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SUMÁRIO
1. PROTAGONISMO ESTUDANTIL............................................................................................06
1.1. Protagonismo na Educação Infantil...................................................................07
1.1.1. Protagonismo Infantil e a BNCC...................................................................07
1.1.2. Quais são os benefícios proporcionados pelo protagonismo na
Educação Infantil?.............................................................................................08
1.1.3. Como incentivar o protagonismo infantil?................................................08
1.1.4. Como os pais e/ou responsáveis podem auxiliar no processo de
desenvolvimento do protagonismo infantil..............................................10
1.2. A importância do protagonismo no Ensino Fundamental..........................10
1.2.1. Em que o protagonismo pode contribuir?..................................................11
1.3. Como identificar o protagonismo em sala de aula........................................13
1.4. Como estimular autonomia dos estudantes.....................................................15
1.5. O que o Gestor deverá verificar em sua escola................................................19
2. ACOLHIMENTO.........................................................................................................................22
2.1. Competências Socioemocionais...........................................................................25
3. ACOLHIMENTO DA EQUIPE ESCOLAR................................................................................32
3.1. Orientações para planejar o acolhimento........................................................32
3.2. Acolhimento diário...................................................................................................33
3.3. Árvore dos Sonhos....................................................................................................34
3.4. Dinâmica da vassoura.............................................................................................35
3.5. Mapa da Empatia......................................................................................................37
4. ACOLHIMENTO DOS PAIS E/OU RESPONSÁVEIS...........................................................44
4.1. Orientações para planejar o acolhimento.......................................................44
4.2. A família dentro da escola.....................................................................................45
5. ACOLHIMENTO INICIAL EDUCAÇÃO INFANTIL..............................................................47
5.1. Boas Vindas.................................................................................................................47
5.2. Dinâmica das emoções............................................................................................48
5.3. Caixa mágica..............................................................................................................50
5.4. Foguete mágico..........................................................................................................51
5.5. O cachorro e o osso...................................................................................................52
5.6. Tesouro perdido.........................................................................................................53
5.7. Juntos para sempre.................................................................................................54
5.8. Fantasminha..............................................................................................................55
6. ACOLHIMENTO INICIAL ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS INICIAIS) .......................57
6.1. Receber e acolher......................................................................................................57
6.2. Boas-vindas................................................................................................................58
6.3. Eu e minhas emoções...............................................................................................59
6.4. Baú dos Sonhos..........................................................................................................60

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6.5. Rodas de conversa....................................................................................................61
6.6. Pizza da convivência...............................................................................................62
7. ACOLHIMENTO INICIAL ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS FINAIS) ...........................64
7.1. Boas-vindas................................................................................................................64
7.2. Bom ou ruim................................................................................................................65
7.3. Elogios...........................................................................................................................66
7.4. O Repolho e a Rosa....................................................................................................67
7.5. Falando sobre você...................................................................................................69
7.6. Árvore dos sonhos.....................................................................................................71
8. ACOLHIMENTO DIÁRIO..........................................................................................................73
8.1. Boas Vindas.................................................................................................................74
8.2. Dinâmica com a turma............................................................................................74
8.3. Roda de conversa......................................................................................................75
8.4. Da bagunça a ordem................................................................................................76
8.5. Balões surpresa.........................................................................................................77
8.6. Dinâmica do nó..........................................................................................................78
9. REPRESENTAÇÃO DE TURMA..............................................................................................80
9.1. A REPRESENTAÇÃO DE TURMA - DE ACORDO COM A INSTRUÇÃO
NORMATIVA SEECT/PB Nº 002/2022...................................................................82
9.2. Função do Representante de Turma...................................................................83
9.3. Atribuições do professor conselheiro ................................................................83
9.4. Papel do gestor como mediador da representatividade..............................84
REFERÊNCIAS..........................................................................................................................................86
ANEXOS.....................................................................................................................................................88

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1. PROTAGONISMO ESTUDANTIL

Um dos principais pilares inovadores dentro da educação é a

participação ativa e colaborativa do/a estudante, gradativamente concretizada

nos processos de aprendizagem. Portanto, os/as educandos/as, desde os

primeiros anos escolares, deixam de ser ouvintes e passam a obter o papel de

colaboradores no processo de ensino e aprendizagem de sua vida. São essas

características que os/ as definem como protagonistas, devendo eles/as serem

estimulados/ as na escola. Isso, consequentemente, traz diversos benefícios

para discentes, familiares e/ou responsáveis e comunidade escolar.

Filatro e Cavalcanti (p. 18, 2018), em seu livro sobre Metodologias Inova-

ativas, enfatizam que “estudantes e profissionais deixam o papel passivo e de

meros receptores de informações, que lhes foi atribuído por tantos séculos na

educação tradicional, para assumir um papel ativo e de protagonistas da

própria aprendizagem”.

O protagonismo tem como objetivo formar estudantes autônomos,

competentes e solidários, promovendo engajamento na prática pedagógica e

estimulando a participação inicial da esfera política, social, econômica e

cultural.

O/a professor/a, durante a elaboração do planejamento das aulas, deve

pensar nas ações que possam identificar e estimular o protagonismo durante o

convívio escolar, iniciando-se do acolhimento até a organização da sala de aula

para o momento de saída.

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1.1. Protagonismo na Educação Infantil

O protagonismo na Educação Infantil tem como objetivo compreender a

criança como agente de seu próprio desenvolvimento, isto é, não como alguém

passivo em relação a ela, as crianças são participantes essenciais em sua

construção de conhecimento sobre o mundo.

Desse modo, são levadas em consideração as necessidades, dificuldades,

interesses e escolhas nos processos de desenvolvimento infantil. Vale salientar

que o papel do adulto é mediar suas relações pessoais e sociais; porém, isso é

feito sempre levando em conta que a própria criança deve ser também ouvida,

lembrando-o que deve-se praticar muito a escuta ativa.

Incentivar a participação ativa e colaborativa da criança representa

grandes benefícios, tanto no âmbito escolar quanto para o seu desenvolvimento

cidadão quanto para a construção de representatividade na sua comunidade.

O protagonismo na Educação Infantil subentende o reconhecimento da

criança como cidadão, tendo diretor e capacidades de participar do seu próprio

processo de desenvolvimento social e pessoal.

Deve-se salientar que o protagonismo na educação infantil não significa

permitir que a criança faça o que quiser, mas considerar seus interesses e

necessidades durante o processo e aprendizagem.

O professor passa a ser um mediador entre a criança e o conhecimento,

auxiliando a exploração do mundo de uma maneira mais leve e autônoma.

1.1.1. Protagonismo infantil e a BNCC

A palavra “protagonista” apresenta-se 55 vezes na Base Nacional Comum

Curricular (BNCC). Se faz necessário compreender o quanto é fundamental

trabalhar o protagonismo e o quanto é essencial entender que, mesmo que tenha

um planejamento pronto, se faz necessário buscar métodos práticos que sejam

importantes e significativos que faça sentido para o indivíduo.

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1.1.2. Quais são os benefícios proporcionados pelo protagonismo na
Educação Infantil?

O grande benefício proporcionado pelo estímulo ao protagonismo infantil

é que, ao ter suas opiniões e necessidades consideradas, a criança entende que

ela faz parte do meio em que vive, em alguma medida, de suas decisões para ter

pleno funcionamento.

Desta forma, isso conduz, naturalmente, ao entendimento de que a

criança tem voz ativa e responsabilidade por causas e consequências nos

ambientes que integra.

Esse entendimento se relaciona bastante com o exercício de uma

cidadania: cada indivíduo é um agente responsável e tem participação em

processos decisórios para o desenvolvimento da sociedade em que se insere.

O Protagonismo na Educação Infantil vem ganhando destaque como

prática inovadora. Uma educação focada para o protagonismo na escola, em

casa ou em outros ambientes, traz diversos benefícios para a criança, como:

 Estímulo da empatia e do respeito ao próximo;

 Autoconhecimento e autoestima;

 Senso de cidadania e pertencimento;

 Proatividade e habilidades sociais;

 Competências socioemocionais e de resolução de problemas;

1.1.3. Como incentivar o protagonismo infantil?

Temos o conhecimento de que deve ser incentivado o protagonismo desde

cedo, a partir dos primeiros passos do indivíduo, e a participação em conjunto

da família e da escola.

 ESCUTA ATIVA: Praticar a escuta ativa é essencial. Fique atento aos

gestor, movimentos, sinais e ações das crianças, por meio de

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expressões corporais, verbais e não verbais, também é uma prática de

escuta ativa, compreendendo as necessidades da criança.

 CURIOSIDADE: Incentivar a curiosidade, a descoberta é de suma

importância para que as crianças continuem aprendendo de for5ma

ativa, o contato com a natureza, histórias lúdicas e metodologias que

instiguem a curiosidade é um dos métodos de incentivo ao

protagonismo.

 AMBIENTES ACOLHEDORES: Ter relações saudáveis no ambiente

escolar é essencial para o estudante crescer e desenvolver a

autoconfiança e segurança. Pois é com essa segurança que desenvolve

a sua autonomia.

 AUTOCONHECIMENTO: Incentivar o conhecimento sobre o próprio

corpo, quais são seus limites e como lidar com eles. Busque estimular

a busca de sua origem, a história da sua família e como isso poderá

estar presente no seu dia a dia.

 CONVIVER COM DIFERENÇAS: Viver e conviver isso desde cedo ajuda a

criança a aprender a praticar a empatia e o reconhecimento das

características de cada indivíduo. Nesse modo, promover o contato de

crianças com necessidades e origens diversificadas, potencializa no

processo de desenvolvimento social e pessoal.

 CONSCIÊNCIA GLOBAL: Para estimular e incentivar o protagonismo

na educação infantil se faz necessário a compreensão que o estudante

tem a noção de causa e consequência, com base nos próprios fatos de

seu dia a dia. Ao mostra-los que são influenciadores no mundo que as

cercam, é essencial para compreensão e aprendizagem sobre a

cidadania e fazerem escolhas com mais responsabilidade, tendo a

consciência social e ambiental.

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1.1.4. Como os pais e/ou responsáveis podem auxiliar no processo de
desenvolvimento do protagonismo infantil

Trazer a família para o contexto escolar é de suma importância para o

desenvolvimento do estudante, desta forma, citaremos abaixo algumas formas

de incentivar o protagonismo do estudante:

 Escuta ativa (ouça mais o seu filho);

 Estimule a curiosidade;

 Estimule o autoconhecimento;

 Trabalhe a autonomia;

 Ensine-o a conviver com diferenças;

 Auxilie no desenvolvimento de consciência global.

1.2. A importância do protagonismo no Ensino Fundamental

Ao falar de protagonismo estudantil, entende-se que é a capacidade de

enxergar-se como agente principal da própria vida, expressando iniciativa,

autoconfiança, autonomia, criatividade e cooperação. Acredita-se que o

estudante protagonista pode aprender e encontrar as melhores formas de fazer

isso, agindo colaborativamente, ativa e participativa na comunidade escolar.

A BNCC estabelece competências que os estudantes devem desenvolver

em cada fase da educação. A Base recomenda que as crianças sejam

protagonistas no seu próprio processo de aprendizagem, assim tendo cada vez

mais voz e vez, principalmente participação nos processos de aprendizagem.

Deve-se enfatizar que o estudante está centrado no aprendizado. Desta

forma, o/a professor/a deve respeitar as particularidades dos seus estudantes,

ser mediador de conhecimento e despertar a curiosidade, assim estimula o

protagonismo do indivíduo.

