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História

Maria Eduarda Noronha | Maria Luíza Soares

MANUAL DO EDUCADOR
FORMAÇÃO CONTINUADA 1
Ensino Fundamental

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Maria Eduarda Noronha • Maria Luíza Soares

Manual do Educador – Formação Continuada


1o Ano – Ensino Fundamental
História

Editoras
Isabela Nóbrega
Márcia Regina Silva

Revisão de texto
Porto Textual

Editoração eletrônica
Giovanna Azevedo

Projeto gráfico
Danielle Vilela

Direção de arte
Wilton Carvalho

Coordenação editorial
Multi Marcas Editoriais Ltda.
Rua Neto Campelo Júnior, 37 – Mustardinha Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei n0 9.610,
Recife – PE – CEP: 50760-330 de 19 de fevereiro de 1998.
Fone: (81) 3447 1178
CNPJ: 00.726.498 / 0001-74 Fizeram-se todos os esforços para localizar os detentores dos
IE.: 021 538-37 direitos das fotos, das ilustrações e dos textos contidos neste livro.
A Multi Marcas Editoriais pede desculpas se houve alguma omis-
são e, em edições futuras, terá prazer em incluir quaisquer créditos
Impresso no Brasil
faltantes.
ISBN: 978-65-5638-741-3

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Apresentação

Educador,

Nós, do Sucesso Sistema de Ensino, preparamos este Manual com muito carinho,
pensando em proporcionar a você uma rotina de aulas ainda mais produtiva. Por
isso, apresentamos estratégias pedagógicas para cada dia do ano letivo: novas
ideias, sugestões, orientações didáticas, dinâmicas, além de fundamentações
para auxiliá-lo em sua jornada e em seu desempenho socioemocional. Esperamos
que você possa desfrutar de todo o conteúdo aqui proposto.

Um abraço,

Maria Eduarda Noronha


Maria Luíza Soares

Kite_rin/shutterstock.com

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Os alunos precisam de uma
sala na qual se sintam
acolhidos, seguros,
respeitados e instigados.
Torne sua sala de aula um
lugar assim.

Karen Katafiasz

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Sumário

6 Conhecendo o Manual
8 Estrutura do livro do aluno
9 Sumário do livro do aluno
10 Página do livro do aluno
11 Fundamentação: Base Nacional Comum Curricular – História

21 Capítulo 1
22 Conteúdos da coleção e a BNCC
24 Páginas do livro do aluno
50 Fundamentação: Mas o que são e quais são os valores humanos?

55 Capítulo 2
56 Conteúdos da coleção e a BNCC
58 Páginas do livro do aluno
85 Dinâmicas

91 Capítulo 3
92 Conteúdos da coleção e a BNCC
95 Páginas do livro do aluno
131 Fundamentação: O professor precisa ser ouvido

137 Capítulo 4
138 Conteúdos da coleção e a BNCC
140 Páginas do livro do aluno
171 Dinâmicas

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Conhecendo o Manual

As seções a seguir serão encontradas neste Manual, e cada uma delas


tem o objetivo de auxiliar o educador a aproveitar o máximo de tudo que
foi selecionado para facilitar seu trabalho em sala de aula.

Sumário do livro do aluno

Apresenta o sumário do livro do aluno para que


o educador possa nortear o seu trabalho ao longo
do ano.

Página do livro do aluno

Foi incluída uma página do livro do aluno como forma


de exemplificar o material que será manuseado pela
criança. Assim, o educador poderá ter uma ideia me-
lhor do tamanho real e, consequentemente, poderá
explorar, de forma mais adequada, materiais, organiza-
ção espacial, atividades, enfim, tudo o que for neces-
sário para a realização das atividades propostas.

6 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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Conteúdos da coleção e a BNCC
Conteúdos da coleção e a BNCC
CAPÍTULO 1

Após a abertura de cada capítulo, são apresentados os conteúdos didá- Conteúdo


Conteúdos
Unidades
temáticas
Objetos de
conhecimento
Habilidades

ticos, as unidades temáticas, os objetos de conhecimento e as habili-


Primeira
Quem sou inva-
eu? • Mundo
Povos e pessoal:
cultu- •OAs que
fasesforma umepovo:
da vida a ideiado (EF01HI01) Identificar
(EF05HI01) Identificarosaspectos
processos
dode formação
seu das
crescimento
são francesa ras:
meumeu
lugarlugar no
no mundo nomadismo aos primeiros
de temporalidade (passado, culturas
por meioe do
dosregistro
povos, relacionando-os
das lembranças com o espaçoou
particulares
mundo e meu grupo povos sedentarizados
presente, futuro) geográfico ocupado.
de lembranças dos membros de sua família e/ou de
social • As formas de organização (EF05HI02) Identificar os mecanismos de organização
sua comunidade.
social e política: a noção de do poder político com vistas à compreensão da ideia de

dades que os estudantes deverão demonstrar ao final do trabalho em


Estado Estado e/ou de outras formas de ordenação social.

Segunda inva-
Meu nasci- • Povos e pessoal:
• Mundo cultu- • O fases
•As que forma um
da vida e apovo:
ideiado (EF01HI01) Identificar
(EF05HI01) Identificarosaspectos
processos
dode formação
seu das
crescimento
são francesa
mento ras:
meumeu
lugarlugar no
no mundo nomadismo aos primeiros
de temporalidade (passado, culturas
por meioe do
dosregistro
povos, relacionando-os
das lembranças com o espaçoou
particulares
mundo e meu grupo povos sedentarizados geográfico ocupado.
presente, futuro) de lembranças dos membros de sua família e/ou de

cada capítulo.
social • As formas de organização (EF05HI02) Identificar os mecanismos de organização
• As diferentes formas de sua comunidade.
social e política: a noção de do poder político com vistas à compreensão da ideia de
organização da família e da (EF01HI02) Identificar a relação entre as suas histórias e
Estado Estado e/ou de outras formas de ordenação social.
comunidade: os vínculos pes- as histórias de sua família e de sua comunidade.
soais e as relações de amizade
O domínio • Povos e cultu- • O que forma um povo: do (EF05HI01) Identificar os processos de formação das
espanhol e ras: meu lugar no nomadismo aos primeiros culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço
as invasões mundo e meu grupo povos sedentarizados geográfico ocupado.
holandesas social • As formas de organização (EF05HI02) Identificar os mecanismos de organização
social e política: a noção de do poder político com vistas à compreensão da ideia de
Estado Estado e/ou de outras formas de ordenação social.
O meu nome • Mundo pessoal: • As fases da vida e a ideia (EF01HI01) Identificar aspectos do seu crescimento
meu lugar no mundo de temporalidade (passado, por meio do registro das lembranças particulares ou
presente, futuro) de lembranças dos membros de sua família e/ou de
• As diferentes formas de sua comunidade.

Páginas do Manual
Entradas e • Povos e cultu- organização
• O que forma da família
um povo:e dado (EF01HI02) Identificar os
(EF05HI01) a relação entre
processos deas suas histórias
formação das e
bandeiras ras: meu lugar no comunidade:aos
nomadismo os vínculos
primeiros pes- as histórias
culturas de povos,
e dos sua família e de sua comunidade.
relacionando-os com o espaço
mundo e meu grupo povos
soais e sedentarizados
as relações de amizade geográfico ocupado.
social • As formas de organização (EF05HI02) Identificar os mecanismos de organização
social e política: a noção de do poder político com vistas à compreensão da ideia de
Estado Estado e/ou de outras formas de ordenação social.

Todos têm • Mundo pessoal: • As fases da vida e a ideia (EF01HI01) Identificar aspectos do seu crescimento
história meu lugar no mundo de temporalidade (passado, por meio do registro das lembranças particulares ou
presente, futuro) de lembranças dos membros de sua família e/ou de
• As diferentes formas de sua comunidade.

Em todo o Manual, são inseridas as pági-


organização da família e da (EF01HI02) Identificar a relação entre as suas histórias e
comunidade: os vínculos pes- as histórias de sua família e de sua comunidade.
soais e as relações de amizade

Documentos de • Mundo pessoal: • As fases da vida e a ideia (EF01HI01) Identificar aspectos do seu crescimento

nas reduzidas do livro do aluno. Em cada


identificação meu lugar no mundo de temporalidade (passado, por meio do registro das lembranças particulares ou
presente, futuro) de lembranças dos membros de sua família e/ou de
sua comunidade.

página, são apresentados pensamentos, 22 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

orientações didáticas ou sugestões de ME_SSE_HIS_1F_1UND.indd 22 24/03/2022 17:40:28

atividades correspondentes ao conteú-


do específico, por meio das quais será
possível explorar o assunto trabalhado e o Orientação didática
32 33

desenvolvimento das crianças. Inserimos Destaque, com os alunos,


as diferentes formações do
núcleo familiar, por meio de

também um boxe com as habilidades de


uma roda de conversa ou de
uma exposição de imagens.
Reforce para eles o quão
importante é que haja amor e

aprendizagem e desenvolvimento nas pá-


respeito entre as famílias.

ginas cujos conteúdos são contemplados


pela Base Nacional Comum Curricular
(BNCC). Desse modo, materiais comple-
mentares fornecerão informações úteis
BNCC BNCC
(EF01HI02) (EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade. histórias de sua família e de sua comunidade.

e abordagens didáticas diferenciadas ao Comece a trabalhar esse assunto questionando a turma:


Sugestão de atividade

1. Marque as informações incorretas com um X. X Meu irmão é tio de meu pai.

trabalho do educador em sala de aula.


Vocês sabem o que é uma família?
Você gosta da sua família? Qual a função dela? X Eu nasci antes do meu irmão mais velho. X Minha irmã caçula é a filha mais velha.
Quais famílias vocês conhecem?
Vocês acham que todas as famílias são iguais?
Vocês consideram a família importante? Por quê? Eu sou mais nova que meu pai. Meus irmãos gêmeos são mais novos que
minha mãe.
Faça a mediação do debate de forma saudável, dando a vez
de todos se expressarem e intervindo quando necessário. X Eu nasci primeiro que meu avô. X Meu bisavô nasceu depois de meu avô.

©FoxyImage / Stock.adobe.com

58 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 59

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Fundamentação

Também apresentamos uma sele-


ção de textos da Base Nacional Co- Fundamentação

mum Curricular (BNCC) para que O professor precisa ser ouvido

Dinâmicas Para a pesquisadora carioca, Tania Zagury os

o educador possa ter, no Manual, 1. Trenzinho 2. Brincar de crescer


que pensam a Educação e os que estão à frente
da sala de aula devem trabalhar juntos.

mais subsídios para o aperfeiçoa-


Preparação: Material: Antigamente, quando o aluno não apren-
Crianças distribuídas em pequenos grupos. Nenhum. dia, era ele o único culpado: não estudava, não
prestava atenção à aula e era desinteressado.
Desenvolvimento: Desenvolvimento: De duas ou três décadas para cá, se a crian-
ça não aprende, a responsabilidade é toda do

mento de sua prática de ensino.


Cada grupo escolhe para si uma parte (ou Proponha às crianças uma dramatização do
peça) de um trem (ou ônibus): banco, roda, crescimento. Primeiramente mostre-lhes que professor e da didática e metodologia ultra-
caldeira, apito, etc. Uma criança é escolhida são pequenos e que se parecem com uma boli- passadas usadas em sala de aula. Ambas as
para representar o maquinista (ou o motoris- nha. Agache e se encolha. As crianças deverão posições – radicais e pouco fundamentadas
ta). Para começar a brincadeira, o maquinista imitá-lo. Pouco a pouco, estiquem os braços, — tentam justificar o péssimo desempenho dos
destaca-se do grupo e avisa: “O trem quer sentem-se e depois, simultaneamente, esti- estudantes brasileiros da Educação Básica nas
partir, mas falta... (a caldeira, por exemplo, quem as pernas e os braços. avaliações. Mas nenhuma dá conta do recado
ou seja, uma das partes existentes no jogo)”. de forma satisfatória.
As crianças que representam a peça chama- MALUF, Angela Cristina Munhoz. Atividades lúdicas para Educa- Para tentar entender os reais motivos da
da devem correr para a máquina. A primeira a
ção Infantil: conceitos, orientações e práticas. 2. ed. Petrópolis: sofrível performance dos alunos, Tania Zagury,
Vozes, 2009.
chegar põe as mãos nos ombros (ou na cintu- mestre em Educação e pesquisadora, resolveu
ra) do motorista; as restantes dispõem-se de ouvir quem está na linha de frente dessa bata-

Dinâmicas
forma semelhante, isto é, umas com as mãos 3. Feitiço contra o feiticeiro lha: os professores. “Queria saber dos próprios
apoiadas nos ombros das outras. Assim, aos educadores quais são suas dificuldades, ne-
poucos, todas vão sendo chamadas, até o trem Objetivo: cessidades e possibilidades.” Com a experiên-
ficar pronto. Ao sinal de início, o maquinista Moral: Não deseje para os outros o que você cia de 33 anos em várias funções do magistério
parte, seguido pelo resto do grupo, em coluna não gostaria que fizessem com você. — de alfabetizadora e supervisora a formadora
cerrada, apitando e fazendo evoluções, cor- de professores —, somada aos resultados da
rendo ou diminuindo a marcha a frente ou em Material: pesquisa, Tania conclui que a sociedade e o
marcha a ré, etc. Cada criança deverá reprodu- Folhas papel-ofício cortadas ao meio, caneta próprio universo da Educação criam mitos que
zir o som da respectiva peça que representa. ou lápis. aprisionam o professor e acabam por prejudi-

São apresentadas propostas de


car seu trabalho. E, pior, fazem com que ele,
Procedimento: muitas vezes, torne-se refém da própria cons-
Faça um círculo e entregue meia folha para cada ciência, por não conseguir atingir plenamente
com

aluno. Peça que eles escrevam algo que gosta- os objetivos.


k.adobe.

atividades a serem desenvolvidas


riam que o colega fizesse (uma prenda). Lem- A pesquisa, realizada ao longo de três anos,
/stoc

brando que nenhum colega poderá ver a frase compilou a opinião de 1.172 professores, de es-
©chagin

escrita. Em seguida, recolha e revele o que há colas públicas e particulares da Educação Bá-
nos papéis. O que eles escreveram será o que sica de 42 cidades, em 22 estados brasileiros.
As principais conclusões desse estudo estão

em sala de aula com o objetivo de


irão fazer no centro da roda.
no livro O professor refém. Algumas delas, Tania
revela e comenta na entrevista a seguir.

enriquecer ainda mais os momen-


©Cookie Studio.adobe.com

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 131

tos de aprendizagem.
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Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 171

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Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 7

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Estrutura do livro do aluno
Abertura de capítulo

O livro do aluno está dividido em quatro capítulos. Em


cada um deles, há uma página de abertura.

Título

O conteúdo didático que estiver


sendo trabalhado estará destacado
sempre na parte superior da página.

Textos didáticos

São apresentados textos explicativos que abordam


os assuntos de maneira simples, clara e objetiva.

Atividades

Todo o livro possui exercícios pro-


postos com a finalidade de explo-
rar o conteúdo específico que está
sendo trabalhado. As páginas do
livro do aluno aparecem, ao longo
do Manual, com as respostas.

8 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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Sumário do livro do aluno

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 9

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Fundamentação
Base Nacional Comum Curricular

História

Todo conhecimento sobre o passado é também um conhecimento do presente elaborado por


distintos sujeitos. O historiador indaga com vistas a identificar, analisar e compreender os signi-
ficados de diferentes objetos, lugares, circunstâncias, temporalidades, movimentos de pessoas,
coisas e saberes. As perguntas e as elaborações de hipóteses variadas fundam não apenas os
marcos de memória, mas também as diversas formas narrativas, ambos expressão do tempo, do
caráter social e da prática da produção do conhecimento histórico.
As questões que nos levam a pensar a História como um saber necessário para a formação
das crianças e dos jovens na escola são as originárias do tempo presente. O passado que deve
impulsionar a dinâmica do ensino-aprendizagem no Ensino Fundamental é aquele que dialoga
com o tempo atual.
A relação passado-presente não se processa de forma automática, pois exige o conheci-
mento de referências teóricas capazes de trazer inteligibilidade aos objetos históricos selecio-
nados. Um objeto só se torna documento quando apropriado por um narrador que a ele confere
sentido, tornando-o capaz de expressar a dinâmica da vida das sociedades. Portanto, o que nos
interessa no conhecimento histórico é perceber a forma como os indivíduos construíram, com
diferentes linguagens, suas narrações sobre o mundo em que viveram e vivem, suas instituições
e organizações sociais.

Nesse sentido, “O historiador não faz o documento


falar: é o historiador quem fala, e a explicitação de seus
©Krak

critérios e procedimentos é fundamental para definir o


enima

alcance de sua fala. Toda operação com documentos,


ges.c

portanto, é de natureza retórica”.1


om
/stock

A História não emerge como um dado ou um acidente


.adob

que tudo explica: ela é a correlação de forças, de en-


e.com

frentamentos e da batalha para a produção de sentidos e


significados, que são constantemente reinterpretados por
diferentes grupos sociais e suas demandas — ­ o que, con-
sequentemente, suscita outras questões e discussões.
O exercício do “fazer História”, de indagar, é marcado,
inicialmente, pela constituição de um sujeito. Em seguida,
amplia-se para o conhecimento de um “Outro”, às vezes
semelhante, muitas vezes diferente.

1
MENEZES, Ulpiano T. Bezerra de. Memória e cultura material: documentos pessoais
no espaço público. Revista Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 11, n. 21, p. 89-104,
jul. 1998. Disponível em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/article/
view/2067>. Acesso em: 23 mar. 2017.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 11

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Depois, alarga-se ainda mais em direção a Os processos de identificação, comparação,
outros povos, com seus usos e costumes espe- contextualização, interpretação e análise de um
cíficos. Por fim, parte para o mundo, sempre em objeto estimulam o pensamento.
movimento e transformação. Em meio a inúmeras De que material é feito o objeto em questão?
combinações dessas variáveis — do Eu, do Ou- Como é produzido? Para que serve? Quem o
tro e do Nós —, inseridas em tempos e espaços consome? Seu significado se alterou no tempo
específicos, indivíduos produzem saberes que e no espaço? Como cada indivíduo descreve o
os tornam mais aptos para enfrentar situações mesmo objeto? Os procedimentos de análise
marcadas pelo conflito ou pela conciliação. utilizados são sempre semelhantes ou não? Por
Entre os saberes produzidos, destaca-se a quê? Essas perguntas auxiliam a identificação
capacidade de comunicação e diálogo, instru- de uma questão ou um objeto a ser estudado.
mento necessário para o respeito à pluralida- Diferentes formas de percepção e interação
de cultural, social e política, bem como para o com um mesmo objeto podem favorecer uma
enfrentamento de circunstâncias marcadas pela melhor compreensão da História, das mudanças
tensão e pelo conflito. A lógica da palavra, da ocorridas no tempo, no espaço e, especialmen-
argumentação, é aquela que permite ao sujeito te, nas relações sociais. O pilão, por exemplo,
enfrentar os problemas e propor soluções com serviu para preparar a comida e, posteriormente,
vistas à superação das contradições políticas, transformou-se em objeto de decoração. Que
econômicas e sociais do mundo em que vivemos. significados o pilão carrega? Que sociedade o
Para se pensar o ensino de História, é fun- produziu? Quem o utilizava e o utiliza? Qual era a
damental considerar a utilização de diferentes sua utilidade na cozinha? Que novos significados
fontes e tipos de documento (escritos, iconográ- lhe são atribuídos? Por quê?
ficos, materiais, imateriais) capazes de facilitar
a compreensão da relação tempo-espaço e das
A comparação em História faz ver melhor o Ou-
relações sociais que os geraram. Os registros e
tro. Se o tema for, por exemplo, pintura corporal,
vestígios das mais diversas naturezas (mobi-
a comparação entre pinturas de povos indígenas
liário, instrumentos de trabalho, música, etc.)
originários e de populações urbanas pode ser
deixados pelos indivíduos carregam em si mes-
bastante esclarecedora quanto ao funcionamento
mos a experiência humana, as formas específi-
das diferentes sociedades. Indagações sobre, por
cas de produção, consumo e circulação, tanto de
exemplo, as origens das tintas utilizadas, os instru-
objetos quanto de saberes. Nessa dimensão, o
mentos para a realização da pintura e o tempo de
objeto histórico transforma-se em exercício, em
duração dos desenhos no corpo esclarecem sobre
laboratório da memória voltado para a produção
os deslocamentos necessários para a obtenção
de um saber próprio da História.
de tinta, as classificações sociais sugeridas pelos
A utilização de objetos materiais pode auxiliar
desenhos ou, ainda, a natureza da comunicação
o professor e os alunos a colocar em questão o
contida no desenho corporal. Por meio de uma
significado das coisas do mundo, estimulando
outra linguagem, por exemplo a matemática,
a produção do conhecimento histórico em âm-
podemos comparar para ver melhor semelhanças
bito escolar. Por meio dessa prática, docentes
e diferenças, elaborando gráficos e tabelas, com-
e discentes poderão desempenhar o papel de
parando quantidades e proporções (mortalidade
agentes do processo de ensino e aprendizagem,
infantil, renda, postos de trabalho, etc.) e, tam-
assumindo, ambos, uma “atitude historiadora”
bém, analisando possíveis desvios das informações
diante dos conteúdos propostos, no âmbito de
contidas nesses gráficos e tabelas.
um processo adequado ao Ensino Fundamental.

12 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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A contextualização é uma tarefa impres-
cindível para o conhecimento histórico. Com
base em níveis variados de exigência, das
operações mais simples às mais elaboradas,
os alunos devem ser instigados a aprender
a contextualizar. Saber localizar momentos
e lugares específicos de um evento, de um
discurso ou de um registro das atividades hu-
manas é tarefa fundamental para evitar atri-
buição de sentidos e significados não condi-
zentes com uma determinada época, grupo
social, comunidade ou território. Portanto, os
estudantes devem identificar, em um con-
texto, o momento em que uma circunstância
histórica é analisada e as condições específi-
cas daquele momento, inserindo o evento em
um quadro mais amplo de referências sociais,
culturais e econômicas.
Distinguir contextos e localizar proces-
sos, sem deixar de lado o que é particular
em uma dada circunstância, é uma ha-
bilidade necessária e enriquecedora. Ela
estimula a percepção de que povos e so-
ciedades, em tempos e espaços diferentes,
não são tributários dos mesmos valores e
princípios da atualidade.
O exercício da interpretação — de um texto,
de um objeto, de uma obra literária, artística

©mim
ou de um mito — é fundamental na formação

ageph
do pensamento crítico. Exige observação e

otos/s
conhecimento da estrutura do objeto e das

tock.a
suas relações com modelos e formas (seme-

dobe.c
lhantes ou diferentes) inseridas no tempo e

om
no espaço. Interpretações variadas sobre um
mesmo objeto tornam mais clara, explícita,
a relação sujeito-objeto e, ao mesmo tem-
po, estimulam a identificação das hipóteses
levantadas e dos argumentos selecionados
para a comprovação das diferentes propo-
sições. Um exemplo claro são as pinturas de
El Greco. Para alguns especialistas, trata-se
de obras que abandonam as exigências de
nitidez e harmonia típicas de uma gramática
acadêmica renascentista, com a qual o pintor
quis romper; para outros, tais características
são resultado de estrabismo ou astigmatismo
do olho direito do pintor.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 13

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O exercício da interpretação também permite compreender o significado histórico de uma cro-
nologia e realizar o exercício da composição de outras ordens cronológicas. Essa prática explicita a
dialética da inclusão e da exclusão e dá visibilidade ao seguinte questionamento: “O que torna um
determinado evento um marco histórico?”. Entre os debates que merecem ser enunciados, desta-
cam-se as dicotomias entre Ocidente e Oriente e os modelos baseados na sequência temporal de
surgimento, auge e declínio. Ambos pretendem dar conta de explicações para questões históricas
complexas. De um lado, a longa existência de tensões (sociais, culturais, religiosas, políticas e
econômicas) entre sociedades ocidentais e orientais; de outro, a busca pela compreensão dos mo-
dos de organização das várias sociedades que se sucederam ao longo da História.
A análise é uma habilidade bastante complexa porque pressupõe problematizar a própria escrita
da História e considerar que, apesar do esforço de organização e de busca de sentido, trata-se de
uma atividade em que algo sempre escapa. Segundo Hannah Arendt2, trata-se de um saber lidar
com o mundo, fruto de um processo iniciado ao nascer e que só se completa com a morte. Nesse
sentido, ele é impossível de ser concluído e incapaz de produzir resultados finais, exigindo do su-
jeito uma compreensão estética e, principalmente, ética do objeto em questão.
Nesse contexto, um dos importantes objetivos de História no Ensino Fundamental é estimular a
autonomia de pensamento e a capacidade de reconhecer que os indivíduos agem de acordo com a época
e o lugar nos quais vivem, de forma a preservar ou transformar seus hábitos e condutas. A percepção
de que existe uma grande diversidade de sujeitos e histórias estimula o pensamento crítico, a auto-
nomia e a formação para a cidadania.

A busca de autonomia também exige reconhecimento


das bases da epistemologia da História, a saber: a
natureza compartilhada do sujeito e do objeto de
conhecimento, o conceito de tempo histórico em
seus diferentes ritmos e durações, a concepção de
documento como suporte das relações sociais, as
várias linguagens por meio das quais o ser humano
se apropria do mundo. Enfim, percepções capazes de
responder aos desafios da prática historiadora presen-
te dentro e fora da sala de aula.

Todas essas considerações de ordem teórica devem considerar a experiência dos alunos e pro-
fessores, tendo em vista a realidade social e o universo da comunidade escolar, bem como seus
referenciais históricos, sociais e culturais. Ao promover a diversidade de análises e proposições,
espera-se que os alunos construam as próprias interpretações, de forma fundamentada e rigorosa.
Convém destacar as temáticas voltadas para a diversidade cultural e para as múltiplas configurações
identitárias, destacando-se as abordagens relacionadas à história dos povos indígenas originários e
africanos. Ressalta-se também, na formação da sociedade brasileira, a presença de diferentes povos
e culturas, suas contradições sociais e culturais e suas articulações com outros povos e sociedades.

2
ARENDT, Hannah. A dignidade da política: ensaios e conferências. Rio de Janeiro: Relume – Dumará, 1993.

14 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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tock.a
a82/s
©form

A inclusão dos temas obrigatórios definidos pela legislação vigente, tais como a história da África e das cul-
turas afro-brasileira e indígena, deve ultrapassar a dimensão puramente retórica e permitir que se defenda o
estudo dessas populações como artífices da própria história do Brasil. A relevância da história desses grupos
humanos reside na possibilidade de os estudantes compreenderem o papel das alteridades presentes na
sociedade brasileira, comprometerem-se com elas e, ainda, perceberem que existem outros referenciais de
produção, circulação e transmissão de conhecimentos, que podem se entrecruzar com aqueles considerados
consagrados nos espaços formais de produção de saber.

Problematizando a ideia de um “Outro”, convém observar a presença de uma percepção estereoti-


pada naturalizada de diferença ao se tratar de indígenas e africanos. Essa problemática está associa-
da à produção de uma história brasileira marcada pela imagem de nação constituída nos moldes da
colonização europeia.
Por todas as razões apresentadas, espera-se que o conhecimento histórico seja tratado como uma
forma de pensar, entre várias; uma forma de indagar sobre as coisas do passado e do presente, de
construir explicações, desvendar significados, compor e decompor interpretações, em movimento
contínuo ao longo do tempo e do espaço. Enfim, trata-se de transformar a História em ferramenta a
serviço de um discernimento maior sobre as experiências humanas e as sociedades em que se vive.
Retornando ao ambiente escolar, a BNCC pretende estimular ações nas quais professores e alunos
sejam sujeitos do processo de ensino e aprendizagem. Nesse sentido, eles próprios devem assumir
uma atitude historiadora diante dos conteúdos propostos no âmbito do Ensino Fundamental.
Cumpre destacar que os critérios de organização das habilidades na BNCC (com a explicitação
dos objetos de conhecimento aos quais se relacionam e do agrupamento desses objetos em unida-
des temáticas) expressam um arranjo possível (entre outros). Portanto, os agrupamentos propostos
não devem ser tomados como modelo obrigatório para o desenho dos currículos.
Considerando esses pressupostos e em articulação com as competências gerais da BNCC e com
as competências específicas da área de Ciências Humanas, o componente curricular de História deve
garantir aos alunos o desenvolvimento de competências específicas.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 15

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Competências específicas de História para o Ensino Fundamental

1 Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transfor-


mação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e
em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo.

