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BASES DA BIOLOGIA MOLECULAR

ARA0007
Profª. MSc Daniela Costa
DO GENE À PROTEÍNA – DOGMA CENTRAL DA
BIOLOGIA MOLECULAR
DO GENE À PROTEÍNA – DOGMA CENTRAL DA
BIOLOGIA MOLECULAR
Replicação

RNA mensageiro (RNAm) RNA ribossomal (RNAr)

RNA transportador (RNAt)


Genética
Replicação e Transcrição Gênicas

Histórico
O Botânico dinamarquês Wilhelm Johannsen foi o primeiro
a usar a palavra "gene", em 1909, para descrever as
unidades fundamentais da hereditariedade.

Em 1910, Thomas Hunt Morgan mostrou que os genes


estavam presentes em cromossomos.

No século XX, estudos focaram na estrutura física do DNA e


nos processos de replicação e transcrição do RNA.

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
Replicação e Transcrição Gênicas

Definição de gene

um segmento do DNA que


possui a informação para
a produção de uma
proteína.

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
Replicação e Transcrição Gênicas

Projeto Genoma Humano


Foi fundado em 1990 pelo Instituto Nacional de
Saúde estadunidense (NIH) e constituiu um
esforço internacional para o mapeamento do
genoma humano e as sequências de todos os
nucleotídeos.

O projeto finalizou em 2003, com o


sequenciamento de 99% do genoma humano.

- Cerca de 25 mil genes

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


25 MIL
PROTEÍNAS?

QUANTAS PROTEÍNAS 25 MIL GENES CODIFICARIAM?


Genética
QUANTAS PROTEÍNAS 25 MIL GENES CODIFICARIAM?

Considerando o paradigma central

(um gene – uma proteína)

25 mil genes

25 mil proteínas

Mas este número de proteínas parece ser insuficiente


para toda as funções processadas dentro das células
humanas.

Uma resposta a esta questão é encontrada em duas particularidades dos genes de eucariotos:

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
2 PARTICULARIDADES DOS GENES DE EUCARIOTOS:

Projeto Genoma Humano

1 proteína formada.
Alguns genes são capazes de gerar várias proteínas, não sendo necessariamente um gene para cada

2 Após a tradução, muitas modificações podem acontecer em uma proteína.

É estimado que, a partir dos 25 mil genes, podem ser


codificadas mais de um milhão de proteínas diferentes.

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
Estrutura do Material Genético:

Constitutiva
Facultativa
AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA
Genética
Estrutura do Material Genético:

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
Estrutura do Material Genético:

Exclusiva do RNA !

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
TIPOS DE RNA

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
Estrutura do Material Genético:

Nucleotídeos (“tijolos”)

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
Replicação e Transcrição Gênicas

A Replicação (ou duplicação) do DNA

Replicação: é a duplicação do DNA que ocorre no núcleo


(eucariota), durante o período “S” da interfase.

A replicação é semiconservativa, tendo em vista


que, ao final, há duas duplas hélices que contêm, cada
uma, uma fita da molécula parental e uma nova fita de
DNA recentemente sintetizada.

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
COMO OCORRE ESSA DUPLICAÇÃO?

A Replicação (ou duplicação) do DNA

A replicação do DNA começa por meio da ação da

enzima helicase que separa a dupla fita do DNA


quebrando as pontes de hidrogênio, e cada uma das
fitas vai servir de molde para a produção de uma nova
fita.

As novas cadeias são construídas pela enzima DNA


Polimerase. A construção segue a ordem 5’ para 3’.

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
Estrutura do Material Genético:

“O sentido da vida”

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
ESSA REPLICAÇÃO OCORRE DA MESMA FORMA NAS DUAS FITAS?

Para um dos moldes ou fita líder, a construção da nova fita


é contínua, já na outra fita ou filamento retardatário,
formam-se vários fragmentos de DNA, sintetizados pela
ação da DNA Polimerase, e que são chamados de
fragmentos de Okazaki.

Depois a enzima DNA ligase liga cada um desses


fragmentos, levando à formação de mais uma nova fita.

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
ENZIMAS VISTAS ATÉ AGORA

Helicase

DNA Polimerase

DNA Ligase

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
A DNA POLIMERASE FAZ APENAS A LIGAÇÃO DE NUCLEOTÍDEOS ?

Grande parte promove a replicação do DNA e HÁ AQUELAS QUE TAMBÉM ASSUMEM AÇÃO
REPARADORA, eliminando a incorporação errada de nucleotídeos na nova fita de DNA.

Há cerca de 20 tipos de DNA polimerases, e são agrupadas em quatro famílias: A, B, X e Y.

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
MODELOS DE REPLICAÇÃO DO DNA - 3 MODELOS

CONSERVATIVO - o DNA parental é preservado, e as


cópias de DNA contêm duas fitas novas.

