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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

Bruna Nunes de Souza- 2490369


Emily Alves dos Santos - 3485860
Gabriela da Silva Conceição - 3476890
Mariana Martin Siqueira- 2608524
X Samantha Oliveira Filócromo - 2131026
Samara Chrystine de Oliveira Santos-7346272

Análise do documentário:
“Fake Famous: Uma Experiência surreal nas redes”

São Paulo
2022
SUMÁRIO

1. FICHA TÉCNICA ………………………………………………...………. 03


2. SINOPSE ……………………………………………………...………….. 03
3. RESUMO …………………………………………………...……………...03
4. INTRODUÇÃO ……………………………………...……………………. 03
5. DESENVOLVIMENTO ………………...………………………………… 04
5.1 Ideia e Proposta ………………………………………………………06
5.2 Mensagem e objetivo …………………………………………………07
5.3 Viés ……………………………………………………………………..08
5.4 Pontos de virada ………………………………………………………08
5.5 Análise crítica ………………………………………………………….09
5.6 Trilha Sonora …………………………………………………………..10
6. CONCLUSÃO ……………………………………………………………. 10
1. FICHA TÉCNICA

Título: “Fake Famous: Uma Experiência Surreal Nas Redes”


Produtor: HBO
Direção e roteiro: Nick Bilton
Duração: 1 hora e 26 minutos
País de origem: Estados Unidos
Lançamento: 2021
Gênero: Documentário
Classificação: 16 anos

2. SINOPSE
Documentário original da HBO que explora o significado de fama na era
digital por meio de um experimento social inovador. Seguindo três pessoas de Los
Angeles com relativamente poucos seguidores, o diretor Nick Bilton apresenta os
bastidores da tentativa de transformá-los em influenciadores, revelando como a boa
parte do nosso mundo online pode ser mais fabricada do que se imagina.

3. RESUMO
O trabalho tem como finalidade fazer uma análise sobre as questões das
redes sociais nas vidas dos participantes anônimos, mostrar como isso afeta a
identidade e suas questões sociais de maneira positiva e negativa, a partir do
documentário Fake Famous (2021). O documentário visa mostrar o quanto pode ser
falso à vida que os influenciadores divulgam, unindo três cobaias para demonstrar
isso usando estratégias para torná-las famosas.
O diretor do documentário e jornalista Nick Bilton, tem como objetivo exibir
como ele vê e como funciona a indústria que é formada pela vida fake e alimentada
por dinheiro, e revelar o quanto esse mundo pode ser um ciclo vicioso.

Palavras-chave: Documentário Fake Famous. Redes Sociais. Anônimos. Dinheiro.

4. INTRODUÇÃO
O trabalho tem como foco principal analisar o documentário “Fake Famous:
Uma Experiência Surreal Nas Redes”, visando discutir e repensar o significado da
fama na era digital, no qual obteve uma discrepância na relação que se estabelece
entre o influenciador digital e seu público.
Outrora houve um período em que apenas intelectuais com acesso aos
meios de comunicação ou celebridades tinham espaço para emitir opinião, hoje
qualquer pessoa pode, por meio dos aparelhos tecnológicos. Assim sendo, pode se
pressupor que, nas redes sociais, os usuários passaram a se espelhar na conduta
individual dos influenciadores.
A escolha do documentário se dá a partir da premissa do enredo do filme que
mostra ao telespectador a visão de como a vida de seu influenciador preferido pode
na verdade ser uma farsa e, que na verdade essa vida fictícia publicada nas redes
sociais são truques para mostrar uma vida que não existe. Você ainda o(a) seguiria
se soubesse que está sendo enganado (a)?
A finalidade do trabalho é mostrar que nem tudo o que ouvimos e assistimos
em nossos notebook, tablet ou smartphone são reais e, que se espelhar em
influências, se baseando apenas no que estão postando em suas redes, além de
contribuir para o aparecimento de uma estética padronizada, transformar as
pessoas em mercadoria, ainda pode contribuir para doenças psicológicas.

