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Api-600 2001
Api-600 2001
006
Válvulas Gaveta de Aço com Tampa
Aparafusada para Indústrias de
ABNT – Associação
Brasileira de Petróleo e Gás Natural - Requisitos
Normas Técnicas
Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 28º andar
CEP 20003-900 – Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro – RJ
Tel.: PABX (021) 210-3122 Origem:
Fax: (021) 220-1762/220-6436
Endereço eletrônico:
CB-04 – Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos
www.abnt.org.br CE-04:009-17 – Comissão de Estudo de Válvulas
04:009-17-006 – Bolted Bonnet Steel Gate Valves for Petroleum and Natural Gas
Industries
Esta Norma trata-se da tradução da Norma ANSI/API 600:2001.
Descriptors:
Valve, Steel Gate Valve, Gate Valves
Copyright © 1999,
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Substitui e cancela a Norma NBR 11712-1/1980
Todos os direitos reservados
Sumário
Prefácio
0 Introdução
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições
4 Níveis de pressão-temperatura
5 Projeto
6 Materiais
7 Inspeção, exames e ensaios
8 Marcaçâo
9 Preparação para despacho
Prefácio
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ONS circulam para Consulta
Pública entre os associados da ABNT e demais interessados.
Esta Norma foi elaborada pela Comissão de Estudos de Válvulas CE 04.009-17, do Comitê Brasileiro de
Máquinas e Equipamentos Mecânicos CB – 4 da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.
A presente Norma trata-se de tradução da Norma ANSI/API 600:2001, sem exclusão de conteúdo.
2
Esta Norma incorpora 3 anexos A, B e C, de caráter informativo, em correlação direta e da mesma forma
como apresentados na Norma ANSI/API 600:2001. Os desenhos (figuras) de válvulas desta Norma são
para fins de ilustração e nomenclatura somente, sem qualquer finalidade Normativa, e não representam o
desenho de nenhum fabricante.
Esta Norma substitui a Norma NBR 11712-1:1980 – Válvulas Gaveta de aço fundido e forjado para a
indústra de petróleo, petroquínica e afins – Especificação.
0 Introdução
A finalidade desta Norma é estabelecer, no formato ISO, as exigências e práticas básicas para válvulas de
gaveta de aço flangeadas e soldadas de construção com tampa aparafusada, semelhantes às exigências
e práticas descritas na Norma ANSI/API 600, décima edição. Para manter a compatibilidade com os
flanges definidos na Norma ISO 7005-1 e os flanges da Norma ASME B16.5, as válvulas da primeira
foram designadas pela pressão nominal ISO PN e as válvulas da última pela classe de pressão. Não é
finalidade desta Norma substituir a Norma ISO 6002 ou qualquer outra norma que não tenha relação com
as aplicações do setor de refinarias de petróleo ou gás natural. Contudo, ela substitui a Norma API 600,
décima edição.
1 Objetivo
Esta Norma especifica os requisitos para válvulas de gaveta de aço com tampa aparafusada para serviço pesado
em refinarias de petróleo e aplicações semelhantes, onde aspectos como corrosão, erosão e outras condições de
trabalho indicam a necessidade de válvulas de passagem plena, paredes grossas e diâmetros de haste extra
grandes.
- tampa aparafusada;
- hastes ascendentes;
- volantes não-ascendentes;
25; 32; 40; 50; 65; 80; 100; 150; 200; 250; 300; 350; 400; 450; 500; 600
quando provida furação nos flanges das extremidades compatíveis com parafusos da série métrica e as
designações de pressão nominal ISO PN forem marcadas no corpo da válvula.
Esta Norma também cobre válvulas correspondentes aos tamanhos nominais de tubos – NPS:
quando provida furação nos flanges das extremidades compatíveis com parafusos da série em polegadas
e as designações de Classe forem marcadas no corpo da válvula.
Ela também cobre requisitos de marcações adicionais para válvulas designadas em PN (ou Classe) que
têm flanges com furação para parafusos em polegadas (ou métricos).
2 Referências normativas
A(s) norma(s) relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem
prescrições para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação.
Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que
verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais recentes da(s) norma(s) citadas a seguir. A
ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.
ISO 7-1:1994 - Pipe threads where pressure-tight joints are made on the threads – Part 1: Dimensions,
tolerances and designation.
ISO 4200:1991 – Plain end steel tubes, welded and seamless – Dimensions
ASME B1.1: 1989 – Unified inch screw threads (UM and UNR thread form)
ASTM A193:1996 – Specification for alloy steel and stainless steel bolting materials for high temperature
service
ASTM A194:1996 – Specification for carbon and alloy steel nuts for bolts for high-pressure and high-
temperature service
ASTM A307:1994 – Specification for carbon steel bolts and studs, 60 000 psi tensile strength
MSS SP-55:1985 (R1990) – Quality standard for steel castings, visual surface examination
3 Definições
Para os fins desta Norma, a definição de diâmetro nominal apresentada na Norma ISO 6708 e de pressão
nominal ISO PN apresentada na Norma ISO 7268 são aplicáveis. Também são aplicáveis as definições de
Classe de pressão e Tamanho Nominal de Tubo – NPS apresentadas na Norma ANSI/ASME B16.34.
4 Níveis de pressão/temperatura
4.1 Os níveis de pressão/temperatura aplicáveis às válvulas especificadas nesta Norma devem estar em
conformidade com os níveis especificados nas tabelas da Norma ASME B16.34 para os materiais aplicáveis
correspondentes à Classe e pressão nominal ISO PN. Restrições das condições de pressão e temperatura, como
por exemplo as impostas por vedações especiais não rígidas ou materiais de componentes internos especiais,
devem ser marcadas na placa de identificação da válvula (ver 8.4).
1)
A ser publicada (Revisao da ISO 5752:1982)
4
4.2 A temperatura correspondente para um determinado nível de pressão é a temperatura máxima admissível para o
corpo-tampa da válvula para contenção de fluido naquele nível de pressão. Em geral, essa temperatura é a mesma
que a do fluido contido. O uso de um nível de pressão correspondente a uma temperatura diferente da do fluido
contido é de responsabilidade do usuário.
