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ECONÔMICO
CRESCIMENTO

TERCEIRA EDIÇÃO

DAVID N. WEIL
UNIVERSIDADE MARROM

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Dados de Catalogação na Publicação da Biblioteca do Congresso


Weil, David N.

Crescimento econômico / David N. Weil.—3ª ed.


pág. cm.
ISBN-13: 978-0-321-79573-1
ISBN-10: 0-321-79573-3

1. Desenvolvimento econômico. I. Título.


HD82.W37 2013
338,9—dc23
2012016784

10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

ISBN 10: 0-321-79573-3


ISBN 13: 978-0-321-79573-1
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BREVE CONTEÚDO

Conteúdo v
Prefácio xi
Sobre o autor xx

CAPÍTULO 1 FATOS A EXPLICAR 1

CAPÍTULO 2 UM QUADRO PARA ANÁLISE 29

CAPÍTULO 3 CAPITAL FÍSICO 48

CAPÍTULO 4 POPULAÇÃO E CRESCIMENTO ECONÔMICO 82

CAPÍTULO 5 TENDÊNCIAS FUTURAS DA POPULAÇÃO 121

CAPÍTULO 6 CAPITAL HUMANO 150

CAPÍTULO 7 MEDIÇÃO DA PRODUTIVIDADE 179

CAPÍTULO 8 O PAPEL DA TECNOLOGIA NO CRESCIMENTO 201

CAPÍTULO 9 A PONTA DA TECNOLOGIA 238

CAPÍTULO 10 EFICIÊNCIA 268

CAPÍTULO 11 CRESCIMENTO DA ECONOMIA ABERTA 298

CAPÍTULO 12 GOVERNO 330

CAPÍTULO 13 DESIGUALDADE DE RENDA 363

CAPÍTULO 14 CULTURA 399

CAPÍTULO 15 GEOGRAFIA, CLIMA E RECURSOS NATURAIS 432

CAPÍTULO 16 RECURSOS E MEIO AMBIENTE A NÍVEL GLOBAL 463

CAPÍTULO 17 O QUE APRENDAMOS E PARA ONDE VAMOS 503

4
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CONTEÚDO

CAIXA: Ensaios controlados randomizados 42


Prefácio xi
Sobre o autor xx CAIXA: Aprendendo com Dados Históricos 44

2.4 Conclusão 44
CAPÍTULO 1

OS FATOS A SER EXPLICADOS 1


CAPÍTULO 3
1.1 Diferenças no Nível de CAPITAL FÍSICO 48
Renda entre os países 3
CAIXA: PIB total versus PIB per capita 6 3.1 A Natureza do Capital 49

1.2 Diferenças na Taxa de Crescimento 3.2 Papel do Capital na Produção 51


Usando uma função de produção para analisar o capital
de Renda entre os Países 8 Função 51

CAIXA: Participação do Capital na National


Efeito do Crescimento no Nível de Renda 8
Renda 54
CAIXA: Trabalhando com Taxas de Crescimento 10 Pagamentos de Fator e Ações de Fator 54
Crescimento durante as últimas décadas 13

CAIXA: Crescimento versus Ciclos de Negócios 13


3.3 O Modelo Solow 56
Crescimento desde 1820 14 Determinação de Capital por Trabalhador 56

Crescimento antes de 1820 17 CAIXA: A Ascensão e Queda do Capital 58

CAIXA: Medindo a Mudança ao longo do Tempo 59


CAIXA: Desigualdade de Renda entre e dentro
Países 18 Estados Estacionários 59

CAIXA: Crescimento econômico visto de fora CAIXA: Estado Estacionário: Um Exemplo Não

Espaço 20 Econômico 61
O Modelo Solow como uma Teoria das Diferenças de
1.3 Conclusão 22 Renda 63

APÊNDICE Medindo e Comparando o PIB Usando O modelo de Solow como uma teoria do crescimento relativo
Taxas 66
Paridade do Poder de Compra 25

CAPÍTULO 2 3.4 A Relação entre Investimento e


Poupança 68
UMA ESTRUTURA PARA ANÁLISE 29
Explicando a Taxa de Poupança: Exógena versus
Fatores endógenos 70
2.1 A Economia de Sylvania e Freedonia:
O Efeito da Renda na Poupança 71
Uma Parábola 29
CAIXA: Políticas Governamentais e o
2.2 Da Parábola à Prática 33 Taxa de Economia 72
A Função de Produção 34
3.5 Conclusão 74
Dos Níveis de Renda às Taxas de Crescimento 36
CAIXA: A Ascensão e Queda do Capital Revisitada 75
2.3 O que podemos aprender com os
APÊNDICE Exploração Adicional do Cobb-Douglas
dados? 37 Função de Produção e a Velocidade de Convergência no Modelo
Gráficos de dispersão e correlações 38 Solow 79

v
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vi CONTEÚDO

CAPÍTULO 4 Momento Demográfico 132

POPULAÇÃO E ECONOMIA População a muito tempo


Executar 133
CRESCIMENTO 82
CAIXA: Quantas pessoas a Terra pode suportar?
4.1 População e Produção a Longo 134

Prazo 84 5.2 As Consequências Econômicas


População no Longo Prazo 84
de Mudança Demográfica 136
O Modelo Malthusiano 85
A desaceleração da população
CAIXA: O Poder da População 85 Crescimento 136
O colapso do malthusiano
Envelhecimento da População 138
Modelo 90
Redesenhando o Mapa do Mundo 143
4.2 Crescimento Populacional no CAIXA: Em busca do ouro 145
Modelo Solow 93
5.3 Conclusão 146
Crescimento Populacional e Capital
Diluição 93

Uma Análise Quantitativa 95 CAPÍTULO 6

4.3 Explicando o crescimento CAPITAL HUMANO 150


populacional 97
6.1 Capital Humano em Forma de
Transição de mortalidade 98 Saúde 151
Transição de Fertilidade 100 O efeito das diferenças de saúde sobre
A interação da fertilidade e Renda 151
Mortalidade 102
Modelando a Interação da Saúde
e Renda 154
4.4 Explicando a Transição
de Fertilidade 105 CAIXA: Saúde e Renda Per Capita: Dois
Visualizações 156
Fertilidade Reduzida: Os Meios 105

CAIXA: Programas de planejamento familiar e seus 6.2 Capital Humano na Forma de


Efeitos 108 Educação 158
Fertilidade Reduzida: Os Motivos 109 Mudanças no Nível de Educação 159

4.5 Conclusão 113 CAIXA: Os Efeitos Econômicos da Malária 160

Educação e Salários 161


APÊNDICE A Descrição Mais Formal do Total
Participação do Capital Humano nos Salários 163
Taxa de Fertilidade, Expectativa de Vida e Taxa Líquida
de Reprodução 117 BOX: O College Premium nos Estados Unidos
Estados 164

CAPÍTULO 5 6.3 Quanto da variação da renda


entre os países a educação
POPULAÇÃO FUTURA
TENDÊNCIAS 121
explica? 169
Uma análise quantitativa do impacto das
5.1 Previsão da População 122 diferenças de escolaridade entre
Países 169
Previsão de mortalidade 124

Previsão de Fertilidade 125 6.4 Conclusão 176


CAIXA: AIDS na África 126
CAIXA: A Perfeição Humana e o Crescimento
CAIXA: O Efeito Tempo 129 Desaceleração 177
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CONTEÚDO vii

CAPÍTULO 7 8.4 Barreiras à Tecnologia Internacional


MEDIÇÃO DA PRODUTIVIDADE 179 Transferência 223

Tecnologia Apropriada 224


7.1 Produtividade na Função de
Produção 180 Conhecimento Tácito 227
CAIXA: Progresso Tecnológico Incorporado e
7.2 Diferenças no Nível de Saltando 228

Produtividade entre os Países 182 8.5 Conclusão 229


Medindo as Diferenças de Produtividade entre os
Países 183 APÊNDICE MATEMÁTICO Incorporando
Progresso Tecnológico no Modelo Solow 233
A Contribuição da Produtividade para as Diferenças
de Renda entre os Países 187
CAPÍTULO 9
CAIXA: Problemas com a medição de capital - e suas
implicações para medir a produtividade 188 A PONTA DE CORTE DE
7.3 Diferenças na Taxa de Crescimento de TECNOLOGIA 238
Produtividade entre os países 192
9.1 O Ritmo da Mudança
Medindo o Crescimento da Produtividade dos Países 192
Tecnológica 239
A Contribuição da Produtividade para o Crescimento
Diferenças entre os países 194 Progresso tecnológico antes do dia 18
Século 239
7.4 Conclusão 196
CAIXA: Alguns marcos da tecnologia
CAIXA: Um Conto de Duas Cidades 197 Progresso 240
A Revolução Industrial 243

CAPÍTULO 8 O Progresso Tecnológico desde a Indústria


Revolução 246
O PAPEL DA TECNOLOGIA
EM CRESCIMENTO 201 9.2 A Função de Produção de
Tecnologia 248
8.1 A Natureza do Progresso CAIXA: Tecnologias de Uso Geral 249
Tecnológico 202 A Relação entre o Nível de Tecnologia e a Velocidade do
Criação de Tecnologia 202 Progresso Tecnológico 250

Transferência de Tecnologia 203 CAIXA: Ciência e Tecnologia 251

Determinantes dos Gastos com P&D 204 Retornos decrescentes de escala em tecnologia
Produção 252
8.2 Patentes e Outras Formas
Implicações para o Futuro do Progresso Tecnológico
de Proteção à Propriedade 253
Intelectual 206 BOX: Onde está a vanguarda da
tecnologia? 254
Problemas com o Sistema de Patentes 208
Alternativas às Patentes 210 9.3 Progresso Tecnológico
Diferencial 256
8.3 Modelando o Relacionamento
Progresso Tecnológico Diferencial: Dois Exemplos Teóricos
entre Criação de Tecnologia e
257
Crescimento 211
Progresso Tecnológico no Mundo Real: Bens versus
Modelo 211 de um país Serviços 258

Modelo 215 de dois países Progresso tecnológico no mundo real:


CAIXA: Tecnologia Internacional Tecnologia da Informação 259
Transferência 216 CAIXA: Prevendo o Progresso Tecnológico 260
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viii CONTEÚDO

9.4 Conclusão 262 11.3 Abertura e Acumulação


APÊNDICE MATEMÁTICO Uma Versão Melhorada da Função de
de Fator 311
Produção de Tecnologia 266 Crescimento com Mobilidade de Capital 312

Avaliando o Fluxo de Capital Livre


CAPÍTULO 10 Modelo 314

EFICIÊNCIA 268
11.4 Abertura e Produtividade 316
10.1 Decompondo a Produtividade em Comércio como uma forma de tecnologia 317
CAIXA: A Ascensão e Queda do Consolidado
Tecnologia e Eficiência 269
Alquimia 318
Analisando Dados Entre Países 270
Abertura e tecnologia
10.2 Diferenças na Eficiência: Progresso 319
Estudos de Caso 273 Abertura e Eficiência 320

Planejamento Central na União Soviética 273


Têxteis em 1910 274
11.5 Oposição à Abertura 322
CAIXA: Anti-Globalização 324
Diferenças de produtividade dentro de uma indústria 276

Mineração de Carvão Subsuperficial nos Estados 11.6 Conclusão 326


Unidos, 1949–1994 278

10.3 Tipos de Ineficiência 280 CAPÍTULO 12


Atividades Improdutivas 280 GOVERNO 330
Recursos ociosos 281

Má Alocação de Fatores entre Setores 282 12.1 Definindo o Papel Adequado do


Má Alocação de Fatores entre as Empresas 288 Governo na Economia 333
O Caso da Intervenção do Governo na Economia
Bloqueio de Tecnologia 289
333
CAIXA: Finanças e Crescimento 290
O Caso Contra a Intervenção do Governo
10.4 Conclusão 294 na Economia 335

Balanços do Pêndulo 336


CAPÍTULO 11
12.2 Como o Governo Afeta o
CRESCIMENTO EM ABERTO Crescimento 337
ECONOMIA 298 Estado de Direito 337

Tributação, Eficiência e o Tamanho da


11.1 Autarquia versus Abertura 298 Governo 339
Medindo a produção em uma economia aberta 300
Planejamento e Outros Industriais
Globalização: Os Fatos 300 Políticas 343
Globalização: As Causas 302 CAIXA: O Outro Caminho 344
CAIXA: Tarifas, Quotas e Outros Comércios CAIXA: Planejamento nem sempre é um fracasso 345
Restrições 305
Conflito Civil 346

11.2 O Efeito da Abertura no


Crescimento Econômico 306 12.3 Por que os governos fazem coisas que
São Ruins para o Crescimento 348
Crescimento em Aberto versus Fechado
Algum Outro Objetivo 348
Economias 307

Como as mudanças na abertura afetam Corrupção e Cleptocracia 349


Crescimento 308 Autopreservação 350

O efeito das barreiras geográficas para CAIXA: Regulamento do Governo: Mão amiga ou mão
Comércio 310 agarrada? 352
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CONTEÚDO ix

12.4 Por que os países pobres têm problemas Poupar para o Futuro 403

Governos 353 Confiança 404

CAIXA: O que as multas de estacionamento dizem sobre a Cultura 405


Causação que vai da Renda ao Governo
Qualidade 354 CAIXA: Armadilhas das Explicações Culturais para a Economia
Crescimento 407
CAIXA: Democracia e Crescimento Econômico 356
Capital Social 408
Causação que vai da Qualidade do Governo a
Renda 358 CAIXA: Importância do Capital Social na Vila
Nível 410
12.5 Conclusão 359 Capacidade Social 411
CAIXA: Mudanças na Cultura Apropriada 414

CAPÍTULO 13 14.2 O que determina a cultura? 416


DESIGUALDADE DE RENDA 363 Clima e Recursos Naturais 416

Homogeneidade Cultural e Capital Social 417


13.1 Desigualdade de Renda:
Densidade Populacional e Capacidade Social 420
Os Fatos 364
Usando o coeficiente de Gini para medir a renda 14.3 Mudança Cultural 422
Desigualdade 365
CAIXA: Determinantes da Cooperação: Um
A Hipótese de Kuznets 368 Abordagem Experimental 423
CAIXA: O crescimento é bom para os pobres? 371 Crescimento Econômico e Mudança Cultural 424
Política Governamental e Mudança Cultural 425
13.2 Fontes de Desigualdade de Renda 373
Mídia e Mudança Cultural 427
Explicando o recente aumento da renda
Desigualdade 378 14.4 Conclusão 428

13.3 Efeito da Desigualdade de Renda no


Crescimento Econômico 380 CAPÍTULO 15
Efeito sobre o Acumulação de Físicos GEOGRAFIA, CLIMA E
Capital 380
Efeito sobre a acumulação de seres humanos
RECURSOS NATURAIS 432
Capital 381
15.1 Geografia 433
Desigualdade de Renda, Redistribuição de Renda e Localização, Comércio e Crescimento 434
Eficiência 384
CAIXA: Armas, Germes e Geografia 436
Agitação sociopolítica em resposta à renda
Desigualdade 388 Concentração Geográfica e Derramamentos 438

Evidência Empírica 389 Efeito da Geografia no Governo 438

15.2 Clima 442


13.4 Além da Distribuição de Renda:
Clima e Produtividade Agrícola 444
Mobilidade Econômica 392
Clima e Doença 446
13.5 Conclusão 396 Clima e Esforço Humano 449

15.3 Recursos Naturais 450


CAPÍTULO 14
A Relação entre os Recursos Naturais
CULTURA 399 e Crescimento 450

Explicações para a Maldição dos Recursos 453


14.1 O Efeito da Cultura no Crescimento
Econômico 400 15.4 Conclusão 458
Abertura a Novas Ideias 400 CAIXA: Recursos e Desenvolvimento Industrial Inicial:
Trabalho Duro 402 O Caso do Carvão 460
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x CONTEÚDO

CAPÍTULO 16 CAPÍTULO 17

RECURSOS E O O QUE APRENDAMOS


MEIO AMBIENTE NO GLOBAL E ONDE ESTAMOS
NÍVEL 463 TÍTULO 503
16.1 Conceitos de Recursos Naturais 464 17.1 O que Aprendemos 503
Recursos Não Renováveis 464 Acumulação de Fator 503

Recursos Renováveis 467 Produtividade 504

Direitos de Propriedade sobre Recursos 469 Fundamentos 506


Recursos e Produção 471
17.2 O que o futuro reserva 507
16.2 Incorporando Recursos Naturais na CAIXA: O crescimento nos fará
Análise do Crescimento Econômico felizes? 508
473 O que acontecerá com a distribuição
de renda mundial? 511
CAIXA: Desastres de Recursos 474
O progresso tecnológico continuará em ritmo
Revisão das Contas Nacionais 476
acelerado? 511
Preços de Recursos 478
Qual é o futuro da demografia
CAIXA: A Aposta 482
mundial? 512
Por que as limitações de recursos não impedem
A Integração Econômica Global
Crescimento Econômico 482
Continuar? 512
CAIXA: Tecnologias de Economia de Recursos 486
Será Escassez de Recursos Naturais
16.3 Crescimento e Meio Ambiente 486 Restringir o crescimento econômico? 513

A Curva Ambiental de Kuznets 488 17.3 Um Pensamento Final 513


CAIXA: A Curva Ambiental de Kuznets em
Londres 490 Referências 514
Aquecimento Global 492
Glossário 530
16.4 Conclusão 496
Índice 536
APÊNDICE Melhoria Tecnológica versus
Esgotamento de recursos 500 Créditos 556
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PREFÁCIO

NOVIDADE PARA ESTA EDIÇÃO

A economia mundial está evoluindo rapidamente, assim como a pesquisa no campo do


crescimento econômico. Eu atualizei o livro para refletir as mudanças em ambas as dimensões.

b Houve uma atualização massiva dos dados usados ao longo do livro. Os dados sobre o
produto interno bruto (PIB) agora são da Penn World Tables, versão 7.0. O período de
análise em que me concentro nos primeiros sete capítulos do livro é agora 1975-2009 (o
período foi 1960-2000 na primeira edição e 1970-2005 na segunda edição). Dados sobre
capital humano, mobilidade, desigualdade e muitas outras variáveis foram atualizados
usando fontes novas ou mais atuais. Além disso, muitas outras séries temporais históricas
foram estendidas por anos adicionais.

b O material sobre ensaios clínicos randomizados (ECRs) foi inserido sistematicamente


ao longo do livro, começando com uma discussão de ECRs no contexto de inferência no
Capítulo 2 e depois seguido com exemplos do uso de ECRs em pesquisa nos Capítulos
4 e 6 , bem como a discussão de ECRs em vários problemas de final de capítulo.

b Uma nova seção (no Capítulo 12) discute a violência civil e sua relação com
crescimento.

b Uma nova seção (no Capítulo 8) examina patentes e outras formas de proteção à
propriedade intelectual.

b A discussão do paradoxo de Easterlin (Capítulo 17) foi completamente


revisado para refletir as conclusões de novas pesquisas.

b Novos dados foram adicionados sobre mobilidade intergeracional nos Estados Unidos,
comparações de mobilidade entre países e diferentes percepções de mobilidade.

b Novas pesquisas sobre o papel da mídia em afetar o capital social e as atitudes culturais
em relação à fertilidade e às mulheres são apresentadas no Capítulo 14.

b Novo material foi adicionado sobre bancos estatais, pico do petróleo, preços de recursos
naturais, como a correlação da produtividade da empresa com o tamanho varia entre os
países e a Iniciativa de Transparência das Indústrias Extrativas, bem como um novo
número sobre as temperaturas globais.

XI
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xii PREFÁCIO

Além dessas adições maiores, há dezenas de outros lugares ao longo do livro onde novas
descobertas de pesquisa são trazidas como parte da narrativa. Inúmeros bits de informação
que aparecem ao longo do texto foram atualizados. Eventos recentes, como a grande recessão
do final dos anos 2000, também foram incorporados.

CRESCIMENTO ECONÔMICO COMO CAMPO DE ESTUDO

O crescimento econômico é um tema atraente. Você não pode ler o jornal ou viajar para outras
partes do mundo sem se perguntar por que as diferenças nos padrões de vida entre os países
são tão grandes. Você não pode deixar de se maravilhar com a forma como mais de um bilhão
de pessoas na China estão saindo da pobreza em uma geração, enquanto a renda de centenas
de milhões de outras pessoas em outras partes do mundo estagnou.
É impossível não imaginar se nossos netos serão tão ricos comparados a nós quanto somos
comparados aos nossos avós.
Os economistas vêm pensando nessas questões há muito tempo. O enigma de por que
alguns países são economicamente mais bem-sucedidos do que outros está bem aí no título de
Adam Smith's Inquiry into the Nature and Causes of the Wealth of Nations
(1776). As questões de por que alguns países são ricos e outros pobres, e por que alguns
países crescem rapidamente e outros lentamente, nunca desapareceram como parte da
investigação econômica, mas no período posterior à Segunda Guerra Mundial, elas foram
divididas em vários campos diferentes. A teoria formal do crescimento econômico tornou-se
parte da macroeconomia; o estudo dos países pobres tornou-se o campo do desenvolvimento
econômico; o crescimento da produtividade fazia parte da organização industrial; e o estudo de
como os países atualmente ricos chegaram a ser assim foi incluído na história econômica.
Nas últimas três décadas, o crescimento econômico ressurgiu como um campo
independente. Para ver a rapidez com que o campo se expandiu, observe a figura na página
xiii, que mostra com que frequência a expressão crescimento econômico apareceu nos títulos
ou resumos de artigos de periódicos na base de dados Econlit de 1981 a 2010. Durante esse
período, o frequência aumentou seis vezes. Esse aumento no número de artigos de periódicos
foi acompanhado pelo aumento de cursos de pós-graduação sobre o tema e pelo aumento do
número de pesquisadores que atuam na área. Uma geração de Ph.D. os economistas agora
trabalham com o crescimento econômico como um campo por si só, e não como uma parte de algum outr
A fusão de linhas díspares de pesquisa em um único campo de crescimento econômico foi
um dos desenvolvimentos intelectuais mais empolgantes da economia nas últimas três décadas.
Mas houve mais do que um rearranjo da carga intelectual. Novas ferramentas teóricas, novos
dados e novos insights foram trazidos para responder às velhas questões de por que alguns
países são mais ricos do que outros e por que alguns países crescem mais rapidamente do que
outros. De particular importância tem sido a aplicação de novos dados que dão corpo empírico
a um esqueleto construído de teorias antigas e novas.
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PREFÁCIO xiii

Frequência da frase “Crescimento Econômico” em Títulos ou Resumos de Artigos de Periódicos

35

30
Artigos

25

20
Ocorrências
Diários
1.000
por

15

10

0
1981–1985 1986–1990 1991–1995 1996–2000 2001–2005 2006–2010
Período de tempo

OBJETIVOS E PÚBLICO DESTINADO


Este livro é minha tentativa de sintetizar a literatura florescente sobre crescimento econômico.
Pesquisas recentes produziram uma grande quantidade de novos exemplos, conjuntos de
dados e perspectivas analíticas. A organização desse novo material em uma estrutura
intelectual coerente não apenas facilita a assimilação dos alunos, mas também sugere novos
caminhos para pesquisas futuras.
Além de sintetizar uma vasta literatura, procurei apresentar pesquisas sobre crescimento
econômico de uma forma facilmente acessível a um público amplo. O livro não exige mais do
que um curso de princípios de economia e não usa cálculo no corpo principal do texto.
(Entretanto, os apêndices dos capítulos matemáticos e uma série de módulos avançados
disponíveis para download no site permitem uma apresentação mais rigorosa para os
professores mais inclinados.) O livro é ideal para os seguintes cursos:

b Um curso de graduação em crescimento econômico Muitos docentes cuja pesquisa


se concentra no crescimento não conseguiram ministrar um curso de graduação em
sua área de interesse porque relutam em realizar todo o trabalho necessário para
traduzir pesquisas de nível profissional para um público de graduação . Agora eles
podem.

b Um Curso de Graduação em Desenvolvimento Econômico Muitos economistas do


desenvolvimento descobrirão que este livro se encaixa perfeitamente com sua perspectiva,
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xiv PREFÁCIO

incluindo modelos padrão e resultados que são extraídos de conjuntos de dados


microeconômicos de um único país. De fato, esse tipo de economista do desenvolvimento
pode achar que o livro atual corresponde melhor à sua perspectiva do que livros didáticos
que têm “Desenvolvimento Econômico” em seus títulos. Esta terceira edição do livro se
aproxima da tendência atual na economia do desenvolvimento, integrando a discussão
de ensaios controlados aleatórios e experimentos naturais no texto.

b Macroeconomia Avançada Os macroeconomistas podem querer usar o livro como


parte de um curso de Macroeconomia Avançada que abrangeria crescimento, bem como
outros tópicos de pesquisa em macroeconomia.

b Econometria Aplicada O livro, juntamente com o conjunto de dados on-line e os


extensos Exercícios de Laboratório on-line de Ann Owen do Hamilton College, podem
ser usados como base para um curso de Econometria Aplicada usando Stata ou Excel.

b Estudos de Desenvolvimento, Políticas de Desenvolvimento ou Políticas Públicas


Com suplementos adequados, o livro é apropriado como parte de um curso mais amplo
em estudos de desenvolvimento, políticas de desenvolvimento ou políticas públicas em
nível de graduação ou mestrado.

b Ph.D. Cursos Para cursos de nível de doutorado em crescimento econômico,


desenvolvimento econômico e macroeconomia, este livro pode servir como uma
introdução rápida e ampla à literatura e questões-chave. Ele também fornece uma
estrutura coerente na qual alunos e professores podem localizar suas próprias pesquisas.

CONTEÚDO E ORGANIZAÇÃO

Seguindo os dois capítulos introdutórios da primeira parte, que descrevem os fatos a serem
explicados e definem a abordagem do livro, há três partes substantivas:

b Acumulação de Fator (Capítulos 3-6)


Esses capítulos examinam capital físico, capital humano (incluindo educação e saúde) e
crescimento populacional e exploram o grau em que a variação de renda entre países
pode ser explicada por variações na acumulação de fatores, bem como os determinantes
da própria acumulação de fatores. Eles enfatizam fortemente a análise quantitativa do
papel dos fatores de produção na determinação da produção.

b Produtividade (Capítulos 7–11)


Esses capítulos começam com um exercício de contabilidade do desenvolvimento no
Capítulo 7, mostrando a importância das variações no nível e na taxa de crescimento da
produtividade para explicar as diferenças entre os países no nível e na taxa de
crescimento da renda. Os capítulos 8 e 9 analisam a tecnologia, a primeira parecendo
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PREFÁCIO xv

principalmente nas diferenças entre os países no nível de tecnologia e este último


focando os determinantes do progresso na vanguarda da tecnologia.
Os dois últimos capítulos, 10 e 11, examinam como as instituições e a abertura à
economia mundial afetam a eficiência com que a economia opera.

b Fundamentos (Capítulos 12–16)


Esses cinco capítulos investigam os determinantes mais profundos que
fundamentam as diferenças na acumulação de fatores e produtividade entre os
países. Estão incluídos aqui governo, desigualdade de renda, cultura, geografia,
clima e recursos naturais.

Essa abordagem de começar com os determinantes próximos da variação da renda


e depois investigar quais fatores mais profundos explicam esses determinantes próximos
permite que os alunos assimilem uma boa quantidade de informações e análises,
mantendo uma estrutura clara em suas mentes. A abordagem também (não por
coincidência) replica a maneira como o campo do crescimento econômico evoluiu nos
últimos 30 anos: os economistas do crescimento mudaram seu foco da acumulação de
fatores para a tecnologia, para os aspectos não tecnológicos da produtividade e,
finalmente, para a busca de fatores mais profundos. que estão subjacentes a todos os
determinantes mais próximos do crescimento.

CONTEÚDOS ALTERNATIVOS

Os professores interessados nos aspectos mais formais da teoria do crescimento podem


pular alguns ou todos os capítulos sobre fundamentos no último terço do livro.
Eles também podem querer se concentrar mais nos apêndices dos capítulos, bem como
nos módulos matemáticos mais avançados disponíveis no site.
Os professores com interesse particular em política de desenvolvimento acharão os
capítulos de Fundamentos do livro, juntamente com componentes dos capítulos de
Produtividade (particularmente os Capítulos 10 e 11, respectivamente, sobre eficiência
e abertura) os mais importantes. Eles podem querer cobrir os Capítulos 3 e 7–9 rapidamente.
Os professores que desejam recortar material técnico podem eliminar um ou ambos
os seguintes blocos de material sem comprometer a estrutura do livro como um todo: (1)
o modelo de Solow e suas implicações quantitativas: todos os Capítulos 3 e 7, juntamente
com a Seção 4.2, a primeira parte da Seção 5.2 e a Seção 6.3; (2) modelos formais de
progresso tecnológico e transbordamentos: Seção 8.3 e todo o Capítulo 9.

O Capítulo 5, sobre as tendências futuras da população, é bastante independente e


pode ser ignorado sem perda de continuidade. O Capítulo 16, sobre recursos e meio
ambiente em nível mundial, também é um capítulo independente e pode ser omitido.

Muitos professores podem querer proceder devagar, dando a seus alunos


indicações empíricas usando o recurso de análise de dados no site e os exercícios de
laboratório de Ann Owen, bem como as muitas fontes de dados com links no site.
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xvi PREFÁCIO

CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS

b Rich Data Dados de uma grande variedade de países, sobre atributos que vão da
fertilidade desejada ao ambiente da doença, do estado de direito à desigualdade de
renda, são usados para motivar e ilustrar os modelos apresentados no livro. Além
disso, é feito uso extensivo de resultados obtidos a partir de dados de domicílios e
vilarejos, incluindo ensaios randomizados e experimentos naturais.

b Estrutura teórica robusta Uma estrutura teórica simples, porém robusta, ajuda os
alunos a conceituar como os diferentes fatores que afetam o crescimento se encaixam
como parte da história geral.

b Orientação Quantitativa Ao longo do texto, os alunos aprendem como ir além do


pensamento: “X afeta o crescimento?” perguntar: “Quanto x
afetar o crescimento?”

b Conteúdo atualizado O texto inclui as pesquisas mais recentes neste campo em


rápido desenvolvimento. Os dados nas tabelas e figuras são os mais recentes
disponíveis.

AJUDA PEDAGÓGICA
b O capítulo 2 apresenta a estrutura do livro na forma de uma parábola vívida.
As introduções dos capítulos lembram aos alunos a organização geral do livro.

b Numerosas caixas de tópicos especiais em cada capítulo apresentam exemplos


independentes ou discussões de pesquisa.

b Vários apêndices de capítulos matemáticos fornecem derivações mais rigorosas


ções e extensões do material do livro.

b Cada capítulo termina com termos-chave, perguntas para revisão e problemas.


Ícones especiais na margem identificam problemas que requerem um computador ou
calculadora e aqueles que requerem cálculo .

b Um glossário no final do livro define todos os termos-chave e fornece referências de


página úteis.

RECURSOS ADICIONAIS DISPONÍVEIS ONLINE


O site que acompanha este livro, www.pearsonhighered.com/weil, tem vários recursos para
enriquecer a experiência dos alunos no curso. Esses recursos incluem um Data Plotter,
exercícios de laboratório escritos por Ann Owen do Hamilton College, leituras adicionais, links
da Web e slides do PowerPoint contendo todas as figuras e tabelas no texto.
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PREFÁCIO xvii

Apenas para instrutores, um Manual de Soluções do Instrutor on-line acompanha o texto. Escrito pelo
autor David N. Weil, o Manual de Soluções do Instrutor online
contém as soluções para todos os problemas do texto. Esta nova edição do manual
do instrutor incluirá problemas adicionais para os professores atribuirem, bem como
suas soluções. Ele está disponível para download no Instructor's Resource Center,
www.pearsonhighered.com/irc.

AGRADECIMENTOS
Tive muita ajuda para escrever este livro. Colegas da Brown, notadamente Oded Galor, Peter Howitt, Ross
Levine, Louis Putterman, Herschel Grossman, Enrico Spolaore, Vernon Henderson, Andrew Foster, Toby
Page e Susan Short, foram generosos com seu tempo e discernimento. Também recebi contribuições
extremamente úteis de colegas de outros lugares, incluindo Victor Lavy, Joram Mayshar, Omer Moav e Avi
Simchon (todos da Universidade Hebraica), Philippe Aghion (Universidade de Harvard), Elise Brezis
(Universidade Bar Ilan), Yaakov Khazanov (Ben Gurion University), Jong-Wha Lee (Korea University), Kevin
O'Rourke (Trinity College, Dublin), Steve Parente (Universidade de Illinois), Michael Spagat (Royal Holloway
University of London), Joakim Stymne e Chris Weber (Seattle University) ). Greg Mankiw me ensinou como
fazer pesquisa econômica e serviu de modelo para a redação de livros didáticos. Várias gerações de
estudantes de pós-graduação Brown foram convocados como assistentes de pesquisa, revisores ou ambos,
incluindo Areendam Chanda, Sebnem Kalemli-Ozcan, James Feyrer, Lennart Erickson, Michal Jerzmanowski,
Phil Garner, Chad Demarest, Jeff Brown, Malhar Nabar, Adrienne Lucas, Doug Park, Alaka Holla, Ishani
Tewari, Joshua Wilde, Isabel Tecu, Momotazur Rahman e Adam Storeygard. Beneficiei-me do trabalho de
uma série de assistentes de pesquisa de graduação, incluindo Thomas Benson, Susan Gunasti, Nick Advani,
Saranga Sangakkara, Nathan Marcus, Khang Nguyen, Gauri Kartini Shastry, Ameya Balsekar, Jessica
Yonzon, Jeffrey Kang e Mary Bryce Millet. Estudantes das universidades Brown, Harvard e Hebraica tiveram
o prazer duvidoso de me ver ensinar este material a partir dos primeiros rascunhos. Ao montar a terceira
edição, fui auxiliado pela equipe superlativa de Fatima Aqeel, Martin Fiszbein, Evan Friedman e Daniel Prinz.

Também recebi contribuições cruciais dos seguintes revisores, que forneceram informações detalhadas
comentários:

Daron Acemoglu, Instituto de Tecnologia de Massachusetts


Marcellus Andrews, Universidade de Columbia
Susanto Basu, Boston College
Charles Bischoff, Universidade de Binghamton
Henning Bohn, Universidade da Califórnia, Santa Bárbara
Patrick Coe, Universidade de Carleton
Steve Colt, Universidade do Alasca, Anchorage
Brad DeLong, Universidade da Califórnia, Berkeley
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xviii PREFÁCIO

Eric Fisher, California Polytechnic State University Terry


Fitzgerald, Federal Reserve Bank of Minneapolis Gerhard Glomm,
Indiana University Jonathan Haughton, Suffolk University Harvey
James, University of Missouri, Columbia Louis D. Johnston, College
of Saint Benedict, St. John's University Barry Jones, Binghamton
University Garett Jones, George Mason University John Keating, University of
Kansas Louise Keely, University of Wisconsin, Madison Peter Klenow, Stanford
University Steve Knack, Banco Mundial Gregory A. Krohn, Bucknell University Jong-
Wha Lee, Korea University Ross Levine, Universidade da Califórnia, Berkeley
Bernard Malamud, Universidade de Nevada, Las Vegas Jenny Minier, Universidade
de Kentucky Olivier Morand, Universidade de Connecticut, Storrs Malhar Nabar,
Wellesley College Ann Owen, Hamilton College Chris Papageorgiou, Fundo
Monetário Internacional Pietro Peretto, Duke University Diego Restuccia,
Universidade de Toronto James Robinson, Universidade de Harvard David Romer,
Universidade da Califórnia, Berkeley William Seyfried, Rollins College Peter Solar,
Vesalius College Kevin Sylwester, Southern Illinois University, Carbondale Robert
Tamura, Clemson University John Tang, Australia National University Jonathan
Temple, University of Bristol Akila Weerapana, Wellesley College Larry Westphal,
Swarthmore College Mark Wright, Universidade da Califórnia, Los Angeles Randall
Wright, Universidade de Wisconsin Darrell Young, Universidade do Texas, Austin
Lester A. Zeager, Universidade da Carolina do Leste

Além dessas pessoas específicas que forneceram contribuições diretas, também tenho uma dívida
geral de gratidão para com o grande grupo de acadêmicos que trabalham com o crescimento. Nos últimos
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PREFÁCIO xix

25 anos, tive o privilégio de fazer minha pesquisa em uma área onde (como Alfred
Marshall escreveu) “bom trabalho é devidamente apreciado, invenção e melhorias…
têm seus méritos prontamente discutidos: se um homem inicia uma nova ideia, ela é
adotada por outros e combinada com sugestões próprias; e assim torna-se a fonte de
novas ideias”. Muitas das idéias apresentadas neste livro são destiladas da névoa
informal que circula no ar de conferências e seminários. O National Bureau of
Economic Research merece menção especial como o local de tantos encontros
esclarecedores.
Também sou grato a vários professores (e seus alunos) que usaram
entusiasticamente rascunhos do manuscrito como base para seus cursos. A reação
daqueles que estão ensinando e aprendendo ativamente com o material forneceu
informações únicas “das trincheiras” que me ajudaram a melhorar a apresentação de várias maneiras.
Agradeço a Shankha Chakraborty (Universidade de Oregon), Patrick Coe (Carleton
University), Terry Fitzgerald (Federal Reserve Bank of Minneapolis), Barry Jones
(Binghamton University), Ann Owen (Hamilton College), Peter Solar (Vesalius College)
e Robert Tamura (Universidade Clemson).
Trabalhar com o pessoal da minha editora tem sido uma ótima experiência.
Continuo a ser grato àqueles que trabalharam comigo na primeira edição.
Muito obrigado às minhas editoras Sylvia Mallory e Jane Tufts, Denise Clinton, Nancy
Fenton na produção, Gina Hagen Kolenda pelo design, Melissa Honig pelo site e
Heather Johnson da Elm Street Publishing Services.
Para a segunda edição, havia outra grande equipe liderada pelo meu editor Noel
Seibert. Kathryn Dinovo supervisionou o processo de produção naquela época, Emily
Friel, da Elm Street Publishing Services, deu à segunda edição um design maravilhoso,
e Kim Nichols, da Elm Street Publishing Services, cuidou das tarefas de produção.
Para a terceira edição, gostaria de agradecer a Lindsey Loan, minha gerente de
projeto editorial, e Kathryn Dinovo por sua gestão do processo de produção. Também
gostaria de agradecer a Kristin Jobe da Integra (antiga Elm Street Publishing Services).