2
Compreender a historicidade no tempo e no espaço, relacionando acontecimentos e
processos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e
culturais, bem como problematizar os significados das lógicas de organização cronológica.

3 Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e proposições em relação a documentos, inter-


pretações e contextos históricos específicos, recorrendo a diferentes linguagens e mídias, exerci-
tando a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, a cooperação e o respeito.

4 Identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e


povos com relação a um mesmo contexto histórico e posicionar-se criticamente
com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

5 Analisar e compreender o movimento de populações e mercadorias no tempo e no espaço e


seus significados históricos, levando em conta o respeito e a solidariedade com as diferentes
populações.

6 Compreender e problematizar os conceitos e procedimentos norteadores da


produção historiográfica.

7
Produzir, avaliar e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de modo
crítico, ético e responsável, compreendendo seus significados para os diferentes grupos
ou estratos sociais.

16 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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História no Ensino Fundamental – Anos Iniciais: Unidades Temáticas, Objetos
de Conhecimento e Habilidades

Objetos de Conhecimento
e Habilidades

©photokozyr/stock.adobe.com

A BNCC de História no Ensino Fundamental História depende das linguagens com as quais os
– Anos Iniciais contempla, antes de mais nada, seres humanos se comunicam, entram em confli-
a construção do sujeito. O processo tem início to e negociam.
quando a criança toma consciência da existên- A existência de diferentes linguagens pode ser
cia de um “Eu” e de um “Outro”. O exercício de explicada pela análise, por exemplo, de sistemas
separação dos sujeitos é um método de conhe- numéricos utilizados por distintas culturas. Com-
cimento, uma maneira pela qual o indivíduo toma preender a enorme variedade de sistemas (com
consciência de si, desenvolvendo a capacidade base um, com base dois, com base dez, etc.) é
de administrar a sua vontade de maneira autôno- um bom exercício, assim como refletir sobre as
ma, como parte de uma família, uma comunidade ideias de adição, subtração, multiplicação e di-
e um corpo social. visão, evitando um olhar universalizante para os
Esse processo de constituição do sujeito é números.
longo e complexo. Os indivíduos desenvolvem Em determinadas culturas, o número usado
sua percepção de si e do outro em meio a vi- para contar seres humanos pode ser diferente
vências cotidianas, identificando o seu lugar na do número que se usa para contar mandiocas,
família, na escola e no espaço em que vivem. O como acontece com os membros da etnia pali-
aprendizado, ao longo do Ensino Fundamental – kur. O que isso significa? Se na tradição de matriz
Anos Iniciais, torna-se mais complexo à medida grega a unidade é o um (1), para muitos povos
que o sujeito reconhece que existe um “Outro” e indígenas originários a unidade é o dois (2). Para
que cada um apreende o mundo de forma par- os xavantes, por exemplo, a ideia de paridade é
ticular. A percepção da distância entre objeto e um princípio ordenador, pois em torno dela existe
pensamento é um passo necessário para a au- uma espécie de modelagem do mundo. Identifi-
tonomia do sujeito, tomado como produtor de car essas diferenças significa tomar consciência
diferentes linguagens. É ela que funda a relação de que existem várias formas de apreensão da
do sujeito com a sociedade. Nesse sentido, a realidade.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 17

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Não são apenas os sistemas numéricos que
explicam variações de linguagem. Existem inúme-
ras maneiras de se comunicar por meio de expressões
corporais, sonoras ou gustativas — como o que se come
ou não se come. No Brasil, por exemplo, não se comem
cachorros; prefere-se carne de vaca ou uma dieta à base
de vegetais. Por quê? E a cobra, é uma boa opção para
quem? Essas descobertas simples resultam em um
aprimoramento dos mecanismos de comunicação e se
constituem, posteriormente, no substrato para a ela-
boração do diálogo e da resolução de conflitos.
Aprender a identificar códigos variados é tarefa
necessária para o desenvolvimento da cognição, co-
municação e socialização, competências essenciais
para o viver em sociedade.
Retomando as grandes temáticas do Ensino Fun-
damental – Anos Iniciais, pode-se dizer que, do 1o
ao 5o ano, as habilidades trabalham com diferentes
graus de complexidade, mas o objetivo primordial é
o reconhecimento do “Eu”, do “Outro” e do “Nós”. Há
uma ampliação de escala e de percepção, mas o que se
busca, de início, é o conhecimento de si, das referências
imediatas do círculo pessoal, da noção de comunidade
e da vida em sociedade. Em seguida, por meio da relação
diferenciada entre sujeitos e objetos, é possível separar o
“Eu” do “Outro”. Esse é o ponto de partida.
No 3o e no 4o ano, contemplam-se a noção de lugar em
que se vive e as dinâmicas em torno da cidade, com ênfase
nas diferenciações entre a vida privada e a vida pública, a
urbana e a rural. Nesse momento, também são analisados
processos mais longínquos na escala temporal, como a
circulação dos primeiros grupos humanos.
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18 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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Essa análise se amplia no 5o ano, cuja ênfase está em pen-
sar a diversidade dos povos e das culturas e suas formas de
organização. A noção de cidadania, com direitos e deveres, e o
reconhecimento da diversidade das sociedades pressupõem uma
educação que estimule o convívio e o respeito entre os povos.
Para evitar uma visão homogênea, busca-se observar que,
no interior de uma sociedade, há formas de registros variados
e que cada grupo produz suas memórias como elemento que
impulsiona o estabelecimento de identidades e o reconheci-
mento de pertencimento a um grupo social determinado. As
memórias podem ser individuais ou coletivas e podem ter
significações variadas, inserindo-se em uma lógica de pro-
dução de patrimônios (materiais ou imateriais) que dizem
respeito a grupos ou povos específicos.
Convém observar que é pressuposto dos objetos de co-
nhecimento, no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, analisar
como o sujeito se aprimorou na pólis, tanto do ponto de vista
político quanto ético. Entretanto, respondendo aos desafios
contemporâneos marcados por grandes movimentos popula-
cionais e pela globalização, considerou-se uma nova dimen-
são para o projeto pedagógico.
Nessa perspectiva, emerge um sujeito coletivo mais desenrai-
zado, seja por contingências históricas (migrações), seja, ain-
da, em razão de viver em uma época em que se buscam múltiplos
referenciais identitários que questionam as antigas construções
do ideário do Estado-nação. Seja como for, em ambos os casos, os
indivíduos devem se preparar para enfrentar os desafios do mundo
contemporâneo.

©Kurhan/stock.adobe.com

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 19

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História – 1o ano

Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades

(EF01HI01) Identificar aspectos do seu cres-


As fases da vida e a ideia de temporalida- cimento por meio do registro das lembranças
de (passado, presente, futuro) particulares ou de lembranças dos membros de
sua família e/ou de sua comunidade.

(EF01HI02) Identificar a relação entre as


Mundo pessoal: suas histórias e as histórias de sua família e
As diferentes formas de organização da
meu lugar no mundo de sua comunidade.
família e da comunidade: os vínculos
(EF01HI03) Descrever e distinguir os seus papéis
pessoais e as relações de amizade
e responsabilidades relacionados à família, à
escola e à comunidade.

(EF01HI04) Identificar as diferenças entre os va-


A escola e a diversidade do riados ambientes em que vive (doméstico, escolar
grupo social envolvido e da comunidade), reconhecendo as especificida-
des dos hábitos e das regras que os regem.

A vida em casa, a vida na escola e formas


(EF01HI05) Identificar semelhanças e diferenças
de representação social e espacial: os
entre jogos e brincadeiras atuais e de outras épo-
jogos e brincadeiras como forma de inte-
cas e lugares.
ração social e espacial

(EF01HI06) Conhecer as histórias da família e


da escola e identificar o papel desempenhado
Mundo pessoal: A vida em família: diferentes configura-
por diferentes sujeitos em diferentes espaços.
eu, meu grupo social ções e vínculos
(EF01HI07) Identificar mudanças e permanên-
e meu tempo
cias nas formas de organização familiar.

(EF01HI08) Reconhecer o significado das


A escola, sua representação espacial, sua comemorações e festas escolares, diferenciando-
história e seu papel na comunidade -as das datas festivas comemoradas no âmbito
familiar ou da comunidade.

20 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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CAPÍTULO
1
Lembre constantemente a seus alunos que eles têm direitos fundamentais. Como cidadãos,
seus alunos, bem como os familiares deles, possuem direitos básicos, algumas vezes “esqueci-
dos” no cotidiano. É importante que eles conheçam esses direitos.
No caso das crianças, em especial, é direito delas a proteção contra toda e qualquer forma de
maus-tratos e violência. Se você tiver notícia de que um aluno está vivendo alguma situação
que envolva risco à sua integridade física ou psíquica, procure as autoridades locais e denun-
cie o caso, é um dever que você tem de cumprir. Lembre-se de que é sempre melhor preve-
nir do que remediar.
Aprender mais para ensinar melhor. Ofício do professor. São Paulo: Abril.

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Conteúdos da coleção e a BNCC
CAPÍTULO 1

Conteúdo Unidades Objetos de


Conteúdos Habilidades
temáticas conhecimento
Primeira
Quem sou inva-
eu? • Mundo
Povos e pessoal:
cultu- •OAs que
fasesforma umepovo:
da vida a ideiado (EF01HI01) Identificar
(EF05HI01) Identificarosaspectos
processos
dode formação
seu das
crescimento
são francesa ras:
meumeu
lugarlugar no
no mundo nomadismo aos primeiros
de temporalidade (passado, culturas
por meioe do
dosregistro
povos, relacionando-os
das lembranças com o espaçoou
particulares
mundo e meu grupo povos sedentarizados
presente, futuro) geográfico ocupado.
de lembranças dos membros de sua família e/ou de
social • As formas de organização (EF05HI02) Identificar
sua comunidade. os mecanismos de organização
social e política: a noção de do poder político com vistas à compreensão da ideia de
Estado Estado e/ou de outras formas de ordenação social.

Segunda inva-
Meu nasci- • Povos e pessoal:
• Mundo cultu- • O fases
•As que forma um
da vida e apovo:
ideiado (EF01HI01) Identificar
(EF05HI01) Identificarosaspectos
processos
dode formação
seu das
crescimento
são francesa
mento ras: meu lugar no
meu lugar no mundo nomadismo aos primeiros
de temporalidade (passado, culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço
por meio do registro das lembranças particulares ou
mundo e meu grupo povos sedentarizados geográfico ocupado.
presente, futuro) de lembranças dos membros de sua família e/ou de
social • As formas de organização (EF05HI02) Identificar os mecanismos de organização
• As diferentes formas de sua comunidade.
social e política: a noção de do poder político com vistas à compreensão da ideia de
organização da família e da (EF01HI02) Identificar a relação entre as suas histórias e
Estado Estado e/ou de outras formas de ordenação social.
comunidade: os vínculos pes- as histórias de sua família e de sua comunidade.
soais e as relações de amizade
O domínio • Povos e cultu- • O que forma um povo: do (EF05HI01) Identificar os processos de formação das
espanhol e ras: meu lugar no nomadismo aos primeiros culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço
as invasões mundo e meu grupo povos sedentarizados geográfico ocupado.
holandesas social • As formas de organização (EF05HI02) Identificar os mecanismos de organização
social e política: a noção de do poder político com vistas à compreensão da ideia de
Estado Estado e/ou de outras formas de ordenação social.
O meu nome • Mundo pessoal: • As fases da vida e a ideia (EF01HI01) Identificar aspectos do seu crescimento
meu lugar no mundo de temporalidade (passado, por meio do registro das lembranças particulares ou
presente, futuro) de lembranças dos membros de sua família e/ou de
• As diferentes formas de sua comunidade.
Entradas e • Povos e cultu- organização
• O que forma da família
um povo:e dado (EF01HI02) Identificar os
(EF05HI01) a relação entre
processos deas suas histórias
formação das e
bandeiras ras: meu lugar no comunidade:aos
nomadismo os vínculos
primeiros pes- as histórias
culturas de povos,
e dos sua família e de sua comunidade.
relacionando-os com o espaço
mundo e meu grupo povos
soais e sedentarizados
as relações de amizade geográfico ocupado.
social • As formas de organização (EF05HI02) Identificar os mecanismos de organização
social e política: a noção de do poder político com vistas à compreensão da ideia de
Estado Estado e/ou de outras formas de ordenação social.

Todos têm • Mundo pessoal: • As fases da vida e a ideia (EF01HI01) Identificar aspectos do seu crescimento
história meu lugar no mundo de temporalidade (passado, por meio do registro das lembranças particulares ou
presente, futuro) de lembranças dos membros de sua família e/ou de
• As diferentes formas de sua comunidade.
organização da família e da (EF01HI02) Identificar a relação entre as suas histórias e
comunidade: os vínculos pes- as histórias de sua família e de sua comunidade.
soais e as relações de amizade

Documentos de • Mundo pessoal: • As fases da vida e a ideia (EF01HI01) Identificar aspectos do seu crescimento
identificação meu lugar no mundo de temporalidade (passado, por meio do registro das lembranças particulares ou
presente, futuro) de lembranças dos membros de sua família e/ou de
sua comunidade.

22 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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Conhecendo
Conteúdo
Conteúdos
Unidades
Unidades
o
temáticas
temáticas Manual
Objetos de
Objetos de
conhecimento
conhecimento
Habilidades
Habilidades
A descoberta
Direito das •
• Povos
Mundoe pessoal:
culturas: •• As
O diferentes
que formaformas
um povo:
de do Identificar eosdistinguir
(EF05HI01) Descrever
(EF01HI03) processososde formação
seus papéis edas
do ouro e as
crianças meu lugar no mundo
meu lugar no mundo nomadismo aos primeiros
organização da família e da culturas e dos povos, relacionando-os com
responsabilidades relacionados à família, à escola o espaço

revoltas nati- e meu grupo social povos sedentarizados
comunidade: os vínculos pes- geográfico
comunidade. ocupado.
vistas • As eformas
soais de organização
as relações de amizade Identificar as
(EF05HI02) Identificar
(EF01HI04) os diferenças
mecanismos de organização
entre os variados
social e política: a noção de
• A escola e a diversidade ambientes em que vive (doméstico, escolar e da
do poder político com vistas à compreensão da ideia
comu-de
Estado Estado e/ou de outras formas de ordenação social.
do grupo social envolvido nidade), reconhecendo as especificidades dos hábitos e
Inconfidência • Povos e culturas: • O que forma um povo: do das regras que
(EF05HI01) os regem.os processos de formação das
Identificar
Mineira ou meu lugar no mundo nomadismo aos primeiros culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço
Conjuração e meu grupo social povos sedentarizados geográfico ocupado.
Mineira • As formas de organização (EF05HI02) Identificar os mecanismos de organização
As brincadeiras • Mundo pessoal: •social e política:
A vida em casa, aa noção
vida nade do poder político
(EF01HI05) com semelhanças
Identificar vistas à compreensão da ideia
e diferenças entrede
de ontem e de eu, meu grupo social Estado
escola e formas de representa- Estado e/ou de outras formas de ordenação social.
jogos e brincadeiras atuais e de outras épocas e lugares.
hoje
Conjuração e meu
• Povostempo
e culturas: ção
• Osocial e espacial:
que forma os jogos
um povo: do (EF05HI01) Identificar os processos de formação das
Baiana meu lugar no mundo enomadismo
brincadeirasaos
comoprimeiros de
forma culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço
e meu grupo social interação social e espacial
povos sedentarizados geográfico ocupado.
• As formas de organização (EF05HI02) Identificar os mecanismos de organização
social e política: a noção de do poder político com vistas à compreensão da ideia de
Estado Estado e/ou de outras formas de ordenação social.
Crianças no • Mundo pessoal: • As diferentes formas de (EF01HI02) Identificar a relação entre as suas histórias e
Revolução • Povos e culturas: • O que forma um povo: do (EF05HI01) Identificar os processos de formação das
mundo meu lugar no mundo organização da família e da as histórias de sua família e de sua comunidade.
Pernambucana meu lugar no mundo nomadismo aos primeiros culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço
comunidade: os vínculos pes-
de 1817 e meu grupo social povos sedentarizados geográfico ocupado.
soais e as relações de amizade
• As formas de organização (EF05HI02) Identificar os mecanismos de organização
social e política: a noção de do poder político com vistas à compreensão da ideia de
Estado Estado e/ou de outras formas de ordenação social.

As crianças • Mundo pessoal: • As diferentes formas de (EF01HI02) Identificar a relação entre as suas histórias e
indígenas meu lugar no mundo organização da família e da as histórias de sua família e de sua comunidade.
comunidade: os vínculos pes-
soais e as relações de amizade

As crianças • Mundo pessoal: • As diferentes formas de (EF01HI02) Identificar a relação entre as suas histórias e
negras meu lugar no mundo organização da família e da as histórias de sua família e de sua comunidade.
comunidade: os vínculos pes-
soais e as relações de amizade

Dinâmica para — — Nota:


trabalhar o so- A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define um
cioemocional conjunto de competências gerais, que serve como um
guia para o aprendizado das crianças e que deve ser
desenvolvido de forma integrada ao currículo.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 23

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000
6

Orientação didática

Leve modelos de árvo-


re genealógica e solicite aos
alunos que os preencham com
o auxílio dos pais ou respon-
sáveis. Depois, converse com
os alunos sobre as caracterís-
ticas físicas deles, como cor
dos olhos, pele e cabelo, e de
quem as herdaram.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

As práticas construtivistas colocam em evidência o fato de as crianças


serem ativas no processo de construção do conhecimento. Piaget
diria que a melhor aula é a que traz respostas, pois, ao se colocar em
situações-problema, o aluno se disponibiliza para a aprendizagem e
lida com ela de modo significativo.
Silvia Coelho

24 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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7

Orientação didática

Sente com os alunos, fa-


zendo uma roda em que cada
criança deverá falar as carac-
terísticas do colega do lado
direito. Termine a brincadei-
ra quando todos falarem as
características do colega. Em
seguida, proponha um diá-
logo envolvendo a discussão
sobre as diferenças entre as
pessoas e o respeito que deve
existir entre elas. Depois,
solicite-lhes que confeccio-
nem um mural com folhas de
papel 40 kg para desenharem
um autorretrato.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

Solicite que as crianças formem duplas. De-


pois, disponibilize espelhos para que realizem
a atividade. Os alunos devem ficar de costas
um para o outro enquanto um deles segura um
espelho. Então, o que está sem espelho deve
descrever o colega da forma mais fiel que con-
seguir; caso haja alguma divergência, o aluno
© Jure

que está com o espelho pode a apontar. Depois,


Gasp

eles trocam as posições.


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Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 25

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8

Orientação didática

Realize uma roda de conversa


com seus alunos para que eles
exponham os conhecimentos
prévios sobre si mesmos.
Peça que os alunos tragam
fotos, e juntos confeccionem
um painel com todas elas.
Com este pronto, realizem
uma conversa informal sobre
cada fotografia.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

Questione aos alunos o que eles mais gostam


de fazer. Certamente as respostas serão bem
diferentes; por isso, faça com que atentem para
as diferenças que cada um possui com relação
aos gostos. Eles podem, ao final, fazer um de-
senho representando a atividade preferida.

©Photographee.eu / Stock.adobe.com

26 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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9

Orientação didática

Peça a cada aluno para trazer


a cópia do Registro de Nasci-
mento dele. As crianças regis-
trarão no caderno informações
como data de nascimento, cida-
de onde nasceram, nome com-
pleto, nome do pai e da mãe.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

Converse com os alunos sobre o momento de preparação para o nascimento de


uma criança. Faça uma breve lista no quadro das principais coisas que as famílias
precisam preparar quando um bebê vai nascer – por exemplo: escolher o nome,
fazer o enxoval, fazer os exames médicos, etc. Repasse todos esses pontos ex-
pondo para as crianças que a família delas precisou se organizar bem para rece-
bê-las quando nasceram. Nessa aula, você pode pedir que levem uma imagem do
dia do nascimento delas para compartilharem com os colegas.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 27

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10

Orientação didática

Solicite que cada criança


peça a alguém da família para
contar algo curioso, engraçado
ou interessante que ela tenha
feito quando era bem pequena.
Depois, organize uma roda de
conversa para socialização.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

Tenha uma conversa com os estudantes sobre


a construção da identidade de uma pessoa. Fale
que muitas coisas nos definem: nossa persona-
lidade, nossos gostos e também o nosso nome.
A individualidade é algo que deve ser bem traba-
lhado em sala para que o coletivo seja harmônico
e bem-sucedido.

©Asier / Stock.adobe.com

28 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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11

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

Sugestão de atividade

1. Você gosta do seu nome?


Resposta pessoal

2. Por quê?

Resposta pessoal

3. Qual é o nome do seu responsável?
Resposta pessoal

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000
12

Orientação didática

Confeccione um mural: peça


a cada aluno que escreva o
próprio nome em uma folha
de papel-ofício, decorando-o
com papéis coloridos. Depois,
faça um acróstico com o nome
de cada aluno, utilizando car-
tolina e canetas coloridas.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

As pessoas se alfabetizam, aprendem a ler e a escrever, mas não


necessariamente incorporam a prática da leitura e da escrita, não
necessariamente adquirem competência para usá-las, para envolver-se
com as práticas sociais de escuta. Não leem livros, jornais, revistas; não
sabem redigir um ofício, um requerimento.
Magda Soares

30 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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000
13

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particulares
ou de lembranças dos membros de sua famí-
lia e/ou de sua comunidade.

(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

Orientação didática

Materiais: Outras possibilidades:


Fichas com nomes das crianças em três ou • Na sala, realize a escrita e a leitura do nome
quatro caixas de sapato. de cada criança.
• Organize listas com nomes de cada grupo,
Desenvolvimento: separadamente.
• Organize as crianças em três ou quatro filas. • Peça às crianças que façam a chamada e reor-
• As caixas que estão em frente às filas deverão ganizem a lista por ordem alfabética.
conter o nome das crianças daquela fileira. • O mesmo processo poderá ser feito pedin-
• As crianças deverão organizar as caixas. do às crianças que encontrem, por exemplo, o
• Ao seu sinal, peça a cada criança que encontre nome do companheiro que senta ao lado delas.
o próprio nome.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 31

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14

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

Sugestão de atividade

1. Desenhe, no espaço a seguir, você quando tinha um ano de idade.

Resposta pessoal

32 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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15

Orientação didática

Explore o significado do do-


cumento pessoal como fonte
de identificação em uma linha
do tempo. Complete a linha
do tempo marcando o ano de
nascimento com o registro, o
primeiro ano com a Carteira de
Vacinação, etc.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

Monte, com as crianças, uma carteira de


habilitação de brincadeira para que elas possam
se divertir durante o intervalo. Peça que levem
uma foto 3x4 e utilize um papel mais resistente
que o papel-ofício. Se possível, encape com
uma proteção plástica.
©roman gorielov / Stock.adobe.com

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 33

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16

Orientação didática

Disponha cópias da Certidão


de Nascimento dos alunos e
organize-os em pequenos gru-
pos. Peça que eles examinem
a certidão deles e descubram
em que dia, mês e ano cada um
nasceu. Depois, as crianças
poderão registrar essas infor-
mações no caderno.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

Fale sobre os benefícios que a Carteira de


Estudante traz para os usuários dela. Converse
com as crianças sobre a possibilidade do pa-
gamento de meia-entrada em vários ambientes
com programação cultural, por exemplo.

©BNP Design Studio / Stock.adobe.com

34 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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17

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

Sugestão de atividade

1. Escolha um adulto de sua casa e peça-lhe um do- 2. Converse com seus pais ou responsáveis e assi-
cumento dele. Depois, responda: nale os documentos que eles possuem.
Resposta pessoal
a. Qual é o tipo de documento? Certidão de Nascimento
Resposta pessoal Carteira de Identidade
Certidão de Casamento
b. Onde foi tirado o documento?
Resposta pessoal Carteira de Trabalho
Passaporte
CPF

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 35

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18

Orientação didática

RG na escola

Para introduzir o tema da


identidade, faça uma repro-
dução do Registro Geral (RG)
para cada aluno.
É necessário que os alunos
tragam algumas informações
de casa: a data e o local exatos
de nascimento, o nome com-
pleto dos pais e uma foto 3x4.
Eles devem completar com as
informações e a foto e assinar.
Em seguida, proponha que
eles se apresentem aos de-
mais alunos da classe.
A atividade marca o início da
reflexão sobre a identidade, e
o RG será a primeira página do
livro que será construído.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

Aprende-se pesquisando temas e problemas; por meio da aplicação da


metodologia científica em experiências controláveis; pela observação
direta da realidade; mediante a comparação sistemática e a exploração
do valor explicativo das semelhanças e diferenças; ou, por fim, pela
reconstituição histórica de contextos concretos.
Darcy Ribeiro

36 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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000
19

Orientação didática

Elabore um mural com os


direitos das crianças e expo-
nha-o na sala de aula. Reforce
para as crianças que todas
elas deveriam ter esses direi-
tos garantidos, mas algumas
não têm.

BNCC
(EF01HI03)
Descrever e distinguir os seus papéis e
responsabilidades relacionados à família, à
escola e à comunidade.

(EF01HI04)
Identificar as diferenças entre os variados
ambientes em que vive (doméstico, escolar e
da comunidade), reconhecendo as especifici-
dades dos hábitos e das regras que os regem.

É importante frisar que olhar uma brincadeira espontânea, tendo


consciência das possibilidades de intervenção nesse momento, já
ocasionaria, com certeza, uma construção mais rica em termos do
aprender, do explorar e, consequentemente, do conhecer o mundo.
Maria da Graça Horn e Levi Dornelles

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 37

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000
20

Orientação didática

Faça um jogo com as crian-


ças. Puxe imagens de dentro
de um saco e pergunte-lhes a
que direitos as imagens dizem
respeito. Depois, peça-lhes
que escolham um direito e fa-
çam um desenho. Exponha as
produções na sala de aula.

BNCC
(EF01HI03)
Descrever e distinguir os seus papéis e
responsabilidades relacionados à família, à
escola e à comunidade.

(EF01HI04)
Identificar as diferenças entre os variados
ambientes em que vive (doméstico, escolar e
da comunidade), reconhecendo as especifici-
dades dos hábitos e das regras que os regem.

É importante que se tenha presente que não basta que os


professores aprendam a conviver com as diferenças de
suas crianças, mas que eles possam considerá-las como
fazendo parte dos conteúdos, transformados em temáticas
norteadoras do currículo escolar.
Roseli Hickman

38 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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000
21

Orientação didática

Converse com os alunos so-


bre a invenção dos brinquedos
e das brincadeiras e diga que
muitos brinquedos e brinca-
deiras do passado evoluíram,
mas muitos ainda permane-
cem, passando de geração
para geração.

BNCC
(EF01HI05)
(EI02ET01)
Identificar semelhanças
Explorar e descrever e diferenças
semelhanças entre jo-
e diferen-
gos e brincadeiras
ças entre atuais e edepropriedades
as características outras épocas
edos
lugares.
objetos (textura, massa, tamanho).

Sugestão de atividade

1. Pinte a imagem em que as crianças estão brincando de cartas, circule a imagem em que estão
jogando vôlei e marque, com um x, a imagem da criança que está brincando com sombras.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 39

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22

Orientação didática

Ao final do trabalho com


esta página, procure confec-
cionar, com seus alunos, uma
peteca, pois, provavelmente,
eles não terão tido muito con-
tato com esse tipo de brinque-
do. Além disso, você resgata a
história dos brinquedos e das
brincadeiras antigas e atuais.