4.3 Para temperaturas abaixo da menor temperatura listada nas tabelas de pressão/temperatura (ver 4.1), a pressão
de trabalho não deve ser maior que a pressão para a menor temperatura listada. O uso de válvulas em temperaturas
menores é de responsabilidade do usuário. Deve-se considerar a perda de ductibilidade e resistência ao impacto de
muitos materiais em baixas temperaturas.
5 Projeto
5.1.1 Um esquema do corpo da válvula é mostrado na Figura 1. A espessura mínima da parede para fabricação do
corpo, tm, é mostrada na tabela 1, com exceção das indicações feitas em 5.1.2 para as extremidades soldadas. Na
medida em que estão sujeitas a muitos fatores de variação, o fabricante deve determinar e prover espessuras de
metal adicional necessário para suprir as tensões decorrentes de montagem, formatos não circulares e concentração
de tensões.
5.1.2 A preparação da extremidade para solda em válvulas com extremidade soldada (ver 5.3.2) não deve reduzir a
espessura da parede do corpo para valores abaixo dos especificados em 5.1.1 dentro de uma área mais próxima à
superfície externa do pescoço que a espessura tm medida na direção longitudinal. A transição para preparação da
solda deve ser gradual e a seção deve ser essencialmente circular em toda a sua extensão. Cantos vivos ou
alterações abruptas de seção em áreas na região de transição devem ser evitadas, com exceção de colarinhos ou
anéis de ensaio, soldados ou integrais. Em nenhum caso a espessura pode ser menor que 0,77 tm numa distância
de 1.33 tm da extremidade da solda.
Exceto na região do pescoço da tampa que dá passagem à haste e alojamento à gaxeta, a espessura
mínima da parede para fabricação da tampa deve ser a espessura t m mostrada na Tabela 1. Para a região
do pescoço que dá passagem à haste e alojamento à gaxeta a espessura mínima da parede deve ser
baseada no diâmetro necessário, isto é, o diâmetro do orifício da haste ou do estojo (câmara) da gaxeta, e
deve estar em conformidade com a tabela 2.
Tabela 1 – Espessura mínima da parede para o corpo e tampa
5.3.1.1 As extremidades flangeadas de válvulas Classe 150 a 2500 (pressão nominal ISO PN 20 a 420) devem estar
em conformidade com os requisitos dimensionais da Norma ASME B16.5 ou Série 1 da Norma ISO 7005-1,
prevalecendo a que tiver data mais recente, com exceção de que as válvulas designadas por Classe devem ter
orifícios para parafusos em polegadas em conformidade com a Norma ASME B16.5 e as válvulas designadas por
PN devem ter orifícios métricos em conformidade com a Norma ISO 7005-1. A menos que especificado de outra
forma, o acabamento das superfícies das extremidades flangeadas deve estar em conformidade com a Norma
ASME B16.5 ou ISO 7005-1, prevalecendo a que tiver data mais recente. A menos que especificado de outra forma,
extremidades flangeadas com ressalto devem ser fornecidas.
5.3.1.2 As dimensões face-a-face para válvulas com extremidade flangeada Classe 150, 300 e 600 (pressão nominal
ISO PN 20, PN 50 e PN 110) devem estar em conformidade com a Norma ASME B16.10 ou ISO 5752, séries
básicas 3, 4 e 5, prevalecendo a que tiver data mais recente, com exceção de que a tolerância aplicável deve estar
em conformidade com a nota da Tabela 3. Para Classe > 600 (PN > 110), as dimensões face-a-face devem ser
iguais às dimensões extremidade-a-extremidade mostradas na Tabela 3.
5.3.1.3 Os flanges da extremidade e flanges da tampa devem ser fundidos ou forjados integralmente ao corpo.
Entretanto, quando o comprador especificar, os flanges forjados podem ser fixados por solda por um soldador e
processo de soldagem, ambos qualificados; nesse caso todos os flanges fixados por solda devem ter uma junta com
solda de topo. Deve ser executado tratamento térmico, em conformidade com as especificações do material, para
garantir que o mesmo seja adequado para todas as condições de trabalho.
Tabela 3 – Dimensões extremidade-a-extremidade para válvulas com extremidade
soldada
5.3.2.1 As extremidades soldadas devem estar em conformidade com os detalhes mostrados na Figura 2, a menos
que especificado de outra forma pelo comprador.
5.3.2.2 As dimensões extremidade-a-extremidade para válvulas com extremidade soldada devem estar em
conformidade com a Tabela 3, a menos que especificadas de outra forma pelo comprador.
8
a) Extremidade da solda para conexão com b) Extremidade da solda para conexão com tubo
tubo com parede de espessura T < 22 mm com parede de espessura T > 22 mm
Diâmetro 25 32 40 50 65 80 100 150 200 250 300 350 400 450 500 600
Nominal DN
Tam. Nom. do 1 1¼ 1½ 2 2½ 3 4 6 8 10 12 14 16 18 20 24
Tubo NPS
A nominal 35 44 50 62 78 91 117 172 223 278 329 362 413 464 516 619
(mm)
A tolerância +2,5 +4
(mm) -1,0 -1
B tolerância +1 +2 +3
(mm) -1 -2 -2
NOTA 1: As superfícies interna e externa das extremidades soldadas da válvula devem ter acabamento usinado. O
contorno dentro do envólucro é opção do fabricante, a menos que o pedido tenha especificação em contrário.
NOTA 3: Válvulas com espessura de parede mínima igual a 3 mm ou menos podem ter extremidades quadradas ou
levemente chanfradas.
NOTA 4: Para diâmetros externos nominais e espessura da parede de tubo padrão de aço, ver Norma ISO 4200.
5.3.3.1 O diâmetro interno da sede do corpo, com exceção das abas de fixação dos anéis de sede roscados, não
devem ser menores que os valores especificados na Tabela 4.
