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Teoria Dos Atos Administrativos I
Teoria Dos Atos Administrativos I
694-67
Sinflório, Débora
SST Teoria dos Atos Administrativos I / Débora Sinflório
Ano: 2020
nº de p.: 11
APRESENTAÇÃO
Nesta unidade, verificaremos que os atos são classificados como uma espécie
de ato jurídico e que se tratam de ações que são fundamentais para que o Estado
cumpra sua função precípua, que é a consecução do bem-estar social. São ações
editadas pela Administração Pública que se diferenciam por serem dotados de
atributos específicos e inerentes ao poder público. Assim, veremos os elementos,
objetos e competência que compõem esse instituto jurídico, além das principais
classificações e funcionalidades.
Saiba mais
Não há que se confundir os atos administrativos com os atos da
Administração Pública.
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Assim, para que seja considerado como tal e, portanto, venha a ser disciplinado
pelas normas de direito público, é fundamental que possua atributos específicos,
conforme demonstrado pela figura a seguir.
Atributos Autoexutoriedade
Imperatividade
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
Classificação
Considerando o conceito de ato administrativo, é fundamental analisar suas formas
de classificação.
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Saiba mais
Atos administrativos são institutos jurídicos distintos do chamado
atos de governo.
Curiosidade
Órgão público pode ser conceituado como uma unidade com
distribuição específica dentro da organização do Estado.
• atos simples – são aqueles que dependem somente de uma única manifesta-
ção de vontade de um órgão da Administração Pública;
• atos compostos – imagine que um funcionário da prefeitura de São Paulo
protocole um ofício autorizando a realização de festa na cidade, mas, para
que consiga dar seguimento ao processo, necessita do aval de outro órgão.
A partir do exemplo, é possível ver dois pontos: para que o primeiro ato seja
considerado perfeito e acabado, precisa da ratificação do segundo ato, que é
considerado acessório em relação ao primeiro, que é o principal. Destaca-se
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que ambos os atos foram realizados no mesmo órgão, sendo esse ponto ou-
tra característica típica do ato composto;
• atos complexos – assim como o ato composto, o complexo também exige
duas manifestações de vontades, contudo, aqui, diferenciam-se, pois, no ato
complexo, as manifestações de vontades procedem de órgãos diferentes,
com igualdade de importância para formação do ato. Exemplo: trâmite para
aposentadoria de funcionário público: para que seja concedida, necessita da
manifestação da vontade pública e do Tribunal de Contas da União.
• ato eficaz – é aquele que está apto a produzir efeitos típicos ou próprios;
• ato ineficaz – diz respeito àquele ato que não está em condições de causar os
efeitos que lhe são natos, como, por exemplo, o ato pendente, ou seja, aquele
que está à espera. Cumpre lembrar que não é uma relação de causa e efeito
que ligam a validade e eficácia de um ato administrativo, ou seja, é possível
que um determinado ato seja dotado de uma dessas características, mas ca-
reça, em contrapartida, de outra.
Eficaz
Válido
Ineficaz
Perfeito
Atos Eficaz
administrativos
Inválido
Imperfeito
Ineficaz
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
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Curiosidade
A certidão é um documento declaratório expedido pela
Administração Pública, com base nos registros colhidos de seu
banco de dados.
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ELEMENTOS
Os atos administrativos possuem cinco elementos compositivos que funcionam
como requisitos de validade e sem os quais a sua manutenção poderá ser
juridicamente prejudicada, ao ponto de uma eventual invalidação.
Saiba mais
Em caráter excepcional, alguns vícios podem ser sanados sem
prejudicar a validade do ato administrativo.
O objeto, por sua vez, estabelece que além de ser dotado de legalidade, deve
estar em consonância com o princípio constitucional da moralidade que rege a
Administração Pública.
Para além da licitude, o ato deve ser revisto de moralidade e estar em conformidade
com os demais princípios constitucionais que determinam a atuação da
Administração Pública.
Quanto à forma, o ato deve obedecer normas obrigatórias e específicas que são
vinculantes ao gestor público. Ou seja, diferentemente das normas de direito privado
que estabelecem o princípio da liberdade de forma, as regras do direito público estão
vinculadas a formas obrigatórias e vinculadas. Nesse sentido, pode-se afirmar que
os atos administrativos devem revestir-se, em regra, da moralidade escrita
Além disso, o ato ainda deve ser motivado, ou seja, ter uma razão específica para
que ocorra. A motivação está ligada à exposição da causa (motivo) que justifica
a prática do ato administrativo e que deve ser completa, tempestiva, clara e
congruente. Ou seja, alinhada com as normas constitucionais e infraconstitucionais
que versam sobre a Administração Pública.
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Cumpre lembrar que todos os atos administrativos devem ser motivados, ainda que
sejam considerados discricionários. Todavia, motivar não é apenas citar de forma
expressa o fundamento legal em que o ato se estabelece, mas expor a razão fática
e jurídica que levou o agente público a dar concretude à norma jurídica mediante a
materialização do ato administrativo.
Por fim, o ato deve ser dotado de uma finalidade. Esse elemento é uma decorrência
direta do princípio da impessoalidade estabelecido na Constituição Federal de 1988.
Logo, sendo a finalidade da atuação do Estado a consecução do bem-estar coletivo,
os atos administrativos devem também ter esse fim.
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Fechamento
Nesta unidade, compreendemos que o ato administrativo é uma espécie de ato
jurídico e que essa espécie não se confunde com os atos da Administração Pública
ou com os atos de governo.
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Referências
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Código Civil de 2002. In: VADE
Mecum. São Paulo: Saraiva, 2020.
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