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A Descoberta Da Infancia
A Descoberta Da Infancia
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Fichamento do texto “A descoberta da infância” de Ariès
Até o século XII desconhecia-se a infância no mundo medieval e não existia nenhuma
representação das crianças, eram tratadas como miniaturas dos adultos; vale ressaltar,
que nos séculos anteriores, os gregos representavam o mundo infantil de modo
realístico, porém, essas representações perderam-se na Alta Idade Média.
A real preocupação em simbolizar a criança de uma forma mais concreta surgiu durante
o século XII, com a imagem do anjo inspirado no clérigo, isto é, o indivíduo que
fundamenta-se das ordens sacras. O segundo modelo de interpretação, foi o menino
Jesus e a Nossa Senhora menina, que perdurou até o século XIV, lembrando que a
infância era uma fase da vida sem importância. Em seguida, inicia-se a fase gótica, com
o terceiro tipo de criança, o menino Jesus despido.
Em resumo, a descoberta da infância iniciou-se no século XIII e sua pesquisa durou até
o século XVII. Esse estudo nos traz a reflexão que as mentalidades em relação a fase
infantil mudaram, contudo, demorou anos/séculos.
Citações Diretas:
Até o século XIII, não diferenciava-se a criança do adulto, não somente nas
imagens iconográficas, mas também nos trajes; a criança era sempre representada como
uma miniatura do adulto, logo quando o garoto saia dos cueiros, já era vestido como
homem-feito. Nota-se que durante a Idade Média, os trajes tinham o papel de
diferenciar a hierarquia social.
Somente no século XVII a infância conquista seu traje próprio, mas essa
conquista é somente masculina. Ainda não existia a separação entre crianças e adultos
no caso das mulheres. Essa nova vestimenta masculina era um vestido, o menino passa a
ser vestido como “mulherzinha” e conforme a idade, os meninos tinham trajes
especializados.
Ainda no século XVII, notava-se uma peculiaridade no traje das crianças, tanto
masculino quanto no feminino. Duas fitas presas ao vestido, esse leve detalhe
caracterizou-se como a primeira diferenciação entre o traje da menina e a mulher adulta.
Porém no século XVIII essas fitas desapareceram, quando houve uma transformação no
traje das crianças.
Pode-se concluir que esses trajes são uma particularidade das crianças
burguesas, onde as crianças filhas de camponesas e de artesãos nunca foram
representadas usando vestidos compridos.