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Amados irmãos e irmãs:

Quão maravilhoso é para nós


o encontro nesta esquina de
comunhão! É a hora de ouvir a
voz íntima do Mestre de
Nazaré.


Reflexão – 015

A CONFISSÃO DE P EDRO : VERDADE ETERNA


M ATEUS 9.14-17
LEITURAS:
MATEUS 16.13-20 / LUCAS 9.18-21

Depois de muitos anos de leituras e pesquisas acadêmicas, no campo


bíblico-teológico, não encontrei uma explicação melhor para Mateus 16.13-
20 do que a que foi redigida pelo Prof. Dr. Waldyr Carvalho Luz (1917-
2013), reverenciado professor do Centro de Estudos de Línguas (CEL) da
UNICAMP e do Seminário Presbiteriano do Sul,
em Campinas, SP. Compartilho alguns
segmentos deste artigo com os irmãos,
empregando uma linguagem menos erudita e o
faço com todo o respeito ao autor. Havendo
interesse em ler o artigo na íntegra, acesse o
link indicado1.


Aproximava-se o fim do ministério terreno de


Jesus. O Mestre antevia o iminente desfecho
que o aguardava. Sua meta era preparar os
desavisados apóstolos e conscientizá-los,
quanto à real concepção de sua pessoa divino-humana, e, também, quanto
à missão que se lhes reservava.

Retirou-se Jesus para as bandas da Palestina, à região da cidade de


Cesareia de Filipe. Perguntou-lhes quem dizia o povo ser ele? Ouve variadas
concepções e, então, interroga-os: “Mas vós, quem me dizeis ser?” O

1 Disponível em:
http://www.monergismo.com/textos/comentarios/pedro_pedra_waldyr.htm
expressivo Pedro declara: “Tu és o Messias (Cristo, literalmente, Ungido),
o Filho do Deus vivo”. Os apóstolos tinham a plena e exata convicção de
sua pessoa divino-humana, de sua identidade messiânica, da realidade do
reino de Deus, da verdade do Evangelho comunicado, da esperança
realizada do Israel espiritual, e Pedro expressava o secreto sentir de todo o
grupo apostólico. Então Jesus declara: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra
edificarei a minha igreja, e os portais do Hades não prevalecerão
sobre ela”, uma tríade de cláusulas conexas, fundamental no
reconhecimento da supremacia de Jesus, base e fundamento da fé,
indispensável, e do real discipulado cristão.
O artigo prossegue explanando sobre as três “cláusulas conexas”, mas nos
limitamos a destacar não mais que as divisões propostas pelo autor: 1ª “Tu
és Pedro”; 2ª “E sobre esta pedra edificarei a minha igreja”; 3ª “e os portais
do Hades não prevalecerão sobre ela”.
Para melhor compreensão da “unidade literária” (conf. Mateus 16.13-20),
seguem as considerações finais do referido artigo:

A exegese2 sadia, objetiva, imparcial deste texto, em seu contexto, autorizará


estas precisas ilações quanto à igreja:

Sua constituição estrutural:


Compõem-na ‘Pedros’, isto é, individualidades pétreas, pessoas de fé inabalável e
testemunho irredutível a confessar Jesus Cristo como Soberano e Senhor de sua
consciência, vitalizada pela graça de Deus e iluminada pelo evangelho puro;

Sua dinâmica operacional:


Não embasada na força, nos poderes humanos, nos recursos materiais, na
eficiência de máquina administrativa e organização modelar, mas na potência da
fé em Cristo, no vigor do testemunho cristão, na fidelidade a Deus, na obediência
integral ao preceitos do Senhor;

Sua imperecibilidade existencial:


A garantia solene de Cristo de que os seus, sofreriam ante inimigos e
perseguidores brutais, mas jamais seriam destruídos, desafiando os séculos,
testemunhando eficazmente.
Os portais da morte não aniquilarão, jamais, sua igreja, pois poderoso é Deus,
que em tudo a escudará, preservará, abençoará, fará triunfante. Amém.

Na Natureza a revelação de Deus é visualizada;


REVELAÇÃO na Escritura é verbalizada; em Cristo, ambas as coisas.
JOHN STOTT

2 Exegese: "é o processo de descobrir o significado pretendido pelo autor".


A pergunta formulada por Jesus, sobre sua identidade, propiciou a revelação
vinda da parte de Deus a Simão. O Mestre confirma a revelação, dizendo a
seu discípulo:
Bem-aventurado é você, Simão bar-Jonas, porque não foi carne e sangue* que
revelaram isso a você, mas meu Pai, que está nos céus. (MT. 16.17 - NAA)

(*) ou seja, não foram as luzes da razão humana que favoreceram Simão a
fazer a declaração solene: “Tu és o Cristo”.
Somente com mediação do Espírito Santo, na lógica da revelação, será
possível conhecer o âmago da pessoa do Senhor Jesus. Foi o que ocorreu
com Simão naquele instante único. Hoje, somos discípulos de Cristo, somos
todos “Pedros” na confissão, somos todos igreja a partir da “confissão” “Tu és
o Cristo, o Filho do Deus vivo”.
Pedro foi o primeiro a colocar esta verdade em palavras. A revelação lhe
permitiu afirmar dois aspectos sobre a pessoa de Jesus: que ele era o
Messias judaico e que era divino – “o Filho do Deus vivo”. Esta revelação
anula as concepções populares que os discípulos deram ao Senhor,
preliminarmente.
O Cristo do credo de Pedro era mais do que um simples homem; sabia – com
todo o seu ser – que seu Mestre era o Filho de Deus manifesto em carne.

Amados, esta é a confissão das confissões!


Você já confessou a Jesus debaixo da revelação do Espírito Santo?
Então, somos irmãos em Cristo e salvos pela graça mediante a fé!

C ONFISSÃO + C ONVICÇÃO =
S ALVAÇÃO !

Se com a boca você confessar


Jesus como Senhor e em seu
coração crer que Deus o
ressuscitou dentre os mortos,
Jesus é Senhor!
você será salvo.
(ROMANOS 10.9 – NAA)

Rev isão
Próxima Missão apostólica: natureza, dificuldades e alegrias
Professora
Semana João 15.1—16.15
Ruth H. Yamamoto

A DEUS TODA A GLÓRIA!

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