Meus mais profundos agradecimentos vão para minha esposa e colega, Rachel
Friedberg. Foi Rachel quem primeiro me encorajou a produzir algo além do padrão
dos artigos de periódicos. Ela contribuiu em todas as etapas deste projeto, mas os
leitores do livro devem agradecê-la especialmente pelas páginas de técnica vistosa e
desvios inúteis que não vêem como resultado de seus comentários. Mais importante
do meu ponto de vista, Rachel construiu comigo um casamento e um lar felizes e
também deu à luz nossos três filhos durante os cinco anos que levei para gestar este
livro.
–DNW
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SOBRE O AUTOR

Economia da Brown University e pesquisador associado da


DavidNational
N. Weil é o Professor
Bureau James ee Merryl
of Economic Research Brown's Tisch de
Population
Studies and Training Center. Ele recebeu seu BA em História de
Brown em 1982 e seu Ph.D. em Economia pela Harvard em 1990. Ele
escreveu amplamente sobre vários aspectos do crescimento econômico,
incluindo empíricos entre países, acumulação de capital humano e físico,
tecnologia apropriada, fertilidade, migração, formação de hábitos, saúde
e o uso de dados de satélite para medir a renda, bem como sobre tais
tópicos de não crescimento como economia demográfica, previdência
social, política monetária e alocação de carteiras. Ele ocupou cargos de professor
visitante na Universidade de Harvard e na Universidade Hebraica. Ele é coeditor do
Journal of Development Economics e codiretor do projeto NBER sobre as Causas
dos Sucessos do Desenvolvimento Africano.

xx
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PIB por ca
OCEANO ÁRTICO

Groenlândia

Islândia

Canadá
Irlanda

NORTE NORTE
Estados Unidos Portugal
Sp
PACÍFICO ATLÂNTICO

OCEANO OCEANO Marrocos

Golfo do México
México Cuba Haiti
Ocidental
ilhas havaianas Saara
República Dominicana
Porto Rico Mauritânia
Belize Cabo Verde Senegal M
Jamaica
Honduras
Guatemala Guiana Bu
Gâmbia
El Salvador Suriname
Guiné-Bissau
Nicarágua Guiana Francesa Guiné
Costa Rica Venezuela
Serra Leoa
Panamá
Colômbia Libéria
Costa do Marfim
Equador Gana para

SUL Brasil SUL


Peru
PACÍFICO ATLÂNTICO
Bolívia
OCEANO OCEANO
Paraguai
Chile

Argentina

Uruguai

PIB per capita superior a US$ 20.000

PIB per capita superior a US$ 10.000 e inferior a US$ 20.000

PIB per capita superior a US$ 5.000 e inferior a US$ 10.000

UMA
PIB per capita superior a US$ 2.500 e inferior a US$ 5.000

PIB per capita superior a US$ 1.250 e inferior a US$ 2.500

PIB per capita inferior a US$ 1.250

Faltam dados
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pita em 2009
OCEANO ÁRTICO

Estônia
Federação Russa
Letônia
Dinamarca Lituânia
Neth.
Polônia Bielorrússia
Alemanha
Ucrânia
Áustria Moldávia
Cazaquistão
Suíça.
Romênia Mongólia
rança Itália
Bulgária Uzbequistão Norte
Rep. Quirguiz. Coréia
Grécia
Mediterrâneo Peru Turcomenistão Tajiquistão Sul
Mar Afeganistão Coréia
Líbano Síria China
Tunísia Irã
Israel Iraque Japão
Kuwait
Butão Bangladesh
géria Jordânia Paquistão Nepal NORTE
Líbia saudita Hong Kong
PACÍFICO
Arábia Macau
Egito Taiwan
Omã
Índia OCEANO
Mianmar Laos
Eritreia
Níger
eu

Chade Iémen Tailândia Filipinas


n/D Sudão Vietnã
Djibuti Camboja Guam
Nigéria
Rep. Etiópia Maldivas
Brunei
Centro-Africana. Somália Sri Lanka Malásia
Benin Camarões
Uganda Micronésia, Fed. Sts.
Ruanda
Quênia
Gabão
Dem. Rep.
do Congo Burundi Papua Nova Guiné
Congo Indonésia
Tanzânia Ilhas Salomão
Comores Timor-Leste
Angola Malawi
Zâmbia
Vanuatu Fiji
Zimbábue Madagáscar
INDIANO
Namíbia
Botsuana OCEANO
Austrália
Suazilândia SUL
Sul OCEANO PACÍFICO
África Lesoto

Nova Zelândia

SUL
OCEANO

tártaro
Fonte do mapa: Laboratório de Pesquisa Cartográfica,
Universidade do Alabama
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1 CAPÍTULO

OS FATOS A SEREM EXPLICADOS

Vivemos em um mundo
habitam de ricos
a terra e pobres.sob
existem Os 7uma
bilhões de pessoas
vasta gama que
de
circunstâncias. Nos países em desenvolvimento, 925 milhões de A ciência é feita de fatos, como
pessoas não têm comida suficiente para comer, 884 milhões não têm uma casa é feita de pedras. Mas um
coleção de fatos não é uma ciência
acesso a água potável e 2,5 bilhões não têm acesso a saneamento.
Cerca de 5.000 crianças menores de cinco anos morrem todos os dias mais do que um monte de pedras é
uma casa.
de doenças causadas por água contaminada. No outro extremo, entre
os países industrializados, as doenças causadas pelo excesso de —Henri Poincaré
alimentos substituíram as causadas pela falta de alimentos como um
grande problema de saúde. A expectativa de vida ao nascer é de 76 anos
entre os 2,1 bilhões de pessoas que vivem em países classificados pela
Organização das Nações Unidas (ONU) como de alto desenvolvimento humano, 69 anos
para os 3,6 bilhões de pessoas que vivem em países com desenvolvimento humano médio
e 56 anos para os 1,1 bilhões em países com baixo nível de desenvolvimento humano.1
Mesmo quando olhamos além dessas questões de vida ou morte, as diferenças nos
padrões de vida das pessoas são impressionantes. Em 2008 havia 687 carros de
passageiros para cada 1.000 pessoas na Austrália. O valor correspondente para Bangladesh foi de 2.
A África Subsaariana, com 11% da população mundial, foi responsável por 2,3% do
consumo mundial de eletricidade em 2003. Os Estados Unidos, com 4,6% da
população mundial, responderam por 26%. O quinto do mundo que vive nos países
mais ricos recebe 60% da renda mundial. O Banco Mundial estima que 1,1 bilhão
de pessoas sobrevivem com renda inferior a um dólar por dia e 2,6 bilhões vivem
com menos de dois dólares por dia.2
Essas diferenças entre os países representam um mistério. Por que alguns
países são tão ricos e outros tão pobres? Tem que ser assim? Existem fatores
que podemos apontar (e talvez mudar) que levam a essas enormes lacunas? O
gozo dos ricos depende de alguma forma do sofrimento contínuo dos pobres?

1
Nações Unidas (2010), http://www.wfp.org/hunger; http://www.unicef.org/wash/, http://www.unicef.org/wash/,
http://www.unep.org/Documents.Multilingual/Default.asp?DocumentID=617&ArticleID=6505&l= pt.
2
Nações Unidas (2006).
1
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2 CAPÍTULO 1 Os fatos a serem explicados

Quando observamos como os países se desenvolveram ao longo do tempo, surge um


segundo conjunto de mistérios. Comparando os países ricos de hoje com sua própria
história, há mais uma vez uma imensa diferença nos padrões de vida. Um bebê japonês
nascido em 1880 tinha uma expectativa de vida de 35 anos; hoje a expectativa de vida no
Japão é de 83 anos. Na Grã-Bretanha, a altura média dos homens aumentou 9,1
centímetros (3,6 polegadas) entre 1775 e 1975 como resultado de uma melhor nutrição.
Em 1958, um trabalhador nos Estados Unidos que ganhasse o salário médio tinha que
trabalhar 333 horas para comprar uma geladeira; hoje um trabalhador pode ganhar o
suficiente para comprar um produto melhor em um quinto do tempo. Desde o final do
século 19, a fração de sua renda que os americanos gastam em recreação triplicou,
enquanto a fração gasta em comida caiu em dois terços.3
Este crescimento da riqueza material foi acompanhado por uma redução acentuada
na quantidade de trabalho que as pessoas têm que fazer. Nos Estados Unidos, em 1870,
a semana de trabalho média era de 61 horas, e o conceito de aposentadoria na velhice
era quase desconhecido. Hoje, a semana de trabalho média é de 34 horas, e o trabalhador
típico pode esperar uma década de lazer na aposentadoria.4
Mesmo países que hoje são relativamente pobres desfrutam de padrões de vida que,
antes dos últimos 100 anos, não tinham precedentes em nenhum lugar. Egito, Indonésia
e Brasil atualmente têm uma expectativa de vida maior do que os membros da nobreza
britânica no início do século 20. Para a maior parte da história humana, algo tão simples
como uma luz de leitura à noite era um luxo reservado aos muito ricos. Hoje, 79% da
população mundial tem acesso à eletricidade em casa.5 A fração da população mundial
com renda inferior a um dólar por dia caiu pela metade entre 1981 e 2002. Só na China, o
número de pessoas com renda de menos de um dólar por dia caiu 200 milhões durante
este período.6

Para a maior parte do mundo, o último meio século viu um aumento sem precedentes
nos padrões de vida. Nos países mais ricos, esse aumento vem acontecendo há mais de
um século, levando à impressão de que as circunstâncias econômicas devem estar
sempre melhorando. Mas qual é a origem desse crescimento?
Quando comparamos o crescimento em diferentes países, surgem mais perguntas.
Alguns países cresceram ao longo de caminhos em grande parte paralelos. Por exemplo,
a Grã-Bretanha e a França têm padrões de vida mais ou menos comparáveis há séculos.
Alguns países, como a Argentina – que era um dos países mais ricos do mundo no início
do século 20 – não conseguiram acompanhar o ritmo. Outros, como o Japão, foram por
muito tempo muito mais pobres do que os líderes mundiais, mas depois experimentaram
grandes explosões de crescimento e alcançaram. No

3
Costa (2000), Federal Reserve Bank de Dallas (1997).
4
Cox e Alm (1999).
5
Baumol e Blinder (1997), http://www.iea.org/weo/electricity.asp
6
Banco Mundial (2002).
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1.1 Diferenças no Nível de Renda entre os Países 3

Na era pós-Segunda Guerra Mundial, essas explosões de crescimento milagroso tornaram-se


cada vez mais dramáticas, com países como a Coréia do Sul fazendo a transição de indigente
para potência industrial em uma única geração. Ainda outros países ficaram até agora imunes
ao contágio do crescimento e permaneceram desesperadamente pobres. A família média
africana, por exemplo, consumiu 20% menos em 1998 do que 25 anos antes. Que diferenças
entre os países levaram a essas experiências divergentes?

Uma última questão levantada por essas observações de crescimento é: para onde tudo
isso está levando? Os países mais ricos do mundo continuarão a ficar mais ricos, de modo que
nossos netos olharão para trás com espanto para as circunstâncias primitivas em que vivemos?
Os países pobres continuarão a ficar muito atrás dos mais ricos ou as lacunas entre ricos e
pobres diminuirão? Diante do declínio dos estoques de recursos naturais, alguns observadores
argumentaram que mesmo os países mais ricos terão que reduzir seu consumo. As limitações
de recursos tornarão impossível para os quatro quintos da população mundial que ainda vivem
em relativa pobreza se recuperarem? Ou as novas tecnologias permitirão que a raça humana
deixe para trás o estado de carência que tem sido seu destino por quase toda a história?

Este livro é uma tentativa de lidar com as questões de por que os países diferem em seus
padrões de vida e por que os países ficam mais ricos ou não ficam mais ricos ao longo do
tempo. O restante deste capítulo expõe com mais detalhes o alcance dos fatos a serem
explicados. Primeiro examinamos as diferenças entre os países em seus níveis de renda e, em
seguida, examinamos as diferenças nacionais na taxa de crescimento da renda. Como veremos,
há uma estreita ligação entre essas duas medidas: os países que são ricos hoje são precisamente
aqueles que cresceram rapidamente e por mais tempo no passado.

1.1 DIFERENÇAS NO NÍVEL DE RENDA


ENTRE OS PAÍSES
Começamos examinando as diferenças de status econômico entre os países. Nosso foco será
no produto interno bruto (PIB), que é uma medida do valor de todos os bens e serviços
produzidos em um país em um ano. O PIB pode ser calculado como o valor da produção
produzida em um país ou equivalentemente como a renda total, na forma de salários, aluguéis,
juros e lucros, auferidos em um país.
O PIB é, portanto, também conhecido como produto ou renda nacional, e esses termos são
usados como sinônimos de PIB ao longo deste livro.
Usar o PIB para medir o bem-estar de um país não é isento de problemas.
Muitos aspectos do bem-estar econômico não são medidos pelo PIB, e há sérios problemas
conceituais e práticos na medição e comparação do PIB entre países ou em um único país ao
longo do tempo. Apesar dessas desvantagens, no entanto, o PIB continua sendo uma medida
aproximada do padrão de vida. Sempre que possível, nós
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4 CAPÍTULO 1 Os fatos a serem explicados

Uma família típica do Mali com seus pertences.

irá detalhar os dados sobre o PIB com outras medidas de bem-estar econômico. Ainda assim,
as diferenças entre os padrões de vida dos países são tão grandes que até mesmo uma medida
inexata as coloca em foco.
Ao comparar a renda entre os países, uma questão que enfrentamos é como lidar com
suas diferentes moedas. Da mesma forma, ao examinar a renda dentro de um único país ao
longo do tempo, enfrentamos a questão das flutuações no nível de preços. Este livro expressará
dados (PIB e outras medidas econômicas) em termos de uma unidade monetária comum –
dólares americanos para o ano de 2005. Para converter valores de outros anos e países,
usamos um conjunto de fatores artificialmente construídos chamados paridade do poder de
compra ( PPC) .7 O apêndice deste capítulo apresenta uma discussão mais ampla de como as
taxas de câmbio PPC são calculadas e como elas afetam as comparações do PIB entre os
países.
As diferenças de renda entre os países são enormes — tão grandes que podem ser difíceis
de compreender. Uma imagem útil, sugerida pelo

7
Os dados sobre as taxas de câmbio do PIB e PPC são de Heston, Summers e Aten (2011).
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1.1 Diferenças no Nível de Renda entre os Países 5

Uma típica família inglesa com seus pertences.

economista Jan Pen, é pensar nas pessoas do mundo marchando em um desfile. A


altura de cada pessoa é proporcional à renda média em seu país, com a altura média
de todos os manifestantes no desfile sendo de 1,82 metros. Você está observando o
desfile de uma arquibancada, e o desfile leva exatamente uma hora para passar por
você. Os manifestantes no desfile seguem em ritmo constante, de modo que após 15
minutos, por exemplo, um quarto das pessoas do mundo terá passado. As pessoas
marcham por ordem de altura, começando pela mais baixa.

Como é o desfile? Durante quase todo o tempo, é um desfile de anões. Os primeiros


sete minutos são compostos principalmente por países da África Subsaariana com
alturas inferiores a um pé (29 centímetros). A partir dos 13 minutos, a Índia passa,
ocupando quase 10 minutos e meio, com manifestantes de 59 centímetros de altura. A
China chega aproximadamente na marca de meia hora, com manifestantes de 55
polegadas (1,40 metros), levando 12 minutos para passar. Aos 45 minutos, vemos
manifestantes da Turquia, que têm quase exatamente a altura média mundial. Durante
os últimos 15 minutos do desfile, a altura dos manifestantes aumenta assustadoramente.
Os manifestantes de nove pés (2,78 metros) da Croácia passam aos 50 minutos e os
de 18 pés (5,51 metros) do Japão aos 52 minutos. O Japão é seguido por cerca de 3
minutos de países da Europa Ocidental nos anos 19 a
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6 CAPÍTULO 1 Os fatos a serem explicados

F PIB TOTAL VERSUS PIB PER CAPITA

se preocupam com quanto imposto pode ser arrecadado


Grandetorna
parteosdeste livro
países se preocupa
ricos. com sempre
Mas rico nem o que é e, portanto, podem se preocupar com o tamanho total
fácil de definir. Pode-se olhar para a renda total de um da renda nacional, não com a renda per capita. Da
país ou para a renda per capita. De muitas maneiras, a mesma forma, se estivermos interessados em quão
renda per capita é a medida mais natural. Os PIBs grande um exército pode ser criado, então a população
totais do México e do Canadá são aproximadamente total pode ser mais relevante do que a renda total. A
iguais (US$ 1.291 bilhões no México, US$ 1.213 bilhões Tabela 1.1 mostra os 11 principais países do mundo
no Canadá). Mas pensamos no México (PIB per capita no ano de 2009 de acordo com três medidas diferentes:
de US$ 11.629) como um país de renda média e no PIB per capita, PIB total e população.
Canadá (PIB per capita de US$ 36.209) como sendo As diferenças entre os países na renda per capita
rico. Certamente a maioria de nós preferiria viver em são mais misteriosas do que as diferenças no PIB total.
um país que fosse “rico” em termos per capita, mas Alguns países têm um PIB total alto simplesmente
“pobre” em seu nível de produção total do que em um porque têm muitas pessoas.
país que fosse “rico” no sentido de ter muitas pessoas, Mas temos muito mais dificuldade em explicar por que
cada uma com baixa renda. renda. alguns países são ricos em termos per capita e outros
Mas dependendo do que nos interessa, o PIB per não. (E, como veremos no Capítulo 4, a relação entre
capita nem sempre é a medida correta a ser usada. O a renda per capita e o tamanho da população é
governante de um país pode complexa.)

F TABELA 1.1

Os 11 principais países no ano de 2009 de acordo com três medidas diferentes

Maior PIB Maior Mais populoso


Classificação
per capita Economias Países

PIB por PIB total População


País Capital ($) País ($ trilhões) País (milhões)
1 Catar 159.469 Estados Unidos 12,62 China 1.320
2 Luxemburgo 84.525 China 10.08 Índia 1.160
3 Emirados Árabes Unidos 52.946 Japão 3,81 Estados Unidos 307
4 Bermudas 52.090 Índia 3,76 Indonésia 240
5 Macau 51.057 Alemanha 2,66 Brasil 199
6 Noruega 49.945 Reino Unido 2.07 Paquistão 181
7 Singapura 47.373 Rússia 2,05 Bangladesh 154
8 Kuwait 46.639 França 1,98 Nigéria 149
9 Brunei 46.229 Itália 1,68 Rússia 140
10 Austrália 41.304 Brasil 1,62 Japão 1,29 127
11 Estados Unidos 41.099 México México 111
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1.1 Diferenças no Nível de Renda entre os Países 7

Alcance de 24 pés (5,6 a 7,3 metros) e depois pelos Estados Unidos, a 24,8 pés (7,51
metros), o que também leva quase 3 minutos. O final do desfile é composto por alguns
países ricos industrializados (Austrália, Cingapura e Noruega), que juntos levam cerca de
15 segundos, além de um conjunto de países muito pequenos e muito ricos (incluindo
Luxemburgo, Emirados Árabes Unidos , Kuwait e Qatar) com alturas variando de 32 a 95
pés (9,7 a 29 metros), mas que passam em questão de um ou dois segundos.

A Figura 1.1 examina esses mesmos dados; na verdade, parece exatamente com o
desfile que acabamos de descrever visto à distância (para maior clareza visual, o Catar
foi excluído da imagem). O eixo vertical representa os níveis de renda per capita dos
países, e o eixo horizontal mede a fração da população mundial que passou.
A figura mostra que o nível médio mundial de renda per capita é de US$ 9.909 (isso
corresponde a um metro e oitenta no exemplo do desfile). A figura também deixa claro
como a renda é distribuída de forma desigual. Os 20% da população mundial que vivem
nos países mais ricos recebem 60% da renda mundial.

F FIGURA 1.1

O desfile da renda mundial

PIB per capita, 2009


(Dólares de 2005)

90.000

80.000

70.000

60.000

50.000

40.000

30.000
Média Mundial
$ 9.909
20.000

10.000

0
0% 20% 40% 60% 80% 100%

Percentual da população mundial que passou por

Fonte: Heston, Summers e Aten (2011).


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8 CAPÍTULO 1 Os fatos a serem explicados

Um problema com a Figura 1.1 é que, como os países mais ricos são muito mais ricos do que
o resto do mundo, a figura tende a obscurecer as diferenças entre os países mais pobres. Da
perspectiva dos Estados Unidos (PIB per capita de US$ 41.099), as diferenças entre Irã (PIB per
capita de US$ 10.624), Moldávia (US$ 2.493) e Etiópia (US$ 684) podem não parecer enormes.
Ficaríamos tentados a chamar os Estados Unidos de “ricos” e os outros três países de “pobres”.
Mas olhando mais de perto, podemos ver que, em termos de proporções, o Irã é tão mais rico que
a Moldávia (um fator de quatro) quanto mais pobre que os Estados Unidos. Da mesma forma, a
Moldávia é tão mais rica que a Etiópia (mais uma vez, um fator de quatro) quanto mais pobre que
o Irã. O que parecia um bloco monolítico de países pobres é, na verdade, mais diferente do que
semelhante.

1.2 DIFERENÇAS NA TAXA DE CRESCIMENTO DA RENDA


ENTRE OS PAÍSES
A Figura 1.1 examinou o nível de renda em diferentes países. Esses dados levantam a questão:
por que alguns países são tão mais ricos que outros? Um segundo tipo de medida que desejamos
examinar são as taxas de crescimento da renda dos países (ou seja, a rapidez com que sua renda
per capita está aumentando). O crescimento é importante porque um país que cresce mais rápido
passará para um nível mais alto de renda ao longo do tempo.

Efeito do crescimento sobre o nível de renda


A Figura 1.2 mostra o nível de renda per capita nos Estados Unidos desde 1870, o primeiro ano
para o qual existem dados confiáveis.8 A mensagem mais marcante desse gráfico é o quanto as
pessoas estão melhor hoje! O padrão se assemelha ao desfile de anões e gigantes que vemos na
comparação de renda entre países—
só que agora os cidadãos da década de 1870 são os anões, e os de hoje são os gigantes.
O PIB per capita em 2009 era 12,3 vezes maior que o PIB per capita em 1870. Esse aumento
maciço na renda é uma prova do poder do crescimento composto. A taxa média de crescimento
do PIB per capita nesse período foi de 1,8% ao ano. Tal mudança dificilmente é perceptível de um
ano para o outro. Mas agravado ao longo de 139 anos, o efeito foi dramático.

Quando analisamos os dados sobre a renda durante longos períodos de tempo, muitas vezes
é útil usar uma escala de proporção (consulte “Trabalhando com taxas de crescimento”). A Figura
1.4 usa uma escala de razão para examinar os mesmos dados que examinamos na Figura 1.2:
PIB per capita nos Estados Unidos. Na Figura 1.4, observe como o processo de crescimento
parece regular quando visto em um horizonte tão longo. As flutuações de ano para ano na produção
que ganham as manchetes dos jornais são certamente visíveis na imagem, mas o crescimento é
notavelmente previsível. Por exemplo, uma previsão feita em 1929 simplesmente traçando uma tendência

8
Madison (1995).
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1.2 Diferenças na Taxa de Crescimento da Renda entre os Países 9

F
FIGURA 1.2

PIB per capita nos Estados Unidos, 1870-2009

PIB per capita (dólares de 2005)

45.000

40.000

35.000

30.000

25.000

20.000

15.000

10.000

5.000

Ano

linha através dos dados até aquele ano estaria dentro de uma pequena margem (15%) de
previsão precisa da produção per capita 80 anos depois.
A experiência dos Estados Unidos nesse período explica a maneira como os
americanos passaram a pensar o crescimento. Os candidatos presidenciais perguntam:
“Você está melhor do que estava há quatro anos?” implicando que melhorar o tempo todo
é o estado natural das coisas. Acontece, no entanto, que a experiência de crescimento
constante e tendencioso nos Estados Unidos desde 1870 é quase única na história
mundial. Se olharmos para outros países ou para períodos mais longos, essa regularidade
desaparece.
A Figura 1.5 analisa o crescimento de longo prazo em três países — Estados Unidos,
Reino Unido e Japão — mais uma vez usando uma escala de proporção.9 Os dados
levantam vários pontos interessantes. Ao longo dos 139 anos entre 1870 e 2009, o Reino
Unido cresceu a uma taxa média de 1,5% ao ano, em comparação com 1,8% ao ano nos
Estados Unidos. Mas essa pequena diferença de crescimento teve um grande efeito ao
longo do tempo: em 1870, o Reino Unido era 31% mais rico em termos per capita do que
os Estados Unidos; em 2009, era 19% mais pobre.

9
Madison (1995).
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10 CAPÍTULO 1 Os fatos a serem explicados

F TRABALHANDO COM TAXAS DE CRESCIMENTO

Da mesma forma, se algo cresce à taxa g para n


Suponha queanos
em dois observemos alguma
adjacentes. A quantidade econômica X
taxa de crescimento anos, podemos escrever
de X é a mudança em X do primeiro ano para o n.
Xt+n = Xt * (1 + g)
segundo, dividida pelo valor de X no primeiro ano. Deixe t
designar o primeiro ano e t + 1 designar o segundo. Suponha agora que Xt e Xt+n são conhecidos.
Matematicamente, se chamamos as observações Podemos reorganizar nossa equação anterior, resolvendo
de Xt e Xt+1, a taxa de crescimento g é dada por para g para obter a taxa de crescimento média
esta equação: (tecnicamente, esta é a taxa de crescimento média
geométrica) ao longo deste tempo:
Xt+1 - Xt . 1/n
g= - 1.
Xt g = a Xt+n
Xt b
Por exemplo, se Xt = 100 e Xt+1 = 105, então a taxa Por exemplo, se observarmos Xt = 100 e
de crescimento anual é Xt+20 = 200, então a taxa média de crescimento é
105 - 100 1/20
g= = 5/100 = 0,05 = 5%.
100 -1
g = 200 100 b
Podemos modificar esta fórmula para encontrar uma = 1,035 - 1 = 0,035 = 3,5%.
taxa média de crescimento ao longo de vários anos. Primeiro
Para representar graficamente dados sobre
reescreva a fórmula para a taxa de crescimento da seguinte forma:
variáveis que crescem ao longo do tempo, muitas
Xt+1 = Xt * (1 + g). vezes é útil empregar uma escala de razão (também
Agora considere o caso em que X cresce na mesma chamada de escala logarítmica). Em uma escala de
taxa, g, por dois anos seguidos. Reescreva a razão, espaços iguais no eixo vertical correspondem
equação para aplicar aos anos t + 1 e t + 2, então a diferenças proporcionais iguais na variável que
substitua por Xt+1 da mesma equação: está sendo representada graficamente. Por exemplo,
o intervalo vertical entre X = 1 e X = 10 é o mesmo
Xt+2 = Xt+1 * (1 + g) que o intervalo vertical entre X = 10 e X = 100. (Em
= [Xt * (1 + g)] * (1 + g) contraste, na escala linear mais comum, espaços
2
= Xt * (1 + g) . iguais no eixo vertical correspondem a diferenças na variável

A parte mais dramática do quadro são os dados sobre o Japão. A primeira coisa que chama
a atenção é o quão pobre o Japão era em relação aos outros dois países. Em 1885 (o ano em
que os dados japoneses começam), a renda do Japão era quase exatamente um quarto da
renda dos Estados Unidos. Ao longo do meio século seguinte, o Japão cresceu um pouco mais
rápido que os Estados Unidos, mas mesmo em 1939, a renda japonesa era de apenas 35% da
renda dos Estados Unidos. Após a Segunda Guerra Mundial, no entanto, houve uma mudança
qualitativa no crescimento japonês. Parte desse rápido crescimento representou uma recuperação
dos estragos da guerra, mas na década de 1960, o Japão superou sua tendência pré-guerra e continuou
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1.2 Diferenças na Taxa de Crescimento da Renda entre os Países 11

sendo representado graficamente.) Em


F
FIGURA 1.3
uma escala de razão, uma quantidade
O efeito do uso de uma escala de proporção
crescendo a uma taxa constante
plotada ao longo do tempo produzirá
uma linha reta. A Figura 1.3 mostra um X (escala linear)

exemplo de como uma escala de razão 400


muda nossa perspectiva. Ambos os 350
painéis consideram alguma quantidade 300
X que começa com valor 1 no ano 0 e 250
cresce a uma taxa de 3% ao ano por 200
200 anos. O painel superior usa uma 150
escala linear e o painel inferior usa uma 100
escala de proporção. 50
Uma aproximação 0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
matemática útil para lidar com
Ano
taxas de crescimento é a regra de 72.
A “regra” é uma fórmula para
estimar a quantidade de tempo X (escala de razão)
que leva algo crescendo a uma
1.000
determinada taxa para dobrar:

72
, 100
tempo de duplicação ÿ
g

10
onde g é a porcentagem de um
crescimento anual. Por exemplo,
se algo está crescendo a 2% ao 1
ano, dobrará em aproximadamente 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
36 anos. Ano

para crescer rapidamente. Entre 1950 e 1990, a taxa média de crescimento da renda foi
de 5,9% ao ano no Japão contra 2,1% ao ano nos Estados Unidos. Em 1990, a renda
per capita japonesa era de 85% do nível dos EUA.
Dada a tendência de crescimento japonês no pós-guerra, parecia a muitos
observadores no final da década de 1980 que o Japão certamente ultrapassaria os
Estados Unidos em renda per capita por volta do ano 2000 e que, em algumas décadas
mais, o Japão teria deixado o Estados Unidos muito atrás. Tais pensamentos geraram
orgulho de um lado do Pacífico e pânico do outro, exemplificados em livros como A Japan
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12 CAPÍTULO 1 Os fatos a serem explicados

F FIGURA 1.4

PIB per capita nos Estados Unidos, 1870–2009 (escala de proporção)

PIB per capita (dólares de 2005, escala de proporção)

100.000

10.000

1.000

Ano

F FIGURA 1.5

PIB per capita nos Estados Unidos, Reino Unido e Japão, 1870-2009

PIB per capita (dólares de 2005, escala de proporção)

100.000

Estados Unidos

10.000

Reino Unido

Japão

1.000

Ano

Fonte: Maddison (1995), Heston, Summers e Aten (2011).


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1.2 Diferenças na Taxa de Crescimento da Renda entre os Países 13

That Can Say No (1989) de Shintaroi Ishihara, um político conservador que argumentou que
o Japão havia acumulado poder econômico suficiente para afirmar a independência dos
Estados Unidos, e o romance Rising Sun (1992) de Michael Crichton, no qual corporações e
criminosos japoneses estender sua influência sobre Los Angeles. Mas, como mostra a figura,
o crescimento japonês desacelerou à medida que o Japão se aproximava do nível de renda
dos EUA – e a década que se seguiu ao estouro da bolha de ativos no início dos anos 1990
foi desastrosa para a economia japonesa (veja o quadro “Crescimento versus Ciclos de
Negócios”) .

Crescimento nas últimas décadas


Assim como os níveis de renda, as taxas de crescimento da renda variam entre os países.
Para dar uma ideia da variedade de experiências de crescimento, a Figura 1.6 examina dados
de uma amostra de 156 países durante o período 1975–2009. Os dados cobrem quase todos os

F CRESCIMENTO VERSUS CICLOS DE NEGÓCIOS

na década de 1990 é o resultado de uma longa recessão -


Crescimento,
névoas, énadefinido
distinção feitaum
como pela economia
fenômeno de longo isto é, um desvio transitório da tendência de longo prazo
prazo. O estado da economia flutua em uma base anual — ou o início de uma nova era de menor crescimento de
ou mesmo mensal. No entanto, achamos útil separar longo prazo.
essas flutuações de curto prazo, que são chamadas de As flutuações de curto prazo na produção atraem
ciclos de negócios, de tendências de longo prazo que mais atenção na imprensa. Lemos sobre o crescimento
abrangem décadas. A Figura 1.5 mostra claramente essas do PIB no último trimestre, o desemprego no último mês
distinções. Nos Estados Unidos, o crescimento de longo ou o mercado de ações nos últimos 15 minutos.
prazo (ou tendência) foi relativamente constante, e eventos Movimentos de longo prazo são muito menos interessantes
como a Grande Depressão, o boom da produção durante – de fato, como pode levar uma década para descobrir
a Segunda Guerra Mundial e as recessões de 1974, 1982 que uma taxa de crescimento de tendência mudou, seria
e 2008 destacam-se como desvios de a tendência. No difícil dizer muito sobre isso mesmo uma vez por ano.
Japão, houve claramente duas mudanças na tendência Mas, com o tempo, é a tendência de longo prazo que
de crescimento: uma no final da Segunda Guerra Mundial, determina o quão rico é um país. Se os repórteres
quando o crescimento acelerou, e a outra em 1973, tivessem que resumir a história da economia dos EUA no
quando o crescimento desacelerou. século 20, a manchete não contaria o número de recessões
ou expansões, mas diria: “Crescimento da renda per capita
Embora seja relativamente fácil separar o crescimento média de 1,8% ao ano”.
de tendência dos ciclos de negócios quando analisamos
dados históricos, é muito mais difícil descobrir o que está A comparação de países facilita o foco no
acontecendo em tempo real. crescimento e seus efeitos de longo prazo. Os
Por exemplo, mesmo agora não está claro se o período Estados Unidos durante uma recessão ainda são
de crescimento lento que começou no Japão muito mais ricos do que a Índia durante um ano de expansão.
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14 CAPÍTULO 1 Os fatos a serem explicados

População mundial. Cada país é categorizado de acordo com sua taxa média de crescimento
anual da renda per capita. O gráfico mostra o número de países que se enquadram em cada
grupo, juntamente com vários exemplos de países no grupo. Por exemplo, a taxa de crescimento
do Canadá nesse período foi de 1,6% ao ano, portanto é um dos 29 países que se enquadram
na categoria de taxas de crescimento entre 1,5% e 2,0% ao ano.

