Para o pensador Paulo Bonavides sobre a atualidade do princípio da
impenetrabilidade nas relações internacionais que reconhece aos Estados o monopólio de ocupação de determinado espaço, ou seja, não há Estado sem território.
O território é um dos elementos essenciais, de fundação e que asseguram a
existência do Estado. Sendo a base material, e fortalece a identificação geográfica com o propósito do poder. Na concepção política do território destacam-se questões relativas à geopolítica, à esfera política em que a soberania do Estado é definida sobre seu território.
Pode afirmar-se inicialmente que o território, do latim territorium, serve de limite a
sua jurisdição e é o país propriamente dito, no Brasil, ainda recebe a cautela do código penal. Compreende: solo, subsolo, ilhas marítimas, ilhas fluviais e lacustres, plataforma continental, mar territorial, espaço aéreo e mares interiores.
Como base física e permanente do poder, em sua demonstração histórica
evolutiva, a teoria do território patrimônio não distinguia o direito público do direito privado. Define-se claramente como teoria patrimonial, em que não se separava nitidamente imperium e dominium e assim o território era tido como coisa do Estado. A tese do dominium define o território como propriedade do Estado, á o imperium conserva o caráter essencialmente político da soberania sobre o território. A teoria do território objetivo define o território como direito real de caráter público e um direito especial, eminente, soberano.