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FEG-~ Faculdade de Economia e Gestio— Curso de CA: Contabilidade e Auditoria 4° Ano / PL Evolugio Histérica da Etica A Etiea é um sinalizador do desenvolvimento histérico e cultural da humanidade que regula a Moral, a floséfia, a Religido e a Sociedade. fa ciéncia da Moral. A evolugao do conceito de ética é determinada pela mudanga dos valores morais e pelas leis vigentes, ao longo das varias épocas histéricas, Recuemos entio no tempo © comecemos por analisar 0 conceito de ética na civilizagio Grega, podemos até recuar um pouco mais no tempo que perceberemos que os sistemas Alosfioe © teolégicos da grécia tiveram origem no Egite. Onde os escritores gregos como Tales, Andxagoras, Sécrates, Platao e Arastételes, estudaram com sdbios africanos. ) Diante da perspectiva da civilizagao dominante, concluiremos que houve uma nogao de ética na civilizagao grega, que evolui até nossos dias. A Etica na eivilizagao grega tinha uma relagio muito estreita com a politica, tendo como base # cidadania e a forma de organizagao social. Compreendemos que as teorias éticas incidiam sobre essa relagio eidadio ¢ a polis em que a conduta do individuo determinava o bem estar coletivo, Segundo as correntes filosoficas de Sécrates, Arist6teles e Plato 0 ponto em comum € que o homem deverd pér os seus conhecimentos ao servigo da sociedade, de modo a que cada uum de seus membros possa ser feliz. A Etica ma Idade Médiao conceito de Etica altera-se radicalmente. A Igreja teve a influéncia de Santo Agostinho ¢ Sao Tomas de Aquino onde defendiam que s6 0 encontro do homem com Deus Ihe permitiré atingir a felicidade. Entre os séculos IV e XIV a ética passa a ser imposta, confundindo-se com a religidio ea moral. Continua a ser apenas normativa, Com 0 Renascimento no final do século XIV, a um regresso ao humanismo da Antiguidade. Periodo de de transformagées nas ciéncias onde o "Homem" Passa a ser o centro do Universo. A economia ver nascer a burguesia. A ética burguesa assume novos contornos que se pautam por novos valores. Apartir dai comegam a surgir teorias étieas que se afastam dos valores do cristianismo que comegam a abalar os alicerces de uma ética apenas normativa, sélida nos valores da Antiguidade. A Etica aplicada Sécrates, consagrou-se por delimitar o dominio do estudo que trata das ages humanas, criou um estilo proprio de pesquisa ética, analitica ¢ argumentativa que influencia até nossos dias. © profissional contabi de tempos em tempos, recebe criticas decorrentes de seu comportamento frente a dilemas éticos, ¢ por vezes 0 contador é demonstrado como alguém que no se preocupa com virtudes morais. 0 comportamento do profissional contabil 6 regulado, dentre outros, pelo Cédigo de Etica do Profissional Contabilista ¢ Auditor de Mocambique que apresenta expectativas de conduta e sangdes para os infratores. Este facto faz com que a disciplina de ética nos curriculos dos cursos superiores de Ciéncias Contabeis enfoque mais as regras claboradas do que 03 comportamentos esperados. Cadel : EDP ~ Etica e Deontologia Profissional -? Semestre/2023 Docente: Franjé F, Amelangy V5 Digitalizado com Lamscanne: FEG~ Faculdade de Economia e Gestdo ~ Curso de CA: Contabilidade e Auditoria - 4” Ano / PL ica de Arist6toles (384 -322 a.C) exereeu forte influéneia no pensamento ocidental. Segundo sua teoria, conhecida como cudemonismo (do. grego cudaimonéu significa ter éxito, ser feliz), todas as atividades humanas aspiram @ algum hem, dentre os quais, o maior é a felicidade. Para Aristételes, a felicidade nio se encontra nos prazeres nem na riquesa, mas na atividade racional, no exerefeio ¢ na evolugio ‘do pensamento. Para os hedonistas (do grego bedoné, prazer) 0 bem se encontra no prazer. De forma genérica, podemos afirmar que a civilizagio contemporanea é hedonista, pois associa a felicidade com a aquisi¢ao de bens de consumo: casa, carros, roupas, comida, aparelhos eletrénicos e domésticos sexualidade. No entanto, segundo Epicuro (século IIT a.C.), principal representante do hedonismo grego, 0s Prazeres do corpo sio causa de ansicdade ¢ sofrimento. Por isso, para que a alma nao sofra Perturbagées, é preciso limitar os prazeres materiais, I virtuoso quem é capaz de usufruir do prazer com moderacdo, Essa atitude 0 leva ao cultivo dos prazeres__espirituais. Na mesma época, Zeno de Citio condena os prazeres em geral ¢ considera que muitos males decorrem da liberalidade dos prazeres. Segundo pensador, a virtude do sébio depende do viver de acordo com sua naturezaerazio, nando as paixdes, causadoras de _sofrimento. A Idade Média retoma esse pensamento ¢ aperfeigoa a vida espiritual por meio de préticas de purificago do corpo, instituindo o jejum, a abstinéneia e a flagelagao. Essa tendéncia predominow na Alta Idade Média, influenciada pela Igreja. Conclusio As questies Gticas esto presentes desde o inicio dos tempos, desde que o ser humano comegou a questionar ¢ as respostas que obtinha j4 néo eram suficientes. Assim sendo, desde a antiguidade, que a étiea passou por uma grande evolugio, distinguindo-se da moral ¢ dividindose. Com os gregos (Plato e Aristételes), comegou a ser racionalizada, tendo sido os primeiros a preocuparem-se com a existéncia de um conjunto de regras que pudessem viabilizar a convivéncia em sociedade. A Idade Média na Europa foi caraterizada pela unio da Igreja ¢ do Estado, o que contribuiu para a formagao de uma ética religiosa, ou seja, no havia distingaio entre os dois tipos de discursos. No entanto, Tomds de Aquino veio distinguir disourso filos6fico e discurso de fé, 0 que contribuiu para 0 pensamento de uma ética independente da religiao. No decurso do século XVIIL, o modelo predominante era o da ética puramente racional, impulsionado pelo Iuminismo que exaltava a capacidade de o Homem conhecer e agir pela razio (LIMA VAZ, 1999). A corrente seguinte, denominava-se por utilitarismo era uma étiea adequadamente denominada de consequencialista, na medida em que se deve avaliar os efeitos das ages para que se reflita se a conduta é cticamente reprovavel (a partir do critério da utilidade) (Geraldo, 2008). Na sequéncia desta corrente, surgiram as “filosofias da suspeita”, mas também elas continham falhas, e agora, 0 caminho fica aberto a uma nova panéplia de teorias. A histéria da ética é, em grande parte, uma histéria do desenvolvimento de duas linhas centrais do pensamento: uma que enfatiza os nossos deveres fundamentais para com os outros, € outra que se esforga para justificar as decisées baseadas nos efeitos que as nossas ages tém sobre os outros (PLAISANCE, 2011). Cadeira: EDP — Etica e Deontologia Profissional - |? Semestre/2023 Docente: Franjé F. Almajane % Digitalizado com Lamscanne:

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