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Os Tipos de Cidades
Os Tipos de Cidades
3 – Os tipos de Cidades
4.3.1Quanto a Origem;
a) Os Burgos.
b) As bastidas e as cidades novas planejadas.
Burguesia:
Significado:
A burguesia é uma classe social que surgiu nos últimos
séculos da Idade Média (por volta do século XII e XIII) com
o renascimento comercial e urbano. Dedicava-se ao
comércio de mercadorias (roupas, especiarias, jóias, etc) e
prestação de serviços (atividades financeiras). Habitavam
os burgos, que eram pequenas cidades protegidas por
muros. Como eram pessoas ricas, que trabalhavam com
dinheiro, não eram bem vistas pelos integrantes do clero
católico.
Renascimento Urbano
História, crescimento das cidades, burgos, burgueses,
comércio, novas profissões, guildas e corporações de
ofício.
Introdução
No final da Idade Média (entre os séculos XIII e XV), a
Europa passou por transformações sociais, econômicas e
políticas de grande importância. O fortalecimento do
comércio e o surgimento da burguesia favoreceram o
desenvolvimento e surgimento de muitas cidades.
Crescimento urbano
Muitas destas novas cidades surgiram a partir dos burgos,
que eram conjuntos de habitações fortificadas que serviam
de residência para os burgueses. Com a dinamização da
economia nas cidades, em função do comércio, muitas
pessoas começaram a deixar o campo para tentar a vida
nos centros urbanos. Portanto, nos séculos XIV e XV, a
Europa passou por um importante processo de êxodo rural
(saída das pessoas do campo para as cidades).
Novas profissões
Com mais pessoas morando nas cidades européias, as
necessidades e transformações aumentaram muito.
Começaram a surgir novas profissões e oportunidades de
trabalho. O dinheiro, principalmente moedas de ouro e
prata, começou a circular com maior intensidade.
Os cambistas, por exemplo, ganharam espaço na
sociedade, pois com o avanço do comércio eram
necessárias as trocas de moedas, para o bom
funcionamento das relações comerciais entre as várias
regiões da Europa. Nesta época, cada cidade ainda
possuía um tipo de moeda diferente.
Surgiram também os banqueiros para garantir e proteger,
com segurança, as fortunas dos prósperos burgueses.
Cheques, cartas de créditos e outras modalidades
financeiras também começaram a ser utilizadas neste
período.
Organização dos trabalhadores
Os artesãos e comerciantes começaram a se organizar
como uma maneira de obterem melhores resultados em
suas atividades. Os artesãos criaram as corporações de
ofício, enquanto os comerciantes estabeleceram as guildas.
(Olhar) http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/330.pdf
Cidade Medieval
As cidades medievais - de entre os séculos XI e XV -
dividem-se em diversas categorias:
- as cidades de génese romana, que podem ter sido
abandonadas em determinada época e depois reocupadas
ou ainda, no declínio do Império Romano do Ocidente, ter
decrescido;
- as cidades que evoluíram a partir de aldeias;
- as que têm na sua base um núcleo militar e que foram
aceitando e implementando o comércio, chamadas
normalmente de burgos;
- as cidades novas;
- e as denominadas cidades bastide, que surgiram no País
de Gales, em Inglaterra e em França e se desenvolvem à
volta de um castelo.
Somente a partir do século X a Europa começou a atingir
uma certa estabilidade económica, comercial e política que
permitiu o crescimento das cidades que tinham entrado em
declínio após a queda do Império e o desenvolvimento dos
burgos, sendo que o século XIII é usualmente considerado
como aquele que mais propiciou a vida e a evolução da
cidade.
