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Castro Alves

O Navio Negreiro, um poema de Castro Alves que está dividido em seis partes: Na
obra em questão, Castro relata as condições dos navios negreiros, os quais traziam
escravos africanos para o Brasil. são algumas das principais caraterísticas da poesia
abolicionista de Castro Alves: Sentimento de liberdade, nacionalismo ufanista:
consiste no orgulho exagerado por determinada nação , denúncia social e busca de
uma identidade nacional, Além de descrever aspectos e características dos navios
de escravos, Castro Alves apresenta também a natureza, o ambiente, em volta (o
mar, o céu, o luar). Num tipo de linguagem bem expressiva, o autor vai aos poucos,
ao longo da obra, denunciando as precárias condições dos escravos. Dessa
maneira, ele vai construindo diversas críticas a aquela forma de sistema, sistema
esse extremamente desumano.
Para compor essa obra dramática ele utiliza diversas figuras de linguagem:
metáforas, comparações, personificação, anáforas, dentre outras.
O Navio Negreiro – Parte I
Na primeira parte, Castro Alves descreve a tranquilidade e a beleza do mar, céu e
ventos. O poeta descreve essa parte como uma cena afetuosa, com muita simpatia
e leveza.

O Navio Negreiro – Parte II


Na segunda parte o autor descreve os tripulantes/marinheiros do navio de
diferentes lugares como corajosos, fortes e valentes.

O Navio Negreiro – Parte III


Nessa parte o poeta apresenta a denúncia ao tráfico. Ele começa a ter uma visão
mais profunda diante do navio, e percebe que não há beleza alguma ali. Homens,
mulheres e crianças negras são maltratadas sem nenhuma piedade.
O Navio Negreiro – Parte IV
A partir de então, Castro Alves começa a detalhar essas pessoas que estão dentro do navio sofrendo diversas
crueldades. Homens, mulheres e crianças acorrentados uns aos outros, enquanto são chicoteados. Crianças
esqueléticas implorando por comida e mulheres nuas, enquanto obedeciam o dono do chicote que os
maltratavam.

O Navio Negreiro – Parte V


O poeta começa a questionar o porquê daquela situação, e não acredita na diferença do topo do navio e seu
interior. Castro Alves questiona Deus e clama para que o navio seja destruído pela natureza para que todo aquele
sofrimento acabe de uma vez por todas.
Ele mostra sua indignação diante de tamanha atrocidade, e imagina a liberdade que os negros tinham em sua
terra, antes de serem arrancados de lá. A cena é tão desumana, que ele chega a se questionar se não estava a
delirar.

O Navio Negreiro – Parte VI


O poeta conclui sua obra questionando os responsáveis por tamanha barbaridade, revelando a nacionalidade
deles pela bandeira que hasteava o navio. “Bandeira brasileira, que deveria ressaltar a liberdade e a esperança do
país, agora era marcada pela escravidão”.
É interessante falar sobre o "Navio Negreiro" é porque retrata a escravidão que
era tida como uma questão comum daquele período, sendo um
comprometimento com a problemática social.
Neste poema, o eu lírico está submetido em um navio e passa pelas mesmas
situações que os escravos negros passavam ao sair de Portugal e virem para o
Brasil, afim de trabalharem para seus 'donos!. Isso traz certos sentimentos
quando realizamos a leitura. Foi muito desgastante emocionalmente como
Inquietação, traz certa viagem para aquele período que marcou com sangue,
tortura e muita dor a História do nosso país e do mundo. E é admirável o talento
e a sensibilidade do poeta para conseguir tornar tão vividos os acontecimentos
através de seus poemas. Revelava mazelas que aquela população sofria
injustamente, apenas pelo seu tom de pele, remetendo aspectos e traços do
preconceito e o racismo que eram mais evidentes naquele período trazendo uma
reflexão para o contexto de preconceito no mundo atual. Impossível um coração
não sentir compaixão com tanto sofrimento.
• Contexto histórico
Biografia

Antônio Frederico de Castro Alves nasceu na vila de Curralinho,


hoje cidade de Castro Alves, Bahia, em 14 de março de 1847 e
faleceu em 1871. Foi um poeta brasileiro, representante da
Terceira Geração Romântica no Brasil. O Poeta dos Escravos
expressou em suas poesias a indignação aos graves problemas
sociais de seu tempo.
Demonstrou vocação apaixonada e precoce pela poesia. Em 1859
perdeu sua mãe. No dia 9 de setembro de 1860, com 13 anos,
recitou sua primeira poesia em público em uma festa na escola.

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