A Figura 1.6 demonstra quão grande tem sido a variação nas taxas de crescimento.
No topo do gráfico estão os conhecidos “milagres de crescimento”. Na base estão os “desastres
de crescimento”, entre eles Nicarágua, Somália e Zimbábue, onde a renda per capita realmente
caiu nesse período. A taxa média de crescimento dos países da figura (ponderada por suas
populações em 2009) foi de 3,3% ao ano. Observe que a taxa de crescimento anual de 1,8% da
renda dos EUA no período 1870–2009 – que produziu um aumento de 12,3 vezes na renda per
capita –
teria caído aproximadamente no meio da distribuição das taxas de crescimento mostradas na
Figura 1.6.
Assim como o crescimento em um único país aumenta ao longo do tempo para resultar em
um grande aumento na renda, as diferenças nas taxas médias de crescimento entre dois países
se traduzirão ao longo do tempo em diferenças nos níveis relativos de renda dos países.
Por exemplo, em 1960, a Coreia do Sul e as Filipinas tinham níveis de renda per capita
aproximadamente iguais (US$ 1.782 e US$ 1.314, respectivamente), mas nas cinco décadas
seguintes suas taxas de crescimento diferiram drasticamente. A Coreia do Sul foi uma das
economias milagrosas do Leste Asiático, crescendo a uma taxa média de 5,5% ao ano. As
Filipinas cresceram a uma taxa média de 1,6% ao ano – uma taxa lenta para os padrões
mundiais, mas certamente não desastrosa. Em 2009, no entanto, essa diferença nas taxas de
crescimento havia se traduzido em uma enorme diferença nos níveis de renda dos dois países:
US$ 25.034 na Coréia do Sul e US$ 2.838 nas Filipinas. Embora a Coreia do Sul tenha
começado mais pobre, era quase nove vezes mais rica que as Filipinas no final do período. (Os
dois países fazem um estudo de caso particularmente interessante porque, a partir da década
de 1960, muitos economistas do desenvolvimento consideravam as Filipinas mais propensas a
ter sucesso econômico.)10

Crescimento desde 1820


Os dados na Figura 1.6 cobrem apenas o período de 34 anos que termina em 2009. Dados
semelhantes a esses estão disponíveis para a maior parte do mundo desde 1960. Antes desse
ano, no entanto, os dados são mais incompletos, tanto porque os governos coletaram menos
informações e porque as localizações de algumas fronteiras mudaram como resultado da
conquista e da descolonização. Para lidar com os problemas de olhar para dados anteriores, os economis

10 Lucas (1993), Easterly (1995).


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1.2 Diferenças na Taxa de Crescimento da Renda entre os Países 15

F FIGURA 1.6

A Distribuição das Taxas de Crescimento, 1975–2009

Taxa média de crescimento anual


Países

8,5%–9,0% Guiné Equatorial


8,0%–8,5%

7,5%–8,0% China

7,0%–7,5%

6,5%–7,0%

6,0%–6,5%

5,5%–6,0% Maldivas

5,0%–5,5% Taiwan, Coreia do Sul

4,5%–5,0% Cingapura, Vietnã


4,0%–4,5% Botsuana, Tailândia

3,5%–4,0% Índia, Indonésia, Egito, Malásia


3,0%–3,5% Bulgária, Chile, Irlanda
2,5%–3,0% Albânia, Camboja, República Dominicana
2,0%–2,5% Polônia, Portugal, Noruega, Tunísia, Uruguai
1,5%–2,0% Angola, Canadá, Japão, Espanha, Tanzânia, Estados Unidos
1,0%–1,5% Argentina, Etiópia, Nova Zelândia, México, Suíça, Síria
0,5%–1,0% Afeganistão, Guatemala, Senegal, Peru, África do Sul
0,0%–0,5% Bolívia, Jamaica, Quênia, Nigéria
–0,5%–0,0% Bahrein, Irã, Serra Leoa, Venezuela

–1,0%– –0,5% Haiti, Zâmbia

–1,5%– –1,0% Brunei, República Centro-Africana, Iraque


–2,0%– –1,5% Nicarágua
–2,5%– –2,0% Somália

–3,0%– –2,5% Djibuti


–3,5%– –3,0% Zimbábue

–4,0%– –3,5%

–4,5%– –4,0% Libéria

0 5 10 15 20 25 30 35
Número de países

Fonte: Heston, Summers e Aten (2011).


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16 CAPÍTULO 1 Os fatos a serem explicados

examinar dados sobre grupos de países – alguns compostos por um único país, alguns
entre vários países relativamente semelhantes. A Figura 1.7 mostra dados sobre o PIB
per capita no período 1820–2008 para 10 desses grupos de países que juntos abrangem
o mundo inteiro.11 Para dar uma ideia do tamanho dos grupos, a figura também mostra
a população de cada grupo de países em 2009 .
Como mostra a figura, o ritmo de crescimento em todo o mundo acelerou. Entre
1820 e 1870, o PIB médio per capita no mundo cresceu a uma taxa de 0,5% ao ano.
Entre 1870 e 1950, o ritmo foi de 1,1% ao ano, e entre 1950 e 2008, o ritmo foi de 2,2%
ao ano.
A Figura 1.7 também mostra que ao longo deste período de 188 anos, o fosso entre
ricos e pobres aumentou. Em 1820, a parte mais rica do mundo tinha renda por

F FIGURA 1.7

PIB per capita por grupo de países, 1820–2008

PIB per capita (dólares de 2005, escala de proporção)

Grupo de países e população em 2009 (em milhões)

Europa Ocidental 408 Ramificações ocidentais 366

Europa Oriental 114 Ex-URSS 275


América latina 580 China 1.320
100.000
Índia 1.160 Japão 127
África 908 Mundo 6.810

10.000

1.000

100

Ano

Fontes: Maddison (2008), Heston, Summers e Aten (2011).

11Maddison (2001), Heston, Summers e Aten (2011).


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1.2 Diferenças na Taxa de Crescimento da Renda entre os Países 17

capita que era três vezes maior que a renda per capita na parte mais pobre do mundo. Em 2008,
a razão entre a renda per capita na parte mais rica do mundo e a renda per capita na parte mais
pobre do mundo era de 17 para 1.
Também podemos ver na Figura 1.7 as mudanças nas posições relativas dos grupos de
países. O Japão ultrapassou a Europa Oriental, a América Latina, a antiga União Soviética e a
Europa Ocidental ao longo do século XX. As ramificações ocidentais (Estados Unidos, Canadá,
Austrália e Nova Zelândia) eram ligeiramente mais pobres do que a Europa Ocidental em 1820,
mas tinham o dobro da renda da Europa Ocidental em 1950. A China, a parte mais pobre do
mundo em 1950, tinha mais que o dobro do nível do PIB per capita da Índia e da África até 2008.

Crescimento antes de 1820


Antes de 1820, os dados são ainda mais escassos. Fazer uma estimativa do padrão de vida e
compará-lo entre os países requer combinar registros históricos, relatos de viajantes como Marco
Polo (um veneziano que viajou para a China no século 13) e os conquistadores espanhóis (os
primeiros europeus a ver o Império Asteca no que hoje é o México), e até mesmo o exame de
restos de esqueletos. Mas a informação disponível permite-nos tirar várias conclusões.

Primeiro, o crescimento foi glacialmente lento. O economista Angus Maddison estima que
o crescimento médio do PIB per capita no mundo foi de 0,07% (sete centésimos de um por
cento) ao ano no período 1700-1820 e 0,04% ao ano no período 1500-1700. Mesmo na Europa
Ocidental, que durante 1500-1820 ascendeu ao domínio mundial, o crescimento médio foi de
apenas 0,14% ao ano. (A China está agora crescendo cerca de 7% ao ano; portanto, está
fazendo em um ano o que a Europa Ocidental fazia a cada 50 anos!) Voltando ainda mais no
tempo, há pouca evidência de que os padrões de vida tiveram qualquer tendência de
crescimento. antes de 1500.
A falta de tendência de crescimento não significa que os padrões de vida foram constantes.
Muito pelo contrário, a economia pré-industrial era caracterizada por flutuações ano a ano
(muitas vezes impulsionadas pelas condições de colheita) e por ciclos de longo prazo, algumas
vezes com centenas de anos. O economista John Maynard Keynes descreveu a situação desta
forma:

Desde os primeiros tempos de que temos registro – até, digamos, dois mil anos antes
de Cristo – até o início do século XVIII, não houve mudança muito grande no padrão
de vida do homem médio que vivia nos centros civilizados da cidade. a Terra. Altos e
baixos certamente. Visitas de peste, fome e guerra. Intervalos de ouro. Mas nenhuma
mudança progressiva e violenta. Alguns períodos talvez 50 por cento melhores do
que outros - no máximo 100 por cento melhores - nos quatro mil anos que terminaram
(digamos) em 1700 dC.12

12Keynes (1930).
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18 CAPÍTULO 1 Os fatos a serem explicados

F DESIGUALDADE DE RENDA ENTRE E DENTRO DOS PAÍSES

como o aumento entre 1950 e 1992. Após 1980, a


N diferenças
este livro estamos
entre ospreocupados principalmente
países em seus com
níveis médios de desigualdade mundial diminuiu.
renda. Assim, quando examinamos o desfile da renda Um segundo ponto importante na Figura 1.8 é que, no
mundial, assumimos que todos em um determinado país mundo de hoje, a desigualdade entre países é a fonte mais
tinham renda igual à média desse país. Mas, é claro, as importante de igualdade. Especificamente, a desigualdade
diferenças entre os países não são a única fonte de entre países explica 60% da desigualdade global global.
desigualdade. Em todos os países, algumas pessoas estão
em melhor situação e outras em pior situação do que a Finalmente, embora a igualdade entre países domine
média. hoje, nem sempre foi assim. Muito pelo contrário: em 1820,
Assim, a desigualdade de renda no mundo é resultado tanto a desigualdade dentro do país representava 87% da
da desigualdade de renda dentro do país quanto da desigualdade mundial. Ao longo do período examinado na
desigualdade entre países. Figura 1.8, a desigualdade dentro do país foi praticamente
Essas duas fontes de desigualdade sugerem uma constante, mas a desigualdade entre países aumentou
pergunta natural: qual é mais importante? substancialmente. Esse aumento da desigualdade entre os
A Figura 1.8 apresenta dados que apontam para a resposta. países também aparece na Figura 1.7.
A figura mostra uma medida da desigualdade mundial geral
no período de 1820-1992, juntamente com uma divisão da Para o período desde 1992, não estão disponíveis
desigualdade geral na parte resultante da variação entre dados consistentes com as medidas anteriores.
países e na parte resultante da variação dentro do país.* No entanto, as evidências disponíveis parecem mostrar um
declínio muito acentuado na desigualdade mundial nas
A medida específica de desigualdade utilizada é últimas duas décadas, trazendo a desigualdade para perto
chamada de desvio logarítmico médio. † de seu nível no início do século XX.
Há três descobertas notáveis na Figura 1.8. Primeiro, A mudança ocorreu inteiramente por meio de um declínio
embora a desigualdade tenha aumentado desde 1820, a na desigualdade entre países, com pouca mudança no nível
maior parte desse aumento ocorreu antes da Segunda médio de desigualdade dentro do país.‡
Guerra Mundial. O aumento da desigualdade entre 1820 e Embora a desigualdade entre países seja responsável
1950 foi sete vezes maior pela maior parte da desigualdade mundial

Um segundo aspecto desse período é que as diferenças de renda entre os países


eram muito pequenas para os padrões modernos; havia ainda menos desigualdade
entre os países do que em 1820. O historiador econômico Paul Bairoch estima que diferem
As diferenças nos padrões de vida entre as partes mais ricas e mais pobres do mundo
eram apenas um fator de 1,5 ou 2,0. Ele estima ainda que os padrões de vida eram
aproximadamente equivalentes em Roma no século I dC, nos califados árabes no
século X, na China no século XI, na Índia no século XVII e na Europa no início do
século XVIII.13

13Bairoch (1993).
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1.2 Diferenças na Taxa de Crescimento da Renda entre os Países 19

hoje (e o crescimento da desigualdade entre países em relação às pessoas em seu próprio país (aqueles
é responsável por todo o crescimento da desigualdade com quem eles se comparam) é mais importante do
mundial desde 1820), não podemos esquecer a que a posição de seu país em relação a outros
desigualdade dentro do país. Como mostra a Figura países. Este é um ponto ao qual retornaremos no
1.8, essa desigualdade também é um importante Capítulo 17.
determinante da variação da renda mundial.
Além disso, o grau de desigualdade de F
FIGURA 1.8
renda dentro de um país pode ser um
determinante importante do sucesso Desigualdade Mundial e seus Componentes, 1820–1992
econômico desse país e, portanto, pode
afetar o nível médio de renda. O Desigualdade
Capítulo 13 explorará essa questão em
0,9
profundidade. Finalmente, quando Desigualdade mundial total
0,8
consideramos qual aspecto de sua
0,7
renda as pessoas mais se preocupam,
0,6
pode ser que sua posição
0,5 Desigualdade entre os países

0,4

Bourguignon e Morrison (2002). 0,3


*
0,2
desvio
† é definido como
Nota Matemática: A média logarítmica Desigualdade dentro dos países
0,1
1
n
uma
0
n ln machado b,
i=1 XI

onde x é o valor médio de x e n é o número de observações.


Ano

Bourguignon (2011).
‡ Fonte: Bourguignon e Morrison (2002).

Por fim, assim como no período posterior a 1820, houve mudanças


significativas antes de 1820 na classificação dos países na distribuição de
renda. Um observador que observasse a Terra no século XV ficaria mais
impressionado com os vastos impérios coloniais dos otomanos, incas e
astecas do que com as conquistas dos europeus ocidentais. foi o Haiti, que
hoje é um dos países mais pobres do mundo.
A história mais dramática de declínio econômico relativo é a da China.
Entre os séculos VIII e XII, a China experimentou uma explosão de economia

14 Fernández-Armesto (1995).
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20 CAPÍTULO 1 Os fatos a serem explicados

F CRESCIMENTO ECONÔMICO VISTO DO ESPAÇO EXTERIOR

Economistas que estudam


O crescimento economia
depende fortemente
das estimativas do PIB, que são produzidas
por institutos nacionais de estatística (como
o Bureau of Economic Analysis nos Estados
Unidos), bem como por várias agências
internacionais. Além de muitos problemas
conceituais bem conhecidos com o PIB, há
problemas mais mundanos com esses
dados. Os inquéritos e registos
administrativos a partir dos quais são
construídas as estimativas do PIB estão
sujeitos a todo o tipo de erros. Algumas
atividades econômicas (isto é, o mercado
negro) são deliberadamente escondidas,
enquanto em outros casos os funcionários
simplesmente não percebem isso. Às
vezes, dados de uma pequena amostra de
unidades produtivas são usados para
estimar a produção de grandes setores da
economia. Os governos ocasionalmente se envolvem em falsificações deliberadas.
Em tempos de turbulência política, a Europa Oriental em 1992, visto da órbita.
coleta de dados pode cessar.
Além disso, os erros podem surgir por meio dos noite do espaço sideral. A luz vaza para o espaço
ajustes de PPP que são discutidos no apêndice de casas, locais de trabalho, carros e outros lugares
deste capítulo. onde as pessoas estão ativas à noite. Não
Por essas razões, é útil comparar o PIB surpreendentemente, os países mais ricos tendem
medido com outras fontes de dados, quando a produzir mais luz. É claro que a relação entre a
disponíveis. Uma forma não convencional de dados atividade econômica e a luz produzida é inexata, e
é a quantidade de luz que é visível em algumas atividades econômicas, como queima de

crescimento que a levou a um nível de desenvolvimento comercial e industrial


sem paralelo em outros lugares até o final do século XVIII. Este período viu a
invenção da pólvora, impressão e uma roda de fiar movida a água; o uso de
carvão na fundição de ferro; e a escavação de canais e construção de eclusas
que, junto com os rios, formaram uma rede de 48.280 quilômetros de vias navegáveis.15

15Pomeranz (2000), Kelly (1997).


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1.2 Diferenças na Taxa de Crescimento da Renda entre os Países 21

As fotos ao lado mostram duas


visões da Europa Oriental separadas por
10 anos, em 1992 e 2002. Este foi um
período de mudanças marcantes na
região, após a dissolução do bloco
econômico comunista e da União Soviética
em 1991. As relações econômicas
tradicionais foram interrompido, abrindo
novas oportunidades para alguns países
(particularmente aqueles próximos à
Europa Ocidental) e causando declínio
econômico generalizado em outros.
Essas mudanças são visíveis no
padrão das luzes noturnas, que confirmam
as evidências do PIB medido
convencionalmente. O maior aumento na
intensidade luminosa foi na Polônia
(crescimento do PIB de 4,2% ao ano),
seguido pela Hungria (crescimento de
3,4% ao ano) e Romênia (2,5% ao ano).
Na Ucrânia (onde o crescimento do PIB
Europa Oriental em 2002, visto da órbita. foi praticamente zero durante este
período) há um escurecimento perceptível
de gás natural de poços de petróleo, o uso de luzes das luzes noturnas. Há um escurecimento muito mais
brilhantes para pescar lulas à noite e os incêndios extremo na Moldávia, onde o PIB per capita encolheu
florestais para limpar a terra para a agricultura a uma taxa anual de 1,2% nesse período.
produzem uma quantidade de luz desordenada em
comparação com seu valor econômico (especialistas
no campo aprenderam a ajuste os dados para eliminar
alguns desses fatores).* *Henderson, Storeygard e Weil (2012).

A China também havia iniciado o mesmo caminho de exploração mundial que a Europa
seguiria em séculos posteriores. No início do século XV, o almirante chinês Zheng He
empreendeu viagens de exploração até a costa leste da África. Apesar deste início
impressionante, a economia chinesa estagnou. Enquanto a Europa se industrializava e
espalhava sua influência pelo resto do mundo, a China se tornava cada vez mais
insular. O padrão de vida da Europa ultrapassou o da China por volta de 1750 e, na
época das Guerras do Ópio, em meados do século XIX, a China se viu indefesa diante
do ataque de uma Europa industrializada.
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22 CAPÍTULO 1 Os fatos a serem explicados

Um dos navios de Zheng He comparado a um dos navios de Cristóvão Colombo.

1.3 CONCLUSÃO
Economistas têm pensado sobre por que alguns países são ricos e alguns são pobres,
pelo menos desde que Adam Smith publicou Um inquérito sobre a natureza e as causas
da riqueza das nações em 1776. Os dois séculos seguintes viram uma explosão de
crescimento econômico diferente de tudo no mundo. história anterior do mundo. Tendo
mudado quase nada por 2.000 anos, o padrão de vida entre os países que agora são os
mais ricos do mundo foi completamente transformado. Nos países mais ricos, a renda
per capita hoje é pelo menos 10 vezes maior do que era há 200 anos.
Mas o crescimento da renda tem sido desigual. Entre os países que começaram a
crescer primeiro, incluindo partes da Europa Ocidental e ramificações como Estados
Unidos e Canadá, o crescimento relativamente lento, composto por quase dois séculos,
foi responsável pela mudança nos padrões de vida. Outros países, como o Japão,
começaram a crescer mais tarde, mas depois cresceram mais rapidamente do que os
primeiros e recuperaram em termos de renda no final do século XX.
Após a Segunda Guerra Mundial, a taxa média de crescimento da renda mundial
aumentou, à medida que o contágio do crescimento se espalhou por grande parte do
planeta. Setenta e dois por cento da população mundial vive em países onde a renda
per capita pelo menos dobrou entre 1960 e 2000, e 27% vive em países onde a renda per capita
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Perguntas para revisão 23

aumentou mais de quatro vezes. Mesmo durante esse período, no entanto, algumas partes do
mundo não cresceram. Em muitos países, particularmente na África Subsaariana, a renda per
capita caiu neste período de 40 anos.
A distribuição desigual do crescimento entre os países levou a um grande aumento das
diferenças de renda entre países ricos e pobres. De fato, as diferenças entre os países em seus
padrões de vida hoje superam aquelas que inspiraram a investigação de Smith.
Essa desigualdade entre países é agora mais importante do que dentro de um país em igualdade
como contribuinte para a desigualdade mundial geral.
A distribuição desigual de renda entre os países é, sem dúvida, o fato econômico mais
importante no mundo de hoje. Esse alto nível de desigualdade influencia o desenvolvimento das
relações internacionais, do meio ambiente e da saúde. A implicação mais importante do fosso
entre países ricos e pobres é que sugere um potencial para aliviar a pobreza. O fato de tantos
países terem emergido da pobreza – desde os Estados Unidos a partir do início do século 19 até
a Coreia do Sul a partir da década de 1950 – é um sinal de esperança para os bilhões de pessoas
que continuam necessitadas. De fato, apesar de todos os problemas econômicos do mundo hoje,
estamos vivendo o maior período de redução da pobreza na história do planeta.

Para os economistas, as brechas entre países ricos e pobres e as experiências divergentes


de países que cresceram rapidamente e que estagnaram apresentam um conjunto de quebra-
cabeças. Que fatores determinaram quais países prosperaram? Podemos apontar políticas
econômicas específicas? Existem características específicas do país que determinam o destino
econômico? A prosperidade é apenas o resultado da sorte? Como o economista ganhador do
Prêmio Nobel Robert Lucas escreveu: “As consequências para o bem-estar humano envolvidas
em questões como essas são simplesmente impressionantes: uma vez que se começa a pensar
sobre elas, é difícil pensar em qualquer outra coisa.”16

TERMOS CHAVE

produto interno bruto (PIB) 3 escala de proporção 10 regra de 72 11


paridade do poder de compra (PPC) 4 escala linear 10

PERGUNTAS PARA REVISÃO

1. Qual é a magnitude das diferenças de renda 3. Em que casos o PIB per capita é a melhor medida da
entre os países mais ricos e mais pobres do mundo renda de um país? Em que casos o PIB total é a
hoje? melhor medida?

2. Qual é a magnitude das diferenças de renda 4. Como a taxa média de crescimento da renda per
entre os países mais ricos do mundo hoje e sua capita no mundo desde 1960 se compara com o
própria renda per capita há 200 anos? crescimento do século anterior? Quão

16 Lucas (1988).
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24 CAPÍTULO 1 Os fatos a serem explicados

o crescimento no século 19 se compara ao crescimento desigualdade na explicação da desigualdade de


nos séculos anteriores? renda mundial total? Como a importância relativa
5. Qual é a importância relativa da desigualdade mudou ao longo do tempo? Por quê?
dentro do país e entre países

PROBLEMAS

1. Como usar uma escala de proporção (em vez de uma linha 5. Em 1900, o PIB per capita no Japão (medido em dólares
escala de orelha) afetam a Figura 1.1? do ano de 2005) era de $ 1.617. Em 2000, era de US$

2. Quão rápido um país teria que crescer para dobrar sua 29.639. Calcule a taxa de crescimento da renda per

produção em nove anos? Você deve responder a esta capita no Japão durante esse período. Agora suponha

pergunta usando a regra de 72, não uma calculadora. que o Japão cresça na mesma taxa para o século
seguinte a 2000. Qual será o PIB per capita japonês no
ano 2100?
3. Suponha que em um determinado país, o PIB per capita
era de $ 1.000 em 1900 e $ 4.000 em 1948. 6. Em 2009, o PIB per capita nos Estados Unidos foi de

Usando a regra de 72 (não uma calculadora), US$ 41.099, enquanto o PIB per capita no Sri Lanka

aproxime a taxa de crescimento anual do PIB per capita. foi de US$ 4.034. Suponha que a renda per capita
nos Estados Unidos esteja crescendo a uma taxa
constante de 1,8% ao ano. (A Figura 1.4 mostra que
4. Suponha que toda a população do mundo seja composta
isso é aproximadamente verdade.) Calcule o ano em
por quatro pessoas, divididas em dois países de duas
que a renda per capita nos Estados Unidos foi igual à
pessoas cada. A tabela a seguir mostra dados sobre sua
renda per capita do ano de 2009 no Sri Lanka.
renda e nacionalidade.
Com base nesta tabela, qual é a fonte mais importante da
desigualdade mundial: desigualdade entre países ou 7. Entre 1975 e 2009, o PIB per capita da China cresceu a

desigualdade dentro do país? uma taxa média de 7,9% ao ano, enquanto o PIB per
capita dos Estados Unidos cresceu a uma taxa média de
1,8%. Em 2009, o PIB per capita dos EUA era de US$
Pessoa Nacionalidade Renda 41.099 e o PIB per capita da China era de US$ 7.634.
Alfredo País A 1.000 Supondo que os dois países continuem crescendo a
Prumo País B 2.000 essas taxas, em que ano a China ultrapassará os Estados
Carol País B 3.000 Unidos em termos de PIB per capita?
Doris País A 4.000

Para exploração e prática adicionais usando o Online Data Plotter e conjuntos de dados, visite
www.pearsonhighered.com/weil.
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APÊNDICE

MEDIR E COMPARAR
PIB USANDO COMPRAS
PARIDADE DE ENERGIA

O Produto Interno
produzidos Bruto
em uma (PIB)em
economia éoumvalor de todos
ano (excluindo osintermediários,
bens bens e serviços
que
são usados na produção de bens finais). Em princípio, o cálculo do PIB envolve apenas
a contagem de todos os bens e serviços produzidos (por exemplo, 2 milhões de
toneladas de carvão), multiplicando cada um pelo preço apropriado (US$ 100 por
tonelada) e somando-os. Realizando esse cálculo para os Estados Unidos em 2009,
descobrimos que o PIB foi de US$ 12,6 trilhões, ou US$ 41.099 per capita. Embora
esses números sejam certamente interessantes em si mesmos, a maioria das questões
que queremos abordar tem a ver com comparações do PIB (ou PIB per capita) – por
exemplo, entre dois países ou dentro do mesmo país em diferentes momentos no
tempo. . Para fazer essas comparações, precisamos de alguma forma de converter
nossas diferentes medidas de PIB (que podem ser em ienes ou em dólares de 1927) nas mesmas unidades.
O problema de comparar quantidades de dólares medidos em dois pontos no
tempo é familiar na macroeconomia. Sabemos que a inflação corrói a quantidade de
bens e serviços reais que podem ser comprados com um dólar. Você pode estar
familiarizado com a ideia de construir um índice de preços, como o índice de preços ao
consumidor (IPC) ou o deflator do PIB, que pode ser usado para comparar as
quantidades de dólares em dois momentos diferentes.
Quando se trata de comparar o PIB de diferentes países, cada um com sua
moeda, a princípio parece que não temos que passar pela dificuldade de criar
um índice de preços – que poderíamos usar apenas o câmbio. De fato, todos
os dias, podemos consultar a taxa de câmbio entre o dólar e qualquer outra moeda.
Duas observações sugerem o problema potencial com esse tipo de comparação, no
entanto. Primeiro, as taxas de câmbio do mercado flutuam diariamente, muitas vezes em
grande quantidade. O iene pode se valorizar em relação ao dólar em 10% em uma
determinada semana. Se estivéssemos usando essa taxa de câmbio para comparar o PIB
per capita dos dois países, teríamos que concluir que o residente médio japonês se tornou
10% mais rico em relação ao americano médio, embora a quantidade de produção
produzida nos dois países não havia mudado.

25
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26 CAPÍTULO 1 Os fatos a serem explicados

O segundo problema com as taxas de câmbio do mercado é um pouco mais sutil.


Ela surge da interação de dois fatos. O primeiro fato é que o preço dos bens comercializados nos
mercados internacionais, em relação aos bens não comercializados, tende a ser muito maior nos países
pobres do que nos países ricos. O segundo fato é que as taxas de câmbio tendem a ser tais que o preço
dos bens comercializados será o mesmo quando esses preços forem convertidos para uma moeda
comum à taxa de câmbio do mercado.
(Este segundo fato, muitas vezes chamado de lei do preço único, é um simples resultado da possibilidade
de arbitragem.) Os viajantes para os países em desenvolvimento percebem imediatamente que os bens
produzidos localmente, como refeições em restaurantes e cortes de cabelo, são muito baratos para um
visitante. quem tem dólares para gastar, mas bens comercializados internacionalmente (ou bens que têm
um grande componente comercializado, como passagens aéreas) não são pechinchas particulares.
Como resultado da interação dessas duas forças, as comparações do PIB às taxas de câmbio do
mercado subestimam sistematicamente a renda relativa dos países em desenvolvimento. Um exemplo
simples demonstra esse ponto. A Tabela 1.2 considera duas economias, cada uma produzindo dois bens:
televisores, que são comercializados, e cortes de cabelo, que não são. Richland produz quatro vezes
mais televisores per capita do que Poorland, e também quatro vezes mais cortes de cabelo. Logicamente,
a medida do PIB que usamos para comparação deve nos dizer que a produção per capita em Richland é
quatro vezes maior do que em Poorland. A quarta e quinta colunas da tabela mostram os preços de
televisores e cortes de cabelo nos dois países. Esses preços são medidos em unidades das moedas
locais (o dólar de Richland e o dólar de Poorland).

Observe que a razão de preços de bens comercializados e não comercializáveis em Poorland (10 para 1)
é duas vezes maior que a razão em Richland (10 para 2). A última coluna mostra o PIB per capita dos
dois países, também calculado em unidades da moeda local.
Suponha que queremos comparar o PIB dos dois países. Como os televisores são negociados,
esperamos que a taxa de câmbio seja tal que os preços dos televisores sejam os mesmos quando
convertidos em uma moeda comum. Assim, a taxa de câmbio será de um dólar de Poorland para um
dólar de Richland. Se usarmos essa taxa de câmbio para converter o PIB de Poorland na moeda de
Richland, concluiremos que o PIB per capita em Poorland é um sexto do nível de Richland. A diferença
na proporção de preços de bens comercializáveis e não comercializáveis leva a uma subavaliação da
renda relativa de Poorland.

F
TABELA 1.2

Produção e preços em Richland e Poorland

Produção Produção Preço de Preço de PIB por


de televisões de cortes de Televisões em Cortes de cabelo no local Capitã em
País per capita cabelo per capita Moeda local Moeda Moeda local
Richland 4 40 10 2 120
Terra pobre 1 10 10 1 20
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Problemas 27

F TABELA 1.3

O efeito do uso de PPP nas comparações do PIB

PIB per capita em 2009 usando PIB per capita em 2009 usando
País Taxas de câmbio de mercado (dólares) Taxas de Câmbio PPP (dólares)
Estados Unidos 41.099 41.099
Japão 36.651 30.008
Alemanha 36.702 32.488
Argentina 6.519 11.961
México 7.257 11.629
Índia 1.041 3.239

Para contornar esse problema, os economistas construíram um conjunto de taxas de câmbio


artificiais, chamadas taxas de câmbio de paridade do poder de compra (PPC), que são baseadas
nos preços de uma cesta padronizada de bens e serviços (negociados e não negociados). No
exemplo de Richland e Poorland, uma cesta natural de bens para uso seria 1 televisão e 10 cortes
de cabelo (porque essa é a proporção em que esses produtos são consumidos em todo o mundo).
Tal cesta teria um preço de 30 dólares em Richland e 20 dólares em Poorland. Os preços da cesta
nos dois países sugerem uma taxa de câmbio PPC de dois dólares de Poorland para cada três
dólares de Richland.
Usando essa taxa de câmbio, o PIB per capita de Poorland (20 dólares de Poorland) valeria 30
dólares de Richland – e concluiríamos (corretamente) que, com base nas taxas de câmbio PPP, o
PIB per capita de Poorland era um quarto do de Richland.
Ao longo deste livro, usaremos as taxas de câmbio PPP para fazer comparações entre países.
A Tabela 1.3 mostra o efeito da mudança de taxas de câmbio de mercado para taxas de câmbio
PPC para um conjunto típico de países.
Como mostra a tabela, a moeda japonesa estava sobrevalorizada em relação ao PPC. Usando
taxas de câmbio de mercado, o PIB per capita japonês é 89% do nível dos EUA, enquanto usando
taxas de câmbio PPP, o PIB per capita japonês é apenas 73% do nível dos EUA.
A Índia, como é típico para os países em desenvolvimento, teve uma taxa de câmbio de mercado
muito subvalorizada em relação à PPC. Mudar para PPP aumenta o PIB per capita em relação aos
Estados Unidos por um fator de três.
As taxas de câmbio PPC são úteis para comparar outras quantidades além do PIB. Por exemplo,
reportagens jornalísticas sobre as condições em países em desenvolvimento muitas vezes traduzem
o salário médio de um trabalhador em dólares americanos usando a taxa de câmbio do mercado.
Usar uma taxa de câmbio PPP produziria uma imagem diferente e mais precisa.

PROBLEMAS

A.1. O número de pessoas em todo o mundo que vivem taxas de câmbio ou taxas de câmbio PPP. Qual
com menos de um dólar por dia pode ser calculado será maior? Explique por quê.
usando qualquer troca de mercado
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28 CAPÍTULO 1 Os fatos a serem explicados

A.2. Suponha que existam apenas dois bens que não é. A tabela a seguir mostra
produzidos no mundo: computadores, que são informações sobre a produção e preços de
comercializados internacionalmente, e sorvetes, computadores e sorvetes em dois países:

Computadores Sorvete Preço de Preço do gelo


Produzido Produzido Computadores em Creme em Local
País per capita per capita Moeda local Moeda
Richland 12 4 2 4
Terra pobre 3 1 1 1

uma. Calcule o nível do PIB per capita em d. Calcule a taxa de câmbio PPP entre as duas
cada país, medido em sua própria moeda. moedas.
b. Calcule a taxa de câmbio de mercado entre e. Qual é a proporção do PIB per capita em
as moedas dos dois países. Richland para PIB per capita em Poorland,
c. Qual é a proporção do PIB per capita em usando a taxa de câmbio PPP?
Richland para PIB per capita em Poorland,
usando a taxa de câmbio do mercado?

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2 CAPÍTULO

UM QUADRO PARA ANÁLISE

Explicar por aque


a pesar alguns países
importância são ricos
de muitos e outros
fatores são pobres
diferentes. Antes exigirá
de configurar
em um projeto tão desafiador, será útil ter uma visão do que estamos Você faz uma pergunta
buscando. A seção 2.1 deste capítulo apresenta uma parábola destinada a para a qual uma resposta
moldar tal visão. só pode ser dada em
uma parábola.
Esta parábola não fornece a resposta final à nossa pergunta.
Em vez disso, mostra como uma resposta pode ser. Na vida real, os dados —Platão, o
República
não são tão fáceis de obter, e os números nunca funcionam tão claramente.
Mais significativamente, o mundo da parábola é reduzido no interesse da
clareza. A parábola ignora muitos dos fatores que nos interessarão mais adiante no
livro. Eventualmente, esses fatores se encaixarão na estrutura que estamos montando.
Mas, por enquanto, é mais fácil pensar no framework sem se preocupar com esses
outros fatores. Na Seção 2.2, consideramos como a parábola se relaciona com o
modelo mais desenvolvido no restante do livro. E na última seção examinamos como
os economistas usam dados para testar e analisar quantitativamente as teorias que constroem.