DISPERSIVO - as duas fitas filhas continham segmentos


misturados de DNA recém-sintetizado com o DNA
parental.

SEMICONSERVATIVO - uma das fitas parentais será parte


da dupla hélice nova.

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
MODELOS DE REPLICAÇÃO DO DNA

Com a realização de experimentos utilizando cultura


de bactérias, isótopos de nitrogênio e gradiente de
densidade de Cloreto de Césio foi possível mostrar
que o modelo semi-conservativo, é o que mais está
de acordo com a realidade.

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
A TRANSCRIÇÃO DO DNA EM UM RNA

RNA polimerase reconhece sequências BOLHA DE TRANSCRIÇÃOO


específicas do DNA, conhecidas como
PROMOTORAS fita sense

Em eucariotos

polimerases (I, II e III)

antisense
participam da produção de RNAr, RNAt
e RNAm.
AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA
Genética
A TRANSCRIÇÃO DO DNA EM UM RNA

BOLHA DE TRANSCRIÇÃOO

• A maioria dos genes é


transcrita pela RNA polimerase II

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
ESPECIFICANDO AINDA MAIS ESSE PROCESSO

A RNA polimerase II reconhece frequentemente


os promotores denominados TATA box ou sua
variante TATAAA.

Para que um gene seja transcrito pela RNA


polimerase II é necessária a ligação de vários
fatores de transcrição, formando um complexo de
pré-iniciação que inclui os fatores TFIIA, TFIIB,
TFIID, TFIIE, TFIIF e TFIIH.

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética uma fita não codificante
PROCESSAMENTO DO RNA (pré-RNAm )

é add uma longa


sequência de
é add guaninas na denosinas (cauda
extremidade 5’ poli-A) região 3’
(Cap 5’)

• splicing
• splicing alternativo

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
Conteúdo desta aula

CONTROLE DA
MECANISMOS
EXPRESSÃO GÊNICA
DE REPARO

7 8 9 10

PRÓXIMOS
O CÓDIGO GENÉTICO MUTAÇÃO
PASSOS
E TRADUÇÃO

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
E DEPOIS DA FORMAÇÃO DO mRNA?

COMO REALIZAR
A TRADUÇÃO?

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
DOGMA CENTRAL DA GENÉTICA - UNILATERAL

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
Tradução: A síntese da proteína

RNA transportador (RNAt)


“Subunidades”

RNA ribossomal (RNAr) 60s


Anticódons

RNA mensageiro (RNAm) Ligação peptídica


“Molde”
Códon
RNA ribossomal (RNAr) 40s

Códons → Start e Stop


AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA
Genética
Tradução: A síntese da proteína

Após ligação do ribossomo na extremidade 5’


que possui a “cap”, ocorre leitura de toda a
sequência da região não traduzida (UTR) até
atingir o códon de iniciação AUG. A partir daí
ocorre tradução de toda região central do RNAm
através de uma enzima presente na subunidade
maior e que realiza a ligação peptídica entre os
aminoácidos.

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética

A síntese da proteína
Tradução:

DEPOIS DE
DEIXAR O AA O
QUE
ACONTECE COM
O tRNA?

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
MOVIMENTO DO RIBOSSOMO

Para genes nucleares, há três sequências de finalização: UAA (chamada de ocre), UAG (âmbar) e UGA (opala).
Quando o ribossomo atinge o códon de finalização, um fator de liberação faz o polipeptídio desligar do
ribossomo.

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


E AGORA ACABOU? PROTEÍNA JÁ ESTÁ PRONTA?
Genética
O POLIPEPTÍDIO SERÁ PROCESSADO

- Clivagem

- Modificações em cada extremidade da molécula

e um grupo carboxila
grupo aminoácido livre na outra extremidade
em uma extremidade (c-terminal).
(n-terminal)

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
Aminoácidos – polipeptídeos e proteínas
Aminoácidos

20

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
MAS COM QUE FREQUÊNCIA E QUANDO AS PROTEÍNAS SÃO PRODUZIDAS?

CONTROLE DA EXPRESSÃO GÊNICA


As células estão frequentemente respondendo a mudanças no ambiente e aos sinais de outras
células, alterando as taxas de sínteses de determinados tipos de proteínas.

A regulação destas respostas geralmente é controlada no nível transcricional.

• TRANSCRIÇÃO
• PROCESSAMENTO
• TRADUÇÃO
• MODIFICAÇÃO PÓS-TRADUCIONAL

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
EXEMPLO DE CONTROLE DA EXPRESSÃO GÊNICA

Hormônios podem tanto ativar como inibir determinados


genes, como os hormônios esteroides, que penetram nas
células e ligam-se a receptores específicos, inibindo a
transcrição de genes.

Há múltiplas proteínas que se ligam a sequências


específicas do DNA, conhecidas como regiões de controle
da transcrição, próximas, ou não, da região promotora.

