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4.

3 – Os tipos de Cidades
4.3.1Quanto a Origem;
a) Os Burgos.
b) As bastidas e as cidades novas planejadas.

4.3.2 – Quanto à implantação no sítio


a) Acrópole
b) Planas

4.3.2 – Quanto ao traçado


a) Irregular ou espontâneo
b) Radiocêntrico ou radial
c) Ortogonal ou em grelha
d) Espinha de peixe
TEXTO GERAL
Cidade medieval >>
http://www.miniweb.com.br/historia/Artigos/i_media/cidade_
medieval.html
Baixa idade media >>
http://www.historiadomundo.com.br/idade-media/baixa-
idade-media.htm
http://www.suapesquisa.com/idademedia/
Idade Média
Introdução
A Idade Média teve início na Europa com as invasões
germânicas (bárbaras), no século V, sobre o Império
Romano do Ocidente. Essa época estende-se até o século
XV, com a retomada comercial e o renascimento urbano. A
Idade Média caracteriza-se pela economia ruralizada,
enfraquecimento comercial, supremacia da Igreja Católica,
sistema de produção feudal e sociedade hierarquizada.
Estrutura Política
Prevaleceu na Idade Média as relações de vassalagem e
suserania. O suserano era quem dava um lote de terra ao
vassalo, sendo que este último deveria prestar fidelidade e
ajuda ao seu suserano. O vassalo oferecia ao senhor, ou
suserano, fidelidade e trabalho, em troca de proteção e um
lugar no sistema de produção. As redes de vassalagem se
estendiam por várias regiões, sendo o rei o suserano mais
poderoso.
Todo os poderes jurídico, econômico e político
concentravam-se nas mãos dos senhores feudais, donos
de lotes de terras (feudos).
Sociedade Medieval
A sociedade era estática (com pouca mobilidade social) e
hierarquizada. A nobreza feudal (senhores feudais,
cavaleiros, condes, duques, viscondes) era detentora de
terras e arrecadava impostos dos camponeses. O clero
(membros da Igreja Católica) tinha um grande poder, pois
era responsável pela proteção espiritual da sociedade. Era
isento de impostos e arrecadava o dízimo. A terceira
camada da sociedade era formada pelos servos
(camponeses) e pequenos artesãos. Os servos deviam
pagar várias taxas e tributos aos senhores feudais, tais
como: corvéia (trabalho de 3 a 4 dias nas terras do senhor
feudal), talha (metade da produção), banalidades (taxas
pagas pela utilização do moinho e forno do senhor feudal).
trabalho dos servos no feudo medieval
Servos trabalhando no feudo
Economia Medieval
A economia feudal baseava-se principalmente na
agricultura. Existiam moedas na Idade Média, porém eram
pouco utilizadas. As trocas de produtos e mercadorias
eram comuns na economia feudal. O feudo era a base
econômica deste período, pois quem tinha a terra possuía
mais poder. O artesanato também era praticado na Idade
Média. A produção era baixa, pois as técnicas de trabalho
agrícola eram extremamente rudimentares. O arado
puxado por bois era muito utilizado na agricultura.
Religião na Idade Média
Na Idade Média, a Igreja Católica dominava o cenário
religioso. Detentora do poder espiritual, a Igreja
influenciava o modo de pensar, a psicologia e as formas de
comportamento na Idade Média. A igreja também tinha
grande poder econômico, pois possuía terras em grande