5. DESENVOLVIMENTO
O documentário começa através de um modo observativo, as primeiras
imagens se passam em um ponto turístico de Los Angeles, a famosa parede rosa,
citada em mais listas de lugares para se tirar uma foto para postar no Instagram, do
que outros pontos turísticos, e é a partir daí que a crítica acerca das redes sociais
começa.
Pessoas que viajam do mundo inteiro apenas para tirarem uma foto em frente
a esta parede, a indagação sobre é, o que elas estão procurando? Até onde as
pessoas estão dispostas a ir somente pelo número de curtidas? Neste momento o
diretor e roteirista Nick Bilton, aparece em cena e interage com o público fazendo a
seguinte pergunta: ‘’O que você quer ser quando crescer?’’. Trazendo dados de
pesquisadores, atualmente o que as crianças mais dizem é: ser um Influencer, até
porque, essas pessoas aparentam ter um parâmetro de vida elevado. Será que tudo
que aparenta, é de fato real?
Então, para poder provar o quão fácil é fingir uma vida inteira através das
mídias sociais, um experimento entra em andamento. Com 4 mil pessoas inscritas
para participar, o objetivo é escolher apenas três pessoas com poucos seguidores
no Instagram para se tornarem grandes influenciadores. A pergunta chave para
essa escolha é: ‘’Você quer ser famoso?’’.
O elenco conta com uma equipe de especialistas em mídias sociais,
produtores de castings e estilistas preparados para tentar torná-las famosas ou, ao
menos, transparecer que são. Os personagens que aparecem para participar deste
experimento são em sua maioria modelos e atrizes/atores, que tem a ambição de
serem famosos, sentem que merecem isso ou que precisam disso para que
consigam transformar o seu redor de alguma maneira.
Percebemos que todos os candidatos passam a metade do dia em redes
sociais, gerando um sentimento de inadequação e auto-sabotagem por se
compararem o tempo todo, querem aumentar seus números de seguidores e
descobrir a fórmula de como ganhar mais curtidas, é algo que afeta a autoestima de
cada um ali.
Os escolhidos então, foram Dominique Druckman, Wylie Heiner e Chris
Bailey, as pessoas menos óbvias e que não tinham algum talento que pudesse
levá-las a fama em algum momento (jogador profissional, cantora de ópera...) e sim,
pessoas que estavam em busca de realizar seus sonhos profissionais, sendo na
atuação, moda ou simplesmente uma ferramenta para obter algum sentido na vida,
algo que solucionasse seus problemas.
A partir daí, o diretor segue para um esquema de Talking Heads, começando
por Taylor Lorenz, repórter do New York Times, que aparece para dar seu
depoimento em relação ao termo influencer, por já ter sido citada no dicionário
Merriam-Webster como uma, ela define como: “Alguém que é meio empreendedor e
meio celebridade’’.
Em seguida, o comediante, ativista e escritor Baratunde Thurston, usa o
termo como, ‘’Alguém que tem muitos seguidores em algumas dessas plataformas’’
e logo após complementa ‘’Também parece ser alguém não empregado, ou pessoa
sem noção de objetivo’’, já a gerente de mídias sociais Hana Hussein sugere que
seja: ‘’Qualquer pessoa que tenha acesso a um grande número de seguidores, reais
ou falsos, que consiga se promover ou promover marcas’’.
Liz Eswein da New York City diz que o termo influencer, geralmente tem uma
conotação negativa por um motivo e em seguida entra Alyssa Reeder, fundadora da
WalkUp Studio, complementando a frase anterior, dizendo “As pessoas associam
influenciadores a blogueiros ou modelos que não são contratados ou algo assim’’. A
repórter de tecnologia Sarah Frier, finaliza dizendo que trata-se de apresentar um
estilo de vida do qual as pessoas desejam imitar, logo, irão te seguir para se basear
no que você tem vendido através das telas.
O diretor então passa a investir na imagem dos candidatos, transforma o
exterior com mudança de cabelo e alguns tratamentos estéticos, para depois, se
voltar à plataforma digital. A maneira escolhida para começar o experimento social é
ingressando no site chamado FAMOID, feito para compra de falsos seguidores. São
eles os famosos BOTS, criados por hackers e programadores, que são algoritmos
que fingem ser uma pessoa na internet, causadores também das notícias falsas que
se espalham por aí, comumente usados em períodos eleitorais e vendas.
Um determinado espaço de tempo das filmagens, é reservado somente para
focar em quão fácil é falsificar ambientes, fotos e criar um personagem para ser
divulgado online enquanto espera o retorno daquilo que estão vendendo. Logo,
torna-se uma moeda de troca para experiências de fato reais, seguidores que não
foram comprados ou marcas entrando em contato pois acham que eles de fato são
famosos.

