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Relatório - DETERMINAÇÃO DE ÂNIONS
Relatório - DETERMINAÇÃO DE ÂNIONS
Cuiabá - MT
2022
1. INTRODUÇÃO
Para que a resina apresente bons resultados na cromatografia, deve-se ser reticulada,
ser hidrofílica, ter solubilidade desprezível e permitir a difusão dos íons em uma velocidade
utilizável (SIQUEIRA, 2019).
Além disso, existem outros contribuintes para a cromatografia de troca iônica ocorrer
com êxito, como por exemplo, a fase móvel, a qual tem como objetivo o transporte da
amostra pela coluna e participar da separação dos compostos desejados, e ela deve possuir
baixa viscosidade. Também há uma bomba de alta pressão, a qual tem como objetivo
bombear o eluente (fase móvel) e também a amostra pelo sistema cromatográfico. Em alguns
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casos, há também a presença de um gerador desse eluente, o qual o regenera durante o
processo reduzindo os custos da técnica. A amostra será introduzida ao sistema por uma
válvula de injeção, podendo ter diversas vias e ser manual ou automática. Ademais, para
evitar-se a contaminação de amostras, prepara-se uma pré-coluna, e posteriormente a amostra
passa pela coluna de fato, a qual é responsável por realizar a separação dos íons, a qual é
produzida de acordo com o que deseja-se separar e quantificar, podendo ter terminais
positivos ou negativos. Outro componente importantíssimo da cromatografia de troca iônica é
a supressora, a qual reduz a condutância da linha de fundo do eluente, originando num menor
ruído, converte o analito a sua forma condutora, aumentando consideravelmente seu sinal,
aumenta a linearidade do sistema e torna prático o uso de colunas de alta capacidade e
concentração do eluente. E, por fim, todo o resultado requerido é gerado pelo detector, o qual
pode ter detecção eletroquímica, ou seja, a partir da condutividade, amperometria e
potenciometria ou pode ter deteção ótica, por meio de espectrofotometria, fluorescência ou
índice de refração (SIQUEIRA, 2019).
Esta técnica é amplamente empregada na determinação de metais de transição,
complexos metálicos, ânions e cátions inorgânicos, organofosforados, análise de águas, álise
de efluentes, indústria de alimentos e bebidas, usina de álcool e cana de açúcar, etc.
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2. OBJETIVO
Determinar a concentração dos ânions Cl-, F-, NO3- e SO42- em água filtrada por
cromatografia de troca iônica com supressão e analisar se estão dentro da legislação prevista
para os mesmos.
3. MATERIAIS E REAGENTES
- Água de bebedouros
- Garrafas esterilizadas
- Água Destilada
- Água milli-Q
- Membrana de acetato de celulose 0,22 μm
- Solução de Na2CO3 3,2x10-3 molL-1 de NaHCO3 1,0x10-3 molL-1
- Solução de H2SO4 100 mmolL-1
- Acetona UHPLC a 2%.
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.1. Coleta das amostras
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membrana de acetato de celulose 0,22 μm, e montou-se o sistema de filtração. Em seguida,
transferiu-se uma pequena quantidade da amostra para o filtro e ligou-se a bomba para que se
filtrasse a amostra. Após isso, fez-se a ambientação com a amostra filtrada e descartou-se a
mesma. Posteriormente, realizou-se a filtração do restante da amostra e transferiu-se
aproximadamente 10 mL da amostra filtrada para o vial do amostrador automático. Esse
procedimento foi realizado para todas as 6 amostras a serem analisadas.