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Ainda sobre a Base Nacional Comum Curricular, tem proposta de

incentivo e estímulo ao protagonismo dos estudantes desde da Educação Infantil

aos Anos Finais do Ensino Fundamental. Nos Anos Iniciais do Ensino

Fundamental, o trabalho é contínuo a partir das experiências na educação

infantil, com enaltecimento da metodologia lúdica de aprendizagem.

A escola deve proporcionar um ambiente favorável para que a criança e

ao adolescente desenvolvam cada vez mais a autonomia, competência e

solidariedade. Esse desenvolvimento pessoal irá auxiliá-lo a atuar em sociedade

e construir o seu projeto de vida.

Desta forma, trabalhar o protagonismo e desenvolvimento estudantil nos

Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental, deve-se se atentar nas

individualidades dos estudantes, ter um bom planejamento de estímulo ao

protagonismo e desenvolvimento estudantil.

 O que a escola entende sobre a importância do protagonismo no ensino

fundamental?

O Protagonismo vem sendo um tema discutido com muita frequência no

meio social. Temos visto cada vez mais a participação das famílias na evolução

das crianças quanto cidadãos, que é um dos pilares do protagonismo, fazendo

com que o tema seja positivamente absorvido pela sociedade.

Tendo em vista sua abrangência, é necessário que façamos uma

explanação de sua importância na educação das crianças.

1.2.1. Em que o protagonismo pode contribuir?

 Desenvolvimento do autoconhecimento e da autoestima.

Permite que o estudante identifique e expresse suas emoções de

forma que ela seja capaz de lidar com os desafios com maturidade.

 Estímulo da empatia e respeito às diferenças.

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O estudante se relaciona bem com outras e entende que da mesma

forma sua voz é ouvida a das outras crianças também deve ser.

 Maior senso de cidadania e pertencimento à sociedade.

Sente a responsabilidade do seu desenvolvimento quanto o ser

dentro da sociedade, como o desenvolvimento da sociedade a qual

está inserido.

 Desenvolvimento da proatividade e habilidades interpessoais.

Tende a saber lidar com as experiências vividas mantendo o

controle e a responsabilidade de suas ações ao longo da vida,

sabendo absorver as lições que cada uma pode oferecer.

 Melhores competências socioemocionais e de resolução de

problemas.

Ter a capacidade e a criatividade de solucionar problemas com

ideias inovadoras.

 Desenvolve a inteligência emocional e as competências

socializadoras.

O estudante aprende a lidar com suas próprias emoções e com as

emoções dos outros.

Quando a educação é embasada no protagonismo a criança torna-se um

ser pró-ativo, sendo capaz de se autoconhecer, desenvolver habilidade sócio

emocional, torna-se também uma criança capaz de pensar de forma mais

complexa, obtendo assim uma visão mais crítica para que possa analisar

situações onde terão que tomar suas decisões corretas.

E para que tudo isso aconteça, é preciso que a criança tenha um rumo, um

caminho a ser seguido. Este processo é feito por etapas. Para facilitar este

processo, vejamos o Ciclo do protagonismo:

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Fonte: Ciclo do Protagonismo. Disponível em: sagicon.com.br/ciclodoprotagonismo/

 Atitude (combustível) - impulsiona a transformação das ideias em

ações.

 Proatividade (desperta) - Foca não apenas no que é urgente, mas

também nos resultados positivos que possa trazer.

 Paixão (produz) - quando o objetivo ultrapassa a mente e chega ao

coração. Impulsionando a definição dos objetivos utilizando a

criatividade para atingi-los.

 Significado (estimula) - alinhamento entre as suas necessidades e

motivações, ajustadas entre os valores adquiridos pela criança

com a cultura em que ela está inserida.

 Reflexão (transformação) - momento em que a criança reflete

sobre todas as suas ações, se foram coerentes e se estão satisfeitos.

1.3. Como identificar o protagonismo em sala de aula

A escola sempre foi o lugar em que os estudantes aprendem muito mais

do que apenas o conteúdo obrigatório. As crianças se desenvolvem diariamente

e aprendem sobre si mesmos e sobre o mundo.

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O protagonismo em sala de aula tem como premissa tornar o estudante

elemento central da prática educativa, participando ativamente de todo o

procedimento, desde a elaboração até a avaliação das ações propostas.

O (a) professor (a) deverá verificar a presença de algumas atitudes que

caracterizam o protagonismo em sala de aula:

● Cooperação - Devemos observar se os alunos exercitem seu

protagonismo tanto na criação como realização das atividades

cotidianas em sala de aula;

● Autonomia - Na escolha das brincadeiras, dos materiais e dos

ambientes, desenvolvendo linguagens e elaborando

conhecimentos;

● Pensamento complexo – Tentativa de busca por novas soluções

para os problemas propostos;

● Interação – Questionamentos e interação durante o processo de

aprendizagem;

● Criatividade – Quanto a sua curiosidade natural pelo mundo e

capacidade de analisar situações, fazer escolhas, administrar as

emoções e gerenciar os próprios pensamentos.

Deve-se observar a fala da equipe escolar diante dos desafios durante o

ensino remoto. Sabemos que a diferença entre os (as) estudantes que

apresentavam mais dificuldades de aprendizagem, ficou mais evidente.

As mudanças sociais e a evolução tecnológica exigem, cada vez mais, um

novo olhar para o (a) educador (a), sendo necessário se reinventar

constantemente, assim, sendo necessário estabelecer estratégias para alcançar

as metas de aprendizagem, com níveis e condições de aprendizado diferentes.

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Sendo assim, o protagonismo nas salas de aulas remotas, pode ser

identificado através de:

 Frequência nas aulas on-line – questionar se os alunos acessam as

aulas e as atividades;

 Participação nos acolhimentos – verificar se os acolhimentos são

participativos e interativos;

 Participação e interação nas aulas – observar se os alunos

participam de forma ativa e questionam;

 Assiduidade na entrega das atividades – analisar se

as atividades são realizadas e entregues no prazo

estipulado;

 Autonomia no processo de aprendizagem – observar

se os estudantes buscam outras formas de aprendizagem além das

que são disponibilizadas pelo professor como leituras, vídeos, etc.

O protagonismo em sala de aula está muito ligado com as práticas

escolares e formas com as quais as crianças são impactadas pela aprendizagem

de conteúdos e valores. O aluno deve ser visto como fonte de iniciativa, liberdade

e compromisso, portanto é essencial estimular as crianças a tomarem a frente

dos processos e, ao mesmo tempo, vivenciarem possibilidades de escolha e de

responsabilidades.

1.4. Como estimular a autonomia do estudante

O protagonismo infanto-juvenil na educação ajuda no desenvolvimento

da autoestima e das habilidades socioemocionais. A criança continua sendo

criança, com toda sua liberdade para brincar e aprender, e passar a fazer tudo

isso com maior autonomia e participação nos rumos de seu desenvolvimento.

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O programa da escola da inteligência é fundamentado na teoria da

Inteligência Multifocal, elaborada pelo Dr. Augusto Cury, e visa desenvolver a

educação socioemocional no ambiente escolar.

 Quais estratégias de estímulo para o protagonismo estudantil?

 Autoconhecimento;
 Curiosidade;
 Escuta ativa;
 Consciência Global;
 Conviver com as diferenças;
 Espaço que educa;
 Empatia e cooperação.

Exemplos de como despertar o protagonismo dos (as) estudantes em

ambiente escolar:

 O protagonismo do aluno está centrado no aprendizado. O processo

de ensinar deve garantir o aprendizado, para isso, o educador deve

respeitar as particularidades dos alunos e observá-las

constantemente.

 O apoio do educador é essencial.

 Faça com que o aluno levante seus problemas e necessidades e tome

a iniciativa.

Em vigor desde 2018, a BNCC propõe que as crianças sejam protagonistas

de seus próprios aprendizados, tendo cada vez mais voz e participação nos

processos de aprendizagem.

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 As Competências Gerais da Base Nacional Comum Curricular

(BNCC) acompanham o desenvolvimento dos estudantes desde a Educação

Infantil até o Ensino Médio. Vamos conhecê-las?

 Autoconhecimento e autoconceito: Conhecer-se, apreciar-se e

cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade

humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e

capacidade para lidar com elas.

 Pensamento científico, crítico e criativo: Exercitar a curiosidade

intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a

investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para

investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e

criar soluções (inclusive tecnológicas), com base nos conhecimentos das

diferentes áreas.

 Trabalho e projeto de vida: Valorizar a diversidade de saberes e

vivências culturais, apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe

possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer

escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com

liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

 Responsabilidade e cidadania: Agir pessoal e coletivamente com

autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,

tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos,

sustentáveis e solidários.

 Empatia e cooperação: Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução

de conflitos e a cooperação, promovendo o respeito a si, ao outro e aos direitos

humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de

grupos sociais, seus saberes, suas identidades, suas culturas e suas

potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

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A capacidade de autonomia do estudante é essencial na formação de cidadãos
proativos e engajados na transformação do mundo e da sociedade. É importante que os
professores se dediquem a fomentar a independência de seus alunos na escola e na vida.

Como trabalhar os quatro Pilares da Educação envolvendo o protagonismo:

O Programa Ensino considera esses pilares como princípios

estruturantes que devem nortear todas as ações desenvolvidas na escola, nas

relações professor/aluno, assim como em todas as situações de aprendizagem.

 Aprender a conhecer: diz respeito às diversas maneiras de o ser


humano lidar com o conhecimento, despertar a curiosidade intelectual, o

sentido crítico, a compreensão do real e a capacidade de discernir; construir as

bases que permitirão ao indivíduo continuar aprendendo ao longo de toda a

vida.

 Aprender a fazer: é uma competência a ser desenvolvida para ir


além da aprendizagem de uma profissão, mobilizando conhecimentos que

permitam o enfrentamento de situações e desafios relevantes e significativos do

cotidiano, também conhecida como “competência produtiva”.

 Aprender a conviver: diz respeito às relações entre os seres


humanos em seus diferentes contextos: social, político, econômico, cultural e

transcendental, tratando-se da competência social e relacional.

 Aprender a ser: diz respeito à relação de cada indivíduo consigo


mesmo, ou seja, é uma competência pessoal. Ela se traduz na capacidade dos

estudantes em se preparar para agir com autonomia, solidariedade e

responsabilidade; descobrir-se, reconhecendo suas forças e seus limites,

buscando superá-los; desenvolver a autoestima e o autoconceito gerando

autoconfiança e autodeterminação.

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Observe o gráfico abaixo:

Sabemos a importância da leitura desde a primeira infância. Agora a

Base Nacional Comum Curricular (BNCC) amplia este olhar, no momento que

propõe que o aluno seja sujeito da sua própria história, construindo com sua

identidade pessoal e coletiva através do brincar, da imaginação, da fantasia, da

vivência, da experimentação e da elaboração.

1.5. O que o Gestor deverá verificar em sua escola?

 Verificar a participação e satisfação dos estudantes;

Entender como os estudantes percebem a importância do protagonismo

na escola e como avaliam suas participações não é apenas um método para

angariar diferentes opiniões e feedbacks positivos, mas sim, de estabelecer um

diálogo efetivo com a comunidade estudantil e evoluir a partir das críticas e dos

conhecimentos fornecidos por ela.

 Se a equipe escolar tem o entendimento sobre o protagonismo;

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A BNCC defende a aplicação dos conhecimentos na vida real, a

importância do contexto para dar sentido ao que se aprende e o protagonismo

do estudante, tanto em sua aprendizagem como na construção de seu projeto de

vida. Curiosamente, a palavra protagonismo aparece mais de 60 vezes no

documento completo da Base.