As tipologias variam de cidade para cidade, pois algumas,
sobretudo as que datam do período romano, correspondem
a um planeamento urbano em forma de retícula, enquanto
que outras, resultantes de adaptações e evoluções,
apresentam uma estrutura muito mais caótica, de
crescimento orgânico e descontrolado. Existem, contudo,
estruturas coincidentes em quase todas elas, como, por
exemplo, as muralhas, os edifícios e jardins, os circuitos
viários, o mercado e a igreja. As muralhas, para além de
servirem de defesa, funcionavam também como portagem
ao comércio, e, como eram barreiras físicas ao crescimento
urbano, tinham de ser sucessivamente criadas novas
cinturas, como aconteceu, por exemplo, na cidade de
Florença. As ruas, que começaram a ser pavimentadas e
por onde circulavam bestas de carga e pessoas, revestiam-
se de importância especial por ligarem todos os sítios onde
se comerciava, que era praticamente em toda a cidade. Ao
lado das ruas cresciam os edifícios, sobretudo em altura e
muito juntos, uma vez que o espaço confinante com a via
era social e comercialmente valorizado. A praça do
mercado situava-se normalmente no centro da urbe ou
junto à rua principal, e encontrava-se rodeada de edifícios
de cota mais ou menos igual, com galerias por baixo. Esta
praça podia ter diversas formas, desde a triangular à oval e
à quadrada. Em frente à igreja situava-se igualmente uma
praça (por vezes confinante com a do mercado), que se
revestia de importância particular por ser lá que se
reuniam, em convívio, os fiéis antes e depois da missa, e
onde eram também deixados os cavalos dos não
residentes.
As Cidades medievais
"As cidades medievais eram superlotadas, barulhentas,
escuras e tinham cheiro de estábulo. Só as ruas mais
largas eram pavimentadas; as outras eram sujas, com
esterco e lama. Na maioria are apenas vielas estreitas
onde não se podia passar com duas mulas sem derrubar
os quiosques dos vendeiros ou os toldos e tabuletas dos
que anunciavam seus serviços.
De dia, as ruas ficavam apinhadas de gente: ferreiros,
sapateiros, vendedores de tecido, açougueiros, dentistas...
Bastava o comerciante abrir as venezianas de sua casa
para transformá-la numa banca de mercadoria. Ficavam
também cheias de animais: cães, mulas, porcos, cavalos,
galinhas... À noite, eram silenciosas e muito escuras: não
havia iluminação pública. Era comum toque de recolher
decretado pelas municipalidades, como prevenção contra
assaltos e assassinatos.
Nas cidades medievais ocorriam castrações,
enforcamentos e amputações, e a população aglomerava
para assistir aos espetáculos de castigo. Muitas vezes os
criminosos eram arrastados pelas ruas numa carroça e
torturados antes da execução pública, sob o burburinho e
os gritos das multidões.
Eram freqüentes, também, os incêndios. As casa, de três
ou quatro andares, eram construídas de materiais
inflamáveis: paredes de madeira e galhos e tetos de palha
ou junco, que ardiam em poucos minutos. Se por um lado
os incêndios geravam prejuízos para os moradores, por
outro era benéfico, pois amenizava as condições de sujeira
que provocavam as doenças.
Apesar de existirem hábitos de higiene pessoal, como o
costume de freqüentar os banhos públicos, preservados
desde a época de Roma, só os ricos tinham as suas
próprias latrinas e fossas. A maioria da população jogava
seus excrementos em esgotos ou em pilhas de detritos a
céu aberto, tornando as vielas imundas, o mau cheiro
insuportável e as águas de abastecimento da cidade
poluídas.
A canalização da água não era recomendada pelas
oficialidades, que temiam a desvantagem de tornar as
cidades vulneráveis a sabotagens de exécitos inimigos. Só
em 1236, Londres começou a trazer água para a cidade em
aquedutos.
Uma das soluções adotadas para reduzir a sujeira foi a
pavimentação das ruas. Paris, em 1185, foi a primeira
cidade a ter suas ruas calçadas com pedras.
Mais ainda do que os excrementos humanos e a água suja,
a maior maldição das cidades medievais era a pulga, o
parasita do rato negro. As epidemias eram freqüentes e, de
1348 a 1349, as pulgas espalharam a peste bubônica,
conhecida como a peste negra, provocando milhões de
mortes."