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07 CCT 2014-2015
07 CCT 2014-2015
As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de Trabalho no período de 01º de maio de 2014
a 30 de abril de 2015 e a data-base da categoria em 01º de maio.
Piso Salarial
Os Pisos Salariais preexistentes, além de serem acrescidos de outros, serão corrigidos, a partir de
01/05/2014, nos termos do percentual definido na quarta, ou seja, com o percentual de 8,0% (oito por
cento), passando a viger com os seguintes valores:
Segmento Cargas Valor em 01/05/2014
+ R$ 216,00
Motorista de Carreta 1.417,00
Motorista de Caminhão 1.280,00
Motorista de Utilitário de Uso Misto 1.280,00
Motorista Manobrista 1.280,00
Operador de Empilhadeira 1.280,00
Arrumador 1.093,00
Ajudante 926,00
§ 1º - Os valores dos Pisos Salariais representam o mínimo que os empregados ocupantes desses
cargos devem receber.
Reajustes/Correções Salariais
§ 2º - O percentual contido no "caput" desta cláusula, será devido a todos os empregados das
categorias profissionais supra mencionadas, independente da existência de Salário Normativo ou
daquele que estiver percebendo o empregado, observadas as regras contidas nesta cláusula.
§ 3º - Para os admitidos após 01/05/2013, fica assegurada uma correção proporcional aos meses
decorridos, de sua admissão até a data de 15/04/2014, tomando por base de cálculo o mesmo
percentual contido no “caput” desta cláusula, a exceção da cesta básica que será sempre integral,
ressalvados os casos em que existirem paradigmas, quando o empregado fará jus a correção
idêntica à percebida pelo mesmo.
Aos empregados admitidos para exercer a mesma função idêntica a de outro, cujo contrato de
trabalho tenha sido rescindido, exceto por justa causa, será garantido, ressalvadas as promoções
por mérito, antigüidade e vantagens pessoais, o mesmo salário da função ou o salário normativo
para ela existente.
O pagamento do salário deverá ser feito até o quinto dia útil de cada mês subseqüente ao vencido,
incorrendo a empresa infratora em multa de 2% (dois por cento) do Piso Salarial do Ajudante, em
favor do empregado, independente das penalidades previstas em lei.
Sempre que os salários forem pagos através de bancos, será assegurado ao trabalhador, intervalo
remunerado, a critério da empresa, de tal modo que não prejudique o andamento do serviço, para
que o mesmo receba seu ganho, sendo que esse intervalo não corresponderá aquele destinado a
repouso ou alimentação do empregado.
Descontos Salariais
Os descontos salariais, em caso de multas de trânsito, colisões, acidentes com o veículo, furtos,
roubos, quebras de veículo e avarias da carga, só serão admitidos se resultar configurada a culpa
ou dolo do empregado, sendo que a despesa com a obtenção dos Boletins de Ocorrência será
suportada pela empresa.
Outras Gratificações
Adicional de Hora-Extra
As empresas remunerarão todas as horas extras realizadas pelo empregado com um acréscimo de
50% (cinqüenta por cento) sobre a hora normal, ressalvadas as que coincidirem com domingos
(exceto se existir escala de trabalho) e feriados, nos termos da legislação que rege a matéria.
§ 1º - As horas extras integrarão, quando habituais a remuneração dos empregados para efeito de
DSR, Férias, 13º salário, Aviso Prévio, INSS, FGTS e Verbas Rescisórias.
Adicional de Periculosidade
§ Único – A empresa, sempre em conjunto com o Sindicato Profissional, poderá, através de Aditivos
Contratuais, estabelecer, com detalhes técnicos e científicos, disposições que atendam condições
específicas.
Prêmios
§ 1º - Tomando-se como base os valores dos pisos salariais contidos neste instrumento normativo,
os valores máximos devidos ao PTS, a partir de 01/05/2014, serão os seguintes:
APÓS 2 ANOS – 5,0% APÓS 5 ANOS – 8,0%
R$ 70,85 R$ 113,36
§ 2º - O PTS é uma criação normativa e não tem natureza salarial ou produz qualquer outro efeito de
natureza remuneratória, mesmo para fins de equiparação, não se incorporando à remuneração do
empregado e tampouco servindo de base para cálculo de encargos sociais, sendo devido a partir do
mês seguinte àquele que o empregado completar 2 ou 5 anos de serviço da empresa, não podendo
ser exigido de forma cumulativa.