Tabela 4 – Diâmetro do orifício de passagem do corpo
5.3.3.2 Sedes integrais ao corpo são permissíveis em válvulas de aço inoxidável austenítico. Quando aço inoxidável
austenítico ou material de recobrimento superficial é usado para a sede do corpo, esse material pode ser depositado
por solda diretamente no corpo da válvula. Caso contrário, os corpos das válvulas devem ter anéis de sede
separados apoiados no fundo ou na borda, que sejam ou roscados ou soldados na posição, com exceção de que
para válvulas DN [ 50, anéis de sede laminados ou estampados podem ser usados.
5.3.3.3 As superfícies da sede do corpo não devem ter cantos vivos na circunferência de sede externa ou interna.
5.3.3.4 Massas de vedação ou graxas não devem ser usados na montagem dos anéis de sede. Contudo, um
lubrificante leve com viscosidade não maior que a do querosene pode ser usado para prevenir esfoliações das
superfícies roscadas correspondentes.
5.3.4 Orifícios
Orifícios roscados são proibidos, a menos que seu uso seja especificado pelo comprador. Todos os
orifícios devem estar em conformidade com 5.12. Quando orifícios roscados forem aceitos para
amostragem, eles não devem ser maiores que DN 15.
5.4.1 O orifício da haste na tampa deve ser projetado de forma a ter espaço adequado para guiar a haste e para
evitar a expulsão da gaxeta.
5.4.2 A tampa deve incluir uma sede de contravedação com assento cônico em uma das seguintes formas
- uma bucha;
- um depósito de aço inoxidável austenítico ou outro material de recobrimento superficial soldado com
espessura mínima de 1,6 mm.
5.4.4 As tampas devem ser fundidas ou forjadas em uma única peça e os mesmos requisitos e exceções descritos
em 5.3.1.3 são aplicáveis.
5.4.5 Os parafusos do preme-gaxeta não devem ser ancorados na tampa ou castelo por meio de fixação à solda ou
protuberância soldada. O projeto da cavilha não deve incluir fendas ou suportes que possam prender os parafusos
do preme-gaxeta durante o re-engaxetamento.
5.5.2 Para válvulas pressão nominal ISO PN 20, a junta tampa-corpo deve ser de um dos seguintes tipos, ilustrados
na figura 5 da Norma ISO 7005-1:1992:
5.5.3 Para válvulas com pressão nominal ISO PN 20 e acima, a junta tampa-corpo deve estar em conformidade com
5.5.2, com exceção de que a junta tipo A, superfície plana, não é permitida.
5.5.4 A junta do flange da tampa deve ser adequada para a faixa de temperatura entre -29°C a 538°C e deve ser
uma das seguintes:
- junta de metal extrudado espiralado a ser usada somente num projeto tampa-corpo que ofereça
controle de compressão da junta.
Para válvulas pressão nominal ISO PN 20, o seguinte também pode ser usado:
- manta de grafite flexível reforçada com uma alma de aço inoxidável, perfurada, como um inserto
corrugado ou espiga.
5.5.5 Com exceção de todas as válvulas pressão nominal ISO PN 20 e todas as válvulas diâmetro nominal DN 65 e
menores, os flanges tampa-corpo devem ser circulares.
5.5.6 As superfícies de apoio entre flanges da tampa e corpo devem ser paralelas com tolerância de ± 1°. A
fresagem ou usinagem do lado oposto necessários para atingir o paralelismo exigido devem estar em conformidade
ou com a Norma ASME B16.5 ou ISO 7005-1.
5.5.7 A junta tampa-corpo deve ser seguramente fixada no mínimo por 4 parafusos prisioneiros tipo passantes. O
tamanho mínimo do parafuso prisioneiro, para cada tamanho de válvula, de acordo com a pressão nominal ISO PN
ou Classe, deve ser o seguinte:
5.5.8 Os parafusos da tampa da válvula devem, no mínimo, atender aos seguintes requisitos quanto à seção
transversal:
onde:
S b é a tensão admissível do parafuso a 38°C, em Mpa (quando maior que 138MPa, usar 138MPa);
PN é o número de designação da pressão nominal ISO PN;
A g é a área efetiva delineada pela borda externa da junta, em mm 2 , com exceção de que no caso de junta
tipo anel a área é delineada pelo círculo do diâmetro primitivo do anel;
5.5.9 Na montagem, todas as superfícies de contato com o junta devem estar livres de óleos pesados, graxas e
produtos de vedação. Uma leve camada de lubrificante, com viscosidade não maior que a do querosene, pode ser
aplicada se necessário para ajudar na montagem adequada da junta.
5.6 Gaveta
5.6.1.1 Uma gaveta em cunha de peça única, tipo cunha sólida ou de material não rígido, deve ser fornecida a
menos que haja especificação em contrário.
5.6.1.2 Gaveta em cunha bi-partida ou gaveta em disco duplo de sede paralela, podem ser fornecidas quando
especificado. Uma gaveta em cunha bi-partida consiste de duas partes, com sedes independentes que ajustam-se
às sedes do corpo quando fechadas. Uma gaveta em disco duplo tem um mecanismo de expansão que empurra os
dois discos paralelos na direção das sedes do corpo quando fechada.
5.6.2 Com exceção da gaveta em disco duplo, na posição aberta, a gaveta deve liberar totalmente a seção de
passagem da sede da válvula.
5.6.3 As gavetas devem ser projetadas de forma que todas as partes possam operar normalmente não importando a
orientação da válvula instalada.
5.6.4 Devem ser fornecidas guias na gaveta e corpo e elas devem ser projetadas de forma a minimizar o desgaste
da sede e manter o alinhamento entre gaveta e haste em todas as orientações da válvula. O projeto gaveta-corpo
deve levar em consideração o desgaste que pode ser causado por corrosão, erosão ou abrasão.
5.6.5 As superfícies da sede da gaveta devem ser integrais ou contra-sede de metal soldado. A menos que
especificado, não é exigido deposição de materiais de sede . No caso de deposição, a espessura do material
depositado não deve ser menor que 1,6 mm.
