Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Curso Agroelocologia 2
Curso Agroelocologia 2
"AGROECOLOGIA,
FAÇA ONDE PUDER!"
Reprodução Proibida
JINSABA AGROECOLOGIA
Bahia | 2020 | Módulo 02
MATERIAL DE ESTUDO
MÓDULO 02 - MANEJO
AGROECOLÓLICO DO SOLO
Reprodução Proibida
JINSABA AGROECOLOGIA
Bahia | 2020 | Módulo 02
Copyrigth © 2020 Jinsaba Agroecologia
Afropolita
Autores
Emanuel Lucas
Revisão
Agroecologia, Jinsaba
@jinsabaagroecologia
@afropolita
CNPJ: 31.339.171/0001-73
jinsabaagroecologia@gmail.com
afropolita@gmail.com
SUMÁRIO
05 SOBRE O CURSO
06 QUEM SOMOS
08 SOBRE O MATERIAL
10 VAMOS REFLETIR?
39 RECUPERANDO SOLOS
49 PRÁTICA SUGERIDA
50 REFERÊNCIAS SUGERIDAS
SOBRE O CURSO
Na cidade, temos o afastamento das atividades que envolvem
diretamente a natureza. Na roça, a impossibilidade de vida
plena, por conta da não garantia do acesso a terra, aliado a
negação de todos os outros direitos básicos, impede que a gente
viva bem.
05
QUEM SOMOS
Jinsaba Agroecologia é uma iniciativa familiar, que pretende
através da produção de alimentos a construção de parcerias e
processos educativos para fortalecer a agricultura
agroecológica, baseada na sabedoria dos povos e comunidades
que lutam pela terra.
06
Os exemplos que vimos a partir da Agroecologia, faz a gente ter
confiança na possibilidade de modificar positivamente as
paisagens. Por isso, nos colocamos a disposição das
comunidades, no campo e na cidade, que queiram transformar
a realidade, intensificar a produção agroecológica a partir do
diálogo e ações.
07
SOBRE O MATERIAL
Este material é fruto de nossas vivências, experiências e estudos
enquanto um casal de quilombolas, agrônomos agroecologistas
e semeadores de possibilidades nesse imenso campo do
conhecimento, a Agroecologia.
08
Somos partes da Natureza, do Universo.
"Pegue o que você faz de melhor e faça pelo seu povo", bendito
seja Dr. John Henrik Clarke.
09
VAMOS REFLETIR?
Reprodução Proibida
10
É isso mesmo!
Veja
“A Natureza está falando | Gilberto Gil é o Solo"
e reflita sobre
11
MANEJO AGROECOLÓGICO
DO SOLO
12
Reprodução Proibida
Reprodução Proibida
13
Não há dúvida que a planta vive em parte no solo e em parte no
ar. Nenhuma parte pode existir sem a outra, e o bem estar da
parte aérea, isto é, das folhas, flores e frutos é tão importante
como o bem estar da parte terrestre, isto é, da raiz. A raiz retira
do solo água, nutrientes e parte do oxigênio. A folha capta o ar,
gás carbônico e energia.
Necessitamos que o solo permita um bom desenvolvimento da
raiz, tenha o suficiente em nutrientes, conserve e disponibilize
água para a planta, seja suficientemente arejado e não contenha
substâncias tóxicas.
Por muito tempo solos e raízes foram esquecidas, porque se
olhava somente a parte vistosa da planta, a parte escondida não
era considerada. Precisamos entender a planta como um todo, e
que os problemas visíveis podem ter origens na raiz. Observe
abaixo a foto de uma moringa que encontrou dificuldade para
penetrar no solo compactado.
| Foto: Arquivo Jinsaba Agroecologia |
Reprodução Proibida
14
COMO O SOLO
É FORMADO?
Reprodução Proibida
15
Partimos do princípio de que somos parte de um todo.
Considerando o planeta como um grande ser vivo, o solo é
também uma parte viva e fundamental para o bom
funcionamento deste Organismo.
O solo é o resultado da união das diferentes camadas que
envolvem a Terra. Por isso, ele é constituído de ar (atmosfera),
água (hidrosfera), organismos vivos (biosfera) e da rocha que o
formou (litosfera).
