Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Plasticidade Fenotipica FE
Plasticidade Fenotipica FE
Índice
Resumo.......................................................................................................................................2
Palavras-chave............................................................................................................................2
Introdução..................................................................................................................................3
Material e Métodos....................................................................................................................4
Resultados..................................................................................................................................6
Discussão....................................................................................................................................9
Bibliografia..............................................................................................................................10
1
Análise fenotípica face alterações de luminosidade
João Gil Alcobia Carvalho - 107184
Resumo
Palavras-chave
2
Análise fenotípica face alterações de luminosidade
João Gil Alcobia Carvalho - 107184
Introdução
O seguinte estudo pretende avaliar a resposta da mesma planta, que neste caso é a
Laurus nobilis L., a alterações ambientais (neste caso à luz), através da comparação
morfológica de folhas de sombra e sol.
Para então se dar início à apresentação deste relatório é necessário entender que
processo se dá para a alteração de fenótipo no mesmo organismo. A este processo dá-se o
nome de plasticidade fenotípica, pelo que, tal como o nome indica, o fenótipo age como um
“plástico”, no sentido em que é bastante maleável e adaptável às condições ambientais
vigentes numa dada altura (Sultan, 2003). Estas alterações podem ser de tipo morfológico,
fisiológico, comportamental ou fenológico, tal como foi indicado por Lima, N. et al (2017).
No caso da alteração morfológica devido à variação de luz, tal como foi indicado por
Lima, N. et al (2017), verifica-se um aumento da área específica da folha, que aumenta nas
folhas à sombra para poderem captar mais luz.
Com isto podemos então esperar que as folhas de sombra sejam maiores que as de luz,
ou melhor dizendo, que a condição ambiental (luz vs sombra) causa efeitos nas características
morfológicas (peso, comprimento, largura, área, conteúdo de H2O, área foliar específica, …).
Reunindo todas as ideias expostas, por fim, obtém-se a seguinte questão, à qual se
pretende responder com a análise dos dados deste seguinte estudo:
3
Análise fenotípica face alterações de luminosidade
João Gil Alcobia Carvalho - 107184
Material e Métodos
Pode-se então construir um gráfico de barras onde são relacionadas as médias das áreas
foliares dos dois tipos de folhas e o respetivo desvio padrão. Para o cálculo destes dois
aspetos recorre-se às seguintes fórmulas:
4
Análise fenotípica face alterações de luminosidade
João Gil Alcobia Carvalho - 107184
cálculo da área foliar específica (=Área foliar/peso seco), que corresponde à área após a total
saída de água das amostras. A este parâmetro foi atribuído um gráfico que relaciona a média e
o desvio padrão, tal como na área foliar.
A partir dos pesos foi tambem possível calcular o conteúdo relativo em água das
folhas. Este calcula-se subtraindo as duas massas obtidas e dividindo as pelo Peso fresco
([(Pfresco – Pseco)/Pfresco] * 100). Multiplica-se, por fim, por 100 para poder ser
apresentada corretamente em percentagem. Repetidamente, como nos casos anteriores, foi
novamente criado um gráfico de barras que relaciona a média e o desvio padrão deste
parâmetro.
Resultados
5
Análise fenotípica face alterações de luminosidade
João Gil Alcobia Carvalho - 107184
50
40
(mm)
30
20
Sombra
10 Luz
0
50 100 150
COMPRIMENTO DA FOLHA
(mm)
Fig. 5 – Relação entre comprimento e largura foliar de Laurus nobilis L., expostas a duas
intensidades luminosas distintas
Com os valores acima referidos, fomos capazes de calcular a área foliar, algo já
explorado anteriormente. Com a área foliar das 34 folhas foi possível obter a sua média e
desvio padrão para os dois tipos de folhas distintas. A área foliar máxima de folhas de
“sombra” estudadas é em média 3029.3m2, enquanto nas de “sol” é de 1778.9 mm2. O desvio
padrão mantém se bastante semelhante nos dois casos.
4000.0
(média ± desvio padrão, mm²)
3000.0
ÁREA FOLIAR
2000.0
1000.0
0.0
Sombra Sol
Fig. 6 – Relação da área foliar com as duas intensidades luminosas a ser estudadas em Laurus
nobilis L.
6
Análise fenotípica face alterações de luminosidade
João Gil Alcobia Carvalho - 107184
10.0
(média ± desvio padrão, mm²/mg)
ÁREA FOLIAR ESPECÍFICA
5.0
0.0
Sombra Sol
Fig. 7 – Relação da área foliar específica com as duas intensidades luminosas a ser estudadas em
Laurus nobilis L.
45.0
(média ± desvio padrão, %)
30.0
15.0
0.0
Sombra Sol
Fig. 8 – Relação do conteúdo relativo em água com as duas intensidades luminosas a ser
estudadas em Laurus nobilis L.
7
Análise fenotípica face alterações de luminosidade
João Gil Alcobia Carvalho - 107184
Discussão
De facto, é possível reparar nos vários gráficos que os tamanhos das folhas de
“sombra” são maiores em vários aspetos, de modo a maximizar a superfície de área para a
captura de luz (Sultan, 2003). No caso do primeiro gráfico (fig. 5), o maior comprimento e
largura nas folhas de “sombra” comprova este facto, assim como a área foliar, que aumenta
com o aumento destes dois parâmetros métricos. Com maior área, há maior possibilidade de
incidência de raios na folha, permitindo um equilíbrio fotossintético entre folhas de luz e de
sombra, tal como foi referido por Lima, N. et al (2017). Em outro ponto, é possível verificar
que a área foliar mais reduzida nas folhas de “luz” é uma defesa contra a desidratação.
Na figura 7, a área foliar específica, reflete o mesmo efeito fenotípico que ambos os
gráficos anteriores. A espessura torna-se maior em locais de sombra, devido a maiores
8
Análise fenotípica face alterações de luminosidade
João Gil Alcobia Carvalho - 107184
Podemos então, por fim, com a apresentação e análise destes aspetos, concluir que o
loureiro do edifício n.º 26 apresenta plasticidade fenotípica em resposta às condições de
luminosidade, ou melhor, que as folhas de sombra são maiores que as de luz, uma adaptação
necessária para uma boa sobrevivência da planta.
Bibliografia
Lima, N.R.W., Sodré, G.A., Lima, H.R.R., Paiva, S.R., Kaiowá, A.L.G. &
Coutinho, A.J. (2017). Plasticidade Fenotípica. Ver. Ciência Elem. [Consultado
em 15 de abril de 2023]. Disponível em: http://doi.org/10.24927/rce2017.017
Wilson, P., Thompson, K., & Hodgson, J. (1999). Specific leaf area and leaf dry
matter content as alternative predictors of plant strategies. The New Phytologist
[Consultado em 17 de março de 2023]. Disponível em:
https://doi.org/10.1046/j.1469-8137.1999.00427.x