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Processos de Fabricação II

I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão


TRIFILAGEM

Elaborado por Dr. Eng Justino B. Mulima, Msc. PhD


Processos de Fabricação II
I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
TRIFILAGEM
 Trefilagem é um processo de fabricação no qual a
matéria-prima é forçada a passar através de uma
fieira (designação habitualmente dada às matrizes de
trefilagem) aplicando uma força de tracção à saída.

Elaborado por Dr. Eng Justino B. Mulima, Msc. PhD


Processos de Fabricação II
I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
TRIFILAGEM
 À medida que a matéria prima vai atravessando a fieira vai
sofrendo deformação plástica, dando origem a um produto de
menor secção transversal e com maior comprimento, com boa
qualidade superficial e com excelente controlo dimensional.
A trefilagem aplica-se fundamentalmente no fabrico de peças que
possuam simetria axial de revolução, destacando-se pela sua
importância industrial a produção de arame e a redução de secção de
componentes tubulares.
A produção de tubo é geralmente efectuada por outros processos
tecnológicos a quente, como seja, por exemplo, a extrusão ou a
laminagem, aplicando-se a trefilagem apenas para reduzir os diâmetros.
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I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
TRIFILAGEM

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Processos de Fabricação II
I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
TRIFILAGEM
Trefilagem - fieiras
As fieiras de trefilagem são fabricadas em aço ferramenta ou em
carboneto de tungsténio para assegurar uma boa durabilidade e são
constituídas por quatro zonas distintas:
 Zona de entrada – possuindo um ângulo ligeiramente maior do que o
ângulo de trefilagem de modo a facilitar a lubrificação do processo.
 Zona de trefilagem – possuindo um ângulo que geralmente está
compreendido entre os 5º e os 15º.
 Zona cilíndrica – incluída por razões de fabrico e de manutenção da
matriz, sendo fundamental
para assegurar uma boa estabilidade dimensional ao produto final.

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I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
TRIFILAGEM
 Zona cilíndrica – incluída por razões de fabrico e de
manutenção da matriz, sendo fundamental
para assegurar uma boa estabilidade dimensional ao produto
final.
 Zona de saída – com um ângulo de abertura contrário ao dos
ângulos de entrada e de trefilagem

Elaborado por Dr. Eng Justino B. Mulima, Msc. PhD


Processos de Fabricação II
I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
TRIFILAGEM
 Cálculo de peças trefiladas – método da energia uniforme

 A metodologia de cálculo é análoga à de extrusão e, portanto,


apenas se apresentam as principais diferenças

Elaborado por Dr. Eng Justino B. Mulima, Msc. PhD


Processos de Fabricação II
I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
TRIFILAGEM
 Cálculo de peças trefiladas – método da energia uniforme

 A metodologia de cálculo é análoga à de extrusão e, portanto,


apenas se apresentam as principais diferenças

Elaborado por Dr. Eng Justino B. Mulima, Msc. PhD


Processos de Fabricação II
I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
TRIFILAGEM

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TRIFILAGEM

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TRIFILAGEM

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Processos de Fabricação II
I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
EXTRUSÃO
Introdução
 A extrusão é um processo tecnológico de deformação plástica
na massa, onde o material submetido a elevadas pressões,
aplicadas por intermédio de um punção, é forçado a passar
pelo orifício de uma matriz, de modo a reduzir e/ou modificar
a forma da sua secção transversal.
 A tecnologia da extrusão permite fabricar componentes de
geometria muito variada, com aplicação em inúmeras
industrias e fazendo uso de um leque muito alargado de
materiais metálicos, dos quais se destacam, pela sua
importância, os aços e as ligas de alumínio e de cobre.
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I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
EXTRUSÃO

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Processos de Fabricação II
I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
EXTRUSÃO
Introdução
 Embora as aplicações mais divulgadas consistam no fabrico
de varão e de tubo de secção cilíndrica constante podem, no
entanto, ser fabricadas outros produtos com dimensões e
formas geométricas muito diversificados numa gama muito
variada de materiais metálicos