§ 1º - O valor base mínimo para aplicação do percentual de 40,0% (quarenta por cento) será o Piso
Salarial do Ajudante.
§ 2º - Entende-se por salário base, o valor utilizado para cálculo das demais componentes de
remuneração do empregado, ficando, pois, excluídas, as importâncias pagas a título de horas extras,
prêmios, comissões e demais parcelas variáveis.
§ 3º - O valor da Participação nos Lucros ou Resultados - PLR, segundo critérios ajustados nesta
cláusula, será pago em duas parcelas, correspondente a 50% (cinqüenta por cento), do valor devido,
nos meses de setembro/2.014 e fevereiro/2.015
§ 4º - Para as empresas do segmento de transporte de Veículos Zero Quilômetro, o valor do PLR será
de R$ 1.200,00 (hum mil e duzentos reais), independente da função ou do salário do empregado e
será pago, em duas parcelas iguais, nas mesmas datas e regras contidas nesta cláusula.
§ 8º - Os valores pagos a título de PLR nos termos deste instrumento normativo tem os seus
fundamentos jurídicos assentados nas Lei 10.101, de 19 de dezembro de 2000, em especial as
disposições contidas em seu Art. 2º e respectivos parágrafos e incisos, posto que decorrem de
negociação coletiva, formando, nos termos do Art. 611 e seguintes da CLT, fazendo lei entre as
partes, podendo as empresas estabelecerem índices de produtividade, qualidade ou lucratividade
ou, ainda, programas de metas, resultados e prazos, conforme previsões contidas no citado Art. 2º
da Lei 10.101, sendo certo, porém, que tais valores não se constituem em salário ou remuneração,
não fazendo base para incidência previdenciárias.
Auxílio Alimentação
O valor da Cesta Básica será alterado para R$ 130,00 (cento e trinta reais), a partir de 01/05/2014,
contemplando-se a exceção do parágrafo seguinte.
§ 1º -Para as empresas que tem no transporte de veículos zero quilômetros sua atividade econômica
preponderante, o valor da cesta básica será de R$ 140,00 (cento e quarenta reais), nas mesmas
condições estabelecidas nesta cláusula.
§ 2º - A Cesta Básica poderá ser fornecida através de vale alimentação, ticket alimentação ou formas
assemelhadas, vedado a entrega de cestas de alimento “in natura”, vale dizer a pratica de se
entregar uma cesta contendo alimentos fica extinta.
§ 3º - A Cesta Básica será devida a todos os trabalhadores que não registrarem nenhuma falta
injustificada durante o período de aquisição de seu direito.
§ 4º - Será entendida como falta injustificada aquela que o trabalhador não apresentar justificativa ou
que a empresa não aceitar as que forem oferecidas
§ 5º - A Cesta Básica será fornecida aos trabalhadores que se afastarem por doença ou acidente de
trabalho por um período de até 6 (seis) meses de afastamento.
§ 6º - A Cesta Básica será devida no período em que o empregado estiver em gozo de férias, mas
deixará de ser fornecida no caso de licença não remunerada por período superior a 15 dias.
Auxílio Transporte
Auxílio Saúde
a- O convênio deverá cobrir todos os empregados e seus familiares, assim entendidos o cônjuge,
filhos até 18 anos e aqueles que forem admitidos como dependentes do empregado perante a
previdência social brasileira.
b- A cobertura oferecida será a médica, hospitalar e laboratorial para todos os eventos, inclusive
os decorrentes de Acidentes do Trabalho e suas conseqüências, além de prótese, tomografia
computadorizada, ressonância magnética e demais recursos da moderna medicina.
d- O valor mínimo acertado entre as partes é de R$ 74,34 (setenta e quatro reais e trinta e quatro
centavos), por pessoa coberta pelo convênio, salvo o disposto na alínea “f”, independente de idade,
sendo obrigatória a observância das coberturas fixadas na legislação que rege a matéria.
