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Manual Daqui Mica
Manual Daqui Mica
Tabela periódica é a organização sistematizada das espécies atômicas de acordo com o seu
número de prótons e suas características físico-químicas.
A tabela periódica é uma organização sistemática das espécies atômicas descobertas e onde é possível obter informações
sobre elas, como número atômico e número de massa. Além disso, ela possibilita o estabelecimento de relações em torno
das propriedades periódicas dos elementos, como raio atômico e eletronegatividade.
Criada por Dmitri Mendeleiev e atualizada por Julius Lothar Meyer, a versão atualizada contém 118 elementos
posicionados em ordem crescente de número atômico. Ela é estruturada em grupos (colunas) e períodos (linhas). Cada
grupo contém elementos com o mesmo número de elétrons na camada de valência, e os elementos de cada período
possuem o mesmo número de camadas eletrônicas.
São ao total 18 grupos. Em alguns livros e artigos, pode-se encontrar a denominação família ou grupo com subdivisões do
tipo A e B, mas essa denotação entrou em desuso por recomendação da União Internacional da Química Pura e Aplicada
(Iupac). Atualmente a classificação é feita dividindo-se os elementos em colunas, chamadas de grupos, que vão do 1 ao 18.
Grupo 1 (metais alcalinos): hidrogênio (está posicionado no grupo 1, mas não possui semelhança com os demais
elementos do grupo), lítio, sódio, potássio, rubídio, césio e frâncio.
Grupo 3: escândio, ítrio e série de lantanídeos (15 elementos) e actinídeos (15 elementos).
Grupo 18 (gases nobres): hélio, neônio, argônio, criptônio, xenônio, radônio e oganésson.
→ Períodos
Período é a classificação dada na horizontal, em linhas, ordenadas de acordo com o número de camadas eletrônicas. No
primeiro período, por exemplo, estão os elementos que comportam seus elétrons em apenas uma camada. São sete
períodos ao todo. Veja a seguir o número de elementos em cada um.
1º período: 2 elementos.
2º período: 8 elementos.
3º período: 8 elementos.
4º período: 18 elementos.
5º período: 18 elementos.
6º período: 32 elementos.
7º período: 32 elementos.
Propriedades periódicas
Configuração eletrônica: local de maior probabilidade de se encontrar os elétrons de um determinado átomo.
Estando o átomo em estado neutro (sem carga), o número de elétrons será igual ao número de prótons, que é dado
na tabela periódica. A informação sobre o número atômico fica disposta no lado superior esquerdo ao símbolo do
elemento. A configuração eletrônica é feita a partir do número de elétrons de cada elemento e com o auxílio do
diagrama de Linus Pauling, no qual os elétrons se organizam em camadas e subcamadas.
Raio atômico: varia conforme o número de elétrons que cada átomo comporta. Assim como na configuração
eletrônica, o número de elétrons para átomos neutros é o mesmo que o número de prótons. O raio atômico é a
distância entre o núcleo e o elétron da camada mais externa.
Eletronegatividade: é a predisposição que o átomo tem para atrair elétrons. Essa propriedade varia conforme a carga
elétrica do átomo no estado fundamental e também pela proximidade da camada de valência com o núcleo do
átomo.
Energia de ionização: é a energia necessária para a separação de um elétron do átomo. Conforme os elétrons vão
sendo removidos, a energia de ionização vai aumentando. Essa energia varia conforme a distância do elétron a ser
removido e o núcleo do átomo, pois o núcleo exerce atração e energia potencial elétrica, duas forças que dificultam a
retirada do elétron.
Afinidade eletrônica ou eletroafinidade: é a energia liberada quando o átomo se adere a um elétron externo. Mede a
força de atração que o átomo tem para capturar elétrons e se tornar um íon de carga negativa.
Para saber mais sobre essas propriedades, leia o nosso texto: propriedades periódicas.
Essa tabela se organizava de acordo com a massa atômica dos elementos e era composta, inclusive, por espaços para
encaixar elementos que ainda não haviam sidos estudados ou reconhecidos, mas que poderiam ter suas propriedades
previstas.
Com o passar do tempo, à luz de novas descobertas científicas, como a existência de prótons, nêutrons e novas espécies
atômicas, tornou-se necessário reorganizar a tabela periódica. Foi Henry Moseley, em 1913, que reestruturou a tabela
proposta por Mendeleiev, colocando os elementos em ordem crescente de número atômico. Atualmente são catalogados
118 espécies químicas, sendo 94 de ocorrência natural e 24 sintetizados em laboratório.
As últimas descobertas atômicas são espécies sintéticas. Trata-se dos elementos de número atômico 113, 115, 117 e 118,
reconhecidos pela Iupac em dezembro de 2015.
Superpesados é o nome dado aos elementos químicos sintetizados recentemente em razão do alto número de
prótons em relação às espécies atômicas de ocorrência natural.
Em 2017, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que 2019 seria o Ano Internacional da Tabela Periódica,
em mérito aos avanços científicos da Química, que propõe solução para questões que envolvem o bem-estar geral.
Em 1863, na tentativa de criar uma tabela para a organização dos átomos, o químico John Newlands usou um
sistema de classificação inspirado nas oitavas musicais.
Mendeleiev publicou seu trabalho sobre a tabela periódica simultaneamente ao trabalho de Julius Lothar Meyer.
Ambos sistematizaram a organização dos elementos atômicos de forma semelhante. O que levou Mendeleiev a ter
mais notoriedade foram os espaços deixados, que previam a existência e as propriedades dos átomos que ainda
seriam descobertos. Outro ponto foi a organização feita por Mendeleiev, que ignorou em alguns momentos a ordem
da massa atômica, para se ter assim famílias químicas, compostas por elementos com propriedades em comum.
Com isso, despretensiosamente, a tabela foi organizada também por ordem crescente de número atômico.
Dos 118 elementos catalogados na tabela periódica, 24 são artificiais, 94 são de ocorrência natural e, desses 94
elementos, 10 são produtos do decaimento radioativo.