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
CONTROLE DA EXPRESSÃO GÊNICA

Entre os ativadores, temos ainda as sequências


chamadas de amplificadoras, que ativam a
transcrição, e quanto às sequências repressoras,
há as silenciadoras, que desativam a expressão.

Além do TATA box como promotor, há


determinadas sequências que funcionam como
um promotor alternativo, chamado iniciador.

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
MUTAÇÃO

DO QUE SE
TRATA?

Mutações gênicas são mudanças repentinas que podem ocorrer


nos genes durante a DUPLICAÇÃO do DNA ou na TRANSCRIÇÃO.

E ESSAS MUTAÇÕES SEMPRE ACONTECEM NA REGIÃO CODIFICANTE?

Assim, elementos
reguladores, ao
NEM SEMPRE, ELAS TAMBÉM PODEM OCORRER EM: sofrerem mutações,
afetarão a expressão
regiões promotoras e sítios de poliadenilação. do gene.

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
MUTAÇÃO....como ocorrem?

Adição

Subtração de bases, causando mudança nos códons.


Substituição

1 - Dentro 2 - Fora 1 - leva à troca de aminoácido codificado ou criar um códon de parada

da região codificante no gene 2 - levar a redução da taxa de síntese da proteína

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
MUTAÇÃO....o que causam?

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


VOCÊ ACHA QUE UMA MUTAÇÃO PODE SER REVERTIDA?

SIM ...mas as taxas de mutações espontâneas são cerca de


10 vezes maior que as de retromutação (revertidas).
VOCÊ ACHA QUE UMA MUTAÇÃO PODE SER HEREDITÁRIA?

SIM ... A mutação pode ser hereditária quando atinge uma


estrutura gamética ou qualquer órgão que venha contribuir
para a formação da geração descendente.
Genética
MUTAÇÃO....mecanismo de reparo

Mismatch repair: Repara maus pareamentos de bases do


DNA gerados por erros de replicação. Este reparo é
direcionado por metilação de sequências GATC na fita
sintetizada. Se apenas uma das fitas não é metilada, uma
endonuclease cliva essa fita na porção 5' do G no GATC.

Após clivagem, a fita é degradada do sítio de clivagem até


a região mal pareada, para que haja nova replicação.

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
MUTAÇÃO....mecanismo de reparo

Reparo por excisão de bases: Esse processo é conduzido


pelas enzimas DNA glicosilases que reconhecem os
produtos de citosina e adenina desaminadas (um tipo de
lesão frequente). As bases lesadas são removidas da cadeia
do DNA pela quebra da ligação N-glicosil, a qual mantém a
base nitrogenada associada com o esqueleto de açúcar-
fosfato.

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
MUTAÇÃO....mecanismo de reparo

Reparo por excisão de nucleotídeos: As enzimas-chave


desse mecanismo formam um complexo chamado
endonuclease de excisão ABC. Após ligação no local da
lesão causada por agente mutagênico, o complexo ABC
cliva a fita antes e depois da lesão. Por fim, o segmento
é reparado pela ação de uma polimerase (DNA
polimerase I).

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
MUTAÇÃO....mecanismo de reparo

Reparo direto: As lesões mais comuns induzidas pela


radiação UV são o ciclobutano pirimidina e o fotoproduto
(6-4)-pirimidina-pirimidona. Estas lesões podem ser
reparadas com a enzima DNA fotoliase, que usa a energia
derivada da luz visível (320-500 nm) para remover estas
lesões diretamente, sem que haja excisão.

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
MUTAÇÃO....mecanismo de reparo

Reparo por recombinação: Se, durante a replicação cromossômica, surge lesão na forquilha de
replicação antes da ação do reparo por excisão ou da ação do sistema de fotoliase (ou depois que
tudo foi tentado e a lesão permaneceu), a DNA polimerase PARA a replicação e retoma o processo
vários pares de base adiante. A lesão então é reparada por recombinação.

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
MUTAÇÃO....mecanismo de reparo

Há diversas doenças humanas relacionadas com deficiências no reparo do DNA, podemos citar a
síndrome de Cockayne, a tricotiodistrofia e o Xeroderma pigmentoso (Xeroderma igmentosum).
Nos três casos, o paciente apresenta alguma DEFICIÊNCIA NO REPARO POR EXCISÃO DE
NUCLEOTÍDEOS E TRANSCRIÇÃO DO DNA.

AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA


Genética
Agora respondam....

O que é que está representado pelo número 1?


A)AtARN
B) Ribossoma
C) Aminoácido
D) mARN

O que é que está representado pelo número 2?


A) Ribossoma
B)BAminoácido
C) tARN
D) mARN
O que é que está representado pelo número 3?
A) Ribossoma
B) Aminoácido
C) tARN
D) mARN
AULA 2: INTRODUÇÃO À GENÉTICA

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