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CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2014/2015

NÚMERO DE REGISTRO NO MTE: SP013462/2014


DATA DE REGISTRO NO MTE: 29/10/2014
NÚMERO DA SOLICITAÇÃO: MR067765/2014
NÚMERO DO PROCESSO: 46262.004352/2014-68
DATA DO PROTOCOLO: 23/10/2014

Confira a autenticidade no endereço http://www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/.

TERMOS ADITIVO(S) VINCULADO(S)


Processo n°: e Registro n°:
SIND.TRAB.EMP.TRANSP.RODOANEXO ABCDMRP E RG DA SERRA, CNPJ n. 57.602.609/0001-58,
neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). FRANCISCO MENDES DA SILVA;

SINDICATO DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES DE CARGA DO ABC, CNPJ n. 67.180.224/0001-01,


neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). TIOJIUM METOLINA;

celebram a presente CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO, estipulando as condições de trabalho


previstas nas cláusulas seguintes:

CLÁUSULA PRIMEIRA - VIGÊNCIA E DATA-BASE

As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de Trabalho no período de 01º de maio de 2014
a 30 de abril de 2015 e a data-base da categoria em 01º de maio.

CLÁUSULA SEGUNDA - ABRANGÊNCIA

A presente Convenção Coletiva de Trabalho abrangerá a(s) categoria(s) Segmento econômico e


profissional do Transporte Rodoviário de Cargas Secas, Líquidas e Gasosas, Transporte e
Distribuição de Bebidas, Armazenagem e Movimentação de Mercadorias, Transporte de Veículos
Zero Quilômetros, Operações Logísticas, Similares e Conexas, bem como os Setores Diferenciados
do Comércio, Indústria e Prestação de Serviços nas respectivas bases territoriais das entidades
acordantes, com abrangência territorial em Diadema/SP, Mauá/SP, Ribeirão Pires/SP, Rio Grande da
Serra/SP, Santo André/SP, São Bernardo do Campo/SP e São Caetano do Sul/SP.

Salários, Reajustes e Pagamento

Piso Salarial

CLÁUSULA TERCEIRA - DOS PISOS SALARIAIS

Os Pisos Salariais preexistentes, além de serem acrescidos de outros, serão corrigidos, a partir de
01/05/2014, nos termos do percentual definido na quarta, ou seja, com o percentual de 8,0% (oito por
cento), passando a viger com os seguintes valores:
Segmento Cargas Valor em 01/05/2014

Motorista de Bi ou Rodotrem 1.540,10

+ R$ 216,00
Motorista de Carreta 1.417,00
Motorista de Caminhão 1.280,00
Motorista de Utilitário de Uso Misto 1.280,00
Motorista Manobrista 1.280,00
Operador de Empilhadeira 1.280,00
Arrumador 1.093,00
Ajudante 926,00

Segmento Zero Quilômetro Valor em 01/05/2014

Motorista de Carreta 1.794,00


Motorista Subidor 1.651,40
Motorista Manobrista 1.476,40
Amarrador 1.237,70

§ 1º - Os valores dos Pisos Salariais representam o mínimo que os empregados ocupantes desses
cargos devem receber.

§ 2º - A parcela adicional de R$ 216,00 (duzentos e dezesseis reais) é destinada exclusivamente a


motoristas que dirigem bi ou rodo-trem.

§ 3º - A parcela adicional destinada a motoristas de bi e rodo-trem poderá ser paga em apartado ou


somada ao valor do piso, bem como ser considerada proporcional ao tempo que estiver na direção
de tais equipamentos, sem perder sua natureza de remuneração.

Reajustes/Correções Salariais

CLÁUSULA QUARTA - DO REAJUSTE SALARIAL


As empresas concederão, a partir de 01/05/2014, um reajuste de 8,00% ( oito por cento), incidente
diretamente sobre os valores salariais praticados, prêmios fixos e mínimos, e demais valores que se
integram aos salários vigentes em 30/04/2014.

§ 1º - As empresas que, espontaneamente, concederam antecipações, durante a vigência do anterior


instrumento normativo, poderão proceder a compensação dos valores antecipados, exceto os
decorrentes de promoção, equiparação salarial, transferências, aumentos reais convencionados
formalmente e término de experiência.

§ 2º - O percentual contido no "caput" desta cláusula, será devido a todos os empregados das
categorias profissionais supra mencionadas, independente da existência de Salário Normativo ou
daquele que estiver percebendo o empregado, observadas as regras contidas nesta cláusula.

§ 3º - Para os admitidos após 01/05/2013, fica assegurada uma correção proporcional aos meses
decorridos, de sua admissão até a data de 15/04/2014, tomando por base de cálculo o mesmo
percentual contido no “caput” desta cláusula, a exceção da cesta básica que será sempre integral,
ressalvados os casos em que existirem paradigmas, quando o empregado fará jus a correção
idêntica à percebida pelo mesmo.

Pagamento de Salário Formas e Prazos

CLÁUSULA QUINTA - DO SALÁRIO DE ADMISSÃO

Aos empregados admitidos para exercer a mesma função idêntica a de outro, cujo contrato de
trabalho tenha sido rescindido, exceto por justa causa, será garantido, ressalvadas as promoções
por mérito, antigüidade e vantagens pessoais, o mesmo salário da função ou o salário normativo
para ela existente.

CLÁUSULA SEXTA - DO PAGAMENTO DE SALÁRIOS

O pagamento do salário deverá ser feito até o quinto dia útil de cada mês subseqüente ao vencido,
incorrendo a empresa infratora em multa de 2% (dois por cento) do Piso Salarial do Ajudante, em
favor do empregado, independente das penalidades previstas em lei.

CLÁUSULA SÉTIMA - DO ADIANTAMENTO DE SALÁRIO


As empresas fornecerão, a menos que ocorra pedido expresso do funcionário em sentido contrário,
vale de adiantamento no percentual de 40% do Salário Nominal contratual, até quinze dias, contados
da data do pagamento do salário mensal, conforme prática, costume ou hábito existente.

CLÁUSULA OITAVA - DO COMPROVANTE DE PAGAMENTO

As empresas fornecerão a seus empregados comprovantes de pagamento, que deverão conter a


identificação da fonte pagadora, a discriminação de todas as verbas pagas e os descontos
efetuados.

CLÁUSULA NONA - DO INTERVALO PARA PAGAMENTO

Sempre que os salários forem pagos através de bancos, será assegurado ao trabalhador, intervalo
remunerado, a critério da empresa, de tal modo que não prejudique o andamento do serviço, para
que o mesmo receba seu ganho, sendo que esse intervalo não corresponderá aquele destinado a
repouso ou alimentação do empregado.

Descontos Salariais

CLÁUSULA DÉCIMA - DOS DESCONTOS NO SALÁRIO

Os descontos salariais, em caso de multas de trânsito, colisões, acidentes com o veículo, furtos,
roubos, quebras de veículo e avarias da carga, só serão admitidos se resultar configurada a culpa
ou dolo do empregado, sendo que a despesa com a obtenção dos Boletins de Ocorrência será
suportada pela empresa.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - DO DESCONTO DE CHEQUES RECEBIDOS

Ficam proibidos os descontos no salário do empregado de cheques desprovidos de fundos,


recebidos da clientela, desde que o empregado tenha observado as normas e instruções
estabelecidas pelas empresas.

Outras normas referentes a salários, reajustes, pagamentos e critérios para cálculo

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA - DA REMUNERAÇÃO VARIÁVEL


A utilização de sistemas de remuneração variável, incluindo comissões, prêmios, incentivos de
produção, ao aumento da produtividade, ao trabalho com qualidade ou, formas assemelhadas,
especialmente se for objeto de instrumento normativo, compensa excesso de jornada realizada pelo
trabalhador, desde que os valores pagos sejam suficientes para estimular o trabalhador e cobrir a
renda decorrente de horas extras realizadas pelo mesmo.

§ Único – Ficam ressalvadas as previsões contidas na Lei 12.619, de 30/04/2012, mais


especificamente o Art. 235-G que foi acrescido ao texto da CLT, assegurando-se a aplicação das
regras contidas nesta cláusula desde que observadas as previsões do referido texto legal.

Gratificações, Adicionais, Auxílios e Outros

Outras Gratificações

CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA - DA NÃO INCORPORAÇÃO SALARIAL DE BENEFÍCIOS EXTRAS

Todo e qualquer benefício adicional que as empresas, espontaneamente, já concedem ou vierem a


conceder aos seus empregados, sejam quais forem suas origens, espécie, fundamentos ou
destinação, durante a vigência deste instrumento, não serão considerados, em qualquer hipótese e
para nenhum efeito, como parte do salário ou remuneração do empregado, não podendo ser objeto
de qualquer tipo de postulação seja a que título for.

Adicional de Hora-Extra

CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA - DO ACRÉSCIMO NAS HORAS EXTRAS

As empresas remunerarão todas as horas extras realizadas pelo empregado com um acréscimo de
50% (cinqüenta por cento) sobre a hora normal, ressalvadas as que coincidirem com domingos
(exceto se existir escala de trabalho) e feriados, nos termos da legislação que rege a matéria.