BNCC
(EF01HI05)
Identificar semelhanças e diferenças entre jo-
gos e brincadeiras atuais e de outras épocas
e lugares.

Como fazer:
Sobre um pedaço quadrado de pano, couro ou plástico, deposite um punhado de areia ou serragem.
Junte as pontas e bata até o recheio ficar firme. Amarre deixando as pontinhas para fora.

Como jogar:
1. Lembre-se de que uma criança pode nunca 3. Incentive a definição de novas regras. Em vez
ter visto uma peteca. Ensine os movimentos bá- de formar um círculo, eles podem montar times e
sicos e deixe a turma se organizar. jogar em uma quadra com rede.
2. Quando os alunos dominarem o movimento,
Revista Nova Escola. São Paulo: Abril, ano XI, no 98,nov. 1996, p.
sugira variações. Exemplo: uma tapa para rece- 21. Adaptado.
ber a peteca e outra para arremessá-la.

40 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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23

Orientação didática

Leve algumas imagens de


crianças de várias nacionali-
dades e peça aos alunos que
observem e descrevam as
diferenças entre as brasileiras
e as de outros países.

BNCC
(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

Escolha, junto com as crianças, uma nacio-


nalidade específica para pesquisarem. Separe a
turma em grupos, e cada grupo deve ficar res-
ponsável pela pesquisa de um tópico. Crie tópi-
cos relacionados ao modo de vida das crianças
no país determinado, e, no final da atividade,
cada grupo deve compartilhar com a turma as
descobertas.

© Lightfield Studios / Stock.adobe.com

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 41

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24

BNCC
(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

Sugestão de atividade

1. Escreva abaixo de cada criança a nacionalidade dela.

brasileira argentina mexicana

42 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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25

Orientação didática

Construa, com seus alunos,


um chocalho com uma lata de
refrigerante e arroz. Decore,
com eles, a latinha. Pinte o
rosto de cada um e brinquem de
indígena cantando a música:

Os indiozinhos

1, 2, 3 indiozinhos
4, 5, 6 indiozinhos
7, 8, 9 indiozinhos
10 num pequeno bote
Vinham navegando pelo rio
abaixo quando um jacaré se
aproximou, e o pequeno bote
dos indiozinhos quase...
quase... quase... virou.

Domínio público

BNCC
(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

Que tal conversar sobre lendas com seus alunos? As lendas brasileiras, em sua
maioria, têm origem indígena e são aliadas na hora de falar sobre a cultura des-
ses povos, pois as histórias têm um papel fundamental na educação das crianças
aldeãs. Os alunos vão adorar ouvir sobre as famosas personagens do folclore
brasileiro: iara, caipora, curupira, boitatá, boto-cor-de-rosa, cuca, etc. Após a
narração das histórias, incentive os alunos a desenhar e pintar as personagens de
que mais gostaram.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 43

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26

BNCC
(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

Sugestão de atividade

1. Forme uma frase sobre a importância do trabalho 2. Desenhe, no espaço abaixo, uma atividade feita
das mulheres indígenas. pelas mulheres indígenas.
Resposta pessoal




Resposta pessoal



44 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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27

Orientação didática

Oriente seus alunos para


que façam, com os colegui-
nhas, um painel sobre os
indígenas. Estes merecem
essa homenagem.
Procure figuras relaciona-
das com os indígenas — por
exemplo, de comidas, vesti-
mentas, habitação. Em se-
guida, recorte-as e cole-as
em cartolinas. Depois, peça
aos alunos que desenhem
árvores, matos, pássaros,
Sol, céu, etc., completando
o painel. Coloque esse painel
em um lugar de destaque na
sala de aula.

BNCC
(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

É importante que as crianças percebam que


não existe apenas um tipo de indígena no Brasil.
Entre esses povos, a diversidade cultural é imen-
sa. Por isso, leve imagens de diferentes nações
com seus respectivos costumes, utensílios e
moradias. Procure levar, também, imagens de
imagem
famílias indígenas que vivem em meio a nossa
sociedade, e não apenas de indígenas isolados.
Quebrar certos estereótipos é fundamental para
não permitir o apagamento das etnias. Joa Souza / Shutterstock.com

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 45

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000
28

Orientação didática

Confeccione um cartaz com


algumas heranças africanas
— por exemplo: instrumentos
musicais/berimbau, danças/
capoeira, religião/afoxé,
vocabulário/xodó. Os alunos
poderão desenhar ou colar
imagens. Exponha o cartaz na
sala de aula.

BNCC
(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

Um educador ajuda o aluno a colocar para fora o seu potencial.


Tem coragem para utilizar o livro, o teatro ou o cinema como
instrumental de aprendizagem. Coragem para inovar nas
avaliações e para se colocar como parceiro mais experiente, e não
como dono da verdade. A autoridade do professor é conquistada,
nunca imposta.
Gabriel Chalita

46 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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000
29

Orientação didática

Proponha uma pesquisa


com informações de persona-
lidades africanas importantes.
Construa um mural com as
informações encontradas e
apresente-o à turma, explo-
rando a oralidade das crianças.
Aproveite e exponha o mural no
corredor principal da escola.

BNCC
(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

Não basta que a escola pronuncie um discurso emancipador. É


preciso que ela vivencie o que defende. Nossas palavras devem ser
corporificadas pelo exemplo. Nossa prática não pode ser negadora
do nosso discurso. Se a escola se propõe a formar cidadãos críticos,
propositivos, democráticos, participativos, ela deve criar condições para
a vivência desses princípios desde a infância.
Paulo Freire

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 47

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30

Nota:
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
define um conjunto de competências gerais,
que serve como um guia para o aprendizado
das crianças e que deve ser desenvolvido de
forma integrada ao currículo.

Qualquer sociedade ou família que desprezar bradando por aí: “Alguém tem de fazer algu-
a importância da solidariedade, da lealdade, da ma coisa!”, juntam-se para fazer o que podem
dignidade e da amizade estará apodrecendo va- e precisa ser feito. É possível, sim, recusar o
lores essenciais e, nessa condição, preparan- fratricídio paulatino e aderir a princípios de
do-se para uma vida que, além de curta, ainda compartilhamento da vida que nos impeçam de
será pequena. lembrar o que escreveu Millôr Fernandes: “É
Há grande risco em admitir o individualismo, preciso ter sem que o ter tenha...”.
a postura egocêntrica que costuma redundar em
convivência predatória. CORTELLA, Mario Sergio. Sabedoria para partilhar!: 70 ensina-
mentos selecionados pelo próprio autor nos livros Qual é a tua
Porém, há muitos homens e muitas mulheres obra?, Pensar bem nos faz bem! E Felicidade foi-se embora?.
que rejeitam tal posição e, em vez de ficarem Petrópolis: Vozes, 2020.

48 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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O educador educa a dor da falta.
Educa a fome do desejo.
O educador educa a dor da
falta cognitiva e afetiva para
a construção do prazer. É da
falta que nasce o desejo. Educa a
aflição da tensão, da angústia de
desejar. Educa a fome do desejo.
Madalena Freire

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Fundamentação

Mas o que são e quais são os valores humanos?

Valores são os princípios, as crenças que norteiam a vida


de um indivíduo. São eles que ampliam a nossa capacidade de
discernir o que é aceitável ou não na nossa relação com o outro.
Nossas escolhas são fundamentadas em valores, nossa noção de
“certo e errado” é baseada nesses conceitos apreendidos desde
o nosso nascimento, ou até mesmo antes disso, uma vez que eles
já nascem conosco e ficam latentes, aguardando o momento de
desabrochar.
Sim, os valores são como flores que desabrocham conforme
os regamos, os alimentamos. O despertar de valores (ou anti-
valores) se dá no contato com os demais, nas trocas de expe-
riência, na vivência de cada um. E só podem ser despertados por
meio do afeto.
É por meio da utilização correta desses valores que nos tor-
namos seres sociais. Seria impossível viver em uma sociedade
completamente destituída de valores.
O aprendizado de valores se dá principalmente na prática, pois
é ali que encontramos o reflexo do que somos, mas é essencial
que sejam vivenciados também teoricamente, ao longo de textos
e alegorias que capacitem as crianças a assimilar cada um e a
procurar integrá-los à sua vida.
A reflexão sobre a maneira de nos relacionarmos com o mun-
do torna-nos mais humanos à medida que percebemos as con-
sequências de nossas ações junto aos nossos semelhantes, à
natureza e à vida como um todo. Ensinar valores não é ensinar
religião, embora torne as pessoas mais espiritualizadas e ligadas
ao ser divino que existe dentro de cada um.
Vivenciando conscientemente os valores apreendidos, torna-
mo-nos mais solidários, tolerantes, amorosos, participativos,
críticos e, principalmente, responsáveis.
Mas quais são os valores humanos? Existe, quando se trata de
valores humanos, uma distinção: existem os valores absolutos
(verdade, retidão, amor, paz e não violência) e os valores rela-
tivos, aqueles que dependem da visão de cada grupo social por
servirem ou não àquela sociedade (coragem, honestidade, hu-
mildade, compaixão, etc.).
Não pretendo discorrer sobre todos os valores, porque cabe-
rá a cada um encontrar o melhor momento de trabalhá-los com
seus alunos. Tratarei somente sobre os três que considero de
maior importância porque, a meu ver, englobam todos os demais.

50 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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Verdade

Devemos ter ciência de que a verdade não é


propriedade de ninguém, de nenhuma raça.
Nenhum indivíduo pode reclamar sua exclusivi-
dade. A verdade é a natureza simples de todos
os seres (Swami Vivekananda, mestre hindu).

Existe, sim, a verdade absoluta, aquela que é imutável e in-


contestável. Mas quase sempre a verdade é relativa, depen-
dente das crenças e convicções de cada um. O que é verdade
atualmente pode não ser mais daqui a alguns anos, como muitas
verdades foram ultrapassadas e substituídas por novas verdades
desde o início do planeta Terra.
Por isso é um valor que deve ser trabalhado. Cada pessoa tem
a sua verdade, muitas coincidentes com a verdade do outro, ou-
tras simplesmente não. Trabalhar a verdade desencadeia valores
menores, mas não menos importantes, que implicam o conheci-
mento de si mesmo.
Ao praticar a verdade, a criança vivencia o princípio do "cer-
to". Vai percebendo que nem sempre é fácil falar, manter ou
lutar pela sua verdade. Permanecer coerente com ela a fará mais
firme, crítica e confiante. Precisará usar de honestidade, de
reflexão e, algumas vezes, de humildade para aceitar a verdade
do outro. Precisará aprender a discernir os diferentes fatos apre-
sentados e refletir sobre suas crenças.
Além do mais, trabalhando a verdade, todos nós
seremos sempre buscadores, com o objetivo de nos
m

aprimorarmos como seres humanos e espirituais.


be.co
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Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 51

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Amor

Devemos expandir o círculo do nosso amor até


que englobe todo o nosso bairro; do bairro, por
sua vez, deve desdobrar-se para toda a cidade;
da cidade para o estado; e assim sucessivamen-
te, até o objeto do nosso amor incluir todo o
universo (Mahatma Gandhi).

O amor pressupõe pureza de espírito. Quem ama doa-se, não


mede esforços para realizar o bem, não busca benefícios para si
mesmo. Amar é muito mais do que atração sexual ou encanta-
mento, é uma virtude humana. O amor é, provavelmente, um dos
primeiros valores que o ser humano aprende, pois, ao longo do
contato com o outro, em geral a mãe, o bebê percebe os sinais de
afeto e os retribui. Depois, nos relacionamentos que vivencia des-
de a infância, há a presença da amizade, que é o amor fraternal.
O ser humano experimenta o amor o tempo todo: nos namoros,
nas amizades, na família. Porém, nem todos o identificam como
amor. Porque, para ser amor, é preciso existir generosidade,
compreensão, dedicação.
Praticar o amor significa saber doar-se, colocar-se no lugar
do outro, compartilhar, ser solidário, aprender a perdoar, reco-
nhecer seus erros e conseguir pedir perdão, ceder muitas vezes,
saber respeitar e ser amigo principalmente. E qual é o papel do
amigo senão estar junto, compartilhar momentos e sentimentos,
confiar, oferecer o ombro, levantar o "moral", enfim, amar?
Amar também é um imenso aprendizado! Muitos de nós, em-
bora falemos de amor com tanta propriedade, não sabemos
amar. Primeiramente não amamos a pessoa mais importante de
todo o mundo: nós mesmos! Se não sei me amar, como posso
amar ao próximo? Tendemos a confundir os sentimentos e, as-
sim, chamamos tudo de amor. O amor é o mais simples e o mais
complexo de todos os sentimentos. Talvez por isso, na Grécia
Antiga, dividissem-no em três: Eros (o amor romântico), Philos
(o amor fraternal) e Ágape (o amor espiritual).
Temos muito a aprender sobre o amor, e somente a práti-
ca nos leva a compreender o real valor desse sentimento. Ao
praticá-lo universalmente, estamos também praticando tantos
outros valores fundamentais para alcançarmos o objetivo maior
da vida: a sabedoria.

52 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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Paz

Não existe um caminho para a paz. A paz é o caminho (Mahatma Gandhi).

Paz, atualmente, é um dos maiores valores a Se a paz começa em mim, só posso per-
ser ensinados e trabalhados. cebê-la quando eu for coerente com a minha
O mundo vive um momento de tensão abso- verdade, justo comigo mesmo, quando sou-
luta. Guerras eclodem por pequenas coisas em ber me amar e entender a liberdade como uma
todos os lugares do planeta. Pessoas se matam necessidade da alma. Ser livre não significa ser
por nada no trânsito, nos bares, nas escolas, sozinho. Ser livre não quer dizer ausência de
nas famílias. A vida, de repente, parece não ter prisões. Ser livre é manter-me fiel a mim mes-
mais valor, exatamente porque os valores es- mo apesar de todas as consequências. Com-
tão distorcidos. Não há entre as pessoas mais preendida a paz em mim, já posso pensar na
tolerância, calma, paciência. Torna-se urgente paz do mundo.
que a paz seja reaprendida para que possamos Sem dúvida, para que haja paz é preciso que
ter um mundo melhor. exista a verdade. Não existe paz onde há de-
Nossas crianças tem um fácil acesso a toda sonestidade. Não pode haver paz sem justiça.
forma de violência: nos desenhos animados, Justiça diz respeito a igualdade. Quando uns
nas novelas, nos noticiários da TV, nos filmes. querem mais do que outros ou querem ser mais
Os videogames e jogos da Internet mais pro- do que outros, não pode haver paz. Também
curados são exatamente os que têm a violência não há paz sem que haja amor, já que este im-
como eixo. plica generosidade e compaixão. E muito menos
Como querer um mundo de paz se desde haverá paz onde não há liberdade: liberdade de
muito cedo bombardeamos nossas crianças expressão, liberdade de pensamento, liberdade
com tanta violência? de ir e vir, liberdade de qualquer tipo. Nascemos
Mas, para se trabalhar a paz, antes é preciso livres, e não poder usufruir disso só pode cau-
entendê-la. Ela não é somente a ausência de sar angústia, descontentamento, frustração... a
conflitos, mas a capacidade de manter a tran- verdadeira ausência de paz.
quilidade em momentos conflituosos. Paz diz Trabalhar a paz não é uma coisa tão simples:
respeito ao conhecimento de si e do seu auto- é necessário aprender sobre respeito (ao outro,
controle. Ela é o contentamento da alma. Dize- às diferenças raciais, culturais, sociais, à natu-
mos que estamos em paz quando não há nada reza, ao planeta, à vida), é preciso ensinar como
que perturbe nosso estado de espírito.... Quan- alcançar a autoestima e o desapego, porque
do a alma faz silêncio... O silêncio interior. Por- dessa vida nada se leva a não ser aquilo que
tanto, nem sempre a paz é a não violência, como conseguimos ser. Praticar a paz verdadeira é a
também a não violência nem sempre é paz. maior virtude do ser humano. Estar em paz con-
O papa João Paulo II disse certa vez que a sigo mesmo, conseguir transmiti-la àqueles que
paz exige quatro condições essenciais: verda- estão próximos e desejá-la a todos os demais
de, justiça, amor e liberdade. Mais uma vez os seres do planeta é uma conquista espiritual.
valores se complementam.

PIZZIMENTI, Cris. Trabalhando valores em sala de aula: histórias para rodas de conversa.
Petrópolis: Vozes, 2013. Adaptado para fins didáticos.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 53

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Imagine um trem tentando
chegar ao seu destino
em apenas um trilho. Isso
não é possível. O trem precisa
de dois trilhos, assim como
nossas escolas. O primeiro
trilho é o acadêmico, e o segundo
trilho é o desenvolvimento
socioemocional.
Jane Nelsen

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CAPÍTULO
2
Para ajudar as crianças a construir um autoconceito positivo, precisamos dar-lhes oportunida-
des para elas conseguirem bons resultados por si mesmas e proporcionar-lhes oportunidades
que mobilizem seu entusiasmo e sua alegria.
A criança que se julga capaz, que não tem medo de ser ridicularizada ou repreendida, apren-
de mais porque se arrisca mais. O erro deve ser encarado como um acontecimento natural,
que faz parte do processo de busca pelo acerto; não significa que não esteja havendo progres-
so, visto que a experiência está sendo vivida e assimilada.
CUNHA, Nylse Silva; NASCIMENTO, Sandra Kraft do. Brincando: aprendendo e desenvolvendo o pensamento
matemático. Rio de Janeiro: Vozes, 2005.

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Conteúdos da coleção e a BNCC
CAPÍTULO 2
1

Unidades Objetos de
Conteúdo
Conteúdos Habilidades
temáticas conhecimento
Primeira
Minha inva-
família, •• Mundo
Povos epessoal:
cultu- •• As
O diferentes
que formaformas
um povo:
de do (EF05HI01) Identificar aosrelação
(EF01HI02) processos deasformação
entre das e
suas histórias
são francesa
meu primeiro ras: meu
meu lugarlugar no
no mundo nomadismoda
organização aosfamília
primeiros
e da culturas
as e dos
histórias de povos, relacionando-os
sua família com o espaço
e de sua comunidade.
grupo mundo e meu grupo povos sedentarizados
comunidade: os vínculos pes- geográfico ocupado.
social • As eformas
soais de organização
as relações de amizade (EF05HI02) Identificar os mecanismos de organização
social e política: a noção de do poder político com vistas à compreensão da ideia de
Estado Estado e/ou de outras formas de ordenação social.

Segunda inva- • Povos e cultu- • O que forma um povo: do (EF05HI01) Identificar os processos de formação das
são francesa ras: meu lugar no nomadismo aos primeiros culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço
mundo e meu grupo povos sedentarizados geográfico ocupado.
social • As formas de organização (EF05HI02) Identificar os mecanismos de organização
social e política: a noção de do poder político com vistas à compreensão da ideia de
Como é forma- • Mundo pessoal: •Estado
As fases da vida e a ideia Estado e/ou de
(EF01HI01) outras formas
Identificar de ordenação
aspectos social.
do seu crescimento
da uma família meu lugar no mundo de temporalidade (passado, por meio do registro das lembranças particulares ou
O domínio
hoje? • Povos e cultu- • O que forma
presente, futuro)um povo: do (EF05HI01)
de lembrançasIdentificar os processos
dos membros de suadefamília
formação
e/oudas
de
espanhol e ras: meu lugar no nomadismo
• As diferentesaos primeiros
formas de culturas e dos
sua comunidade. povos, relacionando-os com o espaço
as invasões mundo e meu grupo povos sedentarizados
organização da família e da geográfico ocupado.
(EF01HI02) Identificar a relação entre as suas histórias e
holandesas social • As formas de organização (EF05HI02) Identificar os mecanismos de organização
comunidade: os vínculos pes- as histórias de sua família e de sua comunidade.
social e política: a noção de do poder político com vistas à compreensão da ideia de
soais e as relações de amizade
Estado Estado e/ou de outras formas de ordenação social.

Entradas e • Povos e cultu- • O que forma um povo: do (EF05HI01) Identificar os processos de formação das
bandeiras ras: meu lugar no nomadismo aos primeiros culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço
mundo e meu grupo povos sedentarizados geográfico ocupado.
social • As formas de organização (EF05HI02) Identificar os mecanismos de organização
social e política: a noção de do poder político com vistas à compreensão da ideia de
A família no • Mundo pessoal: •Estado
A vida em família: diferen- Estado e/ou Identificar
(EF01HI07) mudanças
de outras formas e permanências
de ordenação social.nas
tempo eu, meu grupo social tes configurações e vínculos formas de organização familiar.
e meu tempo

56 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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Conhecendo
Conteúdo
Conteúdos
Unidades
Unidades
o
temáticas
temáticas Manual
Objetos de
Objetos de
conhecimento
conhecimento
Habilidades
Habilidades
A descoberta
Direitos e •
• Povos
Mundoe pessoal:
culturas: • As
• O que formaformas
diferentes um povo:
de do Identificare os
(EF05HI01)Descrever
(EF01HI03) processos
distinguir de formação
os seus das
papéis e respon-
do ouro na
deveres e as meu
meu lugar no
lugar no mundo
mundo nomadismo aos primeiros
organização da família e da culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço
sabilidades relacionados à família, à escola e à comunidade.
revoltas
família nati- e meu grupo social povos sedentarizados
comunidade: os vínculos pes- geográfico ocupado.
vistas • As formas
soais de organização
e as relações de amizade (EF05HI02) Identificar os mecanismos de organização
social e política: a noção de do poder político com vistas à compreensão da ideia de
Estado Estado e/ou de outras formas de ordenação social.

Inconfidência • Povos e culturas: • O que forma um povo: do (EF05HI01) Identificar os processos de formação das
Mineira ou meu lugar no mundo nomadismo aos primeiros culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço
Conjuração e meu grupo social povos sedentarizados geográfico ocupado.
Mineira • As formas de organização (EF05HI02) Identificar os mecanismos de organização
social e política: a noção de do poder político com vistas à compreensão da ideia de
Estado Estado e/ou de outras formas de ordenação social.
Festas em • Mundo pessoal: • A escola, sua representação (EF01HI08) Reconhecer o significado das comemorações
Conjuração • Povos e culturas: • O que forma um povo: do (EF05HI01) Identificar os processos de formação das
família eu, meu grupo social espacial, sua história e seu e festas escolares, diferenciando-as das datas festivas
Baiana meu lugar no mundo nomadismo aos primeiros culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço
e meu tempo papel na comunidade comemoradas no âmbito familiar ou da comunidade.
e meu grupo social povos sedentarizados geográfico ocupado.
• As formas de organização (EF05HI02) Identificar os mecanismos de organização
social e política: a noção de do poder político com vistas à compreensão da ideia de
Estado Estado e/ou de outras formas de ordenação social.

Revolução • Povos e culturas: • O que forma um povo: do (EF05HI01) Identificar os processos de formação das
Pernambucana meu lugar no mundo nomadismo aos primeiros culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço
de 1817 e meu grupo social povos sedentarizados geográfico ocupado.
• As formas de organização (EF05HI02) Identificar os mecanismos de organização
social e política: a noção de do poder político com vistas à compreensão da ideia de
Dinâmica para — —
Estado Nota:
Estado e/ou de outras formas de ordenação social.
trabalhar o so- A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define um
cioemocional conjunto de competências gerais, que serve como um
guia para o aprendizado das crianças e que deve ser
desenvolvido de forma integrada ao currículo.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 57

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32

Orientação didática

Destaque, com os alunos,


as diferentes formações do
núcleo familiar, por meio de
uma roda de conversa ou de
uma exposição de imagens.
Reforce para eles o quão
importante é que haja amor e
respeito entre as famílias.

BNCC
(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

Comece a trabalhar esse assunto questionando a turma:

Vocês sabem o que é uma família?


Você gosta da sua família? Qual a função dela?
Quais famílias vocês conhecem?
Vocês acham que todas as famílias são iguais?
Vocês consideram a família importante? Por quê?

Faça a mediação do debate de forma saudável, dando a vez


de todos se expressarem e intervindo quando necessário.

©FoxyImage / Stock.adobe.com

58 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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33

BNCC
(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

Sugestão de atividade

1. Marque as informações incorretas com um X. X Meu irmão é tio de meu pai.

X Eu nasci antes do meu irmão mais velho. X Minha irmã caçula é a filha mais velha.

Eu sou mais nova que meu pai. Meus irmãos gêmeos são mais novos que
minha mãe.

X Eu nasci primeiro que meu avô. X Meu bisavô nasceu depois de meu avô.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 59

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000
34

Orientação didática

Monte com os alunos um


mural com fotos que retra-
tem a evolução da família.
Mostre-lhes que antigamen-
te as famílias eram maiores,
por exemplo. Depois, peça a
opinião dos alunos a respeito
do assunto.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

O papel do educador é procurar compreender o contexto de vida da


criança no lar, porque, quanto maior o entendimento sobre o que
ela carrega sobre si, mais claro se torna saber que expectativas
ter diante do processo de aprender, sempre levando em conta
as características próprias da personalidade de cada criança. O
educador poderá então ter um panorama mais autêntico e fidedigno
da forma de ser e de existir de cada um dos alunos.
Vera Nunes

60 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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35

Orientação didática

Construa com seus alunos


a árvore genealógica deles.
Solicite-lhes que, previamen-
te, recolham as informações
com os pais: nome completo,
quantidade de irmãos, nome
de avós e bisavós, etc. Vai ser
interessante quando percebe-
rem que existem pessoas com
as quais, muitas vezes, eles não
têm contato. Depois, socialize
as construções deles, para que
percebam que cada família tem
sua própria identidade, muitas
vezes preservada pelo sobreno-
me. Então, proponha que apon-
tem o sobrenome que identifica
a família de cada um.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

Converse com a turma sobre as pessoas que não compartilham o nosso sangue,
mas que são consideradas da nossa família. Cite os amigos que são muito queri-
dos, os companheiros de orfanato, etc. Sempre acabamos encontrando alguém
muito especial que amamos como se fosse da família.

Sente com as crianças em uma roda. Apresente para elas algumas imagens de
diferentes composições familiares atuais em diferentes situações de expressão de
afeto, a fim de que as crianças as visualizem, analisem e manuseiem.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 61

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36

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

Sugestão de atividade

1. Complete. f. Eu sou sobrinha de minha tia Lúcia.

a. Eu sou filha de minha mãe, Luísa. 2. Desenhe no espaço abaixo a sua família.

b. Eu sou neta de meu avô Antônio.

c. Meu tio Carlos é irmão de minha mãe.


Resposta pessoal
d. Meus irmãos gêmeos, Zeca e Lula, são filhos
da minha mãe.

e. O pai de meu pai é meu avô .

62 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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37

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

Sugestão de atividade

1. Escreva o nome das pessoas que fazem parte do seu núcleo familiar.

Resposta pessoal

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 63

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000
38

Orientação didática

Promova uma sessão de


filme com os alunos. Escolha
um filme com o tema família.
Depois, pergunte-lhes o que
acharam. Aproveite o momento
e organize um lanche coletivo.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

Não é por termos liberdade que podemos mudar tudo à nossa


volta, mas dispomos da faculdade de dar sentido a tudo (o que é
muito melhor), mesmo àquilo que não o tem! Nem sempre somos
senhores do desenvolvimento da nossa vida, mas somos sempre
senhores do sentido que lhe conferimos.
Jacques Philippe

64 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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39

BNCC
(EF01HI07)
Identificar mudanças e permanências nas
formas de organização familiar.

Orientação didática

O tema família pode ser tratado de diversas maneiras, uma delas é por imagens
(desenhos, fotografias, etc.). Inicie a aula com a turma disposta em uma roda de
conversa. Providencie uma caixa e coloque dentro dela algumas imagens de várias
constituições familiares. A partir daí, promova uma conversa com os alunos sobre
essas imagens, questionando se possuem uma família parecida com as apresen-
tadas. Incentive o diálogo, permitindo que os alunos exponham suas opiniões.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 65

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40

BNCC
(EF01HI07)
Identificar mudanças e permanências nas
formas de organização familiar.