e- As empresas se obrigam a arcar com 50,0% (cinqüenta por cento) do custo do convênio médico
de seus empregados e respectivos dependentes, conforme alínea “a”, supra, tomando como base o
valor mínimo contido na alínea “d”, desta cláusula.
f- As empresas que mantenham convênio médico com valor superior ao estabelecido, deverão
consultar seus empregados sobre a conveniência dos mesmos em assumir o excedente aos R$
37,17 (trinta e sete reais e dezessete centavos) que cabe a empresa ou, em caso negativo, fica esta
autorizada a oferecer convênio médico nos moldes estabelecido na presente convenção.
h- O empregado, a seu critério, poderá abrir mão deste benefício deste que o faça por escrito e, de
igual forma, requerer o seu retorno nas condições oferecidas as demais trabalhadores.
i -Fica assegurado ao empregado desligado de manter a cobertura do convênio, nas condições
vigentes durante seu contrato de trabalho, desde que manifeste, formalmente, sua intenção nesse
sentido e assuma o pagamento de seu valor.
§ 1º - A escolha das farmácias poderá ser feita pelas empresas ou por indicação dos empregados ou
do Sindicato Profissional, mediante entendimento entre as partes.
§ 3º - Não haverá subsídio por parte da empresa que, no entanto, responderá pela quitação junto as
farmácias credenciadas e o desconto dos medicamentos adquiridos na folha do empregado, de
acordo com normas estabelecidas pelas mesmas.
§ 4º - Todo e qualquer desconto conseguido na compra dos medicamentos serão repassados aos
empregados.
Auxílio Morte/Funeral
Seguro de Vida
CLÁUSULA VIGÉSIMA TERCEIRA - DO SEGURO DE VIDA EM GRUPO
As empresas fornecerão, sem ônus para o trabalhador, seguro de vida em grupo com uma cobertura
correspondente a R$ 10.000,00 (dez mil reais) em caso de morte natural, dobrando, ou seja, R$
20.000,00 (vinte mil reais), quando o falecimento decorrer de causa proveniente de acidente,
ressalvados os ocupantes da função de motorista que, em função das disposições contidas na Lei
12.619, de 30/04/2012 que garante uma cobertura mínima de 10 vezes o valor do piso salarial contida
neste instrumento normativo.
Outros Auxílios
PERNOITE R$ 26,00
§ 1º - O reembolso de Despesas/Alimentação ou Pernoite, tem natureza jurídica indenizatória, não se
integrando ou incorporando, portanto, para nenhum efeito ou possibilidade, o salário ou a
remuneração do empregado, podendo as empresas exigir ou não, a comprovação dos gastos
correspondentes, bem como estabelecerem regras próprias para a quitação desta obrigação.
§ 5º - Havendo o pagamento do Pernoite, nos termos do disposto nesta cláusula, deixa de ter
aplicabilidade o disposto no Art. 66, da Consolidação das Leis do Trabalho, uma vez que fica
presumida a concessão do intervalo de 11 horas entre as jornadas de trabalho, não se podendo falar
em jornada extra ou qualquer tipo de compensação adicional ao empregado.
§ 6º - Nos casos em que o funcionário fizer uso do veículo que estiver conduzindo para descansar
ou pernoitar, fica convencionado que o tempo destinado ao seu descanso ou repouso, não
caracteriza período à disposição ao empregador, não se aplicando, portanto, o disposto no Art. 4º
“caput”, da Consolidação das Leis do Trabalho, ressalvadas as disposições inseridas, a partir desta
convenção coletiva, e que cuidam da regulamentação da Lei 12.619, de 30.04.2012..
§ 7º - Para as empresas que em 01/05/2014 já vinham pagando valores superiores aos valores
contidos na Convenção Coletiva anterior, fica assegura a correção do reajuste de 8,00% (oito por
cento) estabelecida nesta cláusula, incluindo as funções com pisos salariais definidos.
As empresas adotarão medidas que viabilizem o recebimento pelo trabalhador dos rendimentos
anuais decorrentes do PIS, através de crédito em sua conta ou outras formas, de tal sorte que não
ocorra a necessidade de seu deslocamento até o banco ou entidade financeira que administra este
programa.