§ 1º - As horas extras integrarão, quando habituais a remuneração dos empregados para efeito de
DSR, Férias, 13º salário, Aviso Prévio, INSS, FGTS e Verbas Rescisórias.

§ 2º - As empresas que adotarem os dispositivos do Banco de Horas, contido na cláusula 70 do


Termo de Adesão, no que tange a integração das horas extras de que trata o parágrafo anterior
supra, deverão respeitar os critérios ali ajustados.
§ 3º - As partes se ajustam, para fins do quanto previsto no Art. 7º, inciso XIII, da Constituição
Federal, no sentido de que têm plena validade os acordos individuais de prorrogação e
compensação de horas de trabalho firmados pelas partes, quando da admissão ou durante a
vigência do contrato de trabalho.

Adicional de Periculosidade

CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA - DOS ADICIONAIS DE PERICULOSIDADE E DE INSALUBRIDADE

Diante da comprovada existência do risco ou da condição insalubre, o Adicional de Insalubridade,


conforme Art. 192, da CLT e NR 15, bem como o Adicional de Periculosidade, nos termos da NR 16,
serão computados e devidos de forma proporcional ao efetivo tempo de exposição ao risco ou
condição insalubre, em observância aos princípios constitucionais da igualdade, da razoabilidade e
da proporcionalidade.

§ Único – A empresa, sempre em conjunto com o Sindicato Profissional, poderá, através de Aditivos
Contratuais, estabelecer, com detalhes técnicos e científicos, disposições que atendam condições
específicas.

Prêmios

CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA - DO PRÊMIO POR TEMPO DE SERVIÇO (P.T.S)

Ao completar 2 (dois) e 5 (cinco) anos de permanência na empresa, o empregado fará jus ao


recebimento de um Prêmio Por Tempo de Serviço - PTS, correspondente, respectivamente, a 5,0%
(cinco por cento), quando completar 2 (dois) anos e 8,0% (oito por cento), quando completar 5
(cinco) anos contínuos na empresa, tomando-se como limite máximo, o valor do Piso Salarial do
Motorista Carreteiro.

§ 1º - Tomando-se como base os valores dos pisos salariais contidos neste instrumento normativo,
os valores máximos devidos ao PTS, a partir de 01/05/2014, serão os seguintes:
APÓS 2 ANOS – 5,0% APÓS 5 ANOS – 8,0%

R$ 70,85 R$ 113,36

§ 2º - O PTS é uma criação normativa e não tem natureza salarial ou produz qualquer outro efeito de
natureza remuneratória, mesmo para fins de equiparação, não se incorporando à remuneração do
empregado e tampouco servindo de base para cálculo de encargos sociais, sendo devido a partir do
mês seguinte àquele que o empregado completar 2 ou 5 anos de serviço da empresa, não podendo
ser exigido de forma cumulativa.

Participação nos Lucros e/ou Resultados

CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA - DA PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS OU RESULTADOS/PLR - CARGA E


ZERO QUILÔMETRO

As empresas do segmento de cargas pagarão a todos os seus empregados, a título de Participação


nos Lucros ou Resultados - PLR, o valor correspondente a 40,0% (quarenta por cento) do seu salário
base, já corrigido, aplicável até o limite de R$ 2.450,00 (dois mil e quatrocentos e cinquenta reais), o
que equivale a um PLR máximo de R$ 980,00 (novecentos e oitenta reais) por empregado,
ressalvadas as empresas com atividade preponderante no transporte de veículos zero quilômetros
que serão regidas pelas disposições contidas no parágrafo 4º desta cláusula.

§ 1º - O valor base mínimo para aplicação do percentual de 40,0% (quarenta por cento) será o Piso
Salarial do Ajudante.

§ 2º - Entende-se por salário base, o valor utilizado para cálculo das demais componentes de
remuneração do empregado, ficando, pois, excluídas, as importâncias pagas a título de horas extras,
prêmios, comissões e demais parcelas variáveis.

§ 3º - O valor da Participação nos Lucros ou Resultados - PLR, segundo critérios ajustados nesta
cláusula, será pago em duas parcelas, correspondente a 50% (cinqüenta por cento), do valor devido,
nos meses de setembro/2.014 e fevereiro/2.015

§ 4º - Para as empresas do segmento de transporte de Veículos Zero Quilômetro, o valor do PLR será
de R$ 1.200,00 (hum mil e duzentos reais), independente da função ou do salário do empregado e
será pago, em duas parcelas iguais, nas mesmas datas e regras contidas nesta cláusula.

§ 5º - As empresas que mantiverem programas de Participação em Lucros e Resultados - PLR,


elaborados na forma da lei, poderão utilizar-se deles para suprir as obrigações contidas nesta
cláusula, não se cuidando, portanto, de benefício cumulativo, ressalvado o direito de recebimento de
valor nunca inferior aos contidos nesta cláusula.

§ 6º - As entidades profissionais se comprometem a apoiar todas as iniciativas das empresas que


optarem pela implantação de programas de participação em lucros ou resultados e demais
instrumentos e mecanismos voltados ao aumento da produtividade e qualidade dentro das
empresas integrantes da categoria econômica. O apoio será na forma de recepção, legitimação,
treinamento dos participantes, defesa desse modelo e arquivamento dos programas entregues ao
sindicato obreiro, observadas as regras da legislação que rege a matéria.

§ 7º - Para apuração do direito do empregado ao recebimento do PLR estabelecido nesta cláusula,


serão observadas as regras de proporcionalidade, tomando-se como ponto de partida a data de
01/05/2014.

§ 8º - Os valores pagos a título de PLR nos termos deste instrumento normativo tem os seus
fundamentos jurídicos assentados nas Lei 10.101, de 19 de dezembro de 2000, em especial as
disposições contidas em seu Art. 2º e respectivos parágrafos e incisos, posto que decorrem de
negociação coletiva, formando, nos termos do Art. 611 e seguintes da CLT, fazendo lei entre as
partes, podendo as empresas estabelecerem índices de produtividade, qualidade ou lucratividade
ou, ainda, programas de metas, resultados e prazos, conforme previsões contidas no citado Art. 2º
da Lei 10.101, sendo certo, porém, que tais valores não se constituem em salário ou remuneração,
não fazendo base para incidência previdenciárias.

Auxílio Alimentação

CLÁUSULA DÉCIMA OITAVA - DA CESTA BÁSICA

O valor da Cesta Básica será alterado para R$ 130,00 (cento e trinta reais), a partir de 01/05/2014,
contemplando-se a exceção do parágrafo seguinte.

§ 1º -Para as empresas que tem no transporte de veículos zero quilômetros sua atividade econômica
preponderante, o valor da cesta básica será de R$ 140,00 (cento e quarenta reais), nas mesmas
condições estabelecidas nesta cláusula.

§ 2º - A Cesta Básica poderá ser fornecida através de vale alimentação, ticket alimentação ou formas
assemelhadas, vedado a entrega de cestas de alimento “in natura”, vale dizer a pratica de se
entregar uma cesta contendo alimentos fica extinta.
§ 3º - A Cesta Básica será devida a todos os trabalhadores que não registrarem nenhuma falta
injustificada durante o período de aquisição de seu direito.

§ 4º - Será entendida como falta injustificada aquela que o trabalhador não apresentar justificativa ou
que a empresa não aceitar as que forem oferecidas

§ 5º - A Cesta Básica será fornecida aos trabalhadores que se afastarem por doença ou acidente de
trabalho por um período de até 6 (seis) meses de afastamento.

§ 6º - A Cesta Básica será devida no período em que o empregado estiver em gozo de férias, mas
deixará de ser fornecida no caso de licença não remunerada por período superior a 15 dias.

§ 7º - O valor da Cesta Básica tem natureza indenizatória e não incorporará o salário ou


remuneração do trabalhador, sejam quais forem as justificativas, argumentos ou pretextos e, como
critério básico não deve ser incluída no Recibo de Pagamento.

Auxílio Transporte

CLÁUSULA DÉCIMA NONA - DO VALE TRANSPORTE COMO INDENIZAÇÃO

É facultado às empresas efetuarem, se assim se tornar necessário, recomendado, adequado as


operações da empresa, segurança e facilidade dos empregados, o pagamento do Vale Transporte
em dinheiro, respeitados os direitos e limites estabelecidos na Lei 7.418, de 16.12.85, regulamentada
pelo Dec. 95.247, de 17.11.87, como autoriza a Portaria 865, de 14/09/95 do Ministério do Trabalho,
ficando expresso que, tal pagamento visa tão somente tornar o cumprimento de tal obrigação mais
harmônica com os desejos dos empregados, prevenção de assaltos, furtos e ocorrências
criminosas, bem como poupar tempo e custos para as empresas.