 Analisar quais são as dificuldades da participação ativa dos

estudantes;

Na primeira etapa da Educação Básica, a BNCC estabelece seis direitos de

aprendizagem e desenvolvimento para as crianças: conviver, brincar,

participar, explorar, expressar e conhecer-se.

Nessa fase deve-se garantir que os alunos exercitem seu protagonismo

tanto na criação como realização das atividades cotidianas em sala de aula, na

escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo

linguagens e elaborando conhecimentos.

É importante incentivar cada aluno a tentar soluções, perguntar e

interagir, em um processo que está muito mais ligado às possibilidades abertas

pelas interações infantis do que a um roteiro de ensino preparado apenas pelo

professor ou professora.

 Averiguar quais estratégias estão sendo aplicadas para o processo

de desenvolvimento da autonomia do estudante.

A equipe escolar deverá apresentar as ações que estão sendo aplicadas

para desenvolver a autonomia do estudante no processo de aprendizagem,

analisando os pontos positivos e sugerindo novas estratégias.

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2. ACOLHIMENTO

Ao falarmos em acolhimento, logo vem em nossa lembrança as ações

afetivas, como: carinho, sorrisos, abraços e entre outras ações socioemocionais.

O acolhimento é uma ação de suma importância para a comunidade escolar,

pois é se fazer presente na vida do estudante para compreender e apoiá-lo nas

dificuldades.

O acolhimento deve ser realizado diariamente de acordo com a realidade

escolar ou da turma, de forma planejada, intencional e fundamentada nos

princípios pedagógicos. A equipe escolar deve receber os/as estudantes com um

sorriso que acolhe, um bom dia verdadeiro, a busca pela compreensão das

dificuldades que os/as estudantes apresentam em expressar emoções e

sentimentos ou mesmo pela percepção de que algum/a educando/a chegou de

forma atípica à escola e/ou para participar das atividades.

O acolhimento pode ser realizado para três conjunturas distintas:

acolhimento dos/as estudantes, acolhimento da equipe escolar, acolhimento

dos/as pais e/ou responsáveis, podendo ser concretizado na sala de aula ou em

outro espaço da escola, criando condições para que todos/as se sintam bem-

vindos/as e se envolvam nas atividades ao longo do dia.

É importante utilizar em seu planejamento diário, três princípios básicos

para o acolhimento contínuo:

 Escuta ativa: Uma ferramenta transformadora e considerável o

essencial da comunicação, pois o interlocutor recebe informações de

maneira empática, neste modo, estabelece uma conexão profunda e

afetiva.

 Empatia: é nos colocar no lugar do outro, reconhecendo seus

sentimentos, suas diferenças e suas dificuldades sociais. Assim como

dizia o psiquiatra, professor e escritor Augusto Cury “A capacidade de

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se colocar no lugar do outro é uma das funções mais importantes da
inteligência. Demonstra o grau de maturidade do ser humano. ”

Assim, conseguimos influenciar positivamente nos estudantes,


formando-os cidadãos compreensivos e maduros, e firmando-os
durante a sua formação, a importância de olhar para o próximo.

 Equidade: Este princípio, esta interligado a ideia de reduzir a

desigualdade social e econômico, sendo assim, faz-se necessário

abraçar a diversidade da turma, realizar ações pedagógicas,

socioemocionais, resultando-se em uma realidade mais justa.

Podemos usar como exemplo de equidade: bicicletas diferentes

são distribuídas conforme a necessidade de cada um. Isso resulta

em uma realidade mais justa, em que todos conseguem utilizar,

as bicicletas da melhor maneira possível, pois as características

e as diferenças de todos foram atendidas. (POLITIZE,2021)

Sobre estudantes indígenas, quilombolas e populações tradicionais,

durante o acolhimento deve-se levar em consideração que esses grupos possuem

trajetória histórica própria dotada de relações territoriais específicas, com

presunção de ancestralidade. Eles/as podem possuir diferentes elementos

culturais e fazer uso de costumes e tradições distintas dos/as outros/as

estudantes da turma. Mesmo assim, precisam ser respeitados.

O acolhimento deve ser incluso, para os estudantes com deficiência

devem ser pontuados em seu planejamento, segundo o Documento orientador

sobre o Acolhimento Emocional do CONVIVA SP, 2021, pág.13, detalha a

importância dos acolhedores receberem de forma afetiva e nos ajuda a pontuar

cada item abaixo:

 Pessoas com deficiências físicas (motoras): Atentar para possíveis


formas de comunicação de que os estudantes possam fazer uso.

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 Pessoas com deficiência auditiva: Se possível, contar com a presença
de intérprete de Libras durante a atividade.

 Pessoas com deficiência visual: Fazer as adaptações necessárias para


a condução das atividades.

 Pessoas com deficiência intelectual: Dar explicações de forma clara


para a melhor compreensão. Utilizar comandos objetivos (curtos).

Modificar a forma de apresentação do mesmo comando.

 Pessoas com deficiência múltipla: Guia-intérprete no caso de surdo-


cegueira.

 Com relação a outras deficiências, conversar com a equipe escolar


para verificar a melhor opção de comunicação com o estudante.

 Pessoas com autismo: Atentar para que a atividade não se torne


estressante para o estudante. Respeitar o tempo de cada pessoa.

Neste manual, encontrará a apresentação competências

socioemocionais, como planejar o acolhimento da equipe escolar, de pais e/ou

responsáveis, acolhimento inicial para os estudantes, e anexos de materiais que

irá lhe auxiliar no seu planejamento e aplicação da ação.

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2.1. COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS
Você conhece, quais são as competências socioemocionais?
Não? Então vamos descobrir juntos, agora!

A Base Nacional Comum Curricular (2017), em suas

propostas curriculares e pedagógicas, apresenta as

competências socioemocionais sendo como parte principal

dos conteúdos a serem planejados e trabalhados em sala de aula, garantindo o

direito à aprendizagem e no seu processo de desenvolvimento humano.

De acordo com a BNCC, define competência uma “mobilização de

conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e


socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida
cotidiana”.

Mas, o que é e quais são as competências


socioemocionais?

O melhor caminho para bons resultados

na educação é ofertar uma educação integral

para todos, norteando-os ao desenvolvimento

íntegro dos estudantes, socioemocional, híbrido, cultural, âmbitos cognitivos,

preparando-os para fazer escolhas, tendo como base o seu projeto de vida.

A seguir, apresento-lhe o espiral que traduz a metodologia do Projeto de

Vida e suas três dimensões, que interligam as competências socioemocionais,

para serem aplicadas com os estudantes, podendo ser trabalhado no Ciclo

Complementar dos Anos Iniciais (3ª,4ª e 5ª ano) e Anos Finais (6ª ao 9ª ano).

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Fonte:https://blog.kuau.com.br/competencias-socioemocionais/competencias
socioemocionais-escola/

 QUEM EU SOU: Por meio da identificação de seus valores pessoais, da

autoconsciência, do reconhecimento das suas emoções, permite que o

estudante descubra quem ele é.

 QUEM EU QUERO SER: O/a professor/a, deverá fortalecer do estudante o

autoconhecimento, para poder compreender a sua trajetória, dessa

forma, traçarão os melhores caminhos para a construção do seu Projeto

de Vida a partir de tomada de decisões.

 O MEU PAPEL NO MUNDO: É ter a percepção de que não está sozinho no

mundo, pois esta interligado a motivação de sua consciência social, que a

sua interação com o “mundo” é essencial para o seu desenvolvimento

próprio.

As competências socioemocionais, de modo geral, é a capacidade

individual que se apresenta no modo de sentir, pensar e agir, emoções que se

manifestam durante os desafios do seu cotidiano e que estão ligadas à nossa

capacidade de ser, conhecer e conviver.

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No âmbito escolar, a equipe escolar deve-se dedicar ao processo de

desenvolvimento dessas habilidades, em seu planejamento deve-se

proporcionar relações sociais saudáveis e melhor busca de soluções diante dos

problemas do cotidiano.

Tendo o conhecimento da suma importância de trabalhar habilidades

específicas, pontuamos a seguir as competências que são essenciais, e quais

consequências positivas podem ser desenvolvidas. Estas competências também

se encontrarão nas ações de Protagonismo, por esta razão, se faz necessário

incluir em seu planejamento uma ação conjunta de Protagonismo no

Acolhimento, pois trabalha o socioemocional dentro de suas ações.

 RESPONSABILIDADE: Praticar a conscientização de que há resultados em

cada ação tomada é essencial para a vida em sociedade. Por essa razão, a

necessidade de aprender a orientar as decisões com princípios básicos,

como a ética e a democracia.

 EMPATIA: É se pôr no lugar do outro. Permitir que a compreensão das

ações e emoções do outro e incentivar a abertura ao diálogo e trabalha r

escuta ativa. Assim, facilitando o convívio e a cooperação.

 COMUNICAÇÃO: A comunicação é a ferramenta essencial para expressar

de maneira segura e assertiva, desta forma conhecemos mutuamente as

opiniões e sentimentos de maneira clara.

 AUTONOMIA: A capacidade de tomar decisões por conta própria (e que

sensibilize positivamente no meio social) deve ser estimulada. O

sentimento de que o indivíduo seja capaz de resolver problemas, superar

obstáculos e lidar com os resultados de suas escolhas.

 AUTOESTIMA: Esta interligada ao autoconhecimento e à capacidade de

compreensão de entender suas limitações e pontos fortes, sem causar

perda à sua autoconfiança.

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 ÉTICA: A partir dos valores sociais e de condutas que não prejudique

moralmente à sociedade. O papel da escola é de planejar atividades que

conduzem o estudante a pensar sobre a sua conduta e do outro indivíduo,

partindo de princípios.

 CRIATIVIDADE: Essa competência tem como foco o estímulo da pesquisa,

de criar, inovar, de participar das ações em seu âmbito social, mostrando

o seu protagonismo na sua comunidade. Alguns estudantes possuem

facilidade de ativar a criatividade no seu lar ou na escola.

Devo salientar que estas competências citadas acima, NÃO excluem as

competências cognitivas, mas integraliza. Isso envolve as múltiplas

competências para um desenvolvimento íntegro.

A aprendizagem socioemocional no âmbito escolar, traz benefícios como:

Desenvolver a
Combater o bullying Reduzir a indisciplina
maturidade vocacional
Estimular a
Melhorar o desempenho Resolver problemas
criatividade e o
escolar sociais
protagonismo
Promover o Estimular o
Construir o seu Projeto
autocuidado e saúde pensamento analítico e
de Vida
mental crítico
Empoderar os Gerenciar emoções,
Apreciar a perspectiva
estudantes para lidar pensamentos e
do outro
com as diversidades comportamentos

Agora que apresentamos sobre as competências socioemocionais e quais

são os seus benefícios, nas próximas páginas encontrarão ideias de planejar o

seu acolhimento com a equipe escolar, pais e/ou responsáveis, acolhimento

inicial e o diário. Lembrando-os que poderão adequar as dinâmicas, de acordo

com a sua realidade.

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3. ACOLHIMENTO DA EQUIPE ESCOLAR
Gestor/a, o acolhimento é uma ação essencial para receber os/as

professores/as, funcionários/as e estudantes. Mas, antes de acolher os

estudantes, seria ideal acolher a sua equipe, pois é um passo de suma

importância para estimular e exercitar a empatia e o bem-estar entre técnicos,

professores e de apoio.

Este acolhimento com a equipe escolar, é uma metodologia elaborada

pelo/a gestor/a ou pelo/a coordenador/a pedagógico/a, de acordo com a

realidade escolar, com o objetivo de sensibilizar frente aos novos desafios de ver,

sentir e cuidar dos/as estudantes diariamente por meio de ações pedagógicas. O

acolhimento pode acontecer antes das aulas, nas reuniões, nos planejamentos

pedagógicos, entre outros momentos de encontros pedagógicos.

