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Slides - Unidade I
Slides - Unidade I
Economia Internacional
O comércio permite que os países ou as regiões se especializem naquilo que fazem melhor e
possam desfrutar, assim, de uma maior quantidade de produtos e serviços; para isto, vamos
debater algumas das mais importantes teoria do comércio internacional.
Os economistas clássicos consideram o comércio internacional um dos principais elementos
do desenvolvimento econômico, por possibilitar a expansão dos mercados, a redução dos
custos médios e dos preços dos produtos, seguidos por um aumento dos lucros.
Procura mostrar as soluções de livre-comércio que podem melhorar a situação dos
indivíduos afetados pelas imperfeições dos mercados, seja via intervenção governamental,
seja via o próprio mercado.
À medida que os países especializam-se na produção dos
bens para os quais a sua produtividade é maior, o produto
mundial aumenta.
A elevação do nível de renda de um país provoca
o aumento de suas importações, o que acaba beneficiando
os países exportadores.
Introdução
Adam Smith e David Ricardo foram os principais autores da teoria neoclássica, tendo como a
preocupação fundamental, o nível da estrutura (padrão) do comércio, para responder:
Quais os bens importados e exportados? Porquê dos ganhos do comércio? Qual o beneficio
dos países com o comércio internacional? Ou, de outra forma, quais os custos da proteção? E
dos termos de troca? A que preços são trocados os bens importados e exportados?
Em A riqueza das nações, publicada em 1776, Adam Smith formulou a sua teoria sobre a
defesa do comércio exterior e a sua crítica ao mercantilismo.
As diferenças internacionais no custo de produção nas diversas atividades poderiam
incentivar a troca de mercadorias entre os países.
Cada país deve especializar-se, apenas, na fabricação dos
bens que ele pode produzir com a menor quantidade de
recursos (insumos de produção).
A Teoria das Vantagens Absolutas, de Adam Smith, pode ser
vista a partir de um modelo com as seguintes hipóteses:
A Teoria das Vantagens Absolutas, de Adam Smith
T = f(L) e F = f(L)
A quantidade de trabalho requerida para produzir uma unidade de um bem é denominada de
coeficiente técnico de produção e pode ser denotada da seguinte forma:
No país B, são necessários dois trabalhadores para produzir um metro de tecido e três
trabalhadores para produzir uma saca de alimentos.
Com o comércio: o país A tem uma vantagem absoluta na produção de tecidos e o país B na
produção de alimentos.
Com a ocorrência de comércio é mais vantajoso para o país A alocar toda a sua mão de obra
na produção de têxteis.
Já para o país B é mais vantajoso alocar toda a sua mão de obra na produção de alimentos.
Conclusão:
A base para o comércio entre os países decorre da
especialização na produção de uma dada mercadoria com
custos menores e a importação do bem produzido mais barato.
Logo, aumenta o produto total;
A especialização e as trocas aumentam a eficiência do
trabalho, proporcionando um acréscimo da produção e a
melhoria no bem-estar.
Interatividade
Na formulação original do modelo David Ricardo tentou mostrar que, mesmo quando um país
fosse, absolutamente, menos eficiente a produzir todos os bens, continuaria a participar no
comércio internacional ao produzir e exportar os bens que produzisse de forma,
relativamente, mais eficiente. Assim, o Modelo Ricardiano é referido como o modelo das
vantagens comparativas ou relativas.
Mesmo que um país tenha vantagens absolutas na produção de todos os bens, ainda seria
vantajoso o comércio, desde que ele se especializasse na produção do bem em que a sua
vantagem absoluta fosse maior.
Já o país que apresenta uma desvantagem absoluta poderia obter o máximo concentrando
os seus recursos na produção do bem em que a sua desvantagem absoluta fosse menor.
Tal decisão é compreendida por intermédio do conceito de
custo de oportunidade.
Vantagens comparativas e ganhos do comércio
Fonte: Livro-texto.
Em Portugal, para se obter um metro de tecido, é necessário deixar de produzir 1,125 barril
de vinho. Na Inglaterra, obtém-se um metro de tecido deixando de produzir 0,833 barril de
vinho. Ao mesmo tempo, o custo de um barril de vinho é de 0,889 metro de tecido, em
Portugal, e 1,2 metro de tecido, na Inglaterra.
Bem Y
Pontos de produção eficiente
A
YA
B
YB
XA XB Bem X
Razões para a existência do comércio internacional
CMex Cme*x
CMey < Cme*y
Interatividade
O Modelo Ricardiano de Comércio está estruturado entre dois países, Local e Estrangeiro.
Tento como hipóteses básicas desse modelo:
I. Existência de dois países: Local (economia doméstica) e Estrangeiro (representado por *);
II. Cada país produz dois segmentos econômicos: têxtil (T) e agrícola (A);
III. Utilização de um único fator escasso de produção: o trabalho (L);
IV. Toda mão de obra é homogênea e recebe a mesma remuneração (w) em todos os setores.
Logo, só existe a diferença de remuneração entre os países;
V. A produtividade da mão de obra e constante;
VI. As economias dos países são, perfeitamente, competitivas.
Caracterização do Modelo Ricardiano: mercados competitivos
LT L* LA L*
aLT = ; a*LT = *T aLA = ; a*LA = *A
QT QT QA QA
Onde temos:
As quantidades produzidas de determinado bem ou serviço
dependem da tecnologia disponível no país. Dado que as
produções têxteis e agrícolas no país Local possam ser
representadas, genericamente, como uma função da
quantidade de trabalho alocada em cada setor.