§ Único - O pagamento do Vale Transporte em dinheiro, conforme consolidada jurisprudência, nos


termos do disposto no “caput” desta cláusula não poderá se constituir, em nenhuma hipótese,
fundamento ou justificativa, em motivo de integração dos valores correspondentes ao salário ou
remuneração do empregado e, tampouco, servir de base para cálculo de qualquer encargo
trabalhista ou previdenciário

Auxílio Saúde

CLÁUSULA VIGÉSIMA - DO CONVÊNIO MÉDICO


As empresas integrantes da categoria econômica se comprometem a contratar, a seu exclusivo
critério, Convênio Médico para seus empregados, observando as seguintes condições:

a- O convênio deverá cobrir todos os empregados e seus familiares, assim entendidos o cônjuge,
filhos até 18 anos e aqueles que forem admitidos como dependentes do empregado perante a
previdência social brasileira.

b- A cobertura oferecida será a médica, hospitalar e laboratorial para todos os eventos, inclusive
os decorrentes de Acidentes do Trabalho e suas conseqüências, além de prótese, tomografia
computadorizada, ressonância magnética e demais recursos da moderna medicina.

c- Os contratos serão feitos, firmados, administrados e negociados diretamente com cada


empresa, inclusive quanto à escolha do Convênio Médico que melhor atenda aos seus interesses.

d- O valor mínimo acertado entre as partes é de R$ 74,34 (setenta e quatro reais e trinta e quatro
centavos), por pessoa coberta pelo convênio, salvo o disposto na alínea “f”, independente de idade,
sendo obrigatória a observância das coberturas fixadas na legislação que rege a matéria.

e- As empresas se obrigam a arcar com 50,0% (cinqüenta por cento) do custo do convênio médico
de seus empregados e respectivos dependentes, conforme alínea “a”, supra, tomando como base o
valor mínimo contido na alínea “d”, desta cláusula.

f- As empresas que mantenham convênio médico com valor superior ao estabelecido, deverão
consultar seus empregados sobre a conveniência dos mesmos em assumir o excedente aos R$
37,17 (trinta e sete reais e dezessete centavos) que cabe a empresa ou, em caso negativo, fica esta
autorizada a oferecer convênio médico nos moldes estabelecido na presente convenção.

g- As inclusões e exclusões de segurados no Convênio Médico serão feitas através de critérios


contidos nos respectivos contratos, cabendo à cada empresa responder pelas informações
prestadas.

h- O empregado, a seu critério, poderá abrir mão deste benefício deste que o faça por escrito e, de
igual forma, requerer o seu retorno nas condições oferecidas as demais trabalhadores.
i -Fica assegurado ao empregado desligado de manter a cobertura do convênio, nas condições
vigentes durante seu contrato de trabalho, desde que manifeste, formalmente, sua intenção nesse
sentido e assuma o pagamento de seu valor.

CLÁUSULA VIGÉSIMA PRIMEIRA - DO CONV~ENIO COM FARMÁCIAS

As empresas se comprometem a estabelecerem convênios com farmácias com a finalidade de


aquisição de medicamentos a seus empregados.

§ 1º - A escolha das farmácias poderá ser feita pelas empresas ou por indicação dos empregados ou
do Sindicato Profissional, mediante entendimento entre as partes.

§ 2º - O convênio destina-se à aquisição somente de medicamentos, não se admitindo a compra de


outros produtos, tais como, perfumaria e objeto de higiene pessoal, exceto quando se tratar de
recomendação médica, devidamente acobertada por receita médica.

§ 3º - Não haverá subsídio por parte da empresa que, no entanto, responderá pela quitação junto as
farmácias credenciadas e o desconto dos medicamentos adquiridos na folha do empregado, de
acordo com normas estabelecidas pelas mesmas.

§ 4º - Todo e qualquer desconto conseguido na compra dos medicamentos serão repassados aos
empregados.

Auxílio Morte/Funeral

CLÁUSULA VIGÉSIMA SEGUNDA - DO AUXÍLIO FUNERAL

Ocorrendo o falecimento do empregado, excluída a possibilidade de suicídio, as empresas ficam


obrigadas a pagar a seus dependentes, habilitados perante a Previdência Social, dois salários
contratuais limitados ao valor máximo de 2 pisos salariais do Motorista de Carreta, podendo, a
critério destas, o valor ser coberto por seguro especifico.

Seguro de Vida
CLÁUSULA VIGÉSIMA TERCEIRA - DO SEGURO DE VIDA EM GRUPO

As empresas fornecerão, sem ônus para o trabalhador, seguro de vida em grupo com uma cobertura
correspondente a R$ 10.000,00 (dez mil reais) em caso de morte natural, dobrando, ou seja, R$
20.000,00 (vinte mil reais), quando o falecimento decorrer de causa proveniente de acidente,
ressalvados os ocupantes da função de motorista que, em função das disposições contidas na Lei
12.619, de 30/04/2012 que garante uma cobertura mínima de 10 vezes o valor do piso salarial contida
neste instrumento normativo.

§ Único – As empresas estarão obrigadas a comprovar o cumprimento das obrigações contidas


nesta cláusula, através do envio de cópia da apólice ou qualquer outra forma que a substitua
enviando ao Sindicato Profissional, até o mês de fevereiro de cada ano, cópia de documento
competente para a comprovação exigida.

Outros Auxílios

CLÁUSULA VIGÉSIMA QUARTA - DO REEMBOLSO DE DESPESAS/AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO E


PERNOITE

As empresas se comprometem a reembolsar adiantar valor, fornecer diretamente ou através de


fornecedores especializados, refeições a todos os seus empregados. Essa obrigação poderá ser
cumprida através de refeitórios ou restaurantes próprios ou de terceiros, reembolso de despesas ou
fornecimento de vales aceitos em estabelecimentos apropriados a essa finalidade, sendo vedado,
para o pessoal com atividades externas, o fornecimento antecipado de refeições prontas para
consumo a posteriori.

Para as empresas que optarem pelo fornecimento de vales, adiantamento ou reembolso de


despesas, ficam estabelecidos os seguintes valores:

ALMOÇO OU JANTAR R$ 14,70

PERNOITE R$ 26,00
§ 1º - O reembolso de Despesas/Alimentação ou Pernoite, tem natureza jurídica indenizatória, não se
integrando ou incorporando, portanto, para nenhum efeito ou possibilidade, o salário ou a
remuneração do empregado, podendo as empresas exigir ou não, a comprovação dos gastos
correspondentes, bem como estabelecerem regras próprias para a quitação desta obrigação.

§ 2º - O fornecimento de tickets, vales refeições ou formas assemelhas de auxílio-alimentação, além


do reembolso de despesas a esse título, sempre nos valores estabelecidos nesta cláusula,
pressupõem o cumprimento pela empresa do intervalo de refeição previsto no Art. 71, da CLT,
ressalvado o direito do trabalhador ao espaço de tempo destinado a sua refeição ou seu repouso.

§ 3º - As empresas que já adotam o sistema de fornecimento de alimentação previsto no Programa


de Alimentação do Trabalhador - PAT, poderão preservar a prática atual, inclusive quanto a
participação do funcionário no custo da refeição, observados os limites do referido programa.

§ 4º - Entende-se como Pernoite, a permanência do empregado fora de sua base de trabalho, em


decorrência exclusiva de viagem para atender tarefas, obrigações e responsabilidades das funções
desempenhadas pelo mesmo, de tal sorte que essas circunstâncias impeçam e inviabilizem o seu
retorno a sua residência.

§ 5º - Havendo o pagamento do Pernoite, nos termos do disposto nesta cláusula, deixa de ter
aplicabilidade o disposto no Art. 66, da Consolidação das Leis do Trabalho, uma vez que fica
presumida a concessão do intervalo de 11 horas entre as jornadas de trabalho, não se podendo falar
em jornada extra ou qualquer tipo de compensação adicional ao empregado.

§ 6º - Nos casos em que o funcionário fizer uso do veículo que estiver conduzindo para descansar
ou pernoitar, fica convencionado que o tempo destinado ao seu descanso ou repouso, não
caracteriza período à disposição ao empregador, não se aplicando, portanto, o disposto no Art. 4º
“caput”, da Consolidação das Leis do Trabalho, ressalvadas as disposições inseridas, a partir desta
convenção coletiva, e que cuidam da regulamentação da Lei 12.619, de 30.04.2012..

§ 7º - Para as empresas que em 01/05/2014 já vinham pagando valores superiores aos valores
contidos na Convenção Coletiva anterior, fica assegura a correção do reajuste de 8,00% (oito por
cento) estabelecida nesta cláusula, incluindo as funções com pisos salariais definidos.

CLÁUSULA VIGÉSIMA QUINTA - DO CONVÊNIO RECEBIMENTO DO PIS NAS EMPRESAS

As empresas adotarão medidas que viabilizem o recebimento pelo trabalhador dos rendimentos
anuais decorrentes do PIS, através de crédito em sua conta ou outras formas, de tal sorte que não
ocorra a necessidade de seu deslocamento até o banco ou entidade financeira que administra este
programa.

Empréstimos

CLÁUSULA VIGÉSIMA SEXTA - DO CONVÊNIO EMPRÉSTIMO CONSIGNADO

Fica instituído o “CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO” para a categoria dos trabalhadores das
empresas de transporte de cargas filiadas ao SETRANS da região do ABC, cujas regras e condições
a seguir detalhamos:

§ 1º – O “CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO” objeto da presente cláusula é de exclusivo direito


dos trabalhadores das empresas filiadas, sendo pessoal e intransferível o seu direito e
responsabilidade de pagamento ou resgate à instituição financeira e/ou banco.