5.1 Ideia e Proposta


A proposta é captar o processo de evolução de pessoas normais em
influencers, mostrando que a fama não é algo palpável, mas é perigosa, poderosa e
quem alcança, não a controla. Existe até uma breve comparação em relação a ser
criança, querer ser famoso é correlativo ao desejo de ser amado, sensação de
pertencimento, assim como uma criança tem a necessidade de ser acolhida e
amada em sua família.
O título Fake Famous, remete a isso, porque antigamente pessoas ficaram
famosas por habilidades e talentos, agora a expansão da mídia traz uma
necessidade de ter algo que a entretenha 24h, que te faça navegar naquele perfil
por algum motivo específico. Com isso, surgem vários nichos de influencers para se
inspirar, desde um micro influenciador até alguém com mais de um milhão de
seguidores, você consegue conteúdos de moda, estilo de vida, design de casa e
interior, de bem-estar, saúde entre outros.
A parte positiva dessa propagação da tecnologia foi ampliar a voz de pessoas
que na mídia tradicional não obtinham espaço, por exemplo, as comunidades
ativistas e seus movimentos como ambientalismo e a crise do clima,
#BlackLivesMatter, lutas de gênero e orientação sexual. Fora isso, sua rede social é
um parâmetro para conseguir um emprego, namoro, até uma rede de amigos e se
você não tiver isso, perde oportunidades de ouro.
É mostrado o quão somos influenciados por aquilo que nem sabemos se é
verdade, acompanhamos e nos comparamos com pessoas, alter egos, personagens
digitais, enquanto a realidade é fácil de ser manipulada e nunca saberemos o quão
verídico é o que ou quem consumimos na internet.
Um exemplo claro, é o período pandêmico relatado prestes a chegar ao final
do documentário, onde existe um limbo: pessoas morrendo na vida real e outras
viajando e aproveitando nas redes sociais. Gerando um conflito interno em quem
antes queria tudo isso, para uma reflexão: Do que vale tudo isso, enquanto aqui
fora, no mundo real, pessoas estão morrendo?

5.2 Mensagem e objetivo


O maior objetivo do documentário é mostrar a fama pelas redes sociais e
apontar aos que assistem, que alguns comportamentos para ganhar seguidores
podem ser nada saudáveis, como criar e construir uma rotina de identidade que não
se enquadra com sua personalidade, fazendo com que a pessoa mude
completamente para se encaixar nessa vida.
Como podemos observar com os personagens Chris e Wylie, trazendo um
lado que pra ter uma carreira de sucesso e fama apresenta abandonar sua vida,
rotina, emocional e psicológica, que não vale tanto assim passar por tudo isso, para
no final apenas ganhar apenas alguns momentos de fama.
Demonstra o quanto a nossa fixação por likes e seguidores que temos por
meio das redes sociais pode ser um problema, e como a maioria das pessoas no
mundo online é muito mais mentiroso e fabricado do que pensamos, mostrando uma
vida cada vez mais longe da realidade, um vício pelas mídias, curtidas e postagens,
que podem ficar cada vez piores se não tivermos um limite. E mesmo que essa vida
pelas redes sociais seja complicada e difícil, muitas pessoas desejam isso, além de
ser um meio fácil de receber dinheiro e que pode se tornar uma “profissão do
futuro”.
5.3 Viés
A perspectiva do documentário expõe todo o sistema que cerca os chamados
“influenciadores” das redes sociais. Ao decorrer da produção, percebe-se a intenção
de mostrar como os seguidores podem se influenciar por ideias falsas e os próprios
influencers se influenciarem pela fama que a tecnologia consegue possibilitar.
Trata-se de uma pesquisa que possui viés jornalístico, pois o diretor já foi
repórter da ‘’Vanity Fair’’ e do ‘’New York Times’’ que cobria o impacto da tecnologia
na sociedade, logo, ele passou de defender as mídias sociais para entender as
vastas consequências do uso excessivo delas, em especial, a necessidade de obter
fama e é por isso que o experimento segue essa linha de raciocínio.
Basicamente, a direção escancara os lados negativos, e falsos, da fama
virtual, sendo assim, todo o esquema, de muitos famosos, para assegurar suas
imagens perante as mídias digitais.