Empréstimos
Fica instituído o “CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO” para a categoria dos trabalhadores das
empresas de transporte de cargas filiadas ao SETRANS da região do ABC, cujas regras e condições
a seguir detalhamos:
§ 4º - A instituição financeira ou banco indicado (a) ou determinado (a) será aquele indicado e/ou
contratado de comum acordo entre o sindicato da categoria profissional e do sindicato da categoria
econômica, cujos critérios de concessão aos trabalhadores serão definidos de forma paritária.
§ 6º – Para que o trabalhador da empresa filiada ao SETRANS tenha direito ao crédito consignado na
forma estabelecida nos “parágrafo primeiro e segundo”, a empresa empregadora deverá ter firmado
contrato específico com a instituição financeira e/ou banco.
As empresas cuidarão para que nas Carteiras Profissionais de seus empregados, sejam anotados os
cargos efetivos dos mesmos, respeitadas as estruturas de cargos e salários existentes nas mesmas.
O contrato de experiência do empregado poderá ter a duração máxima de 90 (noventa) dias, e sofrer,
nesse período, até uma prorrogação, sem prejuízo de sua característica de contrato a termo.
Desligamento/Demissão
As rescisões de Contratos de Trabalho, na forma do previsto no Art. 477, da CLT, somente serão
homologadas no sindicato profissional, se acompanhadas das guias de recolhimento das
contribuições legalmente devidas ao sindicato dos trabalhadores e das empresas, referentes aos
últimos 06 meses, além dos documentos estabelecidos na Portaria 3.283, de 11.10.88, do Ministério
do Trabalho, sendo que, por ocasião da primeira homologação, o sindicato profissional deverá reter
cópias das guias, para facilitar as demais.
§ 1º - Após a primeira homologação, o sindicato profissional, diante da exibição dos documentos
comprobatórios da regularidade da empresa, adotará procedimentos internos ou expedirá
declaração que dispensará a empresa, por um período de 180 (cento e oitenta) dias, de nova
comprovação.
§ 3º - Desde que a entidade profissional não localize nenhuma irregularidade no termo de quitação
do empregado, fica vedada a inserção de ressalva genérica, em que, as eventuais incorreções
estejam claramente identificadas e explicitadas.
Ocorrendo rescisão do Contrato de Trabalho sem justa causa, as empresas ficam obrigadas a
fornecerem Carta de Referência, quando solicitada, por escrito, pelo empregado, no prazo máximo
de 3 (três), dias contados a partir da data do pedido.
Ao empregado demitido, por justa causa, as empresas fornecerão, por escrito, ciência dos motivos
determinantes da rescisão contratual, indicando o Artigo da CLT que fundamentar a decisão.
Aviso Prévio
Aos empregados com mais de 45 anos de idade e que, na ocasião de seu desligamento, não
estiverem recebendo nenhum benefício a título de aposentadoria e, que contarem com mais de 5
(cinco) anos de efetivo trabalho na empresa, será assegurado o pagamento de um Aviso Prévio de
45 (quarenta e cinco) dias corridos, sendo certo que todas a verbas pagas sob este título manterão
sua natureza indenizatória, não se constituindo base de cálculo de encargos trabalhistas ou
previdenciários.
§ Único: Ficam garantidas as vantagens adicionais contida na Lei 12.506, de 11/10/2011 que
estabeleceu o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço na razão de 3 dias por cada conjunto
de 12 meses trabalhados até o limite de 60 dias, aplicando-se a regra mais benéfica ao trabalhador.
Não serão admitidas alterações de denominação de cargos e funções que tenham como objetivo
isentar as empresas do cumprimento dos salários normativos ajustados pelas entidades que firmam
este instrumento normativo.
Qualificação/Formação Profissional
Normas Disciplinares
Estabilidade Mãe
A empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança será concedida
licença maternidade, nos termos do art. 392 da Lei 10.421, de 15/04/02, conforme segue:
§ 1º - No caso de adoção ou guarda judicial de criança de até 1 (um) ano de idade, o período de
licença será de 120 (cento e vinte) dias.