2.1 A ECONOMIA DA SILVÂNIA E DA


FREEDONIA: UMA PARÁBOLA
Imagine-se como o presidente de uma prestigiosa empresa de consultoria econômica.
Você foi contratado pelo rei do país de Sylvania para responder a uma pergunta
simples: por que Sylvania é muito mais pobre que seu vizinho, a República de Freedonia?
Tendo reunido uma equipe de elite (que fará todo o trabalho real) e armado com
os vastos recursos do Escritório Nacional de Pesquisa Estatística, você começou a
trabalhar. Sua primeira tarefa é descobrir o quão grande é a diferença entre os dois
países. Você mede cuidadosamente o valor de todos os bens e serviços produzidos
em cada país (ou seja, produto interno bruto [PIB]). Você descobre que o PIB em
Freedonia é oito vezes maior que o PIB em Sylvania. Uma rápida verificação dos
censos dos dois países mostra que eles têm quase exatamente a mesma população, então

29
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30 CAPÍTULO 2 Uma Estrutura para Análise

você conclui que as diferenças importantes entre eles devem ser em uma base per capita:
o nível de PIB per capita de Freedonia é oito vezes maior que o de Sylvania.
Agora que as dimensões do problema estão claras, você procura explicações.
Você envia sua equipe para examinar as condições nos dois países, e eles fazem uma
observação interessante. Em ambos os países, bens e serviços são produzidos usando
dois insumos. Um desses insumos é o trabalho dos trabalhadores. A outra são as
ferramentas que os trabalhadores têm à sua disposição: máquinas, veículos, prédios e
outros equipamentos que são coletivamente chamados de capital. Sua equipe percebe
que, em média, cada trabalhador em Freedonia tem muito mais capital para trabalhar do
que seu colega em Sylvania. Além disso, em ambos os países, quanto mais capital um
trabalhador tem para trabalhar, mais produção o trabalhador produz.
Essas observações sugerem que diferenças no capital disponível para cada
trabalhador podem explicar a diferença de renda entre Freedonia e Sylvania.
Mas qual é a fonte dessa diferença de capital por trabalhador? Sua equipe tem uma
resposta possível: eles observam que a quantidade de investimento - ou seja, os bens
e serviços dedicados à produção de novo capital em vez de consumidos - em Freedonia
é muito maior do que em Sylvania. De fato, sua equipe calcula que a cada ano Freedonia
investe 32 vezes mais que Sylvania.
Usando a economia básica, você sabe que o investimento em capital novo que
ocorre em cada país deve representar a poupança dos cidadãos daquele país. O fato de
Freedonia salvar mais do que Sylvania não é realmente um mistério, porque Freedonia é,
afinal, um país muito mais rico. Mas olhando para os números, você vê que Freedonia
economiza uma fração maior de sua renda do que Sylvania: seu investimento é 32 vezes
maior, enquanto sua renda é apenas oito vezes maior. Portanto, sua taxa de investimento
(a fração de sua renda que investe) deve ser quatro vezes maior.
Você acha que pode ter encontrado a arma fumegante. Talvez toda a diferença de
renda entre Freedonia e Sylvania seja apenas resultado dessa diferença de poupança:
Sylvania economiza (e investe) uma fração menor de sua renda do que seu vizinho.
Como sua taxa de investimento é menor, seu capital por trabalhador é menor, assim
como sua renda total.
Para avaliar essa teoria, você faz a seguinte pergunta à sua equipe: “Suponha que a
única diferença entre Freedonia e Sylvania seja que Freedonia investe quatro vezes mais
de sua renda a cada ano do que Sylvania. Que diferença de renda pode ser esperada
como resultado dessa diferença nas taxas de investimento?” Sua equipe trabalha muito e
arduamente nesta questão. A resposta deles é que a diferença de investimento pode
explicar parte, mas não toda, da diferença de renda entre os dois países.
Especificamente, se os dois países diferissem por um fator de quatro em suas taxas de
investimento e não houvesse outras diferenças entre eles, então eles difeririam por um
fator de dois em seus níveis de renda. (Como qualquer bom pessoal, o seu protege você
dos detalhes confusos desse cálculo. Mas no Capítulo 3 aprenderemos como eles fizeram
isso.) Como os dois países diferem em sua renda por um fator de oito, a maior parte da
diferença de renda — um fator de quatro — não é explicado por diferentes taxas de
investimento. Essa diferença residual, diz sua equipe, não é resultado de quanto
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2.1 A Economia de Sylvania e Freedonia: Uma Parábola 31

capital que cada país possui, mas sim a produtividade – isto é, a quantidade de produção
produzida com cada unidade de capital.
Claramente, a produtividade é importante. Mas o que determina a produtividade? Por
que a produtividade de Freedonia é muito maior que a de Sylvania? Para resolver essa
questão, você convoca toda a sua equipe para uma sessão de brainstorming. Um membro
da equipe sugere que talvez a razão pela qual uma determinada quantidade de capital por
trabalhador em Sylvania produz muito menos do que em Freedonia é que Sylvania está
atrasada em sua tecnologia - o conhecimento disponível sobre como os insumos podem ser
combinados para produzir o produto. Afinal, diz ela, o progresso tecnológico deve permitir
que um país produza mais com a mesma quantidade de insumos. Você decide seguir a ideia
e faz com que sua equipe faça uma pesquisa sobre o estado da tecnologia nos dois países.
Eles chegam a uma conclusão surpreendente: Sylvania está cerca de 35 anos atrás de Freedonia tecnologicamente.
Ou seja, as tecnologias usadas na Sylvania hoje são as mesmas que eram usadas em
Freedonia há 35 anos, em média.
Para ver se essa lacuna tecnológica pode explicar a diferença de produtividade entre
os dois países, você pergunta à sua equipe: “Quanto menos produção seria produzida em
Freedonia hoje se os trabalhadores usassem a mesma tecnologia de 35 anos atrás?” Sua
equipe volta com uma resposta: Dada a velocidade com que a tecnologia vem melhorando
em Freedonia, o país produziria cerca de metade da produção que realmente produz se
estivesse usando tecnologia de 35 anos. Dito de outra forma: nos últimos 35 anos, o nível de
tecnologia dobrou. (Mais uma vez, sua equipe não o incomoda com os detalhes de como
chegaram a essa conclusão. Mas os Capítulos 7 e 10 analisarão como chegaram a ela.)

Então, da diferença de produtividade de um fator de quatro, metade (um fator de dois) é


resultado da tecnologia. E o resto? Sua equipe diz que, ao observar os dois países de perto,
eles discernem um padrão: além de ter mais capital e melhor tecnologia, Freedonia
simplesmente parece agir em conjunto. As pessoas trabalham mais duro em seus empregos,
a qualidade de seus produtos é maior e menos tempo é desperdiçado do que em Sylvania.
Mesmo comparando fábricas que usam a mesma quantidade de capital por trabalhador e a
mesma tecnologia, as de Freedonia produzem mais.
Sua equipe chama isso de eficiência de atributo escorregadio, mas ainda assim
significativo: como a tecnologia disponível e os insumos na produção são realmente usados
na produção. Diferenças de produtividade entre os dois países que não podem ser explicadas
por diferenças de tecnologia, dizem eles, podem ser explicadas pela eficiência. Sua equipe
sugere uma simples “decomposição” da produtividade em duas partes: Produtividade é igual
à tecnologia multiplicada pela eficiência. Como a produtividade difere entre Freedonia e
Sylvania por um fator de quatro e a tecnologia difere por um fator de dois, a eficiência também
deve diferir por um fator de dois.
Sintetizando a pesquisa de sua equipe, você escreve um relatório explicando que a
pobreza relativa de Sylvania tem três fontes: uma menor taxa de investimento (levando a uma
menor quantidade de capital), tecnologia inferior e menor eficiência. Cada um desses
problemas contribui com um fator de dois para a pobreza relativa de Sylvania. Se qualquer
um desses problemas pudesse ser eliminado, Sylvania seria um quarto tão rica quanto sua
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32 CAPÍTULO 2 Uma Estrutura para Análise

vizinho; se dois pudessem ser eliminados, seria metade da riqueza; e se todos os três problemas
pudessem ser eliminados, Sylvania seria tão rica quanto Freedonia.
Você apresenta seu relatório ao rei em um luxuoso banquete de Estado. Embora o rei lhe
agradeça graciosamente, ele não está totalmente satisfeito. Você disse a ele o que está errado, mas
não lhe disse a origem do problema. “É como se você me dissesse que o cavalo real não conseguiu
vencer uma corrida porque tinha músculos fracos e um casco dolorido. Mas você não me disse a
origem desses problemas: por exemplo, uma dieta pobre, muito treinamento ou má criação. Quero
conhecer as causas mais profundas dos problemas do meu país.”

Então, mais uma vez, você e sua equipe sentam e debatem. Quais são os fatores subjacentes
mais profundos - os fundamentos - que tornam Sylvania muito mais pobre do que Freedonia? Sua
pesquisa anterior lhe disse como esses fatores mais profundos serão expressos: em uma taxa de
poupança mais baixa, o que leva a uma menor acumulação de capital; no fracasso em desenvolver
novas tecnologias tão rapidamente quanto outros países; e no uso ineficiente do capital e das
tecnologias disponíveis. Mas quais são os fatores em si?
Para chegar ao fundo desta questão, você embarca em um amplo programa de pesquisa,
medindo possíveis fundamentos em um grande número de países e vendo como eles se correlacionam
com economia, tecnologia e eficiência. Você peneira uma série de possibilidades. Talvez os países
tenham diferenças culturais (por exemplo, na parcimônia ou no esforço que as pessoas colocam em
seu trabalho). Talvez as políticas econômicas dos dois países (impostos, tarifas e regulamentações)
sejam a explicação. Talvez as diferenças geográficas (recursos naturais, clima ou proximidade com
os mercados mundiais) sejam as culpadas pela pobreza relativa de Sylvania.

Classificar esses possíveis fundamentos é um negócio delicado, mas a sorte está do seu lado.
Acontece que em muitas das possíveis dimensões fundamentais, Sylvania e Freedonia são as
mesmas (por exemplo, os dois países têm o mesmo clima). Assim, esses fatores não podem ser
fontes da diferença de renda entre os dois países. Em outras dimensões, os dois países diferem (por
exemplo, o lado da estrada em que os carros circulam), mas sua análise estatística mostra que esses
fatores não explicam as diferenças de renda entre os países. Há apenas uma medida em que os dois
países diferem que também acaba por ser uma importante explicação das diferenças de renda entre
os países.

Tendo enviado sua equipe com segurança para fora do país, você redigirá um segundo relatório
para o rei, explicando suas descobertas.
“A raiz da pobreza relativa de Sylvania”, você escreve, “é sua forma de governo. Comparada à
democracia de Freedonia, a monarquia de Sylvania cobra um alto preço pelo desenvolvimento
econômico do país. Os moradores de Sylvania são um povo naturalmente parcimonioso, mas relutam
em economizar dinheiro e acumular capital porque a qualquer momento o rei pode expropriar suas
riquezas. Em Freedonia, por outro lado, a propriedade é protegida e os cidadãos sabem que poderão
desfrutar dos frutos de sua parcimônia. Em Freedonia, inventores inteligentes são bem pagos para
criar novas tecnologias produtivas, enquanto os cientistas igualmente talentosos de Sylvania gastam
seus esforços criando novas armas para as intermináveis e mesquinhas guerras do rei. Finalmente,
em Sylvania o mais
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2.2 Da Parábola à Prática 33

caminho confiável para a riqueza e o status é ganhar o favor do rei, e é para isso que os
melhores esforços dos homens e mulheres mais capazes são direcionados. Em Freedonia,
por outro lado, o caminho para o sucesso passa por realizações concretas — fazer bem o seu
trabalho. Isso explica por que as coisas funcionam com muito mais eficiência em Freedonia.
“Assim, todas as fontes da pobreza relativa de Sylvania que identificamos em nosso
primeiro relatório – acumulação de capital, atraso tecnológico e ineficiência – podem ser
rastreadas até a única causa raiz da monarquia.”
Você entrega o relatório e sai apressado. Correndo em direção à fronteira, perseguido
por uma tropa da guarda do palácio, você reflete que talvez seu esforço e perspicácia fossem
mais bem recompensados em um país como Freedonia.

2.2 DA PARÁBOLA À PRÁTICA


A parábola de Sylvania e Freedonia não deve ser interpretada literalmente. Em particular, a
forma de governo de um país (monarquia, democracia ou qualquer outra coisa) é apenas um
dos determinantes fundamentais da renda que consideraremos neste livro. Em vez disso, a
parábola destina-se a orientar nosso pensamento sobre os determinantes do crescimento
econômico, mostrando como se pode analisar e ponderar a importância relativa de diferentes
fatores que levam a diferenças de renda entre os países. Há três ideias-chave da parábola
que levaremos conosco ao longo do livro:

b Podemos distinguir entre duas coisas específicas que podem tornar um país mais rico:
a acumulação de insumos na produção versus a produtividade com que esses insumos
são usados. Na parábola, o único insumo na produção além do trabalho era o capital,
mas veremos que existem outros insumos também.

b Podemos dividir ainda mais as diferenças de produtividade entre os países em dois


componentes: diferenças de tecnologia e diferenças de eficiência.
A tecnologia pode ser discutida em termos de pesquisa e desenvolvimento,
disseminação de conhecimento e avanço científico. A eficiência diz respeito à
organização da economia, das instituições, etc.

b Podemos aprender muito olhando além dos determinantes imediatos da renda de um


país para examinar quais características fundamentais ou mais profundas os moldam.
Podemos pensar na distinção entre fatores imediatos e últimos que afetam o
crescimento. (Uma causa próxima é um evento que é imediatamente responsável por
causar algum resultado observado. Uma causa última é algo que afeta um resultado
observado por meio de uma cadeia de eventos intermediários.)

Cada uma dessas ideias-chave está no centro de uma parte do livro. A Parte II concentra-
se em como os países diferem em sua acumulação de insumos na produção. A Parte III está
preocupada com a produtividade e seus componentes, tecnologia e eficiência.
Finalmente, a Parte IV examina os fatores fundamentais potenciais que explicam as diferenças
entre os países em todas as coisas que são examinadas nas Partes II e III.
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34 CAPÍTULO 2 Uma Estrutura para Análise

No restante desta seção, consideramos brevemente como podemos transferir a primeira


das ideias básicas que acabamos de listar para uma análise econômica mais formal e como
podemos usar a análise das diferenças nos níveis de renda dos países – o assunto da
parábola — para entender também as diferenças nas taxas de crescimento.

A Função de Produção

A parábola de Freedonia e Sylvania introduziu a ideia de que os países podem diferir em sua
renda per capita por duas razões: porque diferem na acumulação de insumos usados na
produção ou porque diferem na produtividade com que esses insumos são usados. Na
parábola, havia apenas um insumo para a produção além do trabalho: o capital. Como
veremos na Parte II, o capital é apenas um dos vários insumos de produção que um país pode
acumular. Coletivamente, esses insumos são chamados de fatores de produção.

Ao longo deste livro, usamos uma função de produção para expressar a relação entre
os fatores de produção e a quantidade produzida. Em microeconomia, uma função de
produção é uma descrição matemática de como os insumos que uma empresa usa são
transformados em sua produção. Usaremos a mesma ideia aqui, embora agora a saída que
consideraremos seja a saída de um país inteiro.
A Figura 2.1 mostra um exemplo de função de produção. O eixo horizontal é rotulado
como Fatores de produção por trabalhador para mostrar que poderíamos ser

F
FIGURA 2.1

A Função de Produção

Produção por trabalhador

Produção
função

Fatores de produção por trabalhador


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2.2 Da Parábola à Prática 35

considerando qualquer fator de produção particular ou todos eles juntos.


O eixo vertical mede a produção por trabalhador. A função de produção se inclina
para cima, ilustrando que um país com mais fatores de produção é capaz de
produzir mais. A função de produção também se torna mais plana à medida que a
quantidade de fatores de produção por trabalhador aumenta, por razões que
exploraremos no Capítulo 3.
Considerar a função de produção nesta forma geral nos permite levantar uma
questão que perseguiremos ao longo do livro: até que ponto as diferenças de renda
entre os países são resultado de diferenças na acumulação de fatores de produção
e até que ponto as diferenças de renda renda o resultado de diferenças na própria
função de produção? A Figura 2.2 considera o caso de dois países, designados 1 e
2. O produto per capita no País 1, y1, é maior do que o produto por trabalhador no
País 2, y2. Cada um dos três painéis da figura mostra uma possível explicação de
por que os dois países diferem na produção. No painel (a), os dois países têm a
mesma função de produção, mas o País 1 tem um nível mais alto de fatores de
produção por trabalhador e, portanto, maior produção. No painel (b), os dois países
possuem as mesmas quantidades de fatores de produção, mas a função de
produção do País 1 é superior à do País 2; assim, para qualquer quantidade de
fatores de produção, o País 1 produz mais produto do que o País 2. Em outras palavras, o País 1

F
FIGURA 2.2

Possíveis fontes de diferenças na produção por trabalhador

(a) Diferenças devido a (b) Diferenças devido a (c) Diferenças devidas a ambos
acumulação de fatores produtividade à produtividade e
acumulação de fatores

Produção por trabalhador Produção por trabalhador Produção por trabalhador

Produção Produção Produção


função funcionar em funcionar em
em ambos País 1 País 1
países

ano 1

Produção
ano 2
funcionar em
Produção País 2
funcionar em
País 2

País País Ambos País País


2 1 países 2 1

Fatores de produção Fatores de produção Fatores de produção


por trabalhador por trabalhador por trabalhador
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36 CAPÍTULO 2 Uma Estrutura para Análise

tem maior produtividade do que o País 2. No painel (c), o País 1 tem mais fatores de
produção e maior produtividade do que o País 2. O Capítulo 7 usará essa abordagem
analítica para determinar quanto da variação da renda entre os países reais é resultado de
acumulação variável de fatores de produção e quanto é o resultado de produtividade variável.

Dos níveis de renda às taxas de crescimento


A parábola de Freedonia e Sylvania era sobre as diferenças entre os níveis de renda dos
países. Mas, como vimos no Capítulo 1, muitos dos fatos interessantes nos dados são sobre
as diferenças nas taxas de crescimento entre os países. Como podemos usar a estrutura
apresentada na parábola para examinar as variações na taxa de crescimento econômico?

A resposta é que teremos que introduzir em nossa análise a ideia de ajuste gradual a
um novo nível de equilíbrio do produto. Para ser concreto, voltemos ao mundo simples de
Freedonia e Sylvania, onde havia apenas uma fonte fundamental de diferenças de renda, a
forma de governo. Neste exemplo, a monarquia de Sylvania foi responsável pela diferença
de renda dos dois países (um fator de oito).

Agora suponha que o rei de Sylvania seja deposto e a monarquia seja substituída pela
democracia. Após a revolução Sylvaniana, os dois países terão os mesmos fundamentos.
Nossa história simples dos determinantes da produção nos levaria a esperar que Sylvania
produzisse o mesmo nível de produção per capita que Freedonia, mas não esperaríamos
realmente que a economia Sylvaniana alcançasse imediatamente. Por que não? Para
começar, parte da diferença de renda decorreu de uma diferença nos estoques de capital
dos países, resultado da baixa taxa de poupança de Sylvania. Quando a monarquia for
deposta, a taxa de poupança de Sylvania aumentará, mas levará tempo para Sylvania
acumular tanto capital quanto Freedonia. Da mesma forma, outro contribuinte para a pobreza
relativa de Sylvania foi que a monarquia de Sylvania havia impedido a aquisição de
tecnologias de ponta do exterior. Com o fim da monarquia, Sylvania alcançará
tecnologicamente seu vizinho, mas não da noite para o dia. Haverá um período de muitos
anos em que a Freedonia continuará sendo a líder tecnológica, mesmo que por uma margem
cada vez menor.
Esse ajuste gradual dos níveis de renda pode ser a base para uma história sobre taxas
de crescimento. Como nada mudou em Freedonia, ela continuará a crescer na mesma
proporção que antes da revolução em Sylvania. Mas a recuperação de Sylvania se refletirá
em um crescimento mais rápido da renda. De fato, Sylvania continuará a crescer mais rápido
que Freedonia até que seja alcançada.
A princípio, esse rápido crescimento pode parecer surpreendente. Os economistas
estão sempre aconselhando os países a adotar esta ou aquela política porque isso os fará
crescer mais rápido. Aqui, porém, temos um caso em que dois países têm a mesma política
(democracia), mas um país está crescendo mais rápido. Além disso, esse rápido crescimento
parece ser uma recompensa por ter tido uma política ruim no passado.
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2.3 O que podemos aprender com os dados? 37

A explicação é que Sylvania está pagando o preço por sua má política passada na forma de
um nível de renda mais baixo. Com o tempo, no entanto, como continua sendo uma democracia,
os danos causados por essa má política do passado desaparecem. E esse desaparecimento
assume a forma de um crescimento rápido.
Generalizando a partir deste exemplo, podemos facilmente transformar nosso modelo dos
determinantes dos níveis de renda em um modelo dos determinantes do crescimento da renda.
Especificamente, se dois países são os mesmos em seus fundamentos (ou, de forma mais geral,
se esperamos que tenham níveis de renda iguais com base em seus fundamentos), podemos
esperar que o país com um nível de renda mais baixo cresça mais rapidamente. Uma razão pode
ser que o país mais pobre tenha renda abaixo do nível que esperaríamos, dados seus fundamentos
(por exemplo, Sylvania logo após a revolução). Ou o país mais rico poderia ter renda acima do
nível que esperamos de seus fundamentos (por exemplo, se a democracia na Freedonia fosse
substituída por uma monarquia).
Essa análise deixa claro por que as discussões de políticas para afetar o crescimento
econômico podem muitas vezes ser confusas. Por exemplo, quando Bill Clinton anunciou no início
de sua presidência sua intenção de “fazer a economia crescer”, um alvo potencial para seus
esforços era a taxa de poupança dolorosamente baixa dos EUA. O governo Clinton perguntou a
economistas como um aumento na poupança afetaria o crescimento econômico.
A resposta correta teria sido que um aumento na poupança aumentaria a taxa de crescimento do
produto nos anos imediatamente após sua ocorrência, mas eventualmente a taxa de crescimento
retornaria ao seu nível básico (ou seja, o nível na ausência de um aumento na economizando). No
entanto, mesmo que o crescimento fosse o mesmo no longo prazo, o nível de produção seria maior
do que teria sido se a poupança não tivesse aumentado. Qualquer político teria perdido o interesse
muito antes do final dessa resposta.

2.3 O QUE PODEMOS APRENDER COM OS DADOS?


A economia avança nossa compreensão do mundo por meio de uma combinação de raciocínio
teórico e exame de dados. As teorias econômicas são frequentemente apresentadas na forma de
modelos econômicos, que são representações simplificadas da realidade que podem ser usadas
para analisar como as variáveis econômicas são determinadas, como uma mudança em uma
variável afetará outras e assim por diante. Por exemplo, o modelo familiar de oferta e demanda é
usado para analisar como o preço de um bem e a quantidade comprada são determinados.
Podemos usar o modelo de oferta e demanda para responder a perguntas como: “O que acontece
com a quantidade de pão consumida se o preço da farinha subir?” Também podemos usar o
modelo de oferta e demanda para examinar os efeitos de políticas econômicas, como impostos e
tetos de preços.
Um uso dos dados é para testar teorias econômicas. No caso da oferta e demanda, a teoria
é bastante simples e foi testada o suficiente para que haja poucas dúvidas sobre sua validade.
Outras teorias, no entanto, estão sujeitas a um debate ativo.
Ao comparar as previsões de uma teoria com o que os dados mostram, podemos avaliar a
precisão da teoria.
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38 CAPÍTULO 2 Uma Estrutura para Análise

Os economistas também usam dados para atribuir magnitudes às diferentes partes de um modelo
econômico. Este método é chamado de análise quantitativa. Voltando à oferta e demanda, sabemos
apenas pela teoria que um aumento no preço do pão levará a uma diminuição na quantidade
demandada de pão. Mas saber quão grande uma diminuição na quantidade resultará de um aumento
específico no preço – isto é, quão acentuadamente a curva de demanda se inclina – requer ir aos
dados. Da mesma forma, se quisermos avaliar os efeitos quantitativos de uma política específica (por
exemplo, quanta receita será arrecadada por um imposto específico), precisaremos examinar os
dados. Sem esse tipo de análise quantitativa, a teoria é muitas vezes inútil.

Por essas razões, os economistas são consumidores vorazes de dados. Mas os economistas
também estão cientes de muitas das dificuldades em usar dados para aprender as coisas que eles
querem saber.
Um problema é que os economistas nunca têm dados suficientes. Muitas das coisas que os
economistas gostariam de saber não são medidas. Por exemplo, muitas teorias econômicas são
baseadas na ideia de maximizar a felicidade, ou utilidade, como é chamada no jargão dos economistas.
Mas a felicidade de um indivíduo não pode ser observada diretamente. Em outros casos, as coisas
que queremos saber são medidas apenas de forma imprecisa, como em uma pergunta de pesquisa
que pode perguntar: “Quanto sua família gastou em comida na semana passada?” Ao examinar dados
de vários países, como este livro frequentemente faz, há o problema adicional de que os países
coletam informações de diferentes formas. Finalmente, em alguns casos, os órgãos oficiais que
coletam estatísticas têm um viés particular, que se expressa nos números supostamente neutros que
relatam.

Outro problema é que os dados que os economistas têm à sua disposição são quase sempre
observacionais, em contraste com os experimentais. Ou seja, os economistas podem observar o
mundo ao seu redor, mas geralmente não podem fazer experimentos controlados da maneira que
biólogos, químicos e físicos podem. Isso muitas vezes torna difícil para os economistas descobrir o
que está causando o quê.

Gráficos de dispersão e correlações

Os economistas geralmente examinam os dados usando um gráfico de dispersão. Em um gráfico de


dispersão, cada observação (por exemplo, cada país) é representada por um único ponto. Uma variável
(isto é, uma característica da observação que estamos examinando) é medida ao longo do eixo
horizontal, e uma variável é medida ao longo do eixo vertical.
Um gráfico de dispersão nos permite ver a relação geral entre duas variáveis, bem como quais
observações são consistentes com essa relação geral e quais estão fora da relação usual. As
observações que são inconsistentes são chamadas de outliers.

As Figuras 2.3 e 2.4 dão exemplos de gráficos de dispersão, tirados de capítulos posteriores do
livro. A Figura 2.3 mostra uma forte relação positiva entre a latitude de um país (ou seja, sua distância
do equador) e seu nível de PIB per capita.
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2.3 O que podemos aprender com os dados? 39

F FIGURA 2.3

Relação entre Latitude e Renda Per Capita

PIB per capita, 2009 (dólares de 2005, escala de proporção)


100.000
Cingapura Estados Unidos Luxemburgo
Noruega

Malásia Rússia
10.000

China Moldávia
Índia

1.000

Congo, Dem. Representante


Zimbábue
100
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Latitude (graus absolutos distantes do equador)

F FIGURA 2.4

Relação entre renda per capita e crescimento populacional

Taxa de crescimento populacional, 1975–2009 (% ao ano)


5,0

4,5 Bahrein

4,0 Arábia Saudita

3,5 Paquistão
Congo, Dem. Representante
3,0

2,5
Libéria

2,0 Zimbábue México


Luxemburgo
1,5 Austrália

1,0 NÓS
China
0,5
Moldávia
0,0
100 1.000 10.000 100.000
PIB per capita, 2009 (dólares de 2005, escala de proporção)
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40 CAPÍTULO 2 Uma Estrutura para Análise

A Figura 2.4 mostra uma relação negativa entre o PIB per capita e a taxa de crescimento
populacional de um país. Na Figura 2.3, a observação para Cingapura (próxima do
equador, mas rica) é um exemplo de outlier.
Uma de nossas ferramentas fundamentais será observar a correlação entre as
variáveis. A correlação descreve o grau em que duas variáveis tendem a se mover juntas.
Duas variáveis são positivamente correlacionadas se valores altos de uma tendem a estar
associados a valores altos da outra. Eles são negativamente correlacionados se valores
altos de uma variável tendem a estar associados a valores baixos da outra. Por exemplo,
o número de horas que um aluno estuda por semana está positivamente correlacionado
com sua média de notas.
O grau de correlação entre duas variáveis é medido pelo coeficiente de correlação,
que é um número entre –1 e 1. Um coeficiente de correlação de 1 indica correlação
positiva perfeita; um coeficiente de correlação de –1 indica correlação negativa perfeita.
Um valor de 0 indica que não há tendência para que as duas quantidades variem juntas.1
Nas Figuras 2.3 e 2.4, os coeficientes de correlação são 0,52 e -0,42, respectivamente
(observe que essas correlações são calculadas usando o logaritmo do PIB per capita) .

Examinar a correlação entre duas variáveis geralmente é um ponto de partida útil para
pensar em como elas estão relacionadas. Mas as correlações devem ser interpretadas
com cuidado. Considere uma correlação positiva entre duas variáveis, X e Y.
Existem três explicações possíveis (que não são mutuamente exclusivas) para a correlação
que observamos nos dados:

1. X causa Y. A variável X afeta a variável Y, de modo que se fosse possível mudar


a variável X, a variável Y também mudaria. Por exemplo, em cidades onde chove muito
(X), as pessoas tendem a ter mais guarda-chuvas (Y). Causação que vai de X a Y
pode ser direta, como no exemplo da chuva e dos guarda-chuvas, ou pode operar por
meio de uma cadeia de elos causais intermediários. Por exemplo, a temperatura média de
um país está correlacionada com a incidência de malária, não porque o ar quente causa a
doença (como se pensava), mas porque os mosquitos que carregam o parasita da malária
são mais ativos em climas quentes.

2. Y causa X. Pode-se pensar que X causa Y quando, na verdade, o oposto é


verdadeiro. Essa situação é chamada de causalidade reversa. Por exemplo, podemos
observar que o número médio de gravatas possuídas por residentes de um país está
positivamente correlacionado com a renda per capita. Uma pessoa ingênua (ou um representante de

1Nota Matemática: A fórmula para o coeficiente de correlação é

ÿ(X - Xÿ)(Y - Yÿ)

3ÿ(X - Xÿ) 23ÿ(Y - Yÿ) 2

onde Xÿ é a média de X e Yÿ é a média de Y.


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2.3 O que podemos aprender com os dados? 41

a indústria de gravatas) podem interpretar esse achado como evidência de que ter mais gravatas
faz com que a renda seja maior. Uma interpretação mais razoável é que gravatas não têm efeito
sobre a renda e que a correlação resulta do fato de que as pessoas em países mais ricos têm mais
dinheiro para gastar em roupas desconfortáveis.

Também é perfeitamente possível que a causação ocorra em ambas as direções. Por


exemplo, a quantidade de tempo que um jogador de golfe passa praticando está positivamente
correlacionada com os resultados que ele alcança. (Diz-se que Tiger Woods pratica quatro ou
cinco horas por dia.) Essa correlação resulta de dois fatos: a prática melhora o jogo de um jogador,
e jogadores naturalmente talentosos têm mais incentivo para praticar.
Em gráficos de dispersão, se sabemos que X causa Y e não vice-versa, é tradicional traçar X
no eixo horizontal e Y no vertical. No entanto, traçar uma variável no eixo horizontal não prova que
ela causa a outra variável. Nos casos em que a causação ocorre em ambas as direções ou onde
a direção da causação não é conhecida, é arbitrário qual variável é plotada no eixo horizontal e
qual no eixo vertical.

3. Não há relação causal direta entre X e Y, mas alguma terceira variável, Z, causa tanto X
quanto Y. Essa terceira variável (Z) é conhecida como uma variável omitida. Para dar um
exemplo, o número de ataques de tubarão que ocorrem em um determinado dia está positivamente
correlacionado com a quantidade de sorvete consumida. É bastante claro que o consumo de
sorvete não causa ataques de tubarão e vice-versa.
Em vez disso, tanto o consumo de sorvete quanto os ataques de tubarão são causados pelo clima.
Em dias quentes, as pessoas são mais propensas a nadar no oceano e também mais propensas
a comer sorvete.

Os estatísticos inventaram muitas maneiras de lidar com os problemas de interpretar


correlações. No caso de variáveis omitidas, a técnica de regressão múltipla (ensinada em muitas
aulas de econometria) fornece uma maneira de separar os efeitos de terceiras variáveis da relação
entre as duas variáveis de interesse. Há também várias técnicas para desvendar a causa (se X
causa Y, Y causa X ou ambos) da correlação. Uma das mais úteis, que também é ensinada em
muitas aulas de econometria, é chamada de variáveis instrumentais.