§ 2º – O “CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO” não tem características trabalhistas, por


conseqüência está excluída qualquer hipótese ou possibilidade de se vincular a qualquer verba
prevista no direito do trabalho brasileiro eventualmente pleiteado pelo trabalhador beneficiário.

§ 3º – As regras e condições de concessão do “CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO” ao


trabalhador serão aquelas específicas e determinadas pela instituição financeira e/ou banco,
segundo determinações do Banco Central e/ou quem de direito e responsável pela política
econômico-financeira nacional.

§ 4º - A instituição financeira ou banco indicado (a) ou determinado (a) será aquele indicado e/ou
contratado de comum acordo entre o sindicato da categoria profissional e do sindicato da categoria
econômica, cujos critérios de concessão aos trabalhadores serão definidos de forma paritária.

§ 5º - O “CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO” destinado ao trabalhador será concedido na forma


de crédito em CARTÃO DE CRÉDITO, cuja emissão e gerenciamento do crédito são de
responsabilidade da instituição financeira e/ou banco contratado.

§ 6º – Para que o trabalhador da empresa filiada ao SETRANS tenha direito ao crédito consignado na
forma estabelecida nos “parágrafo primeiro e segundo”, a empresa empregadora deverá ter firmado
contrato específico com a instituição financeira e/ou banco.

§ 7º - A operacionalidade e responsabilidade da empresa filiada ao SETRANS e empregadora estão


restritas ao desconto em folha de pagamento mensal do trabalhador da parcela devida, com repasse
mensal à instituição financeira e/ou banco até o 10 (décimo) dia útil de cada mês após o mês
vencido ou de competência.

§ 8º – Nos casos de desligamento do trabalhador da empresa empregadora por pedido de demissão


ou demissão, motivado ou imotivado é de responsabilidade da instituição financeira e/ou banco a
cobrança dos valores vencidos e vincendos devidos pelo trabalhador, cabendo a instituição
financeira e/ou banco adotar os meios legais para recuperação dos valores, sem que isso represente
qualquer responsabilidade da empresa empregadora.

Contrato de Trabalho Admissão, Demissão, Modalidades

Normas para Admissão/Contratação

CLÁUSULA VIGÉSIMA SÉTIMA - DAS ANOTAÇÕES EM CARTEIRA PROFISSIONAL E DOCUMENTOS


ADMISSIONAIS

As empresas cuidarão para que nas Carteiras Profissionais de seus empregados, sejam anotados os
cargos efetivos dos mesmos, respeitadas as estruturas de cargos e salários existentes nas mesmas.

§ Único – As empresas ficam obrigadas, quando da admissão de seus empregados, a fornecer as


cópias dos contratos do trabalho e quaisquer outros documentos que resultem do vínculo laboral, e
os que sejam firmados na sua vigência.

CLÁUSULA VIGÉSIMA OITAVA - DO CONTRATO DE EXPERIÊNCIA

O contrato de experiência do empregado poderá ter a duração máxima de 90 (noventa) dias, e sofrer,
nesse período, até uma prorrogação, sem prejuízo de sua característica de contrato a termo.

Desligamento/Demissão

CLÁUSULA VIGÉSIMA NONA - DAS HOMOLOGAÇÕES

As rescisões de Contratos de Trabalho, na forma do previsto no Art. 477, da CLT, somente serão
homologadas no sindicato profissional, se acompanhadas das guias de recolhimento das
contribuições legalmente devidas ao sindicato dos trabalhadores e das empresas, referentes aos
últimos 06 meses, além dos documentos estabelecidos na Portaria 3.283, de 11.10.88, do Ministério
do Trabalho, sendo que, por ocasião da primeira homologação, o sindicato profissional deverá reter
cópias das guias, para facilitar as demais.
§ 1º - Após a primeira homologação, o sindicato profissional, diante da exibição dos documentos
comprobatórios da regularidade da empresa, adotará procedimentos internos ou expedirá
declaração que dispensará a empresa, por um período de 180 (cento e oitenta) dias, de nova
comprovação.

§ 2º - O sindicato da categoria profissional assume o compromisso a não recusar a homologação


desde que não conste manifesta incorreção no recibo de quitação, reafirmando a validade do
Enunciado 330 do Tribunal Superior do Trabalho, ficando preservado o direito da entidade
profissional de proceder às ressalvas legais cabíveis, devendo, em caso de recusa, fornecer, de
imediato, carta contendo os motivos da não homologação.

§ 3º - Desde que a entidade profissional não localize nenhuma irregularidade no termo de quitação
do empregado, fica vedada a inserção de ressalva genérica, em que, as eventuais incorreções
estejam claramente identificadas e explicitadas.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA - DA CARTA DE REFERÊNCIA

Ocorrendo rescisão do Contrato de Trabalho sem justa causa, as empresas ficam obrigadas a
fornecerem Carta de Referência, quando solicitada, por escrito, pelo empregado, no prazo máximo
de 3 (três), dias contados a partir da data do pedido.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA PRIMEIRA - DA DISPENSA POR JUSTA CAUSA

Ao empregado demitido, por justa causa, as empresas fornecerão, por escrito, ciência dos motivos
determinantes da rescisão contratual, indicando o Artigo da CLT que fundamentar a decisão.

Aviso Prévio

CLÁUSULA TRIGÉSIMA SEGUNDA - DO AVISO PRÉVIO DE 45 DIAS

Aos empregados com mais de 45 anos de idade e que, na ocasião de seu desligamento, não
estiverem recebendo nenhum benefício a título de aposentadoria e, que contarem com mais de 5
(cinco) anos de efetivo trabalho na empresa, será assegurado o pagamento de um Aviso Prévio de
45 (quarenta e cinco) dias corridos, sendo certo que todas a verbas pagas sob este título manterão
sua natureza indenizatória, não se constituindo base de cálculo de encargos trabalhistas ou
previdenciários.
§ Único: Ficam garantidas as vantagens adicionais contida na Lei 12.506, de 11/10/2011 que
estabeleceu o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço na razão de 3 dias por cada conjunto
de 12 meses trabalhados até o limite de 60 dias, aplicando-se a regra mais benéfica ao trabalhador.

Outras normas referentes a admissão, demissão e modalidades de contratação

CLÁUSULA TRIGÉSIMA TERCEIRA - DA ALTERAÇÃO DE DENOMINAÇÃO DE FUNÇÃO

Não serão admitidas alterações de denominação de cargos e funções que tenham como objetivo
isentar as empresas do cumprimento dos salários normativos ajustados pelas entidades que firmam
este instrumento normativo.

Relações de Trabalho Condições de Trabalho, Normas de Pessoal e Estabilidades

Qualificação/Formação Profissional

CLÁUSULA TRIGÉSIMA QUARTA - DO CURSO DE APERFEIÇOAMENTOS

As empresas empenharão o melhor de seus esforços, no sentido de propiciar cursos de


aprendizado, aperfeiçoamento e especialização a seus empregados, a fim de melhorar a qualidade
dos serviços prestados, o ambiente interno e a produtividade dos seus empregados.

Normas Disciplinares

CLÁUSULA TRIGÉSIMA QUINTA - DA CARONA

A prática do Carona é, em princípio, proibida, exceto se ocorrer autorização da empresa ou, em


casos de emergências, devidamente comprovados.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA SEXTA - DOS ARQUIVOS E SISTEMAS ELETRÔNICOS

Os equipamentos, softwares, arquivos de dados, as informações armazenadas eletronicamente, os


sistemas de informações utilizados pelo Empregado para o exercício de sua função, são de
exclusiva propriedade material e intelectual da empresa, obrigando-se o empregado a utilizá-los
somente para desincumbir-se das atribuições e responsabilidades de seu cargo, ficando
estabelecido que a empresa tem todo o direito de verificar e rastrear as mensagens que receber e/ou
transmitir, respondendo o empregado pelo uso incorreto que vier a fazer do sistema, bem como
pelos danos que causar.

Estabilidade Mãe

CLÁUSULA TRIGÉSIMA SÉTIMA - DA GARANTIA ÀS MÂES ADOTANTES

A empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança será concedida
licença maternidade, nos termos do art. 392 da Lei 10.421, de 15/04/02, conforme segue:

§ 1º - No caso de adoção ou guarda judicial de criança de até 1 (um) ano de idade, o período de
licença será de 120 (cento e vinte) dias.

§ 2º - No caso de adoção ou guarda judicial de criança a partir de 1 (um) ano até 4 (quatro) anos de
idade, o período de licença será de 60 (sessenta) dias.

§ 3º - No caso de adoção ou guarda judicial de criança a partir de 4 (quatro) anos até 8 (oito) anos de
idade, o período de licença será de 30 (trinta) dias.

§ 4º - A licença maternidade só será concedida mediante a apresentação do termo judicial de guarda


à adotante ou guardiã.