§ 2º - No caso de adoção ou guarda judicial de criança a partir de 1 (um) ano até 4 (quatro) anos de
idade, o período de licença será de 60 (sessenta) dias.
§ 3º - No caso de adoção ou guarda judicial de criança a partir de 4 (quatro) anos até 8 (oito) anos de
idade, o período de licença será de 30 (trinta) dias.
Estabilidade Aposentadoria
CLÁUSULA TRIGÉSIMA NONA - DA GARANTIA AO TRABALHADOR EM VIAS DE APOSENTADORIA
§ 3º - A estabilidade, nos termos do disposto nesta cláusula, cessará assim que o empregado
completar os requisitos para o requerimento da aposentadoria, mesmo que tal direito não venha a
ser exercido.
As empresas, desde que solicitadas por escrito e com antecedência mínima de 02 (dois) dias úteis,
fornecerão a seus empregados, o atestado de afastamento e salários, para obtenção de benefícios
previdenciários.
As empresas informarão seus empregados no prazo de 72 (setenta e duas) horas, contados da data
do recebimento da notificação as multas de trânsito aplicadas aos veículos por eles dirigidos.
Prorrogação/Redução de Jornada
Controle da Jornada
CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA TERCEIRA - DA TOLERÂNCIA DE ATRASOS
A tolerância para registro de ponto antes do início a após o encerramento da jornada de trabalho do
trabalhador será de até 15 (quinze) minutos, não se considerando como extras ou como à
disposição do empregador o tempo de registro dentro desses intervalos.
§ Único – Em ocorrendo registro dos intervalos de refeição valerá a mesma regra, ou seja, a
anotação da saída e retorno da alimentação ou repouso será, de igual forma, de 15 minutos
contados a partir do horário fixado para a saída e outros 15 antes da retomada da jornada de
trabalho.
§ 1º - As primeiras 50 (cinqüenta) horas extras realizadas durante o mês serão objeto de pagamento
no mês de competência, recomeçando a contagem no mês seguinte.
§ 7º - No caso de desligamento do empregado, o saldo existente no Banco de Horas, seja ele credor
ou devedor, será liquidado, através de inclusão do valor correspondente (débito ou crédito) na
quitação final do empregado.
§ 10º - Os abusos verificados na utilização dos dispositivos desta cláusula, na forma de denúncia
expressa de seus empregados ao seu Sindicato, uma vez constatada a veracidade da irregularidade,
facultará ao mesmo denunciar este instrumento normativo, quanto a esta cláusula, ficando a mesma
impedida de utilizá-la durante a vigência deste instrumento normativo, ou seja, até 30/04/2013.
§ 11º - As empresas que não utilizarem os dispositivos do Banco de Horas ou que dispuserem de
acordo coletivo específico, poderão apurar a jornada de trabalho extra, considerando o mês e não o
dia ou a semana como delimitadora das horas realizadas pelos empregados durante sua jornada
mensal. Em termos práticos, o disposto neste parágrafo significa que as horas realizadas pelos
empregados serão acumuladas durante o mês e, ao seu final, comparadas com a quantidade de
horas normais legais previstas para o referido período, sendo consideradas como extras e pagas, no
mês de competência, àquelas que ultrapassarem o limite legal previsto para o mês.
§ 12º - As empresas poderão, desde que existam motivos justificados e negociem diretamente com o
Sindicato Profissional, criar disposições específicas para seu Banco de Horas, sempre por escrito,
de modos que os contratos de seus trabalhadores passarão a ser regidos pelas regras estabelecidas
entre as partes, afastando as previsões contidas nos §§ 1º a 11º desta cláusula.
Para todos os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de
trabalho, as empresas poderão proceder à contratação, nos termos do disposto no Art. 62, I, da
Consolidação das Leis do Trabalho, devendo tal condição constar em seu contrato de trabalho, bem
como de anotação em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados.
§ 1º - As disposições contidas no “caput” desta cláusula não podem ser aplicadas aos motoristas
profissionais, conforme disposições contidas na Lei 12.619, de 30 de Abril de 2.012 que disciplinou o
exercício da profissão de motorista.