3.1. Orientações para planejar o acolhimento

 Preparar o espaço escolar para recepcionar com mensagens

motivacionais e reflexivas do seu dia a dia;

 Utilizar músicas, sugerimos canções reflexivas ou regionais;

 Realizar dinâmicas em grupo, de engajamento entre a equipe;

 Celebrar datas comemorativas;

 Celebrar o alcance das metas de sua escola;

 Realizar momentos reflexivos, de integração e apresentar a

importância de trabalhar em equipe, através de vídeos, roda

de conversa e entre outras formas de acolher.

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3.2. ACOLHIMENTO DIÁRIO

RESUMO: Recepcionar a Equipe Escolar com entusiasmo e alegria, seguindo os

protocolos sanitários.

RECURSOS

 Caixas de som;

 Cartazes;

 Projetor;

 Mensagens criadas pela equipe gestora.

OBJETIVO: Receber a equipe escolar com entusiasmo, proporcionando um

momento de descontração.

ORGANIZAÇÃO: O processo de acolhimento se inicia com a recepção da

comunidade escolar, por meio de uma música animada, com cartazes de boas-

vindas, ou a entrega de uma singela mensagem na embalagem de um doce.

É importante salientar que a condução dessa recepção já possa deixar

claro, que o exercício da escuta atenta será um dos princípios a serem trilhados

no processo de início as aulas. Uma gestão que exerce a escuta atenta, entende

os anseios de seus professores e de sua equipe de apoio.

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3.3. ÁRVORE DOS SONHOS

RESUMO: Construir uma árvore dos sonhos dos professores e do pessoal de

apoio, dividindo um pouco de seu projeto de vida com a equipe.

RECURSOS

 Material para confeccionar a árvore.

OBJETIVO: Conhecer e registrar os sonhos dos professores e funcionários. Além

disso, refletir se houve mudanças em seus sonhos devido a vivência dessa crise

sanitária.

ORGANIZAÇÃO: Para o desenvolvimento dessa ação, é importante que seja

construída uma árvore dos sonhos da equipe escolar, que pode até ficar junto a

dos estudantes, ou separadamente. Cada participante deverá receber um item

de decoração da árvore e nele indicará o seu sonho para, depois, anexar a ela. É

importante realizar um tempo de roda de conversa, no qual cada um que se

sentir confortável possa compartilhar seus sonhos e se houve alguma mudança

neles devido às experiências vividas no período de isolamento social.

CONDUÇÃO: O Gestor e/ou Coordenador Pedagógico podem conduzir essa ação.

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3.4. DINÂMICA DA VASSOURA

RESUMO: Dinâmica de quebra gelo inicial, instigando a movimentação e

participação de todos, trazendo algumas curiosidades sobre si, ressaltando a

importância do trabalho em equipe.

RECURSOS

 1 Vassoura.

OBJETIVO: Conhecer um pouco mais do outro e ressaltar a

importância de cada um, individualmente, para o apoio coletivo.

ORGANIZAÇÃO: A gestão se organiza entre si e escolhe quem irá conduzir o

desenvolvimento dessa dinâmica. É importante que a equipe fique em um lugar

aberto da escola, para que haja circulação de ar e que seja cumprido o

distanciamento previsto nos protocolos sanitários.

CONDUÇÃO: O grupo que será acolhido forma um círculo. A pessoa que está

liderando a dinâmica pega uma vassoura e se

posiciona no centro desse círculo. Ela, então,

dará início à dinâmica dizendo seu NOME, UM HOBBY E UMA EMOÇÃO QUE LHE

DEFINA NO MOMENTO.

Logo após a apresentação ser concluída, ela deve apontar um

participante e soltar a vassoura. Esse participante deve pegá-la antes de

atingir o chão. Caso alguém tenha dificuldade para correr, o participante pode

se colocar no centro do círculo e apresentar o que foi pedido (SEU NOME, UM

HOBBY E UMA EMOÇÃO QUE LHE DEFINA O MOMENTO).

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Após encerrar a dinâmica, perguntar aos participantes o que eles

observaram sobre a dinâmica e qual foi a sensação de largar a vassoura e de

chegar até a vassoura.

Depois das análises, o acolhedor pode perguntar para a equipe se eles

conseguem perceber que de alguma forma estão ligados um ao outro. Daí, cabe

ao acolhedor fazer uma observação sobre a importância de cada um se apoiar

no processo de retomada para não deixar a vassoura cair e, caso caia, possamos

reerguê-la juntos, apoiando um ao outro. E quem é a vassoura? A vassoura pode

ser nós mesmos, ou os estudantes, ou um colega da equipe.

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3.5. MAPA DA EMPATIA

RESUMO: O “Mapa de Empatia”, criado pela Thinking Xplane, é uma ferramenta

que permite detalhar a personalidade do indivíduo e compreendê-lo melhor,

através de 6 campos principais de uma forma visual, estabelecendo hipóteses

claras a respeito das necessidades, comportamentos, sentimentos, dores e

interesses do indivíduo ou grupo.

RECURSOS

 Post’it, ou Folhas de papel A4;


 Cartolina ou quadro;
 Canetas coloridas.

OBJETIVO: Compreender melhor o indivíduo, sua personalidade, seus

sentimentos, seus anseios e suas expectativas acerca da realidade, na qual

encontra-se inserido, e em relação ao futuro.

ORGANIZAÇÃO: Desenhar no quadro ou na cartolina uma figura, sem distinção

de traços femininos ou masculinos, assim como mostra a figura no 2º MOMENTO.

A realização da atividade é dividida em três etapas:

1º MOMENTO: Definir a PERSONA

Inicialmente é necessário montar o perfil da persona a ser

analisada/descrita/representada para isso, é importante definir alguns traços

de sua personalidade, questões emocionais, familiares e acontecimentos da

pandemia. A PERSONA deve ser a representação de um profissional escolar,

porém com as características do perfil escolhidas pelo grupo. Sugerimos a

seguinte perguntas para a construção do perfil:

PERGUNTAS:

Situação econômica:

 Classe Alta X Classe Média X Classe Baixa

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 Situação financeira familiar estável X Instável
 Contratado X Concursado

A família:

 É estruturada X É conflituosa
 Tem Filhos X Não tem Filhos

Relacionamentos:

 Tem boas relações de amizade X Não tem amigos/ relações tóxicas


 Extrovertido X Introvertido
 Casado X Divorciado X Viúvo
 Interage mais e melhor pessoalmente X Virtualmente
 É seguro de suas opiniões X É vulnerável e influenciável

Ele na pandemia:

 Respeitou a quarentena X Não respeitou a quarentena


 Sentiu medo X Indiferente X Ficou tranquilo
 Contraiu o coronavírus X Não contraiu o coronavírus
 Alguém próximo contraiu o vírus X Ninguém muito próximo contraiu o
vírus
 Teve perda familiar X Não teve perda familiar
 Foi atingido economicamente X Atingido parcialmente X Não foi atingido
 Teve fácil acesso a internet X Teve dificuldade em acessar a internet
 Teve dificuldade em ministrar aulas online X Não teve dificuldades com
aula online

Ele na escola:

 Boas relações com os colegas de trabalho X sem boa relação com os


colegas de trabalho
 Responsável com o trabalho X Descompromissado
 Se relaciona bem X Neutro X Potencializa conflitos

Autoimagem:

 Autoconfiante X Inseguro
 Otimista X Pessimista
 Curioso X Acomodado
 Decidido X Indeciso
 Maduro X Imaturo
 Tranquilo X Ansioso
 Alegre X Triste

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Além dessas definições, a equipe pode escolher mais alguma

característica para o perfil da persona, inclusive, orientamos para que quando

houver divergência em relação a uma característica do perfil da persona, que a

equipe realize uma votação, escolhendo qual opção será utilizada para

considerar a construção do perfil da persona. Após essa definição, é importante

que o condutor monte um pequeno texto informando as características da

persona.

Por Exemplo:

A persona trabalha em uma escola, ele/a é de classe baixa, com situação

financeira instável e contratado/a. Sua família é bem estruturada e ele/a possui

filhos. É casado/a, tem boas relações de amizade, é extrovertido/a, interage mais

pessoalmente e tem opiniões seguras. Durante a pandemia respeitou a

quarentena e teve medo em relação ao futuro, não contraiu o coronavírus mas

alguém próximo sim, tendo perdas na família e ainda foi atingido/a

economicamente. Conseguiu ministrar aulas online sem dificuldade. Este/a

professor/a tem boas relações com os estudantes, é comprometido/a no

trabalho e diante dos problemas da escola prefere se manter neutro/a. Ele/a

aparenta ser uma pessoa autoconfiante, otimista e curioso/a, porém indeciso/a

e ansioso/a, mas é maduro/a e alegre.

2º MOMENTO: Construção do Mapa

Agora é hora de montar o MAPA DA EMPATIA. Primeiramente lembrem-

se de nomear a persona. Em seguida, é importante que a equipe tenha em mãos

post-it ou papéis cortados de forma que eles possam com palavras ou frases

objetivas, descrever a realidade da persona escolhida, tendo em vista os

processos vivenciados pela COVID-19.

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Modelo de Mapa da Empatia

Para preencher corretamente os campos do Mapa da Empatia é

importante se fazer algumas perguntas, deixamos aqui algumas sugestões e

especificações:

1. O que a persona vê? (Na sociedade, na mídia, na escola, na família, no


mercado.)

Em resumo, nessa etapa você deve detalhar a percepção do mundo visual da

persona durante esse processo pandêmico. Responda questões como:

 Como é o mundo da persona?


 Como é sua vida social?
 O que ela enfrenta no dia a dia?
 O que ela viu na PANDEMIA?

2. O que a persona ouve? (Da família, amigos, influenciadores.)

Entenda com quem a persona se relaciona dentro de seu círculo social, quais

informações ela tem acesso, o que ela vê na mídia e nas redes sociais, o que ela

ouve da gestão da escola:

 Com quem a pessoa se comunica?

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 Quem a influência?
 E quem ela idolatra?

3. O que a persona pensa e sente? (Ideias, valores, motivações, emoções


recorrentes.)

Aqui, você refletirá no que a persona sente e pensa em relação a pandemia e a


sua atuação nesse processo. Considere essas questões:

 Quais são os sonhos e desejos da persona?


 Quais os seus problemas?
 Como ela se sente?

4. O que a persona fala e faz? (Atitude, comportamento, atividades, como se


expressa.)

Pense em como a persona age diante da pandemia. Nessa etapa, foque em


perguntas como:

 Sobre o que a persona fala?


 Como age?
 Quais são suas atividades na pandemia?

5. Quais são as dores da persona? (Preocupações, medos, frustrações,


obstáculos.)

É importante considerar as dores e os problemas acarretados pela pandemia.


Por isso, responda perguntas como:

 Qual o medo da persona?


 Quais são os seus principais obstáculos para desenvolver as suas
atividades?
 Quais suas frustrações?

6. Quais as necessidades da persona? (Propósitos, desejos, necessidades,


medidas de sucesso.)

Por fim, não se esqueça de incluir o que a persona deseja. Se você souber isso,
conseguirá formular algumas propostas para a resolução dos seus problemas.

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 Onde sua persona deseja chegar?
 O que define sucesso em sua visão?
 Como solucionar suas necessidades?
 Quais são seus objetivos?

É importante que cada campo seja preenchido por etapas, e explicadas

uma a uma, para que no final o resultado possa ser uma persona bem definida

por toda a equipe escolar.

