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Prejuízos da

ausência de discussão
sobre saúde mental
no âmbito esportivo
Prof.ª Ana Augusta Lages
Observe o tema a seguir:

Prejuízos da
ausência de Quais são as
discussão sobre palavras-
saúde mental no chave?
âmbito esportivo
Observe o tema a seguir:

Prejuízos da ausência de discussão sobre saúde mental no âmbito esportivo

recorte núcleo especificação


temático temático
Recorte A saúde mental é
Eixo um assunto bem
temático: temático: discutido dentro
prejuízos da do ambiente
Saúde
ausência esportivo?

ARGU-
Quais são os
prejuízos da

MEN- NÃO
ausência dessa
discussão na atual

TOS sociedade
brasileira?
Brainstorming
A perpetuação da masculinidade tóxica;
O medo de mostrar fragilidade;
A cultura da força mental atrelada à física;
O aumento da agressividade;
Normalização social dos problemas dos esportistas;
Aumento do perfeccionismo e da autocobrança;
Aumento da competitividade excessiva;
Maior incidência de doenças e transtornos mentais;
A desistência do esporte;
A perda do valor do esporte como ambiente de relaxamento mental;
A dificultação das relações interpessoais;
Falta de educação sobre saúde mental nas escolas;
Romantização e espetacualização do ambiente esportivo nas mídias;
A pressão gerada pelo alto investimento e pela torcida;
Distúrbios alimentares;
[...]
Esportes e Saúde Mental
Saúde mental: Como lidar com a pressão em esportes de alto rendimento?
O sucesso dos atletas de alto rendimento nas competições não passa apenas pelo
aperfeiçoamento físico e técnico. A saúde mental também tem papel
fundamental no desempenho dos esportistas nas modalidades que praticam.
Logo, é importante que os atletas consigam conciliar o bem estar físico ao mental
para evitar problemas sérios como ansiedade, depressão e a pressão.
Psicologia no esporte
Para a psicologia esportiva, o desempenho de um atleta de alto rendimento é
afetado por diversos fatores que não têm ligação com o esporte. O lado
emocional, afetivo e até mesmo a maneira como eles se relacionam com a equipe
ou outras pessoas do seu convívio interferem no resultado final nas competições.
Por isso, a psicologia esportiva busca alimentar a saúde mental e o bem estar dos
atletas, para assim eles obterem as melhores performances nos torneios.
Grande parte dos esportistas não sabe lidar com a pressão interna e externa no
meio esportivo. A cada ano que passa, aumenta a procura por psicólogos, seja por
atletas ou treinadores.
Esportes e Saúde Mental
Doenças psicológicas no esporte
A pressão por resultados positivos no nível profissional vem de vários
lados, passando por empresários, patrocinadores, membros da equipe,
até chegar em torcedores, família e o próprio atleta, que traça objetivos e
metas para si mesmo. No começo da carreira, os profissionais são
submetidos à transição da fase amadora para o profissional, deixando de
ser visto como algo recreativo para obter resultados e conquistas.
Nessa outra fase, a estabilidade financeira é outro fator que começa a
aparecer e incomodar o lado mental dos atletas, além da sonhada fama,
possíveis lesões, tempo de recuperação e, por fim, no final da carreira, a
aposentadoria. O “Choking” é um termo usado para definir os atletas que
têm um desempenho abaixo em situações de alta expectativa de
sucesso como, por exemplo, lances de pênaltis decisivos no futebol,
cestas cruciais no basquete e etc.
Esportes e Saúde Mental
A pressão de maneira clara altera diversas vertentes psicofisiológicas, pois
aumenta a tensão muscular e diminui a concentração, o que interfere na
performance dos atletas. De acordo com a psicologia, a pressão psicológica
é uma ação realizada de uma pessoa sobre outra, o que ocasiona danos
emocionais e descrença em si mesmo de sua capacidade.
Algumas das consequências exercidas pelo problema são ansiedade e
depressão. Essa última, inclusive, será a doença mais comum do mundo até
2030 segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Esse combo de
emoções altera a cabeça do atleta que, caso não tenha acompanhamento
médico, pode render abaixo do esperado ou até mesmo desistir de
competir. Além de saber reconhecer os próprios limites, é necessário que os
atletas consigam desenvolver equilíbrio emocional e resiliência para que
consigam lidar com a frustração nas competições.
Esportes e Saúde Mental
A pressão de maneira clara altera diversas vertentes psicofisiológicas, pois
aumenta a tensão muscular e diminui a concentração, o que interfere na
performance dos atletas. De acordo com a psicologia, a pressão psicológica é
uma ação realizada de uma pessoa sobre outra, o que ocasiona danos
emocionais e descrença em si mesmo de sua capacidade.
Algumas das consequências exercidas pelo problema são ansiedade e
depressão. Essa última, inclusive, será a doença mais comum do mundo até
2030 segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Esse combo de
emoções altera a cabeça do atleta que, caso não tenha acompanhamento
médico, pode render abaixo do esperado ou até mesmo desistir de competir.
Além de saber reconhecer os próprios limites, é necessário que os atletas
consigam desenvolver equilíbrio emocional e resiliência para que consigam
lidar com a frustração nas competições.