A base de formação do solo é seu material de origem, ou a
rocha mãe. A influência das variações do clima, da modificação
do relevo, juntamente com a atuação dos organismos vivos ao
longo do tempo, promove o desequilíbrio, desgaste e
transformação do material de origem em partículas menores,
que resulta no solo. Este processo é conhecido também como
pedogênese.
Reprodução Proibida
16
Já ouviu aquele ditado ”água mole em pedra dura, tanto bate até
que fura”? Pois é, ele aqui é bem empregado no contexto de
formação dos solos.
É importante lembrar que os solos mudam de um local para
outro. E isso vai depender principalmente das condições do
ambiente onde estes são formados.
Reflita por quantos tipos de solos você já andou, suas diferentes
cores, texturas, profundidades, estruturas, quantidade de
matéria orgânica, nutriente e organismos vivos.
Verá que há uma grande diversidade de solos. Esta diversidade
pode ser observada também em um perfil de solo . Se você
abrir um buraco (corte vertical) em seu solo, como fizemos,
perceberá que há uma variação nas camadas de acordo com o
aumento da profundidade.
Reprodução Proibida
17
Veja a imagem acima!
18
CARACTERÍSTICAS
DO SOLO
COMO INTERPRETAR AS PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS DO SOLO?
Reprodução Proibida
21
| Foto: Arquivo Jinsaba Agroecologia |
Existem características presentes e observáveis nos solos que
permitem distinguir um determinado tipo de solo dos demais.
Destacamos:
22
E aí, qual a cor do seu solo?
23
II. Textura: é a proporção das partículas de um solo (areia,
silte e argila). Tem grande influência no comportamento físico,
hídrico e químico do solo, e por isso, sua avaliação é importante
para o uso e manejo dos solos. Raramente um horizonte do solo
é constituído de uma única fração, mas sim de uma
combinação daquelas três frações que vimos lá atrás: areia, silte
e argila.
24
A textura interfere no manejo e nas características do solo pois,
influencia na capacidade de retenção de água, na taxa de
infiltração, na presença de ar (aeração) e, consequentemente,
no crescimento das plantas.
Solos de textura arenosa possuem um teor de areia de 70% ou
mais. Esses solos são soltos, retém pouca água, apresentam boa
permeabilidade e boa aeração, sua fertilidade é geralmente
baixa.
Solos argilosos contêm mais de 35% de argila, são coesos, duros,
quando úmidos são moldáveis e pegajosos, retém muita água.
Às vezes apresentam baixa permeabilidade e baixa aeração. A
fertilidade dos solos argilosos geralmente é alta.
Solo franco ou de textura média contém uma mistura
equilibrada de partículas de areia, silte e argila. Esses solos
normalmente apresentam boas características do solo arenoso e
do solo argiloso, como agregação, taxa de infiltração e nenhum
impedimento à drenagem. Muitos solos de importância
agrícola pertence a esta classe.
É importante destacar que não existe solo ruim. Cada solo
possui suas próprias potencialidades. É preciso conhecê-las
para realizar o manejo correto.
O solo é composto por partículas de areia e de silte que se
mantêm unidas pela ação da argila e da matéria orgânica,
formando agregados estáveis, que são os torrões do solo.
25
| Foto: Arquivo Jinsaba Agroecologia |
Reprodução Proibida
26
IV. Através do cheiro do solo podemos classificar os solos
quanto à sua micro vida:
27
DE QUE FORMA PODEMOS MANEJAR O SOLO
PARA TRANSFORMAR A FERTILIDADE EM
ALIMENTO?
Reprodução Proibida
29
Já basta de cair na cilada da propaganda da indústria alimentícia,
Que é vinculada a indústria Farmacêutica.
Alimentos porcaria proliferando no seu corpo dia após dia,
Açúcar, doces, diabetes, hipertensão, desde a Colonização,
e agora o terrível câncer.
Dentre as diversas formas de genocídio das populações pretas e
indígenas,
podemos citar o nutricídio.
O nutricídio também tem aniquilado nosso povo
Olhemos para trás e honremos nosso passado glorioso
A colonização alterou sua dieta propositalmente
Desate suas amarras e se veja precioso novamente
Porque alimentar-se bem é amar a si mesmo
Amar a criação e reconhecer sua perfeição
O legado de Baba Sebi nos trouxe a alimentação alcalina
O Dr. Llaila Afrika ensina a nutrir sua melanina
Os escritos de Imhotep são os mais antigos documentos médicos
Seu remédio é seu alimento e seu alimento é o seu remédio.