3º MOMENTO: Debate coletivo

Agora é o momento de consolidar essa atividade refletindo sobre a

persona criada pela equipe. Duas perguntas essenciais precisam ser feitas para

que possamos exercitar a EMPATIA.

1. O que você poderia dizer a/o NOME DA PERSONA?

2. Agora você é a/o NOME DA PERSONA, o que você gostaria de ouvir?

Há uma diferença entre essas duas perguntas: às vezes o que os outros

dizem, não é o que você precisa de fato ouvir. Para compreender o outro é

necessário adentrar o sentimento alheio. Empatia não é simpatia, empatia é se

perguntar: E se isso fosse comigo?

CONDUÇÃO: Equipe Gestora

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4. ACOLHIMENTO DOS PAIS E/OU RESPONSÁVEIS
É uma ação pedagógica realizada pela equipe escolar de acordo com a

realidade escolar com o objetivo de orientar os pais e/ou responsáveis e

sensibilizá-los/as para apoiar e acompanhar o desempenho dos/as estudantes

no seu cotidiano. O acolhimento permite ainda que as famílias desenvolvam

ações e/ou estratégias que contribuam para todo o processo de ensino-

aprendizagem.

4.1. Orientações para planejar o acolhimento:

 Um bom recebimento na escola, com atenção e boas-vindas, desde o

momento da matrícula;

 Oportunidade de compartilhamento da visão e missão da escola;

 Durante os momentos de reuniões com pais e/ou responsáveis, deve-se

recepcioná-los/as de forma agradável, preparando o ambiente com

mensagens e/ou uso de músicas culturais, slides e/ou vídeos;

 Dinâmicas que promovam reflexões no sentido de demonstrar a

importância da presença da família ou dos/as responsáveis na escola.

Além do acolhimento, pode ocorrer a interação da escola junto aos pais

e/ou responsáveis, em apresentações de projetos dos/as estudantes, festas

culturais, datas comemorativas, reuniões bimestrais, entre outros eventos.

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4.2. FAMÍLIA DENTRO DA ESCOLA

RESUMO

Equipe gestora e professores, apresentam aos familiares/tutores dos

estudantes, qual é a proposta da escola para a conclusão do período letivo. Quais

ajustes foram feitos e quais foram os combinados para garantir o clima

favorável para a aprendizagem

OBJETIVO

Apresentar e esclarecer aspectos da proposta de educação integral da

escola e o que os estudantes aprenderão.

ORGANIZAÇÃO

Prepara-se uma roda de conversa com os familiares/tutores dos alunos.

O mediador pode apontar as produções dos estudantes durante o Dia do

Acolhimento e compartilhar quais combinados foram feitos. Além disso,

compartilha quais ajustes foram adotados para garantir o alcance dos objetivos

de aprendizagem para o período letivo e o bom funcionamento da escola.

CONDUÇÃO

Equipe gestora e
professores.

Fonte: https://www.empresayes.com.br/blog/a-importancia-dos-pais-na-vida-escolar-dos-filhos/

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5. ACOLHIMENTO INICIAL DOS ESTUDANTES

As propostas de desenvolvimento das atividades podem ser adaptadas de

acordo com a realidade de sua comunidade escolar, respeitando os valores e

cultura. Se faz necessário planejar ações e espaços para escuta individual e

coletiva de experiências e para o entendimento de seus sentimentos.

5.1. BOAS VINDAS

INDICATIVO: Toda a faixa etária.

OBJETIVO:

Acolher os estudantes para melhor

RECURSOS:

 Papel; (imprimir a imagem ou desenhar os gestos, sendo legíveis, para a


melhor compreensão de escolha). Encontrará tem a imagem disponível
em anexo.

ORGANIZAÇÃO:

- Você irá receber os alunos de uma forma diferente. Através das imagens

disponibilizadas que terão 4 ações (abraço, dança, toca aí! Aperto de mão.)

- Através dessas imagens os alunos irão

escolher como eles querem ser recebidos

no dia pelo professor, a ação que o aluno

escolher terá que ser feita com o

professor.

- As imagens dessa ação deverão ficar

disponíveis próximo a porta de entrada

dos alunos para que a dinâmica seja

feita logo na chegada dos mesmos.


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5.2. DINÂMICA DAS EMOÇÕES

INDICATIVO: Toda a faixa etária.

OBJETIVO:

Estimular o autoconhecimento, para que possam perceber e verbalizar a

maneira como se sentem.

RECURSOS:

 Papel; (imprimir a imagem ou desenhar as emoções, sendo legíveis, para


a melhor compreensão de escolha). Encontrará a imagem disponível em
anexo.

ORGANIZAÇÃO:

- Colocar as crianças em uma roda e falar sobre nossos sentimentos. De uma

forma de roda de conversa, o professor irá escutar o que os alunos têm a falar

sobre suas emoções. Valide o que eles têm a dizer sobre suas emoções.

- Depois do momento de escuta e validação dos sentimentos dos alunos, irá

cantar uma música onde no início colocará o nome do aluno que você irá chamar

para expressar o sentimento que ele está sentindo no momento.

LETRA DA MÚSICA:

“A ........ como é que está? Agora ela vai falar... contente ou assustada com muito

medo triste ou preocupada?

O ........ como é que está? Agora ele vai falar... contente ou assustado com muito

medo triste ou preocupado? ”

- Quando as crianças forem mostrar as emoções que estão sentindo, pode ser

através de imagens ou o que achar melhor para a dinâmica.

- Nesse momento de conversa sobre as emoções, eles podem dizer o que estão

sentindo ou criar um sentimento para aquele momento da dinâmica.

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- Através disso o professor irá conversando com seus alunos e entendendo as

emoções juntamente com eles.

Imagens que podem ser utilizadas:

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5.3. CAIXA MÁGICA

INDICATIVO: A partir de 3 anos já é possível realizar esta dinâmica divertida.

OBJETIVO:

O objetivo é que as crianças descubram o nome do objeto com os olhos vendados,

apenas com o tato.

RECURSOS:

 Objetos diferentes;

 Caixa;

 Venda para os olhos.

ORGANIZAÇÃO:

Em uma caixa separe mais ou menos 15 objetos diferentes e misture-os.

As crianças devem estar sentadas em roda e aguardar sua vez de descobrir um

objeto da caixa com os olhos vendados.

Fonte: http://historiasecausosdocotidiano.blogspot.com/2015/12/caixinha-magica.html

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5.4. FOGUETE MÁGICO

INDICATIVO: A partir de 3 anos já é possível realizar esta dinâmica.

OBJETIVO:

Socializar quebrando o gelo de uma forma bem divertida.

RECURSOS:

 Garrafa pet;
 Sala ampla.

ORGANIZAÇÃO:

- Nesta dinâmica as crianças devem estar dispostas em círculo e o

desenvolvedor da dinâmica deve ficar no centro com o foguete mágico, que pode

ser confeccionado a partir de garrafa pet.

- O Foguete Mágico será girado e quando parar estará apontado para uma das

crianças. Então a criança escolhida pelo foguete mágico deverá realizar uma

atividade escolhida pelo desenvolvedor da dinâmica.

- O intuito desta brincadeira é desenvolver a socialização e diversão, então nada

de atividades constrangedoras e condizentes com a idade das crianças.

Fonte: https://br.freepik.com/fotos-vetores-gratis/foguete-png

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5.5. O CACHORRO E O OSSO

INDICATIVO: A partir de 4 anos já é possível realizar

esta dinâmica.

OBJETIVO:

Trabalhar a atenção e percepção das crianças menores.

RECURSOS:

 Vendas para os olhos;

 Algo que represente um osso;

 Sala ampla.

ORGANIZAÇÃO:

- As crianças devem ficar dispostas em círculo e uma delas deverá ficar no

centro com os olhos vendados, que será o cachorro da vez.

- Perto da criança será colocado um objeto ou o ‘osso’ e o orientador da

brincadeira dará o sinal para outra criança tentar pegar com cuidado esse osso.

- A criança vendada deverá latir e indicar de onde veio o barulho, então o

orientador tira a venda e a criança precisa acertar quem tentou roubar seu osso.

Se acertar quem é a criança e esta que vai para o centro e a dinâmica recomeça.

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5.6. TESOURO PERDIDO

INDICATIVO: A partir de 3 anos já é possível realizar a dinâmica. (Analise a


realidade dos seus estudantes).

OBJETIVO:

Trabalhar nas crianças o senso de liderança, a atenção aos detalhes além de


aprender a dividir.

RECURSOS:

 Saquinho com balas

ORGANIZAÇÃO:

- Uma criança deve ser escolhida como o pirata, que vai esconder o tesouro.

- O tesouro é um brinde (balas, por exemplo), colocado dentro de um saquinho.

- Depois que o pirata esconde o tesouro, ele diz: “Vamos ajudar o pirata

trapalhão? ”. É a senha para que as outras crianças comecem a procurar. Elas

têm cinco minutos para encontrá-lo. Se não conseguirem, o pirata dá algumas

pistas de onde o escondeu.

- Quando o tesouro é encontrado, a criança que o achou deve escondê-lo

novamente. Aproveite para acrescentar em cada rodada, novos objetos dentro

do saquinho.

- Quem achar divide o prêmio com os piratas e os outros participantes.

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5.7. JUNTOS PARA SEMPRE

INDICATIVO: Pode ser realizada com crianças a partir de 4 anos.

OBJETIVO:

Estimular o trabalho em grupo, desenvolvendo estratégias para conseguir


pegar mais bolas em menos tempo.

RECURSOS:

 Área externa;
 Caixas;
 Bolinhas.

ORGANIZAÇÃO:

- É indicado que ocorra em uma área externa ou com mais espaço sem livre para

que as crianças possam correr com liberdade e segurança.

- Para começar é preciso dividir as crianças em dois grupos com mesmo número

de integrantes e separar duas caixas, uma cheia de bolinhas coloridas e outra

vazia.

- Dada a largada uma criança por vez de cada grupo deve correr até o cesto cheio

de bolinhas e trazer para o cesto vazio.

- O grupo que conseguir trazer mais bolinhas em um minuto, vence a dinâmica.

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5.8. FANTASMINHA

INDICATIVO: Pode ser realizada com crianças a partir de 3 anos.

OBJETIVO:

Despertar o extinto de trabalho em equipe e diálogo entre o grupo.

RECURSOS:

 Duas salas ou uma divisória;


 Lençol.

ORGANIZAÇÃO:

- Para esta dinâmica pode-se dividir as crianças em dois grupos, um fica da sala

e o outro fora.

- Assim que o professor der o sinal o grupo que estiver do lado de fora enviará

uma das crianças coberta com um lençol.

- O grupo adversário tentará descobrir quem é a criança escondida. Caso acerte

ganha ponto e é a vez do outro grupo.

Fonte: https://br.freepik.com/fotos-vetores-gratis/desenho-de-fantasma

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6. ACOLHIMENTO INICIAL DOS ESTUDANTES

As propostas de desenvolvimento das atividades podem ser adaptadas de

acordo com a realidade de sua comunidade escolar, respeitando os valores e

cultura. Se faz necessário planejar ações e espaços para escuta individual e

coletiva de experiências e para o entendimento de seus sentimentos.

6.1. RECEBER E ACOLHER

RESUMO: Receber os estudantes, juntamente com suas respectivas famílias,

apresentando as alterações no ambiente escolar, como cadeiras mais distantes,

recipientes com álcool em gel e informativo, que deve ser elaborado pela equipe

escolar para ser entregue às famílias, contendo orientações sobre a troca de

máscaras, uso de garrafinhas com identificação do estudante, álcool à 70% para

higienizar as mãos, o não compartilhamento de objetos pessoais, etc.

