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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA ESPECIALIZADA DE FAMÍLIA E

SUCESSÕES DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

BRUNA, brasileira, menor impúbere, representada por sua mãe ELIZETE, brasileira,
divorciada, manicure, inscrita no CPF/MF sob o nº..., RG..., residente e domiciliada em ..., por
seu (sua) advogado (a), regularmente constituída, conforme procuração anexa, com
fundamento na Lei n. 5.478/1968 e no Art.1.694 do Código Civil, vem, respeitosamente,
promover:

AÇÃO DE ALIMENTOS

COM PEDIDO LIMINAR DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS

contra ALBERTO, brasileiro, divorciado, veterinário, inscrito no CPF/MF sob o nº..., RG...,
residente e domiciliado na Cidade de Caçapava/SP ..., pelas razões de fato e de direito adiante
articuladas

I. DOS FATOS.

A autora, atualmente com oito anos, mora com a mãe desde que nasceu em São José dos
Campos. Bruna, uma menina de 8 anos que mora com a mãe desde que nasceu em São José
dos Campos, tem como pais Alberto e Elizete (SP).

Embora o pai, que reside em Caçapava (SP), tenha reconhecido oficialmente o nascimento da
criança, ele nunca contribuiu de forma consistente para o seu sustento, ocasionalmente
depositando valores entre R$ 600,00 (seiscentos reais) e R$ 800,00 (oitocentos reais)
mensalmente na conta da mãe da criança.

Elizete é manicure e luta para ter um filho porque recebe apenas R$ 1.200,00 (milhão e vinte
mil reais) de sustento mensal. As despesas com moradia, alimentação, transporte, educação e
saúde
II. DOS DIREITOS

a) Da obrigação alimentar

Nos termos do Art.1.694 do Código Civil, é obrigação dos parentes a prestação dos alimentos
aos filhos que deles dependem. Pois bem, o réu é pai da autora, com base no registro de
nascimento.

O § 1º do art. 1.694 é bastante acertivo em expor que os alimentos devem ser fixados de
acordo com o a necessidade/possibilidade, sendo este verificado à luz da proporcionalidade.

Ora, o réu está pagando valores insuficientes para a filha, não há quaisquer regularidade sobre
o valor nem às datas do depósito.

Em uma breve análise ao art. 2º da Lei de Alimentos, é certo que caberá ao credor:

1. Expor suas necessidades;

2. Provar apenas o parentesco ou a obrigação de alimentar o devedor;

3. Indicar, além da qualificação do demandado, quanto ele ganha aproximadamente (ou de


que recursos ele dispõe).

b) Necessidades da alimentanda e possibilidades do alimentante

As necessidades do autor são claras em tudo relacionado a moradia, alimentação, transporte,


educação, saúde e lazer.

Como pode ser visto no material anexado a esta petição, os requisitos foram claramente
expressos e sua magnitude foi devidamente demonstrada.

A possibilidade do Reu também está ainda claramente estabelecida pela sua excelente saúde
financeira bem como pela ausência de quaisquer outras obrigações para com a família por ser
solteiro e não ter filhos.

O representante do autor foi informado pelo autor que acredita que seu salário mensal como
veterinário seja em média de R$ 12.000,00 (doze mil reais).

Adicionalmente, há norma específica no CPC/2015 sobre a possibilidade de distribuição


dinâmica do resultado da prova no artigo 373, § 1º. Assim, do ponto de vista legislativo e
judicial, o resultado do julgamento, neste caso, foi.

Insta consignar que a contribuição da genitora seguirá sendo dada em cuidados diretos com a
filha, alimentação, moradia, medicações, vestuário e o que mais se revelar possível.

c) Fixação de alimentos provisórios


Nos termos do art. 4º da Lei nº 164, conforme 5.478/68, o juiz determinará imediatamente
que eventuais refeições provisórias sejam pagas pelo devedor se a ordem for negada, salvo se
o credor declarar expressamente que tais refeições não são necessárias.

Tendo em vista a necessidade urgente da autora de tal fixação e a situação financeira precária
da mãe. Por ter que cuidar sozinha das necessidades da filha, teve que acumular tantas dívidas
que agora não tem crédito no mercado, o que pode dificultar a obtenção dos bens de que
necessita.

Com isso, é rigorosamente feito o pagamento imediato de provisões de alimentação no valor


de R$ 1.760,00 (um milhão, setecentos e sessenta reais), para que as despesas do mês
seguinte sejam regularizadas.

d) Opção pela audiência de conciliação

Em detrimento do Art. 319, VII do CPC e ao Art. 5º da Lei de Alimentos, a autora manifesta seu
interesse na realização de sessão conciliatória com o objetivo de buscar uma solução
consensual para o litígio contando com sugestões de uma pessoa imparcial.

III. DOS PEDIDOS

Diante dos fatos supracitados, requer:

1. a fixação de alimentos provisórios em R$ 1.760,00 (mil setecentos e sessenta reais), nos


termos do art. 4º da Lei n. 5.478/68;

2. posteriormente, a condenação do réu, em definitivo, ao pagamento de pensão mensal, no


mesmo valor, sendo ainda condenado a arcar com o ônus de sucumbência atinente às custas,
despesas e honorários advocatícios.

3. o reconhecimento, nos termos do Art. 1º, §§ 2º e 3º, da Lei de Alimentos, da incidência dos
benefícios da justiça gratuita, pois a autora e sua representante são pobres na acepção jurídica
do termo;

4. seja o réu citado, nos termos do art. 5º da Lei n. 5.478/68 para, querendo, compareça à
audiência de conciliação, instrução e julgamento, ocasião em que deverá apresentar sua
defesa, sob pena de revelia, bem como produzir as provas que tiver interesse.

5. a intimação do representante do Ministério Público para acompanhamento do feito.


Provará o alegado por todos os meios permitidos em direito, em especial pela juntada de
documentos (doc. 5), oitiva de testemunhas, rol anexo (doc. 6) e depoimento pessoal do réu,
pugnando-se, desde já, pela distribuição dinâmica do ônus da prova (Art. 373, § 1º, CPC/2015)
em relação aos fatos de prova inviável pela alimentada.

Dá à causa o valor de R$ 21.120,00 (vinte e um mil cento e vinte reais).

Termos em que,

Pede deferimento.

Cidade/UF, Data...

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ADVOGADO(A) – OAB/UF Nº

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