Caracterização do Modelo Ricardiano: mercados competitivos
QT = f(LT) e QA = f(LA)
De acordo com a hipótese (V), os países apresentam produtividade da mão de obra
constante. Isso significa dizer que as produtividades marginal e média do trabalho,
independentemente do bem produzido, são idênticas (PMgL = PMeL);
Pela hipótese (IV) do modelo, temos que o acréscimo de unidades de trabalho na produção
não altera a produtividade média do fator de produção. Portanto, a hipótese Ricardiana adota
a ocorrência de retornos constantes de escala.
Caracterização do Modelo Ricardiano: mercados competitivos
QT = f(LT) e QA = f(LA)
De acordo com a hipótese (V), os países apresentam produtividade da mão de obra
constante. Isso significa dizer que as produtividades marginal e média do trabalho,
independentemente do bem produzido, são idênticas (PMgL = PMeL);
Pela hipótese (IV) do modelo, temos que o acréscimo de unidades de trabalho na produção
não altera a produtividade média do fator de produção. Portanto, a hipótese Ricardiana adota
a ocorrência de retornos constantes de escala.
PMgL = PMeL
A fronteira de possibilidades de produção (FPP)
A FPP de um país deve mostrar a possibilidade máxima de produção do setor têxtil que o
país pode produzir, dada uma determinada produção de bens agrícolas.
Os pontos sobre a FPP mostram que os recursos estão plenamente empregados na
produção dos setores têxteis e agrícolas.
Usando as hipóteses do Modelo Ricardiano, podemos representar a FPP da indústria do país
local da seguinte forma:
L aLT
QA < – Q aLTQT + aLAQA < L
aLA aLA T
O CPP é o conjunto composto por todas as possíveis
combinações de produção dos setores têxteis e agrícolas. O
fator limitante, dada a tecnologia é, apenas, a oferta disponível
de mão de obra em cada país.
A fronteira de possibilidades de produção (FPP)
L a
FPP: QA = – LT QT
aLA aLA
Fonte: Adaptado
de: livro-texto
CPP Economia
Internacional,
unidade I, p. 28.
Custo de oportunidade: –aLT/aLA
L/aLT T
O custo de oportunidade no país local (T/A): para produzir uma unidade a mais de produto
têxtil, deve-se abrir mão de 0,5 unidade de trabalho no setor agrícola; já no país estrangeiro
(T/A), deve-se abrir mão de duas unidades de trabalho no setor agrícola.
Relação negativa que se ilustra no formato decrescente da
FPP. Será linear, porque o custo de oportunidade dos
produtos têxteis, em termos dos produtos agrícolas, é
constante.
Interatividade
Qual das hipóteses apresentadas por David Ricardo, em sua teoria, explica o formato das
fronteiras de possibilidades de produção terem o aspecto linear (reta)?
Qual das hipóteses apresentadas por David Ricardo, em sua teoria, explica o formato das
fronteiras de possibilidades de produção terem o aspecto linear (reta)?
L a PT/PA
A FPP: QA = – LT QT
aLA aLA
L/aT
E* E*
QA aLT/aLA OR
U1
DR
No equilíbrio, a economia doméstica produzirá os dois bens, de tal forma que os preços
relativos sejam iguais às suas necessidades relativas de trabalho (custo de oportunidade).
aLT PT
OR = DR →
aLA = PA
Em equilíbrio, temos que OR = DR. Isso significa que, na ausência de comércio internacional, a
economia doméstica vai produzir mercadorias têxteis ou agrícolas, de tal forma, que os preços
relativos sejam iguais às suas necessidades relativas de trabalho (custo de oportunidade):
Dessa forma, se prevalecer a igualdade entre os preços e os
custos de oportunidade relativos, a economia do país Local
produzirá ambos os bens em autarquia.
O Modelo Ricardiano: a produção e o consumo
aLT a*LT
≠ *
aLA a LA
Modelagem do comércio internacional
O país Local faz comércio quando puder trocar os bens no mercado mundial com termos,
pelo menos, iguais (senão melhores) aos que dispõem domesticamente. A mesma lógica se
aplica ao país Estrangeiro.
Para que, em ambos os países, haja uma especialização completa, portanto, é necessário que
os preços relativos estejam dentro do intervalo em que haja o comércio internacional.
Supondo vantagens comparativas para o país Local, no setor têxtil, e para o país Estrangeiro,
no setor agrícola, teremos:
aLT PT a*LT
< < *
aLA PA a LA
Modelagem do comércio internacional
A A
L*/a*LA
X
L/aLA
Q* A
C
C
QA
M
C
“O comércio internacional permite que cada país se especialize na produção do bem em que
ele tem vantagem comparativa: isso leva a ganhos para ambos quando eles comercializam”.
As oportunidades de trocas internacionais ampliam as possibilidades de consumo
de dois países.
O comércio internacional implica um ganho de bem-estar em todos os países associados
à alocação mais eficiente dos recursos.
Mas não leva em questão as mudanças na distribuição de renda, fatores que limitam
a especialização e as economias de escala.
Interatividade