5.6.6 As gavetas tipo cunha devem ser projetadas levando em consideração o desgaste da sede. As dimensões que
fixam a posição das sedes da gaveta em relação às sedes do corpo devem ser tais que a gaveta, a partir de sua
fabricação, possa mover-se dentro das sedes, como resultado do desgaste da sede, numa distância definida como
percurso de desgaste. O percurso de desgaste mínimo exigido varia com o tamanho da válvula, como mostra a
tabela 5.
12
5.7 Castelo
5.7.1 O castelo pode ser ou não integral à tampa. O castelo deve reter a bucha da haste que faz a conexão da haste
ao volante.
5.7.2 Os castelos devem ser projetados de forma a permitir que a bucha da haste seja removida sem a necessidade
de remover a tampa do corpo, com a válvula pressurizada.
5.7.3 Os castelos que são separados devem ter superfícies castelo-tampa correspondentes usinadas para garantir
uma interface de montagem adequada entre superfícies suporte.
5.7.4 As superfícies suporte castelo-bucha da haste devem ser usinadas para serem chatas e paralelas. Um
acessório deve ser fornecido para lubrificação de superfícies suporte.
5.8.1 O diâmetro mínimo da haste, ds, deve estar em conformidade com a Tabela 6. Os valores estabelecidos na
Tabela 6 aplicam-se à haste na região da gaxeta e ao diâmetro maior da rosca da haste trapezoidal. Contudo, o
diâmetro maior da rosca da haste pode ser reduzido, a critério do fabricante, em não mais que 1,6 mm. A área da
superfície da haste em contato com a gaxeta deve ter um acabamento de superfície, Ra, de 0,80 µm ou menos.
5.8.2 As hastes devem permitir o encaixa da cunha numa extremidade e ter uma rosca trapezoidal na outra. A
bucha da haste deve ser usada para acoplamento do volante e para guiar a rosca da haste em operação.
5.8.3 As roscas guias da haste e das buchas de haste devem ser trapezoidais, como especifica a Norma ASME
B1.5 ou ASME B1.8, com as variações dimensionais permitidas. As roscas da haste devem ser voltada para a
esquerda de forma que o movimento do volante, em sentido horário, feche a válvula.
5.8.4 A haste deve ser projeto de peça única em material extrudado. A fabricação por soldagem não é permitida.
5.8.5 A extremidade da haste que se conecta à gaveta deve ter a forma de T. Contudo, para gaveta em disco duplo,
a extremidade de conexão pode ser roscada.
5.8.6 O projeto do acoplamento da haste deve prevenir que a haste gire em falso ou se solte da gaveta quando a
válvula estiver em operação.
5.8.7 No que se refere a cargas axiais, o projeto da haste deve ser tal que a resistência da haste na conexão à
gaveta e a parte da haste dentro da área de pressão da válvula excedam a resistência da haste requerida na raiz da
rosca em operação.
5.8.8 A haste deve incluir uma superfície cônica ou elevação para assento à sede de contra-vedação da tampa
quando a gaveta está em posição totalmente aberta. A contra-vedação haste-tampa é um requisito desta Norma, e
como tal, não implica uma recomendação do fabricante de que possa ser usada para fins de adicionar ou substituir
uma gaxeta enquanto a válvula estiver sob pressão.
5.8.9 O projeto da bucha da haste deve permitir a remoção do volante enquanto a haste (e gaveta) é mantida numa
posição fixa.
5.8.10 A conexão bucha da haste-volante deve ser feita em interface hexagonal, uma interface redonda dotada de
rasgo de chaveta ou outros meios equivalentes quanto à resistência e durabilidade.
5.8.11 Quando a fixação da bucha da haste ao castelo é feita por rosca, a bucha deve também ser ali travada por
solda ou trava mecânica positiva. Trava por simples dispositivo metálico de puncionamento ou rebite não é
permissível.
5.8.12 Com a válvula fechada, a projeção da rosca da haste para uma posição acima da bucha da haste, numa
válvula nova, deve ter uma distância no mínimo igual ao curso de desgaste da válvula e no máximo cinco vezes o
curso de desgaste para válvulas diâmetro nominal DN 150 ou menores e três vezes o curso de desgaste para
válvulas diâmetro nominal maiores que DN 150.
5.8.13 As válvulas diâmetro nominal DN 150 ou maiores com pressão nominal ISO PN 110 ou maiores, devem ter
bucha de haste com mancais (suportes) esféricos ou rolantes.
5.9.1 A gaxeta pode ter seção quadrada ou retangular.. A largura radial nominal da gaxeta deve estar em
conformidade com a Tabela 7.
5.9.2 A profundidade nominal da câmara (estojo) da gaxeta deve acomodar no mínimo cinco anéis de gaxeta não
comprimidos. A menos que especificado de outra forma, a área da superfície do estojo da gaxeta em contato com o
material da gaxeta deve ter acabamento superficial Ra de 3,2 µm ou mais liso.
5.9.3 O diâmetro da câmara da gaxeta deve ser igual ao diâmetro da haste mais duas vezes a largura da gaxeta
mais 0,8 mm (isto é, d +2w + 0,8).
14
5.9.4 Um preme-gaxeta e um flange de preme-gaxeta separados devem ser fornecidos para compressão da gaxeta.
A extremidade superior do preme-gaxeta deve ter um lábio cujo diâmetro externo exceda o diâmetro do orifício da
câmara da gaxeta, para impedir a entrada do mesmo no orifício. O flange do preme-gaxeta deve ter dois furos para
alojamento dos parafusos do preme-gaxeta. Parafusos com fenda não devem ser usados.
5.9.5 O preme-gaxeta deve ser flangeado com dois orifícios para parafusos (fendas para parafusos do preme-gaxeta
não devem ser usadas). O preme-gaxeta e o flange do preme-gaxeta devem se auto-alinhar. O preme-gaxeta deve
ter uma borda no limite externo para evitar a entrada completa do preme-gaxeta na câmara da gaxeta.
