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Análise Do Documentário - Samantha
Análise Do Documentário - Samantha
Análise do documentário:
“Fake Famous: Uma Experiência surreal nas redes”
São Paulo
2022
SUMÁRIO
2. SINOPSE
Documentário original da HBO que explora o significado de fama na era
digital por meio de um experimento social inovador. Seguindo três pessoas de Los
Angeles com relativamente poucos seguidores, o diretor Nick Bilton apresenta os
bastidores da tentativa de transformá-los em influenciadores, revelando como a boa
parte do nosso mundo online pode ser mais fabricada do que se imagina.
3. RESUMO
O trabalho tem como finalidade fazer uma análise sobre as questões das
redes sociais nas vidas dos participantes anônimos, mostrar como isso afeta a
identidade e suas questões sociais de maneira positiva e negativa, a partir do
documentário Fake Famous (2021). O documentário visa mostrar o quanto pode ser
falso à vida que os influenciadores divulgam, unindo três cobaias para demonstrar
isso usando estratégias para torná-las famosas.
O diretor do documentário e jornalista Nick Bilton, tem como objetivo exibir
como ele vê e como funciona a indústria que é formada pela vida fake e alimentada
por dinheiro, e revelar o quanto esse mundo pode ser um ciclo vicioso.
4. INTRODUÇÃO
O trabalho tem como foco principal analisar o documentário “Fake Famous:
Uma Experiência Surreal Nas Redes”, visando discutir e repensar o significado da
fama na era digital, no qual obteve uma discrepância na relação que se estabelece
entre o influenciador digital e seu público.
Outrora houve um período em que apenas intelectuais com acesso aos
meios de comunicação ou celebridades tinham espaço para emitir opinião, hoje
qualquer pessoa pode, por meio dos aparelhos tecnológicos. Assim sendo, pode se
pressupor que, nas redes sociais, os usuários passaram a se espelhar na conduta
individual dos influenciadores.
A escolha do documentário se dá a partir da premissa do enredo do filme que
mostra ao telespectador a visão de como a vida de seu influenciador preferido pode
na verdade ser uma farsa e, que na verdade essa vida fictícia publicada nas redes
sociais são truques para mostrar uma vida que não existe. Você ainda o(a) seguiria
se soubesse que está sendo enganado (a)?
A finalidade do trabalho é mostrar que nem tudo o que ouvimos e assistimos
em nossos notebook, tablet ou smartphone são reais e, que se espelhar em
influências, se baseando apenas no que estão postando em suas redes, além de
contribuir para o aparecimento de uma estética padronizada, transformar as
pessoas em mercadoria, ainda pode contribuir para doenças psicológicas.
5. DESENVOLVIMENTO
O documentário começa através de um modo observativo, as primeiras
imagens se passam em um ponto turístico de Los Angeles, a famosa parede rosa,
citada em mais listas de lugares para se tirar uma foto para postar no Instagram, do
que outros pontos turísticos, e é a partir daí que a crítica acerca das redes sociais
começa.
Pessoas que viajam do mundo inteiro apenas para tirarem uma foto em frente
a esta parede, a indagação sobre é, o que elas estão procurando? Até onde as
pessoas estão dispostas a ir somente pelo número de curtidas? Neste momento o
diretor e roteirista Nick Bilton, aparece em cena e interage com o público fazendo a
seguinte pergunta: ‘’O que você quer ser quando crescer?’’. Trazendo dados de
pesquisadores, atualmente o que as crianças mais dizem é: ser um Influencer, até
porque, essas pessoas aparentam ter um parâmetro de vida elevado. Será que tudo
que aparenta, é de fato real?
Então, para poder provar o quão fácil é fingir uma vida inteira através das
mídias sociais, um experimento entra em andamento. Com 4 mil pessoas inscritas
para participar, o objetivo é escolher apenas três pessoas com poucos seguidores
no Instagram para se tornarem grandes influenciadores. A pergunta chave para
essa escolha é: ‘’Você quer ser famoso?’’.
O elenco conta com uma equipe de especialistas em mídias sociais,
produtores de castings e estilistas preparados para tentar torná-las famosas ou, ao
menos, transparecer que são. Os personagens que aparecem para participar deste
experimento são em sua maioria modelos e atrizes/atores, que tem a ambição de
serem famosos, sentem que merecem isso ou que precisam disso para que
consigam transformar o seu redor de alguma maneira.
