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Gabriela Costa e Thatiane Orsini o Com Envelope de natureza lipídica e

Cucleocapsídeo helicoidal
Cinomose o Características Físicas
o Inativado a 60 º C, em 30 minutos
Definição o Radiação Solar inativa o vírus em horas
Doença infecto-contagiosa, de origem viral, que se o Conserva-se em refrigeração ( 4 ºC) por meses.
caracteriza em poder apresentar quadro clínico febril o Conserva-se em congelamento ou liofilizado por
bifásico e com sintomas e sinais respiratórios, digestivos anos
e nervosos. o Características Químicas
Acomete principalmente os cães domésticos e também o Inativado em pH superior a 9 ou inferior a 4,5.
espécies silvestres. o Sensível ao Éter e demais solventes lipídicos.
É uma das mais importantes enfermidades víricas do o Desinfetantes de eleição – CaOH a 3%, Formol a
cão. 0,1% e Fenol a 0,7%.
Sinonímia Cinomose – Sistemas Hospedeiros
Brasil o Animais – Hospedeiros naturais
Cinomose Doença dos cães novos Doença do coxim o Canidae – Cão, Raposa, Coiote, Lobo, Chacal.
áspero o Felidae – Gato, Leão e Tigre
Mundial o Viverridae – Mangusto, Civeta
Monquillo Esgana Distemper Hard pad disease Maladie o Mustelidae – Furão, Mink, Visão e Marta
de Carré Cimurro Hundestaupe o Ursidae – Urso
o Espécie mais sensível é o Furão, com
Importância mortalidade próxima a 100%.
Prejuízos aos criadores de cães o Células para Cultivo
* América do Norte, no Norte da Europa e de o Células de Rim e Pulmão de Cão e de Furão.
forma crescente na Europa Central as criações de o Adaptado ao cultivo em ovos embrionados,
Visões, Martas > afeta produção de pele inoculação em Hamsters e
* Interfere na criação de animais “Pet” = Furão o Camundongos.
Cinomose - Histórico o Melhor método é o cultivo em macrófagos de
Carré (1905) – Doença causada por vírus e não por cães ou de furão.
agentes bacterianos. Cinomose – Patogenia
Lailaw & Dunkin (1928) – Desenvolvimento de Vacina e o Portas de Entrada:Via Respiratória;
Soro específico para a doença.
Digestiva;Conjuntiva, por contato direto.
A partir de 1930 – Esclarecimento completo sobre a o Fontes de Infecção: Corrimento Nasal;Saliva,
forma clínica e etiológica da enfermidade. Fezes e Urina;Água e alimentos contaminados
Goss et al. (1948) – Observação de inclusões celulares por secreções de animais enfermos.
de forma arredondada a oval e com contorno irregular, o Principais sítios de replicação: Amígdalas, Placas
através de coloração com hematoxilina e Eosina de de Peyer e Linfonodos.
esfregaços de conjuntiva e língua de cães doentes.
Tais inclusões foram posteriormente denominadas “
Corpúsculos de Lentz”.

Cinomose – Agente etiológico


o Classificação
o Família Paramyxoviridae
o Gênero Morbillivirus
o Características Morfológicas
o Vírus RCA pleiomórficos, geralmente esféricos
o Medindo 150-300 nm de diâmetro

Cinomose – Aspectos Epidemiológicos • Cão há predileção por sexo ou raça.


• Cão há ocorrência sazonal
Taxa de Infecção é maior do que o número de animais • Maior ocorrência em animais jovens (redução da taxa
que adoecem (vários animais se tornam de anticorpos
subclinicamente infectados, eliminando maternos recebidos). Maior ocorrência em cães com
vírus, sem serem diagnosticados). até 2 anos de
idade, raro em animais com mais de 6 anos. - paraplegias e tetraplegias;
• Reservatórios e transmissores são : cães e animais - paralisias da mandíbula, da bexiga urinária e do reto;
silvestres adoecidos e os animais portadores sãos, que - perda da percepção sensitiva; e automutilações.
se recuperam e podem infectar outros animais ou a
próxima geração. Cinomose – Anatomia Patológica
• As principais fontes de infecção são o ar, alimentos e
água contaminados. o Inexistência de lesões características – dificuldade
em confirmar diagnóstico através da necropsia.
o Principais lesões no trato respiratório – inflamações
QUADRO CLÍNICO catarrais e/ou purulentas da nasofaringe, congestão
e mais raramente broncopneumonia.
Principais sinais o Co Sistema nervoso pode se encontrar hiperemia e
Sistêmicos: excesso de líquido cefalorraquidiano, geralmente
- conjuntivite sanguinolento.
- pústulas ventrais o Presença de inclusões citoplasmáticas em forma
Forma digestiva: arredondada, oval ou filamentosa e com contorno
- vômitos irregular, encontradas em células sanguíneas e / ou
- enterite tecidos infectados “Corpúsculos de Lentz”.
- diarréia
Forma respiratória: Cinomose – Diagnóstico

- rinite • Anamnese + Clínico


- faringite catarral e purulenta • Laboratorial
- Bronquite – broncopneumonia – Técnicas - Soroneutralização, Imunofluorescência,
Fixação de Complemento, Imunoperoxidase e Elisa
A forma nervosa aparece na fase final: (pesquisa de IgG e IgM específicas.
- transtornos psíquicos; – Material a coletar
- movimentos violentos; • Animais vivos - Sangue, Suabes da região nasal,
- contrações tônico-clônicas generalizadas; faringeana e conjuntival.
- mioclonias locais; • Animais mortos – Tecidos linfáticos (Timo, Baço e
- ataxias; Linfonodos), Bexiga Urinária,
Pulmão, Intestinos, Cérebro e Rins. • Antibioticoterapia – (Cloranfenicol, Terramicina,
o Diagnóstico Diferencial etc)
o Enfermidades que cursem em sintomatologia • Antidiarréicos adsorventes – (Pectina, Caulim,
digestiva – Isosporose, Dipilidiose, etc)
o Parvovirose, etc. • Antiperistálticos – (Buscopam ou Difenidramida)
o Enfermidades que cursem em sintomatologia • Reidratação (Ringer ou Soro Glicosado)
respiratória – Broncopneumonia • Antipiréticos
o verminótica, bacteriana isolada, etc. • Complexos vitamínicos
o Enfermidades que cursem em sintomatologia
nervosa – Intoxicações por clorados e Cinomose – Prognóstico
clorofosforados. o Reservado – Quando nas fases iniciais (digestiva
e respiratória)
Cinomose – Profilaxia e Tratamento o Ruim – Quando em fase avançada e com graves
Profilaxia lesões entéricas ou pneumônicas.
o Rigoroso esquema vacinal dos filhotes (3 doses, o Ruim - Na fase Nervosa, por ser
iniciando aos 45 dias comumentemente progressiva, levando a morte
o de vida, e com intervalos entre doses de 28 ou deixando seqüelas quando o animal
dias). sobrevive.
o Avaliar acesso da ninhada ao colostro, e
exposição.
o Evitar exposição dos filhotes à situações de risco
até completar o esquema vacinal.
o Reforço Anual, quando adultos.

Tratamento
• Aplicação de sorohiperimune específico

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