quantidade e até mesmo servos trabalhando. Os monges
viviam em mosteiros e eram responsáveis pela proteção
espiritual da sociedade. Passavam grande parte do tempo
rezando e copiando livros e a Bíblia.
Educação, cultura e arte medieval
A educação era para poucos, pois só os filhos dos nobres
estudavam. Esta era marcada pela influência da Igreja,
ensinando o latim, doutrinas religiosas e táticas de guerras.
Grande parte da população medieval era analfabeta e não
tinha acesso aos livros.
A arte medieval também era fortemente marcada pela
religiosidade da época. As pinturas retratavam passagens
da Bíblia e ensinamentos religiosos. As pinturas medievais
e os vitrais das igrejas eram formas de ensinar à população
um pouco mais sobre a religião.
Podemos dizer que, no geral, a cultura medieval foi
fortemente influenciada pela religião. Na arquitetura
destacou-se a construção de castelos, igrejas e catedrais.
No campo da Filosofia, podemos destacar a escolástica
(linha filosófica de base cristã), representada pelo padre
dominicano, teólogo e filósofo italiano São Tomás de
Aquino.
As Cruzadas
No século XI, dentro do contexto histórico da expansão
árabe, os muçulmanos conquistaram a cidade sagrada de
Jerusalém. Diante dessa situação, o papa Urbano II
convocou a Primeira Cruzada (1096), com o objetivo de
expulsar os "infiéis" (árabes) da Terra Santa. Essas
batalhas, entre católicos e muçulmanos, duraram cerca de
dois séculos, deixando milhares de mortos e um grande
rastro de destruição. Ao mesmo tempo em que eram
guerras marcadas por diferenças religiosas, também
possuíam um forte caráter econômico. Muitos cavaleiros
cruzados, ao retornarem para a Europa, saqueavam
cidades árabes e vendiam produtos nas estradas, nas
chamadas feiras e rotas de comércio. De certa forma, as
Cruzadas contribuíram para o renascimento urbano e
comercial a partir do século XIII. Após as Cruzadas, o Mar
Mediterrâneo foi aberto para os contatos comerciais.
guerra medieval
Guerra Medieval
As Guerras Medievais
A guerra na Idade Média era uma das principais formas de
obter poder. Os senhores feudais envolviam-se em guerras
para aumentar suas terras e o poder. Os cavaleiros
formavam a base dos exércitos medievais. Corajosos, leais
e equipados com escudos, elmos e espadas,
representavam o que havia de mais nobre no período
medieval.
Peste Negra ou Peste Bubônica
Em meados do século XIV, uma doença devastou a
população européia. Historiadores calculam que
aproximadamente um terço dos habitantes morreram desta
doença. A Peste Negra era transmitida através da picada
de pulgas de ratos doentes. Estes ratos chegavam à
Europa nos porões dos navios vindos do Oriente. Como as
cidades medievais não tinham condições higiênicas
adequadas, os ratos se espalharam facilmente. Após o
contato com a doença, a pessoa tinha poucos dias de vida.
Febre, mal-estar e bulbos (bolhas) de sangue e pus
espalhavam-se pelo corpo do doente, principalmente nas
axilas e virilhas. Como os conhecimentos médicos eram
pouco desenvolvidos, a morte era certa. Para complicar
ainda mais a situação, muitos atribuíam a doença a fatores
comportamentais, ambientais ou religiosos.