Embora este livro não use essas técnicas estatísticas diretamente, grande parte da literatura da
qual extraímos as aplicou. Em alguns casos, a causação pode ser desvinculada da correlação por
meio de experimentos – isto é, variando X
e ver se isso causa alterações em Y (consulte a caixa “Ensaios controlados randomizados”.)
Além dessas técnicas, a teoria econômica e o bom senso também devem ser utilizados na
interpretação dos dados.
As dificuldades em aprender sobre causação a partir de dados observacionais – resumidos
no aforismo “Correlação não implica causação” – são formidáveis. No entanto, se a causação é o
que estamos interessados em aprender, a correlação geralmente é um bom lugar para começar a
procurar.
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42 CAPÍTULO 2 Uma Estrutura para Análise

F ENSAIOS CONTROLADOS ALEATÓRIOS

o problema de melhorar a escolaridade. Em muitos países em


N os
vemúltimos anos, os
implantando economistas
a poderosa têm cada
ferramenta devez mais
ensaios desenvolvimento, as escolas sofrem com a escassez de livros
controlados randomizados (ECRs) para entender as relações didáticos, materiais didáticos e professores. Além disso, muitos
entre as variáveis que estudam e para elaborar políticas.* alunos têm altas taxas de absenteísmo por motivo de doença.
ECRs em economia são modelados nas técnicas que têm sido Esperaríamos que as políticas de fornecimento de mais livros

usadas há muito tempo na medicina para avaliar a eficácia de didáticos ou materiais didáticos, contratação de mais
novos tratamentos. Os ECRs econômicos geralmente envolvem professores ou atendimento às necessidades de saúde das
a consideração de um “tratamento” (como subsídio, campanha crianças aumentassem o desempenho dos alunos. Mas qual
informativa, acesso a um programa, etc.) ou “controle”. Os política é mais econômica?
pesquisadores então comparam os resultados médios dos
grupos de tratamento e controle. Alternativamente, vários A maneira de responder a essa pergunta é realizar um
tratamentos diferentes podem ser testados simultaneamente, ECR: escolha aleatoriamente algumas aldeias para receber
sendo cada um atribuído a uma parte escolhida aleatoriamente um tratamento (digamos, mais livros didáticos), algumas
da população relevante. aldeias para receber um tratamento diferente (digamos,
medicamentos desparasitantes, para abordar uma causa
comum de absenteísmo) , e talvez um terceiro grupo para não
receber nenhuma intervenção. Avalie o desempenho dos
alunos antes e depois das intervenções e veja onde ele
aumenta mais (um RCT no Quênia descobriu que a
Existem várias vantagens em usar ECRs. Mais desparasitação era de longe a intervenção mais econômica.)†
significativamente, os ECRs podem resolver o problema de
desvendar a causalidade da correlação que é discutida no ECRs como este têm sido usados para examinar a
texto. Porque quem recebe qual tratamento é aleatório, não há melhor maneira de incentivar os pais a imunizar seus filhos,
perigo de que o tratamento esteja correlacionado com variáveis métodos para reduzir a corrupção em projetos governamentais
omitidas ou sujeito a causa reversa. Isso significa que, se de construção de estradas e o efeito do microfinanciamento na
observarmos grupos que receberam tratamentos diferentes prosperidade nos bairros, entre muitos outros tópicos.
com resultados diferentes, podemos ter certeza de que o
tratamento teve um impacto causal. Uma segunda vantagem
dos RCTs é que eles permitem testes em pequena escala e ECRs também podem ser usados para investigar os
refinamento de projetos de programas que, se bem-sucedidos, determinantes subjacentes do comportamento econômico.
podem posteriormente ser ampliados para ter um impacto em Diferentes teorias sobre por que as pessoas se comportam de
grande escala. certas maneiras (por exemplo, o que determina quantos filhos
elas têm ou quanto dinheiro elas economizam) implicam que
as pessoas reagirão de maneiras diferentes quando seu
Os ECRs são mais eficazes na comparação de ambiente mudar.
diferentes políticas, todas as quais, em princípio, realizarão Os pesquisadores podem usar ECRs para variar o ambiente
coisas boas. Considerar que as pessoas enfrentam em uma dimensão de cada vez para
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2.3 O que podemos aprender com os dados? 43

testar diferentes teorias. Por exemplo, um estudo testou os economistas passam muito tempo pensando sobre
a teoria de que o acesso limitado ao crédito estava o papel que diferentes características do governo, como
reduzindo a produtividade das pequenas empresas no o nível de corrupção ou a extensão da democracia,
Quênia. Algumas empresas foram escolhidas desempenham em afetar o crescimento econômico.
aleatoriamente para receber empréstimos, e seu Responder a essa pergunta com um RCT exigiria dividir
desempenho foi comparado a um grupo de controle que não recebeu essaaleatoriamente em diferentes grupos, depois
os países
tratamento. designar um grupo para ter governos corruptos e o
Embora os ECRs sejam excelentes ferramentas outro grupo para ter governos honestos, o que é uma
para responder a algumas questões que os economistas impossibilidade prática. Da mesma forma, questões
enfrentam, eles estão longe de ser uma solução como o papel da cultura (Capítulo 14), história colonial
universal. Um problema com os ECRs é a questão da (Capítulo 12) ou fatores geográficos (Capítulo 15) são
“validade externa”, ou seja, se um tratamento que áreas nas quais é difícil aprender alguma coisa usando
funciona em um ambiente (por exemplo, uma região ECRs porque não há como os economistas manipularem
específica) funcionará em outros lugares. Um problema o "tratamento."
mais sério é que existem limites nítidos para os tipos
de hipóteses que podem ser testadas usando ECRs.
As políticas econômicas que afetam um país inteiro, No entanto, os que acreditam na metodologia RCT
em vez de apenas uma única família ou vila, são difíceis têm respostas para muitos desses pontos.
de avaliar usando ECRs. Exemplos de políticas como Embora seja verdade que os ECRs podem nunca
essas incluem a política comercial protecionista revelar as raízes fundamentais do subdesenvolvimento
(discutida no Capítulo 11) e a regulamentação dos econômico, conhecer essas raízes profundas tem mais
mercados financeiros (Capítulo 10). Além disso, como valor acadêmico do que prático. Além disso, embora
se concentram no efeito de um tratamento no indivíduo seja verdade que existam algumas áreas de formulação
tratado, as análises de ECR podem deixar de lado de políticas (por exemplo, política comercial) nas quais
efeitos importantes. Por exemplo, um RCT pode mostrar os ECRs não são informativos, essas são áreas nas
que fornecer a um indivíduo mais escolaridade aumenta quais a política é feita por razões políticas e, portanto,
seus rendimentos, mas não mostra se esses rendimentos mesmo que os economistas soubessem a verdade de
mais altos representam um acréscimo ao nível total de qual política era melhor, não afetaria o que realmente
rendimentos da economia ou simplesmente o indivíduo foi feito. É precisamente nas áreas em que há escolhas
tratado deslocando alguns não tratados. pessoa em um políticas a serem feitas e nas quais aqueles que as
emprego de alto salário.‡ fazem podem ouvir o que os economistas aprenderam
que os ECRs são mais informativos.
Os ECRs também não são informativos quando
se consideram fatores profundos que afetam o nível de
desenvolvimento da economia como um todo (ou seja, *Banerjee e Duflo (2011)
“fundamentais” na linguagem deste capítulo). Por †
Kremer e Miguel (2004).

exemplo, conforme discutido no Capítulo 12, Acemoglu (2010).
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44 CAPÍTULO 2 Uma Estrutura para Análise

F APRENDENDO COM DADOS HISTÓRICOS

as ferrovias tornaram-se o meio dominante de transporte de


Muitos dos dados
dados neste livro
seccionais sãoé,cruzados
- isto observações de diferentes commodities agrícolas e produtos manufaturados em todo o
unidades (por exemplo, países ou pessoas) em um único país. Mas Fogel mostrou que o domínio das ferrovias no
ponto no tempo. Uma alternativa ao uso de dados transversais transporte não provava que elas eram essenciais.
é examinar como as variáveis econômicas mudam ao longo

do tempo, seja um período de décadas ou extensões mais Considerando um mundo “contrafactual” em que as ferrovias
longas da história. Os dados históricos são particularmente não foram inventadas, Fogel demonstrou que a rede de
úteis para pensar por que os países diferem em seus níveis hidrovias e canais navegáveis do país, cujo crescimento foi
de renda hoje porque, como vimos no capítulo anterior, grande sufocado pelas ferrovias, poderia ter feito um trabalho quase
parte da variação da renda hoje tem suas raízes nos últimos tão bom quanto ao manuseio do transporte. necessidades da
200 anos de crescimento econômico. economia em crescimento. A Figura 2.5 mostra o mapa de
Fogel de uma rede de transporte aquaviário que poderia ter
Embora a história possa ser reveladora, também é difícil substituído a maioria das ferrovias
de interpretar. Um problema na interpretação de dados
históricos (como em qualquer outro dado) é que, quando duas em existência em 1890.*

coisas aconteceram ao mesmo tempo, não sabemos qual Como a história aconteceu apenas uma vez,
evento causou qual, ou mesmo se eles estavam causalmente é difícil eliminar completamente o efeito da sorte. A
relacionados. história dos tipos móveis fornece um exemplo do
Um problema adicional com dados históricos é que, para efeito que a sorte pode ter no desenvolvimento
muitas questões que nos interessam, a história fornece econômico. A introdução do tipo móvel na Europa
efetivamente apenas um ponto de dados. por Johannes Gutenberg em 1453 teve profundos
Especificamente, muitas vezes estamos interessados em efeitos econômicos e sociais no desenvolvimento
saber por que algo aconteceu de uma maneira e não de outra do continente. Curiosamente, no entanto, a
– por exemplo, por que a Europa se desenvolveu antes da impressão com tipos móveis foi inventada na China
China ou por que a Inglaterra liderou a Revolução Industrial. cerca de 600 anos antes de Gutenberg, mas não
O historiador econômico Robert Fogel ganhou o Prêmio decolou como na Europa. Por que a impressão era
Nobel em parte por mostrar que uma das lições “óbvias” da menos popular na China do que na Europa? Uma
história – que as ferrovias eram uma causa essencial do razão importante é que o chinês escrito, que se
crescimento econômico nos Estados Unidos no século 19 – baseia em milhares de caracteres pictográficos, é
era de fato uma falácia. Os historiadores estavam convencidos muito mais difícil de digitar do que os idiomas
da centralidade das ferrovias no crescimento econômico dos europeus, que usam pequenos alfabetos. É
EUA pelo fato de que, ao longo do século, concebível que este golpe de sorte, mais do que o
social e político

2.4 CONCLUSÃO
Este capítulo apresentou uma estrutura geral para pensar como são
determinadas as diferenças de renda entre os países. A parábola de Freedonia
e Sylvania introduziu os três temas que são centrais em nossa abordagem.
Primeiro, as diferenças de renda per capita entre os países podem ser divididas em um p
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2.4 Conclusão 45

fatores que interessam aos historiadores, é a A experiência histórica pode aumentar o peso da
explicação mais importante para os destinos evidência a favor ou contra uma teoria particular.
divergentes das duas regiões. Mas é raro que a “história prove” alguma coisa.
A conclusão é que, como qualquer outro dado,
a história deve ser interpretada com cautela. *Fogel (1964).

F
FIGURA 2.5

Mapa de Fogel de uma potencial rede de transporte de água para 1890

Fonte: Fogel (1964).

atribuível à acumulação de fatores de produção e uma peça atribuível à


produtividade com que esses fatores de produção são utilizados. Em segundo
lugar, as diferenças de produtividade entre os países podem ser decompostas em
parte como resultado de diferenças de tecnologia e em parte como resultado de
diferenças de eficiência. Terceiro, além de um exame dos fatores imediatos que
determinam as diferenças de renda (acumulação de fatores, tecnologia e eficiência), um estudo completo
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46 CAPÍTULO 2 Uma Estrutura para Análise

a compreensão do crescimento econômico requer um exame dos fatores fundamentais


que determinam as causas imediatas.
Esses três temas formarão a estrutura para o restante do livro. Os próximos quatro
capítulos examinam detalhadamente a acumulação de fatores de produção, perguntando
por que a acumulação de fatores difere entre os países e quanto da variação da renda
per capita pode ser explicada por diferenças na acumulação de fatores. A Parte III
examina as diferenças de produtividade entre os países, bem como os componentes,
tecnologia e eficiência da produtividade. Finalmente, a Parte IV examina um conjunto
de fatores fundamentais e traça suas ligações com os determinantes imediatos das
diferenças de produto entre os países.

TERMOS CHAVE

capital 30 causa final 33 atípico 38


investimento 30 fatores de produção 34 correlação 40
produtividade 31 função de coeficiente
tecnologia 31 produção 34 de correlação 40
eficiência 31 modelo econômico 37 causa reversa 40
fundamentos 32 gráfico de dispersão 38 variável omitida 41
causa próxima 33 variável 38 dados transversais 44

PERGUNTAS PARA REVISÃO

1. Qual é a diferença entre produtividade e acumulação de 4. O que é uma função de produção? O que são fatores de
fatores como forças que contribuem para as diferenças produção?
de renda entre os países? 5. Quais são os obstáculos ao uso de dados de correlação
ção para inferir causalidade?
2. Qual é a relação entre produtividade, tecnologia e
eficiência? 6. Como os ensaios clínicos randomizados superam

3. Qual é a distinção entre os determinantes imediatos e alguns dos problemas em inferir causalidade de dados?
finais da renda per capita de um país?

PROBLEMAS

1. Dê um exemplo de uma possível causa próxima nível de produção per capita, mas diferentes níveis de
baixo PIB per capita. acumulação de fatores e produtividade.
2. Dê um exemplo de uma possível causa fundamental 4. O País A e o País B têm os mesmos fundamentos exatos,
para o baixo PIB per capita. mas o País A é duas vezes mais rico que o País B. Qual
3. Desenhe um gráfico, análogo aos da Figura 2.2, país você esperaria ter maior crescimento no curto
mostrando como dois países podem ter o mesmo prazo?
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Problemas 47

Como suas taxas de crescimento se compararão no se as variáveis têm uma correlação positiva, negativa
longo prazo? ou aproximadamente zero em um corte transversal de
países:
5. Dê um exemplo de algo que esteja correlacionado com o
PIB per capita onde é claro a priori que a causalidade vai uma. PIB per capita e o número de livros impressos
do PIB para aquela medida e não na outra direção. per capita

b. PIB per capita e a fração da população que


6. Um estudo descobriu que existe uma forte correlação sofre de desnutrição
entre estar acima do peso e sofrer um ataque cardíaco. c. Fração da população que usa óculos e
Isso prova que o excesso de peso causa ataques expectativa de vida
cardíacos? Conte uma história em que a correlação é o
d. Número de automóveis per capita e número de
resultado da causação reversa. Conte uma história em
letras no nome do país
que a correlação é o resultado de uma variável omitida.
9. Uma empresa farmacêutica criou um novo medicamento
que acredita que ajudará os alunos a aprender de forma
7. Para cada um dos cenários a seguir, discuta qual problema
mais eficaz. Descreva como você construiria um estudo
estatístico pode tornar a inferência incorreta: controlado randomizado em seu campus universitário
para avaliar essa teoria. Seja o mais específico possível
uma. As pessoas que votam em partidos políticos de sobre como você recrutaria os participantes, conduziria o
direita tendem a viver mais do que aquelas que experimento, avaliaria os resultados e assim por diante.
votam em partidos de esquerda. Portanto, ser um Discuta alguns dos obstáculos logísticos e éticos que você
conservador político é bom para você. pode enfrentar na condução deste estudo. Que problemas
b. As pessoas nos hospitais são geralmente menos podem surgir ao tirar uma conclusão geral sobre a eficácia
saudáveis do que as que estão fora dos hospitais. do medicamento a partir do ensaio que você descreve?
Portanto, é melhor evitar hospitais.

8. Para cada um dos seguintes pares de variáveis, dê


seu melhor palpite (e uma explicação)

Para exploração e prática adicionais usando o Online Data Plotter e conjuntos de dados, visite http://
www.pearsonhighered.com/weil/.
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3 CAPÍTULO

CAPITAL FÍSICA

O nome do economista
que ampliam para ferramentas
nossa capacidade - os
ou trabalham objetos
para nós – é físicos
capital.
Não é uma definição ruim
O capital inclui não apenas as máquinas que ficam nas
do cara para descrevê-lo como
um. Seus
fábricas, mas também os prédios em que trabalhamos,
bicho de ferramentas
infraestrutura como estradas e portos, veículos que usamos
primeiros artifícios para sustentar a vida
para transportar mercadorias e matérias-primas e até
incivilizada eram ferramentas da construção
mais simples e rude. Suas últimas conquistas computadores nos quais os professores escrevem livros
na substituição de máquinas, não apenas para a didáticos. Executar quase qualquer trabalho requer o uso
habilidade da mão humana, mas para o alívio do de capital e, para a maioria dos trabalhos, o trabalhador
intelecto humano, baseiam-se no uso de que tiver mais ou melhor capital para trabalhar poderá produzir mais.
ferramentas de uma natureza ainda Como os trabalhadores com mais capital podem
ordem superior. produzir mais, as diferenças na quantidade de capital são
—Charles Babbage1
uma explicação natural a ser considerada para as diferenças
que observamos na renda entre os países. Em 2009, o
trabalhador médio dos EUA tinha US$ 201.618 em capital para
trabalhar. No México, naquele ano, o capital por trabalhador foi de US$
66.081, e na Índia, foi de apenas US$ 17.918.2 A Figura 3.1 analisa a relação entre a
quantidade de capital por trabalhador e o nível de PIB por trabalhador para muitos
países. A estreita relação entre essas duas variáveis é impressionante. As enormes
diferenças na quantidade de capital disponível para os trabalhadores são uma
explicação óbvia para as grandes diferenças de produção entre esses países. Mas,
como a discussão no Capítulo 2 deixou claro, precisaremos analisar o problema com
mais cuidado antes de podermos concluir que os Estados Unidos são mais ricos do
que o México ou a Índia porque têm mais capital.
Este capítulo apresenta uma teoria baseada em capital sobre por que os países
diferem em seus níveis de renda. Um modelo tão simples não pode explicar todos os
fenômenos que observamos, mas é instrutivo ver até onde o modelo pode nos levar.
Muitos dos conceitos introduzidos neste modelo baseado em capital serão úteis mais tarde, quand

1
Babbag (1851).
2
Cálculos baseados em Heston et al. (2010).

48
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3.1 A Natureza do Capital 49

F FIGURA 3.1

PIB e Capital por Trabalhador, 2009

Capital por trabalhador (Dólares de 2005)

1.000.000

Portugal

100.000
México
China

Estados Unidos

10.000 Índia

1.000
Burundi

100
100 1.000 10.000 100.000
PIB por trabalhador (dólares de 2005)

Fonte: Cálculos baseados em Heston et al. (2010).

considerar outras complexidades. Examinar esse modelo também nos dará a chance de aplicar
em um ambiente simples algumas técnicas matemáticas que usaremos mais adiante neste livro.

3.1 A NATUREZA DO CAPITAL


Para fins de compreensão da teoria das diferenças de renda baseada no capital, precisamos
considerar cinco características-chave do capital: é produtivo; é produzido; seu uso é limitado;
pode ganhar um retorno; e se desgasta. Vamos considerar cada característica com mais
detalhes.
O capital é produtivo; usá-lo aumenta a quantidade de produção que um trabalhador pode
produzir. Exploraremos essa propriedade extensivamente na próxima seção.
O capital é algo que foi produzido; ele foi construído ou criado. O processo de produção
de capital é chamado de investimento. O fato de o capital ser
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50 CAPÍTULO 3 Capital Físico

produzido o distingue de um recurso natural (como um pedaço de terra), que também permite que um
trabalhador produza mais, mas não é produzido. Por ser produzido, o capital exige o sacrifício de algum
consumo. Ou seja, os recursos usados para criar um capital poderiam ter sido usados para outra coisa.
Uma economia moderna gasta uma grande fração da produção na construção de novas peças de capital.
Por exemplo, em 2009, os Estados Unidos gastaram US$ 2,1 trilhões, ou 16,6% de seu produto interno
bruto (PIB), em investimentos. Um país que reduz seu investimento, por qualquer motivo, terá mais
recursos sobrando para gastar em consumo.

A decisão de construir capital pode ser feita privadamente (no caso de um equipamento produtivo)
ou pelo governo (no caso de uma infraestrutura como uma estrada). Em ambos os casos, corresponder
à criação de um pedaço de capital é um ato de investimento: o gasto de recursos na criação de capital.

O investimento, por sua vez, tem que corresponder a um ato de poupança. Alguém que tinha controle
sobre os recursos e poderia gastá-los no consumo hoje, em vez disso, os usou para construir um pedaço
de capital que será empregado na produção futura.
O capital é rival em seu uso. Esta é uma maneira elegante de dizer que apenas um número limitado
de pessoas pode usar um determinado capital de uma só vez. No caso mais simples - digamos, um
martelo - apenas uma pessoa de cada vez pode usar um pedaço de capital. Outros tipos de capital,
incluindo estradas, podem ser usados por um grande, mas finito, número de pessoas ao mesmo tempo.
Dizer que a rivalidade em seu uso é uma das características do capital pode parecer trivial, pois é
difícil pensar em muitas ferramentas produtivas que possam ser utilizadas por um número arbitrário de
pessoas ao mesmo tempo. No entanto, tais ferramentas existem, na forma de ideias.
Assim como o capital, as ideias podem tornar um trabalhador mais produtivo. E as ideias compartilham
com o capital a importante propriedade de serem produto do investimento. No caso das ideias, esse
investimento é chamado de pesquisa e desenvolvimento. Mas as ideias diferem do capital porque, uma
vez que uma ideia é criada, um número infinito de pessoas pode usá-la ao mesmo tempo.
(O Capítulo 8 discutirá essa propriedade das ideias com muito mais detalhes.)
Como o capital é produtivo e seu uso é limitado, muitas vezes é capaz de gerar retorno. Se o uso
de um determinado capital tornar um trabalhador mais produtivo, então o trabalhador estará disposto a
pagar para usá-lo. No caso de uma ferramenta, o trabalhador pode agir sozinho para investir nela,
comprando a ferramenta e depois mantendo os maiores salários auferidos pelo uso dela.
Em outros casos, os trabalhadores alugarão um pedaço de capital. Por exemplo, motoristas de táxi
podem alugar um táxi para um turno. No caso de uma atividade econômica mais complexa como a
construção de automóveis, uma grande quantidade de capital (uma fábrica) pode ser utilizada por
milhares de trabalhadores. Nesse caso, os trabalhadores não compram nem alugam capital. Em vez
disso, os donos do capital contratam trabalhadores e os lucros que permanecem após o pagamento dos
trabalhadores são o retorno para os donos do capital.
O retorno que o capital obtém muitas vezes é o incentivo para sua criação. Se você decidir não
consumir parte de sua renda este ano e, em vez disso, investir no capital de alguma corporação, o fará
na esperança de receber pagamentos pelo uso de seu capital em anos futuros. Nem todo capital é de
propriedade privada, no entanto. A infraestrutura, como estradas e portos, geralmente é construída e de
propriedade dos governos.
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3.2 Papel do Capital na Produção 51

Finalmente, o capital se desgasta. O termo econômico para esse processo de desgaste é


a depreciação. Usar um pedaço de capital geralmente faz com que ele se desgaste um pouco.
Mesmo quando o uso em si não causa desgaste, o capital se deprecia simplesmente por causa
da passagem do tempo: ele enferruja ou apodrece ou é danificado pelo clima. A depreciação é
uma parte rotineira da vida econômica, e ninguém compraria um capital sem levar isso em
consideração. Uma grande fração do investimento que ocorre na economia serve apenas para
substituir o capital que se desvalorizou.

3.2 PAPEL DO CAPITAL NA PRODUÇÃO

A primeira característica distintiva do capital é que ele é produtivo: ele permite que os
trabalhadores produzam mais. Esta seção examina a relação entre capital e produto de forma
mais formal, para estabelecer as bases matemáticas para uma teoria baseada em capital de
por que os países diferem em seus níveis de renda.

Usando uma função de produção para analisar o papel do capital


Analisamos o papel do capital na produção usando o conceito de função de produção.
Lembre-se do Capítulo 2 que uma função de produção expressa a relação entre insumos (isto
é, fatores de produção) e a quantidade de produto produzida. Por simplicidade, consideramos
o caso em que há apenas dois insumos na produção: capital, simbolizado por K, e trabalho,
simbolizado por L. Fazendo Y simbolizar a quantidade de produção, podemos escrever a
seguinte função de produção:

Y = F(K, L).

Duas suposições sobre essa função de produção devem ser familiares da microeconomia
básica. Primeiro, assumimos que a função de produção tem retornos constantes de escala.
Em outras palavras, se multiplicarmos as quantidades de cada insumo por algum fator, a
quantidade de saída aumentará por esse mesmo fator. Por exemplo, se dobrarmos a quantidade
de cada insumo, duplicaremos a quantidade de saída.
Matematicamente, essa suposição implica que

F(zK, zL) = zF(K, L),

onde z é qualquer constante positiva.


Em vez de examinar a quantidade de produção total de um país, é frequente o fato de que
3 o
mais interessante observar a quantidade de produção por trabalhador.
função de produção tem retornos constantes de escala implica que a quantidade de

3
Observe que a produção por trabalhador e a produção per capita não são a mesma coisa porque nem todas as pessoas de um
país são trabalhadoras. Nossa análise da acumulação de capital neste capítulo será feita em termos de produto por trabalhador,
embora os dados apresentados no Capítulo 1, que motivaram nossa análise, fossem em termos de produto per capita. Se a
proporção de trabalhadores em relação à população total fosse a mesma em todos os países, então as diferenças entre os países
na produção por trabalhador seriam proporcionais às diferenças na produção per capita. O Capítulo 5 discutirá como a proporção
de trabalhadores em relação à população total pode diferir entre os países ou pode mudar ao longo do tempo.
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52 CAPÍTULO 3 Capital Físico

a produção por trabalhador dependerá apenas da quantidade de capital por trabalhador.


Vemos esse resultado começando com a função de produção, Y = F(K, L), e então
multiplicando ambas as entradas pelo fator 1/L:
eu
,
umLbY
1 = a 1 L bF(K, L) = F a Keu L b = F a Keu , 1b.

O termo 1/L desempenha o mesmo papel que a constante z desempenhou quando definimos
retornos constantes de escala.
Definindo k = K/L como a quantidade de capital por trabalhador e y = Y/L como a
quantidade de produto por trabalhador, podemos reescrever esta expressão como

y = F(k,1).
Em outras palavras, a produção por trabalhador é uma função apenas do capital por
trabalhador. Finalmente, como o segundo termo dessa função de produção por trabalhador
não muda, podemos ignorar essa parte da função de produção e escrever a função de
produção por trabalhador como
y = f(k).
Uma segunda suposição sobre a função de produção é que ela apresenta um produto
marginal decrescente. O produto marginal de um determinado insumo é o produto extra
produzido quando mais uma unidade do insumo é utilizada na produção. Por exemplo, o
produto marginal do capital é o aumento na produção que resulta da adição de mais uma
unidade de capital, ou equivalentemente, a quantidade que a produção por trabalhador
aumenta se uma unidade adicional de capital por trabalhador for usada na produção.
Matematicamente, o produto marginal do capital (MPK) é dado pela seguinte equação:4

MPK = f(k + 1) - f(k).


A suposição de produto marginal decrescente diz que se continuarmos
adicionando unidades de um único insumo (mantendo fixas as quantidades de quaisquer
outros insumos), então a quantidade de novo produto que cada nova unidade de insumo
produz será menor do que a somada pelo unidade anterior da entrada. A Figura 3.2
ilustra o produto marginal decrescente. O eixo horizontal mostra a quantidade de capital
por trabalhador e o eixo vertical mostra a quantidade de produção por trabalhador. O
produto marginal de capital é a inclinação desta função: a quantidade de produto extra
por trabalhador que resulta do uso de mais uma unidade de capital por trabalhador como insumo.
Muitas vezes é útil usar uma forma funcional específica para a função de produção.
Ao longo deste livro, usaremos uma função de produção Cobb-Douglas. Essa
função de produção faz um bom trabalho ao ajustar dados sobre entradas e
saídas. A função de produção Cobb-Douglas é

F(K, L) = AKaL1 -a.

4
Nota matemática: Usando o cálculo, o produto marginal do capital é a derivada da função de produção em
relação ao capital: MPK = 0F(K,L)/0K ou, em termos por trabalhador, MPK = df(k)/dk.
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3.2 Papel do Capital na Produção 53

F FIGURA 3.2

Uma função de produção com produto marginal decrescente de capital

Produção por trabalhador (y)

f(k)

MPK
1

MPK

Capital por trabalhador (k)

O parâmetro A pode ser pensado como medida de produtividade: para dadas


quantidades de capital, K, e trabalho, L, um país com maior A produzirá mais. O
parâmetro a (a letra grega alfa), que se supõe ter um valor entre 0 e 1, determina
exatamente como o capital e o trabalho se combinam para produzir o produto.
Discutiremos como os economistas estimam o valor de a (veja o quadro
“Participação do Capital na Renda Nacional”).
Para escrever a função de produção Cobb-Douglas em termos por trabalhador, multi
ply ambas as entradas e saída por 1/L:
S F(K, L) eu
= , = Aka.
y= eu eu = F a Keu L b = Aa K L b a LL b 1-a

Reafirmando a solução, temos uma expressão para produção por trabalhador:

y = Aka.
O apêndice deste capítulo apresenta uma análise matemática mais detalhada da
função de produção Cobb-Douglas.
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54 CAPÍTULO 3 Capital Físico

F PARTICIPAÇÃO DA RENDA NACIONAL DA CAPITAL

Não existe uma boa teoria para explicar por que a


A parcela da renda
do capital é um nacional
dos dadosauferida por
cruciais retenção
que os participação do capital na renda nacional difere entre
economistas examinam ao estudar o crescimento os países, como mostra a Figura 3.3. Uma possibilidade
econômico. Conhecer a participação do capital na renda distinta é que este seja um caso de erro de medição.
nacional nos dirá o valor do parâmetro chave a se a Pode ser que o verdadeiro valor da participação do
função de produção for da forma Cobb-Douglas. capital seja o mesmo em todos os países, mas que as
medidas disponíveis contenham bastante “ruído” que
A Figura 3.3 mostra dados sobre a participação faz com que a participação do capital pareça variar.
do capital na renda nacional para uma amostra de 53 Uma evidência a favor dessa teoria é que tende a haver
países.* A participação média nesta amostra é de 0,35, muito menos variação na participação medida do capital
ou quase exatamente um terço. As participações de na renda nacional entre os países ricos (que tendem a
capital da maioria dos países estão bem próximas ter dados melhores) do que entre os pobres.
dessa média, embora haja algumas exceções
significativas. Por exemplo, no Botswana e no Equador, países.
a participação do capital na renda é estimada em 0,55, Com base nesses resultados, usaremos um valor
enquanto na Grécia é estimada em apenas 0,21. de 1/3 como nossa estimativa de a ao longo deste livro.
Também é interessante notar que não há relação Dada a confusão dos dados, é improvável que essa
sistemática entre a participação do capital na renda estimativa esteja exatamente correta, mas pode servir
nacional e o nível do PIB per capita; os países ricos como uma boa aproximação.
não tendem a ter participações de capital mais altas ou
mais baixas do que os países pobres. (Na participação
do capital dos Estados Unidos na renda nacional variou
entre 0,25 e 0,35 desde 1935.)† *Bernanke e Gürkaynak (2002), tabela 10 e nota 18.
† Gollin (2002).

Pagamentos de Fator e Ações de Fator


Assim como o retorno obtido pelo capital motiva o investimento que cria capital, o retorno
obtido pelo trabalho (ou seja, o salário) motiva as pessoas a fornecer seu trabalho à
economia. Mais adiante, ao considerar outros fatores de produção, veremos que eles
também geram retornos. Observações sobre esses retornos de fatores geralmente são úteis
para atribuir valores a parâmetros da função de produção, como a.

Lembre-se de seus cursos anteriores de economia que, em uma economia competitiva,


os fatores de produção receberão seus produtos marginais. Para ver por que, considere o
problema que uma empresa enfrenta ao decidir quanto de um determinado fator de produção
deve ser empregado. Por exemplo, pense em uma empresa que está decidindo quantos
trabalhadores deve ter em sua folha de pagamento. A contratação de mais um trabalhador
produzirá uma produção extra igual ao produto marginal do trabalho, ou MPL (na verdade,
esta é a definição do produto marginal do trabalho). Se o salário fosse inferior ao MPL, a empresa
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3.2 Papel do Capital na Produção 55

F
FIGURA 3.3

Participação do Capital na Renda em uma Seção Transversal de Países

Participação do capital na renda nacional

1,0

0,9

0,8

0,7
Equador
0,6
Botsuana
0,5 Média = 0,35

0,4

0,3
Coreia do Sul Unido
0,2 Espanha Canadá Estados
Grécia
0,1 Sri Lanka
0,0
0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000 40.000
PIB per capita em 2000

Fonte: Bernanke e Gürkaynak (2002), tabela 10 e nota 18.

gostaria de contratar mais trabalhadores porque cada trabalhador ganharia para a empresa
mais do que custa. Mas, como há retornos decrescentes para o trabalho, cada vez que um
novo trabalhador é contratado, o MPL cairá e, eventualmente, o MPL será igual ao salário –
ponto em que a empresa não gostaria de contratar mais trabalhadores.
Da mesma forma, se o salário estivesse acima do MPL, a empresa desejaria eliminar os
trabalhadores até que o MPL e o salário fossem iguais. Assim, ao escolher sua quantidade
ótima de mão de obra, as empresas estabelecerão o MPL igual ao salário. Da mesma forma, o
produto marginal do capital será igual à “taxa de aluguel” do capital (ou seja, o custo de alugar
uma unidade de capital por uma unidade de tempo).
Em uma função de produção Cobb-Douglas, há uma relação clara entre os pagamentos
dos fatores e os parâmetros da função de produção. A função de produção Cobb Douglas é

Y = AKaL1 -a.
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56 CAPÍTULO 3 Capital Físico

No apêndice, mostramos que o produto marginal do capital para esta função de produção é

MPK = aAKa-1 L 1-a.

Em uma economia competitiva, o produto marginal do capital será igual à taxa de aluguel por
unidade de capital – em outras palavras, a quantia que as empresas estão dispostas a pagar
para usar uma unidade de capital. O valor total pago ao capital será igual à taxa de aluguel
por unidade de capital multiplicada pela quantidade total de capital, ou seja, MPK * K.
A participação do capital na renda é a fração da renda nacional (Y) que é paga como
aluguel sobre o capital. Matematicamente, a participação no capital é dada por esta expressão:
1-a
MPK * K aAKaL
= = a.
Participação do capital na receita = 1-a
S AKaL

Um cálculo semelhante mostra que a participação do trabalho é igual a 1 - a. Esse resultado


diz que, embora as quantidades de capital e trabalho na economia possam variar, as
mudanças na taxa de aluguel do capital e na taxa de salário serão tais que as parcelas da
renda nacional pagas a cada fator de produção não serão afetadas.
Esse resultado é importante porque nos diz que podemos estimar o valor de a apenas
observando a participação do capital na renda nacional. Este número é geralmente estimado
em cerca de 1/3, e este é o valor que usaremos.

3.3 O MODELO SOLOW


Com uma função de produção que nos diz como trabalho e capital são transformados em
produto, podemos olhar para um modelo simples de crescimento econômico que ilustrará a
importância do capital físico para explicar as diferenças entre os países em seus níveis de
renda per capita. O modelo que examinamos é chamado de modelo Solow, em homenagem
ao economista ganhador do Prêmio Nobel Robert Solow, que o criou em 1956. O modelo
Solow é simples porque se concentra em uma única dimensão ao longo da qual os países
podem diferir uns dos outros ou ao longo da qual um único país pode mudar ao longo do
tempo: ou seja, a quantidade de capital físico com que cada trabalhador tem que trabalhar.
Como a função de produção nos diz a relação entre capital por trabalhador e produto por
trabalhador, a única parte restante do modelo a ser adicionada é uma descrição de como o
capital por trabalhador é determinado.

Determinação de Capital por Trabalhador


Nesta versão do modelo de Solow, assumimos que a quantidade de mão-de-obra aplicada,
L, é constante ao longo do tempo. Também assumimos que a função de produção em si não
muda ao longo do tempo; em outras palavras, não há melhora na produtividade. No caso da
função de produção Cobb-Douglas, isso é o mesmo que assumir que o parâmetro A na função
de produção é constante.
Assim, toda a ação no modelo Solow vem do acúmulo de
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3.3 O Modelo Solow 57

capital, que é governado por duas forças: o investimento (a construção de novo capital) e a
depreciação (o desgaste do capital antigo). Capítulos posteriores estenderão esse modelo
simples de Solow para permitir mudanças na quantidade de mão de obra (Capítulo 4), fatores
de produção adicionais (Capítulo 6) e mudanças na produtividade (Parte III).

A qualquer momento, a mudança no estoque de capital é a diferença entre o valor do


investimento e o valor da depreciação. Se I representa a quantidade de investimento e D
representa a quantidade de depreciação, então a variação no estoque de capital é
representada como

ÿK = I - D.

Novamente, é útil olhar para a acumulação de capital em termos por trabalhador. Deixe eu
e d são as quantidades de investimento e depreciação por trabalhador. A equação para a
acumulação de capital pode agora ser escrita da seguinte forma:

ÿk = i - d.

Para ir mais longe, devemos considerar como são determinadas as quantidades de


investimento e depreciação. No caso do investimento, assumimos que uma fração constante
da produção é investida. Denotamos esta fração g (a letra grega gama). Essa suposição é
representada em termos por trabalhador pela seguinte equação:

i = gy.

Voltaremos à questão de como o investimento é determinado mais adiante neste capítulo.


Por enquanto tratamos g como uma constante. No caso de depreciação, assumimos que uma
fração constante do estoque de capital deprecia a cada período. Denote esta fração d (a letra
minúscula grega delta):

d = dk.

Combinando as três equações anteriores, podemos escrever uma nova equação para a
evolução do capital por trabalhador:

ÿk = gy - dk.

Finalmente, dado que o nível de produção por trabalhador, y, é uma função do nível de capital
por trabalhador, k, podemos reescrever esta equação como

ÿk = gf(k) - dk. (3.1)

Para ver como usar essa equação, aplique-a a um exemplo concreto. Suponha que, no
ano de 2010, a quantidade de capital por trabalhador em um determinado país fosse igual a
100, a quantidade de produção por trabalhador – ou seja, f(k) – fosse igual a 50, a fração da
produção investida fosse de 20% e a taxa de depreciação foi de 5%. Coloque esses números
na equação:
ÿk = 0,20 * 50 - 0,05 * 100 = 10 - 5 = 5.
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58 CAPÍTULO 3 Capital Físico

F A ASCENSÃO E QUEDA DO CAPITAL

F
TABELA 3.1
Nossa realizado
análise doem
crescimento neste
um ambiente comcapítulo
apenasé dois
fatores de produção: capital e trabalho. Adotamos essa Terras Agrícolas como Fração do Total
Riqueza no Reino Unido
abordagem porque é simples - é mais fácil começar com
dois fatores e adicionar mais depois - e porque hoje o 1688 64%
capital e o trabalho são os dois fatores de produção mais 1798 55%
importantes. 1885 18%
Antes do século 19, no entanto, o fator de produção 1927 4%
mais importante, além do trabalho, não era o capital, mas 1958 3%
a terra. Podemos ver mais facilmente a mudança no
equilíbrio de importância entre terra e capital observando
como o valor desses dois fatores mudou. Como tanto o
capital quanto a terra podem ser comprados e vendidos, produto, longe de alimentos (que requer terra para
eles têm um valor facilmente observável. Juntos, a produzir) e em direção a bens que são produzidos usando
propriedade da terra e a propriedade do capital constituem capital.
os maiores componentes da riqueza. (Existem outros A ascensão do capital como fator de produção é
componentes da riqueza total, como propriedade de uma característica permanente do crescimento econômico?
casas, ouro ou objetos de valor, mas estes são menos Não necessariamente. Alguns observadores perceberam
importantes.) o surgimento de uma economia “pós-industrial” nos países
mais desenvolvidos, onde o conhecimento e as habilidades
Como mostra a Tabela 3.1, a fração da riqueza total estão tomando o lugar do capital físico como os principais
mantida na forma de terra diminuiu drasticamente no insumos da produção. Se o trabalhador típico da década
Reino Unido nos últimos três séculos. Esse declínio da de 1950 trabalhava em uma fábrica cheia de grandes
terra como fração da riqueza total provavelmente reflete peças de maquinário, o tipo de arco na década de 2010
um declínio nos pagamentos aos proprietários de terras não usa mais capital do que um laptop. No Capítulo 6
em relação aos pagamentos aos proprietários de capital. introduzimos a noção de capital humano como um fator
Essa mudança demonstra a crescente importância do de produção adicional que inclui as habilidades que são
capital como fator de produção.* um insumo cada vez mais importante na produção.

