Você está na página 1de 3

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA

DIREITO

Brad Braz Silva – 323112211

Bruno Castro – 319230450

Guilherme Cerqueira dos Anjos Franco – 320135076

Karine Ellen de Oliveira Alves – 323129273

Paola Mayara Pereira das Graças – 321220198

Ruan Ricardo Oliveira Saturnino – 323119587

Verônica Vitória da Costa Silva – 32313962

Victor Ventura de Souza Prata – 323115042

A3 PROCESSO PENAL

4ª VARA CRIMINAL BH-FURTO/JUSTIÇA GRATUITA

1
O Ministério Público oferece denúncia contra Everton Cristiano dos Santos, que
no dia 17 de fevereiro de 2022 por volta das 23horas na Avenida Presidente Antônio
Carlos, subtraiu 16 pedaços de alumínio da cabine do BRT São Francisco. Everton foi
acusado de utilizar um facão que estava em sua posse para auxiliar na extração do
material de dentro da cabine. Facão este encontrado apenas após a revista dentro de
sua mochila.
No dia do fato ocorrido, alguns passageiros que se encontravam na cabine do
move na qual o suspeito foi atuado, fizeram uma denúncia anônima pelo telefone 188,
essa atendida por guardar municipais que estavam mais próximos da localidade.
Everton Cristiano dos Santos foi preso em flagrante delito com base no artigo
155, Caput do Código Penal, Artigo 387, IV, Código de Processo Penal, Artigo 28A e
28-A §2° do Código de Processo Penal.
O auto de prisão em flagrante diz que o suposto réu foi encontrado dentro da
cabine do BRT depredando-a. Entretanto somente durante a revista foram localizados
o facão, que supostamente foi utilizado como ferramenta para extração dos diversos
pedaços de alumínio que também estavam dentro de sua mochila.
Ao réu foi dada o direito de fiança, fixado no valor de 3,000 reais, entretanto o
mesmo não havia condições de pagar, o que resultou em condução e prisão do
mesmo, enquanto aguardava o julgamento.
Para o desenrolar do processo foram chamados a testemunhar Ricardo
Cardoso da Silva, não obstante, também foi ouvido André Marcos Silva de Oliveira,
responsável por conduzir o réu. Ambos Guardas Municipais que atenderam ao
chamado.
Com base na presunção da veracidade:

Os depoimentos dos policiais, a respeito das funções que desempenham na


qualidade de agentes públicos, possuem presunção de veracidade e os atos
por eles praticados no exercício do cargo gozam de presunção de 2
legitimidade, motivo pelo qual seus testemunhos constituem relevantes
elementos probatórios (SILVANIO, 2020, n.p)

Toda via, a Defensoria Pública desconsiderou o depoimento e as provas


apreendidas pelas testemunhas, visto que, os Guardas Municipais não presenciaram

2
o fato supracitado, localizaram o suspeito fora do local do possível furto. Sendo assim
não poderia comprovar e afirmar a prática do delito.
Já nas alegações finais o Ministério Público alegou que o delito se deu de forma
consumada, que o processo não encontrava nenhum vício ou excludente de ilicitude.
Alega também, que os guardas o encontraram em posse do material subtraído e o
mesmo comprovado por meio de vídeo apresentado do interior da cabine do MOVE.
Pontos a serem reparados que as imagens são inconclusivas para a identificação do
acusado.
Everton Batista dos Santos é reincidente e utilizou-se do direito de permanecer
calado e aguardar instruções de quem fosse o assistir neste caso.
Já a defensoria pública em suas alegações finais fala sobre a excludente de
tipicidade que se dá pelo valor irrisório do material apreendido na posse de Everton a
partir do princípio da insignificância (bagatela). O Defensor também cita a utilização
do direto penal como última rátio, (última solução, último recurso) de forma que o
direito penal não entre para intervir de forma máxima na relação social entre cidadãos.
Por fim, solicita que o acusado seja absolvido.

Você também pode gostar