Revoltas Camponesas: as Jacqueries


Após a Peste Negra, a população européia diminuiu muito.
Muitos senhores feudais resolveram aumentar os impostos,
taxas e obrigações de trabalho dos servos sobreviventes.
Muitos tiveram que trabalhar dobrado para compensar o
trabalho daqueles que tinham morrido na epidemia. Em
muitas regiões da Inglaterra e da França estouraram
revoltas camponesas contra o aumento da exploração dos
senhores feudais. Combatidas com violência por partes dos
nobres, muitas foram sufocadas e outras conseguiram
conquistar seus objetivos, diminuindo a exploração e
trazendo conquistas para os camponeses.

Burguesia:
Significado:
A burguesia é uma classe social que surgiu nos últimos
séculos da Idade Média (por volta do século XII e XIII) com
o renascimento comercial e urbano. Dedicava-se ao
comércio de mercadorias (roupas, especiarias, jóias, etc) e
prestação de serviços (atividades financeiras). Habitavam
os burgos, que eram pequenas cidades protegidas por
muros. Como eram pessoas ricas, que trabalhavam com
dinheiro, não eram bem vistas pelos integrantes do clero
católico.

Renascimento Urbano
História, crescimento das cidades, burgos, burgueses,
comércio, novas profissões, guildas e corporações de
ofício.
Introdução
No final da Idade Média (entre os séculos XIII e XV), a
Europa passou por transformações sociais, econômicas e
políticas de grande importância. O fortalecimento do
comércio e o surgimento da burguesia favoreceram o
desenvolvimento e surgimento de muitas cidades.
Crescimento urbano
Muitas destas novas cidades surgiram a partir dos burgos,
que eram conjuntos de habitações fortificadas que serviam
de residência para os burgueses. Com a dinamização da
economia nas cidades, em função do comércio, muitas
pessoas começaram a deixar o campo para tentar a vida
nos centros urbanos. Portanto, nos séculos XIV e XV, a
Europa passou por um importante processo de êxodo rural
(saída das pessoas do campo para as cidades).
Novas profissões
Com mais pessoas morando nas cidades européias, as
necessidades e transformações aumentaram muito.
Começaram a surgir novas profissões e oportunidades de
trabalho. O dinheiro, principalmente moedas de ouro e
prata, começou a circular com maior intensidade.
Os cambistas, por exemplo, ganharam espaço na
sociedade, pois com o avanço do comércio eram
necessárias as trocas de moedas, para o bom
funcionamento das relações comerciais entre as várias
regiões da Europa. Nesta época, cada cidade ainda
possuía um tipo de moeda diferente.
Surgiram também os banqueiros para garantir e proteger,
com segurança, as fortunas dos prósperos burgueses.
Cheques, cartas de créditos e outras modalidades
financeiras também começaram a ser utilizadas neste
período.
Organização dos trabalhadores
Os artesãos e comerciantes começaram a se organizar
como uma maneira de obterem melhores resultados em
suas atividades. Os artesãos criaram as corporações de
ofício, enquanto os comerciantes estabeleceram as guildas.
(Olhar) http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/330.pdf

Cidade Medieval
As cidades medievais - de entre os séculos XI e XV -
dividem-se em diversas categorias:
- as cidades de génese romana, que podem ter sido
abandonadas em determinada época e depois reocupadas
ou ainda, no declínio do Império Romano do Ocidente, ter
decrescido;
- as cidades que evoluíram a partir de aldeias;
- as que têm na sua base um núcleo militar e que foram
aceitando e implementando o comércio, chamadas
normalmente de burgos;
- as cidades novas;
- e as denominadas cidades bastide, que surgiram no País
de Gales, em Inglaterra e em França e se desenvolvem à
volta de um castelo.
Somente a partir do século X a Europa começou a atingir
uma certa estabilidade económica, comercial e política que
permitiu o crescimento das cidades que tinham entrado em
declínio após a queda do Império e o desenvolvimento dos
burgos, sendo que o século XIII é usualmente considerado
como aquele que mais propiciou a vida e a evolução da
cidade.
As tipologias variam de cidade para cidade, pois algumas,
sobretudo as que datam do período romano, correspondem
a um planeamento urbano em forma de retícula, enquanto
que outras, resultantes de adaptações e evoluções,
apresentam uma estrutura muito mais caótica, de
crescimento orgânico e descontrolado. Existem, contudo,
estruturas coincidentes em quase todas elas, como, por
exemplo, as muralhas, os edifícios e jardins, os circuitos
viários, o mercado e a igreja. As muralhas, para além de
servirem de defesa, funcionavam também como portagem
ao comércio, e, como eram barreiras físicas ao crescimento
urbano, tinham de ser sucessivamente criadas novas
cinturas, como aconteceu, por exemplo, na cidade de
Florença. As ruas, que começaram a ser pavimentadas e
por onde circulavam bestas de carga e pessoas, revestiam-
se de importância especial por ligarem todos os sítios onde
se comerciava, que era praticamente em toda a cidade. Ao
lado das ruas cresciam os edifícios, sobretudo em altura e
muito juntos, uma vez que o espaço confinante com a via
era social e comercialmente valorizado. A praça do
mercado situava-se normalmente no centro da urbe ou
junto à rua principal, e encontrava-se rodeada de edifícios
de cota mais ou menos igual, com galerias por baixo. Esta
praça podia ter diversas formas, desde a triangular à oval e
à quadrada. Em frente à igreja situava-se igualmente uma
praça (por vezes confinante com a do mercado), que se
revestia de importância particular por ser lá que se
reuniam, em convívio, os fiéis antes e depois da missa, e
onde eram também deixados os cavalos dos não
residentes.