Por que o capital substituiu a terra como chave na Outros observadores argumentaram que a
produção? A razão mais importante foram as mudanças importância reduzida da terra (ou recursos naturais em
na tecnologia. A Revolução Industrial (começando geral) como o fator de produção mais importante é um
aproximadamente em 1760) viu a invenção de novas fenômeno temporário. Na visão desses pessimistas, a
tecnologias, como a máquina a vapor, que tornou o capital escassez de recursos naturais significará que a fração da
renda nacional paga aos detentores de recursos naturais
imensamente mais produtivo. Da mesma forma, os
avanços na tecnologia agrícola permitiram que outros aumentará com o tempo. Os capítulos 15 e 16 examinarão
insumos, como fertilizantes químicos, substituíssem a o papel dos recursos naturais na produção.
terra.
Acompanhando essas mudanças tecnológicas, houve
uma mudança na composição do *Deane e Cole (1969), Revell (1967).
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3.3 O Modelo Solow 59

F MEDIÇÃO DA MUDANÇA AO LONGO DO TEMPO

um “chapéu” (n) sobre a variável. Voltando ao exemplo


Esteas
livro tratamudam
coisas em grande
comparte de como
o tempo — principalmente da população, calculamos a taxa de crescimento da
como crescem, mas ocasionalmente como encolhem. seguinte forma:
Existem duas maneiras de medir como algo muda ao n L2010 - L2009
longo do tempo. O primeiro método é observar o eu2009 =
L2009
quanto isso muda entre um ano e outro. Chamamos
essa medida de diferença, 2.394.526
= ÿ .0078
simbolizado com o caractere grego ÿ (up percase 306.656.290
delta). Se xt é a quantidade de algo no tempo t, e
= 0,78%.
xt+1 é a quantidade no tempo t+1,
então denotamos a diferença em x entre esses dois
Ou seja, a população cresceu 0,78% ao longo do
períodos como ÿxt:
ano. Mais geralmente, para qualquer variável x, a
ÿxt = xt+1 - xt. diferença em x e a taxa de crescimento de x estão
*
relacionadas por esta equação:
Por exemplo, a população dos Estados Unidos
ÿx
em 1º de julho de 2009 era de 306.656.290; um ano xn = .
depois, era 309.050.816. Se usarmos L para simbolizar x
a população, teremos *Nota Matemática: Os leitores que conhecem cálculo podem estar

ÿL2009 = L2010 - L2009 familiarizados com uma forma alternativa de medir as taxas de variação.
Em vez de observar a mudança em alguma variável em um período
= 309.050.816 - 306.656.290 discreto de tempo (a diferença), podemos medir a mudança em
uma variável continuamente - ou seja, podemos observar a derivada
= 2.394.526.
em relação ao tempo. Este livro usa derivativos em relação ao tempo
apenas em algumas notas e apêndices matemáticos. Simbolizamos
Em outras palavras, a população aumentou um pouco
essas derivadas colocando um ponto em cima de uma variável:
menos de 3 milhões de pessoas.
Muitas vezes, é mais natural medir a rapidez
com que algo está mudando observando sua taxa de . dx
x= .
dt
crescimento. A taxa de crescimento expressa a
mudança em uma variável em relação ao seu valor inicial. A relação entre a taxa de crescimento e a derivada em relação ao
Expressa matematicamente é a diferença (variação tempo é
#

ao longo do tempo) dividida pelo valor inicial. x


.
xn =
x
Este livro denota taxas de crescimento colocando

Assim, a variação do estoque de capital por trabalhador foi igual a 5 unidades. A quantidade
de capital por trabalhador em 2011 era 5 unidades a mais que 100, ou 105.

Estados estacionários

A Equação 3.1 descreve como o capital evolui ao longo do tempo. De acordo com a equação,
se o investimento, gf(k), for maior que a depreciação, dk, então a variação no estoque de
capital, ÿk, será positiva, ou seja, o estoque de capital estará crescendo. No outro
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60 CAPÍTULO 3 Capital Físico

Por outro lado, se gf(k) for menor que dk, o estoque de capital estará diminuindo. Se gf(k) for
igual a dk – em outras palavras, se a quantidade de investimento for igual à quantidade de
depreciação – então o estoque de capital não mudará de forma alguma.
A Figura 3.4 analisa a Equação 3.1 graficamente. A figura representa as duas partes do
lado direito da equação — isto é, gf(k), que representa o investimento, e dk, que representa a
depreciação. Para servir de referência, a figura também traça f(k), a função de produção. O
nível de capital no qual as linhas que representam o investimento e a depreciação se cruzam
é chamado de estoque de capital de estado estacionário. Ele é rotulado kss na figura. Se uma
economia tem capital igual a kss, então a quantidade de capital por trabalhador não mudará
ao longo do tempo – daí o nome de estado estacionário.

E se o estoque de capital não for igual ao nível de estado estacionário? A figura mostra
que, com o tempo, o estoque de capital se moverá em direção ao estado estacionário. Por
exemplo, se o nível de capital está abaixo do estado estacionário, fica claro pela figura que
gf(k), a quantidade de investimento, é maior que dk, a quantidade de depreciação. Nesse caso,
o estoque de capital crescerá, como também podemos ver na Equação 3.1.

F FIGURA 3.4

O estado estacionário do modelo de Solow

Depreciação, investimento e produção por trabalhador

Saída, f(k)

sim

Investimento, ÿf(k)

Depreciação, ÿk

kss
Capital por trabalhador (k)
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3.3 O Modelo Solow 61

F ESTADO ESTÁVEL: UM EXEMPLO NÃO ECONÔMICO

A Figura 3.5 também mostra quais fatores influenciam


ParaConsidere
ajudar a consolidar a ideia de
um exemplo daum estado estacionário,
economia externa: o peso estável de uma pessoa. Aumentar a ingestão de
a relação entre a quantidade de comida que uma alimentos deslocará a linha que representa as calorias
pessoa consome e quanto ela pesa. É bem sabido consumidas e, portanto, aumentará o peso no estado
que uma pessoa que consome mais calorias do estacionário. Da mesma forma, uma mudança no estilo de
que gasta (ou “queima”) ganha peso, enquanto vida ou ambiente que cause um deslocamento para cima da
uma pessoa que consome menos calorias do que curva que representa as calorias queimadas em qualquer
gasta perderá peso. peso diminuirá o peso no estado estacionário.

Na Figura 3.5, o eixo vertical F


mede o gasto calórico diário e o FIGURA 3.5
consumo de uma pessoa, e o eixo
Determinação do Peso em Estado Estacionário
horizontal mede o peso da pessoa.
Assumimos que a ingestão de calorias
Calorias consumidas e queimadas
não varia com o peso, então o consumo
de calorias é simplesmente mostrado
como uma linha horizontal. O gasto
calórico, no entanto, aumenta com o
peso porque uma pessoa mais pesada Calorias
queimado
usa mais energia do que uma pessoa
leve durante a atividade física diária.
Assim, a linha que representa o gasto
calórico se inclina para cima. Calorias
consumido

A figura mostra que haverá um


nível de peso de estado estacionário
no ponto em que essas duas curvas se
cruzam. Se uma pessoa começar com
menos do que esse peso, a ingestão

de calorias excederá o uso e o peso


aumentará.
Se uma pessoa começar com mais do
que o peso no estado estacionário, a Peso em estado estacionário
ingestão de calorias será menor do Peso
que o uso e o peso cairá.
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62 CAPÍTULO 3 Capital Físico

Da mesma forma, se o estoque de capital for maior que o nível de estado estacionário, a depreciação
será maior que o investimento e o estoque de capital diminuirá com o tempo. O estado estacionário
neste caso é dito estável: se a economia começar com qualquer estoque de capital diferente de kss,
com o tempo o estoque de capital se moverá em direção a kss.
Olhando novamente para a Figura 3.4, vemos que existe um nível de produção estável, yss,
que está associado ao estoque de capital estável, kss. Uma economia com capital abaixo de kss
terá produção abaixo de yss. Da mesma forma, em uma economia com qualquer nível de produção
diferente de yss, a produção se moverá em direção a yss ao longo do tempo.
Também podemos usar este diagrama para analisar como os diferentes aspectos da economia
afetam o nível de produção em estado estacionário. Considere uma mudança em g, a fração do
produto investido. A Figura 3.6 mostra o efeito de aumentar g de g1 para g2. A curva gf(k) se
desloca para cima, assim como os níveis estacionários de capital e produto. Da mesma forma, um
aumento em d, a taxa de depreciação, tornaria a curva dk mais inclinada, levando a níveis mais
baixos de estado estacionário para capital e produto.

F FIGURA 3.6

Efeito do aumento da taxa de investimento no estado estacionário

Depreciação (ÿk), investimento (ÿf(k)) e produção por trabalhador (y)

f(k)

ss
ano 2 ÿk

ss
ano 1
ÿ2f(k)

ÿ1f(k)

ss ss
k1 k2
Capital por trabalhador (k)

Nota: ÿ2 > ÿ1
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3.3 O Modelo Solow 63

Usando a função de produção Cobb-Douglas, y = Aka, podemos ser mais para


mal em nossa análise. A equação 3.1 pode ser reescrita como

ÿk = gAka - dk. (3.2)


Encontrar o estado estacionário implica simplesmente encontrar um valor de capital, kss, para o
qual a Equação 3.2 é igual a zero,

0 = gA(kss) a - dkss,
o que implica que
gA(kss) a = dkss.

Para resolver esta expressão para kss, primeiro divida ambos os lados por (kss) a e por d. Em
seguida, eleve ambos os lados à potência 1/(1 - a):

1/(1-a) .
ks = a gA banco de dados

Colocando esta expressão para o nível estacionário de capital por trabalhador na


função de produção, obtemos uma expressão do nível estacionário de produção por
trabalhador:

a/(1-a) . (3.3)
yss = A(kss) a = A1/1-aa g banco de dados

Essa equação confirma o resultado mostrado na Figura 3.6 de que o aumento da taxa de
investimento aumentará o nível de produção estável por trabalhador. Aumentar ÿ aumentará
o numerador do último termo desta equação, de modo que aumentará o nível de estado
estacionário de produção por trabalhador. Da mesma forma, aumentar a taxa de depreciação,
ÿ, aumentará o denominador do mesmo termo e, portanto, diminuirá yss.

O Modelo Solow como uma Teoria das Diferenças de Renda


A Equação 3.3 mostra como o nível estacionário de produção por trabalhador de um país
dependerá de sua taxa de investimento. Se um país tem uma taxa de investimento mais
alta, terá um nível de produção estável mais alto. Assim, podemos pensar no modelo de
Solow como uma teoria das diferenças de renda. Naturalmente, devemos perguntar quão
bem essa teoria se ajusta aos dados. Ou seja, como as diferenças reais de renda entre os
países se comparam às diferenças previstas pelo modelo de Solow?
Para simplificar, considere o caso em que as únicas diferenças entre os países estão
em suas taxas de investimento, g. Assumimos que os países têm os mesmos níveis de
produtividade, A, e as mesmas taxas de depreciação, d. Também assumimos que os
países estão todos em seus níveis estacionários de renda por trabalhador, embora mais
tarde exploremos o que acontece quando essa suposição é relaxada.
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64 CAPÍTULO 3 Capital Físico

Considere dois países, que denotamos i e j. Seja gi a taxa de


investimento no País i e gj a taxa de investimento no País j. Seus níveis
estáveis de produção por trabalhador são dados pelas equações

a/(1-a)
ss
yi
= A1/(1-a) a gi banco de dados

e
a/(1-a) .
ss
= A1/(1-a) a gj banco de dados

sim

A divisão da primeira dessas equações pela segunda expressa a razão entre a renda
por trabalhador no País i e a renda por trabalhador no País j:

yi
ss a/(1-a) .
= um gi b
ss
sim gj
Observe que os termos A e d foram excluídos porque ambos os parâmetros
foram considerados os mesmos nos dois países.
Agora podemos fazer previsões quantitativas a partir de nossa teoria. Por exemplo,
vamos supor que o País i tenha uma taxa de investimento de 20% e o País j tenha
uma taxa de investimento de 5%. Usamos o valor de a = 1/3, então a/(1 - a) = 1/2.
Substitua os valores de investimento na equação anterior:

yi
ss 1/2 = 41/2 = 2.
= 0,200,05 b
ss
sim

Assim, o modelo de Solow prevê que o nível de rendimento por trabalhador no País i
seria o dobro do nível do País j.
A Figura 3.7 mostra os resultados da aplicação dessa técnica a dados de uma ampla
amostra de países. O eixo horizontal mostra a proporção prevista de renda por trabalhador
em cada país em relação à renda por trabalhador nos Estados Unidos, com base nos dados
sobre taxas de investimento (especificamente, a proporção média de investimento em relação
ao PIB no período 1975-2009). No eixo vertical estão representadas as razões reais da renda
por trabalhador em cada país para a renda por trabalhador nos Estados Unidos. Se o modelo
de Solow funcionasse perfeitamente, esperaríamos que os pontos de dados na Figura 3.7
estivessem ao longo de uma linha reta com uma inclinação de 45 graus; a proporção real
entre a renda por trabalhador de cada país e a renda por trabalhador nos Estados Unidos
seria a mesma que a proporção prevista pelo modelo. Por outro lado, se o modelo de Solow
não tivesse a capacidade de explicar por que a renda difere entre os países, nenhum padrão
seria visível nessa comparação entre os rácios previstos e reais.
No geral, a Figura 3.7 mostra que existe alguma relação entre a renda
real e a prevista, mas não forte. A correlação das duas séries é de apenas
0,17 (embora a correlação seja de 0,35 entre os logaritmos das duas séries).
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3.3 O Modelo Solow 65

F FIGURA 3.7

PIB previsto versus real por trabalhador

PIB real por trabalhador em relação aos Estados Unidos

1.2

Noruega
Estados Unidos
1,0 Cingapura

0,8
Japão

0,6

África do Sul
0,4 Irã
México
Egito Botsuana
Centro-Africano Índia
0,2 Uganda
República
China

0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1.2 1,4 1,6 1,8

PIB previsto por trabalhador em relação aos Estados Unidos

Fonte: Cálculos do autor usando dados de Heston, Summers e Aten (2011).

Vários países, como a China e o Botswana, estão na parte inferior direita do gráfico,
indicando que são relativamente ricos, mas na verdade são relativamente pobres. Os
Estados Unidos ocupam uma posição inusitada na figura: de acordo com o modelo,
cerca de metade dos países da amostra deveriam ter PIB per capita maior que os
Estados Unidos, mas nos dados reais, apenas dois países, Noruega e Cingapura. No
geral, as diferenças de renda entre os países que o modelo prevê tendem a ser menores
do que as diferenças reais que observamos nos dados. Por exemplo, o país com a
renda prevista mais baixa é a República Centro-Africana, que deverá ter 63% do nível
dos Estados Unidos. Nos dados reais, o número é de 1,9% do nível dos EUA.

O que devemos fazer com a correspondência imperfeita entre as previsões do


modelo de Solow e os dados reais sobre a renda por trabalhador? Para começar,
sabemos que há outras influências sobre a renda dos países que deixamos de fora
desta análise (ou não precisaríamos do restante deste livro!). Especificamente, os
capítulos posteriores mostram como a quantidade de capital é determinada não apenas
pelo nível de investimento, mas também pela taxa de crescimento populacional
(Capítulo 4), introduz fatores de produção além do capital físico (Capítulo 6) e permite
diferenças na produtividade entre os países (Capítulo 7). Como ainda não levamos em
conta esses fatores, não esperaríamos que o modelo se encaixasse perfeitamente.
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66 CAPÍTULO 3 Capital Físico

Além dessas razões para o ajuste imperfeito na Figura 3.7, uma razão mencionada anteriormente é
que os países podem não estar em seus estados estacionários. Nossa análise do modelo de Solow
mostrou que, ao longo do tempo, os países gradualmente se moverão para
seus estados estacionários, não que eles necessariamente tenham alcançado seus estados estacionários
em qualquer ponto particular no tempo. Existem várias razões pelas quais um país pode não estar perto
de seu estado estacionário em um determinado momento. Por exemplo, se parte do estoque de capital de
um país fosse destruído em uma guerra, ele teria um nível de capital (e, portanto, de produção) abaixo de
seu eventual estado estacionário. Da mesma forma, um país pode estar em seu estado estacionário, mas
depois mudou sua taxa de investimento. O país passaria então gradualmente de seu antigo estado
estacionário para o novo, mas no momento em que o observamos, o país ainda poderia estar muito longe
de seu novo estado estacionário.
Além de explicar por que o modelo de Solow pode não se ajustar perfeitamente aos dados, a
diferença entre os níveis reais de renda dos países e seus estados estacionários pode nos ajudar a usar
o modelo para pensar nas diferenças nas taxas de crescimento da renda entre os países. Este é o assunto
para o qual nos voltamos agora.

O Modelo de Solow como uma Teoria das Taxas Relativas de Crescimento


O Capítulo 1 mostrou que existem grandes diferenças nas taxas de crescimento entre os países.
Um objetivo de qualquer modelo de crescimento deve ser explicar essas diferenças. O modelo Solow pode
fornecer uma explicação?
A primeira coisa a notar é que o modelo de Solow, na forma apresentada aqui, não fornecerá uma
explicação completa das taxas de crescimento. A razão é que, uma vez que um país atinge seu estado
estacionário, não há mais crescimento! Portanto, o modelo de Solow falhará em explicar o crescimento
por longos períodos de tempo, durante os quais os países deveriam ter atingido seus estados estacionários.
Mais adiante neste livro, examinaremos modelos (alguns deles extensões do modelo de Solow) que
explicam o crescimento de longo prazo.
Apesar dessa falha do modelo de Solow, ainda podemos perguntar se o modelo tem algo a dizer
sobre as taxas de crescimento relativas – ou seja, por que alguns países crescem mais rápido que outros.
Aqui o modelo tem previsões úteis.
A chave para usar o modelo de Solow para examinar as taxas de crescimento relativas é pensar em
países que não estão no estado estacionário. Como qualquer país que tenha uma taxa de investimento
constante acabará por atingir um estado estacionário em que a taxa de crescimento do produto por
trabalhador é zero, todo o crescimento que observamos neste modelo será transitório - isto é, ocorrerá
durante o transição para um estado estacionário. Por exemplo, um país com um nível de produção por
trabalhador abaixo do estado estacionário (o resultado de ter um nível de capital por trabalhador abaixo
do estado estacionário) terá um estoque de capital crescente e, portanto, um nível de produção crescente.
Da mesma forma, um país com produção acima do estado estacionário terá um nível de produção em
queda.
O apêndice deste capítulo mostra que quanto mais abaixo de seu estado estacionário um país
estiver, mais rápido ele crescerá. Um país que está muito abaixo de seu estado estacionário crescerá
muito rapidamente, mas à medida que o país se aproximar do estado estacionário, o crescimento diminuirá,
aproximando-se de zero à medida que o país se aproxima do estado estacionário. Da mesma forma, se um país
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3.3 O Modelo Solow 67

um estoque de capital muito acima de seu nível de estado estacionário, seu estoque de capital encolherá
rapidamente, e essa taxa de retração se aproximará de zero à medida que o estoque de capital do país
se aproximar do estado estacionário. Usamos o termo convergência para o estado estacionário para
descrever esse processo pelo qual a produção por trabalhador de um país crescerá ou diminuirá de
alguma posição inicial em direção ao nível do estado estacionário determinado pela taxa de investimento.
A referência ao exemplo não econômico apresentado no quadro da página 61 pode tornar mais
clara a intuição da convergência. Considere um homem que está atualmente em seu peso estável.
Suponha que ele reduza seu consumo de calorias. Essa redução será representada por um deslocamento
para baixo na linha horizontal da Figura 3.5. No momento em que o consumo de calorias cai, o peso no
estado estacionário também cairá. Mas o peso real do homem não cairá imediatamente. Em vez disso,
seu peso real diminuirá gradualmente porque ele queima mais calorias por dia do que consome. À medida
que o peso do homem cai, no entanto, o número de calorias que ele queima a cada dia também cairá.
Assim, a velocidade com que ele perde peso diminuirá com o tempo e, eventualmente, ele deixará de
perder peso completamente quando atingir o novo estado de equilíbrio.

Voltando às aplicações econômicas, a noção de convergência para o estado estacionário é a base


para três previsões interessantes:

b Se dois países têm a mesma taxa de investimento, mas diferentes níveis de renda,
o país de menor renda terá maior crescimento.

Como suas taxas de investimento são as mesmas, os dois países terão os mesmos níveis de
renda estáveis. Se o país mais rico tiver renda abaixo desse estado estacionário, então o país
mais pobre terá renda ainda mais abaixo do estado estacionário e crescerá mais rapidamente.
Por outro lado, se o país mais pobre tiver uma renda acima do estado estacionário, o país mais
rico terá uma renda ainda mais acima do estado estacionário, de modo que o efeito negativo da
mudança para o estado estacionário será maior no país mais rico.

Finalmente, se o país pobre tem renda abaixo do estado estacionário e o país rico tem renda
acima do estado estacionário, o movimento em direção ao estado estacionário terá um efeito
positivo no crescimento do país pobre e um efeito negativo no crescimento do país rico.

b Se dois países têm o mesmo nível de renda, mas diferentes taxas de investimento, então o país
com maior taxa de investimento terá maior crescimento.

Dos dois países, aquele com maior taxa de investimento terá o maior nível de produção em
estado estacionário. Se ambos os países estiverem abaixo de seus estados estacionários, o país
com maior investimento estará necessariamente mais abaixo de seu estado estacionário e,
portanto, crescerá mais rapidamente. Da mesma forma, se ambos os países estiverem acima de
seus estados estacionários, então o país com baixo investimento estará ainda mais acima de seu
estado estacionário, de modo que o efeito negativo sobre o crescimento de estar acima do estado
estacionário será mais pronunciado. E se o país de alto investimento estiver abaixo de seu estado
estacionário enquanto o país de baixo investimento estiver acima de seu estado estacionário, o
país de alto investimento crescerá mais rapidamente.
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68 CAPÍTULO 3 Capital Físico

b Um país que aumenta seu nível de investimento experimentará um aumento em sua taxa
de crescimento de renda.

Se o país estava inicialmente em seu nível de renda de estado estacionário, então o aumento
do investimento elevará o estado estacionário. Como a renda agora estará abaixo do estado
estacionário, o crescimento aumentará. Se o país estava inicialmente em um nível de renda
abaixo do seu estado estacionário, o aumento do investimento significará que ele está ainda
mais abaixo do estado estacionário, então, mais uma vez, o crescimento aumentará. Finalmente,
se o país estava inicialmente em um nível de renda acima de seu estado estacionário, o aumento
do investimento significará que a renda não está tão acima do estado estacionário ou (se o
aumento do investimento for grande o suficiente) que a renda está agora igual ou abaixo o
estado estacionário. Em qualquer um desses casos, a taxa de crescimento da renda aumentará.

Essas previsões serão verdadeiras apenas se não houver outras diferenças entre os países, seja
em seus níveis de produtividade, A, ou em qualquer um dos outros determinantes dos estados
estacionários que consideraremos mais adiante neste livro. No entanto, o mesmo padrão geral de
previsões surge do modelo de Solow quando consideramos esses outros determinantes da renda
estável. Por exemplo, o Capítulo 6 mostrará que a quantidade de esforço que um país dedica à
educação de seus trabalhadores funciona da mesma maneira que a taxa de investimento na
determinação do nível de renda estável. Assim, o modelo de Solow prevê que se dois países diferem

em seus níveis de gastos com educação, mas são semelhantes em outros aspectos (e têm níveis de
renda iguais), então o país com maior gasto educacional crescerá mais rapidamente. Da mesma forma,
o modelo de Solow prevê que um país que subitamente aumenta seu nível de gastos com educação
experimentará um crescimento rápido à medida que avança em direção ao seu novo nível de renda
estável.5

3.4 A RELAÇÃO ENTRE INVESTIMENTO E POUPANÇA

Os exercícios anteriores mostram que o modelo de Solow, embora longe de ser perfeito, responde
parcialmente às questões de por que alguns países são ricos e outros são pobres, e por que alguns
países crescem rapidamente e outros crescem lentamente. Mas a resposta que o modelo fornece – que
as diferenças nas taxas de investimento levam a diferentes estados estacionários – realmente apenas
empurra a questão original para outro nível. Resta-nos perguntar por que as taxas de investimento
diferem. Esta é a questão para a qual nos voltamos agora.
Anteriormente, este capítulo explicou que todo ato de investimento corresponde a um ato de
poupança. Ou seja, a construção de capital requer o uso de recursos que, de outra forma, poderiam ter
sido usados para outra coisa. A entidade (uma pessoa, família ou governo) que usa seus recursos para
construir capital perdeu a oportunidade de consumir

5
Para um teste das previsões do modelo de Solow sobre as taxas de crescimento relativas dos países, ver Mankiw, Romer
e Weil (1992).
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3.4 A Relação entre Investimento e Poupança 69

mas em troca tornou-se o proprietário de uma parte produtiva do capital. Se quisermos perguntar por
que as taxas de investimento diferem entre os países, devemos, portanto, pensar em poupar. Talvez
as taxas de investimento sejam diferentes entre os países porque suas taxas de poupança diferem.
Essa explicação, no entanto, tem um problema potencial: embora todo ato de investimento
corresponda a um ato de poupança, não é verdade que o valor do investimento em um determinado
país corresponda ao valor da poupança naquele país. Por quê? Porque o investimento pode cruzar
as fronteiras nacionais. Por exemplo, um trabalhador nos Estados Unidos pode optar por investir em
um capital no Brasil.
Assim, nossa investigação de por que as taxas de investimento diferem entre os países terá
dois componentes. Primeiro, investigamos como e por que as taxas de poupança diferem entre os
países. Em segundo lugar, exploramos se a quantidade de investimento em um país está relacionada
à poupança desse país, ou se os fluxos internacionais de capital tornam a quantidade de poupança
em um determinado país irrelevante (ou pouco relevante) para determinar a quantidade de
investimento lá.
O segundo desses componentes – a análise dos fluxos de investimento entre países – é
retomado no Capítulo 11. Nele descobrimos que, embora os fluxos internacionais de investimento
possam ser importantes às vezes, o determinante mais significativo da taxa de investimento de um
país é, de fato, sua própria taxa de investimento. taxa de poupança. Ao analisar as taxas de
poupança, como fazemos no restante desta seção, podemos pensar que a taxa de poupança tem o
mesmo efeito sobre o produto, via modelo de Solow, que a taxa de investimento.
A Figura 3.8 mostra a relação entre taxas de poupança e renda per capita em uma amostra de
188 países. Os países são classificados de acordo com sua renda per capita em 2009, e a taxa
média de poupança é calculada para cada decil (os 10% mais pobres, os próximos 10% mais pobres
e assim por diante). O ponto principal desta figura é

F
FIGURA 3.8

Taxa de Poupança por Decil de Renda Per Capita

Taxa média de poupança, 2009


35%

30%

25%

20%

15%

10%

5%

0%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Decil do PIB per capita, 2009
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70 CAPÍTULO 3 Capital Físico

que existe uma forte relação entre poupança e renda per capita. Essa relação não deveria ser
uma surpresa, dadas duas outras descobertas: primeiro, a previsão do modelo de Solow de que
países com altas taxas de investimento têm níveis de renda mais altos e, segundo, a descoberta
apresentada no Capítulo 11 de que as taxas de investimento dos países estão intimamente
relacionadas às suas taxas de poupança. Então ficamos com a pergunta: O que determina as
taxas de poupança?

Explicando a Taxa de Poupança: Exógena versus


Fatores endógenos
Os economistas distinguem entre dois tipos de variáveis nos modelos econômicos.
Variáveis endógenas são aquelas que são determinadas dentro do modelo. Variáveis
exógenas são aquelas que são tomadas como dadas quando analisamos um modelo, ou seja,
são determinadas fora do modelo. Por exemplo, quando aplicamos o modelo de oferta e
demanda ao mercado de pão, o preço do pão e a quantidade de pão comprada são variáveis
endógenas, enquanto fatores que deslocam as curvas de oferta e demanda, como os preços da
farinha e manteiga, são variáveis exógenas.
Uma abordagem possível para as diferenças nas taxas de poupança entre os países é
pensar na poupança como uma variável exógena. Sob essa interpretação, os países diferem
nas taxas de poupança por razões que não estão relacionadas a seus níveis de renda per capita.
Essas diferenças na poupança levam a diferenças nas taxas de investimento, que por sua vez,
através do modelo de Solow, levam a diferenças no nível de renda per capita.
Se essa abordagem nos ajudar a entender as diferenças de renda entre os países, no
entanto, precisamos pensar por que as taxas de poupança diferem. Na Parte IV deste livro,
faremos exatamente isso. Lá, muitos dos determinantes “fundamentais” do crescimento
econômico que consideraremos têm seu efeito primário sobre o crescimento, afetando as taxas
de poupança. A política governamental (Capítulo 12), a desigualdade de renda (Capítulo 13), a
cultura (Capítulo 14) e a geografia (Capítulo 15) serão examinadas tendo em vista sua possível
influência na taxa de poupança.
Embora essa abordagem possa nos levar longe, também é importante pensar em como a
poupança pode ser afetada pela própria renda. Ou seja, devemos considerar a possibilidade de
que a poupança seja endógena. Tratar a taxa de poupança como uma variável endógena tem
implicações tanto na forma como interpretamos os dados quanto na forma como modelamos o
crescimento.
Se permitirmos que a poupança seja uma variável endógena, então a forte relação entre
as taxas de poupança e a renda mostrada na Figura 3.8 não é mais utilizável como evidência
de que o modelo de Solow está correto. Alguém que não acreditasse no modelo de Solow (por
exemplo, alguém que não considerasse o capital um insumo importante para a produção)
poderia argumentar que a maior parte da relação entre produto e taxas de poupança que
observamos nos dados ocorre porque a poupança é endógena: Países que são ricos poupam
mais, mas poupar mais não torna um país rico. Essa dificuldade de interpretação deve nos
deixar cautelosos ao concluir que o modelo de Solow é a explicação completa para a relação
entre poupança e crescimento.
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3.4 A Relação entre Investimento e Poupança 71

No entanto, a maioria dos economistas continua convencida de que a poupança e a acumulação de capital
desempenham um papel significativo no crescimento.
Tornar a poupança endógena também tem implicações em como os países se comportarão
em termos de suas taxas de crescimento e taxas de poupança. Vamos agora examinar essas
implicações.

O Efeito da Renda na Poupança


Uma explicação natural para a baixa taxa de poupança nos países pobres (como ilustrado na
Figura 3.8) é que as pessoas simplesmente “não podem economizar”. Em termos econômicos,
essa interpretação diz que as pessoas nos países pobres vivem na margem da subsistência,
de modo que não podem reduzir seu consumo atual para economizar para o futuro. Embora
esse argumento seja plausível para os países mais pobres do mundo, ele falha até mesmo
para os países ligeiramente mais ricos. Se os residentes de Uganda (renda média per capita $
1.152) não podem economizar porque estão na margem de subsistência, então o mesmo
argumento não pode ser feito sobre os residentes do Paquistão (renda média per capita $
2.353) porque eles deveriam estar muito acima do nível de subsistência.

Uma variante desse argumento se concentra não nas restrições que os pobres enfrentam
(ou seja, eles não podem economizar), mas sim em suas escolhas voluntárias. A ideia é que
a decisão de poupar ao invés de consumir representa uma escolha entre a satisfação presente
e a futura, de modo que uma pessoa que não se importa muito com o futuro não poupará. E,
por sua vez, de acordo com essa teoria, ser pobre faz com que a pessoa se importe menos
com o futuro. George Orwell resumiu bem essa ideia quando escreveu em Down and Out in
Paris and London que a pobreza “aniquila o futuro”.

Seja por essas razões ou outras, faz sentido intuitivo para muitas pessoas que ser pobre
reduz a taxa de poupança de uma pessoa e, da mesma forma, que os países pobres
naturalmente terão taxas de poupança mais baixas do que os países ricos. Quais são as
implicações desse efeito para o modelo de Solow? Para examinar essa questão, assumiremos
que não há fluxos de investimento entre os países, de modo que em todos os países a taxa
de investimento é igual à taxa de poupança. Definindo s como a fração da produção que é
economizada e g como a fração da produção que é investida, essa suposição g. implica que s =
A taxa de poupança, por sua vez, será tomada como dependente do nível de renda.
Primeiro, consideramos o caso em que a poupança depende da renda de forma extrema.
Suponha que existam duas taxas possíveis de poupança: s1, que é baixa, e s2, que é alta. Se
a renda por trabalhador estiver abaixo de algum nível y* , então
Se a renda
a taxapor
de trabalhador
poupança será
for maior
s1.
ou igual a y* , então a taxa de poupança será s2. Em forma de equação,

g = s1 se y 6 y*

= s2 se y Ú y* .
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72 CAPÍTULO 3 Capital Físico

F POLÍTICA GOVERNAMENTAL E TAXA DE ECONOMIA

Colômbia, México, Peru e Uruguai adotaram planos


O modelo deos
por que Solow fornece
países uma explicação
com taxas de poupança mais semelhantes na década de 1990.*
altas deveriam ter níveis mais altos de renda per capita. Uma versão mais extrema desse tipo de política
As políticas governamentais que elevam a taxa de poupança pró-poupança foi implementada em Cingapura.
podem, assim, ser uma ferramenta para elevar o nível de renda nacional. A partir da década de 1950, os trabalhadores foram
O meio mais direto pelo qual um governo pode obrigados a contribuir com parte de seus salários para
aumentar a taxa de poupança nacional é usando seu um “fundo de previdência central”, que poderia ser
próprio orçamento. A taxa de poupança nacional tem usado para financiar não apenas a aposentadoria, mas
dois componentes: a poupança privada, que é feita também despesas médicas e a compra de moradia. O
pelas famílias e empresas, e a poupança do governo, governo determinou a alíquota de contribuição exigida,
que é a diferença entre o que o governo arrecada em que chegou a 40% do salário do trabalhador no início
impostos e o que gasta. Déficits orçamentários, que da década de 1980. Essa política de poupança forçada
representam poupança negativa por parte do governo, foi um determinante importante da taxa de poupança
reduzem a taxa de poupança nacional e, assim, fenomenalmente alta de Cingapura.
reduzem o investimento e o crescimento econômico. No entanto, nem todas as políticas pró-poupança
são tão coercitivas. O governo japonês, por exemplo,
Os governos também podem influenciar as taxas tem confiado na persuasão para fazer com que seus
de poupança privada por vários meios. Uma das mais cidadãos aumentem voluntariamente suas taxas de
importantes é a criação de planos nacionais de pensões poupança. A Campanha do governo para Incentivar a
de velhice. Programas como o da Previdência Social Diligência e a Economia (1924–1926) apresentou
nos Estados Unidos, em que os benefícios aos idosos mensagens pró-economia em cartazes em trens e
são custeados principalmente por impostos sobre quem templos, e em anúncios de jornais, filmes, transmissões
está trabalhando atualmente, não geram poupança (e, de rádio e até mesmo em comícios. Após a Segunda
portanto, investimento). Por outro lado, programas em Guerra Mundial, o Conselho Central de Promoção da
que os indivíduos financiam sua própria aposentadoria Poupança lançou mais uma série de campanhas publicitárias pró-pou
economizando durante seus anos de trabalho geram Incluíram-se programas para educar as crianças sobre
uma grande quantidade de capital. Durante o início da a importância de poupar e a criação de bancos
década de 1980, o Chile criou um sistema previdenciário especiais para crianças nas suas escolas. O Japão tem
“financiado”, exigindo que os trabalhadores depositassem uma das maiores taxas de poupança do mundo desde
uma fração de seus ganhos em uma conta em uma a Segunda Guerra Mundial, embora não seja fácil
empresa de previdência privada. Em parte como determinar até que ponto essa alta poupança foi
resultado desse programa, a taxa de poupança privada resultado da persuasão do governo.†
do Chile, que era próxima de zero no início da década
de 1980, subiu para 17% em 1991. O sucesso do *James (1998).

programa chileno levou Argentina, Bolívia, Garon (1998).

