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FACULDADE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

LUÍSA CARDOSO DE ALMEIDA

Curso: Enfermagem.
Disciplina: Exames Complementares.
Professora: Dra. Claudia Laurindo.

CAXIAS DO SUL, 10 DE SETEMBRO DE 2022.


Leucemia Linfocítica Aguda.

Neste tipo de Leucemia, um linfócito imaturo surge danificado na medula óssea devido a um
erro em seu DNA, tendo um acumulo de linfoblastos que não funcionam e poucas células
sanguíneas maduras. É o tipo de câncer mais comum na infância, tendo as causas ainda não
conhecidas.
Seus principais sintomas são:

 Sensação de cansaço e de fraqueza;


 Falta de ar;
 Infecções graves ou frequentes;
 Perda de peso;
 Febre;
 Perda de apetite.

Para realizar o diagnóstico preciso da LLA, são necessários realizar vários exames, tanto de
imagem, quanto de sangue. Sendo eles:

 Hemograma completo e estudo do sangue periférico: onde é medido o número de


glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Avalia diversos tipos de células do
sangue, alterações na quantidade e na aparência;
 Bioquímica sanguínea: onde avalia a quantidade de substâncias químicas que circulam
no sangue, este exame não é realizado para o diagnóstico, mas sim, em pacientes já
diagnosticados para ajudar na detecção de problemas hepáticos ou renais causados
pela disseminação das células ou até mesmo efeitos colaterais de alguns
medicamentos;
 Exames de coagulação: para termos a certeza que o sangue está coagulando
corretamente, ou se há deficiência de alguma proteína;
 Citometria de fluxo: onde é identificado as células do sangue periférico ou da medula
óssea. As células da leucemia são diferentes das células saudáveis: elas podem ter
antígenos diferentes em sua superfície, dependendo se as células são mieloides ou
linfoides e do seu estágio de desenvolvimento;
 Punção lombar: pois a LLA pode se espalhar para o líquor, portanto esse exame é feito
para realmente termos a certeza que as células da leucemia se espalharam ou não;
 Ultrassonografia: pode ser usado para procurar linfonodos e aumento do fígado ou do
baço causados por um acúmulo de células de leucemia no tórax, abdômen e pelve.
 Tomografia Computadorizada: Pode ajudar na identificação de linfonodos e aumento
do fígado ou baço;
 Ressonância Magnética: As imagens da ressonância podem ser usadas para ver o
cérebro e a medula espinhal quando um paciente apresenta sintomas como dor de
cabeça ou convulsões que sugerem que as células da LLA podem ter se espalhado para
o cérebro e para a medula espinhal.
Leucemia Mielocítica Aguda.

Nesta Leucemia, é uma doença rara que atinge a medula óssea. As células-tronco dos pacientes
portadores da doença sofrem uma mutação genética. Essas células dão origem às células
sanguíneas, compostas por leucócitos, hemácias e plaquetas. Nessa situação, as células ficam
adoecidas, não conseguem se desenvolver e passam a se multiplicar de forma
descontrolada. Estudos mostram que é raro encontrar uma pessoa com menos de 45 anos com
este tipo de leucemia, normalmente a idade média é de 68 anos.
Os sintomas aparecem em forma de anemia, infecções e sangramentos. Entre outros sintomas,
podemos citar:

 Cansaço;
 Fadiga;
 Hematomas pelo corpo;
 Dor de cabeça;
 Falta de ar fora do normal;
 Febre, tonturas e desmaios.

Para o diagnóstico da LMA ser feito corretamente o paciente precisa, além de passar por um
médico especialista, fazer uma série de exames para ser confirmado seu diagnóstico como:

 Amostras de sangue e de medula óssea: utilizados para diagnósticos mais precisos.


 Hemograma completo: usado para mensurar o número de glóbulos vermelhos, brancos
e plaquetas nas amostras de sangue. Ele também mostra a quantidade de hemoglobina
nas células vermelhas e a porcentagem destas células nas amostras;
 HLA: utilizado para encontrar um doador compatível no caso de transplante halogênico
de medula óssea;
 Mielograma: onde é analisado o tamanho, formato, tipo e fará contagem dessas células.
Quando a porcentagem de blastos (célula imatura e doente) é igual ou maior a 20%, temos o
diagnóstico de leucemia aguda;
 Imunofenotipagem: classifica as células conforme o tipo de antígeno em sua superfície;
 Testes genéticos como: análise citogenética, exame fish e teste molecular. Estes exames
são feitos para encontrar genes específicos da leucemia.
Leucemia Linfocítica Crônica.