Sugestão de atividade

1. Com os seus pais ou responsáveis, analise fotos antigas suas e da família. Veja o que mudou, o que
continua do mesmo jeito e o que não existe mais. Depois, registre as principais mudanças ocorridas.

Resposta pessoal





66 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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41

BNCC
(EF01HI07)
Identificar mudanças e permanências nas
formas de organização familiar.

Sugestão de atividade

1. Circule a família antiga. 2. Observe a imagem abaixo e responda.

a. Quantos membros há na família?


Há 8 membros.

b. Quantos são crianças?


Três membros são crianças.
Fotos: © Monkey Business, blantiag Robert / Stock.adobe.com

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 67

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000
42

Orientação didática

Construa um mural com o


título Viver em família é… e
peça aos alunos que escrevam,
em fichas de cartolina, palavras
que representem os sentimen-
tos que devem existir entre
as pessoas de uma família:
respeito, amizade, paz, união,
alegria, entre outros.

BNCC
(EI02ET01)
(EF01HI03)
Descrever
Explorar e edescrever
distinguirsemelhanças
os seus papéis e
e diferen-
responsabilidades relacionados
ças entre as características à família, à
e propriedades
escola e à comunidade.
dos objetos (textura, massa, tamanho).

Sugestão de atividade

1. Entre os direitos que temos, está o de viver em um ambiente limpo e organizado.


Porém, para isso, é necessário ajudarmos na limpeza e organização dos ambientes.
Abaixo, circule o quarto que você gostaria de ter.

a. b.

68 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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000
43

Orientação didática

Promova uma roda de con-


versa com os alunos sobre
tudo que devemos aprender
em família. Fale sobre a im-
portância de manter a casa
limpa e organizada e diga que
todos podem colaborar. Dessa
forma, a união e harmonia são
cultivadas em nosso lar.

BNCC
(EF01HI03)
(EI02ET01)
Descrever
Explorar e edescrever
distinguirsemelhanças
os seus papéis e
e diferen-
responsabilidades relacionados
ças entre as características à família, à
e propriedades
escola e à comunidade.
dos objetos (textura, massa, tamanho).

Sugestão de atividade

1. Pinte as cenas que retratam as atitudes que todas as crianças deveriam ter em casa.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 69

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44

BNCC
(EF01HI03)
Descrever e distinguir os seus papéis e
responsabilidades relacionados à família, à
escola e à comunidade.

Sugestão de atividade

1. Você se considera uma pessoa educada? Circule a alternativa que completa cada alternativa.

a. Pisa no pé de um coleguinha e diz: c. Recebe um presente e fala:

Obrigado(a)! Desculpe-me! Boa tarde! Com licença! Até logo! Obrigado(a)!

b. Quer passar, e há alguém no caminho. Você diz? d. Vai dormir e se despede de seus pais dizendo:

Até logo! Com licença! Desculpe-me! Boa noite! Adeus! Bom dia!

70 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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45

BNCC
(EF01HI03)
Descrever e distinguir os seus papéis e
responsabilidades relacionados à família, à
escola e à comunidade.

Sugestão de atividade

1. Marque um X nas atividades que você pratica em casa. Resposta pessoal

Arruma a cama. Tira o prato sujo.

Guarda os brinquedos. Joga o lixo no lugar correto.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 71

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46

BNCC
(EF01HI03)
Descrever e distinguir os seus papéis e
responsabilidades relacionados à família, à
escola e à comunidade.

Sugestão de atividade

1. Desenhe uma atividade que você pratica em casa.

Resposta pessoal

72 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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000
47

Orientação didática

Organize com os alunos um


jogo. De dentro de um saco,
retire imagens de festas e per-
gunte aos alunos que comemo-
rações são aquelas e os meses
em que são comemoradas.

BNCC
(EF01HI08)
Reconhecer o significado das comemorações
e festas escolares, diferenciando-as das datas
festivas comemoradas no âmbito familiar ou
da comunidade.

A escola é um espaço de relações. Nesse sentido, cada


escola é única, fruto de sua história particular, de seu projeto
e de representações sólidas. Como instituição sólida, ela
tem contribuído tanto para a manutenção quanto para a
transformação social. Em uma visão transformadora, ela tem
um papel essencialmente crítico e criativo.
Moacir Gadotti

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 73

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48

Orientação didática

As datas comemorativas
são eventos históricos que
retratam conquistas ou lutas
ocorridas em épocas distin-
tas. Muitas delas têm alcance
nacional ou internacional, de-
pendendo ou não de decretos
dos governos. Pensando nesse
assunto, não podemos deixar
de fora essa excelente opor-
tunidade de aprendizado. É
muito importante que os nos-
sos alunos aprendam a valori-
zar os fatos históricos para que
possam celebrar cada data
com sentido e significado.

BNCC
(EF01HI08)
Reconhecer o significado das comemorações
e festas escolares, diferenciando-as das datas
festivas comemoradas no âmbito familiar ou
da comunidade.

Nossa proposta para você é criar oportunidades variadas a partir de conversas informais
ou dirigidas sobre o tema em estudo. Tendo em vista tratar de cada tema específico,
promova atividades de socialização com os alunos no contexto escolar, baseadas em:

• Estimular o diálogo sobre os assuntos.


• Apresentar complementos com fatos ou recortes de figuras.
• Promover exposição dos trabalhos confeccionados.
• Organizar as informações coletadas.
• Visitar museus, praças ou lugares históricos.
• Organizar cartazes para exposição.
• Organizar dramatizações espontâneas e dirigidas.
• Selecionar canções sobre os temas.

74 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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49

Orientação didática

• Trabalhe o sentido da Páscoa


por meio do desenho.
• Procure explicar a seus alu-
nos a relação de cada símbolo
com a história de Jesus.
• Escreva uma mensagem de
Páscoa para a família.
• Organize uma festa provi-
denciando ovinhos de Páscoa
de chocolate. Esconda-os em
vários lugares da escola. Peça
à turma que os procure. Ensine
aos alunos músicas de Páscoa.

BNCC
(EF01HI08)
Reconhecer o significado das comemorações
e festas escolares, diferenciando-as das datas
festivas comemoradas no âmbito familiar ou
da comunidade.

©Lumos sp, Karolina Madej / Stock.adobe.com


Construa um mural dos valores pascoais.
Peça que os alunos levem dois questionamen-
tos para casa, que debatam com os pais e criem
uma resposta. Os questionamentos são: Qual
é o significado da Páscoa para vocês? De que
forma a família celebra a Páscoa?

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 75

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50

BNCC
(EF01HI08)
Reconhecer o significado das comemorações
e festas escolares, diferenciando-as das datas
festivas comemoradas no âmbito familiar ou
da comunidade.

Sugestão de atividade

1. Encontre e pinte nos balões abaixo palavras que representam a Páscoa.

Vida Raiva Amor Ressurreição Tristeza Esperança

76 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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51

BNCC
(EF01HI08)
Reconhecer o significado das comemorações
e festas escolares, diferenciando-as das datas
festivas comemoradas no âmbito familiar ou
da comunidade.

Sugestão de atividade

1. Traga fotos que retratem momentos importantes de sua vida que você viveu com sua mãe. Em seguida,
converse sobre as fotos com seus colegas e faça um mural com elas para ser exposto em sala de aula.

Resposta pessoal

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 77

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000
52

Orientação didática

Entregue aos alunos uma fi-


cha com os principais símbolos
das festas juninas em preto e
branco e peça-lhes que façam
um colorido bem bonito. De-
pois, exponha as produções
em sala de aula.

BNCC
(EF01HI08)
Reconhecer o significado das comemorações
e festas escolares, diferenciando-as das datas
festivas comemoradas no âmbito familiar ou
da comunidade.

O professor é o guardião do seu ambiente. A começar pelos seus


movimentos em sala, que devem ser adequados e gentis. A postura,
o andar e o falar são observados pelos alunos, que o veem como
modelo. Independentemente de idade, da pré-escola à universidade,
o professor será sempre observado. Então, um bom ambiente para a
prática do ensino começa por ele, que canalizará a atenção do aprendiz e
despertará o seu interesse em aprender.
Antonio Eugênio Cunha

78 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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53

BNCC
(EF01HI08)
Reconhecer o significado das comemorações
e festas escolares, diferenciando-as das datas
festivas comemoradas no âmbito familiar ou
da comunidade.

Sugestão de atividade

1. Cole abaixo uma foto dos seus avós e escreva uma frase para eles.

Resposta pessoal

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 79

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54

Orientação didática

Peça aos alunos que façam


um desenho do pai deles e
que, depois, pintem-no bem
colorido. Peça-lhes também
que escrevam uma frase bem
bonita para o papai. Exponha
todas as produções em um
mural na sala de aula.

BNCC
(EF01HI08)
Reconhecer o significado das comemorações
e festas escolares, diferenciando-as das datas
festivas comemoradas no âmbito familiar ou
da comunidade.

Para trabalhar o Dia dos Pais, que tal ressaltarmos tudo que os pais têm de bom com um
mural dos valores? Para isso, peça que cada aluno pense no próprio pai e escolha uma palavra
que o defina e depois escreva essa palavra bem grande em uma folha e decore-a como quiser.
As palavras devem ser adjetivos como carinhoso, forte, guerreiro, etc. O mural pode ser feito
de papel Kraft ou tecido TNT. Escreva a seguinte frase em letras destacadas, como título do
mural: Papai, você é…. Agora, é só colar as frases das crianças, e o mural está pronto. Deixe-o
em um local visível e convide a família para ver o lindo trabalho.

80 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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55

BNCC
(EF01HI08)
Reconhecer o significado das comemorações
e festas escolares, diferenciando-as das datas
festivas comemoradas no âmbito familiar ou
da comunidade.

Orientação didática

Dia das Crianças – Recepção

A entrada da escola estará preparada com passar no meio de balões e petecas inflados e
um circuito de materiais diversos, pelo qual as pendurados; pular em uma cama elástica; pas-
crianças deverão passar até chegar às salas. sar dentro de um labirinto de barbantes; etc.
Por exemplo: subir em uma escada e saltar em
um colchão grosso com auxílio de um educa- Variações:
dor; passar por uma piscina de bolinhas; passar
dentro de um túnel de lona preta; pular dentro Pode haver educadores espalhados pelo
de pneus; subir e descer em um escorregador; circuito divertindo as crianças enquanto se
deslocam. Os materiais utilizados podem variar
durante o ano letivo.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 81

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56

BNCC
(EF01HI08)
Reconhecer o significado das comemorações
e festas escolares, diferenciando-as das datas
festivas comemoradas no âmbito familiar ou
da comunidade.

Orientação didática

• Estimule o debate em tom de comparação. • Trabalhe, com as crianças, as noções de direi-


Primeiro, pergunte aos alunos como, geral- tos e deveres a partir da confecção de um cartaz
mente, passam o Dia das Crianças. À medida referente aos “combinados” entre educador e
que forem respondendo, registre os dados e, ao alunos. Esses “combinados” poderão ser das
final, mostre exemplos de crianças que passam regras da sala, das atividades diárias ou das
por situações de privação social em diversas festividades a ser realizadas durante o ano.
partes do mundo, especialmente no Brasil, e • Solicite que as crianças representem direitos e
peça-lhes que comparem o Dia das Crianças deveres da escola por meio de uma dramatização.
deles com o daquelas crianças. Para concluir • Converse, com os alunos, sobre as crianças
a atividade, solicite que os alunos pensem em que não estudam, enfatizando o direito de to-
formas de se garantir que todas as crianças dos à educação.
possam ter um Dia das Crianças.

82 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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57

BNCC
(EF01HI08)
Reconhecer o significado das comemorações
e festas escolares, diferenciando-as das datas
festivas comemoradas no âmbito familiar ou
da comunidade.

Orientação didática

Explique aos alunos que no Natal é comemorado o nascimento de Jesus.


Esta é uma festa celebrada em todo o mundo cristão. As pessoas enfeitam as
árvores, geralmente pinheiros, com bois e outros adornos e montam presépios
que simulam o nascimento de Jesus, ocorrido em Belém. No Natal, existe uma
figura muito esperada pelas crianças: o Papai Noel. Ele é um velhinho simpático de
barba branca e roupa vermelha que distribui presentes para as crianças. Ele surgiu
na Europa, onde tem o nome de São Nicolau, sendo que em outros lugares é cha-
mado de Santa Claus.
Explique que, aos poucos, com o passar dos anos, as pessoas têm se esqueci-
do do verdadeiro motivo pelo qual se comemora o Natal, que deveria ser sempre
lembrado como uma festa de fraternidade e esperança.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 83

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58

Nota:
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
define um conjunto de competências gerais,
que serve como um guia para o aprendizado
das crianças e que deve ser desenvolvido de
forma integrada ao currículo.

Os trabalhos das competências socioe-


mocionais ajudam os alunos a desenvolver
características importantes, como a empatia,
a comunicação, a resiliência e a coragem,
essenciais para o sucesso no mercado profis-
sional e na sociedade.

Somos Par

©Pixel-Shot / Stock.adobe.com

84 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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Dinâmicas
1. Música com nomes

Esta atividade auxilia: Costumo brincar todos os dias no parque antes


• A observação da escrita diferenciada (com de começar a aula.
letra maiúscula) dos nomes próprios. O
• A observação da narrativa, considerando o L
nome das personagens e dos lugares onde se A
ambienta a história. Outra maneira de realizar a atividade:
• Pedir aos alunos que escrevam o nome de ob-
Procedimento: jetos que há na escola e que:
• Escolha e traga para os alunos uma história, - comecem com as letras da palavra escola;
uma música ou uma poesia que contenha uma - terminem com essas letras;
boa quantidade de nomes próprios. - contenham duas letras dessa palavra.
• Leia o texto para os alunos.
• Ao terminar a leitura, peça aos alunos que RAMOS, Rossana. 200 dias de leitura e escrita na escola. 6. ed.
São Paulo: Cortez, 2011.
escrevam no caderno os nomes próprios: das
personagens, dos lugares, etc.
• Chame a atenção dos alunos para que ob- 3. Passeio pela escola
servem a diferença entre a escrita dos no-
mes comuns e a dos nomes próprios (a letra Esta atividade auxilia:
maiúscula). • O reconhecimento do espaço da escola.
• Peça-lhes que criem seus próprios textos • O conhecimento de normas gramaticais.
usando nomes próprios. • A descontração do grupo.

RAMOS, Rossana. 200 dias de leitura e escrita na escola. 6. ed.


São Paulo: Cortez, 2011.
Procedimento:
Peça aos alunos que percorram a escola e
seus arredores observando e anotando nomes
2. Na minha escola há... de objetos:

Esta atividade auxilia: - no plural (plantas, janelas, portas, etc.);


• A percepção. - no grau aumentativo (portão, salão, facão,
• A ortografia. orelhão, etc.);
• A coesão e a coerência textual. - no grau diminutivo (casinha de boneca, copi-
nho, tesourinha, etc.);
Procedimento: - no gênero feminino (rua, igreja, árvore, biblio-
• Peça aos alunos que façam um texto com as teca, etc.);
letras da palavra escola. Eles deverão escre- - no gênero masculino (automóvel, quadro de
ver, para cada letra, uma frase sobre a escola. giz, computador, etc.);
Assim: - com palavras compostas (gira-gira, pé de
Estudo aqui nesta escola há dois anos. Ela moleque, guarda-chuva, etc.);
fica perto da minha casa. - com palavras derivadas (papelada, lapiseira,
Sou aluno da terceira série, e a minha profes- apontador, etc.).
sora é a dona Leila.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 85

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Peça-lhes que aproveitem as palavras para mon- 4. O jogo da confiança
tar um texto sobre as características da escola.
Podemos realmente confiar em alguém que não
Aproveite essa atividade para pesquisar com conhecemos até o ponto de deixar que ele nos
os alunos: guie? A dinâmica a seguir pode dar-nos algu-
• As flexões dos graus aumentativo e diminutivo mas pistas.
afetivo ­— carrão, buzinaço, queridinha, amor-
zinho, etc. Formam-se duplas entre aqueles que não se
• O gênero das palavras cujos usos causam dú- conhecem ou têm pouco contato. Um fará o
vida — alface, cal, dó (pena), grama (medida papel de motorista, o outro ficará de costas e,
de peso), etc. com os olhos fechados e os braços à altura dos
• O plural de palavras terminadas em z, ã, ãe, olhos, fará o papel de carro. O motorista deverá
ão, s, l e r. guiar o carro com sinais feitos com seu indica-
• O plural de palavras compostas. dor nas costas do seu colega:
Para desenvolver essa pesquisa, utilize
a gramática. • O dedo no pescoço indica dar marcha a ré.
• O dedo no meio das costas indica avançar.
• O dedo fazendo um movimento para a direita
Esta atividade auxilia: indica virar à direita.
• O desenvolvimento da percepção. • O dedo fazendo um movimento para a esquer-
• A ampliação do conhecimento da ortografia. da indica virar à esquerda.
• A ampliação do vocabulário. • Tirar o dedo indica parar.

Procedimento: Os motoristas devem prestar atenção à música


• Faça um ditado mostrando objetos. Para isso, e ao trânsito para não bater.
coloque-os dentro de uma caixa.
• Retire um de cada vez e mostre aos alunos Não é permitido falar. Os alunos brincam por
para que escrevam no caderno a palavra que uma rodada e, na seguinte, mudam os papéis:
nomeia o objeto. quem fez o papel de carro faz o de motorista e
• Procure trazer objetos cujos nomes (palavras) vice-versa. Pergunte, depois, quem realmente
podem ser variáveis, como lápis de cor ou giz confiou no seu parceiro. É uma dinâmica inte-
de cera, caixa ou embalagem, saco ou sacola. ressante para descontrair o grupo.
A nomeação distinta dos objetos proporciona
FRIEDMANN, Adriana. Dinâmicas criativas: um caminho para a
a ampliação do vocabulário. transformação de grupos. Rio de Janeiro: Vozes, 2007.

RAMOS, Rossana. 200 dias de leitura e escrita na escola. 6. ed.


São Paulo: Cortez, 2011.

86 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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5. Contatando a força interior 6. Caça ao tesouro

Coloque diversos desenhos de estrelas bri- Objetivos:


lhantes no chão. Explique aos educandos que Ajudar as pessoas a memorizar o nome umas
essas estrelas representam a força interior de das outras, desinibir, facilitar a identificação
cada um. Explique também que eles andarão entre pessoas parecidas.
agitados e preocupados pela sala de aula, mas
que, quando ouvirem um sinal, deverão parar Para quantas pessoas: cerca de 20 pessoas. Se
do lado de uma estrela e fechar os olhos. Nesse for um grupo maior, é interessante aumentar o
momento, com os olhos fechados, eles devem número de questões propostas.
encostar a mão no tórax e inspirar e expirar
profundamente três vezes. Eles devem ape- Material necessário:
nas agradecer à força interior por lhes dar paz, Uma folha com o questionário e um lápis ou ca-
tranquilidade, etc. Solicite que retornem a andar neta para cada um.
da mesma forma e que, quando ouvirem o si-
nal, parem, fechem os olhos, toquem no tórax, Descrição da dinâmica:
respirem e agradeçam. Repita o mesmo exercí- Explique aos participantes que agora se ini-
cio algumas vezes. Ao final, pergunte-lhes qual cia um momento em que todos terão a grande
a diferença que sentiram quando pararam para chance de se conhecerem.
falar com a força interior e como eles podem A partir da lista de descrições, cada um deve
fazer isso no cotidiano. encontrar uma pessoa que se encaixe em cada
item e pedir a ela que assine o nome na lacuna.
WENDELL, Ney. Praticando a gratidão em sala de aula. Recife:
Prazer de Ler, 2015.
1. Alguém com a mesma cor de olhos que os seus.
2. Alguém que já tenha morado em outra cidade.
3. Alguém cujo primeiro nome tenha mais de
seis letras.
4. Alguém que use óculos.
5. Alguém que esteja com uma camiseta da
mesma cor que a sua.
6. Alguém que goste de verde-abacate.
7. Alguém que tenha a mesma idade que você.
8. Alguém que esteja de meias azuis.
9. Alguém que tenha um animal de estimação
(qual?).

Pode-se aumentar a quantidade de questões


ou reformular estas, dependendo do tipo e do
tamanho do grupo.
SANTOS, Jaqueline A. 50 dinâmicas para sala de aula. Armazém
de textos, 2015. Disponível em: <https://armazemdetexto.
blogspot.com/2015/03/dinamicas-para-sala-de-aula.html>.
Acesso em: 03 fev. 2022.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 87

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7. Percorrer labirinto 8. Sorriso milionário

Objetivos: O principal objetivo dessa dinâmica é propiciar


Desenvolver a sensibilidade e o potencial criativo. a descontração e integração do grupo de alunos
de uma forma divertida.
Material:
Mesas e cadeiras.
Material:
Desenvolvimento: Pequenas bolinhas de papel amassado (5 para
Organize um labirinto com mesas e cadeiras. cada aluno da classe).
Mostre para as crianças como percorrer um la-
birinto. Peça às crianças que o percorram, res- Procedimento:
peitando os espaços bloqueados e descobrindo Essa dinâmica é usada para descontrair e inte-
outras saídas. grar o grupo de uma forma divertida.

MALUF, Angela Cristina Munhoz. Atividades lúdicas para Educa- Cada bolinha vale R$ 1.000,00.
ção Infantil: conceitos, orientações e práticas. 2. ed. Petrópolis:
Vozes, 2009. Distribua para cada pessoa do grupo 5 bolinhas
de papel; estas deverão estar dispersas no local
onde será realizada a brincadeira.

Dado o sinal, os alunos deverão sair e procurar


um companheiro. Em seguida, devem parar na
frente dele e o olhar fixamente nos olhos. Os
dois não podem sorrir.

Quem sorrir primeiro paga uma bolinha para a


pessoa para quem sorriu.
Vence quem terminar a brincadeira com mais
“dinheiro”, que será o milionário.
©Goncalo Costa / Stock.adobe.com

Tempo de aplicação: 30 minutos


Número máximo de pessoas: 40

SANTOS, Jaqueline A. 50 dinâmicas para sala de aula. Armazém


de textos, 2015. Disponível em: <https://armazemdetexto.
blogspot.com/2015/03/dinamicas-para-sala-de-aula.html>.
Acesso em: 03 fev. 2022.

88 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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9. Enfeitando desenhos 10. Afeto

Material: Modalidade:
Folhas de papel, cola, fios de barbante ou fios Demonstração de afeto.
de lã coloridos.
Objetivo:
Desenvolvimento: Exercitar manifestações de carinho e afeto.
Sugira às crianças que façam desenhos livres
em folhas de papel de embrulho. Em seguida, Material:
elas podem enfeitar o desenho colando barban- Um bichinho de pelúcia.
tes ou fios de lã coloridos. Oriente as crianças
para fazerem colagem de fios, seguindo crité- Descrição:
rios e cor — exemplo: colar só fios vermelhos ou Após explicar o objetivo, peça a todos que
só fios amarelos. Os fios podem ser de várias formem um círculo; passe, entre os alunos, o
texturas e espessuras. bichinho de pelúcia, ao qual cada integrante
deve demonstrar concretamente seu sentimen-
MALUF, Angela Cristina Munhoz. Atividades lúdicas para Educa- to (carinho, afago, etc.).
ção Infantil: conceitos, orientações e práticas. 2. ed. Petrópolis:
Vozes, 2009.
Fique atento às manifestações verbais dos
integrantes. Após a experiência, convide os in-
tegrantes a fazer o mesmo gesto de carinho no
integrante da direita. Por último, debata sobre
as reações dos integrantes com relação a senti-
mentos de carinho, medo e inibição que tiveram.

©lev dolgachov / Stock.adobe.com

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 89

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11. Tempestade 12. Abraço e alegria

Objetivo: Material:
Nenhum.
Promover a descontração dos alunos do
grupo, assimilação ou discussão sobre um Desenvolvimento:
conteúdo, levantamento de conhecimento As crianças devem estar distantes umas das
prévio sobre determinado assunto. outras. Quando você falar a palavra abraço,
todas as crianças devem correr e encontrar um
Material: colega para abraçar. Quando você falar a pala-
vra alegria, todas as crianças devem imediata-
Sala ampla com cadeiras suficientes para mente formar uma roda, dar as mãos, levantá-
cada aluno. -las e falar bem forte: “Viva!”.

MALUF, Angela Cristina Munhoz. Atividades lúdicas para Educa-


Procedimento: ção Infantil: conceitos, orientações e práticas. 2. ed. Petrópolis:
Vozes, 2009.
Peça que todos os alunos fiquem senta-
dos em círculo (não deverá sobrar cadeira
vazia); explique o jogo: “Vamos fazer uma
viagem...”. “Nós vamos para o alto mar; lá
ocorrem grandes ondas; eu sou o capitão
deste navio e estou atento. Toda vez que
tiver uma grande onda do lado direito do
navio, eu avisarei, e vocês deverão pular
para a cadeira da direita; quando ocorrer uma
onda do lado esquerdo, vocês pularão para
a cadeira da esquerda; e, quando houver um
sinal de tempestade e eu gritar ‘TEMPESTA-
DE!’, todos vocês deverão trocar de lugar”.
Nesse momento, retire uma cadeira, e assim
vai sobrar um aluno em pé, que ficará atento
para a próxima viagem do navio e procurará
um lugar para sentar.

SANTOS, Jaqueline A. 50 dinâmicas para sala de aula. Arma-


zém de textos, 2015. Disponível em: <https://armazemde-
texto.blogspot.com/2015/03/dinamicas-para-sala-de-
-aula.html>. Acesso em: 03 fev. 2022.

©Yuri Shevtsov / Stock.adobe.com

90 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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CAPÍTULO
3
Cada manifestação do aluno é um indício de continuidade por onde o professor deve pros-
seguir. Não se trata de um caminho sem rumos, porque o norte está traçado — o professor
planeja a sua ação —, mas esse planejamento precisa ser plástico, flexível, para abrir-se a vá-
rias opções de rumos e tempos aos alunos e a cada turma, ajustando-se objetivos e atividades
permanentemente.
Assim, como uma seta, a avaliação direciona-se, essencialmente, para a frente, não para julgar
e classificar o caminho percorrido, mas para favorecer a evolução da trajetória do educando.
HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Mediação, 2001.

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Conteúdos da coleção e a BNCC
CAPÍTULO 3

Unidades Objetos de
Conteúdos Habilidades
temáticas conhecimento
Os grupos • Mundo pessoal: • As diferentes formas de (EF01HI02) Identificar a relação entre as suas histórias e
sociais meu lugar no mundo organização da família e da as histórias de sua família e de sua comunidade.
comunidade: os vínculos pes-
soais e as relações de amizade

A escola • Mundo pessoal: • A escola e a diversidade do (EF01HI04) Identificar as diferenças entre os variados
meu lugar no mundo grupo social envolvido ambientes em que vive (doméstico, escolar e da comu-
nidade), reconhecendo as especificidades dos hábitos e
das regras que os regem.

Quem faz • Mundo pessoal: • A vida em família: diferen- (EF01HI06) Conhecer as histórias da família e da escola
parte da minha eu, meu grupo social tes configurações e vínculos e identificar o papel desempenhado por diferentes sujei-
escola e meu tempo tos em diferentes espaços.

92 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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Unidades Objetos de
Conteúdos Habilidades
temáticas conhecimento
Diferentes • Mundo pessoal: • A vida em família: diferen- (EF01HI06) Conhecer as histórias da família e da escola
escolas eu, meu grupo social tes configurações e vínculos e identificar o papel desempenhado por diferentes sujei-
e meu tempo tos em diferentes espaços.

A história da • Mundo pessoal: • A vida em família: diferen- (EF01HI06) Conhecer as histórias da família e da escola
minha escola eu, meu grupo social tes configurações e vínculos e identificar o papel desempenhado por diferentes sujei-
e meu tempo tos em diferentes espaços.