RECURSOS: Materiais relacionados aos protocolos sanitários de retorno às

aulas, como fitas indicando a marcação de locais, álcool em gel, cartazes

explicativos, etc.

OBJETIVO: Proporcionar a recepção dos estudantes e de suas famílias para que

se sintam acolhidos e seguros nesse momento de retorno híbrido às escolas.

ORGANIZAÇÃO: As salas devem estar previamente organizadas para receber os

estudantes de acordo com os protocolos sanitários de retorno às aulas, como,

por exemplo, fitas marcando os locais em que haja necessidade de filas e

informativos para serem entregues aos responsáveis.

CONDUÇÃO: Equipe docente, equipe de apoio e gestão.

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6.2. BOAS-VINDAS

RESUMO: Com os estudantes reunidos, o diretor da escola faz uma abertura

mobilizadora e engajadora do Dia do Acolhimento, apresentando as atividades

que serão realizadas e seus principais objetivos. Ao final, é proposta uma ação

de cobertura do dia nas redes sociais.

OBJETIVOS

 Realizar a abertura do Dia do Acolhimento


 Apresentar a programação da semana
 Mobilizar os estudantes para a realização do registro compartilhado
das atividades.

ORGANIZAÇÃO: A atividade pode acontecer em um espaço que acomode todos os

alunos da escola, como o pátio ou dentro das salas de aula, com os alunos

organizados em turmas. É legal preparar uma mensagem para receber os

estudantes que promova reflexões sobre o período de distanciamento social, as

mudanças na sociedade e as possíveis novidades que virão.

CONDUÇÃO: No primeiro caso – da organização no pátio - a mediação é feita pelo

diretor e pelos coordenadores pedagógicos. No segundo, a mediação é feita pelos

próprios professores. O diretor e os coordenadores pedagógicos podem se dividir

para acompanhar as turmas enquanto a atividade ocorre.

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6.3. EU E MINHAS EMOÇÕES

RESUMO: Estudantes fazem produções representando algumas emoções e na

sequência relatam situações durante a quarentena em que se sentiram assim.

OBJETIVOS: Promover um espaço de escuta e compartilhamento de emoções e

sentimentos.

ORGANIZAÇÃO: Em uma cartolina são dispostas diversas emoções (por exemplo:

alegria, tristeza, raiva, medo, surpresa, amor, gratidão ou outras),

representadas por um emoji, recorte de revista ou desenho que a represente. Os

estudantes devem pensar o que é cada emoção, por exemplo, o que as pessoas

fazem quando se sentem alegres, o que as faz sentirem alegres etc.

Após isso, cada estudante compartilha qual emoção mais sentiu durante

a quarentena e/ou exemplos de situações onde sentiu cada uma das emoções.

CONDUÇÃO: A atividade pode ser conduzida em grupos menores. O facilitador

deve promover um espaço de respeito para que cada aluno possa expressar

livremente suas emoções (alegria, tristeza, raiva, medo, surpresa, amor,

gratidão ou outras).

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6.4. BAÚ DOS SONHOS

RESUMO: Os estudantes irão escrever seu futuro, usar a

sua criatividade e contar o seu sonho. Ao concluir,

devolver a cartinha para o/a professor/a.

OBJETIVO:

 Promover o estímulo a leitura e escrita;

 Refletir sobre a importância de cada indivíduo ter objetivos, sonhos,


projetos e procurar concretizá-los.

RECURSOS: Encontrará o material em anexo nesse documento. (PÁG.95)

ORGANIZAÇÃO: O professor deverá preparar uma caixa (por exemplo: caixa de

sapato) para decorá-lo. Esta caixa será o “baú do tempo”, onde os estudantes irão

devolver a carta e o professor irá recebê-los e guardá-los no baú do tempo;

CONDUÇÃO: Entregar para os estudantes e informá-los que deverá ser

devolvido. Ao receber, analisar o portfólio como diagnóstico socioemocional,

observando como se sentem e como se comportam, pois ajuda no diagnóstico

inicial de acolhimento e o protagonismo do mesmo.

Guardar a cartinha na caixa do tempo, porque será aberto no final do ano

letivo, sendo uma recordação do que sonharam e perguntar se realizaram

alguns dos sonhos escritos/desenhados durante o ano de 2022.

Pedir para os estudantes registrarem o momento deste preenchimento

em casa e você professor gravar um vídeo de acolhimento inicial para os alunos,

se possível, publicar nas redes sociais da sua instituição e nos marcar no

instagram @integraeducpb, compartilharemos e iremos escolher os melhores

vídeos de acolhimento para ser divulgado no feed do programa.

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6.5. RODAS DE CONVERSA

RESUMO: Apresentação dos protocolos sanitários e das Rotinas

Escolares.

RECURSOS: TV, caixa de som, celular ou tablet para exibição do vídeo, Protocolos

sanitários de retorno às atividades escolares presenciais e rotinas escolares

diárias.

OBJETIVO: Expor de maneira lúdica a execução dos protocolos sanitários e da

Rotina escolar;

ORGANIZAÇÃO: A escola deve exibir, através de um recurso midiático, de forma

lúdica, os protocolos sanitários e as adequações na rotina escolar. Depois,

realizar uma roda de conversa na sala de aula. O (A) educador (a) deve dialogar

com os estudantes sobre a importância de respeitar os protocolos sanitários e as

adequações na rotina escolar durante as atividades escolares presenciais e

remotas.

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6.6. PIZZA DA CONVIVÊNCIA

RESUMO: Realizar a dinâmica Pizza da Convivência para

elencar coletivamente as regras de convivência que

constituirão os combinados da Turma.

RECURSOS: Lousa/computador/tela, pincéis, entre

outros recursos necessários.

OBJETIVO: Pactuar boas relações coletivas, tanto no ambiente virtual quanto no

presencial.

ORGANIZAÇÃO: Em uma lousa ou um programa de computador com

compartilhamento de tela, o professor pode começar a desenhar uma pizza e

pedir para os estudantes listarem seus ingredientes. No caso, cada item pode ser

uma prática de respeito aos protocolos sanitários de retorno às atividades

escolares presenciais, à rotina escolar diária e aos demais combinados da

turma.

CONDUÇÃO: O (A) educador (a) da turma, a gestão escolar e os estudantes.

A equipe escolar deve avaliar a presença dos/as estudantes com deficiência e

das comunidades tradicionais na escola e procurar adaptar/acessibilizar a

atividade da mesma forma proposta para os/as de acordo com a realidade

escolar/da turma.

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7. ACOLHIMENTO INICIAL DOS ESTUDANTES

As propostas de desenvolvimento das atividades podem ser adaptadas de

acordo com a realidade de sua comunidade escolar, respeitando os valores e

cultura. Se faz necessário planejar ações e espaços para escuta individual e

coletiva de experiências e para o entendimento de seus sentimentos.

7.1. BOAS-VINDAS

RESUMO: Com os estudantes reunidos, o diretor da escola faz uma abertura

mobilizadora e engajadora do Dia do Acolhimento, apresentando as atividades

que serão realizadas e seus principais objetivos. Ao final, é proposta uma ação

de cobertura do dia nas redes sociais.

OBJETIVOS

 Realizar a abertura do Dia do Acolhimento


 Apresentar a programação da semana
 Mobilizar os estudantes para a realização do registro compartilhado
das atividades.

ORGANIZAÇÃO: A atividade pode acontecer em um espaço que acomode todos os

alunos da escola, como o pátio ou dentro das salas de aula, com os alunos

organizados em turmas. É legal preparar uma mensagem para receber os

estudantes que promova reflexões sobre o período de distanciamento social, as

mudanças na sociedade e as possíveis novidades que virão.

CONDUÇÃO: No primeiro caso – da organização no pátio - a mediação é feita pelo

diretor e pelos coordenadores pedagógicos. No segundo, a mediação é feita pelos

próprios professores. O diretor e os coordenadores pedagógicos podem se dividir

para acompanhar as turmas enquanto a atividade ocorre.

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7.2. BOM OU RUIM

PÚBLICO: 6ª e 7º anos do Ensino Fundamental.

OBJETIVO: Desenvolver a expressão verbal, a reflexão e a capacidade de

argumentação lógica.

COMO FAZER:

- Em círculo, o iniciante da brincadeira deve sempre inventar uma frase que

comece com “foi bom”...

- O segundo deve completá-la, afirmando, “mas foi ruim” ...

- O terceiro dirá, “mas foi bom”, e assim por diante.

EXEMPLO DE FRASES:

– Foi bom, o Pedro ganhou um cachorro do tio.

– Mas foi ruim porque o cachorro só come e não brinca.

– Mas foi bom porque o Pedro conseguiu ensinar esse cachorro.

– Mas foi ruim porque o cachorro fugiu...

A equipe escolar deve avaliar a presença dos/as estudantes com deficiência e

das comunidades tradicionais na escola e procurar adaptar/acessibilizar a

atividade da mesma forma proposta para os/as de acordo com a realidade

escolar/da turma.

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7.3. ELOGIOS

PÚBLICO: 6º e 7º anos do Ensino Fundamental

OBJETIVO: Mobilizar sentimentos e a recepção de elogios.

MATERIAL: Uma folha, caneta hidrocor e um pedaço de fita crepe para cada

participante.

COMO FAZER: Cada criança cola uma folha nas costas com fita crepe e fica com

uma caneta nas mãos. Ao som da música andam pelo espaço (respeitando o

distanciamento). Quando a música parar, escrever uma palavra de

elogio/qualidade para o colega que estiver mais próximo. Depois de algumas

vezes, o professor para a brincadeira e pede que os alunos leiam o que os colegas

escreveram sobre ele.

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7.4. O REPOLHO E A ROSA

PÚBLICO: 8ª e 9º anos do Ensino Fundamental

OBJETIVO: Desenvolver a expressão verbal, a reflexão e a capacidade de

argumentação lógica.

TEMPO APROXIMADO: 30 minutos

MATERIAL: Duas folhas de papel A4 para cada estudante; texto “O Repolho e a

Rosa” (em anexo na página 93); caixinha fechada, com pedaços de papel

recortados, preferencialmente, na cor rosa, para representar pétalas.

COMO FAZER:

1. Na primeira folha, os estudantes são incentivados a desenhar ou escrever

como nasce um repolho.

2. O professor dirige a discussão no sentido de os estudantes entenderem que um

repolho nasce com as folhas todas abertas e, com o tempo, elas vão se fechando

uma sobre a outra.

3. Depois, o docente pede que os estudantes virem a folha e escrevam sobre

situações que aconteceram em sua vida que fizeram com que eles fossem se

fechando (situações em que foram excluídos, perderam alguém, sofreram uma

decepção etc.).

4. Na outra folha de sulfite, os estudantes desenharão como nasce uma rosa. O

docente provoca a reflexão de que o botão de rosa vai se abrindo até que forma

uma flor harmoniosa.

5. Depois de desenharem, viram a folha e escrevem sobre situações da vida em

que se sentiram felizes e motivados a se abrirem.

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6. Quando os estudantes terminarem os desenhos, o professor faz leitura do

texto. Ao final do texto, o docente perguntará quem da turma quer ser repolho e

quem quer ser rosa. Diante de uma maioria que afirmar que quer ser rosa, o

docente entregará os papeis da caixa, representando as pétalas de rosa, para

que cada estudante fique com uma.

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7.5. FALANDO SOBRE VOCÊ

PÚBLICO: 8º e 9º anos do Ensino Fundamental.