Estabilidade Serviço Militar

CLÁUSULA TRIGÉSIMA OITAVA - DA GARANTIA AO EMPREGADO EM IDADE DE PRESTAÇÃO DE


SERVIÇO MILITAR

As empresas concederão estabilidade ao empregado em idade de Prestação do Serviço Militar,


desde a data do alistamento até 60 (sessenta) dias após o desengajamento, conforme estabelecido
na Lei nº 4.375/64.

Estabilidade Aposentadoria
CLÁUSULA TRIGÉSIMA NONA - DA GARANTIA AO TRABALHADOR EM VIAS DE APOSENTADORIA

As empresas assegurarão aos empregados que estiverem, comprovadamente, a 1 (um) ano da


aquisição do direito a aposentadoria, seja ela parcial ou integral e que contem com, pelo menos, 5
(cinco) anos de serviços na mesma, o emprego ou salário durante o período que faltar para que seja
possível o requerimento do benefício da aposentadoria, mesmo que não integral.

§ 1º - O empregado que preencher as condições da garantia supra, durante a vigência deste


instrumento normativo, disporá do prazo de 60 (sessenta) dias para comunicar, formalmente, tal
condição à empresa.

§ 2º - A não observação do disposto no parágrafo 1º supra, pelo empregado, implicará na perda da


garantia em tela.

§ 3º - A estabilidade, nos termos do disposto nesta cláusula, cessará assim que o empregado
completar os requisitos para o requerimento da aposentadoria, mesmo que tal direito não venha a
ser exercido.

Outras normas de pessoal

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA - DO ATESTADO DE AFASTAMENTO E SALÁRIOS

As empresas, desde que solicitadas por escrito e com antecedência mínima de 02 (dois) dias úteis,
fornecerão a seus empregados, o atestado de afastamento e salários, para obtenção de benefícios
previdenciários.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA PRIMEIRA - DAS MULTAS DE TRÂNSITO E DA SUSPENSÃO DA CNH

As empresas informarão seus empregados no prazo de 72 (setenta e duas) horas, contados da data
do recebimento da notificação as multas de trânsito aplicadas aos veículos por eles dirigidos.

§ 1º - Cabe ao empregado decidir sobre a apresentação ou não de recurso, devendo a empresa


fornecer a documentação necessária, em prazo de 72 (setenta e duas) horas, para a elaboração da
respectiva defesa.
§ 2º - Decidida pela apresentação de recurso em casos de multas decorrentes do ato de dirigir, o
empregado deverá entregar a sua empregadora, dentro dos prazos legais, protocolo comprovando o
recurso feito ficando esta obrigada a devolver, em prazo não superior a 5 (cinco) dias, o valor
descontado desde que o recurso venha a ser julgado procedente.

§ 3º - O empregado não poderá ser responsabilizado por multas provenientes de má conservação do


veículo ou decorrentes de eventos com a carga de seu veículo, tais como, excesso de peso, pneus
carecas, lanternas com defeito e eventos assemelhados, devendo as empresas providenciar os
reparos necessários e adotar medidas para evitar que o Motorista venha a ser apenado com os
pontos em sua Carteira Nacional de Habilitação.

§ 4º - Na ocorrência de suspensão do direito de dirigir do Motorista, as empresas poderão, mediante


entendimento com o trabalhador, suspender seu contrato de trabalho, sem direito ao salário ou
remuneração, por até 60 dias, a fim de permitir que este diligencie no sentido de reaver sua Carteira
Nacional de Habilitação – CHN – e reassuma seu cargo.

§ 5º - O tempo de suspensão do contrato de trabalho contido no § 4º supra, poderá ser ampliado, a


critério da empresa e mediante entendimento entre as partes.

§ 6º - Ao período de suspensão do contrato de trabalho será aplicado do conceito de suspensão


contratual de forma que não haverá contagem de tempo para efeito de direito a férias, 13º, rescisão
contratual, estabilidade e assemelhados.

§ 7º - Na realização do exame de teor alcoólico através de bafômetro, conforme determina a


legislação, serão observados os cuidados as condições técnicas de modos a não causar
constrangimento ou ofender a dignidade do empregado.

Jornada de Trabalho Duração, Distribuição, Controle, Faltas

Prorrogação/Redução de Jornada

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA SEGUNDA - DO TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR

Eventuais interrupções do trabalho, ocasionados por culpa da empresa ou decorrentes de caso


fortuito ou força maior, não poderão ser descontadas e nem trabalhadas posteriormente, sob a
rubrica de compensação, salvo no caso do pernoite, como definido na cláusula 04 § 6º deste
instrumento normativo.

Controle da Jornada
CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA TERCEIRA - DA TOLERÂNCIA DE ATRASOS

As empresas, durante a vigência da presente Convenção, concederão uma tolerância de atraso, de


até 30 (trinta) minutos, por semana, desde que não ocorram mais de 02 (duas) vezes durante a
mesma, sendo que esses atrasos deverão ser compensados no mesmo dia, ou durante a semana de
sua ocorrência, salvo a existência de outro critério mais benéfico, como por exemplo, o horário
flexível ou banco de horas.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA QUARTA - DA TOLERÂNCIA PARA REGISTRO DE PONTO

A tolerância para registro de ponto antes do início a após o encerramento da jornada de trabalho do
trabalhador será de até 15 (quinze) minutos, não se considerando como extras ou como à
disposição do empregador o tempo de registro dentro desses intervalos.

§ Único – Em ocorrendo registro dos intervalos de refeição valerá a mesma regra, ou seja, a
anotação da saída e retorno da alimentação ou repouso será, de igual forma, de 15 minutos
contados a partir do horário fixado para a saída e outros 15 antes da retomada da jornada de
trabalho.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA QUINTA - DO BANCO DE HORAS

As empresas poderão adotar jornadas específicas ou um Banco de Horas, destinado a atender as


especificidades de suas operações, podendo proceder a compensação de horas normais ou
extraordinárias realizadas em determinados dias ou períodos, mediante a compensação em outros,
como permite a Lei 9.601, Art. 6º que alterou o Art. 59 da Consolidação das Leis do Trabalho.

§ 1º - As primeiras 50 (cinqüenta) horas extras realizadas durante o mês serão objeto de pagamento
no mês de competência, recomeçando a contagem no mês seguinte.

§ 2º - As horas extras excedentes às tratadas no parágrafo anterior, serão depositadas no Banco de


Horas, para compensação no bimestre, a exceção daquelas realizadas aos Domingos e Feriados que
não poderão fazer parte das 50 (cinqüenta), primeiras horas realizadas no mês e nem ser objeto de
lançamentos no Banco de Horas. Para efeito do Banco de Horas, os bimestres serão fixados de
acordo com as características e necessidades operacionais das empresas.

§ 3º - Durante o bimestre de vigência do Banco de Horas, poderá haver compensação de horas ou


jornada pela correspondente diminuição no saldo existente no Banco de Horas.
§ 4º - O Banco de Horas poderá registrar saldo positivo (crédito) ou negativo (débito), em nome do
empregado.

§ 5º - A utilização de saldos depositados no Banco de Horas, demandará prévio aviso de 48


(quarenta e oito) horas da empresa para o empregado e deste para com a empresa, salvo em casos
de urgência ou necessidade imperiosa, quando as partes poderão acordar prazo menor.

§ 6º - O saldo existente no Banco de Horas, ao final do bimestre, será liquidado, através do


pagamento de seu saldo credor, observados os procedimentos internos de cada empresa para
cumprimento desta obrigação.

§ 7º - No caso de desligamento do empregado, o saldo existente no Banco de Horas, seja ele credor
ou devedor, será liquidado, através de inclusão do valor correspondente (débito ou crédito) na
quitação final do empregado.

§ 8º - A ampliação da jornada, respeitará sempre o critério de razoabilidade, ficando assegurados


intervalos destinados ao repouso e alimentação do trabalhador.

§ 9º - Dada à natureza da atividade do trabalhador rodoviário, respeitadas as condições operacionais


e o princípio da razoabilidade, poderá haver a extrapolação da jornada para além dos limites
estabelecidos nos Art. 58 e 59 da CLT, assegurados, no entanto, o direito de recebimento ou
compensação das horas realizadas pelo empregado.

§ 10º - Os abusos verificados na utilização dos dispositivos desta cláusula, na forma de denúncia
expressa de seus empregados ao seu Sindicato, uma vez constatada a veracidade da irregularidade,
facultará ao mesmo denunciar este instrumento normativo, quanto a esta cláusula, ficando a mesma
impedida de utilizá-la durante a vigência deste instrumento normativo, ou seja, até 30/04/2013.

§ 11º - As empresas que não utilizarem os dispositivos do Banco de Horas ou que dispuserem de
acordo coletivo específico, poderão apurar a jornada de trabalho extra, considerando o mês e não o
dia ou a semana como delimitadora das horas realizadas pelos empregados durante sua jornada
mensal. Em termos práticos, o disposto neste parágrafo significa que as horas realizadas pelos
empregados serão acumuladas durante o mês e, ao seu final, comparadas com a quantidade de
horas normais legais previstas para o referido período, sendo consideradas como extras e pagas, no
mês de competência, àquelas que ultrapassarem o limite legal previsto para o mês.