Disponível em:
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/esportes/noticias/?p=325013
Repertórios Socioculturais
Sex Education
Na série original da Netflix, o personagem
Jackson é criado por suas mães para ser um
nadador de sucesso, sempre sendo exigido de
ser o melhor da equipe da escola. Entretanto,
devido à pressão sofrida por ele, o jovem se vê
com uma autocobrança excessiva, o que gera
graves problemas de doenças mentais e até
mesmo uma insuficiência física, de modo que
ele precisa parar de competir por um tempo.
Repertórios Socioculturais
Euphoria
Nate Jacobs, personagem da série "Euphoria",
original da HBO, é capitão da equipe de futebol
americano da escola e, devido à cultura do
machismo que cobra aos esportistas masculinos
de terem uma performance impecável e de não
poderem demonstrar sentimentos e
sensibilidade, não apenas passa a ter um nível de
autocobrança muito alto, mas também se torna
um jovem violento e agressivo.
Repertórios Socioculturais
Corpo Perfeito
Andie Burton é uma ginasta que sonha em ir
para as Olimpíadas. Quando tem a oportunidade
de treinar com um dos maiores técnicos dos
EUA, ela aceita sem hesitar. Mas o técnico
debocha de seu tipo físico e ela se sente
pressionada a perder peso e essa pressão, além
de causar uma excessiva autocobrança atrelada
a doenças mentais à jovem dentro de sua
performance na ginástica, gera distúrbios
alimentares.
Repertórios Socioculturais
Olimpíadas de Tóquio
A pandemia da Covid-19 fez com que as pessoas
ficassem isoladas, restringindo o contato com
outros indivíduos que não fossem seus familiares.
Nas Olimpíadas, alguns atletas brasileiros como
Douglas Souza, do vôlei, e Rayssa Leal, do skate,
passaram a utilizar mais as redes sociais para
poder se aproximar mais da torcida, já que a
competição não contou com público. Porém, na
atual era digital, os problemas psicológicos podem
ser agravados pelas mídias digitais, o que aumenta
os efeitos das doenças.
Repertórios Socioculturais
Cleveland Cavaliers
O jogador de basquete do Cleveland Cavaliers,
Kevin Love veio a público para revelar que chegou
a ter um ataque de pânico durante partida, de
modo que frisou nunca ter se preocupado com
saúde mental dentro do âmbito esportivo, pois ele
a via como "uma forma de fraqueza que poderia
diminuir [o seu] sucesso no esporte", o que mostra
a cultura machista que exige uma insensibilidade
por parte dos esportistas e gera problemas de
saúde mental a eles.
Citações
“O homem joga sua saúde fora para conseguir dinheiro;
depois, usa o dinheiro para reconquistá-la.” - Confúcio;
“Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade
doente.” - Jiddu Krishnamurti;
“Aquele que não tem tempo para cuidar da saúde vai ter que
arrumar tempo para cuidar da doença.” - Lair Ribeiro;
“Exercício: o seu melhor plano de saúde.” - Rodrigo Zacca;
“Ter saúde significa muito mais do que não apresentar
nenhuma doença física.” - Johnny De Carli;
“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela
tampouco a sociedade muda” - Paulo Freire - educador
brasileiro;
Citações
"A culpa não é de quem não sabe, é de quem não informa." -
Caco Barcellos, jornalista brasileiro;
“Educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com
retorno garantido” - William Arthur Lewis, economista
britânico;
"A educação é a chave para abrir outros direitos humanos.” -
Katarina Tomasevski, relatora especial da ONU;
“O homem nasce livre, mas por toda parte se encontra
acorrentado.” -Jean Jacques Rousseau, pensador Iluminista;
Pedagogia da Autonomia - Paulo Freire, educador brasileiro;
Banalidade do Mal - Hannah Arendt, filósofa alemâ;
Violência Simbólica - Émile Durkheim, sociólogo francês;
Proposta de redação
Prejuízos da ausência de discussão sobre saúde mental