§ 2º - Por completa incompatibilidade com o disposto no “caput” desta cláusula e por se constituir
em procedimento meramente burocrático, perde a aplicabilidade o contido no Art. 74 § 3º da CLT,
deixando de ter exigibilidade a elaboração da papeleta de serviços externo para os empregados
abrangidos pelo contido nesta cláusula.
§ 3º - As disposições do Art. 62, I, não poderá ser utilizado para disciplinar jornada de motorista,
posto que a Lei 12.619, de 30/04/2012, estabelece, de forma expressa e gramatical a necessidade de
controle da jornada de maneira fidedigna pelo empregador.
Faltas
As empresas poderão adotar calendário diferenciado para apuração das horas extras, desde que
fique assegurado o pagamento atualizado ou a compensação futura conforme disposição contratual
fixada entre as partes.
§ Único - Entende-se por calendário diferenciado o período, por exemplo, de 16 de um mês até 15 do
seguinte; 23 de um até 22 do seguinte, ou seja, a finalidade do dispositivo contido nesta cláusula, é
permitir que as empresas adotem um período flexível, sempre de 30 dias, para apurar as jornadas
extraordinárias realizadas por seus empregados, incluí-las em suas folhas de pagamento, e desta
forma, evitar a elaboração de duas ou mais folhas para cumprir esta exigência.
Férias e Licenças
Observando o disposto no Art. 135 da CLT, as férias só poderão ter início em dias úteis.
As empresas se obrigam a manter no local de trabalho água potável para consumo de seus empregados, sanitários
masculinos e femininos em perfeitas condições de higiene, armários individuais para guarda de roupas e pertences
pessoais dos empregados, desde que a troca de vestimenta decorra de exigência da atividade desenvolvida.
Quando exigido o uso de uniformes pelo empregador, este será obrigado a fornecê-lo gratuitamente
aos empregados, dispensando igual tratamento quando se tratar de equipamentos de segurança
prescritos por lei ou decorrente do trabalho exercido pelo empregado, ficando o mesmo obrigado a
usá-los, sob pena de punição conforme estabelecido na legislação que rege a relação de emprego.
As eleições para cargos que compõem a CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes serão
feitas nos termos do que dispõe a NR-05.
§ Único - Os empregados eleitos para cargos de representação na Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes - CIPA, não poderão desempenhar atividades estranhas àquelas definidas na Norma
Regulamentadora NR 5, sob pena de prática de falta grave, nos termos do Art. 482, da Consolidação
das Leis do Trabalho.
Ao empregado eleito para cargo de direção da CIPA, fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa
causa, na forma do Art. 10, inciso II das Disposições Constitucionais Transitórias.
Exames Médicos
As disposições dos itens 7.3.1., “c”, “d” “e”, e 7.3.2 e demais previsões do “caput” do item serão
aplicados conforme as regras previstas no corpo da Norma Reguladora NR7.
Os registros a que se referem o item 7.4.5 serão mantidos pelo prazo fixado na legislação que rege a
matéria.
Para efeito de justificativa e abono de faltas e atrasos, as empresas aceitarão os atestados médicos
e odontológicos, emitidos por profissionais a serviço do Sindicato acordante.
Relações Sindicais
As empresas colocarão a disposição do Sindicato dos Empregados quadros de avisos nos locais de
trabalho, para a afixação de comunicados oficiais da categoria profissional, desde que não
contenham matéria político partidária ou ofensiva a quem quer que seja, devendo os avisos serem
enviados ao setor competente da empresa, que se encarregará de afixá-lo prontamente.
Representante Sindical
§ 1º - A liberação nos termos do definido no “caput” desta cláusula estará limitada a um dirigente
por empresa e, a um máximo, de 5 (cinco) dirigentes em toda a categoria profissional representada
pelo SINTETRA.
§ 2º - Ao dirigente sindical liberado, nos termos do definido nesta cláusula, será assegurado o
afastamento de suas funções da empresa, a partir de quando o dirigente afastado receberá de sua
empregadora mês a mês, enquanto perdurar o mandato, o valor equivalente ao salário nominal de
sua função inclusive com os aumentos que forem concedidos no período, sem prejuízo a percepção
de férias mais 1/3 terço, 13º salário cesta básica, prêmio mínimo, DSR, PTS, e demais benefícios.