5.9.6 Um anel lanterna deve existir somente se especificado pelo comprador. O anel lanterna deve ter dois orifícios
separados em 180°, em cada extremidade, para facilitar a remoção. Esses anéis podem ser furos para uso com
ganchos ou furos roscados com rosca série passo ½ (NO. 5-40 UNC) conforme especificado na Norma ASME B1.1.
Quando um anel lanterna for instalado, a câmara da gaxeta deve ser roscada no lado oposto ao centro do anel
lanterna e deve ter rosca redonda ou bujão-cabeçote hexagonal maior ou igual a DN 8 (NPS ¼). O bujão deve estar
em conformidade com a Norma ASME B16.11. A câmara da gaxeta deve ter um cubo conforme especificado em
5.12, proporcional para os tamanhos não listados. Para acomodar o anel lanterna, a profundidade da câmara da
gaxeta deve ser no mínimo equivalente a três anéis de gaxeta não comprimidos acima do anel lanterna e três anéis
de gaxeta não comprimidos abaixo do anel lanterna, mais o comprimento do anel lanterna.
5.10 Parafusos
5.10.1 Os parafusos da junta tampa-corpo devem ser parafusos prisioneiros de rosca contínua com porcas pesadas,
hexagonais e semi-acabadas que estejam em conformidade com a Norma ASME B18.2.2.
5.10.2 Os parafusos castelo-tampa devem ser parafusos prisioneiros de rosca contínua ou parafusos com cabeça
com porcas hexagonais.
5.10.3 Os parafusos do preme-gaxeta devem ser parafusos de olhal articulados, parafusos com cabeça, parafusos
prisioneiros ou prisioneiros. Devem ser usadas porcas hexagonais..
5.10.4 Parafusos de 25 mm e menores devem ter roscas grossa (UNC) ou a rosca métrica correspondente mais
próxima. Parafusos maiores que 25 mm devem ter rosca série 8 (8UN) ou a rosca métrica mais próxima
correspondente. As roscas do parafuso devem ser Classe 2A e as roscas da porca devem ser classe 2B, em
conformidade com a Norma ASME B1.1. Os prisioneiros usados como parafuso do preme-gaxeta devem ser para
ajuste Classe 5, em conformidade com a Norma ASME B1.12.
5.11 Operação
5.11.1 A menos que haja especificação em contrário pelo comprador, a válvula deve ter volante diretamente operado
que abre a válvula quando girado em sentido anti-horário.
5.11.2 O volante deve ser do tipo aro com raios, com no máximo seis raios, e não deve ter rebarbas e ângulos
pontiagudos. A menos que haja especificação em contrário, o volante deve ser de peça única fundido ou forjado, ou
de partes múltiplas em outros tipos de aço carbono. Os volantes devem ter resistência e tenacidade características
compatíveis às de volantes feitos como uma peça única fundidos ou forjados.
5.11.3 O volante deve ser marcado com a palavra “OPEN” e uma seta indicando a direção de abertura, a menos que
seu tamanho torne tal marcação impraticável.
5.11.4 O volante deve ser fixado à bucha da haste por uma porca roscada.
5.11.5 Se operado por roda dentada para corrente, ou uma caixa de engrenagem ou atuador elétrico, a solução
escolhida deve ser acrescentada à válvula e o comprador deve especificar o seguinte, conforme aplicável:
- para operação por roda dentada para corrente, a dimensão do centro da haste da válvula à parte
inferior da alça da corrente;
5.11.6 As dimensões correspondentes para acoplamento da caixa de engrenagem ou atuador elétrico podem estar
em conformidade com a Norma ISO 5210 ou devem estar em conformidade com as especificações do comprador.
5.12 Conexões auxiliares
5.12.1 Exceto quando especificado pelo comprador, não são exigidas conexões auxiliares,.
5.12.2 A menos que o comprador especifique de outra forma, o diâmetro nominal DN mínimo do tubo para conexões
auxiliares deve estar em conformidade com a Tabela 8.
5.12.3 As conexões devem ser identificadas como indicado na figura 3. Cada um dos 11 locais indicados é
designado por uma letra.
5.12.4 Quando os cubos requerem espessura de metal adicional para obtenção de espessura de parede adequada,
o diâmetro mínimo do cubo deve estar em conformidade com a Tabela 9.
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5.12.5 A parede da válvula pode ter rosca se a espessura do material for suficiente para permitir a largura efetiva da
rosca, L, mostrada na figura 4 e na Tabela 10. Quando o comprimento da rosca for insuficiente ou o furo da rosca
precisar de reforço, um cubo deve ser adicionado conforme especificado em 5.12.4. As roscas dos tubos devem ser
do tipo cônica como mostra a figura 4.
5.12.6 Os soquetes, para conexões soldadas tipo soquete, podem ser fornecidos se a espessura do metal for
suficiente para acomodar a profundidade do soquete e sobrar parede conforme mostra a figura 5 e a Tabela 11. Se
a espessura da parede for insuficiente para a conexão soldada tipo soquete, um cubo deve ser adicionado,
conforme especificado em 5.12.4. O comprimento da perna do cubo soldado deve ser 1,09 vezes a espessura
nominal da parede do tubo da conexão auxiliar ou 3 mm, prevalecendo o que for maior.
Figura 5 – Solda de soquete para conexões auxiliares
5.12.7 As conexôes auxiliares podem ser fixados por soldagem de topo direta na parede da válvula, como mostra a
figura 6. Se o tamanho da abertura for tal que seja necessário um reforço, um cubo deve ser adicionado, como
especificado em 5.12.4.
6 Materiais
Os materiais do corpo, tampa, e peças outras da válvula que não sejam os componentes internos devem
ser selecionados na Tabela 12.
6.2.1 Os componentes internos incluem a haste, superfícies de sede da gaveta, superfícies de sede do corpo (ou
anel de sede) e a superfície de contravedação para contato da haste. Os materiais dos componentes internos
devem ser escolhidos entre os mostrados na Tabela 13, a menos que outro material tenha sido acordado entre
comprador e fabricante. O número de combinação dos componentes internos, CN, identifica tanto o material da
haste quanto das superfícies de sedes associadas.