4.4. Equipamento
A quantificação dos ânions Cl-, F-, NO3- e SO42- foi realizada em um sistema
cromatográfico Metrohm® constituído de um cromatógrafo de troca iônica 930 Compact IC
Flex equipado com detector de condutividade, com amostrador automático modelo 863
Compact Autosampler com supressão química. As separações cromatográficas foram feitas
utilizando uma coluna analítica MetroSep A Supp 5 (150/4.0) associada a uma pré-coluna
(Guard/4.0) eluída em modo isocrático a uma taxa de fluxo de 0,7 mL min-1. A fase móvel era
constituída de solução de 3,2x10-3 molL-1 de Na2CO3 e 1,0x10-3 molL-1 de NaHCO3 e acetona
UHPLC a 2%. Utilizando-se como solução regenerante o ácido sulfúrico H2SO4 com
concentração 100 mmolL-1. O sistema estava interligado via software MagicNet versão 3.1
com tempo de corrida de 35 minutos.
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A partir dos dados obtidos das áreas das soluções padrões, realizou-se a regressão
linear da área pico vs concentração dos ânions Cl-, F-, NO3- E SO42-, das Figuras 1, 2, 3 e 4 e
obteve-se as equações de cada ânion.
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Figura 1. Curva de calibração dos padrões de fluoreto para determinar a concentração do ânion nas amostras de
águas.
Figura 2. Curva de calibração dos padrões de cloreto para determinar a concentração do ânion nas amostras de
águas.
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Figura 3. Curva de calibração dos padrões de nitrato para determinar a concentração do ânion nas amostras de
águas.
Figura 4. Curva de calibração dos padrões de sulfato para determinar a concentração do ânion nas amostras de
águas.
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Os dados obtidos das áreas dos ânions de cada amostra estão apresentados nas Figura
5.
Figura 5. Tabela com dados das áreas dos picos de cada ânion analisado obtidos de cada amostra analisada,
considerando as diluições.
Com exceção da amostra de água mineral, as amostras apresentaram valores altos dos
íons Cl- e SO42- , que não estavam contidos na curva de calibração, assim foi necessário
realizar-se a diluição das amostras utilizando-se 1,5 mL das amostras para um volume 10
mL. Sendo assim, o resultado obtido das áreas foi multiplicado pelo fator de 6,667 para
determinar as concentrações dos ânions dessas amostras.
A partir das áreas dos picos das amostras de águas fez-se o cálculo de cada parâmetro.
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5.1.1 Cálculos parâmetros da água mineral puríssima
5.1.1.1. Fluoreto
𝑦 = 4, 03 · 𝑥 − 0, 0066
0, 20391 = 4, 03 · 𝑥 − 0, 0066
0,20391+0,0066
𝑥= 4,03
𝑥= 0, 0522 𝑚𝑔/𝐿
5.1.1.2. Cloreto
𝑦 = 2, 57 · 𝑥 + 0, 00774
0, 26736 = 2, 57 · 𝑥 + 0, 00774
0,26736−0,00774
𝑥= 2,57
𝑥= 0, 01010 𝑚𝑔/𝐿
5.1.1.3. Nitrato
𝑦 = 1, 19 · 𝑥 − 0, 0648
0, 40100 = 1, 19 · 𝑥 − 0, 0648