As Cidades medievais
"As cidades medievais eram superlotadas, barulhentas,
escuras e tinham cheiro de estábulo. Só as ruas mais
largas eram pavimentadas; as outras eram sujas, com
esterco e lama. Na maioria are apenas vielas estreitas
onde não se podia passar com duas mulas sem derrubar
os quiosques dos vendeiros ou os toldos e tabuletas dos
que anunciavam seus serviços.
De dia, as ruas ficavam apinhadas de gente: ferreiros,
sapateiros, vendedores de tecido, açougueiros, dentistas...
Bastava o comerciante abrir as venezianas de sua casa
para transformá-la numa banca de mercadoria. Ficavam
também cheias de animais: cães, mulas, porcos, cavalos,
galinhas... À noite, eram silenciosas e muito escuras: não
havia iluminação pública. Era comum toque de recolher
decretado pelas municipalidades, como prevenção contra
assaltos e assassinatos.
Nas cidades medievais ocorriam castrações,
enforcamentos e amputações, e a população aglomerava
para assistir aos espetáculos de castigo. Muitas vezes os
criminosos eram arrastados pelas ruas numa carroça e
torturados antes da execução pública, sob o burburinho e
os gritos das multidões.
Eram freqüentes, também, os incêndios. As casa, de três
ou quatro andares, eram construídas de materiais
inflamáveis: paredes de madeira e galhos e tetos de palha
ou junco, que ardiam em poucos minutos. Se por um lado
os incêndios geravam prejuízos para os moradores, por
outro era benéfico, pois amenizava as condições de sujeira
que provocavam as doenças.
Apesar de existirem hábitos de higiene pessoal, como o
costume de freqüentar os banhos públicos, preservados
desde a época de Roma, só os ricos tinham as suas
próprias latrinas e fossas. A maioria da população jogava
seus excrementos em esgotos ou em pilhas de detritos a
céu aberto, tornando as vielas imundas, o mau cheiro
insuportável e as águas de abastecimento da cidade
poluídas.
A canalização da água não era recomendada pelas
oficialidades, que temiam a desvantagem de tornar as
cidades vulneráveis a sabotagens de exécitos inimigos. Só
em 1236, Londres começou a trazer água para a cidade em
aquedutos.
Uma das soluções adotadas para reduzir a sujeira foi a
pavimentação das ruas. Paris, em 1185, foi a primeira
cidade a ter suas ruas calçadas com pedras.
Mais ainda do que os excrementos humanos e a água suja,
a maior maldição das cidades medievais era a pulga, o
parasita do rato negro. As epidemias eram freqüentes e, de
1348 a 1349, as pulgas espalharam a peste bubônica,
conhecida como a peste negra, provocando milhões de
mortes."

As cidades medievais planeadas. A regularidade dos


traçados
Os traçados destas cidades medievais eram regulares,
tendendo para uma organização ortogonal de ruas e de
quarteirões. Os quarteirões tinham uma forma retangular
alongada, sendo cada um deles constituído por um número
idêntico de estreitos lotes urbanos paralelos uns aos
outros, com uma frente para uma rua principal e outra
frente para uma rua de traseiras. Estruturava-se assim uma
hierarquia de ruas de frente e de traseiras, que se
alternavam, com diferentes perfis e diferentes
características arquitetônicas, cortadas por transversais.
Cada quarteirão era composto por um número idêntico de
lotes, e as dimensões das ruas principais e secundárias,
dos quarteirões e dos lotes eram constantes dentro de
cada cidade.

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