18
Componente Material
Corpo e tampa A ser selecionado entre ANSI/ASME B16.34 ou ISO 7005-1:1992, tabela
D.2.
Gaveta Aço, com resistência à corrosão no mínimo igual ao material do corpo.
Castelo, separado Aço carbono ou mesmo material que a tampa.
Parafusos: tampa-corpo Os parafusos devem estar em conformidade com a Norma ANSI ASTM
A193 e as porcas devem estar em conformidade com a Norma ANSI ASTM
A194-2H. Para temperaturas de trabalho abaixo de -29°C ou acima de
454°C, o pedido de compra deve especificar o material do parafuso.
Parafusos: preme-gaxeta e Material dos parafusos no mínimo igual aos requisitos da Norma ANSI
castelo ASTM A307-Grau B.
Anel da sede Conforme a Tabela 13. Contudo, quando revestimentos de depósitos de
solda são usados, o material base deve ter resistência à corrosão similar à
do material do corpo.
Flange do preme-gaxeta Aço.
Preme-gaxeta Material com ponto de fusão acima de 955°C.
Gaxeta Adequado para vapor e fluidos de petróleo para temperaturas entre -29°C
e 538°C. Deve conter um anti-corrosivo.
Bucha da haste Ferro dútil austenítico ou liga de cobre com ponto de fusão acima de
955°C.
Volante Ferro maleável, aço carbono ou ferro dútil.
Porca de fixação do volante Aço, ferro maleável, ferro dútil ou lia de cobre não ferrosa.
Bujões Composição nominal deve ser a mesma que a do material do corpo.
Bujões de ferro fundido não devem ser usados.
Tubo e válvulas de dreno Composição nominal deve ser a mesma que a do material do corpo.
Pivo, haste do disco duplo da Aço inoxidável austenítico.
gaveta
Placa de identificação Aço inoxidável austenítico ou liga de níquel presa à válvula por presilhas
de material resistente à corrosão ou por solda.
Anel lanterna Um material que tenha resistência à corrosão no mínimo igual à do
material do corpo.
Junta da tampa A porção metálica exposta ao ambiente de trabalho deve ser de material
que tenha resistência à corrosão no mínimo igual à do material do corpo.
Tabela 13 – Materiais Básicos dos Componentes Internos
onde
- HF = Face dura usando liga de solda CoCr ou NiCr. O sufixo A aplica-se a NiCr;
- Quando dois materiais forem separados por uma barra, isso denota dois materiais distintos, um para a superfície
do anel de sede do corpo e o outro para a superfície de sede da gaveta, sem implicação de preferência por
qualquer um deles que podem ser usados indistintamente, tanto numa como na outra peça.
6.2.2 Os materiais de componentes internos devem ser os materiais de componentes internos padrão do fabricante
para o número de combinação, CN, especificado no pedido de compra. Para um CN especificado num pedido de
compra, um CN alternativo pode ser fornecido, conforme a Tabela 14.
20
CN Especificado CN Alternativo
1 8 ou 8A
2 10
5A 5
6 8
8A 8
6.3 Reparos
Toda válvula deve passar por ensaio de pressão de corpo, um ensaio de aperto de fechamento e um
ensaio de contra-vedação da haste, em conformidade com os requisitos da Norma ISO 5208, com
exceção das modificações aqui contidas. Vedantes, compostos, graxas ou óleos devem ser removidos das
superfícies de sede antes do ensaio de pressão. É permissível, contudo, que uma camada de óleo não
mais viscoso que o querosene seja aplicada para evitar esfoliações das superfícies de sede.
7.1.1.1 O ensaio de corpo deve ser feito a pressão não menor que 1,5 vezes a pressão correspondente ao nível de
pressão da válvula a 38°C. O preme-gaxeta deve ser ajustado para manter a pressão de ensaio.
7.1.1.2 A duração do ensaio de corpo e o período de tempo mínimo pelo qual a pressão de ensaio de corpo deve ser
mantida devem estar em conformidade com a Tabela 15.
7.1.1.3 Durante o tempo em que a válvula estiver pressurizada no ensaio de corpo não deve haver vazamento
detectável visualmente pela parede do corpo ou na junta da tampa.
7.1.2.1 O ensaio de aperto de fechamento para cada válvula deve ser o seguinte:
- para válvulas DN [ 100, com Classe [ 1500 (PN [ 260) e para válvulas DN > 100 com Classe [ 600 (PN
[ 110), um ensaio à gás com a pressão entre 4 bar e 7 bar (400 kPa e 700 kPa) ou
- para válvulas DN [ 100, com Classe > 1500 (PN > 260) e para válvulas DN > 100 com Classe > 600
(PN > 110), um ensaio com fluido a pressão não menor que 1,1 vezes a pressão máxima permissível
da válvula a 38°C.
7.1.2.2 O ensaio de aperto de fechamento deve ser aplicado em uma direção de cada vez, em ambos os lados da
válvula. O método de ensaio deve incluir o preenchimento e pressurização da cavidade do corpo entre as sedes e a
tampa com o fluido de ensaio, para garantir que nenhum vazamento pela sede deixe de ser observado.
7.1.2.3 A duração do ensaio de aperto de fechamento, e o período mínimo de tempo pelo qual a pressão deve ser
mantida para fins de medição de vazamento pela sede, devem estar em conformidade com a Tabela 16.
Tabela 16 – Duração do ensaio de aperto de fechamento
7.1.2.4 Durante o ensaio de aperto de fechamento, o vazamento máximo permissível pelas sedes da válvula deve
estar em conformidade com a Tabela 17 ou Tabela 18, dependendo de qual for aplicável. Para o ensaio a gás,
vazamento zero é definido como menor que 3 mm³ (1 bolha) durante o tempo de ensaio especificado. Para o ensaio
com fluido, o vazamento zero é definido como vazamento não visível durante o tempo de ensaio especificado.