5.4 Pontos de virada


1. Escolha das pessoas menos prováveis de serem famosas;
2. Compra de seguidores falsos, mostrando como funciona esse cenário/
Compra de engajamento (Curtidas e comentários);
3. Evidenciar que a maioria das coisas é falsa;
4. Mostrar que depois de 3 meses o experimento começou a dar certo para
Dominique, Chris deleta os comentários dos BOT’s e nega a fama, e Wylie
Heiner privar a conta no instagram por conta de um amigo confrontá-lo sobre
os bot's;
5. Cyberbullying e saúde mental de pessoas nas redes;
6. Quarentena - Covid-19 - Influencers postando fotos em viagens sendo que
todos estavam de quarentena, e Dominique percebe a falsidade. Os
influenciadores continuaram mostrando uma realidade que não condizia com
o que o mundo estava passando.
5.5 Análise crítica
A produção não esconde sua antipatia em relação à fama virtual, toda a
estratégia pensada pela direção, faz do documentário um verdadeiro “exposed”,
com uma intenção semelhante ao que vemos nos chamados “exposeds” das redes
sociais, isto é, escancarar uma série de situações erradas, utilizando os próprios
meios digitais.
De fato, alguns pontos muito interessantes sobre o poder dos números nas
redes sociais são trabalhados e escancarados, como por exemplo, a facilidade que
um influenciador digital tem de enganar seus seguidores, ao fingir uma viagem,
montar um cenário, manipular as imagens postadas, e etc. Porém, é válido assumir
que esses são aspectos um tanto superficiais, e mais assuntos mereciam ser mais
observados, como por exemplo, a saúde mental dos participantes do experimento.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Criadores ID, 22,2% dos
influenciadores sofrem de transtorno de ansiedade; 6,4% sofrem de depressão e
2,5% sofrem de TDAH e isso não é à toa.
Essa mesma pesquisa ainda revela que 81% dos criadores se sentem
pressionados a produzir novos conteúdos para manter a audiência, sendo que o
próprio sistema das redes, pede uma alta demanda para que haja uma alta
relevância. Se pensarmos neste aspecto dentro do cenário dos participantes do
processo, essa pressão aumenta ainda mais, pois a fama nem havia sido atingida
ainda.
Os produtores pecam em não explorar ainda mais esse lado, principalmente
quando um dos participantes assume que quer desistir dessa missão e ambos
estavam vivendo no contexto da pandemia da covid-19, que deixam as redes
sociais mais fortes do que nunca, por serem um apoio emocional.
Por fim, os seguidores dessas pessoas poderiam ter ganhado espaço
durante o experimento, para abrirem suas reflexões sobre como se sentem ao se
depararem com a possibilidade de estarem sendo enganados.

5.6 Trilha sonora


O Documentário foi produzido com músicas da orquestra contratada, sem
nenhuma música de outros artistas.
Vocais solo: Holly Sedillos e Abdel Macias
Músicos: Budapest Scoring Orchestra
Editor musical: Pablo Croissier

6. CONCLUSÃO
O documentário possui algumas interpretações, são elas:
Durante o filme, compreenda-se o verdadeiro significado da fama. Por ser
uma vida almejada por muitos, tornar-se uma pessoa nova para adquiri-la é apenas
um preço que as pessoas não se importam de pagar, o ponto principal é o que
fazem para alcançá-la e como.
Ser influenciador, poder adquirir milhões de seguidores, ganhar diversos
produtos e obter dinheiro de um jeito fácil, tornou-se a visão do novo futuro,
atualmente há nichos para cada divisão de influencers, e esse mercado cresce cada
dia mais.
As redes e seus donos, em contradição, ganham muito mais com os
influenciadores e o mercado dos BOTs (algoritmos que fingem ser seguidores,
curtidas ou comentários). O público de redes apreciam poder conseguir ter
seguidores, portanto, além do dinheiro fácil, tornou-se uma forma de saciar a
ambição do público e deixá-los felizes por poderem pagar para obter sua meta cada
vez mais rápido.
Nota-se que a toxicidade das redes sociais não é algo mostrado aos
telespectadores, mesmo sendo um trabalho expositivo, porém se é observado no
documentário que os influenciadores não mostram a sua verdadeira realidade, e sim
uma que condiz com o que a mídia e o público espera.

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