As escolas de • Mundo pessoal: • A vida em família: diferen- (EF01HI06) Conhecer as histórias da família e da escola
ontem e de eu, meu grupo social tes configurações e vínculos e identificar o papel desempenhado por diferentes sujei-
hoje e meu tempo tos em diferentes espaços.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 93

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Conteúdos
Conteúdos da coleção
Unidades
temáticas e a BNCC
Objetos de
conhecimento
Habilidades

Direitos e de- • Mundo pessoal: • As diferentes formas de (EF01HI03) Descrever e distinguir os seus papéis e
CAPÍTULO
veres na escola1 meu lugar no mundo organização da família e da responsabilidades relacionados à família, à escola e à
comunidade: os vínculos pes- comunidade.
Unidades soais e as relações de
Objetos deamizade (EF01HI04) Identificar as diferenças entre os variados
Conteúdo • A escola Habilidades
temáticas conhecimento do
e a diversidade ambientes em que vive (doméstico, escolar e da comu-
grupo social envolvido nidade), reconhecendo as especificidades dos hábitos e
Primeira inva- • Povos e cultu- • O que forma um povo: do (EF05HI01) Identificar
das regras que os regem.os processos de formação das
são francesa ras: meu lugar no nomadismo aos primeiros culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço
mundo e meu grupo povos sedentarizados geográfico ocupado.
social • As formas de organização (EF05HI02) Identificar os mecanismos de organização
social e política: a noção de do poder político com vistas à compreensão da ideia de
Estado Estado e/ou de outras formas de ordenação social.

Segunda inva- • Povos e cultu- • O que forma um povo: do (EF05HI01) Identificar os processos de formação das
são francesa ras: meu lugar no nomadismo aos primeiros culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço
mundo e meu grupo povos sedentarizados geográfico ocupado.
social • As formas de organização (EF05HI02) Identificar os mecanismos de organização
Na escola, exis- • Mundo pessoal: • A escola
social e a diversidade
e política: a noção dedo (EF01HI04)
do Identificar
poder político as diferenças
com vistas entre osda
à compreensão variados
ideia de
te horário para meu lugar no mundo grupo
Estado social envolvido Estado e/ou de outras formas de ordenação social.comu-
ambientes em que vive (doméstico, escolar e da
tudo nidade), reconhecendo as especificidades dos hábitos e
O domínio • Povos e cultu- • O que forma um povo: do das regras que
(EF05HI01) os regem.
Identificar os processos de formação das
espanhol e ras: meu lugar no nomadismo aos primeiros culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço
as invasões mundo e meu grupo povos sedentarizados geográfico ocupado.
holandesas social • As formas de organização (EF05HI02) Identificar os mecanismos de organização
social e política: a noção de do poder político com vistas à compreensão da ideia de
Estado Estado e/ou de outras formas de ordenação social.

Entradas e • Povos e cultu- • O que forma um povo: do (EF05HI01) Identificar os processos de formação das
bandeiras para
Dinâmica ras: meu lugar no
— nomadismo
— aos primeiros culturas
Nota: e dos povos, relacionando-os com o espaço
trabalhar o so- mundo e meu grupo povos sedentarizados geográfico ocupado.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define um
cioemocional social • As formas de organização conjunto deIdentificar
(EF05HI02) os mecanismos
competências gerais, que de organização
serve como um
social e política: a noção de do poder
guia para político com vistas
o aprendizado dasàcrianças
compreensão da ideia
e que deve ser de
Estado Estado e/ou de outras formas de ordenação
desenvolvido de forma integrada ao currículo.social.

94 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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60

OS GRUPOS SOCIAIS Orientação didática

Converse com os alunos so-


CONVIVEMOS COM MUITAS PESSOAS.
bre os diversos grupos sociais
ESSAS PESSOAS FAZEM PARTE DOS
GRUPOS SOCIAIS. dos quais podemos fazer par-
te, mostrando a importância de
GRUPO SOCIAL É O CONJUNTO DE PES- cada um: família, escola, time
SOAS ASSOCIADAS POR PROCESSOS DE de futebol, igreja, entre outros.
INTERAÇÃO, A PARTIR DE INTERESSES,

Seventyfour/Stock.adobe.com
CULTURAS, CRENÇAS COMUNS E/OU Depois, peça-lhes que esco-
POR CONVIVEREM PROXIMAMENTE. lham um grupo social e façam
(DICIONÁRIO HOUAISS DA LÍNGUA PORTUGUE-
SA. RIO DE JANEIRO: OBJETIVA, 2001. P. 1.487.) um desenho. Exponha as pro-
duções na sala de aula.
A FAMÍLIA, POR EXEMPLO, É UM GRUPO SOCIAL EM QUE AS PESSOAS CON-
VIVEM NA MESMA CASA E TÊM UM GRAU DE PARENTESCO ENTRE SI.
A TURMA DA ESCOLA TAMBÉM É UM GRUPO SOCIAL.
O PESSOAL DA NATAÇÃO É UM GRUPO SOCIAL.
TEMOS MAIS CONVIVÊNCIA COM ALGUNS GRUPOS DO QUE COM OUTROS.

Monkey Business/Stock.adobe.com
georgerudy/Stock.adobe.com

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BNCC
(EF01HI02)
60 História • 1 ano • Ensino Fundamental
o

Identificar a relação entre as suas histórias e as


histórias de sua família e de sua comunidade.
SSE_HIS_1F.indb 60 03/02/2022 12:49:40

Fique atento à experiência de todos. Em uma sala de aula, cada um


tem uma história, vem de uma família diferente e tem uma bagagem
de experiências culturais. Valorize essa heterogeneidade e note que a
turma não tem uma só identidade, mas é o resultado das características
de cada indivíduo.
Nova Escola. Ano XXXIV. n. 228. São Paulo: Abril, dezembro, 2009.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 95

ME_SSE_HIS_1F_3UND.indd 95 25/03/2022 11:05:53


61

BNCC
(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

Sugestão de atividade

1. Encontre, no caça-palavras, quatro grupos sociais 2. Agora, escreva um pouco sobre as suas relações
dos quais fazemos parte. na escola.
Resposta pessoal
F U V I Z I N H A N Ç A

A O R G H C R H S O R C

M I N R M A G T C L E A
Í I S E S C O L A R I S
L A N J L F I N G I R A

I C L A B E M Ó S U I L
A J U I O K P F G T W E

96 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

ME_SSE_HIS_1F_3UND.indd 96 25/03/2022 11:05:54


62

3 EM QUE OCASIÕES SUA FAMÍLIA TEM O HÁBITO DE SE REUNIR?


RESPOSTA PESSOAL Orientação didática
EM FESTAS DE ANIVERSÁRIO.
Elabore um mural com fotos
PARA VISITAR OS PARENTES.
de diversos grupos sociais.
PARA FAZER AS REFEIÇÕES.
Explique aos alunos que exis-
tem regras em cada um deles
PARA IR À IGREJA. e o quanto eles são impor-
tantes para a nossa vida em
PARA ASSISTIR À TELEVISÃO.
sociedade. Depois, pergunte-
EM FESTAS DE FIM DE ANO. -lhes de quais grupos so-
ciais eles fazem parte e o que
4 COMO SÃO FORMADOS OS GRUPOS ABAIXO? COM QUE OBJETIVO AS
PESSOAS ABAIXO SE REUNIRAM? NUMERE CORRETAMENTE DE ACORDO
acham deles.
COM AS IMAGENS.

1 2

Tom Wang/Stock.adobe.com
zinkevych/Stock.adobe.com

2 PARA ESTUDAR.

1 GRUPO FORMADO POR AMIGOS E FAMILIARES.

2 GRUPO FORMADO POR ALUNOS.

1 PARA COMEMORAR ANIVERSÁRIO.


BNCC
(EF01HI02)
62 História • 1 ano • Ensino Fundamental
o

Identificar a relação entre as suas histórias e as


histórias de sua família e de sua comunidade.
SSE_HIS_1F.indb 62 03/02/2022 12:49:46

Tenha uma conversa inicial com as crianças


©poo
sobre os grupos sociais e os ambientes que fre- kpiik
/ Stoc
k.ado
be.co
m
quentam. Questione-os: Qual é o grupo social
de que você mais gosta de fazer parte?
Depois, permita que as crianças criem, a
partir de uma caixa de sapato, o ambiente do
grupo que ela mencionou. Pode ser um campo
de futebol, a escola, a igreja, etc.
Disponha-os em grupo e disponibilize-lhes
caixas de sapato e materiais para artesanato.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 97

ME_SSE_HIS_1F_3UND.indd 97 25/03/2022 11:05:55


63

A ESCOLA

A ESCOLA É O LUGAR ONDE SE REÚNEM AS PESSOAS PARA CUIDAR DA EDU-


CAÇÃO E DA FORMAÇÃO DOS CIDADÃOS.
É UM LUGAR ONDE PODEMOS APRENDER COISAS IMPORTANTES, COMO LER,
ESCREVER, CONTAR, DESENHAR, SER INDEPENDENTE, CONHECER A VIDA E A
HISTÓRIA DAS PESSOAS E DOS POVOS.

NA ESCOLA, TAMBÉM
APRENDEMOS A OBEDE-
CER AOS PROFESSORES,
A RESPEITAR O OUTRO E A
TRABALHAR EM HARMO-
NIA. TODOS, JUNTOS, DE-
VEMOS FAZER DA ESCOLA
UM LUGAR ESPECIAL.

COMO SOU NA ESCOLA

DEVEMOS APRENDER A TER BONS HÁBITOS NA ESCOLA.


É IMPORTANTE:

• JOGAR OS PAPÉIS NA LIXEIRA.


• PEDIR DESCULPAS QUANDO FOR
PRECISO.
• FAZER SILÊNCIO ENQUANTO O
PROFESSOR ESTIVER FALANDO.
• NÃO RISCAR AS MESAS E PAREDES.
BNCC • AGRADECER POR UM FAVOR RECEBIDO.
(EF01HI04) • SEMPRE PEDIR LICENÇA.
Identificar as diferenças entre os variados
ambientes em que vive (doméstico, escolar e
da comunidade), reconhecendo as especifici- História • 1o ano • Ensino Fundamental 63
dades dos hábitos e das regras que os regem.

SSE_HIS_1F.indb 63 03/02/2022 12:49:46

Orientação didática

Leve para a sala de aula ilustrações ou fotos • Quando a escola foi criada? Nós comemora-
da escola. As imagens possibilitam discutir e mos seu aniversário?
socializar a escola enquanto patrimônio sócio- • Que cuidados devemos ter com a nossa escola?
-histórico, bem como valorizar a relação dela
com a comunidade. Essas questões poderão desdobrar dife-
Poderão ser trabalhadas as seguintes questões: rentes atividades de pesquisa, de produção de
texto, artísticas, etc.
• De onde vem o nome da sua escola?
• Há um símbolo ou um hino que represente a
sua escola? Quais seriam as origens dela?

98 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

ME_SSE_HIS_1F_3UND.indd 98 25/03/2022 11:05:55


64

BNCC
(EF01HI04)
Identificar as diferenças entre os variados
ambientes em que vive (doméstico, escolar e
da comunidade), reconhecendo as especifici-
dades dos hábitos e das regras que os regem.

Sugestão de atividade

1. Responda às questões abaixo. Resposta pessoal

a. O nome da minha escola é


.
b. Eu estou no ano.

c. Eu estudo nesta escola há anos.

d. Eu gosto desta escola porque


.

e. Minha professora se chama .

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 99

ME_SSE_HIS_1F_3UND.indd 99 25/03/2022 11:05:56


65

Orientação didática ATIVIDADES

Confeccione, com seus 1 ESCREVA, NA CRUZADINHA, O NOME DOS OBJETOS QUE EXISTEM NA
SALA DE AULA.
alunos, uma escola com caixa
de papelão ou caixa de sapato Q U A D R O
vazia. Divida a turma em gru- P
pos e distribua os materiais:
A
cola, tinta, tesoura, lápis de
cor, papel colorido. C G L

Deixe os alunos criarem A A R M Á R I O

livremente; depois, faça a ex- R D V


posição dos elementos cons- B T O R
truídos.
L I X E I R A O

R I S

Ô R
QUADRO LIXEIRA LIVROS APAGADOR
A ARMÁRIO CARTEIRA BIRÔ

2 PINTE A SALA DE AULA EM QUE VOCÊ GOSTARIA DE ESTUDAR.

BNCC
(EF01HI04)
Identificar as diferenças entre os variados
ambientes em que vive (doméstico, escolar e
da comunidade), reconhecendo as especifici- História • 1o ano • Ensino Fundamental 65
dades dos hábitos e das regras que os regem.

SSE_HIS_1F.indb 65 03/02/2022 12:49:47

É a escola cidadã que forma cidadãos conscientes e por inteiro que,


na busca de sua felicidade pessoal, sejam também integrados à
comunidade em que vivem, capazes de pensar, associar ideias, inventar
e interferir, sob as mais diversas maneiras, na estrutura da sociedade, a
fim de melhorá-la.
Vera Vaz

100 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

ME_SSE_HIS_1F_3UND.indd 100 25/03/2022 11:05:56


66

3 COMPLETE AS FRASES ABAIXO COM AS PALAVRAS.


Orientação didática
ESCOLARES – SALAS DE AULA – BRINCAMOS – REFEIÇÕES – CONVERSAMOS

Conte a história da escola


A. UMA ESCOLA PODE TER MUITAS SALAS DE AULA .
para os seus alunos. Como ela
B. NA CLASSE, FAZEMOS OS TRABALHOS ESCOLARES . foi fundada, há quanto tempo
ela existe e outras curiosi-
C. NO PÁTIO, BRINCAMOS E CONVERSAMOS . dades. Em seguida, peça aos
D. NO REFEITÓRIO, FAZEMOS AS REFEIÇÕES .
alunos que contem o que mais
gostam na escola e se gosta-
4 OBSERVE O DESENHO E RESPONDA. riam de mudar algo nela.
A. ONDE ESTÃO ESSAS CRIANÇAS?

NA BIBLIOTECA.

B. O QUE ESTÃO FAZENDO?

ESCREVENDO E LENDO.

A. ONDE ESTÃO ESSAS CRIANÇAS?

NA SALA DE AULA.

B. O QUE ESTÃO FAZENDO?

ESTUDANDO.

A. ONDE ESTÃO ESSAS CRIANÇAS?

NA QUADRA / NO PÁTIO.

B. O QUE ESTÃO FAZENDO? BNCC


EXERCÍCIO FÍSICO. (EF01HI04)
Identificar as diferenças entre os variados
ambientes em que vive (doméstico, escolar e
66 História • 1o ano • Ensino Fundamental da comunidade), reconhecendo as especifici-
dades dos hábitos e das regras que os regem.
SSE_HIS_1F.indb 66 03/02/2022 12:49:48

A alfabetização com a prática do letramento trará ao indivíduo


capacidades, competências e habilidades diversas para que este se
envolva com as variadas demandas sociais de leitura e escrita.

Andreia Assis

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 101

ME_SSE_HIS_1F_3UND.indd 101 25/03/2022 11:05:57


67

5 CANTE A MÚSICA JUNTO COM O PROFESSOR E OS COLEGUINHAS.


Orientação didática DEPOIS, DESENHE E PINTE A SUA ESCOLA NO CADERNO.
RESPOSTA PESSOAL

Solicite às crianças que VAMOS CANTAR!

falem sobre as atividades que


IDA À ESCOLA
elas realizam na sala de aula. DOMÍNIO PÚBLICO

Depois, peça-lhes que dese- MELODIA: SAMBALELÊ

nhem algumas dessas ativida- HOJE, EU VIM PARA A ESCOLA,


VIM APRENDER A LIÇÃO
des e exponha as produções
QUE O PROFESSOR ENSINA
em um mural na sala de aula. COM AMOR NO CORAÇÃO.
AQUI, ME SINTO CONTENTE,
POIS TODOS ME QUEREM BEM.
ESTA É A ESCOLA QUERIDA
QUE ME AJUDA A SER ALGUÉM.
VAMOS, VAMOS, VAMOS, COLEGAS.
VAMOS, VAMOS, VAMOS ESTUDAR.

6 COM A AJUDA DO PROFESSOR, RESPONDA: RESPOSTA PESSOAL

A. QUANTOS ALUNOS HÁ NA SUA SALA?

B. QUANTOS FUNCIONÁRIOS HÁ NA SUA ESCOLA?

7 MARQUE UM X NAS COISAS QUE HÁ NA SUA ESCOLA: RESPOSTA PESSOAL

BNCC CANTINA PARQUE PISCINA


(EF01HI04)
Identificar as diferenças entre os variados SECRETARIA QUADRA BIBLIOTECA
ambientes em que vive (doméstico, escolar e
da comunidade), reconhecendo as especifici- História • 1o ano • Ensino Fundamental 67
dades dos hábitos e das regras que os regem.

SSE_HIS_1F.indb 67 03/02/2022 12:49:48

Ousar na sua prática pedagógica faz parte do desempenho do educador do


século XXI. Ele acredita no seu potencial, ele busca novas metodologias,
ele sabe ouvir, ele dá autonomia ao educando, ele é criativo, amoroso,
afetivo, comprometido com o processo educacional e com a esperança
de mudança. Mudança que se faz necessária na formação e atuação do
educador. E fica a pergunta: Qual é o seu legado?
Rosa Costa

102 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

ME_SSE_HIS_1F_3UND.indd 102 25/03/2022 11:05:57


68

BNCC
(EF01HI04)
Identificar as diferenças entre os variados
ambientes em que vive (doméstico, escolar e
da comunidade), reconhecendo as especifici-
dades dos hábitos e das regras que os regem.

Sugestão de atividade

1. Pinte os objetos que fazem parte da rotina escolar. Resposta pessoal

a. b. c. d.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 103

ME_SSE_HIS_1F_3UND.indd 103 25/03/2022 11:05:58


69

Orientação didática QUEM FAZ PARTE DA MINHA ESCOLA

Peça aos alunos que ob-


A ESCOLA É COMO A CONTINUAÇÃO DA NOSSA CASA.
servem e registrem, por meio
É NELA QUE PASSAMOS GRANDE PARTE DO NOSSO DIA E CONHECEMOS
de anotações, os profissio- PESSOAS QUE SE TORNAM IMPORTANTES NA NOSSA VIDA.
nais que da sua escola fazem NA ESCOLA, COMO EM QUALQUER OUTRO LUGAR, VÁRIAS PESSOAS TRABA-
parte e que tipo de atividade LHAM, E TODAS TÊM TAREFAS MUITO IMPORTANTES.

eles realizam. Depois, peça-


-lhes que agradeçam a cada O(A) BIBLIOTECÁRIO(A)
um pelo serviço prestado e ORGANIZA OS LIVROS
DA BIBLIOTECA.
pela dedicação.

O(A) ALUNO(A) PARTI-


O(A) PROFESSOR(A)
CIPA DAS AULAS.
ENSINA AOS ALUNOS
E OS EDUCA.

O(A) DIRETOR(A)
DIRIGE A ESCOLA.

O(A) SECRETÁRIO(A)
O(A) ZELADOR(A) CUIDA AUXILIA O DIRETOR E
DA LIMPEZA DA ESCOLA. OS PROFESSORES.

CADA UMA DESSAS PESSOAS MERECE O NOSSO RESPEITO. PRECISAMOS RESPEITAR


BNCC A TODOS PARA QUE TAMBÉM SEJAMOS RESPEITADOS.
(EF01HI06)
Conhecer as histórias da família e da escola História • 1o ano • Ensino Fundamental 69
e identificar o papel desempenhado por
diferentes sujeitos em diferentes espaços.
SSE_HIS_1F.indb 69 03/02/2022 12:49:54

Aumente o seu arsenal. Ninguém pode se dar ao luxo de parar um dia e


achar que já sabe tudo sobre gerenciamento, liderança, comportamento
humano, comportamento dos alunos, práticas pedagógicas,
funcionamento do pensamento humano. Há sempre algo para aprender,
espaço para se desenvolver. Não se permita estacionar em seu
desenvolvimento profissional.
Basílio Neto

104 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

ME_SSE_HIS_1F_3UND.indd 104 25/03/2022 11:05:58


70

BNCC
(EF01HI06)
Conhecer as histórias da família e da escola
e identificar o papel desempenhado por
diferentes sujeitos em diferentes espaços.

1. Circule os profissionais que fazem parte da sua escola.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 105

ME_SSE_HIS_1F_3UND.indd 105 25/03/2022 11:05:59


71

4 ESCREVA, NOS RETÂNGULOS, O NOME DAS PESSOAS QUE, EM SUA ESCO-


Orientação didática LA, OCUPAM OS CARGOS INDICADOS. RESPOSTA PESSOAL

PORTEIRO MOTORISTA
Leve os alunos a identificar PROFESSOR ZELADOR
a função de cada pessoa em COORDENADOR

uma escola.
É bom você resgatar a im- 5 COMPLETE, COM VOGAIS, E DESCUBRA O NOME DE ALGUNS PROFISSIO-
portância que cada profissional NAIS DA ESCOLA.

tem para o bom andamento da B I B L I O T E C Á R I O


escola. Para fazer isso, liste, S E C R E T Á R I O
com seus alunos, as atividades
D I R E T O R
de cada funcionário e verifique
o que aconteceria se esses 6 UNA OS SÍMBOLOS IGUAIS E DESCUBRA O QUE DEVE EXISTIR EM UMA
profissionais não fizessem ESCOLA.
suas tarefas corretamente. CO PEI PE MOR ÇÃO COOPERAÇÃO

RESPEITO
RES O A RA TO
AMOR

7 COMPLETE COM AS PALAVRAS DO QUADRO.

DIRETOR – PROFESSORES – PORTEIROS – ALUNOS

A. OS ALUNOS APRENDEM MUITO NA ESCOLA.

B. O DIRETOR É RESPONSÁVEL PELA DIREÇÃO DA ESCOLA.

C. OS PROFESSORES TROCAM EXPERIÊNCIAS COM OS ALUNOS.

D. OS PORTEIROS SÃO RESPONSÁVEIS PELA ENTRADA E


BNCC
SAÍDA DE PESSOAS NA ESCOLA.
(EF01HI06)
Conhecer as histórias da família e da escola História • 1o ano • Ensino Fundamental 71
e identificar o papel desempenhado por
diferentes sujeitos em diferentes espaços.
SSE_HIS_1F.indb 71 03/02/2022 12:49:54

Educação é o processo pelo qual o indivíduo desenvolve a condição


humana, com todos os seus poderes funcionando com harmonia e de
forma completa em relação à natureza e à sociedade. Além do mais, é o
mesmo processo pelo qual a humanidade como um todo se eleva do plano
animal e continua a se desenvolver até sua condição atual. Implica tanto a
evolução individual quanto a universal.
Friedrich Froebel

106 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

ME_SSE_HIS_1F_3UND.indd 106 25/03/2022 11:06:00


72

BNCC
(EF01HI06)
Conhecer as histórias da família e da escola
e identificar o papel desempenhado por
diferentes sujeitos em diferentes espaços.

Sugestão de atividade

1. Qual é o profissional que: 2. Represente, por meio de desenho, o profissional


a. ensina aos alunos? que você acha mais importante na escola.
Professor
b. cuida da limpeza da escola?
Zelador

c. organiza os livros da biblioteca? Resposta pessoal


Bibliotecário

d. auxilia o diretor e os professores?


Secretário

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 107

ME_SSE_HIS_1F_3UND.indd 107 25/03/2022 11:06:00


73

Orientação didática DIFERENTES ESCOLAS

Peça que os alunos façam


EXISTEM VÁRIOS TIPOS DE ESCOLA.
um desenho que represente a
escola na qual gostariam de
estudar. Encoraje-os a usar ESCOLAS PARTICULARES

WavebreakMediaMicro/Stock.adobe.com
a imaginação e a criativida-
de. Em seguida, eles deverão SÃO AS ESCOLAS ONDE
OS PAIS PAGAM PARA OS
mostrar o desenho à turma e FILHOS ESTUDAREM.
falar sobre as características
dessa escola dos sonhos.

ESCOLAS ESTADUAIS
WavebreakMediaMicro/Stock.adobe.com

SÃO AS ESCOLAS MANTIDAS PELO


GOVERNO DO ESTADO. ESTÃO ES-
PALHADAS PELOS BAIRROS, E NÃO É
PRECISO PAGAR PARA SE ESTUDAR LÁ.

ESCOLAS MUNICIPAIS

WavebreakMediaMicro/Stock.adobe.com
SÃO AS ESCOLAS MANTIDAS
PELA PREFEITURA, EM QUE NÃO
SE PRECISA PAGAR PARA ESTU-
DAR E QUE ESTÃO PRESENTES
NOS BAIRROS DE UM MUNICÍPIO.
BNCC
(EF01HI06)
Conhecer as histórias da família e da escola História • 1o ano • Ensino Fundamental 73
e identificar o papel desempenhado por
diferentes sujeitos em diferentes espaços.
SSE_HIS_1F.indb 73 03/02/2022 12:50:02

Proponha uma visita a uma outra escola. Leve


as crianças para conhecer uma realidade dife-
rente da que elas conhecem. Peça que façam
anotações no passeio sobre as diferenças e se-
melhanças encontradas entre as duas escolas.

©Nuthawut / Stock.adobe.com

108 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

ME_SSE_HIS_1F_3UND.indd 108 25/03/2022 11:06:01


74

O IMPORTANTE É QUE TODAS ESSAS ESCOLAS ENSINEM DA MELHOR MANEI-


RA POSSÍVEL E QUE TODAS AS PESSOAS QUE AS FREQUENTEM TENHAM RES-
Orientação didática
PEITO UMAS COM AS OUTRAS.
Faça, com os alunos, pes-
quisas sobre diferentes mode-
los de ensino e proponha um
debate sobre quais seriam as
vantagens e desvantagens de
cada um deles; pergunte de
qual eles mais gostaram.

EM QUALQUER ESCOLA QUE ESTUDE (PARTICULAR, MUNICIPAL OU ESTA-


DUAL), VOCÊ ENCONTRA PESSOAS COM QUEM VAI SE RELACIONAR E FAZER
AMIZADES.
OS AMIGOS SÃO COMPANHEIROS DE BRINCADEIRAS, SÃO AQUELES COM
QUEM PODEMOS DIVIDIR NOSSAS ALEGRIAS E TRISTEZAS.
UM AMIGO VERDADEIRO SABE ESCUTAR, DIVIDIR, PEDIR DESCULPAS E NOS
AJUDAR QUANDO PRECISAMOS.

SEMPRE TRATE SEU AMIGO BEM, NUNCA O MAGOE,


VALORIZE A SUA AMIZADE!
BNCC
(EF01HI06)
74 História • 1o ano • Ensino Fundamental Conhecer as histórias da família e da escola
e identificar o papel desempenhado por
diferentes sujeitos em diferentes espaços.
SSE_HIS_1F.indb 74 03/02/2022 12:50:02

A proposta pedagógica é a identidade da escola: estabelece as


diretrizes básicas e a linha de ensino e de atuação na comunidade. Ela
formaliza um compromisso assumido por professores, funcionários,
representantes de pais e alunos e líderes comunitários em torno do
mesmo projeto educacional.
MORIN, Edgar. Nova Escola. Ano XV. n. 138. São Paulo: Abril, 2000.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 109

ME_SSE_HIS_1F_3UND.indd 109 25/03/2022 11:06:01


75

Orientação didática ATIVIDADES

É importante verificar a 1 MARQUE UM X NO TIPO DE ESCOLA QUE VOCÊ FREQUENTA.


RESPOSTA PESSOAL
noção temporal dos alunos
ESCOLA PARTICULAR ESCOLA ESTADUAL
perguntando como eles imagi-
nam que eram os lugares cem ESCOLA MUNICIPAL

anos atrás. Isso pode auxiliar o


FAÇA A CORRESPONDÊNCIA ENTRE AS COLUNAS.
trabalho de contextualização, 2

evidenciando que a escola está 1. PARTICULARES 2 SÃO ESCOLAS DA PREFEITURA.


inserida em um universo mais
amplo e possui relação direta 2. MUNICIPAIS 3 SÃO AS ESCOLAS MANTIDAS PELO
GOVERNO DO ESTADO.
com esse universo. 3. ESTADUAIS
1 SÃO AS ESCOLAS ONDE OS PAIS PAGAM
PARA OS FILHOS ESTUDAREM.