OBJETIVO: Sensibilizar e auxiliar os estudantes a expressarem seus

sentimentos, inclusive os que estão relacionados às tristezas e aos incômodos. É

preciso que todos aprendam a utilizar uma comunicação verbal clara, honesta

e empática, que reconheça e valorize os sentimentos presentes e possa

constituir-se numa via saudável para lidar com conflitos interpessoais ou do

sujeito com ele mesmo.

TEMPO APROXIMADO: 45 minutos

MATERIAL: Papel, caneta e suporte; folhas grandes de papel pardo (opcional)

COMO FAZER:

1. O professor convida o grupo a refletir brevemente: “O que é mais valioso em

sua vida? ”.

2. Conforme os estudantes vão expressando suas ideias e sentimentos

coletivamente, o docente anota em local visível as contribuições de todos (na

lousa ou cartaz de papel pardo).

3. O professor pede, então, que cada um lembre de algo que foi dito ou feito por

outra pessoa que lhe provocou sentimentos desagradáveis (Atenção! É preciso

pedir cuidado para que seja selecionada uma situação nem muito banal e nem

muito grave).

4. Informar que cada participante pode, a qualquer momento, interromper o

exercício se perceber que está precisando se cuidar.

5. A seguir, algumas perguntas sugestivas para serem respondidas

coletivamente, com base na lembrança dessa situação. É importante que o

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professor dê algum exemplo hipotético para auxiliar na compreensão e na

condução do processo:

• Qual ou quais foram os sentimentos que essa situação provocou em você?

• O que você disse a você mesmo, em pensamento, que gerou esses sentimentos?

• O que a pessoa fez concretamente (na prática), que lhe provocou esses

sentimentos?

• O que é muito valioso/importante para você que não foi considerado nessa

situação?

• Que pedido você poderia fazer a essa pessoa para que esse valor fosse

atendido/respeitado?

6. O professor precisa oportunizar espaço para percepções e reflexões dos

participantes sobre o exercício.

7. Destacar a importância de os estudantes ficarem atentos e respeitarem os

seus próprios sentimentos e os dos outros.

Sugerir que cada estudante pense em uma maneira respeitosa e clara de

comunicar como está se sentindo em situações que geram sentimentos que o

incomodam.

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7.6. ÁRVORE DOS SONHOS

RESUMO: Construir uma árvore dos sonhos dos professores e do pessoal de

apoio, dividindo um pouco de seu projeto de vida com a equipe.

RECURSOS

 Material para confeccionar a árvore.

OBJETIVO: Conhecer e registrar os sonhos dos professores e funcionários, após

a crise do novo coronavírus. Além disso, refletir se houve mudanças em seus

sonhos devido a vivência dessa crise sanitária.

ORGANIZAÇÃO: Para o desenvolvimento dessa ação, é importante que seja

construída uma árvore dos sonhos da equipe escolar, que pode até ficar junto a

dos estudantes, ou separadamente. Cada participante deverá receber um item

de decoração da árvore e nele indicará o seu sonho para, depois, anexar a ela. É

importante realizar um tempo de roda de conversa, no qual cada um que se

sentir confortável possa compartilhar seus sonhos e se houve alguma mudança

neles devido às experiências vividas no período de isolamento social.

CONDUÇÃO: O Gestor e/ou Coordenador Pedagógico podem conduzir essa ação.

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8. ACOLHIMENTO DIÁRIO

Conforme as orientações apresentadas nas Diretrizes Operacionais do

Integra Educação Paraíba 2021, pág. 58, seguem abaixo algumas dicas de

momentos que auxiliarão no planejamento do acolhimento diário:

 Celebração de datas comemorativas (Carnaval, São João, aniversários,

Dia da Criança, Dia do Meio Ambiente, Dia do Circo, entre outras);

 Comemoração das conquistas dos/as estudantes;

 Elaboração de cartazes com sentimentos e sonhos;

 Apresentação de esquetes teatrais;

 Dinâmicas ou brincadeiras;

 Seleção de músicas divertidas;

 Dia das profissões;

 Leitura deleite.

Para melhor compreensão teórica das ações pedagógicas e lúdicas de

acolhimento, seguem abaixo três momentos dinâmicos que lhe auxiliarão no seu

planejamento diário em sua rotina escolar.

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8.1. BOAS VINDAS

OBJETIVO: Trazer para o acolhimento músicas de boas-vindas, a fim de

promover a interação social.

CONDUÇÃO: O (a) professor (a) pode utilizar instrumentos que a escola

disponibiliza ou materiais que emitem algum tipo de som, cantando e tocando

músicas que costumavam escutar nas aulas presenciais. Assim, os estudantes

recordam os momentos socioafetivos que compartilhavam com os seus colegas.

A música estimula o pensamento, pois é possível que a criança interaja

socialmente, possibilitando assim, o desenvolvimento social, cognitivo, afetivo e

empático.

8.2. DINÂMICA COM A TURMA

OBJETIVO: Permitir que os estudantes desenvolvam e mantenham

relacionamentos mais saudáveis. Estimular a responsabilidade de sentimentos

e a empatia.

CONDUÇÃO: Após o momento receptivo de boas-vindas, preparar dinâmicas

lúdicas nos respectivos espaços. Aconselhamos para que, se possível, preparem

espaços abertos, mas dentro de sua realidade e dos protocolos sanitários. Segue

abaixo uma dica de dinâmica socioemocional:

 Caixa dos sentimentos:

1. Ofereça modelos através de ilustrações ou fotografias.

2. Brinque de simular emoções. Utilize um espelho.

3. Utilize livros ou vídeos para contar histórias.

4. Articule as emoções com os combinados em sala de aula.

5. Valide e encoraje a expressão de sentimentos.

6. Aproveite situações do dia a dia.

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8.3. RODA DE CONVERSA

OBJETIVO: Proporcionar um espaço de escuta ativa, este método estimula as

crianças a verbalizar os seus sentimentos vivenciados no seu dia a dia,

despertando a empatia a partir da escuta e desenvolvendo a narrativa

linguística.

Elabore perguntas que estimulem o sentimento de se colocar no lugar do

outro, trabalhando a empatia do estudante. Você poderá iniciar com a contação

de história.

DICA: A Ilha dos Sentimentos: https://youtu.be/-5L51NUcgac, esta história ajuda a

conhecer e estimular o compartilhamento de sentimentos.

Exemplos de perguntas para serem levantadas durante a roda de


conversa:

Fonte:https://www.ensinandocomcarinho.com.br/2021/02/dinamica-volta-as-aulas-puxando-
conversa.html

Outra dica de utilizar estas mesmas perguntas:

Imprimir, recortar, numerar de 01 a 25 e colocar as perguntas de cabeça

para baixo, espalhar no local da dinâmica, seja no chão, na mesa ou no birô e

pedir para cada estudante escolher e responder a pergunta retirada. Caso o

estudante tenha dificuldade em ler, o/a professor/a poderá auxiliá-la na

leitura.

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8.4. DA BAGUNÇA À ORDEM

OBJETIVO:

Perceber a necessidade da organização e ordem para o bom

desempenho das atividades em grupo.

TEMPO APROXIMADO: 10 minutos

MATERIAL: nenhum

O professor pode, a partir da fala das crianças, levantar algumas

regras para a organização em sala de aula.

COMO FAZER:

- Pedir para que as crianças, todas ao mesmo tempo, cantarem uma

música para o seu companheiro do lado (esta atividade gerará um

caos);

- Depois, pedir a um aluno que cante a música dele para a classe.

- Como conclusão o professor levanta com as crianças como se

sentiram quando rodos falaram juntos e quando uma só criança

falou/cantou e outras situações vividas onde a organização é

essencial.

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8.5. BALÕES SURPRESA

OBJETIVO:

Ler o conteúdo do balão com frases de boas


vindas

TEMPO APROXIMADO: 15 minutos

MATERIAL:

Um balão colorido com uma das frases de boas -vindas para cada
aluno
COMO FAZER:
- O professor deve colocar previamente uma frase de boas -vindas em

cada balão vazio.

- Cada criança pega um balão, enche e brinca com ele no espaço,

explorando seus movimentos;

- Ao ouvir o sinal do professor, todos devem estourar um balão e

pegar o papel com a frase que havia dentro dele

- No final, o grupo se senta em uma roda e todos leem a frase pegou.

Ideias para frases:


 SEJA BEM VINDO!

 É BOM TÊ-LO COMO AMIGO(A)!

 QUE POSSAMOS TER UM ÓTIMO ANO JUNTOS!

 ESPERO PODER CONTAR COM A SUA AJUDA!

 UM ÓTIMO INÍCIO DE AULA!

 ESTOU FELIZ QUE VOCÊ ESTEJA AQUI!

 QUE VOCÊ POSSA SER UM BOM COMPANHEIRO(A)!

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 VAMOS TER UM ANO MARAVILHOSO JUNTOS!

 COMO É GOSTOSO ESTAR NO ___ ANO!

 SEMPRE SAIBAMOS SER SOLIDÁRIOS UM COM O OUTRO!

8.6. DINÂMICA DO NÓ

Essa dinâmica ajuda a estimular o raciocínio e o trabalho em equipe

OBJETIVO:

Desmanchar um nó feito com pessoas.

MATERIAL: Nenhum.

COMO FAZER:
 Todos os participantes formam um círculo dando as mãos.

 Cada um verifica quem está à sua direita e à sua esquerda. Isto é

muito importante, pois pode haver confusão depois, portanto,

peça que cada um fale alto para si e para os outros: “João está à

minha direita e Ana, à minha esquerda”, etc.

 Ao sinal da professora, os alunos soltam as mãos e caminham

pelo espaço ao som da música, aleatoriamente, até ouvirem um

sinal (palma ou assovio).

 Ao ouvir o sinal, todos devem param EXATAMENTE ONDE ESTÃO.

 Agora, sem sair de suas posições, deverão dar sua mão direita

para quem estava à sua direita e sua mão esquerda para quem

estava à esquerda.

 Fazendo isso, vai se formar um nó de pessoas, e deverá ser

desfeito, voltando o círculo à posição inicial, sem que ninguém

solte as mãos.

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9. REPRESENTANTE DE TURMA

A escolha de Representante de turma é o início de um importante processo


no ambiente escolar, tanto para o desenvolvimento do protagonismo daqueles
que se tornarão líderes e vice-líderes, como também, no apoio a resolução de
desafios no cotidiano escolar.

O representante de turma é o elo, o canal de comunicação, entre sua


turma e a gestão escolar, coletando demandas de seus liderados, debando entre
os líderes e as encaminhando para a gestão por meio das reuniões, para que
juntos cheguem a um denominador comum, caminhando para a resolução dos
desafios diários de uma Escola.

Assim, a condução das ações referente a escolha de líderes de Turma deve


ser bem conduzida pela gestão, por meio de um processo democrático, e que
garanta uma formação para aqueles que pleiteiam a liderança e vice-liderança
de turma.

O escolhido, pelo seu grupo, irá representá-lo, terá voz, mas, antes de
tudo, assumirá o compromisso de buscar o consenso, e quanto mais for
responsável nas suas representações, mais terá aprendido a defender os
interesses do seu grupo, e, assim, compreendido a mensagem que queremos lhe
deixar.

O representante de turma, o estudante é o protagonista e aliado dos

professores e do/a gestor/a escolar. Ele conhece, aprende e tem a oportunidade

de desenvolver competências e habilidades de representatividade como:

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Fonte: Elaboração própria

Assim, tornando-se referência e inspiração para os colegas, por estimular

a turma e representar as ações planejadas pela equipe da escola. Vamos

conhecer as qualidades inerentes ao representante de turma?