§ 12º - As empresas poderão, desde que existam motivos justificados e negociem diretamente com o
Sindicato Profissional, criar disposições específicas para seu Banco de Horas, sempre por escrito,
de modos que os contratos de seus trabalhadores passarão a ser regidos pelas regras estabelecidas
entre as partes, afastando as previsões contidas nos §§ 1º a 11º desta cláusula.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA SEXTA - DO ARTIGO 62 I DA CLT

Para todos os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de
trabalho, as empresas poderão proceder à contratação, nos termos do disposto no Art. 62, I, da
Consolidação das Leis do Trabalho, devendo tal condição constar em seu contrato de trabalho, bem
como de anotação em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados.

§ 1º - As disposições contidas no “caput” desta cláusula não podem ser aplicadas aos motoristas
profissionais, conforme disposições contidas na Lei 12.619, de 30 de Abril de 2.012 que disciplinou o
exercício da profissão de motorista.

§ 2º - Por completa incompatibilidade com o disposto no “caput” desta cláusula e por se constituir
em procedimento meramente burocrático, perde a aplicabilidade o contido no Art. 74 § 3º da CLT,
deixando de ter exigibilidade a elaboração da papeleta de serviços externo para os empregados
abrangidos pelo contido nesta cláusula.

§ 3º - As disposições do Art. 62, I, não poderá ser utilizado para disciplinar jornada de motorista,
posto que a Lei 12.619, de 30/04/2012, estabelece, de forma expressa e gramatical a necessidade de
controle da jornada de maneira fidedigna pelo empregador.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA SÉTIMA - DO TACÓGRAFO - RASTREADOR

Os equipamentos destinados ao controle de velocidade ou segurança dos veículos, tais como os


tacógrafos, rastreadores, computadores de bordo, pager, celulares, etc., dada a sua clara destinação
de controle de velocidade dos veículos e a segurança de seus tripulantes, não poderão, por esta
mesma razão, virem a ser utilizados, seja qual venha a ser a justificativa, fundamento ou motivação,
como prova de controle de jornada dos condutores dos veículos ou seus acompanhantes, dada a
clara e evidente destinação dos citados equipamentos.

Faltas

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA OITAVA - DO ABONO DE FALTA DO ESTUDANTE


O empregado estudante em estabelecimento de ensino oficial, autorizado ou reconhecido pelo poder
competente, terá abonada a falta para prestação de exames escolares, desde que avise seu
empregador, no prazo mínimo de 72 (setenta e duas) horas antes da data da realização das provas,
sujeitando-se a comprovação posterior.

Outras disposições sobre jornada

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA NONA - DO CALENDÁRIO DE HORAS EXTRAS

As empresas poderão adotar calendário diferenciado para apuração das horas extras, desde que
fique assegurado o pagamento atualizado ou a compensação futura conforme disposição contratual
fixada entre as partes.

§ Único - Entende-se por calendário diferenciado o período, por exemplo, de 16 de um mês até 15 do
seguinte; 23 de um até 22 do seguinte, ou seja, a finalidade do dispositivo contido nesta cláusula, é
permitir que as empresas adotem um período flexível, sempre de 30 dias, para apurar as jornadas
extraordinárias realizadas por seus empregados, incluí-las em suas folhas de pagamento, e desta
forma, evitar a elaboração de duas ou mais folhas para cumprir esta exigência.

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA - DO TRABALHO AOS DOMINGOS E FERIADOS

As empresas ficam dispensadas do pré-aviso ao órgão competente do Ministério do Trabalho, nos


termos do Art. 68, da CLT, desde que fique assegurado o ganho ou a folga em outro dia de trabalho,
bem como o descanso em, pelo menos um domingo ao mês.

Férias e Licenças

Duração e Concessão de Férias

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA PRIMEIRA - DAS FÉRIAS

Observando o disposto no Art. 135 da CLT, as férias só poderão ter início em dias úteis.

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA SEGUNDA - DO PERÍODO DE FÉRIAS


As férias poderão ser concedidas em mais de 2 períodos anuais, desde que nenhum deles seja
inferior a 10 dias.

§ 1º - Será, também, possível a concessão de férias, calculadas de forma proporcional, antes do


vencimento de seu período aquisitivo.

§ 2º - Fica assegurado o recebimento do adicional constitucional de 1/3 em todos os períodos de


férias gozados pelo trabalhador.

Saúde e Segurança do Trabalhador

Condições de Ambiente de Trabalho

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA TERCEIRA - DA ÀGUA POTÁVEL, SANITÁRIOS E VESTIÁRIOS

As empresas se obrigam a manter no local de trabalho água potável para consumo de seus empregados, sanitários
masculinos e femininos em perfeitas condições de higiene, armários individuais para guarda de roupas e pertences
pessoais dos empregados, desde que a troca de vestimenta decorra de exigência da atividade desenvolvida.

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA QUARTA - DOS UNIFORMES E EPI

Quando exigido o uso de uniformes pelo empregador, este será obrigado a fornecê-lo gratuitamente
aos empregados, dispensando igual tratamento quando se tratar de equipamentos de segurança
prescritos por lei ou decorrente do trabalho exercido pelo empregado, ficando o mesmo obrigado a
usá-los, sob pena de punição conforme estabelecido na legislação que rege a relação de emprego.

CIPA composição, eleição, atribuições, garantias aos cipeiros

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA QUINTA - DA ELEIÇÃO DA CIPA

As eleições para cargos que compõem a CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes serão
feitas nos termos do que dispõe a NR-05.
§ Único - Os empregados eleitos para cargos de representação na Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes - CIPA, não poderão desempenhar atividades estranhas àquelas definidas na Norma
Regulamentadora NR 5, sob pena de prática de falta grave, nos termos do Art. 482, da Consolidação
das Leis do Trabalho.

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA SEXTA - DA GARANTIA A MEMBRO DA CIPA

Ao empregado eleito para cargo de direção da CIPA, fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa
causa, na forma do Art. 10, inciso II das Disposições Constitucionais Transitórias.

Exames Médicos

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA SÉTIMA - DOS EXAMES MÉDICOS - N.R.7

a-) As empresas ou estabelecimentos empresariais representados pela categoria econômica do


SETRANS ficam obrigadas a realizar os exames médicos definidos como obrigatórios pela Portaria
nº 24, da NR 7.

As disposições dos itens 7.3.1., “c”, “d” “e”, e 7.3.2 e demais previsões do “caput” do item serão
aplicados conforme as regras previstas no corpo da Norma Reguladora NR7.

Os registros a que se referem o item 7.4.5 serão mantidos pelo prazo fixado na legislação que rege a
matéria.

b-) As empresas ou estabelecimentos empresarias, tendo em vista a importância e o alcance social e


os objetivos do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, objeto da Portaria 3.214,
deverão dedicar especial atenção a sua aplicação, adotando as medidas que se fizerem necessárias
para que as normas e diretrizes contidas no PCMSO se tornem prática rotineira no segmento.

c-) Todas as empresas ou estabelecimentos empresariais estarão desobrigadas da realização do


exame demissional, desde que o empregado tenha se submetido ao exame periódico ou admissional
nos últimos 90 (noventa) dias anteriores à data de seu desligamento, como determina o item 7.4.3.5
da NR-7.

Aceitação de Atestados Médicos


CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA OITAVA - DOS ATESTADOS MÉDICOS E ODONTOLÓGICOS

Para efeito de justificativa e abono de faltas e atrasos, as empresas aceitarão os atestados médicos
e odontológicos, emitidos por profissionais a serviço do Sindicato acordante.

Relações Sindicais

Acesso do Sindicato ao Local de Trabalho

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA NONA - DOS QUADROS DE AVISOS

As empresas colocarão a disposição do Sindicato dos Empregados quadros de avisos nos locais de
trabalho, para a afixação de comunicados oficiais da categoria profissional, desde que não
contenham matéria político partidária ou ofensiva a quem quer que seja, devendo os avisos serem
enviados ao setor competente da empresa, que se encarregará de afixá-lo prontamente.

Representante Sindical

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA - DA LIBERAÇÃO DE DIRIGENTE SINDICAL

As empresas se comprometem a liberar os dirigentes sindicais regularmente eleitos para cargos de


direção da entidade sindical da entidade profissional representados pelo Sindicato dos Rodoviários
do ABC - SINTETRA.

§ 1º - A liberação nos termos do definido no “caput” desta cláusula estará limitada a um dirigente
por empresa e, a um máximo, de 5 (cinco) dirigentes em toda a categoria profissional representada
pelo SINTETRA.

§ 2º - Ao dirigente sindical liberado, nos termos do definido nesta cláusula, será assegurado o
afastamento de suas funções da empresa, a partir de quando o dirigente afastado receberá de sua
empregadora mês a mês, enquanto perdurar o mandato, o valor equivalente ao salário nominal de
sua função inclusive com os aumentos que forem concedidos no período, sem prejuízo a percepção
de férias mais 1/3 terço, 13º salário cesta básica, prêmio mínimo, DSR, PTS, e demais benefícios.