Percebemos que todos os candidatos passam a metade do dia em redes
sociais, gerando um sentimento de inadequação e auto-sabotagem por se
compararem o tempo todo, querem aumentar seus números de seguidores e
descobrir a fórmula de como ganhar mais curtidas, é algo que afeta a autoestima de
cada um ali.
Os escolhidos então, foram Dominique Druckman, Wylie Heiner e Chris
Bailey, as pessoas menos óbvias e que não tinham algum talento que pudesse
levá-las a fama em algum momento (jogador profissional, cantora de ópera...) e sim,
pessoas que estavam em busca de realizar seus sonhos profissionais, sendo na
atuação, moda ou simplesmente uma ferramenta para obter algum sentido na vida,
algo que solucionasse seus problemas.
A partir daí, o diretor segue para um esquema de Talking Heads, começando
por Taylor Lorenz, repórter do New York Times, que aparece para dar seu
depoimento em relação ao termo influencer, por já ter sido citada no dicionário
Merriam-Webster como uma, ela define como: “Alguém que é meio empreendedor e
meio celebridade’’.
Em seguida, o comediante, ativista e escritor Baratunde Thurston, usa o
termo como, ‘’Alguém que tem muitos seguidores em algumas dessas plataformas’’
e logo após complementa ‘’Também parece ser alguém não empregado, ou pessoa
sem noção de objetivo’’, já a gerente de mídias sociais Hana Hussein sugere que
seja: ‘’Qualquer pessoa que tenha acesso a um grande número de seguidores, reais
ou falsos, que consiga se promover ou promover marcas’’.
Liz Eswein da New York City diz que o termo influencer, geralmente tem uma
conotação negativa por um motivo e em seguida entra Alyssa Reeder, fundadora da
WalkUp Studio, complementando a frase anterior, dizendo “As pessoas associam
influenciadores a blogueiros ou modelos que não são contratados ou algo assim’’. A
repórter de tecnologia Sarah Frier, finaliza dizendo que trata-se de apresentar um
estilo de vida do qual as pessoas desejam imitar, logo, irão te seguir para se basear
no que você tem vendido através das telas.
O diretor então passa a investir na imagem dos candidatos, transforma o
exterior com mudança de cabelo e alguns tratamentos estéticos, para depois, se
voltar à plataforma digital. A maneira escolhida para começar o experimento social é
ingressando no site chamado FAMOID, feito para compra de falsos seguidores. São
eles os famosos BOTS, criados por hackers e programadores, que são algoritmos
que fingem ser uma pessoa na internet, causadores também das notícias falsas que
se espalham por aí, comumente usados em períodos eleitorais e vendas.
Um determinado espaço de tempo das filmagens, é reservado somente para
focar em quão fácil é falsificar ambientes, fotos e criar um personagem para ser
divulgado online enquanto espera o retorno daquilo que estão vendendo. Logo,
torna-se uma moeda de troca para experiências de fato reais, seguidores que não
foram comprados ou marcas entrando em contato pois acham que eles de fato são
famosos.
6. CONCLUSÃO
O documentário possui algumas interpretações, são elas:
Durante o filme, compreenda-se o verdadeiro significado da fama. Por ser
uma vida almejada por muitos, tornar-se uma pessoa nova para adquiri-la é apenas
um preço que as pessoas não se importam de pagar, o ponto principal é o que
fazem para alcançá-la e como.
Ser influenciador, poder adquirir milhões de seguidores, ganhar diversos
produtos e obter dinheiro de um jeito fácil, tornou-se a visão do novo futuro,
atualmente há nichos para cada divisão de influencers, e esse mercado cresce cada
dia mais.
As redes e seus donos, em contradição, ganham muito mais com os
influenciadores e o mercado dos BOTs (algoritmos que fingem ser seguidores,
curtidas ou comentários). O público de redes apreciam poder conseguir ter
seguidores, portanto, além do dinheiro fácil, tornou-se uma forma de saciar a
ambição do público e deixá-los felizes por poderem pagar para obter sua meta cada
vez mais rápido.
Nota-se que a toxicidade das redes sociais não é algo mostrado aos
telespectadores, mesmo sendo um trabalho expositivo, porém se é observado no
documentário que os influenciadores não mostram a sua verdadeira realidade, e sim
uma que condiz com o que a mídia e o público espera.