Fonte: Elaboração própria

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9.1. A REPRESENTAÇÃO DE TURMA - DE ACORDO COM A INSTRUÇÃO
NORMATIVA SEECT/PB Nº 002/2022

De acordo com as instruções normativas publicada no dia 31 de setembro

de 2022 no Diário Oficial (DOE), segue abaixo as atribuições e responsabilidades

voltados para os Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental:

Art. 10º Cada Unidade Escolar irá incentivar a realização da eleição dos
estudantes que ficarão responsáveis pela defesa dos interesses de suas turmas,
promovendo a escolha democrática das seguintes representações estudantis:

I. Representantes de Turma nos Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental


com as seguintes atribuições e responsabilidades:
a. Auxiliar o professor/monitor na organização e realização de atividades,
ações e eventos que envolvam a sua turma;
b. Conscientizar os colegas sobre a necessidade de observar e seguir as
normas disciplinares;
c. Auxiliar os professores da turma sempre que solicitado;
d. Contribuir na organização e conservação da sala e de seus
equipamentos;
e. Incentivar a amizade e união entre os colegas, promovendo a integração
e socialização;
f. Acompanhar e auxiliar o professor em atividades relacionadas com a
disciplina;
g. Procurar conhecer cada colega e relacionar-se com todos;
h. Transmitir aos colegas, com responsabilidade, respeito e imparcialidade,
as informações que lhes forem confiadas.

§1º São atribuições e responsabilidades inerentes tanto ao representante de


turma quanto ao líder de turma:

I – Integrar, quando solicitado, instâncias de participação estudantil em órgãos


colegiados como Conselho de Educação, Conselho de Controle Social do Fundeb,
entre outros;

II- Participar no âmbito escolar das atividades do Conselho de Classe, Conselho


Escolar, e Orçamento Democrático Escolar;

III - Apoiar a escola em ações que promovam e garantam a gestão escolar


democrática enquanto princípio da Constituição Federal, Lei de Diretrizes e

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Bases da Educação, Plano Estadual de Educação, conforme exigência da Lei
14.113 que regulamenta o FUNDEB.

§2º Na eleição dos representantes de turma, será definido um Professor


Conselheiro que fará parte de todo o processo eleitoral, tendo como
responsabilidade formar, realizar, orientar e garantir o processo democrático
de toda a ação.

9.2. FUNÇÃO DO REPRESENTANTE DE TURMA

 Auxiliar o professor monitor na organização de promoções, atividades ou

eventos que envolvam a sua turma;

 Conscientizar os colegas sobre a necessidade de observar e seguir as

normas disciplinares;

 Auxiliar os professores da turma sempre que solicitado;

 Ajudar na organização da sala, (cuidados com cartazes, conservação das

carteiras, cortinas, paredes, equipamentos em sala de aula, etc).

 Incentivar a amizade e união entre os colegas;

 Acompanhar e auxiliar o professor em atividades relacionadas com a

disciplina;

 Procurar conhecer cada colega e relacionar-se com todos;

 Transmitir aos colegas com responsabilidade, respeito e imparcialidade

as informações que lhes forem confiadas com esse intuito.

9.3. ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR CONSELHEIRO

 Acompanhar a turma que representa, auxiliando-a na busca de superar

as dificuldades de convivência, tanto entre os alunos como entre estes e

os professores;

 Orientar no respeito à Hierarquia da Escola; nas cerimônias cívicas;

quanto ao respeito mútuo e hábitos de estudos; para ter um espírito

crítico, colaborar e apresentar soluções;

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 Incentivar a melhora na disciplina e no rendimento escolar; na

conservação do material existente em sala de aula; na participação das

atividades esportivas, maratonas, concursos em geral, festa junina e

outros;

 Realizar eleição do Representante de Turma;

 Avaliar os resultados de sua atuação, junto aos alunos;

 Auxiliar no trabalho de orientação profissional, formatura e outros; na

conservação da higiene dos banheiros, sala de aula, pátio e demais

dependências, na organização de carteiras, etc;

 Estimular o sentimento de simpatia e confiança entre os estudantes da

turma.

9.4. PAPEL DO GESTOR COMO MEDIADOR DA REPRESENTATIVIDADE

O/a Gestor/a Escolar tem o papel fundamental de informar, mediar e

orientar o protagonismo e estimular a representatividade dos estudantes junto

com a equipe escolar. Ao se ter todos os componentes ativos nas tomadas de

decisões da escola para um bom desenvolvimento e engajamento, é preciso ser

baseado em uma boa dinâmica do trabalho coletivo e dividir atividades e

responsabilidades para se ter autonomia no âmbito escolar. Vieira (2005) sobre

a sua visão nos artigos 14 e 15 da LDB (1996) que apresenta as determinações

detalhadamente sobra à gestão democrática escolar, dispõem que:

“[...] gestão democrática do ensino público na educação básica aos


sistemas de ensino oferece ampla autonomia às unidades federadas
para definirem em sintonia com suas especificidades formas de
operacionalização da gestão, com a participação dos profissionais da
educação envolvidos e de toda a comunidade escolar e local”. (VIEIRA,
2005, p.7-20)

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Então, percebemos que a gestão escolar não só o gestor e sim, toda a

comunidade envolvida com a educação, segundo AGOSTINI (2010) que a arte de

ser um gestor escolar vai mais além do que gerenciar uma instituição e sim em

coordenar, mediar e facilitar as questões desafiadoras diárias que surgem no

âmbito escolar.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação é a base. Brasília: MEC/Secretaria


de Educação Básica,2017.

BLOG: ENSINANDO COM CARINHO.“Dinâmica volta às aulas puxando conversa” (2021).


Disponível em: https://www.ensinandocomcarinho.com.br/2021/02/dinamica-volta-
as-aulas-puxando-conversa.html (Acesso em: 10 de novembro de 2021.)

Como as competências socioemocionais promovem saúde mental? (sem data).


Disponível em:https://novaescola.org.br/conteudo/12664/como-as-competencias-
socioemocionais-promovem-saude-mental (Acessado: 9 de novembro de 2021).

DAMASCENO, Marina. Mapa da empatia na escola. Disponível em:


https://blog.kuau.com.br/competencias-socioemocionais/mapa-empatia-escola/.
Acesso em 11 de novembro de 2021.

da História, D. (2018) O que é protagonismo infantil e como incentivá-lo?, Dentro da


História | Blog. Dentro da História. Available at:
https://www.dentrodahistoria.com.br/blog/educacao/o-que-e-protagonismo-
infantil/ (Accessed: 5 January 2023).

Documento Orientador Acolhimento Emocional (2021). Disponível em:


https://midiasstoragesec.blob.core.windows.net/001/2021/02/conviva-2021-
documento-orientador-acolhimento-emocional.pdf (Acessado: 17 de novembro de
2021).

INSTITUTO AURTON SENNA. Competências socioemocionais durante o Coronavírus.


Disponível em: http://www.institutoayrtonsenna.org.br/ (Acessado: 9 de novembro de
2021).

kuau-admin (2020) Competências Socioemocionais - Blog da Kuau. Disponível em:


https://blog.kuau.com.br/competencias-socioemocionais/competencias-
socioemocionais-escola/ (Acessado: 9 de novembro de 2021).

Edu, A. (2018) Trabalhar a empatia na escola pode transformar relações - Jornada Edu.
Disponível em: https://jornadaedu.com.br/praticas-pedagogicas/a-empatia-em-sala-
de-aula/ (Acessado: 8 de novembro de 2021).

Equidade: Dos Dados à Pedagogia da Diversidade (sem data). Disponível em:


http://www.iea.usp.br/pesquisa/catedras-e-convenios/catedra-de-educacao-
basica/a-escola-espacos-e-tempos-das-acoes-docentes/escola-diversidade-e-
equidade/equidade-dos-dados-a-pedagogia-da-diversidade (Acessado: 8 de novembro
de 2021).

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Felipo (2018) 20 Dinâmicas Para Educação Infantil Perfeitas!, Felipo. Available at:
https://minhasatividades.com/dinamicas-para-educacao-infantil/ (Accessed: 5
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O que é Equidade? (2021). Disponível em:


https://www.politize.com.br/equidade/blogpost/o-que-e-equidade/ (Acessado: 8 de
novembro de 2021).

O que são competências Socioemocionais? (2020). Disponível em:


https://zoom.education/blog/competencias-socioemocionais/ (Acessado: 8 de
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PARAÍBA. Secretaria Estadual de Educação. Comissão Executiva do Integra Educação


Paraíba. Diretrizes operacionais do Integra Educação Paraíba. 2021. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1cKezgcOLR5EEVm_W4COnXVykUkSnft6B/view?usp=
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PARAÍBA. Secretaria Estadual de Educação. Orientações para o acolhimento de


retorno e acolhimento diário. 2021. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1JxjO_2bGiJydxMLmkjpGTZDaveK1OBHI/view?usp=sh
aring

Protagonismo infantil previsto pela BNCC: 3 formas de colocar em prática! (2021)


SuperAutor - Um Projeto Pedagógico Encantador. Available at:
http://superautor.com.br/protagonismo-infantil-previsto-pela-bncc-3-formas-de-
colocar-em-pratica/ (Accessed: 5 January 2023).

‘7 dinâmicas rápidas para o início das aulas’ (2017) Papo da Professora Denise, 23
January. Available at: https://www.papodaprofessoradenise.com.br/7-dinamicas-
rapidas-para-o-inicio-das-aulas/ (Accessed: 5 January 2023).

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Anexos das dinâmicas do Acolhimento

Dinâmica 5.1 BOAS VINDAS (referente à pág. 47)

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Dinâmica 5.2 DINÂMICA DAS EMOÇÕES (referente à pág. 48)

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Dinâmica 7.4 O REPOLHO E A ROSA (referente à pág. 67)

O REPOLHO E A ROSA
Quantas vezes “estou” como um “repolho”. Minha condição perfeitamente
humana me faz nascer aberto para a vida, para me descobrir e descobrir os
outros. Mas essa mesma condição humana muitas vezes me faz não permitir
errar, dizer o que sinto, o que penso, o que me angustia, o que me deixa ansioso,
o que me enraivece... e desse mesmo jeito, não conseguir ajudar quem se
angustia, quem sente raiva... E isso tudo faz me fechar como um repolho, que
embrulha as folhas cada vez mais em busca de defesa.

Quando me sinto repolho, me fecho, não permitindo que as pessoas se


aproximem de mim. Sinto-me repolho quando eu não estou aberta às mudanças,
quando tenho medo do novo, medo do outro, medo de mim mesmo e por isso, não
estou aberto a ajudar os outros... Então, engulo minhas raivas, minhas
frustrações, meus medos, e fecho-me no meu EU-repolho.

Porém, a vida nos ensina que podemos ser como uma rosa. Meu
desabrochar é vagaroso e terno quanto o desabrochar de suas pétalas porque
vou me conhecendo a cada dia. Sinto que posso me abrir e dizer às pessoas o que
me deixa triste e alegre, o que me angustia, o que me dá raiva, o que me deixa
feliz!

Sinto-me rosa quando sou capaz de, com delicado perfume, colocar a
minha raiva para fora de mim, sem ferir os outros com espinhos, mas também
não permitindo que os seus espinhos me machuquem. Assim, como rosa, posso
me “comover” com o outro que ainda não conseguiu ser rosa, quando sou capaz
de entendê-lo, e ajudá-lo a resolver seus problemas, acolhendo, estando do seu
lado.

Sinto-me rosa porque me abro para novas descobertas e mantenho o meu


estado de disposição para buscar o que é melhor para mim e para o outro e,
assim, encontrar diferentes formas de ser rosa... E você o que deseja ser? Repolho
ou rosa?

Luciene Regina Paulino Tognetta

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Dinâmica 8.3 RODA DE CONVERSA (referente à pág. 75)

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