no âmbito esportivo
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e
nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija um texto dissertativo-argumentativo, na
modalidade escrita formal da Língua Portuguesa, sobre o
tema Prejuízos da ausência de discussão sobre saúde
mental no âmbito esportivo, apresentando uma proposta
de ação social que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para a defesa do seu ponto de vista.
Proposta de redação
TEXTO I
Sob pressão: como atletas devem cuidar da saúde mental
Psicologia do Esporte pode fazer a diferença para ajudar atletas a lidar com carga de
estresse e deve estar presente nas categorias de base
A decisão da atleta norte-americana Simone Biles de abandonar provas das Olimpíadas
de Tóquio para “cuidar da saúde mental” abriu a discussão de como os atletas de alto
rendimento lidam psicologicamente com o estresse e as expectativas por resultados.
Equipes de psicólogos do esporte são importantes para dar suporte a atletas e comissões
técnicas, mas nem sempre conseguem evitar o adoecimento dos esportistas.
O que pode fazer a diferença, no entanto, é usar a psicologia como prevenção e não
somente para atuar em problemas já existentes, segundos especialistas consultados pela
CNN.
“O psicólogo do esporte elabora um programa de desenvolvimento junto aos atletas e à
comissão técnica, em que são desenvolvidas competências psicológicas, que englobam o
domínio de técnicas e habilidades que são intrapessoais e interpessoais e que favorecem
a performance esportiva”, explica Luciana Ferreira Angelo, professora e coordenadora do
curso de aperfeiçoamento e especialização em Psicologia do Esporte do Instituto Sedes
Sapientiae, de São Paulo.
Proposta de redação
No caso de Biles, especialmente, a expectativa por medalhas e o fardo de
carregar no collant de ginástica o símbolo da cabra (Greatest Of All Time ou
G.O.A.T em inglês), que significa a “Melhor de Todos os Tempos”, parecem ter
lhe causado a sensação de sustentar “o peso do mundo nas costas”, como ela
mesma disse, em um prenúncio de que não estava bem mentalmente.
“Quadros de Burnout são mais comuns em atletas do que gostaríamos,
porque, na prática, são pessoas que estão sempre superando limites.
Transtornos mentais em atletas de alta performance têm uma incidência
ainda maior por causa desse estresse”, disse Eduardo Cillo, psicólogo do
Esporte do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
Faltou apoio psicológico à Simone Biles?
A decisão de Biles impactou o mundo do esporte e fora dele, dividindo
opiniões. Enquanto muitos citaram a coragem dela em demonstrar
vulnerabilidade, outros acreditam que faltou amparo psicológico para a
estrela da ginástica artística.
Proposta de redação
Porém, para especialistas, a pressão exercida sobre a atleta, cuja expectativa era de
ganhar diversas medalhas, pode ser devastadora até para quem recebe este tipo de
apoio.
“Eu duvido que tenha faltado preparação psicológica porque nos Estados Unidos eles
são muito bons nisso, há uma tradição. Mas não sei se teria preparação psicológica
suficiente para o nível de expectativa que se jogou em cima da atleta. É um peso
muito grande”, afirma Cillo.
Para Santos, Biles utilizou sua liberdade de expressão para tomar a decisão de forma
empoderada, sem receio da opinião alheia, o que demonstra maturidade e
autoconhecimento de suas limitações. “Ela decidiu não carregar as expectativas do
outros nas costas e se posicionou”, avalia.
“O empoderamento do atleta é uma das funções da psicologia do esporte. Ensinar o
atleta que ele é humano, que tem escolhas. Quando o atleta aprende a se empoderar,
lida bem melhor com essas escolhas porque aprende a filtrar as expectativas
externas sobre ele”.

Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/2021/08/03/sob-pressao-como-atletas-devem-


cuidar-da-saude-mental
Proposta de redação
TEXTO II
“Tudo bem não se sentir bem”
Simone Biles não é um caso isolado. Outros esportistas de alto rendimento,
como a tenista japonesa Naomi Osaka e o nadador americano Michael Phelps,
já declararam sofrer de ansiedade e depressão.
Em maio, Naomi Osaka, que acendeu a pira na cerimônia de abertura dos
Jogos de Tóquio, anunciou que abandonaria o torneio de Roland Garros, na
França. Participar de coletivas de imprensa depois dos jogos, explicou, é tão
estressante que põe em risco sua saúde mental. Vencedora de quatro títulos
de Grand Slam, Naomi Osaka é, aos 23 anos, a tenista número 2 do ranking e a
atleta mais bem paga da atualidade. “Tudo bem não se sentir bem”, relatou
para a revista Time.
Outro atleta que, volta e meia, sofre com episódios de depressão é o nadador
Michael Phelps, de 36 anos. Maior medalhista olímpico de todos os tempos –
com 23 ouros, duas pratas e três bronzes –, o americano admitiu que, pouco
depois dos Jogos de Londres 2012, chegou a pensar em suicídio.
Proposta de redação
“Não foi fácil admitir que eu não era perfeito. Mas fazer isso tirou um peso enorme das
minhas costas”, declarou ao canal de TV ESPN em maio de 2020. “As pessoas que vivem
com problemas de saúde mental sabem disso: eles nunca desaparecem. Você tem dias
bons e dias ruins. Mas não há uma linha de chegada”.
“O atleta é um ser humano como outro qualquer. A única diferença é que ele tem
habilidades físicas fora do normal”, explica a psicóloga Katia Rubio, coordenadora do
Grupo de Estudos Olímpicos (GEO) da USP. “Essas habilidades levam o torcedor a
acreditar que os atletas não têm problemas, não sentem dores, são infalíveis. Como
qualquer outra pessoa, atletas têm o direito de dizer que não estão se sentindo bem
mesmo que seja no momento mais importante de suas carreiras”.
E o que nós, meros mortais em matéria de esporte olímpico, temos a aprender com
superatletas como Biles, Osaka e Phelps? “Todos nós, em diferentes níveis, sofremos
cobranças. Não temos o nível de exigência deles, mas também somos cobrados por um
bom desempenho, como se aquele ato fosse o último de nossas vidas. A condição do ser
humano é ser imperfeito. Temos que aprender a lidar com nossas imperfeições”,
responde Katia.

Disponível em: https://saude.abril.com.br/blog/saude-e-pop/a-saida-de-simone-biles-das-olimpiadas-e-


a-saude-mental-no-esporte/
Proposta de redação
TEXTO III
Proposta de redação
TEXTO IV
Proposta de redação
Instruções:
O texto deve ser escrito à tinta, em até 30 linhas.
A redação que apresentar cópia dos textos motivadores terá o
número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Será desconsiderada, em qualquer das situações expressas a seguir,
a redação que:
Tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada "insuficiente";
Fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-
argumentativo;
Apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos
humanos;
Apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o
tema proposto.

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