3 REPRESENTE, POR MEIO DE DESENHO, O QUE VOCÊ ACHA QUE UMA ES-
COLA PERFEITA DEVERIA TER.

RESPOSTA PESSOAL

BNCC
(EF01HI06)
Conhecer as histórias da família e da escola História • 1o ano • Ensino Fundamental 75
e identificar o papel desempenhado por
diferentes sujeitos em diferentes espaços.
SSE_HIS_1F.indb 75 03/02/2022 12:50:02

Conheça seu ambiente. Quais são os valores, escritos e não escritos, da


escola em que você trabalha? Como os seus colegas veem o trabalho
desenvolvido na instituição? Eles sabem onde querem chegar? E seus
alunos, do que gostam e do que não gostam? Descobrir as respostas para
essas perguntas é fundamental para melhorar as suas aulas.
Basílio Neto

110 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

ME_SSE_HIS_1F_3UND.indd 110 25/03/2022 11:06:01


76

4 PRECISAMOS ADOTAR ALGUMAS ATITUDES IMPORTANTES PARA O NOSSO


APRENDIZADO E CONVIVÊNCIA COM O OUTRO. OBSERVE AS CENAS ABAI-
Orientação didática
XO E LIGUE CORRETAMENTE.
Proponha aos alunos uma
PRESTAR ATENÇÃO pesquisa sobre os diferentes
ÀS EXPLICAÇÕES DO
PROFESSOR
tipos de escola. Forme grupos
de quatro alunos e oriente-os
a escolher um tipo de escola
FAZER SEMPRE AS e a apresentar, de forma mais
LIÇÕES DA ESCOLA E
DE CASA
específica, suas característi-
cas. Os alunos devem esco-
lher que tipo de apresentação
RESPEITAR OS COLE-
gostariam de realizar: se por
GAS E OS FUNCIONÁ-
RIOS DA ESCOLA meio de desenho, história,
poesia, colagem, maquete,
entre outros.
5 OBSERVE AS CENAS E CIRCULE AS QUE FAVORECEM A CONVIVÊNCIA E O
BEM-ESTAR DE TODOS.

BNCC
(EF01HI06)
76 História • 1o ano • Ensino Fundamental Conhecer as histórias da família e da escola
e identificar o papel desempenhado por
diferentes sujeitos em diferentes espaços.
SSE_HIS_1F.indb 76 03/02/2022 12:50:03

Os estudantes adoram a escola, pois, nela, socializam-se, divertem-


-se e fazem amigos. O que eles não gostam é da sala de aula, porque,
geralmente, esse é um espaço exclusivo do professor, não deles. É
preciso dar abertura, em sala, para os estudantes, e isso acontece
quando as disciplinas são ensinadas de forma que eles reflitam sobre o
que estão aprendendo.
WONSOVICZ, Silvio. Nova Escola. Ano XIX. n. 174. São Paulo: Abril, 2004.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 111

ME_SSE_HIS_1F_3UND.indd 111 25/03/2022 11:06:02


77

6 ENCONTRE, NO DIAGRAMA, CINCO PALAVRAS QUE DEMONSTRAM VALO-


Orientação didática RES COM OS QUAIS AS PESSOAS DEVEM CONVIVER NA ESCOLA.

Leve, para os alunos, ima- R B R E S P E I T O E S A

gens — e, se desejar, também E V A S L O U S A C D O R

vídeos — de diferentes práti- P A R T I C I P A Ç Ã O J

cas escolares, como as japo- M M S A X Q K J T G T O Á

nesas, em que os alunos têm, S O O G U N I Ã O D E I R

no ensino pré-escolar, aulas V R F D I E L A Q E W R P

de agricultura e organização Q U W D R R D I Á L O G O

do espaço; ou as da Finlândia,
em que o primeiro horário é 7 OBSERVE AS IMAGENS ABAIXO E ENCONTRE AS DIFERENÇAS ENTRE ELAS.
DEPOIS, COMENTE-AS COM SEUS COLEGAS.
dedicado a atividades recrea-
tivas e que têm a presença
de um professor auxiliar em
sala para atividades em que
as crianças apresentem algu-
ma dificuldade. Ao final das
comparações, monte um mural
com imagens e pinturas dos
alunos sobre o que seria a es-
cola perfeita. Vá além: termi-
nado o mural, pergunte-lhes X
X
o que podem fazer, junto com X
você, para construírem essa
escola perfeita. X

BNCC
(EF01HI06)
Conhecer as histórias da família e da escola História • 1o ano • Ensino Fundamental 77
e identificar o papel desempenhado por
diferentes sujeitos em diferentes espaços.
SSE_HIS_1F.indb 77 03/02/2022 12:50:04

A transversalidade diz respeito à possibilidade de se estabelecer,


na prática educativa, uma relação entre aprender conhecimentos
teoricamente sistematizados (aprender sobre a realidade) e as
questões da vida real e de sua transformação (aprender na realidade
e da realidade).

Parâmetros Curriculares Nacionais.

112 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

ME_SSE_HIS_1F_3UND.indd 112 25/03/2022 11:06:02


000
78

8 OUÇA A LEITURA E COMENTE COM SEU PROFESSOR E SEUS COLEGAS.


RESPOSTA PESSOAL Orientação didática
QUEM INVENTOU A ESCOLA?

• Trabalhe imagens de es-


A ESCOLA FOI CRIADA AO LONGO DO
TEMPO POR VÁRIOS POVOS. DESDE A
colas públicas, privadas,
PRÉ-HISTÓRIA, CRIANÇAS E JOVENS antigas e atuais para que
APRENDIAM COM OS MAIS VELHOS. NA os alunos percebam as se-
ANTIGUIDADE, JÁ HAVIA ESCOLAS NO
melhanças e diferenças nas
EGITO, NA CHINA E NA ÍNDIA. MAS SÓ NO
SÉCULO XII, NA EUROPA, SURGIRAM ES-
características dos ambientes
COLAS PARECIDAS COM AS ATUAIS PARA e elementos apresentados.
AS CRIANÇAS, E APENAS OS MAIS RICOS • Discuta, com os alunos, o
PODIAM ESTUDAR. A ESCOLA PÚBLICA,
direito de todos à educação
ACESSÍVEL A TODOS, APARECEU ENTRE
OS SÉCULOS XVIII E XIX, NA INGLATERRA, pública e gratuita.
E, DEPOIS, SE ESPALHOU PELO MUNDO. • Converse sobre a importân-
REVISTA RECREIO. ANO 10. NO 471. SÃO PAULO: ABRIL,
MARÇO, 2009.
cia de se respeitar as pessoas
que não têm acesso à educa-
ção em escolas privadas.
9 JÚNIOR É UM MENINO ESFORÇADO E DEDICADO A APRENDER, PORÉM OS
PAIS DE JÚNIOR NÃO PODEM PAGAR UMA ESCOLA PARTICULAR PARA QUE
ELE POSSA ESTUDAR. MARQUE, COM UM X, AS OPÇÕES QUE JÚNIOR TEM
PARA NÃO FICAR SEM ESTUDAR.

ESCOLA PARTICULAR X ESCOLA MUNICIPAL X ESCOLA ESTADUAL

10 DESEMBARALHE AS SÍLABAS E ESCREVA OS TIPOS DE ESCOLA QUE EXISTEM.

CU TI LAR PAR PARTICULAR AL TA DU ES ESTADUAL

CI MU PAL NI MUNICIPAL
BNCC
(EF01HI06)
78 História • 1o ano • Ensino Fundamental Conhecer as histórias da família e da escola
e identificar o papel desempenhado por
diferentes sujeitos em diferentes espaços.
SSE_HIS_1F_CAP 3.indd 78 04/02/2022 13:28:11

Planeje uma aula em que o tema será as


diferentes escolas do mundo. Procure escolas
com metodologias, estruturas e costumes bem
diferentes para apresentar às crianças. É impor-
tante que elas tenham contato com o diferente,
tanto para o enriquecimento pessoal como para
aprender a ver o mundo sob outras perspectivas.
©Strelciuc / Stock.adobe.com

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 113

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79

BNCC
(EF01HI06)
Conhecer as histórias da família e da escola
e identificar o papel desempenhado por
diferentes sujeitos em diferentes espaços.

Sugestão de atividade

1. Responda.

a. Escreva o endereço da sua escola. c. Quais são as dependências da sua escola?


Resposta pessoal Resposta pessoal

b. Quantas pessoas trabalham na sua escola? d. Quantos alunos estudam na sua classe?

Resposta pessoal Resposta pessoal



114 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

ME_SSE_HIS_1F_3UND.indd 114 25/03/2022 11:06:04


80

BNCC
(EF01HI06)
Conhecer as histórias da família e da escola
e identificar o papel desempenhado por
diferentes sujeitos em diferentes espaços.

Sugestão de atividade

1. Escreva abaixo como você imagina a história da 2. A história da sua escola é diferente da que você
sua escola. imaginou?
Resposta pessoal Resposta pessoal







Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 115

ME_SSE_HIS_1F_3UND.indd 115 25/03/2022 11:06:04


81

4 COLE UMA FOTO OU DESENHE A SUA ESCOLA. DEPOIS, COM A AJUDA DO


Orientação didática SEU PROFESSOR, ORGANIZE UM TEXTO COLETIVO SOBRE ELA. EM SEGUI-
DA, COPIE-O NO ESPAÇO ABAIXO.
Deixe que os alunos intera-
jam e façam perguntas sobre
a história da instituição: se os
direitos e deveres de cada um
sempre foram os mesmos com
o passar do tempo, se houve RESPOSTA PESSOAL

muitas mudanças no decorrer


do tempo, etc.

BNCC
(EF01HI06)
Conhecer as histórias da família e da escola História • 1o ano • Ensino Fundamental 81
e identificar o papel desempenhado por
diferentes sujeitos em diferentes espaços.
SSE_HIS_1F.indb 81 03/02/2022 12:50:10

Procure saber se existem imagens da escola


no tempo de sua fundação para que você possa
mostrá-las aos alunos. Tentem ver o que mu-
dou na estrutura, na vestimenta dos funcioná-
rios e alunos.

©Mist, LiliGraphie, Наталия Бражник / Stock.adobe.com

116 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

ME_SSE_HIS_1F_3UND.indd 116 25/03/2022 11:06:05


83

AS ESCOLAS DE ONTEM E DE HOJE Orientação didática

Procure, nos arquivos da


ASSIM COMO NO MUNDO E
escola, fotos de como a escola
NAS FAMÍLIAS, MUITAS MU-
DANÇAS TAMBÉM OCORRERAM era antigamente e compare-a
NAS ESCOLAS. O MODO COMO com a estrutura atual. Mostre

LiliGraphie/Stock.adobe.com
OS NOSSOS AVÓS APRENDE- aos alunos as mudanças que
RAM NA ESCOLA É BEM DIFE-
RENTE DO MODO COMO VOCÊ
ocorreram tanto fisicamente
APRENDE ATUALMENTE. quanto no método de ensino.

ANTIGAMENTE, NÃO ERA FÁCIL ENCONTRAR UMA ESCOLA EM QUE A CRIAN-


ÇA PUDESSE DAR SUA OPINIÃO E FALAR O QUE SENTIA E QUE FOSSE TRATADA
COM CARINHO. MUITAS CRIANÇAS CHEGAVAM ATÉ A APANHAR COM UM INS-
TRUMENTO CHAMADO PALMATÓRIA. ALÉM DISSO, ANTIGAMENTE, MENINAS
E MENINOS NÃO APRENDIAM AS MESMAS COISAS. AS MENINAS CHEGAVAM A
APRENDER TAREFAS DOMÉSTICAS, COMO BORDAR E COZINHAR; E OS MENI-
NOS APRENDIAM A CONTAR, LER, ETC.

ATUALMENTE, A
CRIANÇA VEM SENDO
MUITO RESPEITADA
E CASTIGOS, COMO
APANHAR DE PALMA-
TÓRIA, LEVAR PUXÕES
DE ORELHA OU FICAR
WavebreakMediaMicro/Stock.adobe.com

DE JOELHOS EM CIMA
DO MILHO, JÁ NÃO SÃO
MAIS PERMITIDOS E AS
CRIANÇAS APRENDEM
AS MESMAS COISAS NA
ESCOLA.
BNCC
(EF01HI06)
História • 1o ano • Ensino Fundamental 83 Conhecer as histórias da família e da escola
e identificar o papel desempenhado por
diferentes sujeitos em diferentes espaços.
SSE_HIS_1F.indb 83 03/02/2022 12:50:15

Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-


-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a
vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha
não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.

Paulo Freire

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 117

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84

Orientação didática ATIVIDADES

Auxilie os alunos na cria- 1 OBSERVE AS FOTOS DE SALAS DE AULA DE ANTIGAMENTE E DE HOJE E


CONVERSE COM A SUA TURMA SOBRE AS DIFERENÇAS.
ção de uma lista com as prin-
cipais características das ANTIGAMENTE HOJE

escolas atuais. Fixe a lista no


mural da sala de aula e sem-

Gorodenkoff/Stock.adobe.com
LiliGraphie/Stock.adobe.com
pre que necessário eviden-
cie-a aos alunos.

2 DESCUBRA A PALAVRA QUE ESTÁ ESCONDIDA E VEJA O QUE TAMBÉM


OCORREU NAS ESCOLAS.

MSTLTFMUDANÇASHNRZS

MUDANÇAS

3 CONVERSE COM PESSOAS MAIS VELHAS SOBRE O QUE ELAS APRENDERAM


NA ESCOLA E FAÇA UM DESENHO REPRESENTANDO O QUE É DIFERENTE
DE HOJE.

RESPOSTA PESSOAL

BNCC
(EF01HI06)
Conhecer as histórias da família e da escola 84 História • 1o ano • Ensino Fundamental
e identificar o papel desempenhado por
diferentes sujeitos em diferentes espaços.
SSE_HIS_1F.indb 84 03/02/2022 12:50:18

O ensino de um novo conteúdo não se resume à aquisição de uma


habilidade ou de um conjunto de informações, mas amplia as estruturas
cognitivas da criança. Assim, por exemplo, com o domínio da escrita, o
aluno adquire também capacidades de reflexão e controle do próprio
funcionamento psicológico.
Vygotsky

118 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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85

BNCC
(EF01HI06)
Conhecer as histórias da família e da escola
e identificar o papel desempenhado por
diferentes sujeitos em diferentes espaços.

Sugestão de atividade

1. Marque com um X a escola atual e faça um cír- 2. Pesquise, recorte e cole a imagem de uma esco-
culo na escola antiga. la antiga.

Resposta pessoal

©Erica Guilane-Nachez, Gorodenkoff / Stock.adobe.com

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 119

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86

7 A VIDA ESCOLAR SEMPRE FAZ PARTE DAS LEMBRANÇAS DAS PESSOAS,


Orientação didática PORQUE É UMA FASE IMPORTANTE DA VIDA. A ESCOLA DE HOJE TEM MUI-
TOS ASPECTOS DIFERENTES DOS DA ESCOLA DE ANTIGAMENTE. CONVER-
Confeccione, junto com os SE COM UMA PESSOA IDOSA SOBRE ALGUNS ASPECTOS DA ESCOLA DE
ANTIGAMENTE E PREENCHA O QUADRO, COMPARANDO AS ESCOLAS EM
alunos, uma ampulheta, que
DIFERENTES ÉPOCAS. RESPOSTA PESSOAL
pode ser feita de várias for-
mas. Um exemplo seria utili- ESCOLAS DE ANTIGAMENTE ESCOLAS DE HOJE
zando duas garrafas plásticas
descartáveis, areia e algo UNIFORMES
para vedação, como fita ade-
siva. Se desejar, compre-a em
lojas da cidade.
BRINCADEIRAS
A atividade de relacionar NO RECREIO
imagens ao presente e ao pas-
sado pode ser muito significa- QUADRO USADO
tiva. Apresenta-se, por exem- PELO PROFES-
plo, a evolução tecnológica SOR PARA
ESCREVER
entre a bicicleta e o automóvel.

8 AGORA, FAÇA O DESENHO DO ESPAÇO DE QUE VOCÊ MAIS GOSTA NA SUA


ESCOLA.

RESPOSTA PESSOAL

BNCC
(EF01HI06)
Conhecer as histórias da família e da escola 86 História • 1o ano • Ensino Fundamental
e identificar o papel desempenhado por
diferentes sujeitos em diferentes espaços.
SSE_HIS_1F.indb 86 03/02/2022 12:50:22

[...] O estudo da gramática não faz poetas. O estudo da harmonia não


faz compositores. O estudo da psicologia não faz pessoas equilibradas.
O estudo das ‘ciências da educação’ não faz educadores. Educadores
não podem ser produzidos. Educadores nascem. O que se pode fazer é
ajudá-los a nascer. Para isso, eu falo e escrevo, para que eles tenham
coragem de nascer.
Rubem Alves

120 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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DIREITOS E DEVERES NA ESCOLA Orientação didática

Aborde os deveres dos di-


DEVEMOS APRENDER A FAZER O QUE É BOM PARA NÓS E PARA QUEM ESTÁ À
versos profissionais que fazem
NOSSA VOLTA, POR ISSO TEMOS DIREITOS E DEVERES. VEJA ALGUNS DEVERES.
parte da escola, entrevistando
a diretora e outros funcioná-
rios. Divida as crianças em
grupos e solicite um trabalho
de pesquisa sobre a profissão
de cada funcionário.
TER BONS MODOS NA HORA NÃO MALTRATAR OS ANIMAIS
DAS REFEIÇÕES. NEM AS PLANTAS.

TRATAR BEM TODAS AS PESSOAS. ATRAVESSAR AS RUAS


COM CUIDADO.

BNCC
(EF01HI03)
Descrever e distinguir os seus papéis e
responsabilidades relacionados à família, à
escola e à comunidade.
NÃO ESTRAGAR O QUE É PÚBLICO,
AJUDAR AS PESSOAS COM DEFI- COMO JARDINS, MONUMENTOS,
CIÊNCIA, DOENTES E IDOSAS. LIXEIRAS, TELEFONES, ETC. (EF01HI04)
Identificar as diferenças entre os variados
História • 1o ano • Ensino Fundamental 87 ambientes em que vive (doméstico, escolar e
da comunidade), reconhecendo as especifici-
dades dos hábitos e das regras que os regem.
SSE_HIS_1F.indb 87 03/02/2022 12:50:23

É preciso estimular na escola o desejo da participação, que valoriza a


ação e amplia a corresponsabilidade, fazendo com que se compartilhem
os destinos da vida coletiva da instituição. Se o aluno precisa ser
participante e ativo na construção de sua aprendizagem, o professor
precisa trilhar esse caminho junto com ele, efetivando sua própria
participação no espaço escolar.
Regina Célia Lico Suzuki

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 121

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88

BNCC
(EF01HI03)
Descrever e distinguir os seus papéis e
responsabilidades relacionados à família, à
escola e à comunidade.

(EF01HI04)
Identificar as diferenças entre os variados
ambientes em que vive (doméstico, escolar e
da comunidade), reconhecendo as especifici-
dades dos hábitos e das regras que os regem.

Sugestão de atividade

1. Leia o nome dos espaços a seguir e desenhe aquilo que você faz para cuidar deles. Resposta pessoal

Sala de aula Biblioteca Pátio Banheiro da


escola

122 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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89

VEJA ALGUNS DEVERES.


Orientação didática

Construa um boliche com


10 garrafas PET e cole, em
cada garrafa, uma ficha com
SER ESTUDIOSO. SER PONTUAL.
um dever ou um direito da
criança — exemplo: estudar,
ser amigo, obedecer.
Cada aluno deverá arremes-
sar a bola uma vez e verbalizar
COLABORAR COM A ORDEM, O
RESPEITAR OS SÍMBOLOS NACIONAIS. ASSEIO E A LIMPEZA DA ESCOLA. os direitos ou deveres escritos
nas garrafas derrubadas.

ZELAR PELO MATERIAL ESCOLAR. TRATAR BEM TODOS OS COLEGAS.

RESPEITAR TODOS OS OBEDECER AO DIRETOR


FUNCIONÁRIOS DA ESCOLA. E AOS PROFESSORES.
BNCC
(EF01HI03)
Descrever e distinguir os seus papéis e
responsabilidades relacionados à família, à
escola e à comunidade.
APRESENTAR AS LIÇÕES DE CASA PRESTAR ATENÇÃO ÀS EXPLICA-
COMPLETAS. ÇÕES DOS PROFESSORES. (EF01HI04)
Identificar as diferenças entre os variados
História • 1o ano • Ensino Fundamental 89 ambientes em que vive (doméstico, escolar e
da comunidade), reconhecendo as especifici-
dades dos hábitos e das regras que os regem.
SSE_HIS_1F.indb 89 03/02/2022 12:50:26

A aprendizagem é tanto mais significativa quanto mais é uma meta,


quanto mais auxilia o estudante a aprender a aprender, a entender e a
apresentar o processo mediante o qual se produz conhecimento.

Clarissa S. Golbert

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 123

ME_SSE_HIS_1F_3UND.indd 123 25/03/2022 11:06:09


90

Orientação didática ATIVIDADES

É importante, neste mo- 1 CIRCULE AS FRASES QUE INDICAM OS DIREITOS DA CRIANÇA NA ESCOLA.

mento, fazer um Contrato de TER BONS PROFESSORES


Convivência com as crianças, SER PONTUAL
apresentando todas as nor- PERGUNTAR AO PROFESSOR QUANDO NÃO ENTENDER ALGUMA COISA
mas e sanções que podem vir a
ZELAR PELO MATERIAL ESCOLAR
acontecer na escola.
Também é importante deixar 2 COMPLETE AS FRASES COM AS PALAVRAS DO QUADRO:
esse documento exposto na
sala. Esse contrato facilitará o ALUNOS ESTUDIOSO FUNCIONÁRIOS DEVER

encaminhamento das ativida- A. TRATAR BEM OS ALUNOS É UM DEVER .


des diárias das crianças.
B. RESPEITAR TODOS OS FUNCIONÁRIOS DA ESCOLA É UM DEVER .

C. SER ESTUDIOSO É UM DEVER .

3 VAMOS REFLETIR SOBRE O RESPEITO ENTRE AS PESSOAS? MARQUE DE


ACORDO COM AS SUAS EXPERIÊNCIAS.
RESPOSTA PESSOAL
SIM NÃO
VOCÊ É RESPEITADO NA ESCOLA?
VOCÊ RESPEITA A TODOS NA ESCOLA?
ALGUÉM JÁ O DESRESPEITOU NA ESCOLA?
BNCC
(EF01HI03) VOCÊ JÁ DESRESPEITOU ALGUÉM NA ESCOLA?
Descrever e distinguir os seus papéis e
responsabilidades relacionados à família, à
4 REPRESENTE UMA FORMA DE RESPEITO A UM FUNCIONÁRIO DA ESCOLA.
escola e à comunidade.

(EF01HI04) RESPOSTA PESSOAL


Identificar as diferenças entre os variados
ambientes em que vive (doméstico, escolar e 90 História • 1o ano • Ensino Fundamental
da comunidade), reconhecendo as especifici-
dades dos hábitos e das regras que os regem.
SSE_HIS_1F.indb 90 03/02/2022 12:50:26

Tenha, previamente, um diálogo com os


estudantes sobre os seus deveres como profes-
sor. Depois, pontue como, para o seu trabalho
dar certo, é preciso que eles também tenham
deveres, como chegar no horário correto, uti-
lizar o uniforme, realizar as atividades de casa,
etc. Em compensação, eles usufruem dos di-
reitos de ter um intervalo, poder lanchar, poder
aprender, passar para a série seguinte, etc.

dobe.com
©Studio Romantic, AllNikArt / Stock.a

124 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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BNCC
(EF01HI03)
Descrever e distinguir os seus papéis e
responsabilidades relacionados à família, à
escola e à comunidade.

(EF01HI04)
Identificar as diferenças entre os variados
ambientes em que vive (doméstico, escolar e
da comunidade), reconhecendo as especifici-
dades dos hábitos e das regras que os regem.

Sugestão de atividade

1. Precisamos adotar algumas atitudes importantes para o nosso aprendizado e nossa convivência com o outro.
Observe as cenas abaixo e associe-as corretamente.

1 2 3
3 Prestar atenção às explicações do professor.

2 Fazer sempre as lições da escola e de casa.

1 Respeitar os colegas e os funcionários da escola.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 125

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6 PINTE, DE VERMELHO, OS CÍRCULOS QUE REPRESENTAM SEUS DIREITOS


Orientação didática E, DE AZUL, OS QUE REPRESENTAM SEUS DEVERES. .

Solicite aos alunos que le-


vem para a sala de aula ima- IR À ESCOLA TODOS OS DIAS.
gens que representem direitos
e deveres das crianças. Em
seguida, monte um cartaz só
FAZER AS LIÇÕES.
com os direitos e outro só com
os deveres. Depois, converse
com a turma e diga-lhe que,
TER LUGAR PARA BRINCAR.
para cada direito, há um res-
pectivo dever. Reforce a im-
portância dos direitos e dos
deveres dentro da sociedade. SER ATENCIOSO COM O PROFESSOR.

NÃO FALTAR ÀS AULAS.

TER UM LUGAR NA SALA DE AULA.

BNCC
(EF01HI03) USAR O BANHEIRO ADEQUADAMENTE.
Descrever e distinguir os seus papéis e
responsabilidades relacionados à família, à
escola e à comunidade.
TER UM BOM PROFESSOR.
(EF01HI04)
Identificar as diferenças entre os variados
ambientes em que vive (doméstico, escolar e
92 História • 1o ano • Ensino Fundamental
da comunidade), reconhecendo as especifici-
dades dos hábitos e das regras que os regem.
SSE_HIS_1F.indb 92 03/02/2022 12:50:26

Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras


e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir
para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal
— de ser e estar com os outros em uma atitude de aceitação, respeito e
confiança — e o acesso aos conhecimentos mais amplos da realidade
social e cultural.
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil

126 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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NA ESCOLA, EXISTE HORÁRIO PARA TUDO Orientação didática

• Faça uma roda de conversa


OUÇA A LEITURA.
com seus alunos e pergunte-
JOÃOZINHO ERA UM GAROTO DO 1O ANO QUE VIVIA RECLAMANDO DA HORA. -lhes como são os horários de-
ELE DIZIA SEMPRE QUE ESSE NEGÓCIO DE HORA É MUITO RUIM, SÓ ATRAPALHA. les; a que horas eles acordam,
UMA VEZ, ESTE MENINO RECLAMÃO FOI À ESCOLA E CHEGOU BEM ATRASA- dormem, almoçam; etc. Depois,
DO. ERA DIA DE VISITAR O PARQUINHO DA CIDADE, QUE TINHA UM MONTE DE
BRINQUEDOS ESPECIAIS.
fale da importância de se ter ho-
JOÃOZINHO VOLTOU DA ESCOLA PARA CASA CHORANDO. SEUS PAIS FORAM rários e de se respeitar os horá-
BUSCÁ-LO BEM TARDE PORQUE ELE NÃO TINHA MOSTRADO A AGENDA... AH, rios estipulados pelos variados
COITADO DO PEQUENO RECLAMÃO. NÃO PASSEOU, NÃO TINHA COLEGAS NA
ambientes que frequentam.
ESCOLA E AINDA FICOU UM TEMPÃO ESPERANDO QUE VIESSEM BUSCÁ-LO.
SERÁ QUE JOÃOZINHO AINDA ACHA QUE A HORA NÃO É IMPORTANTE?
• Promova outra roda de
QUANDO CHEGAMOS À HORA MARCADA, DIZEMOS QUE SOMOS PONTUAIS. conversa com seus alunos
POIS É, AQUELE MENININHO DO 1O ANO NUNCA MAIS ESQUECEU O QUE ERA e pergunte-lhes o que mais
PONTUALIDADE.
fazem aos finais de semana,
IMAGINE SE O PROFESSOR CHEGASSE SÓ DEPOIS DO RECREIO PARA DAR
AULA. E SE O MÉDICO SE ATRASAR PARA ATENDER UM PACIENTE? MUITOS SE-
se eles gostam do que fazem,
RIAM PREJUDICADOS... se queriam fazer algo diferen-
te. Explique-lhes que o final
de semana é importante para
descansar, mas, mesmo assim,
há atividades que precisam ser
realizadas nesse período.

