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Comentários Ao Info 669 Do STJ
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II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a
causa por mais de 30 (trinta) dias;
É que o Art. 485, X do Novo CPC, em que pese demonstre o rol do mencionado artigo
não é taxativo, é preciso que em hipóteses diversas das dos incisos I a IX, tenha
havido a expressa previsão no Novo CPC, e o Art. 293 gera consequência diferente,
qual seja a necessidade de complementação das custas.
“As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito,
incluída a atividade satisfativa.
O Arts. 214 do Novo CPC diz que durante as férias forenses e feriados, não se
praticarão atos processuais, exceto as citações, intimações, penhoras e atos de tutela
de urgência.
“Além dos declarados em lei, SÃO FERIADOS, para efeito forense, os sábados, os
domingos e OS DIAS EM QUE NÃO HAJA EXPEDIENTE FORENSE.”
A delimitação de quais dias são ou não feriados tem uma importância muito grande na
contagem dos prazos processuais, em razão do que diz o Art. 219 do Novo CPC:
“Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, COMPUTAR-SE-ÃO
SOMENTE OS DIAS ÚTEIS.”
Perceba que a redação fala em DIAS ÚTEIS, e não em “dias sem feriados”, e deste
modo, o que vai determinar a suspensão ou não do prazo processual diante de um
feriado local, é o funcionamento de fato ou não do fórum.
Por isso, que o “ponto facultativo” em razão de um feriado municipal não pode vincular
o Poder Judiciário para fins de contagem de prazos, pois se houve o normal
funcionamento da Vara, não há que se falar em inviabilização do protocolo físico da
petição, por exemplo.
Deste modo, o STJ, reiterando a sua jurisprudência pacificada, entendeu nos Edcl no
AgInt no AREsp 1510568/RJ que:
“Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão
somente os dias úteis.”
Curiosidade: veja a quantidade de vezes que se tentou admitir este Recurso Especial,
por ter o patrono se passado no detalhe relacionado ao ponto facultativo: ele teve que
interpor agravo de instrumento, depois agravo interno, e por fim embargos de
declaração. Todos foram não acolhidos.
Porém, o Art. 1695 do Código Civil cria uma justificativa para uma limitação temporal
do dever de um dos cônjuges pagar alimentos ao outros, pois o divórcio ou o término
da união estável põe fim à união entre eles:
Deste modo, se após o decurso do tempo fixado, o alimentando não comprovou que
buscou se restabelecer após o prazo fixado, o STJ entende, desde 2011, mas
ganhando mais força nos dias atuais, que o alimentante ficará desonerado do seu
pagamento:
“Se os alimentos devidos a ex-cônjuge não forem fixados por termo certo, o pedido de
desoneração total, ou parcial, poderá dispensar a existência de variação no binômio
necessidade/possibilidade, quando demonstrado o pagamento de pensão por lapso
temporal suficiente para que o alimentado revertesse a condição desfavorável que
detinha, no momento da fixação desses alimentos" (REsp 1.205.408/RJ, Rel. Ministra
NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 21/06/2011, DJe 29/06/2011)”
Deste modo, idade avançada, condição de saúde da ex esposa não são fatores que
determinam a obrigatoriedade da manutenção dos alimentos para após do prazo
fixado, devendo ser analisado no caso concreto, se ela buscou se qualificar para o
trabalho, e se o tempo fixado foi suficiente para tanto.
Este instituto é de extrema importância nos dias atuais, e você precisa entender o
motivo, pois ele tem grandes chances de aparecer em provas de Defensoria Pública e
É que o Art. 352 do Código Civil fala em “pessoa obrigada por DOIS OU MAIS DÉBITOS
DE MESMA NATUREZA”, e em uma dívida de cartão de crédito, tem o valor principal e
o valor dos encargos moratórios (juros, correção,etc), e a depender da interpretação
que se entenda por “débitos da mesma natureza”, a pessoa poderá ou não escolher se
amortiza os juros, ou se amortiza o valor da dívida.
Neste sentido, o Art. 421-A do Código Civil, dispositivo recente, incluído pela Lei
13.874/2019 diz o seguinte:
Isto nos contratos civis, mas nos contratos consumeristas, como costumam ser as
relações entre bancos e correntistas, e em muitas das vendas a prazo em geral temos
o seguinte, conforme Art. 6º do CDC:
§ 1o O exercício da profissão, sem o registro a que alude êste artigo, será considerado
como infração do presente Decreto-lei. (Renumerado pela Lei nº
12.249, de 2010)
Veja que até ali, os técnicos de contabilidade não precisavam ser bacharéis em ciências
contáveis, mas apenas concluírem o ensino médio, e a lei fixou um prazo para que eles
fizessem o registro perante o Conselho Regional de Contabilidade. Porém, muitos
Conselhos Regionais de Contabilidade passaram a aplicar a norma retroativamente,
criando uma espécie de reserva de mercado, exigindo dos técnicos de contabilidade
entre 2010 a 1º de Junho de 2015 o Exame de Suficiência, para fins de aferição da
habilidade.
Tal conduta viola o direito adquirido, bem como o Art. 5º, II da CF/88 que diz:
“Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de
lei;”
É que a lei somente tornou obrigatório exame para os técnicos registrados após 1º de
Junho de 2015. É o que foi decidido no AgInt no REsp 1830687/RS.
Perceba que o habeas corpus, na forma como foi previsto tem objeto específico:
resguardo da liberdade de locomoção contra ilegalidade ou abuso de poder, ou seja ele
não é uma via de impugnação de toda e qualquer decisão judicial em desfavor do réu,
que tem a via recursal em seu favor. Porém, os Arts. 662 a 664 do CPP preveem algo
que torna muito atraente para a defesa a utilização do habeas corpus em relação a via
recursal, que é a celeridade da sua tramitação:
Por conta disto, o STJ tem entendimento firmado em sede de jurisprudência em teses
no sentido de que: “o habeas corpus é ação de rito célere e de cognição sumária, não
se prestando a analisar alegações relativas à absolvição que demandam o
revolvimento de provas.” (STJ – HC 119070/SP, DJE 12/05/2015).
Porém o Art. 988, III e IV do Novo CPC sofreram alterações em sua redação peli Lei
13.256/2016, e passaram a prever o seguinte:
Parágrafo único. O julgamento de casos repetitivos tem por objeto questão de direito
material ou processual.”
Já os créditos que surgem após a recuperação judicial são classificados como créditos
extraconcursais, submeterão à ordem prevista no Art. 83 da Lei de Falências, conforme
Art. 67 da mesma Lei:
II - os créditos gravados com direito real de garantia até o limite do valor do bem
gravado;
IV – REVOGADO;
V – REVOGADO;
b) os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos bens vinculados
ao seu pagamento; e
VII - as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou
administrativas, incluídas as multas tributárias;
deverá ser tido como concursal, devendo ser habilitado e pago nos termos do plano de
recuperação judicial.”