7.1.2.5 Durante todo o tempo do ensaio de aperto de fechamento não pode haver evidência visível de vazamento
pela gaveta ou por trás dos anéis de sede instalados.
7.1.2.6 Quando dispositivos volumétricos são usados para medir os níveis de vazamento pela sede eles devem ser
calibrados para produzir resultados equivalentes aos mostrados nas Tabelas 17 e 18 para as válvulas em ensaio.
Esses dispositivos devem ser calibrados com o mesmo fluido de ensaio, e na mesma temperatura, que a usada para
o ensaio de aperto de fechamento da válvula.
7.1.2.7 As válvulas para as quais é especificado o ensaio a gás em 7.1.2.1 devem ter elementos de fechamento
projetados para manter as cargas de pressão correspondentes às condições do fluido de ensaio, conforme item
7.1.2.1, e devem atender aos requisitos de estanqueidade especificados na Tabela 18 para o ensaio com fluido.
7.1.3.1 O ensaio de contra-vedação deve ser ou um ensaio a gás às pressões indicadas em 7.1.2.1, ou um ensaio
com fluido às pressões indicadas em 7.1.2.1. A duração do ensaio de contra-vedação deve estar em conformidade
com 7.1.2.3.
7.1.3.2 A sede de contra-vedação da haste deve estar engajada e os parafusos do preme-gaxeta devem estar soltos
durante o ensaio de contra-vedação. Vazamento pela contra-vedação não é permissível durante o tempo
especificado para o ensaio.
7.1.4.1 Um ensaio de fechamento com fluido em alta pressão não é exigido para todas as válvulas, conforme
indicado em 7.1.2.1. É, contudo, uma opção que o comprador pode especificar. Entretanto, como é um ensaio da
estrutura de fechamento da válvula, espera-se que todas as válvulas sejam aprovadas nesse ensaio (ver 7.1.2.7).
7.1.4.2 O fluido de ensaio deve estar a pressão de 1,1 vezes o nível de pressão da válvula a 38°C.
7.1.4.4 O nível máximo de vazamento durante o tempo especificado para o ensaio deve estar em conformidade com
a Tabela 18.
22
7.2 Inspeção
Se um pedido de compra determina que o comprador testemunhe os ensaios e exames nas instalações do
fabricante da válvula, o inspetor do comprador deve ter livre acesso às áreas da fábrica relacionadas à
fabricação das válvulas quando o pedido estiver sendo processado.
Se um pedido de compra exigir exames que incluam exames de corpos e tampas de válvulas fabricados
em instalações que não sejam as da fábrica, esses componentes devem estar disponíveis para inspeção
no local onde estejam sendo fabricados.
A abrangência da inspeção do comprador pode ser especificada no pedido de compra e, a menos que
haja indicação em contrário, deve limitar-se a:
- inspeção da montagem da válvula para garantir conformidade com os requisitos do pedido de compra,
que pode incluir métodos de exames não destrutivos especificados;
- revisão dos relatórios de ensaio de laminados (chapas), registros de exames não destrutivos e
radiografias.
7.3 Exames
7.3.1 Para cada válvula, os itens listados no Anexo A devem ser verificados pelo fabricante antes da liberação para
embarque.
7.3.2 O fabricante da válvula deve fazer um exame visual das superfícies de materiais fundidos usados nos corpos,
tampas e gavetas, de forma a garantir que os requisitos da Norma MSS SP-55 sejam atendidos.
7.3.3 O fabricante da válvula deve examinar cada válvula de forma a garantir a conformidade com esta Norma.
7.3.4 Todos os exames devem ser executados de acordo com os procedimentos escritos em conformidade com as
Normas aplicáveis.
8 Marcações
8.1 Legibilidade
Toda válvula fabricada em conformidade com esta Norma deve estar claramente marcada, atendendo aos
requisitos da Norma ISO 5209, levando em conta que os requisitos aqui especificados também são
aplicáveis.
8.2 Maracações do corpo
8.2.1 Para válvulas com extremidades flangeadas as marcações obrigatórias no corpo, sujeitas ao que estabelece
8.2.3 e 8.2.4, devem ser as seguintes:
- material do corpo;
- designação de pressão, ou como PN seguido pelo número de pressão apropriado (como PN 20 para
válvulas com orifícios métricos para parafusos do flange da extremidade) ou número da Classe de
pressão (como 150 para válvulas com orifícios em polegadas para parafusos do flange da
extremidade);
- tamanho nominal, ou como DN seguido pelo número de tamanho apropriado (como DN 50) ou número
de NPS (como 20).
8.2.2 Para válvulas com extremidade soldada, as marcações obrigatórias no corpo, sujeitas ao que estabelece 8.2.4,
devem ser as seguintes:
- material do corpo;
- designação de pressão, ou como PN seguido pelo número de nível apropriado (como PN 20), ou
número de Classe de pressão (como 150).;
- tamanho nominal, ou como DN seguido pelo número de tamanho apropriado (como DN 500) ou
número de NPS (como 20).
8.2.3 As válvulas com extremidades flangeadas, com marcações de PN/DN (ou Classe/NPS) fundidas ou forjadas no
corpo, e com orifícios para parafusos do flange em polegadas (ou métricos) devem ter o número de Classe
correspondente (ou PN) estampado na aba de cada flange da extremidade. A estampagem deve ficar no pescoço do
corpo.
8.2.4 Para válvulas menores que DN 50, se o tamanho ou formato da válvula impedir a inclusão de todas as
marcações necessárias, uma ou mais delas podem ser omitidas, contanto que sejam mostradas na placa de
identificação. As marcações que podem ser omitidas são as seguintes:
- tamanho nominal;
- disignação de pressão;
- material do corpo.
Os flanges da extremidade do corpo devem ser marcados somente quando tiverem sulcos para montagem
de juntas tipo anel ou quando os orifícios dos parafusos do flange forem furados como descrito em 8.2.3.