Contribuições Sindicais
§ 1º – A primeira parcela de 2,0% (dois por cento) será descontada no mês de julho/14, a segunda em
novembro/14 e terceira e última em março de 2015.
§ 3º – O recolhimento dos valores referentes à contribuição prevista nesta cláusula deverá ser
efetuado até o 5º (quinto) dia útil do mês subsequente ao do desconto, mediante recibo.
§ 4º - O atraso nas transferências dos valores da contribuição descontados nos termos contidos
nesta cláusula implicará em multa de 0,33% (trinta e três centésimos de cem) até o limite de 10,0%
(dez por cento) acrescido de mora de 1,0% (um por cento) por mês vencido, aplicado sore o valor
total do débito.
Nos termos do Art. 513 “e”, da CLT e de decisão a Assembléia Geral Extraordinária, regular e
legalmente convocada, as empresas integrantes da categoria Econômica estarão obrigadas a
contribuir para o custeio e manutenção da estrutura representativa mantida pelo SETRANS de
acordo com os valores e disposições contidas nesta cláusula.
§ 4º - As contribuições poderão ser quitadas através dos boletos bancários recebidos pelo correio
ou diretamente na tesouraria do SETRANS.
§ 5º - No caso de atraso haverá a aplicação da multa de 10,0% (dez por cento), além do juro legal
de 1,0% (um por cento), calculado por mês ou fração de mês até que ocorra a quitação da
obrigação.
§ 2º - O prazo fixado e os procedimentos firmados nesta cláusula tem vínculo de natureza das
obrigações satisfativas compulsórias a que esta submetida à representação profissional, quais
sejam, necessidade de previsão orçamentária, apresentação de balanços anuais e compromissos
com a legislação vigente de preservação da organização sindical.
Disposições Gerais
Fica estabelecida a multa de 2% (dois por cento) do Piso Salarial do Ajudante, por cláusula,
independente das cominações legais, no caso de descumprimento do presente instrumento de
regulação das relações do trabalho com a limitação do que trata o Art. 412, do Código Civil
Brasileiro, que reverterá em favor da parte a quem a infringência prejudicar.
§ 3º - De igual forma, fica acordado que a nomeação e a exclusão de Conciliadores ficarão sob
exclusiva competência dos Presidentes das entidades signatárias deste instrumento normativo, em
decisão de natureza definitiva e irrecorrível.
§ 4º - Tudo que se referir ao funcionamento do Núcleo Intersindical de Conciliação Prévia vigerá até
a data de 30/04/2015.
Outras Disposições
As cópias da presente Convenção Coletiva de Trabalho deverão ser afixadas em local visível, nas
sedes das entidades dentro de 05 (cinco) dias da data do ajuste, dando-se assim, cumprimento ao
disposto no Art. 614 da C.L.T., e Decreto nº 229/67.
As partes elegem a Justiça do Trabalho como preceitua o Art. 114, da Constituição Federal, para
dirimir as dúvidas e questões oriundas deste instrumento normativo.
CLÁUSULA SEPTAGÉSIMA TERCEIRA - DOS PROPRIETÁRIOS DE VEÍCULOS DE CARGA
Entre o proprietário ou sócio do veiculo de carga, já agregado ou que vier a agregar-se a uma
empresa de transporte para realizar, com seu veículo, operação de serviços de transporte de carga,
assumindo os riscos ou gastos da operação, tais como, combustível, manutenção, peças,
desgastes, mão de obra, etc., e as empresas ora representadas pelo sindicato patronal, não haverá,
em nenhuma hipótese, fundamento ou justificativa, relação de emprego, na acepção legal do termo,
não podendo, o referido proprietário de veiculo, se beneficiar de quaisquer direitos previsto na lei
celetista, ou quaisquer convenções coletivas já firmadas pelo sindicato convenente, independentes
da forma de pagamento, ficando o mesmo, de maneira taxativa e definitiva, excluído, da categoria
profissional representada pelo sindicato obreiro correspondente, não podendo, pelos motivos
elencados, falar-se em formação de vínculo empregatício entre o prestador de serviço e a empresa
contratante do mesmo como estabelece a 11.442/2007, de 05 de Janeiro de 2.007.
