fabricante, já o segundo
apresentou um desvio inferior ao valor do fabricante. Entretanto, apesar de ocorrer desvios,
os resultados estão dentro dos valores permitidos pela legislação.

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6. CONCLUSÃO

Diante do objetivo apresentado pela prática, pode-se concluir que a concentração dos
ânions Cl-, F-, NO3- e SO42- de todas as amostras analisadas apresentaram valores inferiores
dos valores máximos permitidos pela legislação, ou seja, a partir dos parâmetros analisados
pode inferir-se que as águas das dependências da Universidade Federal de Mato Grosso
(UFMT) apresentam potabilidade segundo a legislação.

REFERÊNCIAS

SIQUEIRA, Gilson. “Cromatografia de Íons”. A3 analítica, 2019. Disponível em:


<https://a3analitica.com.br/bloga3pharma/2019/01/21/cromatografia-de-ions/> . Acesso em:
17 de julho de 2022.

BRASIL. PORTARIA Nº 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011.Dispõe sobre os


procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu
padrão de potabilidade. Disponível em : <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/
2011/prt2914_12_12_2011.html>. Acesso em: 17 de julho de 2022

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