A Figura 3.9 ilustra o que pode acontecer em tal situação. Ele analisa o mesmo
diagrama que usamos anteriormente para encontrar o estado estacionário do modelo de
Solow (Figura 3.4). Especificamente, ele representa graficamente os dois termos no lado
direito da equação para a mudança no capital (Equação 3.1):

ÿk = gf(k) - dk. (3.1)


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3.4 A Relação entre Investimento e Poupança 73

F FIGURA 3.9

Modelo Solow com Poupança Dependente do Nível de Renda

Depreciação (ÿk), investimento (ÿf(k)) e produção por trabalhador (y)

f(k)

ss
ano 2
ÿk

yÿ
ss
ano 1
s 2f(k)

s 1f(k)

ss ss
k1 kÿ
k2

Capital por trabalhador (k)

O que há de novo na Figura 3.9 é um salto na linha que representa gf(k). Para ver por que,
observe que correspondente ao nível de renda y* que determina se um país tem uma taxa
de poupança baixa ou alta, existe um nível de capital abaixo do qual a poupança será baixa
e acima do qual a poupança será alta. Este nível de capital, k* , pode ser dissuadido
extraído da função de produção. Se o capital for menor que k* , a saída será menor
que y* , então
k* a taxa de economia será s1. Da mesma forma, se o capital for maior ou igual a
, a saída será maior ou igual a y* e a economia será s2.
Se a taxa de poupança fosse sempre s1, o estado estacionário da economia ocorreria
no nível de capital rotulado k1 ss; se a taxa de poupança fosse sempre s2, o estado
estacionário ocorreria no nível de capital rotulado k2 ss. Observe que o nível de capital no
ss
qual a poupança muda de baixo para, alto, cai entre
k* k1 e k2ss. Isso significa que se o nível
,
de capital por trabalhador estiver abaixo de k*a taxa de poupança será s1 e a economia se moverá
em direção ao estado estacionário k1 ss. Mas se o capital social estiver acima de ,k*então a taxa de
poupança será s2 e a economia se moverá em direção ao estado estacionário k2 ss. Em outras
palavras, existem dois estados estacionários possíveis nesta economia, e um país irá gravitar
em direção a um ou outro dependendo de seu nível inicial de capital.
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74 CAPÍTULO 3 Capital Físico

A Figura 3.9 captura a ideia de que dois países podem ser completamente idênticos em termos
dos determinantes subjacentes de suas rendas, mas ainda assim terminar com diferentes níveis de
renda per capita no estado estacionário. Um país no estado estacionário mais baixo pode ser visto
como “preso” lá: seu nível de renda per capita é baixo porque sua taxa de poupança é baixa, e sua
taxa de poupança é baixa porque sua renda per capita é baixa. Este é um exemplo de um fenômeno
mais geral conhecido como múltiplos estados estacionários, em que a posição inicial de um país
determina para qual dos vários estados estacionários possíveis ele se moverá. Os economistas
debatem ativamente até que ponto vários estados estacionários podem explicar as diferenças de
renda entre os países. Se vários estados estacionários são importantes, então as diferenças de renda
per capita entre os países não surgem necessariamente por causa de diferenças “fundamentais”
entre os países, mas sim por causa do comportamento auto-reforçado: ser rico leva um país a se
comportar de uma maneira que o mantém rico, ao passo que ser pobre leva um país a se comportar
de uma maneira que o mantém pobre.

Na Figura 3.9, a dependência da poupança em relação ao nível de renda é bastante acentuada.


Uma história alternativa seria que a taxa de poupança aumenta gradualmente à medida que o nível
de renda aumenta, em vez de saltar repentinamente em um determinado nível de renda, como ocorre
nesta figura. Nesse caso, ainda é possível que haja vários estados estacionários na economia, mas
também é possível que haja apenas um único estado estacionário. Se houver apenas um estado
estacionário, no entanto, o fato de a poupança aumentar com o nível de renda ainda tem uma
implicação importante: o processo de convergência para o estado estacionário será lento. Para ver
por que, considere o caso de um país que começa com renda (e, portanto, capital) abaixo do estado
estacionário. Anteriormente, este capítulo mostrou que no modelo de Solow com uma taxa de
investimento constante, tal país experimentará um crescimento rápido no início, mas um crescimento
mais lento à medida que o estoque de capital se aproxima de seu nível de estado estacionário. No
caso em que a poupança é endógena, entretanto, um país com renda abaixo de seu estado
estacionário também terá uma baixa taxa de poupança, e essa baixa taxa de poupança reduzirá a
taxa de crescimento. O resultado líquido será que o crescimento de transição que ocorre ao longo do
caminho para o estado estacionário ocorrerá por um período de tempo mais longo do que no caso
em que a taxa de poupança foi
constante.

3.5 CONCLUSÃO
Neste capítulo, examinamos o papel do capital físico no crescimento econômico.
O capítulo mostrou que o modelo de Solow, baseado na acumulação de capital, explica algumas das
diferenças na renda por trabalhador entre os países e também esclarece as diferenças entre as
taxas de crescimento dos países.
Mas nossa análise apontou várias grandes deficiências no modelo de Solow. Como explicação
para as diferenças de renda entre os países, o modelo é incompleto.
Uma razão é que ele assume que a única fonte de diferenças na renda por trabalhador entre os
países são as diferenças em seu estoque de capital por trabalhador, ignorando as diferenças em
outros fatores de produção ou na função de produção pela qual
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3.5 Conclusão 75

F A ASCENSÃO E QUEDA DO CAPITAL REVISITADA

As opiniões dos economistas sobre o papel do capital


ParaRicardo
economistas clássicos ecomo
(1772-1823) DavidMalthus
Thomas na produção de crescimento, por sua vez, influenciaram as
(1766-1834), o fator de produção mais importante políticas que os países em desenvolvimento e as agências
além do trabalho não era o capital, mas a terra. internacionais seguiram na tentativa de promover o
Havia uma boa razão para esse foco, pois na época desenvolvimento econômico. Nas décadas que se seguiram
em que esses economistas escreveram, a terra era à Segunda Guerra Mundial, os países em desenvolvimento
uma forma de riqueza muito mais importante do foram aconselhados a se concentrar no aumento de suas
que o capital. Com o advento da Revolução taxas de investimento, e a ajuda internacional foi direcionada
Industrial na Europa, no entanto, o capital passou a para ajudar os países pobres a adquirir mais capital.
desempenhar um papel muito mais importante na Essas políticas são agora amplamente vistas
economia, e os economistas o acompanharam. como fracassadas. Em quase todos os casos, as
A crença de que a acumulação de capital é a injeções de capital não produziram crescimento
chave para o crescimento econômico atingiu seu significativo nos países em desenvolvimento. A
ponto mais alto após a Segunda Guerra Mundial. própria ex-União Soviética, com suas fábricas
W. Arthur Lewis, que mais tarde ganharia o Prêmio enferrujadas e inúteis, forneceu um dos contra-
Nobel, escreveu em 1954: “O problema central da argumentos mais persuasivos aos economistas que
teoria do desenvolvimento econômico é entender o se concentram exclusivamente na acumulação de
processo pelo qual uma comunidade que estava capital. Entre 1960 e 1989, a União Soviética
economizando e investindo de 4 a 5 por cento de dedicou 29% do PIB ao investimento; nos Estados
sua renda... converte-se em uma economia onde a Unidos, o valor comparável foi de 21%. Análises
poupança voluntária está em torno de 12 a 13 por post-mortem da União Soviética chegaram à
cento. Este é o problema central porque o fato conclusão de que a acumulação massiva de capital
central do desenvolvimento econômico é a rápida foi acompanhada por quase nenhum crescimento
acumulação de capital.”* O proeminente economista na produtividade — e que esse fracasso do
WW Rostow, em sua influente descrição dos crescimento da produtividade condenou a economia a uma event
estágios do crescimento econômico, também definiu Nas últimas décadas, os economistas
um aumento na taxa de investimento como uma descartaram a visão de desenvolvimento com a
parte necessária do “ decolar” para um crescimento
sustentado. acumulação de capital como peça central. Eles
O aparente sucesso econômico da União prestaram mais atenção a fatores como educação,
Soviética (que agora sabemos ter sido uma espécie mudança tecnológica e estrutura das instituições
de ilusão) também contribuiu para a visão de que a econômicas. O rebaixamento do capital de sua
acumulação de capital era a chave para o posição central no pensamento do desenvolvimento
crescimento econômico. Em seu famoso livro-texto não significa que não seja importante; em vez disso,
de economia, Paul Samuelson, embora notando as os economistas agora veem a acumulação de
ineficiências do sistema soviético, argumentou que, capital como apenas um dos muitos aspectos do
mesmo assim, conseguiria produzir crescimento crescimento econômico.†
simplesmente por causa da “decisão de reduzir
impiedosamente o consumo corrente para ampliar
o fluxo de formação de capital e desenvolvimento *Lewis (1954).

Econômico." Easterly e Fischer (1995), King e Levine (1994).
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76 CAPÍTULO 3 Capital Físico

esses fatores são combinados. Além disso, mesmo restringindo nosso foco às diferenças
de capital entre os países, o modelo de Solow nos diz que as diferenças nas taxas de
investimento são importantes, mas não diz nada sobre a origem dessas diferenças nas
taxas de investimento. Ainda outra desvantagem do modelo é que ele não modela o
crescimento de longo prazo porque no estado estacionário do modelo, os países não
crescem.
Os capítulos posteriores abordarão todos esses problemas. Esses capítulos
expandirão o modelo de Solow para acomodar fatores de produção adicionais, diferenças
na função de produção entre países e mudanças tecnológicas ao longo do tempo.
A discussão se baseará em muitas das ideias estabelecidas usando esta versão simples
do modelo de Solow, como a convergência para um estado estacionário.

TERMOS CHAVE

capital 48 Função de produção Cobb- convergência para o estado


investimento 49 Douglas 52 estacionário 67
depreciação 51 participação do capital variável
retornos constantes renda 56 endógena 70
escalar 51 diferença (em variável exógena 70
produto marginal 52 uma variável) 59 múltiplo constante
produto marginal taxa de crescimento 59 estados 74
decrescente 52 estado estacionário 60

PERGUNTAS PARA REVISÃO

1. Por que o capital é um suspeito natural quando trabalhador no modelo Solow? Qual é o efeito de um
consideramos as diferenças de renda per capita entre aumento na taxa de investimento sobre a taxa de
os países? crescimento do produto por trabalhador no modelo?

2. Quais são as evidências a favor da teoria de que as 4. Como a questão de saber se as taxas de poupança são
diferenças de renda entre os países são resultado de endógenas ou exógenas afeta nossa interpretação de
diferenças nas taxas de investimento? Quais são as quão bem o modelo de Solow explica as diferenças de
evidências contra essa teoria? renda entre os países?
3. Qual é o efeito de um aumento no investimento 5. Por que um país não pode crescer para sempre apenas
taxa de crescimento no nível de produção em estado estacionário por acumulando mais capital?

PROBLEMAS

1. Explique se cada um dos itens a seguir é capital físico: c. Fazenda

d. O Teorema de Pitágoras
uma. Um caminhão de entrega
2. Um país é descrito pelo modelo de Solow, com uma função
b. Leite de produção de y = k1/2. Suponha que k
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Problemas 77

é igual a 400. A fração da produção investida é de 50%. A produção em estado estacionário por trabalhador no País 2?
taxa de depreciação é de 5%. O país está em seu nível Qual seria a razão se o valor de a fosse 2/3?

estacionário de produção por trabalhador, acima do estado


estacionário ou abaixo do estado estacionário?
5. As tabelas a seguir mostram dados sobre taxas de investimento
Mostre como você chegou à sua conclusão.
e produção por trabalhador para três pares de países. Para
3. Descreva em palavras e com um diagrama um exemplo cada par de países, calcule a razão do PIB por trabalhador
de estado estacionário fora da economia, semelhante em estado estacionário previsto pelo modelo de Solow,
ao discutido no quadro da página 61.
supondo que todos os países tenham os mesmos valores
de A e d

4. No País 1 a taxa de investimento é de 5% e no País 2 é de 20%. e que o valor de a é 1/3. Em seguida, calcule a proporção real

Os dois países têm os mesmos níveis de produtividade, A, e do PIB por trabalhador para cada par de países. Para quais
a mesma taxa de depreciação, d. Assumindo que o valor de a pares de países o modelo de Solow faz um bom trabalho de
é 1/3, qual é a razão entre a produção em estado estacionário previsão de renda relativa? Para quais pares o modelo Solow
por trabalhador no País 1 e faz um trabalho ruim?

uma.
Taxa de investimento Produção por
País (Média 1975–2009) Trabalhador em 2009

Tailândia 35,2% $ 13.279


Bolívia 12,6% $ 8.202

b.
Taxa de investimento Produção por
País (Média 1975–2009) Trabalhador em 2009

Nigéria 6,4% $ 6.064

Peru 16,3% $ 29.699

c.
Taxa de investimento Produção por
País (Média 1975–2009) Trabalhador em 2009

Japão 29,9% $ 57.929


Nova Zelândia 18,6% $ 49.837

6. O País X e o País Y têm o mesmo nível de produção por 7. Em um país, a função de produção é
trabalhador. Eles também têm os mesmos valores para a y = k1/2. A fração do produto investido, g, é 0,25. A taxa de
taxa de depreciação, d, e a medida de produtividade, A. No depreciação, d, é 0,05.
País X, a produção por trabalhador está crescendo, enquanto uma. Quais são os níveis de estado estacionário de capital
no País Y está caindo. O que você pode dizer sobre as taxas por trabalhador, k, e produção por trabalhador, y?
de investimento dos dois países?
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78 CAPÍTULO 3 Capital Físico

b. No ano 1, o nível de capital por trabalhador é início é preenchido como uma demonstração).
16. Em uma tabela como a seguinte, mostre como o Continue esta tabela até o ano 8.
capital e a produção mudam ao longo do tempo (o

Mudança em
Capital Resultado Investimento Depreciação Capital Social -
Ano k = ky1/2 ÿy ÿk ÿy ÿ k
1 16 4 1 0,8 0,2

2 16.2

c. Calcule a taxa de crescimento do produto entre os 9. Em um país, a produção é produzida com trabalho e capital
anos 1 e 2. físico. A função de produção em termos por trabalhador é

d. Calcule a taxa de crescimento da produção entre os y = k1/2. A taxa de depreciação é de 2%. A taxa de

anos 7 e 8. investimento (ÿ) é determinada da seguinte forma:

e. Comparando suas respostas das partes c e


d, o que você pode concluir sobre a velocidade de crescimento g = 0,20 se y … 10
do produto à medida que um país se aproxima de seu estado
estacionário? g = 0,40 se y 7 10
8. Considere uma economia na qual a quantidade de Desenhe um diagrama mostrando o(s) estado(s)
o investimento é igual ao montante da poupança (ou seja, estacionário(s) deste modelo. Calcule os valores de
a economia está fechada aos fluxos internacionais de quaisquer níveis de estado estacionário de ke y. Além
capital). Qualquer saída que não seja salva é consumida. disso, indique no diagrama e descreva brevemente em
A função de produção é y = Aka. palavras como os níveis de y e k se comportam fora do estado estacion
Encontre o valor de g, a fração da renda que é investida, Comente brevemente sobre a estabilidade do(s) estado(s)
que maximizará o nível estacionário de consumo por estacionário(s).
trabalhador. (Isso é chamado de nível de investimento da
“regra de ouro”.)

Para exploração e prática adicionais usando o Online Data Plotter e conjuntos de dados, visite
www.pearsonhighered.com/weil.
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APÊNDICE

EXPLORAÇÃO ADICIONAL
DO COBB-DOUGLAS
FUNÇÃO DE PRODUÇÃO E
A VELOCIDADE DA CONVERGÊNCIA
NO MODELO SOLOW

A função de produção Cobb-Douglas é


Y = F(K, L) = AKa L 1-a,

onde K é capital, L é trabalho, A é uma medida de produtividade e a está entre 0 e 1.


Começamos confirmando que essa função de produção tem as propriedades de retornos
constantes de escala e produto marginal decrescente que assumimos no texto. Para testar os
retornos constantes de escala, multiplicamos as quantidades de capital e trabalho por algum
fator, z, e confirmamos que isso aumentará a quantidade de produção pelo mesmo fator:

1-a = za+1-aAKaL 1-a = zF(K, L).


F(zK, zL) = A(zK) a(zL)

O produto marginal do capital (MPK) é a derivada do produto em relação ao capital:

0Y
MPK = = aAKa- 1L 1-a
0K

Para verificar o produto marginal decrescente, tomamos novamente a derivada em relação ao


capital:
0MPK
1-a 6 0.
= (a - 1)aAKa- 2L
0K

Essa derivada é negativa, indicando que o MPK cairá à medida que a quantidade de capital
aumentar – em outras palavras, há um produto marginal decrescente.
Usando a função de produção Cobb-Douglas, também podemos realizar uma análise mais
completa da taxa de crescimento de um país quando ele não está no estado estacionário. Nós 79
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80 CAPÍTULO 3 Capital Físico

comece com a equação para a mudança no nível de capital por trabalhador ao longo do
tempo, Equação 3.2, que repetimos aqui,

ÿk = gAka - dk, (3.2)


n

onde k é o capital por trabalhador. A taxa de crescimento do capital, k, é igual à variação do


capital, ÿk, dividida pelo nível de capital. Assim, podemos dividir ambos os lados da Equação
3.2 pelo nível de capital para derivar uma equação para a taxa de crescimento do capital:

n ÿk
k = = gAka-1 - d.
k

A Figura 3.10 representa graficamente os dois termos do lado direito desta equação. O é
A equação diz que a taxa de crescimento do capital será positiva se o primeiro termo,
gAka-1 , for maior que o segundo termo, d. Isso ocorre claramente no lado esquerdo da
figura, para valores
n
baixos de k. Por outro lado, para valores altos de k, o segundo termo será
maior que o primeiro, e
k será negativo - em outras palavras, o estoque de capital estará diminuindo.

F
FIGURA 3.10

Velocidade de convergência para o estado estacionário

k
ÿ

ÿAkÿ–1

kss

Capital por trabalhador (k)


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Exploração adicional da função de produção Cobb-Douglas 81

Onde as duas linhas se cruzam, a taxa de crescimento do capital será zero. Este será o
estado estacionário. Observe que a condição para o estado estacionário implícita nesta
a-1
análise, especificamente que gA(kss) = d, é a mesma derivada no texto, gA(kss) a = d(kss).
Para ver isso, multiplique ambos os lados da primeira expressão por kss.
A utilidade dessa nova maneira de ver o modelo é que ela diz algo sobre a velocidade
com que uma economia se aproxima do estado estacionário. Como a taxa de crescimento do
capital é proporcional à distância entre a curva que representa gAka-1 e a linha que representa
d, essa figura deixa claro que a taxa de crescimento do capital é maior, quanto mais abaixo
de seu estado estacionário estiver um país. Da mesma forma, se um país tem capital por
trabalhador acima do seu nível de estado estacionário, o estoque de capital encolherá a uma
taxa mais rápida, quanto mais acima do estado estacionário o país estiver. À medida que o
nível de capital por trabalhador se aproxima de seu nível de estado estacionário, a distância
entre as curvas que representam gAka-1 e d se estreita, e a taxa de crescimento do capital
por trabalhador se aproxima de zero.
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4 CAPÍTULO

POPULAÇÃO E ECONOMIA
CRESCIMENTO

Esteimpacto
ditadoda
fornece um no
população bom ponto deeconômico.
crescimento partida para pensar
Ele afirma sobre
que as o
mudanças na população afetam tanto as necessidades de consumo de uma
Com cada boca economia (o número de bocas) quanto a capacidade produtiva da economia
Deus envia um par (o número de mãos). Se a única coisa usada para produzir produção fosse
de mãos.
o trabalho, então a interação da população e crescimento econômico não
—Um velho ditado seria muito interessante: o dobro de pessoas significaria o dobro da produção,
então o tamanho da população não afetaria a produção per capita. Se, no
entanto, houver insumos para a produção além do trabalho, adicionar uma pessoa
adiciona uma boca e um par de mãos, mas não mais dos outros fatores. Em termos
per capita, mais pessoas resultarão em menos de todo o resto.
Essa simples observação é a base para incluir a população em modelos que
tentam explicar a renda per capita. Como veremos, a população pode ser um
determinante da renda de duas maneiras diferentes. Em alguns contextos, o tamanho
da população é importante, enquanto em outros a taxa de crescimento é importante.
Especificamente, quando pensamos na interação da população com algum recurso
natural fixo, o aspecto importante é o tamanho da população. Mantendo constantes
outros fatores, um país com muitas pessoas em relação à quantidade de recursos
será mais pobre. Mas quando pensamos na interação da população com um insumo
produzível como o capital, então o aspecto relevante é a taxa de crescimento da população.
É claro que, com o tempo, a velocidade com que uma população cresce é o que
determina quantas pessoas existem. Mas as palavras ao longo do tempo fazem uma grande diferença.
Os países podem ter um crescimento populacional lento e uma grande população em relação
aos seus recursos. Ou podem ter um rápido crescimento populacional, mas uma população
pequena em relação aos seus recursos. Japão e Chade apresentam exemplos desses dois casos.
Entre 1975 e 2009, a população do Japão cresceu a uma taxa de apenas 0,37% ao ano, mas
a densidade populacional em 2009 foi de 917 pessoas por milha quadrada (354 pessoas por
quilômetro quadrado), entre as mais altas do mundo. No Chade, o crescimento populacional
no mesmo período foi de 2,68% ao ano, mas em 2009, a densidade populacional foi de apenas
21 pessoas por milha quadrada (8,1 pessoas por quilômetro quadrado).

82
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População e crescimento econômico 83

Como mostra a Figura 4.1, existe uma forte correlação negativa entre a renda per capita
e a taxa de crescimento da população. Embora essa correlação negativa seja fácil de ver nos
dados, é difícil entendê-la completamente. Relembrando a discussão da causalidade no
Capítulo 2, os dados na Figura 4.1 podem ser evidências de que o rápido crescimento
populacional faz com que um país seja pobre, que algo sobre ser pobre leva a um rápido
crescimento populacional ou que a causalidade ocorre em ambas as direções. É até possível
que o crescimento populacional e a renda per capita não estejam diretamente relacionados;
algum outro fator pode afetar tanto a renda per capita quanto o crescimento populacional.
Na primeira seção deste capítulo, examinamos a relação histórica entre população e
crescimento econômico. Vemos como as forças econômicas mantiveram o crescimento
populacional sob controle durante a maior parte da história humana, mas que a relação entre
a população e a economia mudou radicalmente nos últimos dois séculos. Na segunda seção,
consideramos como o crescimento populacional pode ser incorporado ao modelo de Solow
discutido no Capítulo 3. Também realizamos um exercício quantitativo para perguntar quão
grandes deveriam ser as diferenças de renda causadas pelo crescimento populacional. A
seguir, examinamos os dois determinantes do crescimento populacional: mortalidade e
fecundidade. Na seção final, examinamos mais de perto as explicações econômicas de por
que a fecundidade cai à medida que os países ficam mais ricos.

F FIGURA 4.1

Relação entre renda per capita e crescimento populacional

Taxa de crescimento populacional, 1975–2009 (% ao ano)

5,0

4,5 Bahrein

4,0
Arábia Saudita

3,5 Paquistão

Congo, Dem. Representante


3,0

2,5
Libéria

2,0 México
Zimbábue
Luxemburgo
1,5 Austrália

1,0 NÓS
China
0,5
Moldávia

0,0
100 1.000 10.000 100.000
PIB per capita, 2009 (dólares de 2005, escala de proporção)

Fonte: Heston et.al. (2011).


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84 CAPÍTULO 4 População e Crescimento Econômico

4.1 POPULAÇÃO E PRODUÇÃO A LONGO PRAZO

Os últimos 200 anos foram um período extraordinário na história da humanidade. Como vimos
no Capítulo 1, somente nos últimos dois séculos os padrões de vida em qualquer lugar do
mundo começaram a apresentar melhorias significativas. E, como veremos neste capítulo,
uma mudança semelhante ocorreu na natureza do crescimento populacional.
A maior parte deste livro trata do atual período de rápidas mudanças. Para uma
compreensão completa, no entanto, é útil começar observando como a população e a produção
interagiram durante a maior parte da história humana.

População a longo prazo


A Figura 4.2 mostra o tamanho da população humana desde 10.000 aC Durante a maior parte
da história, a população mundial era escassa em comparação com os 7 bilhões de hoje. Até o
ano 1000 d.C., por exemplo, menos humanos andavam na Terra do que agora vivem nos
Estados Unidos.
Outro aspecto marcante da figura é a lentidão com que a população cresceu durante a
maior parte da história humana. Entre 10.000 aC e o início do primeiro século

F
FIGURA 4.2

População Mundial, 10.000 AC a 2010 DC

População (em milhões, escala de proporção)

10.000

1.000

100

10

1
0
2000 4000

8000
– 6000
– 4000
– 2000

-10.000

Ano

Fonte: Kremer (1993).


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4.1 População e Produção a Longo Prazo 85

anúncio, a taxa média de crescimento da população mundial foi de apenas 0,04% ao ano – em
outras palavras, a população aumentou 1% a cada 25 anos. Nos 1.800 anos seguintes, a
população cresceu a uma taxa média de 0,09% ao ano – alta em comparação com o que havia
antes, mas minúscula em termos de hoje. Como a figura mostra, apenas nos últimos 200 anos
a taxa de crescimento da população decolou: o crescimento da população mundial foi em média
0,6% no século XIX, 0,9% na primeira metade do século XX e 1,8% na segunda metade do
século XX. o século 20.
Assim, o crescimento populacional persistente a uma taxa além de um rastreamento
glacial é um fenômeno relativamente novo. Explorar por que o crescimento populacional se
comportou dessa maneira no longo prazo nos dará uma visão do que determina o crescimento
populacional e por que ele difere entre os países hoje.

O modelo malthusiano
A explicação para a constância histórica da população foi mais notoriamente elucidada por
Thomas Malthus (1766-1834), um pároco inglês cujo Ensaio sobre o Princípio da População foi
publicado em 1798. Malthus começou com a observação de que, dadas as circunstâncias
certas, os humanos podem se reproduzir a uma taxa prodigiosa (veja o quadro “O Poder da
População”). A força que limitava a população humana diante dessa fertilidade potencial era
simplesmente a quantidade limitada de recursos disponíveis – em particular, a terra. o

F O PODER DA POPULAÇÃO

O grupo que os demógrafos usam como o melhor 5.450 em 1960, sem entrada de estranhos. A taxa
T exemplo da capacidade humana de se reproduzir média de crescimento nesse período foi de 4,1%,
rapidamente são os huteritas, uma seita cristã de aproximadamente o dobro a cada 17 anos.
orientação comunitária que migrou da Rússia para Embora alguns países do mundo em desenvolvimento
Dakotas e Canadá na década de 1870. O estilo de tenham atualmente taxas de crescimento populacional
vida huterita foi quase perfeitamente projetado para tão altas, nenhum manteve esse crescimento por
a máxima fertilidade. As mulheres casavam-se jovens tanto tempo.
e, por motivos religiosos, os casais nunca praticavam Outro exemplo da capacidade de expansão das
o controle da natalidade. O desmame precoce de populações humanas na presença de recursos
bebês da seita eliminou o efeito da amamentação na adequados – e do poder de crescimento composto –
redução da fertilidade. Além disso, ao contrário das são os franco-canadenses, que chegaram a Quebec
populações de alta fertilidade do mundo em no século XVII. Os 3.380 pioneiros que migraram da
desenvolvimento de hoje, os huteritas eram bem nutridos e saudáveis.
França antes de 1680 cresceram, com pouca
Suas taxas de mortalidade não eram diferentes imigração adicional, para uma população de 2,5
daquelas da população dos EUA como um todo. milhões em 1950. Da população em 1950, 68% do
Os resultados desse estilo de vida de alta pool genético era atribuível aos colonos iniciais.*
fertilidade foram dramáticos. A mulher huterita
mediana deu à luz 10,4 filhos aos 45 anos.
Uma colônia cresceu de 215 pessoas em 1880 para *Larsen e Vaupel (1993), Livi-Bacci (1997).
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86 CAPÍTULO 4 População e Crescimento Econômico

quanto menor a população em relação à terra disponível, melhor as pessoas estariam.


Quanto melhor as pessoas estivessem, mais rápido a população cresceria. À medida que a
população crescia, no entanto, a quantidade de terra disponível para cada pessoa cairia e as
pessoas ficariam mais pobres. Essa pobreza, por sua vez, limitaria o crescimento populacional.
Eventualmente, a sociedade atingiria um nível de renda compatível com a população constante.
Descrito dessa forma, o modelo de Malthus soa puramente biológico. Mas Malthus observou
que há uma diferença crucial entre os humanos e outras formas de vida:

Entre plantas e animais a visão do assunto é simples. Todos são impelidos por um
poderoso instinto para o aumento de sua espécie; e esse instinto não é interrompido
por nenhum raciocínio ou dúvidas sobre o sustento de sua prole. Onde quer que haja
liberdade, o poder de aumento é exercido; e os efeitos superabundantes são reprimidos
depois pela falta de espaço e nutrição, que é comum aos animais e plantas; e entre os
animais, tornando-se presa de outros.1

No caso dos humanos, no entanto, há uma segunda consideração:

Impulsionada ao aumento de sua espécie por um instinto igualmente poderoso, a razão


interrompe sua carreira e lhe pergunta se pode ou não trazer ao mundo seres aos quais
não pode fornecer os meios de subsistência. . . . Ele não vai baixar sua posição
na vida? Ele não se sujeitará a maiores dificuldades do que sente no momento? Ele
não será obrigado a trabalhar mais? E se ele tem uma família grande, seus esforços
máximos o capacitarão a sustentá-los? Ele não pode ver sua descendência em trapos
e miséria, e clamando por pão que ele não pode dar?2

Assim, argumentou Malthus, embora animais e plantas fossem limitados em sua multiplicação
apenas por limitações de recursos, os humanos estavam sujeitos a um segundo tipo de limitação:
a redução deliberada da fertilidade para evitar a pobreza. Malthus chamou o primeiro desses
mecanismos de “verificação positiva” e o segundo, aquele exclusivo dos humanos, de “verificação
preventiva”. Como os humanos podiam aplicar uma verificação preventiva, eles não estavam
fadados a viver nas mesmas circunstâncias terríveis que os animais. Mas quando essa verificação
falhou, a verificação positiva estava esperando nos bastidores.
A Figura 4.3 é uma representação gráfica do modelo malthusiano. O painel (a) da figura
mostra a relação entre a renda per capita no eixo horizontal e o tamanho da população no eixo
vertical. O efeito do tamanho da população sobre o padrão de vida é representado pela linha
descendente. O painel (b) representa a renda per capita no eixo horizontal e o crescimento
populacional no eixo vertical. A linha ascendente no painel (b) mostra que uma renda mais alta
aumentará a taxa de crescimento da população.

Para usar este diagrama, considere começar com um determinado nível de população, como
aquele representado pelo ponto A no painel (a). O painel mostra como essa população se
traduzirá em um nível de renda per capita. Lendo até o painel (b),

1
Malthus (1798), cap. 2.
2
Malthus (1798), cap. 2.
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4.1 População e Produção a Longo Prazo 87

F FIGURA 4.3

O modelo malthusiano

(a) Relação entre renda per capita e tamanho da população


Tamanho da população (L)

Curva mostrando o efeito


do tamanho da população em
Lss renda per capita

UMA

Renda per capita (y)

(b) Relação entre renda per capita e crescimento populacional


Taxa de crescimento da população

0 Curva mostrando o efeito


de renda per capita em
crescimento populacional

sim
Renda per capita (y)

podemos então ver como esse nível de renda per capita se traduz em uma taxa de
crescimento da população – e, portanto, como o nível da população mudará ao longo do
tempo. Por exemplo, o tamanho da população representado pelo ponto A implica um alto
nível de renda per capita e crescimento populacional positivo. Se a população começar no
ponto A, ela crescerá ao longo do tempo (ou seja, move-se para cima ao longo do eixo vertical no painel [a]).
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88 CAPÍTULO 4 População e Crescimento Econômico

Da mesma forma, se a população começar no nível designado pelo ponto B, a renda per
capita será baixa e o crescimento populacional será negativo – ou seja, a população diminuirá
com o tempo. Esses movimentos na população são simbolizados pelas setas ao longo do
eixo vertical no painel (a).
Como a figura mostra, há um nível de renda per capita estável, yss, que é consistente
com o crescimento populacional zero. Existe um tamanho de população em estado
estacionário correspondente, L ss. Se a população for menor que L ss, a renda per capita
será superior a yss, então a população estará crescendo. Por outro lado, se a população
estiver acima de L ss, então a população estará diminuindo. Assim, o estado estacionário é
estável: não importa qual seja o nível inicial de população de um país, ele terminará no estado estacion
Podemos usar este diagrama para analisar como as mudanças no ambiente ou no
comportamento influenciarão a renda e a população no modelo malthusiano. Considere
primeiro como as melhorias no ambiente produtivo afetarão o padrão de vida. Suponha que
haja algum avanço na produtividade – por exemplo, a introdução da irrigação ou a chegada
de uma nova safra – que aumente a quantidade de alimentos que podem ser cultivados em
uma determinada quantidade de terra. Ou suponha que uma nova terra (sem pessoas) seja
descoberta. Tal mudança é representada por um deslocamento para fora na relação entre o
tamanho da população e a renda per capita, conforme mostrado no painel (a) da Figura 4.4.
Em qualquer nível de população, a renda per capita será maior. A relação entre o crescimento
populacional e o nível de renda per capita, mostrada no painel (b), não mudaria.

O efeito imediato dessa melhoria no ambiente produtivo será elevar os padrões de vida,
como seria de esperar. Mas com o tempo, as pessoas que estão em melhor situação
produzirão mais filhos, e o maior número de pessoas diluirá os benefícios da nova tecnologia
ou terra. A população continuará a crescer até que o padrão de vida retorne ao seu nível
anterior (ou seja, o nível compatível com o crescimento populacional zero). No novo estado
estacionário da economia, haverá uma população maior, mas o nível de renda per capita não
terá mudado. Melhor tecnologia ou mais terra, então, não levará a pessoas mais saudáveis
e felizes, apenas a mais pessoas.

Essa implicação do modelo malthusiano – que países com maior produtividade não
terão padrões de vida mais altos, mas apenas mais pessoas – concorda bem com os dados
disponíveis da história econômica. O ritmo lento do crescimento populacional ao longo da
maior parte da história humana, mostrado na Figura 4.2, parece corresponder a uma taxa
igualmente lenta de progresso tecnológico, ambos ocorridos em um cenário de padrões de
vida aproximadamente constantes. Quando comparamos diferentes países no mesmo
momento, a previsão do modelo também parece se confirmar. Em 1000 dC, a China era o
país tecnologicamente mais avançado do mundo, mas devido à sua alta densidade
populacional, o povo chinês vivia tão próximo da margem de subsistência quanto a Europa
tecnologicamente atrasada.
Outro bom exemplo desse mecanismo em funcionamento ocorreu quando a batata, uma
planta nativa das Américas, foi introduzida na Irlanda. Um campo de batatas poderia alimentar
duas ou três vezes mais pessoas do que um campo similar de grãos, então o
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4.1 População e Produção a Longo Prazo 89

F FIGURA 4.4

Efeito da Melhoria da Produtividade no Modelo Malthusiano

(a) Relação entre renda per capita e tamanho da população


Tamanho da população (L)

Lss

Lss

Curva mostrando
o efeito do
tamanho da
população na
renda per capita

Renda per capita (y)

(b) Relação entre renda per capita e crescimento populacional


Taxa de crescimento da população

Curva mostrando o
efeito da renda per capita
no crescimento
0 populacional

sim
Renda per capita (y)

batata resultou em um aumento significativo na produtividade agrícola da Irlanda.