§ 3º - O afastamento do dirigente sindical dependerá de prévia comunicação à empresa empregadora


do dirigente sindical efetivo, juntamente com prova de sua eleição, bem como, pronunciamento
escrito do SETRANS a respeito.
Liberação de Empregados para Atividades Sindicais

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA PRIMEIRA - DA PARTICIPAÇÃO EM CONGRESSOS

As empresas ou estabelecimentos com mais de 50 empregados, liberarão seus empregados para


participação em congressos, seminários, cursos ou encontros sindicais, sem prejuízo da
remuneração, até o limite de 3 dias por ano e limitado a um empregado por vez, desde que recebam
comunicação escrita da entidade profissional, com antecedência mínima de 5 dias antes da
realização do evento.

Contribuições Sindicais

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA SEGUNDA - DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL

O recolhimento da Contribuição Sindical observará os prazos e as formalidades previstas nos


artigos 578 e 582 da Consolidação das Leis do Trabalho.

§ Único - As empresas fornecerão ao Sindicato profissional relação nominal de seus


empregados, com cargos e funções, acompanhadas de cópias das guias de recolhimento.

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA TERCEIRA - DA CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL

A contribuição assistencial, aprovada em assembleias geral da categoria profissional, será de 6,0%


(seis por cento), será descontada dos trabalhadores associados da entidade profissional, em três
parcelas de 2,0% (dois por cento) cada, calculada sobre o valor do salário nominal ajustado do
empregado.

§ 1º – A primeira parcela de 2,0% (dois por cento) será descontada no mês de julho/14, a segunda em
novembro/14 e terceira e última em março de 2015.

§ 2º – As empresas se comprometem a encaminhar, juntamente com a guia de recolhimento da


contribuição de que trata esta cláusula, relação nominal dos trabalhadores contendo o valor do
salário nominal e a importância que foi descontada.

§ 3º – O recolhimento dos valores referentes à contribuição prevista nesta cláusula deverá ser
efetuado até o 5º (quinto) dia útil do mês subsequente ao do desconto, mediante recibo.
§ 4º - O atraso nas transferências dos valores da contribuição descontados nos termos contidos
nesta cláusula implicará em multa de 0,33% (trinta e três centésimos de cem) até o limite de 10,0%
(dez por cento) acrescido de mora de 1,0% (um por cento) por mês vencido, aplicado sore o valor
total do débito.

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA QUARTA - DA CONTRIBUIÇÃO NEGOCIAL À ENTIDADE PATRONAL

Nos termos do Art. 513 “e”, da CLT e de decisão a Assembléia Geral Extraordinária, regular e
legalmente convocada, as empresas integrantes da categoria Econômica estarão obrigadas a
contribuir para o custeio e manutenção da estrutura representativa mantida pelo SETRANS de
acordo com os valores e disposições contidas nesta cláusula.

§ 1º - As micros empresas e aquelas enquadradas no Simples Federal, com faturamento até R$


240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) contribuirão com a importância única de R$ 300,00
(trezentos reais).

§ 2º - Se o faturamento anual da Empresa de Pequeno Porte enquadrada no Simples Federal


estiver contida na faixa compreendida entre R$ 240.000,00. e R$ 3.600.000,00, a contribuição será
de R$ 400,00 (quatrocentos reais).

§ 3º - A contribuição será de R$ 600,00 (seiscentos reais) se o faturamento anual da Empresa de


Pequeno Porte for superior a R$ 3.600.000,00 (três milhão e seiscentos mil reais)

§ 4º - As contribuições poderão ser quitadas através dos boletos bancários recebidos pelo correio
ou diretamente na tesouraria do SETRANS.

§ 5º - No caso de atraso haverá a aplicação da multa de 10,0% (dez por cento), além do juro legal
de 1,0% (um por cento), calculado por mês ou fração de mês até que ocorra a quitação da
obrigação.

§ 6º - No caso de inadimplemento da obrigação contida nesta cláusula, o SETRANS está


autorizado por sua Assembléia Geral Extraordinária a propor cobrança judicial, evento em que
haverá o acréscimo da importância decorrente das custas judiciais e dos honorários advocatícios
de 15,0% do valor da ação.
§ 7º - As empresas sócias do SETRANS e que estejam em dia com suas mensalidades estarão
desobrigadas do pagamento da contribuição contida nesta cláusula.

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA QUINTA - DA CONTRIBUIÇÃO ASSOCIATIVA

As empresas descontarão em folha de pagamento, mensalmente, as contribuições espontâneas de


seus empregados, em favor do Sindicato profissional, desde que por eles autorizados.

§ 1º - Para o desconto previsto nesta cláusula, o Sindicato se obriga a fornecer às empresas, a


relação dos empregados que se associaram e se mantêm associados à entidade profissional.

§ 2º - O valor da contribuição prevista nesta cláusula será repassado ao Sindicato profissional,


obrigatoriamente, até o dia 05 do mês subseqüente ao desconto.

Direito de Oposição ao Desconto de Contribuições Sindicais

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA SEXTA - DO DIREITO DE OPOSIÇÃO

As partes acordaram e aceitaram, de forma democrática e livre em preservar o direito


personalíssimo do trabalhador e estipular o prazo máximo de 20 (vinte) dias a contar da data da
assinatura do presente instrumento normativo para manifestação contra a decisão da assembléia,
que não contemple o interesse individual, ainda que o propósito seja o de manter a representação
profissional com autonomia, independência e recursos suficientes para cumprir com suas
obrigações institucionais.

§ 1º - A preservação do direito proposto nesta cláusula será exercida com o preenchimento de


próprio punho de um formulário fornecido pela associação profissional e entregue pessoal quando
concluída a negociação coletiva de que trata o art. 8º , inciso VI da Constituição Federal.

§ 2º - O prazo fixado e os procedimentos firmados nesta cláusula tem vínculo de natureza das
obrigações satisfativas compulsórias a que esta submetida à representação profissional, quais
sejam, necessidade de previsão orçamentária, apresentação de balanços anuais e compromissos
com a legislação vigente de preservação da organização sindical.

§ 3º - È indispensável a insistente divulgação e a ampla publicidade das datas do início do prazo


final para o exercício do direito previsto nesta cláusula, tudo em respeito à vontade individual dos
integrantes das categorias profissionais representadas.

Disposições Gerais

Descumprimento do Instrumento Coletivo

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA SÉTIMA - DA MULTA

Fica estabelecida a multa de 2% (dois por cento) do Piso Salarial do Ajudante, por cláusula,
independente das cominações legais, no caso de descumprimento do presente instrumento de
regulação das relações do trabalho com a limitação do que trata o Art. 412, do Código Civil
Brasileiro, que reverterá em favor da parte a quem a infringência prejudicar.

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA OITAVA - DO NÚCLEO INTERSINDICAL DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA

Os conflitos, disputas e questões de origem trabalhistas, decorrentes do contrato de trabalho, no


âmbito das entidades que firmam este documento, serão submetidos, nos termos da Lei 9.958, de 12
de Janeiro de 2.000, conforme disposto no Art. 625-D, da mesma, a apreciação prévia do Núcleo
Intersindical de Conciliação do Transporte do ABC.

§ 1º - Ficam convalidadas, ratificadas e reiteradas as regras, procedimentos e disposições


negociadas entre as partes e que geraram o Manual de Procedimentos do Núcleo Intersindical de
Conciliação dos Segmentos de Transportes Rodoviários do ABCDMRPRGS.

§ 2º - O Manual de Procedimentos do Núcleo Intersindical de Conciliação dos Segmentos de


Transportes Rodoviários do ABCDMRPRGRS, constituiu documento a parte e será considerado
como integrante deste instrumento normativo.

§ 3º - De igual forma, fica acordado que a nomeação e a exclusão de Conciliadores ficarão sob
exclusiva competência dos Presidentes das entidades signatárias deste instrumento normativo, em
decisão de natureza definitiva e irrecorrível.

§ 4º - Tudo que se referir ao funcionamento do Núcleo Intersindical de Conciliação Prévia vigerá até
a data de 30/04/2015.

Outras Disposições

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA NONA - DA DIVULGAÇÃO DA CONVENÇÃO

As cópias da presente Convenção Coletiva de Trabalho deverão ser afixadas em local visível, nas
sedes das entidades dentro de 05 (cinco) dias da data do ajuste, dando-se assim, cumprimento ao
disposto no Art. 614 da C.L.T., e Decreto nº 229/67.

CLÁUSULA SEPTAGÉSIMA - DO COMPROMISSO

A entidade representativa da categoria profissional assume compromisso expresso de não


estimular, sem justificativa, nem fomentar movimentos de paralisação nas empresas, exceto em
casos de descumprimento da presente Convenção ou das leis vigentes, o que deverá ser objeto de
prévia comunicação, por escrito, ao SETRANS, a fim de que se esgotem as possibilidades de busca
de solução através negociação direta entre as partes.