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Processos de Fabricação II
I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
EXTRUSÃO
Classificação dos processos de extrusão
 Os processos de extrusão podem ser classificados em:
quanto ao tipo de movimento do material em relação a
ferramenta teremos quatro grupos distintos: Extrusão
directa, extrusão inversa e extrusão Lateral
 Quanto a Temperatura de Trabalho
 Extrusão a quente
 Extrusão a frio
 Quanto a aplicacao da carga
 Extrusao convencional
 Extrusao por impacto
 Extrusao hidrostatica
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I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
EXTRUSÃO
Classificação dos processos de extrusão

 Extrusão directa – este grupo integra o conjunto de


operações de extrusão (lubrificadas e não-lubrificadas)
onde o material é forçado a atravessar a matriz de extrusão
no mesmo sentido em que se efectua a aplicação de carga.

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I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
EXTRUSÃO
Classificação dos processos de extrusão

 Extrusão lnversa – este grupo integra o conjunto de


operações de extrusão (lubrificadas e não-lubrificadas)
onde o material é forçado a atravessar a matriz de extrusão
no mesmo sentido em que se efectua a aplicação de carga.

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I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
EXTRUSÃO

Classificação dos processos de extrusão


 Os processos de extrusão podem ser classificados em
quatro grupos distintos:
 Extrusão hidrostática – Este grupo integra o conjunto de
operações de extrusão directa onde o material, no interior
do contentor de extrusão, é envolvido por um fluido
hidráulico sujeito a uma pressão elevada.

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Processos de Fabricação II
I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
EXTRUSÃO

Classificação dos processos de extrusão


 Extrusão inversa– este grupo integra o conjunto de
operações de extrusão em que o contentor é fechado e o
material é forçado a sair da matriz através do punção, ou
seja, no sentido contrário ao do seu avanço.

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I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
EXTRUSÃO

Classificação dos processos de extrusão


 Os processos de extrusão podem ser classificados em
quatro grupos distintos:
 Extrusão inversa por impacto – este grupo integra o
conjunto de operações de extrusão em que o contentor é
fechado e o material é extrudido pelo espaço compreendido
entre o punção e o contentor em sentido contrário ao do seu
avanço

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Processos de Fabricação II
I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
EXTRUSÃO
Extrusão directa

 Na extrusão directa o material é colocado no interior de um


contentor e devido à acção de um punção forçado a passar
através do orifício da matriz. No decurso desta operação existe
movimento relativo entre o material e as paredes do contentor e,
por isso, atrito ao longo da interface de contacto (superfície da
camisa do contentor de extrusão

 O atrito é responsável por um aumento considerável da força


necessária à extrusão, a qual pode, em termos médios, crescer
cerca de 30% relativamente ao caso em que não existisse atrito.
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EXTRUSÃO
Extrusão directa

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EXTRUSÃO
Extrusão directa

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I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
EXTRUSÃO
Extrusão directa – força e energia
 O gráfico de variação da força aplicada pelo punção com
o deslocamento para uma operação de extrusão directa
pode ser decomposto em quatro regiões distintas, em
correspondência com as parcelas de energia que são
necessárias fornecer para realizar a extrusão:

A - Energia necessária para acomodar o material à geometria do contentor


B - Energia necessária para iniciar a extrusão do material
C - Energia necessária para deformar plasticamente o volume de material
D - Energia necessária para vencer o atrito que se desenvolve na interface
de contacto entre o material e o contentor de extrusão.
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I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
EXTRUSÃO
Extrusão directa – força e energia

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I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
EXTRUSÃO
Extrusão directa – defeitos
 Os principais defeitos que podem ocorrer
durante uma operação de extrusão directa
são os seguintes:
• Rechupes
Surgem durante a fase final de uma operação
de extrusão directa convencional. No caso de
se pretender processar a totalidade do material,
incluindo o material da beata, deverá
intercalar-se um pedaço de material auxiliar
entre o punção e o material a extrudir.
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I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
EXTRUSÃO
• Fissuras em forma de dardo (ou seta)
Resultam da existência de tensões de tracção junto à
linha de simetria da região em deformação plástica.