Quando tiverem sulcos para montagem de junta tipo anel, o número da junta tipo anel (como R25) deve
ser marcado na aba de ambos os flanges das extremidades. Para os números de sulco para juntas tipo
anel, ver ASME B16.5 ou ISO 7005-1.
- nome do fabricante;
- código do fabricante;
9.1 A válvula deve ser despachada com anel lanterna, se especificado, e a gaxeta instalados. O comprimento para
ajuste restante do preme-gaxeta no embarque, com o preme-gaxeta apertado, deve ser maior que 1,5 vezes a
largura da gaxeta especificada em 5.9.1.
9.2 Com exceção de válvulas de aço austenítico, superfícies externas não usinadas devem ser pintadas em cor
alumínio.
9.3 As superfícies usinadas, incluindo roscas, devem ser protegidas com um anti-corrosivo de fácil remoção.
9.4 Proteções em madeira, fibra de madeira, plástico ou metal devem estar firmemente presas às extremidades da
válvula para resguardar a superfície da junta ou extremidades preparadas para soldagem. O projeto dessas
proteções deve impedir que a válvula seja instalada num sistema de tubulação antes que elas sejam removidas.
9.5 Quaisquer bujões que possam ser instalados em orifícios roscados devem ser totalmente apertados.
9.7 A menos que especificado de outra forma pelo comprador, as válvulas podem ser embarcadas soltas, em
paletes ou em caixas ou engradados.
Anexo A (informativo)
Identificações a serem especificadas pelo comprador
Solda de topo:
Flangeadas
Outros
Conexões auxiliares:
Material [6]
Corpo-tampa [6.1]:
Anexo B (informativo)
Identificação dos termos da válvula
GAVETA EM CUNHA
Cunha de
peça única
Cunha bi-partida
Tipos de Gavetas
NOTA: A única finalidade desta figura é identificar os nomes das peças. A construção de uma válvula é aceitável
somente quando em conformidade com todos os requisitos desta Norma internacional.
Anexo C (informativo)
Modificações para ISO 10434
O Departamento de Marketing, Distribuição e Produção da API, Sub-Comitê de Tubos, votou pela adoção
da Norma Internacional ISO 10434, Bolted bonnet steel gate valves for petroleum and natural gas
industries como API 600, sujeita à incorporação direta das seguintes modificações a esta Norma, API
600 1)
1)
As modificações descritas neste anexo alinham os requisitos da ISO 10434 aos da décima edição da API 600, com
exceção de que a referência à Classe de válvulas 400 e o Apêndice A, Requisitos para válvulas com vedação de
pressão, da API 600 não foram duplicados
28
- para válvulas DN [ 100 com PN [ 260 e para válvulas DN > 100 com PN [
110, um ensaio a gás a pressão entre 4 bar e 7 bar (400 kPa e 700 kPa) ou
- para válvulas DN [ 100 com PN > 260 e para válvulas DN > 100 com PN >
110, um ensaio com fluido a pressão não menor que 1,1 vezes a pressão
máxima permissível da válvula a 38°C.
O ensaio de fechamento deve ser aplicado em uma direção de cada vez, para
ambas as direções da sede. O método de ensaio deve incluir o preenchimento
e pressurização da cavidade do corpo entre as sedes e a tampa com o fluido de
ensaio, para garantir que nenhum vazamento pela sede deixe de ser percebido.
7.1.2.3 Edição A duração do ensaio de aperto de fechamento, e o período mínimo de tempo
pelo qual a pressão deve ser mantida para fins de obtenção de medição de
vazamento pelo aperto de fechamento da sede, devem estar em conformidade
com a Tabela 16.
7.1.2.4 Rev. Durante o ensaio de aperto de fechamento, o vazamento máximo permissível
pelas sedes da válvula deve estar em conformidade com a Tabela 17 ou Tabela
18, dependendo de qual for aplicável. Para o ensaio a gás, vazamento zero é
definido como menor que 3 mm³ (1 bolha) durante o tempo de ensaio
especificado. Para o ensaio com fluido, o vazamento zero é definido como
vazamento não visível durante o tempo de ensaio especificado.
7.1.2.5 Novo Durante todo o tempo do ensaio de fechamento não pode haver evidência
visível de vazamento pela gaveta ou por trás dos anéis de sede instalados.
7.1.2.6 Novo Quando dispositivos volumétricos são usados para medir os níveis de
vazamento pela sede eles devem ser calibrados para produzir resultados
equivalentes aos mostrados nas Tabelas 17 e 18 para as válvulas em ensaio.
Esses dispositivos devem ser calibrados com o mesmo fluido de ensaio, e na
mesma temperatura, que o usado para o ensaio de fechamento da válvula.
7.1.2.7 Rev. As válvulas para as quais é especificado ensaio a gás em 7.1.2.1 devem ter
elementos de fechamento projetados para manter as cargas de pressão
correspondentes às condições do fluido de ensaio, conforme item 7.1.2.1, e
devem poder atender aos requisitos de estanqueidade especificados na Tabela
18 para o ensaio com fluido.
7.1.4.1 Rev. Um ensaio de fechamento com fluido em alta pressão não é exigido para todas
as válvulas, conforme indicado no ítem 7.1.2.1. É, contudo, uma opção que o
comprador pode especificar. Entretanto, como é um ensaio da estrutura de
fechamento da válvula, espera-se que todas as válvulas sejam aprovadas
nesse ensaio (ver 7.1.2.6).
7.1.4.4 Rev. O nível máximo de vazamento durante o tempo especificado para o ensaio
deve estar em conformidade com a Tabela 18.
7.2 Rev. 7.2 Inspeção
7.2.1 Novo
7.2.1 Nas instalações do fabricante da válvula
Se um pedido de compra determina que o comprador testemunhe os ensaios e
exames nas instalações do fabricante da válvula, o inspetor do comprador deve
ter livre acesso às áreas da fábrica relacionadas à fabricação das válvulas
quando o pedido estiver sendo processado.
30
- Nome do fabricante;
- código do fabricante;