CLÁUSULA SEPTAGÉSIMA PRIMEIRA - DOS DOCUMENTOS FISCAIS

Todos os documentos fiscais ou de controle impostos ou cuja utilização decorra da legislação ou da


natureza da operação da empresa, seja com a finalidade de controle da carga, movimentação do
veículo, verificação de arrecadação de impostos, ou quaisquer outras de características
semelhantes, tais como: ACT - Autorização Carregamento de Transporte, Manifesto de Carga,
Conhecimento de Transporte Rodoviário de Carga, entre outros, não poderão ser considerados para
efeito de Controle de Jornada de Trabalho e tampouco utilizados com finalidades de imputar a
empresa o pagamento de jornada ao empregado.

CLÁUSULA SEPTAGÉSIMA SEGUNDA - DO JUÍZO COMPETENTE

As partes elegem a Justiça do Trabalho como preceitua o Art. 114, da Constituição Federal, para
dirimir as dúvidas e questões oriundas deste instrumento normativo.
CLÁUSULA SEPTAGÉSIMA TERCEIRA - DOS PROPRIETÁRIOS DE VEÍCULOS DE CARGA

Entre o proprietário ou sócio do veiculo de carga, já agregado ou que vier a agregar-se a uma
empresa de transporte para realizar, com seu veículo, operação de serviços de transporte de carga,
assumindo os riscos ou gastos da operação, tais como, combustível, manutenção, peças,
desgastes, mão de obra, etc., e as empresas ora representadas pelo sindicato patronal, não haverá,
em nenhuma hipótese, fundamento ou justificativa, relação de emprego, na acepção legal do termo,
não podendo, o referido proprietário de veiculo, se beneficiar de quaisquer direitos previsto na lei
celetista, ou quaisquer convenções coletivas já firmadas pelo sindicato convenente, independentes
da forma de pagamento, ficando o mesmo, de maneira taxativa e definitiva, excluído, da categoria
profissional representada pelo sindicato obreiro correspondente, não podendo, pelos motivos
elencados, falar-se em formação de vínculo empregatício entre o prestador de serviço e a empresa
contratante do mesmo como estabelece a 11.442/2007, de 05 de Janeiro de 2.007.

CLÁUSULA SEPTAGÉSIMA QUARTA - LEI12.619, DE 30/04/2012

As previsões contidas na nova lei 12.619 que regulamentou o exercício da profissão de motorista,
nos termos do que estabelece o referido diploma legal e as Magnas previsões contidas em seu Art.
7º, inciso XXVI, são aperfeiçoadas coo segue:

- Art 235-C § 8º - TEMPO DE ESPERA

§ 8º - São consideradas como tempo de espera as horas que se acumularem no transcurso da


jornada do motorista de transporte rodoviário de cargas que ficar aguardando para carga ou
descarga do veículo no embarcador ou destinatário ou para fiscalização da mercadoria transportada
em barreiras fiscais ou alfandegárias, não sendo computadas como horas extraordinárias, salvo se
cumprida a jornada normal de trabalho.

ART. 235 –F – JORNADA DE 12 HORAS

Art. 235-F – As empresas poderão estabelecer jornada especial de 12 (doze) horas de trabalho por 36
(trinta e seis) horas de descanso para o trabalho do motorista, em função da especificidade do
transporte, da sazonalidade ou de característica que o justifique, ou também adotar o sistema 4 x 2
(quatro dias de trabalho seguidos por dois de descanso), em turno de 12 horas, resguardados os
intervalos de refeição e de tempo de direção.

ART. 235-G DA CLT E 67-A, § 3º DA LEI 9.503/97 – INTERVALO INTERJORNADA

O intervalo interjornada pode ser fracionado em 8 horas mais 3 horas, permitida a acumulação desta
última parcela nos três dias que se seguirem, oportunidade que serão, necessariamente, objeto de
descanso.

JORNADA DE TRABALHO – INÍCIO E ENCERRAMENTO

A jornada de trabalho terá uma referência para o seu início, intervalos e encerramento, podendo
adaptar-se as diferentes e múltiplas situações operacionais, respeitando-se sempre a quantidade de
horas trabalhadas e os intervalos estabelecidos na Lei 12.619.

INTERVALOS DE REFEIÇÃO E DESCANSO


O intervalo de refeição e descanso disciplinado no Art. 71 da CLT poderá acumular os intervalos sob
mesmo título contidos na Lei 12.619 e decorrentes do tempo de direção, podendo chegar ao
máximo, de 4 horas por jornada de trabalho.

ART. 67-C – REGISTROS FEITOS PELO MOTORISTA

Art. 67-C – O motorista profissional na condição de condutor é responsável por controlar o tempo de
direção e intervalos de refeição e descanso estipulados pelo art. 67-A, com vistas a sua estrita
observância, ficando obrigado a produzir os registros manuais ou alimentar os sistemas eletrônicos
estabelecidos pela empresa.

ART. 2º - REGULAMENTOS INTERNOS

V – Jornada de trabalho e tempo de direção controlados de maneira fidedigna pelo empregador, que
poderá valer-se de anotação em diário de bordo, papeleta de trabalho externo, nos termos do § 3º da
Cobnsolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei 5.452, de 1º de maio de 1943,
ou de meios eletrônicos idôneos instalados nos veículos, a critério do empregado ou aqueles
contidos em seus respectivos regulamentos padronizados.

ART. 235-G – REMUNERAÇÃO VARIÁVEL X HORAS EXTRAS

235-G – É proibida a remuneração do motorista em função da distância percorrida, do tempo de


viagem e/ou da natureza e quantidade de produtos transportados, inclusive mediante oferta de
comissão ou qualquer outro tipo de vantagem, se essa remuneração ou comissionamento
comprometer a segurança rodoviária ou da coletividade ou possibilitar violação das normas da
presente legislação, assegurada a validade dos sistemas de compensação de horas extras com
remuneração variável em vigor ou que vierem a ser implantados, desde que respeitem as previsões
deste texto legal e produzam valor igual ou superior ao que seria devido como jornada
extraordinária.

ART. 235-H – CONDIÇÕES ESPECIAIS DE BENEFÍCIOS E REMUNERAÇÃO

ART. 235-h – Outras condições específicas de trabalho do motorista profissional, desde que não
prejudiciais à saúde e à segurança do trabalhador, incluindo jornadas especiais, remuneração,
benefício, atividades acessórias e demais elementos integrantes da relação de emprego, observadas
as demais disposições desta Consolidação, tais como participação em resultados,
comissionamento, incentivo à produtividade, premiações, etc., compensando ou não com a jornada
extraordinária, observadas as previsões contidas nesta lei.

CLÁUSULA SEPTAGÉSIMA QUINTA - DO CANCELAMENTO DO TERMO DE ADESÃO

O não cumprimento pela empresa das disposições contidas neste termo de adesão, poderá levar à
denúncia e cancelamento deste termo de adesão para a empresa praticante da irregularidade, desde
que fique comprovada a prática denunciada e que a empresa não venha a corrigir as irregularidades
levantadas nos prazos negociados com representantes das entidades que compõem este
instrumento normativo.

§ 1º – A Presidência da entidade profissional indicará dois representantes para que em conjunto com
os dois representantes da entidade econômica examinem e deliberem sobre as denúncias de
irregularidades conforme disposição desta cláusula.

§ 2º – A decisão final sobre o cancelamento do termo da adesão para a empresa denunciada caberá
aos Presidentes das entidades envolvidas.

CLÁUSULA SEPTAGÉSIMA SEXTA - CLÁUSULAS SUJEITAS À ASSINATURA DO TERMO DE


ADESÃO

Sindicato Patronal, conforme decisão de sua Assembléia Geral


Extraordinária e contendo as seguintes cláusulas:

§ 1º – As cláusulas sujeitas ao Termo de Adesão são as seguintes:

12 – Remuneração Variável – Comissões e Sistemas de Premiação.

15– Adicional de Insalubridade e Periculosidade proporcional.

45 – Banco de Horas ou Compensação de Jornada.

46 – Jornada Externa – Artigo 62, inciso I, da CLT.

47 – Tacógrafo e Rastreador.

73 – Proprietário de Veículo de Carga – Não enquadramento sindical.

74 – Lei 12.619, de 30/04/2012.

75 – Cancelamento do Termo de Adesão

§ 2º – O Termo de Adesão é um documento firmado em separado, tem a natureza jurídica de Aditivo


contratual individual e, portanto, é considerado como parte integrante da Convenção Coletiva de
Trabalho.

§ 3º – O Termo de Adesão será depositado e registrado no Ministério do Trabalho na forma


preconizada pelo Art. 614 da CLT.

§ 4º - O Termo de Adesão poderá ser assinado durante a vigência deste instrumento normativo e a
comprovação de sua adesão poderá ser feita através de declaração firmada pelo Presidente da
entidade patronal ou, por evidente, pela apresentação do termo assinado pela empresa aderente.

§ 5º - Por se tratar de um documento que poderá sofrer alterações freqüentes através da inclusão e
exclusão de empresas, a lista de empresas aderentes ao Termo de Adesão não será depositada no
Ministério do Trabalho, mas, permanecerá à disposição de interessados na sede da entidade
patronal.

FRANCISCO MENDES DA SILVA


Presidente
SIND.TRAB.EMP.TRANSP.RODOANEXO ABCDMRP E RG DA SERRA

TIOJIUM METOLINA
Presidente
SINDICATO DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES DE CARGA DO ABC

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