BNCC
(EF01HI04)
Identificar as diferenças entre os variados
História • 1o ano • Ensino Fundamental 93 ambientes em que vive (doméstico, escolar e
da comunidade), reconhecendo as especifici-
dades dos hábitos e das regras que os regem.
SSE_HIS_1F.indb 93 03/02/2022 12:50:27

Comece a aula questionando as crianças: O


que acontece se vocês chegarem atrasados à
aula? Certamente as respostas serão “perder
a chamada”, “perder o conteúdo”, “atrapalhar
a aula”, etc. Aproveite essa oportunidade para
exemplificar outros ambientes nos quais o
©Atstock Productions / Stock.adobe.com

atraso é bastante prejudicial e converse sobre


a responsabilidade e o comprometimento que
todas as pessoas precisam ter com os horá-
rios estipulados.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 127

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Orientação didática ATIVIDADES

Converse com as crianças 1 MARQUE, NOS RELÓGIOS ABAIXO, A HORA: RESPOSTA PESSOAL

sobre o que acham dos horários


estipulados na escola para rea-
lizar atividades como: conver-
sar e brincar com os colegas,
DE ENTRADA NA ESCOLA. DE SAÍDA DA ESCOLA.
assistir às aulas, etc. Pergunte
se acham pouco ou muito tem- 2 COMPLETE: RESPOSTA PESSOAL
po para realizar essas ativida-
des. Deixe que os pequenos se A. EU ESTUDO (PELA MANHÃ – À TARDE) .

expressem livremente; depois, B. EU ENTRO NA SALA ÀS .


fale sobre a importância de
cada momento na escola e das C. EU SAIO DA SALA ÀS .

atividades realizadas nos horá-


3 MARQUE, NO RELÓGIO, A HORA DE INÍCIO E DO FINAL DAS ATIVIDADES EM
rios estipulados. SUA ESCOLA. RESPOSTA PESSOAL
12 12
11 1 11 1
10 2 10 2

NO INÍCIO 9 3 NO FINAL 9 3

8 4 8 4
7 5 7 5
6 6

4 RESPONDA. RESPOSTA PESSOAL

A. A QUE HORAS VOCÊ ACORDA? HORAS.

B. A QUE HORAS VOCÊ FAZ AS TAREFAS? HORAS.

C. A QUE HORAS VOCÊ TOMA BANHO? HORAS.


BNCC
(EF01HI04)
D. A QUE HORAS VOCÊ DORME? HORAS.
Identificar as diferenças entre os variados
ambientes em que vive (doméstico, escolar e 94 História • 1o ano • Ensino Fundamental
da comunidade), reconhecendo as especifici-
dades dos hábitos e das regras que os regem
SSE_HIS_1F.indb 94 03/02/2022 12:50:27

Tenha interesse pelas ideias dos estudantes. Ao propor atividades


instigantes, em que são levantadas hipóteses, conheça o pensamento
de cada um. O que eles dizem sobre aquele assunto? Esse conhecimento
é fundamental para conduzir a aula. Em vez de apenas corrigir erros,
encaminhe o raciocínio dos alunos para que solucionem o problema.

Nova Escola. Ano XXXIV. n. 228. São Paulo: Abril, dezembro, 2009.

128 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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95

BNCC
(EF01HI04)
Identificar as diferenças entre os variados
ambientes em que vive (doméstico, escolar e
da comunidade), reconhecendo as especifici-
dades dos hábitos e das regras que os regem.

Sugestão de atividade

1. Responda às perguntas abaixo.

a. Você já chegou atrasado a algum lugar?


Resposta pessoal

b. Você já faltou à escola porque perdeu a hora?


Resposta pessoal

c. Você chega atrasado à escola com frequência?


Resposta pessoal

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 129

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96

DINÂMICA PARA TRABALHAR O SOCIOEMOCIONAL

CAMINHO FECHADO
VIVENCIANDO
O EDUCADOR DESENHA, NA SALA, UMA
LINHA EXTENSA E CHEIA DE CURVAS, QUE
TERÁ UM PONTO NO INÍCIO, NO MEIO E 1 COMO VOCÊ SE SENTE AO DIZER
OUTRO NO FINAL, OCUPANDO A SALA COM LICENÇA?
INTEIRA. EXPLICA-SE QUE A DUPLA QUE RESPOSTA PESSOAL
FOR SORTEADA VAI SE DIVIDIR, DE MA-
NEIRA QUE O PRIMEIRO NOME CHAMADO
FIQUE NO PONTO INICIAL E O OUTRO, NO
TRISTE CHATEADO SURPRESO
MEIO. AO SINAL DO EDUCADOR, O EDU-
CANDO QUE ESTÁ NO INÍCIO VAI TER DE
ANDAR DEVAGAR PELA LINHA E, QUAN-
DO CHEGAR PERTO DO MEIO, VAI FALAR
PARA O OUTRO: “COM LICENÇA, AMIGO” FELIZ ENVERGONHADO COM MEDO
E ESTE O DEIXA PASSAR, PARA QUE POS-
SA CHEGAR AO FINAL. OS PAPÉIS SÃO 2 COMO VOCÊ SE SENTE QUANDO AL-
INVERTIDOS E O QUE ESTAVA NO MEIO GUÉM DIZ “COM LICENÇA” PARA VOCÊ?
AGORA VAI ANDAR DO INÍCIO AO FINAL E RESPOSTA PESSOAL
FALAR A MESMA FRASE PARA O COLEGA.
É FEITO UM SOR-TEIO PARA QUE A SALA
INTEIRA PARTICIPE. QUANDO FINALIZAR
TRISTE CHATEADO SURPRESO
A ATIVIDADE, FAZ-SE UMA REFLEXÃO
COM OS EDUCANDOS SOBRE A NECES-
SIDADE DE USAR O “COM LICENÇA” NA
VIDA DIÁRIA E A IM-
FELIZ ENVERGONHADO COM MEDO
PORTÂNCIA DE CEDER
ESPAÇO PARA O OUTRO.
O EDUCADOR DEVE 3 COMO VOCÊ SE SENTE QUANDO AL-
QUESTIONAR OS EDU- GUÉM NÃO LHE PEDE LICENÇA?
CANDOS SOBRE EM QUE RESPOSTA PESSOAL
MOMENTOS ELES MAIS
USAM ESSA FRASE NA
VIDA DIÁRIA.
TRISTE CHATEADO SURPRESO

WENDELL, NEY. PRATICAN-


Nota: DO A GENTILEZA EM SALA DE
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) AULA. RECIFE: PRAZER DE
FELIZ ENVERGONHADO COM MEDO
define um conjunto de competências gerais, LER, 2012.

que serve como um guia para o aprendizado


96 História • 1o ano • Ensino Fundamental
das crianças e que deve ser desenvolvido de
forma integrada ao currículo
SSE_HIS_1F_CAP 3.indd 96 04/02/2022 13:28:12

Integridade é bom
O que é uma pessoa íntegra? que fica escura, e passava naquele lugar para
É uma pessoa correta, que não desvia do ca- disfarçar o erro.
minho; uma pessoa justa, honesta. É uma pessoa Sine cera significa “sem cera”, e uma pessoa
que não tem duas caras. Qual a grande virtude sincera é aquela que não disfarça o erro, ela as-
que uma pessoa íntegra tem? Ela é sincera. sume. Gente sem sinceridade, em vez de fazer
De onde vem a palavra sinceridade? Ela tem de novo e corrigir, finge que está certo passan-
várias acepções, mas a mais recente tem a ver do “cera de abelha”.
com marcenaria. No século XIX era muito co-
CORTELLA, Mario Sergio. Sabedoria para partilhar!: 70 ensina-
mum que, na marcenaria, quando o marceneiro mentos selecionados pelo próprio autor nos livros Qual é a tua
errava com o formão, pegava cera de abelha, obra?, Pensar bem nos faz bem! E Felicidade foi-se embora?.
Petrópolis: Vozes, 2020.

130 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

ME_SSE_HIS_1F_3UND.indd 130 25/03/2022 11:06:14


Fundamentação
O professor precisa ser ouvido

Para a pesquisadora carioca Tania Zagury, os


que pensam a Educação e os que estão à frente
da sala de aula devem trabalhar juntos.

Antigamente, quando o aluno não apren-


dia, era ele o único culpado: não estudava, não
prestava atenção à aula e era desinteressado.
De duas ou três décadas para cá, se a crian-
ça não aprende, a responsabilidade é toda do
professor e da didática e metodologia ultra-
passadas usadas em sala de aula. Ambas as
posições – radicais e pouco fundamentadas
— tentam justificar o péssimo desempenho dos
estudantes brasileiros da Educação Básica nas
avaliações. Mas nenhuma dá conta do recado
de forma satisfatória.
Para tentar entender os reais motivos da
sofrível performance dos alunos, Tania Zagury,
mestre em Educação e pesquisadora, resolveu
ouvir quem está na linha de frente dessa bata-
lha: os professores. “Queria saber dos próprios
educadores quais são suas dificuldades, ne-
cessidades e possibilidades.” Com a experiên-
cia de 33 anos em várias funções do magistério
— de alfabetizadora e supervisora a formadora
de professores —, somada aos resultados da
pesquisa, Tania conclui que a sociedade e o
próprio universo da Educação criam mitos que
aprisionam o professor e acabam por prejudi-
car seu trabalho. E, pior, fazem com que ele,
muitas vezes, torne-se refém da própria cons-
ciência, por não conseguir atingir plenamente
.com

os objetivos.
dobe

A pesquisa, realizada ao longo de três anos,


tock.a

compilou a opinião de 1.172 professores, de es-


gin/s
©cha

colas públicas e particulares da Educação Bá-


sica de 42 cidades, em 22 estados brasileiros.
As principais conclusões desse estudo estão
no livro O professor refém. Algumas delas, Tania
revela e comenta na entrevista a seguir.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 131

ME_SSE_HIS_1F_3UND.indd 131 28/03/2022 14:42


1. Quais os principais problemas do professor na
sala de aula?

TANIA:
Os cinco principais são: manter a disciplina
(22%), motivar os alunos (21%), avaliar de forma
adequada (19%), manter-se atualizado (16%) e
escolher a metodologia adequada (10%) — todos
diretamente relacionados à atuação do profes-
sor. Os entrevistados também apontaram o que
eles consideravam as causas desses problemas: a
formação inconsistente que tiveram ou continuam
tendo, a falta de tempo e de recursos financeiros.
Isso demonstra consciência da realidade, porque
os professores poderiam simplesmente colocar
toda a culpa no aluno. Eles sabem que não têm
condições de ensinar o mínimo necessário — ler,
escrever e fazer contas — para formar cidadãos.

2. Como o professor se sente com o baixo rendimento


dos alunos?

TANIA:
Ele se sente muito angustiado, às vezes até de-
sesperado, pois quer fazer o melhor, mas simples-
mente não tem condições para isso. O magistério
é uma das profissões que mais tiveram aumento
de tarefas nos últimos tempos. Além de ensinar
conteúdos da área para a qual foi preparado, o
professor tem de lidar com outros para os quais
não tem nenhuma capacitação. Basta ver os temas
transversais que fazem parte dos Parâmetros Cur-
riculares Nacionais: cada um compreende uma área
do conhecimento com sua própria complexidade. O
©ha
nah
al/s
toc
professor de Matemática não está pronto para falar
k.ad
obe
.com
de educação sexual nem o de Língua Portuguesa,
para ensinar questões ligadas ao meio ambiente.

132 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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3. Essas novas funções deixam o pro-
fessor desmotivado?

TANIA:
De maneira geral, ele continua
tendo vontade de ensinar e de fazer
m
dio/stock.adobe.co

bem seu trabalho, mas tem cons-


ciência de que está muito difícil. Por
isso, ele está ficando estressado,
deprimido, e isso faz com que se tor-
© Wayhome Stu

ne refém da estrutura educacional.

4. Como essa estrutura aprisiona os docentes?

TANIA:
Ela é calcada na falta de continuidade.
Um grupo de pensadores simpatiza com determinada linha pedagógica e começa a divulgá-la
como sendo a melhor. Muitas vezes, quem está na sala de aula não tem informações teóricas sufi-
cientes para questionar ou rebater as novas ideias. Assim, os que não trabalham daquela maneira
acabam se sentindo desatualizados, por fora, por baixo. Ficam na obrigação de começar a usar
métodos para os quais não foram capacitados. E, às vezes, há mesmo um grupo de vanguarda que
assumiu o poder e institui as mudanças por lei, sem discussão. Para promover uma grande mudan-
ça, é preciso base científica e técnica. Sem isso, aparecem os mitos que aprisionam o professor.

5. Quais os principais mitos criados nos últimos tempos?

TANIA:
Um deles é que afeto e carinho são imprescindíveis na aprendizagem. Eles são importantes, mas
não determinantes.
Esse mito acaba dando a entender que um professor que não faz brincadeiras, mesmo dominan-
do os conteúdos, não é competente.
Se ele é frio nas relações pessoais, é rotulado de inapto. Outro mito que paira sobre as escolas
é que, se o professor é bom — ou seja, criativo, dinâmico e usa diversas ferramentas de ensino —,
qualquer aluno aprende. Claro que tudo isso é importante, mas também não é suficiente.
Para aprender, é necessário que o aluno esteja motivado, que estude, faça as lições e se esforce.
Só aulas maravilhosas não bastam.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 133

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6. Mas não é função do professor motivar os alunos?

TANIA:
Com certeza. Mas não se pode atribuir somente a isso o sucesso ou o fracasso de aprendizagem.
A motivação é um processo interno do aluno e não envolve mágica, mas didática. Não adianta o
professor chegar à frente da sala e dar um show. O processo todo envolve principalmente comuni-
cação, ou seja, a escolha do código adequado para aquela disciplina e para o público em questão.
O papel do professor é iniciar esse processo, trazendo coisas interessantes para o aluno, de acor-
do com a faixa etária. Ligar o conteúdo à realidade tem se mostrado um método bastante eficaz.
Alguns conteúdos, no entanto, não se prestam a essa estratégia. Isso não significa que devam ser
retirados do currículo.

7. O professor deve usar o lúdico no processo de ensino e aprendizagem?

TANIA:
A escola não precisa ser o tempo todo atraente e lúdica como algumas teorias propõem. Quem
defende isso nunca deu aulas e, muitas vezes, não é especialista em Educação. A escola tem de
ensinar que, para conseguir alguma coisa, é preciso esforço e dedicação. Caso contrário, ela estará
apenas enfatizando valores que a sociedade preconiza e prejudicam a Educação.

8. Que valores são esses?

TANIA:
A sociedade tem uma parcela significativa de culpa pelo fracasso da Educação no País. Ela está
cada vez mais consumista e imediatista, voltada para a busca do prazer e para a criação de desejos
e necessidades. A mídia dá um valor absurdo à fama, ao poder e ao dinheiro. O saber e as conquis-
tas intelectuais são minimizados. Esforços e dedicação não são méritos levados em consideração.
O discurso teórico defende que a Educação é imprescindível, mas o que se vê na prática é um en-
deusamento do que é fácil e do que dá prazer imediato. E aprender, muitas vezes, é difícil e sofrido.
Com o saber desvalorizado, a escola e o papel do professor também ficam desprestigiados.
©dragonstock/stock.adobe.com

“Aulas maravilhosas não bastam para o


aluno aprender. Ele deve estudar e se
esforçar.”

134 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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om
obe.c
k.ad
to/stoc
©iofo

9. Mas, apesar de todas as dificuldades, os pro- 10. Como deveriam ocorrer as mudanças na área
fessores ainda não entregaram os pontos... da Educação?

TANIA: TANIA:
Alguns desistem e mudam de profissão. Qualquer mudança deveria ser precedida
Dos que ficam, poucos têm má vontade. de um projeto-piloto para testar sua eficá-
A maioria se vira e tenta fazer o que pode. cia, prever os problemas que podem surgir e
Mas esses também acabam reféns, dessa vez já propor uma solução antes da aplicação em
da própria consciência, pois acham que não todo o sistema.
trabalham como gostariam e deveriam. Isso fica As inovações devem ser avaliadas para não
muito claro quando os entrevistados apontam a haver dúvidas de que elas produzirão os resul-
dificuldade em avaliar os alunos. A maioria dos tados esperados. Mais do que isso: é neces-
educadores acredita na eficiência da avaliação sário ouvir o professor, que, afinal de contas,
qualitativa, mas reconhece não fazê-la como é quem está na linha de frente, é quem im-
deve. Para avaliar as conquistas na aprendi- plementa todas as novidades. Com isso, não
zagem de conteúdos, de procedimentos e de quero defender que é preciso pedir licença ao
atitudes, o professor precisa olhar para cada um professor para tomar uma decisão político-pe-
de maneira singular. Ora, mas como fazer isso dagógica, mas é imprescindível acabar com
com mais de quarenta alunos por sala, dando essa dicotomia entre os que pensam e os que
aula em mais de uma escola e sem tempo para fazem a Educação.
planejar instrumentos de avaliação variados?
Resultado: ou ele faz o que dá e sente culpa por
não fazer bem-feito ou escolhe outro tipo de
avaliação para ser menos injusto com o aluno.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 135

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13. Como driblar essa falta de estrutura da
escola pública?

TANIA:
Não podemos supervalorizar os recursos
tecnológicos, porque nada substitui a presen-
ça e a interferência do professor em sala de
aula. Ele pode levar uma caixa de papelão fe-
chada para a classe, colocar em cima da mesa
e pedir que a turma adivinhe o que tem dentro.
Lá pode estar simplesmente um exercício ou
11. Mas as Secretarias de Educação costumam uma proposta de atividade, mas isso já vai
oferecer capacitação quando mudam o sistema... provocar a turma. O professor tem de mostrar a
beleza e o poder das ideias usando os recursos
TANIA: que tem, mesmo que isso se resuma a lousa.
O treinamento é feito durante o processo de Muitos colegas estão se virando para melhorar
implementação do projeto, e não a priori, como sua formação: mesmo não tendo dinheiro para
deveria. O professor precisa ser instrumenta- comprar livros, quem está interessado em se
lizado para ter domínio das técnicas e se sentir aperfeiçoar vai à biblioteca da escola ou da
seguro antes de entrar na sala de aula. Sem cidade ou usa a Internet — em casa, na escola
isso, fica muito difícil resolver os diversos pro- ou em lugares públicos. Mas nada disso isen-
blemas que aparecem. Acho que foi essa falta ta o governo de fazer seu trabalho e oferecer
de envolvimento que comprometeu a implanta- melhores condições para o docente, ouvir os
ção dos ciclos na escola pública. professores antes de qualquer mudança e se
comprometer com a Educação.
12. Os professores são contra o sistema de
ciclos?
14. Qual uso você gostaria que as pessoas que
estão em cargos de comando na Educação fi-
TANIA:
zessem com as informações de sua pesquisa?
Para minha surpresa, não. Eles são a favor,
mas desde que outras medidas também sejam
TANIA:
adotadas ao mesmo tempo. Na pesquisa, 66%
Faltava ouvir o educador, e isso nós fazemos
dos entrevistados afirmam que só veem sentido
agora. Se os governantes usarem os dados e co-
no sistema de ciclos e na progressão continua-
meçarem a dar voz ao professor antes de qual-
da com o aumento de carga horária dos estu-
quer mudança radical, estarão criando chances
dantes na escola e um esquema para dar refor-
para quem trabalha em sala de aula também se
ço aos que têm dificuldade em acompanhar a
sentir responsável pelas mudanças e aderir ao
turma. E os professores têm razão: nos países
projeto. Assim, eles poderão apontar o que está
em que os ciclos deram certo, as classes foram
dando certo e o que é necessário fazer para me-
organizadas com menos alunos, os professores
lhorar o resultado do trabalho. Falam tanto em
tiveram aumento substancial no salário para
afeto em relação ao aluno, por que não ter afeto
poder dedicar-se em tempo integral à escola
também em relação ao professor?
e receberam treinamento antes de começar a
trabalhar dessa forma. O professor precisa ser ouvido. Disponível em: <https://no-
vaescola.org.br/conteudo/914/tania-zagury-o-professor-
Por Paola Gentile -precisa-ser-ouvido> Acesso em: 23 mar. 2022.

136 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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CAPÍTULO
4
Ser construtivista implica em considerar o que o aluno já vivenciou e já conhece sobre de-
terminado conteúdo, estabelecendo metas que resultem em uma ampliação de seu conheci-
mento inicial.
O educador construtivista acredita no poder da informação como forma de ampliar e siste-
matizar o que o aluno já conhece, buscando a construção do conhecimento científico. Ser
construtivista é trabalhar sempre com desafios que permitam ao aluno ir além do que sabe,
fazendo-o buscar soluções que superem sempre as já conhecidas.
Mariângela Bueno, Sonia Dreyfuss e Suzana P. Correa.

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Conteúdos da coleção e a BNCC
CAPÍTULO 4

Unidades Objetos de
Conteúdos Habilidades
temáticas conhecimento
Contagem do —
­ — Nota:
tempo A BNCC não define o estudo da contagem do tempo
como competência a ser desenvolvida na disciplina de
História 1o ano – Ensino Fundamental. Consideramos,
porém, ser esse conteúdo de grande importância para a
formação estudantil, por isso as páginas a seguir abordam
esse objeto de conhecimento.

Dia e noite — — Nota:


A BNCC não define o estudo do dia e da noite como
competência a ser desenvolvida na disciplina de História
1o ano – Ensino Fundamental. Consideramos, porém,
ser esse conteúdo de grande importância para a forma-
ção estudantil, por isso as páginas a seguir abordam esse
objeto de conhecimento.

Tudo tem seu • Mundo pessoal: • As fases da vida e a ideia (EF01HI01) Identificar aspectos do seu crescimento
tempo meu lugar no mundo de temporalidade (passado, por meio do registro das lembranças particulares ou
presente, futuro) de lembranças dos membros de sua família e/ou de
sua comunidade.

Dividindo o • Mundo pessoal: • As fases da vida e a ideia (EF01HI01) Identificar aspectos do seu crescimento
tempo meu lugar no mundo de temporalidade (passado, por meio do registro das lembranças particulares ou
presente, futuro) de lembranças dos membros de sua família e/ou de
sua comunidade.

138 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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Unidades Objetos de
Conteúdos Habilidades
temáticas conhecimento
Diferenças • Mundo pessoal: • As fases da vida e a ideia (EF01HI01) Identificar aspectos do seu crescimento
ao longo do meu lugar no mundo de temporalidade (passado, por meio do registro das lembranças particulares ou
tempo presente, futuro) de lembranças dos membros de sua família e/ou de
sua comunidade.

Diferenças • Mundo pessoal: • As fases da vida e a ideia (EF01HI01) Identificar aspectos do seu crescimento
num mesmo meu lugar no mundo de temporalidade (passado, por meio do registro das lembranças particulares ou
tempo presente, futuro) de lembranças dos membros de sua família e/ou de
sua comunidade.
• As diferentes formas de (EF01HI02) Identificar a relação entre as suas histórias e
organização da família e da as histórias de sua família e de sua comunidade.
comunidade: os vínculos pes-
soais e as relações de amizade

Mesmas pes- • Mundo pessoal: • As fases da vida e a ideia (EF01HI01) Identificar aspectos do seu crescimento
soas, tempos meu lugar no mundo de temporalidade (passado, por meio do registro das lembranças particulares ou
diferentes presente, futuro) de lembranças dos membros de sua família e/ou de
sua comunidade.
• As diferentes formas de (EF01HI02) Identificar a relação entre as suas histórias e
organização da família e da as histórias de sua família e de sua comunidade.
comunidade: os vínculos pes-
soais e as relações de amizade

Dinâmica para — — Nota:


trabalhar o so- A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define um
cioemocional conjunto de competências gerais, que serve como um
guia para o aprendizado das crianças e que deve ser
desenvolvido de forma integrada ao currículo.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 139

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000
98

Orientação didática

Localize, com seus alunos,


de que lado fica o nascente e
o poente, lembrando de infor-
mar-lhes que nossa localiza-
ção e referencial podem mu-
dar, mas o Sol segue o mesmo
caminho todos os dias. Apro-
veite e conte também algumas
lendas e histórias populares
sobre o Sol e a Lua e fale do
fato de eles nunca estarem
presentes no céu ao mesmo
tempo.

Nota:
A BNCC não define o estudo da contagem
do tempo como competência a ser desenvol-
vida na disciplina de História 1o ano – Ensino
Fundamental. Consideramos, porém, ser
esse conteúdo de grande importância para a
formação estudantil, por isso as páginas a se-
guir abordam esse objeto de conhecimento.

A prática educativa deve buscar situações de aprendizagem que


reproduzam contextos cotidianos nos quais, por exemplo, escrever,
contar, ler, desenhar, procurar uma informação, etc. tenham uma função
real. Isto é, escreve-se para guardar uma informação, para enviar uma
mensagem; contam-se tampinhas para fazer uma coleção; etc.
Parâmetros Curriculares Nacionais

140 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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99

Orientação didática

Peça às crianças que falem


sobre como é a rotina delas de
acordo com o momento do dia,
descrevendo para onde vão e o
que fazem nos três momentos
do dia: manhã, tarde e noite.
Peça-lhes que atentem ao re-
lato dos colegas de sala, para
captar que a rotina de cada um
é particular.

Nessa idade, muitas crianças ainda não sabem


decifrar os relógios de ponteiro. Por isso, traba- Segundos
lhe esse assunto em sala, falando sobre a função
de cada ponteiro. Depois, disponibilize um relógio
para que as crianças possam manuseá-lo, e elas
devem inserir a hora falada por você.

Minutos
Horas
©apinan / Stock.adobe.com

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 141

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100

Sugestão de atividade

1. Complete o calendário abaixo. Resposta pessoal

Fevereiro Maio
©MasterSergeant / Stock.adobe.com

Julho Agosto Novembro

142 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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101

Sugestão de atividade

1. Registre, com a ajuda de um familiar, suas atividades diárias e os horários em que elas acontecem.
Resposta pessoal
00h00 08h00 16h00
01h00 09h00 17h00
02h00 10h00 18h00
03h00 11h00 19h00
04h00 12h00 20h00
05h00 13h00 21h00
06h00 14h00 22h00
07h00 15h00 23h00

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 143

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102

Sugestão de atividade

1. Observe as cenas. Pinte a que mostra o horário mais próximo ao que você vai à escola. Resposta pessoal

a. b.

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103

Nota:
A BNCC não define o estudo do dia e da
noite como competência a ser desenvolvida
na disciplina de História 1o ano – Ensino
Fundamental. Consideramos, porém, ser
esse conteúdo de grande importância para a
formação estudantil, por isso as páginas a se-
guir abordam esse objeto de conhecimento.

Sugestão de atividade

1. Marque no relógio abaixo que horas são e, em a. Baseado no horário que você marcou, que período
seguida, responda. Resposta pessoal do dia é?

Manhã

Tarde

Noite

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104

Sugestão de atividade

1. De acordo com as situações abaixo, diga se elas c. Estou almoçando.


fazem parte do passado, presente ou futuro.
Presente
a. Farei 8 anos semana que vem. d. Irei passar férias em Santa Catarina.
Futuro Futuro

b. Fui a um aniversário ontem. e. Sábado fiz um bolo.


Passado Passado

146 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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105

Orientação didática

Promova uma roda de con-


versa com os seus alunos e
pergunte-lhes o que costu-
mam fazer durante o dia e a
noite. No horário em que eles
estiverem disponíveis, dê
dicas de como ocupar o tem-
po: pode ser uma brincadeira
nova, um filme, um livro, entre
outras atividades.