30
Entender a dinâmica dos diferentes ecossistemas é importante
para garantir uma ótima condição para a planta se desenvolver.
Veja que todas as plantas cultivadas, tem sua origem num
ambiente natural.
Já verificaram o que acontece debaixo de uma árvore? Ou como
é o solo de uma floresta? Se for possível, veja o solo de uma
mata.
Reprodução Proibida
31
Esta grossa camada, conhecida também como matéria orgânica,
é rica em minerais e húmus, originados da decomposição de
plantas, microrganismos e excreções animais.
O húmus é o resultado da decomposição vegetal e animal, um
material de coloração escura, extremamente importante para
agricultura, constituído principalmente de carbono, nitrogênio,
oxigênio e enxofre
| Foto: Arquivo Jinsaba Agroecologia |
Reprodução Proibida
33
Lhe convidamos para ouvir uma adaptação literária produzida
pela Rádio UESC em parceria com o pesquisador Diego de
Albuquerque Oliveira a partir da dissertação “Invisibilidade dos
povos de terreiros frente às políticas públicas de ATER no
Estado da Bahia”.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=MJMg_Khl0m0
34
Outros exemplos de práticas para o manejo agroecológico do
solo são: estabelecimento de curvas de nível e
dimensionamento de terraços em áreas com declive; instalação
de cordões de vegetação permanente e reflorestamento;
cultivos em faixas de retenção; manejo de pastagem e controle
de pastorio, roçagem ou capina seletiva do mato e uso de
quebra ventos.
Reprodução Proibida
35
COMO É UM SOLO IDEAL?
37
A compostagem pode ser realizada em pilhas pequenas ou
grandes, e a medida que o composto for produzido, é
incorporado ao solo. Mas também pode ser feito diretamente
na área de cultivo, onde são acrescentadas em sequência,
camadas de esterco curtido e material vegetal.
Reprodução Proibida
38
COMO RECUPERAR SOLOS DE ÁREAS
DEGRADADAS?
39
| Foto: Arquivo Jinsaba Agroecologia |
Reprodução Proibida
40
Primeiro, retiramos a brita e outros materiais que estavam
abandonados na área.
Reprodução Proibida
41
Reprodução Proibida
42
| Foto: Arquivo Jinsaba Agroecologia |
Reprodução Proibida
43
Destacamos também que a cobertura pode ser feita com
qualquer planta, e enriquecida com pó de serra, cinza vegetal,
farinha de osso, casca de ovo, etc. A ausência de esterco não
inviabiliza o processo de decomposição vegetal.
Reprodução Proibida
44
Reprodução Proibida
45
Após quatro meses, começamos a introdução de plantas
alimentícias, com baixa exigência de nutrientes, que também
cumprissem com a função de produzir biomassa para
continuar cobrindo o solo: a batata-doce consorciada com a
abóbora.
Reprodução Proibida
46
Introduzimos plantas com potencial apícola e frutífero para
atrair polinizadores.
Em menos de um ano, este processo de recuperação resultou na
formação de mais de 20 cm de solo fértil. Essa profundidade é
suficiente para grande parte das plantas encontrar e absorver
seus principais nutrientes.
Reprodução Proibida
Conseguimos
transformar
Reprodução Proibida
um solo
extremamente
duro,
ressecado,
com baixa
atividade
microbiana,
em um solo,
ainda em
recuperação,
mas visivel-
-mente vivo,
com boas
condições de
| Foto: Arquivo Jinsaba Agroecologia |
48
PRÁTICA SUGERIDA
49
REFERÊNCIAS SUGERIDAS:
50
MACHADO, Luiz Carlos Pinheiro; MACHADO FILHO, Luiz
Carlos Pinheiro. A dialética da agroecologia: contribuições para
um mundo com alimentos sem veneno. São Paulo: Expressão
Popular, 2014.
51
Vídeo “Vamos falar sobre Solos” diposnível em:
https://www.youtube.com/watch?v=e8uqY0Aqcf0
52
Realização e Parceria
@jinsabaagroecologia
@afropolita
CNPJ: 31.339.171/0001-73
jinsabaagroecologia@gmail.com
afropolita@gmail.com