As previsões contidas na nova lei 12.619 que regulamentou o exercício da profissão de motorista,
nos termos do que estabelece o referido diploma legal e as Magnas previsões contidas em seu Art.
7º, inciso XXVI, são aperfeiçoadas coo segue:
Art. 235-F – As empresas poderão estabelecer jornada especial de 12 (doze) horas de trabalho por 36
(trinta e seis) horas de descanso para o trabalho do motorista, em função da especificidade do
transporte, da sazonalidade ou de característica que o justifique, ou também adotar o sistema 4 x 2
(quatro dias de trabalho seguidos por dois de descanso), em turno de 12 horas, resguardados os
intervalos de refeição e de tempo de direção.
O intervalo interjornada pode ser fracionado em 8 horas mais 3 horas, permitida a acumulação desta
última parcela nos três dias que se seguirem, oportunidade que serão, necessariamente, objeto de
descanso.
A jornada de trabalho terá uma referência para o seu início, intervalos e encerramento, podendo
adaptar-se as diferentes e múltiplas situações operacionais, respeitando-se sempre a quantidade de
horas trabalhadas e os intervalos estabelecidos na Lei 12.619.
Art. 67-C – O motorista profissional na condição de condutor é responsável por controlar o tempo de
direção e intervalos de refeição e descanso estipulados pelo art. 67-A, com vistas a sua estrita
observância, ficando obrigado a produzir os registros manuais ou alimentar os sistemas eletrônicos
estabelecidos pela empresa.
V – Jornada de trabalho e tempo de direção controlados de maneira fidedigna pelo empregador, que
poderá valer-se de anotação em diário de bordo, papeleta de trabalho externo, nos termos do § 3º da
Cobnsolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei 5.452, de 1º de maio de 1943,
ou de meios eletrônicos idôneos instalados nos veículos, a critério do empregado ou aqueles
contidos em seus respectivos regulamentos padronizados.
ART. 235-h – Outras condições específicas de trabalho do motorista profissional, desde que não
prejudiciais à saúde e à segurança do trabalhador, incluindo jornadas especiais, remuneração,
benefício, atividades acessórias e demais elementos integrantes da relação de emprego, observadas
as demais disposições desta Consolidação, tais como participação em resultados,
comissionamento, incentivo à produtividade, premiações, etc., compensando ou não com a jornada
extraordinária, observadas as previsões contidas nesta lei.
O não cumprimento pela empresa das disposições contidas neste termo de adesão, poderá levar à
denúncia e cancelamento deste termo de adesão para a empresa praticante da irregularidade, desde
que fique comprovada a prática denunciada e que a empresa não venha a corrigir as irregularidades
levantadas nos prazos negociados com representantes das entidades que compõem este
instrumento normativo.
§ 1º – A Presidência da entidade profissional indicará dois representantes para que em conjunto com
os dois representantes da entidade econômica examinem e deliberem sobre as denúncias de
irregularidades conforme disposição desta cláusula.
§ 2º – A decisão final sobre o cancelamento do termo da adesão para a empresa denunciada caberá
aos Presidentes das entidades envolvidas.
47 – Tacógrafo e Rastreador.
§ 4º - O Termo de Adesão poderá ser assinado durante a vigência deste instrumento normativo e a
comprovação de sua adesão poderá ser feita através de declaração firmada pelo Presidente da
entidade patronal ou, por evidente, pela apresentação do termo assinado pela empresa aderente.
§ 5º - Por se tratar de um documento que poderá sofrer alterações freqüentes através da inclusão e
exclusão de empresas, a lista de empresas aderentes ao Termo de Adesão não será depositada no
Ministério do Trabalho, mas, permanecerá à disposição de interessados na sede da entidade
patronal.
TIOJIUM METOLINA
Presidente
SINDICATO DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES DE CARGA DO ABC