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Processos de Fabricação II
I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
EXTRUSÃO
Extrusão inversa
 A extrusão inversa caracteriza-se pelo contentor ser
fechado e o material sair em sentido contrário ao do
avanço do punção.
 A energia dissipada por atrito é, neste caso, inferior à
da extrusão directa, devido ao facto de não existir
praticamente movimento relativo entre o material e as
paredes do contentor. Para além desta vantagem, o
processo possui também benefícios relacionados com
o aproveitamento de matéria-prima (apenas cerca de
5% da matéria-prima inicial é desperdiçada).
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EXTRUSÃO

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I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
EXTRUSÃO
Extrusão inversa (por impacto) – defeitos
Os principais defeitos que podem ocorrer durante uma
operação de extrusão inversa por impacto são os seguintes:
• Rasgos e pregas/rugas
Surgem derivados de desalinhamentos entre o porta-punção e a
matriz, por descentragem do punção relativamente à matriz e
pelo facto da matéria-prima apresentar defeitos.

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Processos de Fabricação II
I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
EXTRUSÃO
Extrusão inversa (por impacto) – defeitos
 Colapso no desembaínhamento
Surge devido à formação de vácuo no interior das cápsulas.

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I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
EXTRUSÃO
Extrusão de produtos de secção transversal oca
 O fabrico de peças extrudidas com secção transversal oca pode ser
efectuado através de duas técnicas distintas:

• Partindo de matéria-prima em forma de varão onde foi previamente


aberto um furo que será mantido durante a extrusão através de um
mandril fixo ao punção.
O furo pode vir directamente da fundição, ser efectuado por
maquinagem ou por perfuração a quente.

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Processos de Fabricação II
I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
EXTRUSÃO
Extrusão de produtos de secção transversal oca
 O fabrico de peças extrudidas com secção transversal oca pode ser
efectuado através de duas técnicas distintas:

• Recorrendo a matrizes de extrusão especiais,


onde a matéria-prima é previamente
dividida/segmentada à entrada da matriz (com
o objectivo de criar a região oca do perfil) e posteriormente ligada por
um mecanismo de soldadura por pressão em câmaras de soldadura
contíguas à zona de saída da matriz. Esta técnica é muito utilizada na
extrusão a quente não-lubrificada de ligas de alumínio e chumbo.
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I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
EXTRUSÃO
Extrusão de produtos de secção transversal oca
 O fabrico de peças extrudidas com secção transversal oca pode ser
efectuado através de duas técnicas distintas:

• Recorrendo a matrizes de extrusão especiais,


onde a matéria-prima é previamente
dividida/segmentada à entrada da matriz (com
o objectivo de criar a região oca do perfil) e posteriormente ligada por
um mecanismo de soldadura por pressão em câmaras de soldadura
contíguas à zona de saída da matriz. Esta técnica é muito utilizada na
extrusão a quente não-lubrificada de ligas de alumínio e chumbo.
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Processos de Fabricação II
I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
EXTRUSÃO
Extrusão de perfis de alumínio

 Uma das aplicações industriais mais importantes da tecnologia da


extrusão que tem vindo a ser descrita consiste no fabrico de perfis
estruturais de alumínio por extrusão isotérmica a quente.

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I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
EXTRUSÃO
Extrusão de perfis de alumínio

A matéria-prima e a matriz são aquecidas a temperaturas próximas dos 450º


C, situando-se a velocidade de actuação do pistão na gama dos 5 a 50
m/min. Os perfis depois de extrudidos podem possuir comprimentos entre
os 25 e os 45 m, uma espessura mínima das paredes na ordem de grandeza
do 1 mm e bons
acabamentos superficiais (Ra = 0.8µm).
No final da operação de extrusão os perfis são
desempenados com esticadores que aplicam forças de tracção entre as suas
extremidades e posteriormente submetidos a um tratamento térmico de
envelhecimento artificial a uma temperatura na ordem dos 170 a 190ºC.

Elaborado por Dr. Eng Justino B. Mulima, Msc. PhD


Processos de Fabricação II
I PARTE –Tratamento do metais Sob Pressão
EXTRUSÃO

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