Sugira que as crianças acordem bem cedinho ©4zevar, mgdrachal, Ihor / Stock.adobe.com

para contemplar o nascer do Sol. É um momento


em que é possível olhar para o Sol sem machucar
os olhos, pois a luz dele ainda está “fraca”. Depois,
converse com elas sobre a experiência e peça que
desenhem o momento vivido em um papel.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 147

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106

Sugestão de atividade

1. Escreva as ações abaixo na coluna adequada.


Sugestão de resposta DIA NOITE

a. Almoçar d. Dormir Almoçar Jantar

b. Jantar e. Ir à escola
Tomar banho Tomar banho
c. Tomar banho f. Assistir TV
Ir à escola Dormir

Assistir TV Assistir TV

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000
107

Orientação didática

Leve para a sala de aula


imagens de paisagens em dife-
rentes épocas e peça aos alu-
nos que explorem as diferen-
ças entre elas; pergunte se eles
acham que as paisagens eram
melhores antes ou depois.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

A criança que cresce acreditando que é uma pessoa merecedora de


valor tem sua capacidade produtiva e criativa estimulada, adapta-se
com mais desembaraço a novas situações, tende a ser mais coerente
e ponderada em suas escolhas, é mais aberta e receptiva ao diálogo e
acata os limites com mais condescendência.
Vera Nunes

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 149

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108

Orientação didática

Entregue aos alunos uma fo-


lha em branco e peça-lhes que
façam dois desenhos, um de
quando eram bebês e o outro
deles nos dias atuais. Depois,
peça-lhes que pintem os dese-
nhos e digam as mudanças que
ocorreram. Exponha as produ-
ções na sala de aula.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

Solicite que as crianças façam um roteiro do dia


a dia delas. Elas devem listar todas as atividades
que fazem em casa, em cursos e, ao lado, sinalizar
o horário da atividade. Esse exercício permite que
elas percebam que tudo tem um tempo.

©wavebreak3, Tsareva.pro / Stock.adobe.com

150 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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000
109

Orientação didática

Entregue a cada aluno o


nome de um objeto para que
ele pesquise como era aquele
objeto no passado e como está
atualmente. Depois, peça aos
alunos que socializem a pes-
quisa com os colegas. Por fim,
exponha as imagens no mural
da sala de aula.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

Identifique e supere suas dificuldades. O primeiro passo para


buscar mudanças é determinar suas falhas. Invista no que pode ser
aperfeiçoado: peça ajuda à equipe pedagógica, que pode indicar livros;
busque na Internet orientações para suas dúvidas e converse com os
professores para se aprofundar em determinados temas.
Nova Escola. Ano XXXIV. n. 228. São Paulo: Abril, dezembro, 2009.

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000
110

Orientação didática

Pergunte às crianças se
elas fazem atividades dife-
rentes pela manhã e à tarde.
Pergunte também quais são as
outras atividades que só são
feitas durante a noite. Podem
ser lembrados os horários da
escola, dos programas de te-
levisão, de dormir, de almoçar,
de tomar banho, enfim, diver-
sos elementos do cotidiano da
criança. Por contraste, lembre
as crianças dos trabalhadores
noturnos, que realizam ativi-
dades durante a noite.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

A escola tem três grandes papéis. Ela é um centro epistemológico,


um núcleo de preparação para o mercado de trabalho e um
universo de socialização. Não se ensina que nem tudo que há
na geladeira serve para comer? Para o cérebro, vale a mesma
verdade. Pais e escola devem atuar para que a qualidade da
informação seja saudável.
Celso Antunes

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000
111

Orientação didática

Vamos recitar!

Dividindo meu tempo

Ora, hora!
Hora de dormir,
hora de acordar,
hora de comer,
hora de tomar banho,
hora de se vestir,
hora de ver televisão!
Hora de brincar lá fora!

Hora de agora,
hora de daqui a pouco,
hora de toda hora...
Ora, ora!
Será que ninguém desconfia
que eu não sou relógio?

TELLES, Carlos Queiroz. Abobrinha quan-


do cresce... São Paulo: Moderna, 1993.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

Leve uma ampulheta para a sala a fim de que


as crianças possam manuseá-la. Explique seu
funcionamento. No pátio, vocês podem construir
um relógio solar e observar o passar das horas.

©tatianika, chones / Stock.adobe.com

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 153

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000
112

Orientação didática

Proponha uma breve pes-


quisa sobre os instrumen-
tos utilizados para se medir
o tempo. Peça aos alunos
que tragam, na próxima aula
de História, alguns dos ins-
trumentos pesquisados que
tenham em casa.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

O professor pensa ensinar o que sabe, o que recolheu dos


livros e da vida, mas o aluno aprende do professor não
necessariamente o que o outro quer ensinar, mas aquilo que
quer aprender.
Affonso Sant’Anna

154 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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000
113

Orientação didática

De posse dos instrumentos


solicitados na aula anterior,
converse com os alunos sobre
a importância de se medir o
tempo. Pergunte-lhes quais
dos instrumentos trazidos por
eles são mais comuns ou mais
fáceis de serem utilizados.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

Autoconfiança é uma das principais características de


um bom professor. É através dela que muitas ideias e
informações são ‘compradas’ pelos alunos (e pela direção,
quando você vai apresentar um projeto novo).
Basílio Neto

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 155

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000
114

Orientação didática

Construa, com os alunos,


um relógio, utilizando cartolina
ou outro material disponível, e
estimule-os a marcar as horas
que você solicitará. Aproveite
para explicar a função de cada
ponteiro, possibilitando co-
nhecerem as características
de cada um. Depois, peça aos
alunos que desenhem um re-
lógio e marquem a hora em que
iniciam as aulas. Verifique se
todos colocaram os ponteiros
no lugar certo.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

Na prática pedagógica, interdisciplinaridade e transversalidade


alimentam-se mutuamente, pois o tratamento das questões trazidas
pelos temas transversais expõe as inter-relações entre os objetos de
conhecimento, de forma que não é possível fazer um trabalho pautado na
transversalidade tomando-se uma perspectiva disciplinar rígida.
Parâmetros Curriculares Nacionais

156 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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000
115

Orientação didática

Peça aos alunos que pes-


quisem fotos antigas e atuais
de cidades, pessoas, utensí-
lios, vestuário e transportes
e monte com eles um grande
mural com o título: Ontem e
hoje, mudanças do tempo.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

Para trabalhar esse assunto, é interessan-


te fazer alusão a grandes eventos da história ©s_kuzmin, Vitezslav Halamka, LiliGraphie, dottedyeti / Stock.adobe.com

do mundo, como a extinção dos dinossauros.


Peça que imaginem como deveria ser naquela
época, como seria hoje em dia se os dinos-
sauros estivessem entre nós. Quais outros
eventos causaram grande mudança no modo
de viver ao longo do tempo?

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 157

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000
116

Orientação didática

Peça às crianças que tra-


gam fotos antigas e atuais da
família delas e solicite-lhes
que digam quais as diferenças
percebidas entre os dois pe-
ríodos. Depois, solicite-lhes
que escrevam uma legenda
para cada uma das fotos.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

A interdisciplinaridade questiona a segmentação entre os diferentes


campos de conhecimento produzida por uma abordagem que não
leva em conta a inter-relação e a influência entre eles — questiona
a visão compartimentada (disciplinar) da realidade sobre a qual a
escola, tal como é conhecida, historicamente se constituiu. Refere-
- se, portanto, a uma relação entre disciplinas.
Parâmetros Curriculares Nacionais

158 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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000
117

Orientação didática

Monte um álbum seriado de


fotos da família de cada aluno
e exponha-o na sala. Faça um
varal e coloque todos os álbuns.
Solicite fotos antigas e
atuais dos familiares dos alu-
nos e promova uma exposição
entre grupos. Estimule a ora-
lidade dos alunos. Você pode
pedir ainda que eles levem
roupas de familiares para pro-
mover um desfile na sala.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

A primeira meta da Educação é criar homens que sejam capazes de fazer


coisas novas; homens que sejam criadores, inventores, descobridores.

Jean Piaget

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 159

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000
118

Orientação didática

Realize uma pesquisa, em


revistas, jornais e livros, de
gravuras de pessoas repre-
sentando a evolução do tem-
po. Junto aos alunos, monte
um mural para fixar na sala.
Oriente os alunos a colocar
nas fotos, se possível, o ano a
que elas pertencem.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

Professores e professoras ensinam, sim, e têm um papel


importante nesse ato de ensinar, isso significa planejar seu
trabalho, marcando seus princípios teóricos, definindo seus
objetivos e implementando ações para atingi-los.

Yvany Souza Ávila

160 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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119

Orientação didática

Promova uma roda de con-


versa com os alunos sobre as
diferenças existentes entre as
pessoas. Pergunte-lhes quais
são as que eles observam e
ressalte a importância de sem-
pre respeitá-las, já que são
elas que tornam cada pessoa
especial, singular.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

O presente é reflexo do passado, e, graças


a isso, muitos costumes permanecem. Solicite
às crianças que entrevistem os avós delas ou
outras pessoas idosas e os questionem sobre
hábitos que eles possuíam antigamente e que
possuem ainda hoje. Também é válido pontuar
costumes que tenham mudado com o tempo.

©New Africa, deagreez / Stock.adobe.com

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 161

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120

Orientação didática

Proponha às crianças que


façam uma colagem de fotos
antigas e atuais da cidade em
que moram. Peça-lhes que
comparem as fotos levadas e
produzam um texto contando
os acontecimentos represen-
tados. Faça a socialização dos
textos produzidos, explorando
a oralidade dos alunos.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

Sugira uma atividade em que as crianças irão


procurar na casa delas objetos ou materiais anti-
gos. Elas podem pedir ajuda aos pais para achar
rádios, relógios, roupas, chapéus, etc. Também
devem questionar como eram usados determi-
nados objetos e se ainda funcionam.

©Masson, Deyan Georgiev, patpitchaya, pbombaert, pinkeyes / Stock.adobe.com

162 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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121

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

Sugestão de atividade

1. Escolha uma pessoa de sua família e cole uma


foto antiga e uma foto recente dela. Resposta pessoal

O que mudou de uma foto para


outra? Escreva abaixo.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 163

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122

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

Sugestão de atividade

1. Ordene as sílabas e descubra o nome de objetos 2. Agora, ilustre os objetos da questão anterior.
usados no passado. Resposta pessoal

a. CO-MO-TI-LO-VA Locomotiva

b. GRA-TE-FO-LÉ Telégrafo

c. TRO-VI-LA Vitrola

164 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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000
123

Orientação didática

Oriente os alunos a dese-


nhar uma paisagem e, em se-
guida, peça-lhes que a modi-
fiquem, deixando-a diferente
do esboço inicial. Explique-
-lhes que mudanças ocorrem o
tempo todo. Exponha as pro-
duções na sala de aula.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

Os conhecimentos prévios do leitor são sempre tomados como ponto


de partida para as atividades de leitura, pois, antes de ser dado o texto
para o estudante ler, são propostas atividades que despertam na
criança o interesse pela leitura e ativam seus conhecimentos prévios.
Trabalham-se o título, os autores (do texto e das ilustrações) e as
ilustrações, criando, dessa maneira, mais contextualização.
Parâmetros Curriculares Nacionais

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 165

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000
124

Orientação didática

Monte um painel com fotos


dos próprios alunos, mostre-
-lhes a própria evolução, o
quanto cresceram fisicamente
e em comportamento. Peça-
-lhes que digam as principais
mudanças pelas quais eles
passaram. Enfatize que, com
o tempo, tudo muda: lugares,
pessoas, animais, etc.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

Os alunos sonham com outras relações: serem conhecidos e


reconhecidos em sua individualidade, em sua vida pessoal. Os alunos
sonham com relações nas quais possam revelar ao professor seus
gostos, seus problemas e mesmo seus defeitos — ‘desvendar sua
personalidade’ — e o professor se interesse por isso.
Snyders

166 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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000
125

Orientação didática

Promova uma sessão de


cinema com a turma. Pesquise
previamente e apresente em
sala de aula um filme de época.
Peça que os alunos observem
e comentem sobre as roupas,
os lugares, os automóveis, os
costumes. Pergunte quais as
diferenças entre o tempo atual
e o antigo.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma,


continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam
a ver o mundo pela magia de nossa palavra. O professor,
assim, não morre.
Rubem Alves

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 167

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126

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

Orientação didática

Objetivo: Recorte estrelas, a Lua e o Sol em papel lamina-


do (prateado e dourado).
Adquirir noções de espaço e de tempo.
Afixe o cartaz na parede e pergunte às crian-
Sugestão de atividades: ças qual das figuras recortadas é adequada
para completar a primeira cena, para que ela se
Divida uma cartolina ao meio com caneta pareça com o dia, e quais figuras completam a
hidrográfica. segunda cena, para que se pareça com a noite.

Desenhe uma mesma paisagem dos dois lados Deixe que as crianças colem as figuras no cartaz.
da cartolina.

168 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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000
127

Orientação didática

• Proponha novos questiona-


mentos, informe sobre dados
desconhecidos e organize
pesquisas e investigações.
Selecione materiais de fontes
de informação diferentes para
que sejam estudados em sala
de aula.
• Promova visitas a locais ri-
cos em informações e solicite
que os alunos façam pesqui-
sas neles.
• Proponha que os estudos
realizados se materializem
em produtos culturais, como
livros, murais, exposições,
teatros, maquetes, quadros
cronológicos, etc.

BNCC
(EF01HI01)
Identificar aspectos do seu crescimento por
meio do registro das lembranças particula-
res ou de lembranças dos membros de sua
família e/ou de sua comunidade.

(EF01HI02)
Identificar a relação entre as suas histórias e as
histórias de sua família e de sua comunidade.

Todos nós somos avaliados todos os dias por todas as pessoas.


No ambiente escolar, porém, a avaliação só faz sentido se estiver
a serviço da aprendizagem.
Harles Hadji

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 169

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128

Nota:
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
define um conjunto de competências gerais,
que serve como um guia para o aprendizado
das crianças e que deve ser desenvolvido de
forma integrada ao currículo.

Podemos identificar e caracterizar as seguintes competências necessárias para


conhecer e agir no mundo emocional:

• A capacidade de estar aberto ao mundo emocional.


• A capacidade de estar atento: escutar, perceber, ponderar, nomear e dar sentido
a uma ou a várias emoções.
• A capacidade de ligar emoção e pensamento.
• A capacidade de compreender e analisar as informações relacionadas com o
mundo emocional.
• A capacidade de regular a emoção.
• A capacidade de modular a emoção.
• A capacidade de acolher, acalmar e apoiar o outro.

170 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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Dinâmicas
1. Trenzinho 2. Brincar de crescer

Preparação: Material:
Crianças distribuídas em pequenos grupos. Nenhum.

Desenvolvimento: Desenvolvimento:
Cada grupo escolhe para si uma parte (ou Proponha às crianças uma dramatização do
peça) de um trem (ou ônibus): banco, roda, crescimento. Primeiramente mostre-lhes que
caldeira, apito, etc. Uma criança é escolhida são pequenos e que se parecem com uma boli-
para representar o maquinista (ou o motoris- nha. Agache e se encolha. As crianças deverão
ta). Para começar a brincadeira, o maquinista imitá-lo. Pouco a pouco, estiquem os braços,
destaca-se do grupo e avisa: “O trem quer sentem-se e depois, simultaneamente, esti-
partir, mas falta... (a caldeira, por exemplo, quem as pernas e os braços.
ou seja, uma das partes existentes no jogo)”.
As crianças que representam a peça chama- MALUF, Angela Cristina Munhoz. Atividades lúdicas para Educa-
ção Infantil: conceitos, orientações e práticas. 2. ed. Petrópolis:
da devem correr para a máquina. A primeira a Vozes, 2009.
chegar põe as mãos nos ombros (ou na cintu-
ra) do motorista; as restantes dispõem-se de
forma semelhante, isto é, umas com as mãos 3. Feitiço contra o feiticeiro
apoiadas nos ombros das outras. Assim, aos
poucos, todas vão sendo chamadas, até o trem Objetivo:
ficar pronto. Ao sinal de início, o maquinista Moral: Não deseje para os outros o que você
parte, seguido pelo resto do grupo, em coluna não gostaria que fizessem com você.
cerrada, apitando e fazendo evoluções, cor-
rendo ou diminuindo a marcha a frente ou em Material:
marcha a ré, etc. Cada criança deverá reprodu- Folhas papel-ofício cortadas ao meio, caneta
zir o som da respectiva peça que representa. ou lápis.

Procedimento:
Faça um círculo e entregue meia folha para cada
aluno. Peça que eles escrevam algo que gosta-
riam que o colega fizesse (uma prenda). Lem-
brando que nenhum colega poderá ver a frase
escrita. Em seguida, recolha e revele o que há
nos papéis. O que eles escreveram será o que
irão fazer no centro da roda.
©Cookie Studio.adobe.com

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 171

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Sugestão 2 4. Pare – Siga

Distribua um pedaço de papel e peça que os Promova a atividade no pátio da escola, levando
os alunos observem os amigos e pensem que os alunos a interpretar as cores do sinal. Algu-
animais poderiam ser. Em seguida, de maneira mas crianças serão os pedestres e observarão
secreta, peça que cada um escreva o nome desse o sinal com atenção, para saber se devem parar
animal. ou seguir. O sinal será representado por duas
Ao término, peça que leiam em voz alta e imitem crianças: uma segurará uma bandeira vermelha,
esse animal. significando PARE, e outra a bandeira verde,
significando SIGA.
Conclusão: Desenhe, em um painel, uma estrada e peça aos
Não podemos julgar as pessoas pela aparência alunos que desenhem ou recortem de revistas
ou colocar apelidos sem o consentimento. É pre- veículos e os coloquem no painel.
ciso refletir sobre o que somos, como nos com- Faça o Cantinho do Trânsito, com notícias trazi-
portamos e o que devemos mudar. das pelas crianças sobre trânsito e acidentes.

SANTOS, Jaqueline A. 50 dinâmicas para sala de aula. Armazém


de textos, 2015. Disponível em: <https://armazemdetexto.
blogspot.com/2015/03/dinamicas-para-sala-de-aula.html>.
Acesso em: 03 fev. 2022.

©Stefan Mokrzecki/stock.adobe.com

172 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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5. Dinâmica das palavras

Objetivos:
Reconhecer as palavras, usando a linguagem
corporal.

Material:
Caixa de presente com palavras em fichinhas,
lousa e giz.

Procedimentos:
Divida os participantes em equipes. Faça um
sorteio para saber a equipe que começa. Um
participante retira a palavra da caixa sem que os
demais vejam e faz a mímica da palavra para os
colegas descobrirem. Quem acertar ganha pon-
to. Em seguida, peça que o aluno que acertou es-
creva a palavra na lousa e forme uma frase (em
caso de alunos em fase de alfabetização, você e
os colegas poderão ajudar). Ganha o grupo que
fizer mais pontos; o grupo que perder deverá
cumprir uma prenda para o grupo vencedor.

Obs.: Educador, tenha cuidado na escolha da


prenda; deverá ser algo para que todos se divir-
tam, e não algo para prejudicar alguém.
6. Desejar coisas boas
SANTOS, Jaqueline A. 50 dinâmicas para sala de aula. Armazém
de textos, 2015. Disponível em: <https://armazemdetexto.
blogspot.com/2015/03/dinamicas-para-sala-de-aula.html>. Converse com os educandos sobre a capacida-
Acesso em: 03 fev. 2022. de de se desejar coisas boas para o outro.
Pergunte como cada pessoa na rua, em casa ou
na instituição pode desejar sentimentos bons
para todos com os quais convivem. Depois do
diálogo, distribua o nome de um colega para
cada um. Eles devem guardá-lo em segredo.
Explique que eles levarão esse nome para casa
e irão fazer apenas uma coisa: desejar coisas
boas para o colega. Eles devem deixar o papel
em um lugar visível e, em vários momentos,
pensar no colega.
Faça uma lista de coisas que eles podem dese-
jar de bom para o outro no quadro — por exem-
plo, podem desejar que ele seja feliz, tenha
saúde, fique alegre. No dia seguinte, dialogue
sobre como foi fazer a atividade em casa. Peça
que revelem quem cada um tirou e deem um
abraço no colega.
©Drobot Dean/stock.adobe.com

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 173

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7. História coletiva

Material:
Nenhum.

Desenvolvimento:
Com todos sentados em círculo, proponha a criação de uma história coletiva. Comece a história as-
sim: “Um dia fui ao zoológico e vi uma cobra enorme”. Em seguida, chame uma criança e pergunte:
“O que você viu?”. A criança deverá dizer o que viu e assim sucessivamente.
MALUF, Angela Cristina Munhoz. Atividades lúdicas para Educação Infantil: conceitos, orientações e práticas. 2. ed. Petrópolis:
Vozes, 2009.

8. Cartões coloridos

Material:
Cartolina, tesoura, caneta hidrográfica ou lápis de cor.

Desenvolvimento:
Corte em cartolina seis cartões retangulares, de tamanho médio. Pinte os cartões com caneta
hidrográfica, pincel atômico ou lápis de cor, cada um de uma cor. Coloque as crianças sentadas
em círculo no pátio ou na sala e os cartões coloridos empilhados com a cor para baixo, no meio do
círculo. Peça que uma criança inicie a atividade pegando um cartão, dizendo a cor que viu no car-
tão e, em seguida, mostrando na sala ou no pátio um objeto da mesma cor. Essa atividade pode
ser também realizada utilizando-se formas geométricas, em vez de cores.

MALUF, Angela Cristina Munhoz. Atividades lúdicas para Educação Infantil: conceitos, orientações e práticas. 2. ed. Petrópolis:
Vozes, 2009.

9. Rosto triste e rosto alegre

Material:
Pratos de papel, pincel atômico ou caneta hidrográfica,
fios de lã preta ou marrom, cola e tesoura.

Desenvolvimento:
Faça um rosto com a fisionomia triste em um prato de papel,
utilizando os fios de lã para fazer cabelos e caneta hidrográ-
fica ou pincel atômico para desenhar o rosto. E, em um outro
prato, faça um rosto com fisionomia alegre, utilizando também
fios de lã para fazer cabelos e caneta hidrográfica ou pincel
atômico para desenhar o rosto. Peça, então, que uma crian-
ça escolha um dos pratos (fisionomia triste ou alegre). Após
a escolha de um dos pratos, a criança imitará uma fisionomia
triste ou alegre e falará o porquê de estar triste ou alegre.

MALUF, Angela Cristina Munhoz. Atividades lúdicas para Educação Infantil: con-
ceitos, orientações e práticas. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2009.

174 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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10. Desenhando com barbante 12. Do que gosto e do que não gosto em
mim e nos outros
Material:
Pedaços de barbante de 40 cm, lápis de cera e Atenção! Só aplique essa atividade quando exis-
papel-sulfite. tir no grupo um clima de confiança e respeito.

Desenvolvimento: Objetivos:
Dê para cada criança um pedaço de barbante • Favorecer o autoconhecimento.
de 40 cm. Peça a cada uma que coloque o seu • Conhecer o que gosto e o que não gosto em
pedaço de barbante em cima da mesa, à vonta- mim e nos outros.
de. Ajude as crianças a colocar o papel-sulfite
em cima do pedaço de barbante sobre a mesa Dinâmica do coração:
e passar o lápis de cera horizontalmente, real- • Peça aos alunos que sentem em círculo e
çando a disposição do barbante. Mostre-lhes solicite a cada um que desenhe um coração.
os contornos formados pelo barbante enrolado Disponibilize colas, tesouras com pontas arre-
que elas fizeram. É possível variar essa ativi- dondadas e revistas e peça-lhes que procurem
dade molhando o pedaço de barbante em tinta figuras que expressem o que pode ficar dentro
guache e deixando-o cair sobre a folha de papel do coração (por exemplo, paz, saúde, amor,
para formar um contorno qualquer. amizade, etc.). Depois de fazerem as colagens,
eles devem apresentar o trabalho aos colegas.
MALUF, Angela Cristina Munhoz. Atividades lúdicas para Educa-
• Repita a atividade, pedindo aos alunos que
ção Infantil: conceitos, orientações e práticas. 2. ed. Petrópolis:
Vozes, 2009. colem em um coração coletivo figuras que ex-
pressem o que desejam aos amigos.
• Converse com a turma sobre a atividade,
11. Enumerar qualidades para pessoas, concluindo que aquilo que desejamos a nós
animais e objetos (expressão oral) mesmos também desejamos ao próximo. Deixe
claro que a convivência com as diferenças pode
gerar conflitos, mas que também é uma oportu-
Material:
nidade para aprender e crescer. O importante é
Nenhum.
expressar os sentimentos e as ideias.
Desenvolvimento:
Reflexão:
Peça a todas as crianças que se sentem em
Por meio dessa vivência, a criança toma cons-
círculo. Aponte para uma delas e faça uma per-
ciência de si mesma e encontra formas positivas
gunta (por exemplos: “Sua mãe é...?”; e a crian-
de sentir seu próprio corpo.
ça deve dar uma resposta, como “... é bonita.”).
Logo em seguida, apontando para outras crian-
ças, faça diversas perguntas, como “Seu pai
é...?”, “Seu cachorro é...?” e assim por diante. A
criança deverá pensar em uma qualidade para a
pessoa, o animal ou objeto.
MALUF, Angela Cristina Munhoz. Atividades lúdicas para Educa-
ção Infantil: conceitos, orientações e práticas. 2. ed. Petrópolis:
Vozes, 2009.

Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental 175

ME_SSE_HIS_1F_4UND.indd 175 25/03/2022 11:08:25


13. Trocando de quadrado 14. A mensagem

São colocados, na sala, vá- Classificação:


rios quadrados de acordo Finalizador.
com a quantidade de educan-
dos, sendo um verde e outro Materiais:
vermelho (podem ser outras Folha branca e canetas.
cores), sempre um quadrado
em frente ao outro. Cada edu- Objetivo:
cando se posiciona em frente Encerrar um encontro com
a um desses quadrados, e o sentimentos de alta autoesti-
educador explica aos alunos ma e alegria.
que, quando for dado o si-
nal, os que estão em frente ao Desenvolvimento:
quadrado verde devem mudar Solicite aos participantes
m

o
.c

.a
do
be
para outro quadrado verde e que formem um círculo com
ck
sto
bre
a k3
/
os educandos em frente aos as cadeiras.
ave
©w
quadrados vermelhos ficam Distribua uma folha para cada
parados. Quando chegarem ao um dos participantes e peça que
novo quadrado, terão de fazer escrevam uma mensagem de
quatro coisas: dizer “Oi, tudo despedida para qualquer colega
bem?”, falar o nome, a idade e do grupo, sem indicar o nome
o que mais gosta de fazer e de do colega. Recolha os papéis e
comer. O educador vai perce- misture-os.
bendo o ritmo da turma e se- Distribua-os novamente, cui-
gue dando o sinal até que mais dando para que ninguém receba
da metade dos educandos ou a o próprio papel.
turma toda tenha participado. Peça a cada um que leia a men-
Se o educando cair de novo em sagem, solicitando que tente
frente à mesma pessoa, repete adivinhar de quem é.
as falas para ela. Depois, os Caso não consiga, peça ao autor
educandos que estavam nos que se identifique, para receber
quadrados vermelhos fazem o um abraço do colega que ga-
mesmo exercício. Após todos nhou a mensagem.
terem participado, gera-se Ao final, parabenize o grupo,
um diálogo sobre a atenção lembrando a todos que as men-
em ouvir o outro, em conhecer sagens devem ser usadas em
mais sobre o próximo, em po- todos os momentos da vida.
der se apresentar, perguntan-
do a todos sobre as dificulda- FINAMOR, Ana Lígia Nunes. Dinâmicas
de grupo, histórias, mensagens, músicas,
des e facilidades na realização filmes e muitas atividades: para dinamizar
da tarefa. cursos, treinamentos, grupos de encontro
e reuniões. 2. ed. Canoas: Salles, 2008.
WENDELL, Ney. Praticando a gentileza em
sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2012.

176 Manual do Educador • História • 1o ano • Ensino Fundamental

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