A leucemia linfocítica crônica é um tipo de câncer que começa quando certos glóbulos brancos,
os linfócitos, se transformam. É uma doença de progressão lenta. Esse processo de
transformação das células é lento e muitas pessoas não apresentam sintomas por alguns anos.
Porém, com o passar do tempo, o número de células de leucemia aumenta, espalhando-se pelo
corpo, atingindo linfonodos, fígado e baço. A LLC é uma doença mais comum em homens que
em mulheres e acomete, principalmente, idosos na faixa dos 72 anos
Seus principais sintomas são:

 Anemia;
 Trombocitopenia;
 Fraqueza;
 Cansaço;
 Perda de peso significativa dentro de 6 meses;
 Sensação de saciedade;
 Aumento dos linfonodos;
 Sudorese noturna;
 Febre de 38º graus por mais de 2 semanas sem evidências de infecção.
Os exames laboratoriais mais comuns para o diagnóstico da LLC são hemograma completo, que
observa os diferentes tipos de células do sangue e alterações nas suas quantidades. Outro
método utilizado, chamado de esfregaço do sangue periférico auxilia a visualizar alterações na
aparência das células e a presença de células anormais no sangue, o que permite caracterizar
melhor a doença.
Outros exames de sangue, exames genéticos:

 Citogenética;
 FISH;
 Exames moleculares;
 Citometria de fluxo.
Leucemia Mielocítica Crônica.

A LMC é um tipo de leucemia que progride devagar (crônica) e envolve as células mieloides da
medula óssea. A LMC é classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma
“neoplasia mieloproliferativa” (quando a medula óssea produz células sanguíneas em excesso).
Pacientes com LMC apresentam uma superprodução de glóbulos brancos e normalmente têm
uma evolução lenta no crescimento das células doentes ao longo do tempo. A idade média, no
momento do diagnóstico, da leucemia mieloide crônica é 64 anos. Quase metade dos casos são
diagnosticados em pessoas com mais de 65 anos, acomete principalmente adultos, raramente
é diagnosticada em crianças.
Muitas pessoas não desenvolvem sintomas até as fases posteriores, e o diagnóstico é feito
somente por exames de sangue de rotina. Quando ocorrem, os sintomas incluem:

 Sangramento fácil;
 Sensação de fraqueza ou cansaço;
 Perda de peso;
 Pele pálida;
 Sudorese noturna.
Os principais exames realizados são:

 Hemograma completo: A maioria dos pacientes com leucemia mieloide crônica


apresentam glóbulos brancos imaturos no sangue e uma quantidade insuficiente de
células vermelhas ou plaquetas. Embora estes resultados possam sugerir leucemia, a
doença geralmente não é diagnosticada sem um estudo das células da medula óssea.
 Exame da medula óssea: Em pacientes com leucemia mieloide crônica, a medula óssea
é muitas vezes hipercelular porque contém muitas células leucêmicas. Estes exames
também podem ser realizados após o tratamento para verificar se a leucemia está
respondendo ao tratamento.
 Exames bioquímicos: Esses exames medem a quantidade de determinadas substâncias
químicas no sangue, mas não são feitos para diagnosticar a leucemia. Eles podem ajudar
a diagnosticar problemas no fígado ou rins causados pela disseminação da doença ou
pelos efeitos colaterais de certos medicamentos. Esses exames também determinam
se o paciente precisa de tratamento para corrigir os níveis sanguíneos de certos
minerais.

Caso o médico responsável pelo paciente suspeite do diagnóstico de Leucemia, ele


solicitará uma biópsia para ter certeza do diagnóstico.
Papel do enfermeiro no monitoramento do paciente com Leucemia.

 Informar antecipadamente ao paciente sobre a quimioterapia e outros processos


terapêuticos. Além de explicar a finalidade e importância de cada um e seus possíveis
efeitos colaterais;

 Oferecer dieta hipercalórica e hiperproteica em intervalos regulares;

 Estimular ingestão de água;

 Registrar os efeitos colaterais dos quimioterápicos;

 Adotar cuidados especiais na administração de sondas, medicamentos e na realização


de tricotomias e lavagens intestinais;

 Observar e relatar a frequência e característica das eliminações gastrointestinais e


vesicais, atentando para presença de sangue;

 Estabelecer o uso de máscaras para pessoas que prestam cuidados diretos ao


paciente.

 Em pacientes em estados terminais, devemos deixa-lo tranquilo, mostrando que o


melhor tratamento está sendo feito, o tratando com respeito e atenção, de forma
individualizada para que se sinta acolhido e consiga se manter bem no seu tratamento
paliativo.
Referências Bibliográficas.
 https://revista.faema.edu.br/index.php/Revista-FAEMA/article/view/578 - Acessado
em 03/09/2022.
 https://www.scielo.br/j/rbsmi/a/Jp59Gqff3tBPrSHX6tYYD3f/abstract/?lang=pt –
Acessado em 03/09/2022.
 https://revistas.uaa.mx/index.php/luxmedica/article/view/868 - Acessado em
11/09/2022.
 https://www.scielo.br/j/rbhh/a/JmqbBTkmz936bZPV8ncdZjN/?lang=pt – Acessado em
11/09/2022.

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