0,40100+0,0648
𝑥= 1,19
𝑥= 0, 3914 𝑚𝑔/𝐿
5.1.1.4. Sulfato
𝑦 = 2, 03 · 𝑥 + 0, 0513
0, 27324 = 2, 03 · 𝑥 + 0, 0513
0,27324−0,0513
𝑥= 2,03
𝑥= 0, 1093 𝑚𝑔/𝐿
𝑥= 0, 6167 𝑚𝑔/𝐿
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5.1.2.2. Cloreto
𝑦 = 2, 57 · 𝑥 + 0, 00774
2, 68806 = 2, 57 · 𝑥 + 0, 00774
2,68806−0,00774
𝑥= 2,57
5.1.2.3. Nitrato
𝑦 = 1, 19 · 𝑥 − 0, 0648
0, 37814 = 1, 19 · 𝑥 − 0, 0648
0,37814+0,0648
𝑥= 1,19
𝑥= 0, 3722 𝑚𝑔/𝐿
5.1.2.4. Sulfato
𝑦 = 2, 03 · 𝑥 + 0, 0513
1, 49352 = 2, 03 · 𝑥 + 0, 0513
1,49352−0,0513
𝑥= 2,03
𝑥= 0, 6310 𝑚𝑔/𝐿
5.1.3.2. Cloreto
𝑦 = 2, 57 · 𝑥 + 0, 00774
2, 33160 = 2, 57 · 𝑥 + 0, 00774
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2,33160−0,00774
𝑥= 2,57
5.1.3.3. Sulfato
𝑦 = 2, 03 · 𝑥 + 0, 0513
1, 41381 = 2, 03 · 𝑥 + 0, 0513
1,41381−0,0513
𝑥= 2,03
𝑥= 0, 6709 𝑚𝑔/𝐿
5.1.4.2. Cloreto
𝑦 = 2, 57 · 𝑥 + 0, 00774
3, 45506 = 2, 57 · 𝑥 + 0, 00774
3,45506−0,00774
𝑥= 2,57
5.1.4.3. Nitrato
𝑦 = 1, 19 · 𝑥 − 0, 0648
0, 39097 = 1, 19 · 𝑥 − 0, 0648
0,39097+0,0648
𝑥= 1,19
𝑥= 0, 3830 𝑚𝑔/𝐿
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5.1.4.4. Sulfato
𝑦 = 2, 03 · 𝑥 + 0, 0513
1, 88553 = 2, 03 · 𝑥 + 0, 0513
1,88553−0,0513
𝑥= 2,03
𝑥= 0, 6574 𝑚𝑔/𝐿
5.1.5.2. Cloreto
𝑦 = 2, 57 · 𝑥 + 0, 00774
2, 68673 = 2, 57 · 𝑥 + 0, 00774
2,68673−0,00774
𝑥= 2,57
𝑥= 0, 0601 𝑚𝑔/𝐿
5.1.5.4. Sulfato
𝑦 = 2, 03 · 𝑥 + 0, 0513
1, 55235 = 2, 03 · 𝑥 + 0, 0513
1,55235−0,0513
𝑥= 2,03
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5.1.6 Cálculos parâmetros da água do bebedouro da ICET (Rodoviária)
5.1.6.1. Fluoreto
𝑦 = 4, 03 · 𝑥 − 0, 0066
2, 69922 = 4, 03 · 𝑥 − 0, 0066
2,69922+0,0066
𝑥= 4,03
𝑥= 0, 6861 𝑚𝑔/𝐿
5.1.6.2. Cloreto
𝑦 = 2, 57 · 𝑥 + 0, 00774
2, 91822 = 2, 57 · 𝑥 + 0, 00774
2,91822−0,00774
𝑥= 2,57
5.1.6.3. Nitrato
𝑦 = 1, 19 · 𝑥 − 0, 0648
0, 15853 = 1, 19 · 𝑥 − 0, 0648
0,15853+0,0648
𝑥= 1,19
𝑥= 0, 1874 𝑚𝑔/𝐿
5.1.6.4. Sulfato
𝑦 = 2, 03 · 𝑥 + 0, 0513
1, 55121 = 2, 03 · 𝑥 + 0, 0513
1,55121−0,0513
𝑥= 2,03
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Figura 6. Tabela com os valores máximos permitido pela legislação dos parâmetros para verificar a
potabilidade.
Fluoreto 1,5
Cloreto 250
Nitrato 10
Sulfato 250
Figura 7. Tabela com os valores dos ânions analisados segundo o fabricante da água mineral puríssima.
Parâmetro mg/L
Fluoreto 0,04
Cloreto 0,02
Nitrato 0,15
Sulfato 0,08
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6. CONCLUSÃO
Diante do objetivo apresentado pela prática, pode-se concluir que a concentração dos
ânions Cl-, F-, NO3- e SO42- de todas as amostras analisadas apresentaram valores inferiores
dos valores máximos permitidos pela legislação, ou seja, a partir dos parâmetros analisados
pode inferir-se que as águas das dependências da Universidade Federal de Mato Grosso
(UFMT) apresentam potabilidade segundo a legislação.
REFERÊNCIAS
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