No século após 1750, quando a batata se tornou o principal alimento básico da
Irlanda, a população da ilha triplicou. Assim como Malthus teria previsto, esse
aumento da população resultou em pouca melhoria no padrão de vida.
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90 CAPÍTULO 4 População e Crescimento Econômico

Se o modelo malthusiano prevê que as melhorias na produtividade não melhorarão a


situação das pessoas, então o que fará? A resposta de Malthus foi que a “restrição moral”
na prevenção de nascimentos é a única maneira pela qual uma sociedade pode elevar seu
padrão de vida. Tal mudança é representada no painel (b) da Figura 4.5 por um
deslocamento para baixo na curva que relaciona o crescimento populacional à renda per
capita. Em qualquer nível de renda, o crescimento populacional será menor. Nesse cenário,
a curva que relaciona a renda com o tamanho da população permanece inalterada. Como
mostra a figura, um país que adotasse uma política de restrição moral teria uma população
estável mais baixa, mas um nível de renda per capita mais alto. Malthus explica assim:

Em um esforço para aumentar a proporção da quantidade de provisões para o número de


consumidores em qualquer país, nossa atenção naturalmente se voltaria primeiro para o
aumento da quantidade absoluta de provisões; mas descobrindo que, tão rápido como fizemos
isso, o número de consumidores mais do que o acompanhou, e que com todos os nossos
esforços ainda estávamos tão atrasados quanto antes, deveríamos estar convencidos de que
nossos esforços direcionados apenas dessa maneira seriam nunca ter sucesso. . . . Descobrindo,
portanto, que a partir das leis da natureza não poderíamos proporcionar comida à população,
nossa próxima tentativa deveria naturalmente ser a proporção da população à comida.3

O colapso do modelo malthusiano

O modelo malthusiano claramente não se aplica ao mundo de hoje. A evidência de que o


modelo falhou vem dos padrões de vida. O modelo malthusiano prevê que os padrões de
vida permanecerão constantes ao longo do tempo, mesmo diante do progresso tecnológico.
Isso foi mais ou menos verdade durante a maior parte da história humana, mas nos últimos
dois séculos, os padrões de vida em grande parte do mundo aumentaram dramaticamente.
Também podemos ver o desdobramento do modelo malthusiano na relação entre renda per
capita e crescimento populacional. Uma das peças-chave do modelo malthusiano é que a
renda mais alta aumenta a taxa de crescimento da população.
Mas a Figura 4.1, ao contrário do que Malthus teria previsto, mostra que a relação entre
essas duas medidas é negativa: os países mais ricos do mundo têm as menores taxas de
crescimento populacional.
Ironicamente, foi mais ou menos na época em que Malthus escreveu – no início do
século 19 – que o modelo malthusiano começou a entrar em colapso. As mudanças
afetaram os dois aspectos-chave do modelo malthusiano: primeiro, que a oferta fixa de
terra significa que uma população maior levará a declínios no padrão de vida e, segundo,
que a população crescerá sempre que a renda per capita for alta o suficiente.
Nos últimos dois séculos, ambos os mecanismos enfraqueceram muito.
Primeiro, considere o efeito do tamanho da população sobre a renda per capita. O
simples fato é que, embora a população tenha crescido enormemente nos últimos dois séculos,

3
Malthus (1826), Livro 4, cap. 3.
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4.1 População e Produção a Longo Prazo 91

F FIGURA 4.5

Efeito da “restrição moral” no modelo malthusiano

(a) Relação entre renda per capita e tamanho da população


Tamanho da população (L)

Lss

Curva mostrando o efeito


do tamanho da população em
Lss renda per capita

Renda per capita (y)

(b) Relação entre renda per capita e crescimento populacional


Taxa de crescimento da população
Curva mostrando
o efeito de
renda per capita
na população
crescimento

sim sim
Renda per capita (y)

esse aumento não impediu que a renda per capita também aumentasse. O crescimento
da renda foi possível porque o progresso tecnológico foi rápido o suficiente para
compensar a queda dos níveis de recursos naturais per capita. Consideraremos os
detalhes desse processo mais adiante no livro.
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92 CAPÍTULO 4 População e Crescimento Econômico

Este capítulo focaliza o enfraquecimento da outra parte do mecanismo malthusiano: a


dependência do crescimento populacional do nível de renda per capita. Por que as melhorias
no padrão de vida não levaram a grandes aumentos no crescimento populacional, como
Malthus esperava?
A Figura 4.6 mostra as taxas de crescimento do produto per capita e da população na
Europa Ocidental, onde o modelo malthusiano falhou pela primeira vez. Como a figura indica,
a ligação entre renda e crescimento populacional não foi rompida de uma só vez. Em vez
disso, à medida que a Europa ficou mais rica, sua população cresceu em um ritmo sem precedentes.
A população cresceu a uma taxa média de apenas 0,2% ao ano nos 200 anos anteriores a
1700. Entre 1700 e 1820, cresceu 0,4% ao ano, e entre 1820 e 1870, 0,7% ao ano. Ainda
assim, o crescimento econômico superou o crescimento populacional e a renda per capita
continuou a aumentar. Então, no final do século 19, veio um fenômeno intrigante: à medida
que o crescimento da renda acelerou, o crescimento da população começou a cair. E quando
olhamos para o presente nas próximas décadas, a saída do modelo malthusiano é ainda mais
dramática porque, para muitos países da Europa Ocidental, o crescimento populacional é
negativo! Claramente, a relação malthusiana entre renda e crescimento populacional não é
mais operativa.
F
FIGURA 4.6

Desdobramento do modelo malthusiano na Europa Ocidental

Taxa de crescimento (% ao ano)


2,5

População

Produção per capita


2,0

1,5

1,0

0,5

0,0
500–1500 1500–1700 1700–1820 1820–1870 1870–1929 1929–1990
Período de tempo

Fonte: Galor e Weil (2000).


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4.2 Crescimento Populacional no Modelo Solow 93

Esse mesmo padrão – crescimento econômico levando inicialmente a um período de


crescimento populacional crescente, mas depois a um declínio – tem se repetido em muitas
outras partes do mundo. Compreender esse fenômeno é o assunto da segunda metade deste
capítulo. Mas primeiro olhamos para outro canal pelo qual a população afeta o nível de renda
per capita: o efeito do crescimento populacional sobre a quantidade de capital por trabalhador.

4.2 CRESCIMENTO POPULACIONAL NO MODELO SOLOW


No modelo malthusiano, o tamanho da população retroage para afetar o nível de renda per
capita. Esse mecanismo malthusiano manteve o tamanho da população e o nível de renda per
capita relativamente constantes durante a maior parte da história humana. Mas, como
acabamos de observar, nos últimos dois séculos, o mecanismo malthusiano quebrou à medida
que o crescimento populacional e a renda per capita subiram a níveis nunca antes vistos na história.
O fato de o modelo malthusiano não funcionar mais significa que a população não tem
efeito sobre a renda per capita? A resposta a esta pergunta é não, por duas razões. Em
primeiro lugar, o mecanismo malthusiano pelo qual o aumento da população significará
escassez de recursos como a terra ainda é um fator importante na determinação da renda dos
países, embora não desempenhe o papel dominante que desempenhou historicamente. Em
segundo lugar, há um canal completamente diferente, além daquele examinado por Malthus,
pelo qual a população afeta a renda per capita. Este segundo canal funciona através do efeito
da população sobre o capital, o fator de produção que estudamos no Capítulo 3. Além disso,
onde o modelo malthusiano se concentrava no tamanho da população, este segundo canal
opera através da taxa de crescimento da população. . Este segundo canal pelo qual o
crescimento populacional afeta a renda per capita é melhor compreendido estendendo o
modelo de Solow, apresentado no Capítulo 3.

Crescimento Populacional e Diluição de Capital


Para ver como a taxa de crescimento da população interage com a quantidade de capital para
afetar a renda per capita, considere o que acontece em um país em que a população está
crescendo rapidamente. Se a quantidade de capital no país não mudasse, o crescimento
populacional resultaria em menos capital disponível para cada trabalhador.4 Esse efeito
negativo do crescimento populacional sobre o capital por trabalhador é chamado de diluição
de capital. O declínio na quantidade de capital por trabalhador, pelas razões discutidas no
Capítulo 3, levaria a um declínio na quantidade de produção produzida por trabalhador.
Alternativamente, um país em que a população está crescendo rapidamente poderia manter
um nível constante de capital por trabalhador, mas apenas investindo uma grande fração de
sua produção na construção de novo capital.
Uma análise aprofundada do efeito da diluição do capital requer um modelo de como o
capital afeta o produto. Felizmente, já temos um: o modelo Solow. Na versão de

4
Estamos assumindo, por enquanto, que a taxa de crescimento da população é a mesma que a taxa de crescimento da força de trabalho.
O Capítulo 5 explora o que acontece quando esse não é o caso.
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94 CAPÍTULO 4 População e Crescimento Econômico

No modelo de Solow apresentado no Capítulo 3, existem duas fontes de variação do capital por
trabalhador: o investimento (a construção de novo capital) e a depreciação (o desgaste do
capital antigo). A equação que descreve a mudança na quantidade de capital por trabalhador ao
longo do tempo (Equação 3.1) é

ÿk = gf(k)-dk,

onde ÿ é a fração da produção investida, ÿ é a taxa de depreciação, f(k) é a função de produção


e ÿk é a variação do nível de capital por trabalhador.
Agora queremos incorporar a diluição de capital nessa equação. Como exemplo concreto,
consideremos uma economia em que o número de trabalhadores cresce a uma taxa de 1% ao
ano e na qual não há depreciação do capital. Se quiséssemos manter o nível de capital por
trabalhador constante em face desse crescimento da força de trabalho, a quantidade de
investimento teria que ser grande o suficiente para fornecer a cada novo trabalhador tanto
capital quanto cada trabalhador existente tem para trabalhar, então investimento teria que ser
igual a 1% do capital social. Alternativamente, se não houvesse investimento diante desse
crescimento da força de trabalho, então a quantidade de capital por trabalhador diminuiria a uma
taxa de 1% ao ano. Generalizando a partir deste exemplo e definindo n como a taxa de
crescimento da força de trabalho, podemos escrever uma equação para a mudança na quantidade de cap

ÿk = gf(k)- dk - nk = gf(k) - (n + d)k.

Observe que a diluição resultante da chegada de novos trabalhadores opera exatamente da


mesma forma que a depreciação.
Uma vez que modificamos a equação de acumulação de capital para levar em conta o
efeito da diluição do capital, o restante do modelo de Solow é direto. A condição para um estado
estacionário é que a variação no estoque de capital, ÿk, seja igual a zero. Isso implica que

gf(k) = (n + d)k.

Podemos mostrar a determinação do estado estacionário em uma figura exatamente como a Figura 3.4,
exceto que ao invés de uma reta com inclinação ÿ, haverá uma reta com inclinação (n + d), como mostra
a Figura 4.7. Aumentar a taxa de crescimento populacional gira a curva que representa (n + d)k no sentido
anti-horário e leva a um nível de produção mais baixo no estado estacionário. Assim, o modelo de Solow,
modificado para incluir o crescimento populacional, fornece uma explicação potencial de por que países
com altas taxas de crescimento populacional são mais pobres do que países com baixas taxas de
crescimento populacional. Especificamente, o crescimento populacional mais alto dilui o estoque de capital
por trabalhador mais rapidamente e, assim, reduz o nível de produção por trabalhador no estado estacionário.

5
Nota matemática: Podemos derivar o equivalente desta equação em tempo contínuo usando o cálculo:
dK dL
eu -K . . .
. dk dt dt K
= da K = gY - dK
Libra eu eu
k = =
2
= -k - k = gy - dk - nk.
dt dt eu eu eu eu eu

.
Observe que a definição da taxa de crescimento da força de trabalho, n, é n = L/EU.
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4.2 Crescimento Populacional no Modelo Solow 95

F FIGURA 4.7

O Modelo Solow Incorporando o Crescimento Populacional

Diluição e depreciação de capital, investimento e produção por trabalhador

Saída, f(k)

ss
ano 1
(n2 + ÿ)k

Diluição e
ss depreciação de capital
ano 2

(n1 + ÿ)k

Investimento, ÿf(k)

ss ss
k2 k1
Capital por trabalhador (k)

A figura mostra como o aumento da taxa de crescimento populacional de n1 para n2 afeta o nível estacionário de
capital por trabalhador (k) e o nível estacionário de produção por trabalhador (y).

Uma análise quantitativa Como

fizemos no Capítulo 3, podemos ir mais longe, perguntando qual será o tamanho do


modelo de Solow que prevê o efeito do crescimento populacional sobre a renda estável.
Como no capítulo anterior, assumimos que a função de produção assume a forma Cobb-
Douglas, que em termos por trabalhador é

f(k) = Aka,
onde o parâmetro A mede a produtividade. A condição para o estado estacionário é, portanto,

gAka = (n + d)k.
Esta equação pode ser resolvida para dar o nível de estado estacionário de capital por trabalhador, kss:
1/(1-a)
.
kss = angA
+ db
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96 CAPÍTULO 4 População e Crescimento Econômico

Finalmente, substituindo kss na função de produção dá o nível de estado estacionário de


produção por trabalhador, yss:
a/(1-a)
yss = A(kss) a .
= A1/(1-a) n
ag+ db

Para calcular o efeito do crescimento populacional sobre o nível de produção por


trabalhador no estado estacionário, suponha que estamos comparando dois países que
são iguais em todas as dimensões, exceto em suas taxas de crescimento populacional.
Assim, eles têm os mesmos valores para A (que mede a produtividade), ÿ (que mede a
fração do produto que é investido) e ÿ (que mede a depreciação). Chamamos os países de
e j, e sejam ni e nj suas taxas de crescimento da população (continuamos supondo
que a população e a força de trabalho crescem na mesma taxa). As equações para
os níveis estáveis de produção por trabalhador nos dois países são:
a/(1-a)
ss
yi ,
= A1/(1-a) ag
ni + db
a/(1-a)
ss
sim
.
= A1/(1-a) ag
nj + db
Para obter uma expressão para a razão entre a renda estável no País i e a
renda estável no País j, dividimos a primeira dessas expressões pela segunda:
ss a/(1-a)
yi
ss .
sim = a nj
ni ++ ddb

Para implementar este cálculo, precisamos de valores para a taxa de


depreciação, ÿ, crescimento populacional em cadacapital
país,na
ni função
e nj , e de
o expoente
produção,doa.
Para a taxa de depreciação, usaremos o valor de 5%. Para as taxas de crescimento
populacional, escolhemos valores que abrangem as taxas que observamos nos
dados: ni = 0% e nj = 4%. Para o valor de a, usamos 1/3, pelas razões discutidas no
Capítulo 3. A razão da renda per capita no estado estacionário é dada pela
substituição desses números na equação anterior:
ss 1/2
yi
ss ÿ 1,34.
sim 0,00
= 0,04 + 0,05b
+ 0,05

Assim, nosso cálculo diz que o país com crescimento populacional zero (País
i) teria uma renda por trabalhador 34% maior do que o país com crescimento
populacional de 4% (País j).
Esta é uma pequena diferença em comparação com as grandes diferenças de
renda per capita que estão associadas a diferenças no crescimento populacional de
acordo com a Figura 4.1. Observe, no entanto, que esse cálculo é sensível ao valor de a.
Suponha (por razões que ficarão claras no Capítulo 6) que usamos um valor de
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4.3 Explicando o crescimento populacional 97

a = 2/3. Nesse caso, a proporção da renda estável nos dois países será de 3,24 - ou seja, o País
i terá mais de três vezes a situação do País j.
Essa diferença de renda per capita – um fator de 3,24 – ainda não é tão grande quanto as
diferenças entre os países de alto e baixo crescimento populacional na Figura 4.1.
No entanto, as diferenças explicadas pelo crescimento populacional são potencialmente
significativas. Além disso, não esperaríamos que esse fator sozinho explicasse todas as diferenças
de renda que observamos. Já vimos no Capítulo 3 que as diferenças nas taxas de investimento
entre os países podem explicar parcialmente as diferenças na renda, e veremos nos capítulos
posteriores que existem outros fatores também.
Em suma, o modelo de Solow, estendido para incorporar o crescimento populacional, explica
como um maior crescimento populacional pode reduzir a renda per capita por meio do canal de
diluição do capital. Como tal, este modelo de Solow estendido pode explicar parcialmente a
correlação negativa entre renda per capita e crescimento populacional mostrada na Figura 4.1.
Mas assim como o modelo simples de Solow do Capítulo 3, que se concentrou nos efeitos do
investimento, deixou em aberto a questão de por que os países diferem na fração de sua produção
que investem, esse modelo de Solow estendido deixa sem resposta a questão de por que os
países diferem em suas taxas de crescimento populacional. Esta é a questão para a qual nos voltamos agora.

4.3 EXPLICAR O CRESCIMENTO POPULACIONAL


Os modelos Malthusian e Solow abordam a questão de como a população afeta o nível de renda
per capita. O modelo malthusiano tem um componente adicional que falta no modelo de Solow,
no entanto: o modelo malthusiano também explica como o tamanho da população é determinado.
Usando a terminologia apresentada no Capítulo 3, dizemos que o modelo malthusiano trata a
população como uma variável endógena — algo determinado dentro do modelo. Por outro lado, o
modelo de Solow trata o crescimento populacional como exógeno (determinado fora do modelo).

Como vimos, o modelo malthusiano forneceu uma boa explicação tanto para a renda quanto
para a população até os últimos dois séculos, mas desde então o modelo malthusiano de
população fracassou. Também vimos, em nossa análise quantitativa do modelo de Solow, que as
diferenças entre os países na taxa de crescimento da população podem explicar algumas (mas
não todas) as diferenças de renda entre os países. No restante deste capítulo, exploramos a
origem dessas diferenças nas taxas de crescimento populacional.
Uma estrutura útil para organizar nosso pensamento sobre o crescimento populacional é a
ideia de transição demográfica – o processo pelo qual as características demográficas
(população) de um país são transformadas à medida que ele se desenvolve. Nesta seção veremos
que as mudanças no crescimento populacional resultam da interação de mudanças nos padrões
de morte e nascimento – isto é, uma transição de mortalidade e uma transição de fecundidade.
O processo de transição demográfica está amplamente concluído nos países mais ricos do mundo,
mas ainda está em andamento em grande parte do mundo em desenvolvimento. A incompletude
da transição demográfica – especificamente, o fato de que as taxas de mortalidade caíram mais
rapidamente do que as taxas de fecundidade – é a principal explicação para o alto crescimento
populacional em grande parte do mundo em desenvolvimento.
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98 CAPÍTULO 4 População e Crescimento Econômico

Transição de mortalidade
O declínio na prevalência da morte nos últimos dois séculos foi uma das transformações mais
notáveis da história humana. Viver em uma sociedade em que a maioria das crianças pode
esperar viver uma vida longa e saudável torna difícil para nós entender a precariedade com
que a vida foi vista durante a maior parte da história humana e pela maior parte do mundo até
meio século atrás.
Os demógrafos medem a mortalidade calculando a expectativa de vida ao nascer,
que é o número médio de anos que um bebê recém-nascido pode esperar viver. Por exemplo,
em um país onde todos os recém-nascidos vivessem até os 40 anos e depois morressem, a
expectativa de vida ao nascer seria de 40 anos. Da mesma forma, em um país onde metade
de todos os recém-nascidos morresse imediatamente e a outra metade morresse aos 80
anos, a expectativa de vida ao nascer também seria de 40. O apêndice deste capítulo contém
uma discussão mais extensa de como a expectativa de vida e outras medidas demográficas
são definidas e medido.
A Figura 4.8 ilustra como a expectativa de vida evoluiu em vários países desenvolvidos.
Os dados remontam a meados do século XVIII e

F FIGURA 4.8

Expectativa de vida em países desenvolvidos

Expectativa de vida ao nascer (anos)


80
Suécia

70

60
Estados Unidos
Inglaterra
50

40

Japão
França
30

20

Ano

Fonte: Livi-Bacci (1997).


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4.3 Explicando o crescimento populacional 99

mostram um período de dois séculos de melhora na mortalidade. Assim como a renda per
capita, as evidências históricas disponíveis indicam que houve pouca ou nenhuma melhora
na expectativa de vida antes do século XVIII, mesmo nos países mais avançados.

Para o conjunto de países em desenvolvimento da Figura 4.9, os dados também indicam


uma melhora na expectativa de vida. Ao comparar as Figuras 4.8 e 4.9, observe que a
transição da mortalidade no mundo em desenvolvimento foi muito mais rápida do que no
mundo desenvolvido. Para dar um exemplo, na Índia, a expectativa de vida ao nascer
aumentou de 26,9 anos em 1930 para 55,6 anos em 1980. Na França, uma mudança
aproximadamente comparável levou mais de três vezes mais tempo: a expectativa de vida ao
nascer era de 27,9 anos em 1755 e chegou a 56,7 anos somente em 1930.
Além de sua velocidade, a característica crucial da transição da mortalidade no mundo
em desenvolvimento é sua ocorrência em um nível de renda per capita muito abaixo da renda
dos países ricos quando passaram por uma transição semelhante. Por exemplo, a Índia
alcançou uma expectativa de vida de 55,6 anos em 1980 com renda per capita de $ 1.239
(em dólares de 2000). Em contraste, a França alcançou uma expectativa de vida de 56,7
anos em 1930 com renda per capita de $ 4.998 (também em dólares de 2000).

F
FIGURA 4.9

Expectativa de vida em países em desenvolvimento

Expectativa de vida ao nascer (anos)


80

70

60

Egito
50

Nigéria
40

Chile

30
Índia

20

Ano

Fonte: Kalemli-Ozcan (2002).


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100 CAPÍTULO 4 População e Crescimento Econômico

Explicando a Transição da Mortalidade. A mortalidade reduzida resultou de três forças.


Primeiro, houve melhorias no padrão de vida, principalmente na quantidade e qualidade
dos alimentos consumidos. As populações pré-industriais eram muitas vezes tão
cronicamente desnutridas que as pessoas morriam de doenças que não seriam problemas
sérios para uma população mais bem alimentada. À medida que as pessoas se tornaram
mais ricas, passaram a ter menos fome e, portanto, mais resistentes às doenças.
Além de uma alimentação melhor, outros avanços nos padrões de vida, como melhorias
nas moradias e lavagem mais frequente de roupas, reduziram o preço das doenças. Um
segundo fator na redução da mortalidade foram as melhorias nas medidas de saúde
pública, como a garantia de água potável e alimentos e a drenagem de pântanos
infestados de mosquitos. Uma terceira força na redução da mortalidade tem sido o papel
dos tratamentos médicos na cura de doenças.
Nos países que experimentaram o desenvolvimento econômico primeiro, essas três
melhorias na mortalidade ocorreram mais ou menos uma de cada vez – primeiro melhor
nutrição e padrões de vida, depois melhores medidas de saúde pública e depois avanços
médicos. O historiador econômico Robert Fogel concluiu que as melhorias no estado
nutricional parecem explicar cerca de 90% do declínio nas taxas de mortalidade na
Inglaterra e na França entre 1775 e 1875, mas muito menos do declínio na mortalidade
que ocorreu depois.6 A segunda metade século XIX viu a criação de modernos sistemas
de esgoto e abastecimento de água nas cidades dos países mais avançados, reduzindo
drasticamente a mortalidade por doenças como cólera e febre tifoide. Somente no século
20 o tratamento médico contribuiu significativamente para melhorias na expectativa de
vida.
A explicação para os rápidos declínios da mortalidade no mundo em desenvolvimento
é exatamente que muitos dos avanços que se acumularam lentamente nos países ricos
chegaram ao mundo em desenvolvimento quase todos de uma vez. Governos e
organizações não governamentais importaram rapidamente técnicas de saúde pública e
medicina moderna nos anos anteriores e posteriores à Segunda Guerra Mundial. Essa
diferença nas fontes de melhoria da mortalidade também explica por que os países em
desenvolvimento alcançaram melhorias na longevidade com níveis de renda per capita
muito mais baixos do que os níveis de renda que prevaleciam quando a mortalidade caiu
no mundo desenvolvido.

Transição de Fertilidade

Os demógrafos medem a fecundidade construindo um indicador chamado taxa de


fecundidade total (TFR), o número de filhos que uma mulher teria se vivesse todos os
seus anos reprodutivos e experimentasse as atuais taxas de fecundidade específicas por
idade em cada idade. Por exemplo, se mulheres de 20 a 39 anos deram à luz uma média
de 0,2 filhos por ano e mulheres fora dessa faixa etária não

6
Fogel (1997).
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4.3 Explicando o crescimento populacional 101

F FIGURA 4.10

Taxa Total de Fertilidade nos Estados Unidos, 1860–2008

Taxa de fertilidade total


6,0

5,5

5,0

4,5

4,0

3,5

3,0

2,5

2,0

1,5

1,0

Ano

Fontes: Coale e Zelnik (1963), Wade (1989).

filhos, então a taxa de fecundidade total seria igual a 4 (ou seja, 20 anos multiplicado por 0,2
filhos por ano). Veja o apêndice deste capítulo para uma discussão mais longa de como a TFR é
definida.
Para um exemplo da transição da fertilidade no mundo desenvolvido, considere a Figura
4.10, que mostra a TFT nos Estados Unidos desde 1860. A fertilidade caiu drasticamente nos
últimos 140 anos, de mais de cinco filhos por mulher para aproximadamente dois. Mas,
diferentemente do caso da mortalidade, a mudança na fecundidade não tem sido uma tendência
suave. Em vez disso, há uma interrupção visível e temporária na tendência de queda da
fecundidade: o baby boom de 1946 a 1964.
Esse mesmo padrão — fecundidade particularmente baixa durante a Grande Depressão e a
Segunda Guerra Mundial, seguida por uma explosão de fecundidade no pós-guerra — ocorreu
em todo o mundo desenvolvido.
Como no caso da mortalidade, a mudança na fecundidade no mundo em desenvolvimento
foi comprimida em muito menos tempo do que a transição da fecundidade nos países mais
desenvolvidos. (Para dados sobre mudança de fertilidade, veja a Tabela 5.1 no próximo capítulo.)
Por exemplo, o movimento de uma TFR de cinco para uma TFR de três levou 63 anos nos
Estados Unidos (de 1862 a 1925); na Indonésia a mesma mudança na TFT ocorreu em apenas
15 anos, entre 1975 e 1990.
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102 CAPÍTULO 4 População e Crescimento Econômico

A Interação de Fertilidade e Mortalidade


Na Figura 4.10, podemos ver que a taxa de fecundidade total nos Estados Unidos costumava ser
aproximadamente tão alta quanto a de muitos países em desenvolvimento hoje (veja a Figura 5.4
no próximo capítulo). O mesmo aconteceu na Europa; por exemplo, no século 18, Inglaterra,
França e Espanha tinham TFRs maiores que cinco. Como é que as taxas de crescimento
populacional na Europa e nos Estados Unidos nunca se aproximaram dos níveis vistos no mundo
em desenvolvimento hoje? Encontramos a resposta lembrando que a TFT expressa o número de
filhos que uma mulher teria se vivesse todos os seus anos férteis. Em populações históricas,
apenas uma fração das mulheres teve tanta sorte. Muitos nunca chegaram à maturidade, e muitos
mais morreram durante seus anos férteis, muitas vezes no parto. Assim, para entender o
crescimento populacional, temos que olhar para a interação de fecundidade e mortalidade.

Uma medida que combina os efeitos da fecundidade e mortalidade na determinação do


crescimento populacional é a taxa líquida de reprodução. A taxa líquida de reprodução
(NRR) é definido como o número de filhas que se espera que cada menina que nasça dê à luz,
supondo que ela passe sua vida com a mortalidade e fecundidade da população atual (mais uma
vez, veja o apêndice para uma definição mais formal). Por exemplo, suponha que metade de todas
as meninas morra na infância e a outra metade viva até a idade fértil, que as mulheres que vivem
até a idade fértil dêem à luz uma média de 4 filhos e que metade de todos os nascimentos sejam
meninas. O NRR será 1, porque 1/2 probabilidade de ter filhos × 4 filhos × 1/2 filhos sendo meninas
= 1 número esperado de filhas. Outra maneira de pensar sobre o NRR é considerá-lo o fator pelo
qual o número de meninas em cada geração aumentará. Um NRR de 1 é consistente com a
constante da população, ou seja, crescimento populacional zero. Um NRR de 2 significa que o
número de meninas e, portanto, a população como um todo, dobrará a cada geração.

O NRR fornece uma maneira de ver o importante papel que um declínio na mortalidade pode
desempenhar no crescimento populacional. Como exemplo, suponha que estamos examinando
um país em que, como era típico em muitas sociedades pré-industriais, metade das meninas nunca
viveu até atingir seus anos reprodutivos. Agora imagine que a mortalidade foi de alguma forma
reduzida para que todas as mulheres sobrevivessem a seus anos reprodutivos. O NRR dobraria!
Se essa população estava se reproduzindo exatamente antes da redução da mortalidade (NRR de
1), então após a mudança, duplicaria a cada geração, sem qualquer alteração na fecundidade.
Como exemplo do mundo real, a Figura 4.11 mostra a interação das mudanças de mortalidade
e fertilidade na determinação do NRR na Suécia, cuja experiência é bastante típica. O painel (a)
mostra a TFR; painel (b), esperança de vida ao nascer; e painel (c), o NRR. Como a figura ilustra,
o NRR subiu bem acima de 1 em resposta ao declínio inicial da mortalidade. Seguiu-se um longo
período (aproximadamente um século) durante o qual o NRR permaneceu superior a 1, enquanto
a fecundidade e a mortalidade caíram. Finalmente, em meados do século 20, as melhorias na
mortalidade perderam seu poder de afetar o NRR (porque quase todas as meninas estavam
sobrevivendo durante seus anos férteis), e novas reduções na fertilidade se traduziram em uma
redução no NRR.
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4.3 Explicando o crescimento populacional 103

F FIGURA 4.11

Fertilidade, mortalidade e taxa líquida de reprodução na Suécia

(a) Taxa Total de Fertilidade (b) Expectativa de Vida ao Nascimento

5,0 80

4,5
70
4,0

3,5 60

3,0 50
2,5
40
2,0

1,5 30

Ano Ano

(c) Taxa Líquida de Reprodução

1,6

1,4

1.2

1,0

0,8

0,6

Ano

Fontes: Keyfitz e Flieger (1968, 1990), Livi-Bacci (1997).

Nesses dados também podemos ver como diferentes níveis de fecundidade e


mortalidade podem se combinar para produzir o mesmo nível de NRR. O NRR foi quase
exatamente o mesmo em três anos diferentes: em 1780 (quando era 1,21), 1915 (quando
era 1,21) e 1965 (quando era 1,15). Mas os níveis subjacentes de fertilidade e mortalidade
eram diferentes. Em 1780, a TFR era de 4,54 e a expectativa de vida era de 36,9. Em
1915, a TFR era de 3,08 e a expectativa de vida era de 58,6. E em 1965 a TFR era de
2,41 e a expectativa de vida era de 73,7.
Assim, podemos ver o aumento do NRR acima de 1 por um período sustentado de
tempo como resultado do descompasso no tempo entre a mortalidade e a fecundidade
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104 CAPÍTULO 4 População e Crescimento Econômico

reduções. Esse processo de um século levou a uma grande multiplicação da população na


Suécia, como de fato ocorreu em toda a Europa.
E o mundo em desenvolvimento? Aqui há dois fatos importantes. Em primeiro lugar,
embora tanto a fecundidade quanto a mortalidade no mundo em desenvolvimento tenham
diminuído rapidamente em relação às taxas dos países atualmente ricos, o declínio da
mortalidade foi o mais rápido dos dois. Como resultado, a lacuna entre fecundidade e
mortalidade que se abriu no mundo em desenvolvimento foi maior do que qualquer outra
observada nos países ricos. O NRR (e, portanto, a taxa de crescimento da população) foi
correspondentemente maior. Em segundo lugar, em muitos países em desenvolvimento, a
transição da fecundidade está longe de estar completa.
Como exemplos, considere a experiência da Índia e da Nigéria, dois dos países mais
populosos do mundo hoje. Na Índia, conforme mostrado na Tabela 4.1, o declínio dramático
da TFT ao longo de 45 anos foi suficiente para manter a NRR constante em face do aumento
da expectativa de vida e, em seguida, reduzir a NRR quase ao nível de reposição. Na Nigéria,
de acordo com os dados da Tabela 4.2, a TFR foi aproximadamente constante para vários

F TABELA 4.1

Dados demográficos para a Índia

Fertilidade Total Expectativa de vida Taxa


Período Avaliar no nascimento Líquida de Reprodução
1955-1960 5,92 42,6 1,75
1965-1970 5,69 48,0 1,87
1975-1980 4,83 52,9 1,73
1985-1990 4.15 57,4 1,61
1995–2000 3,45 62.1 1,43
2000–2005 2,73 64,2 1,17

Fonte: Divisão de População das Nações Unidas (2010).

F TABELA 4.2

Dados demográficos para a Nigéria

Fertilidade Total Expectativa de vida Taxa


Período Avaliar no nascimento Líquida de Reprodução
1955-1960 6,90 38,2 1,97
1965-1970 6,90 42,0 2.12
1975-1980 6,90 46,1 2,28
1985-1990 6,70 50,2 2,38
1995–2000 5,92 52,5 2,20
2000–2005 5,61 50,3 2,00

Fonte: Divisão de População das Nações Unidas (2010).


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4.4 Explicando a Transição de Fertilidade 105

décadas, enquanto a expectativa de vida aumentou, causando um aumento da TRN, que


só recentemente foi revertido. Observe que, para ambos os países, os dados começam no
meio da transição demográfica. Mesmo em 1955, a NRR em ambos os países estava no
nível encontrado na Europa no auge do crescimento populacional no final do século XIX.

4.4 EXPLICAÇÃO DA TRANSIÇÃO DE FERTILIDADE

Explicar a transição da mortalidade é relativamente fácil para os economistas. À medida


que as pessoas ficavam mais ricas, consumiam mais coisas, como comida e moradia, que
lhes permitiam viver mais. E porque a maioria das pessoas quer viver uma vida longa e
saudável, as sociedades adotaram novas técnicas para reduzir doenças quando essas
técnicas se tornaram disponíveis. Explicar a transição da fertilidade, por outro lado, é difícil.
Como boa saúde e vida longa, as crianças são geralmente consideradas desejáveis. Por
que, então, à medida que um país fica mais rico, seus cidadãos optam por ter menos filhos?
A teoria econômica tem muito a dizer sobre quantos filhos as pessoas vão querer e
como o número ideal mudará ao longo do desenvolvimento econômico. Mas as crianças
não são como a maioria dos outros bens que a economia considera, pois as pessoas nem
sempre têm o número de filhos que desejam. Assim, ao considerar a transição da fertilidade,
devemos também observar a capacidade das pessoas de controlar o número de seus
descendentes.

Fertilidade Reduzida: Os Meios


Malthus considerava fundamental que, a menos que a “paixão entre os sexos” pudesse ser
suprimida, a raça humana estaria condenada a se reproduzir na pobreza. Desde bem antes
da época de Malthus, no entanto, as pessoas tentam evitar a geração de filhos sem abrir
mão de suas paixões. A mais antiga referência escrita ao controle de natalidade, o Papiro
Médico Kahun (c. 1850 aC), fornece receitas para três supositórios vaginais, incluindo um
baseado em fezes de crocodilo e massa fermentada. A Bíblia menciona (e condena) o uso
da retirada para evitar a concepção. E textos médicos gregos antigos discutem poções,
barreiras e supositórios anticoncepcionais, bem como o método do ritmo e as técnicas para
o aborto.
Várias culturas também praticaram o infanticídio para controlar o tamanho da família.
Os gregos “expuseram” (isto é, deixaram ao ar livre para morrer) crianças que eram produto
de estupro ou uniões adúlteras, e eles também podem ter usado a técnica para limitar o
número de crianças. Um antigo escritor grego comentou: “Mesmo um homem pobre cria um
filho, mas mesmo um homem rico expõe uma filha.”7 O abandono de crianças continuou na
Europa até o século 19 e talvez tenha sido encorajado pela política da Igreja Católica de
acolhendo enjeitados—quase todos os quais sucumbiram à doença enquanto estavam sob
os cuidados da igreja.8

7
McLaren (1990), Riddle (1992).
8
Kerzer (1993).
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106 CAPÍTULO 4 População e Crescimento Econômico

No norte da Europa antes da Revolução Industrial, um padrão de casamento relativamente


tardio (o único método de controle de natalidade aprovado por Malthus) serviu para reduzir a
fertilidade. A idade média do primeiro casamento na Grã-Bretanha do século XVII era de 28
para homens e 27 para mulheres. E em muitas culturas, um longo período de amamentação
suprimiu a fertilidade. Por exemplo, na Indonésia em 1999, a duração média da amamentação
era de 24 meses; uma estimativa é que, se a duração da amamentação caísse pela metade,
a taxa de fecundidade total aumentaria 37%.9
Ao longo dos últimos dois séculos, a tecnologia de controle de fertilidade melhorou
acentuadamente. Os preservativos, que existiam há milhares de anos, melhoraram em
qualidade e caíram de preço após a invenção da borracha vulcanizada em 1844. A tampa
cervical foi inventada em 1838, o diafragma em 1882 e o dispositivo intrauterino (DIU) em
1909 A pílula anticoncepcional, agora a forma de contracepção mais utilizada nos Estados
Unidos, tornou-se disponível na década de 1960.
Acompanhando essas mudanças tecnológicas, houve uma mudança dramática nas
atitudes da sociedade, e particularmente do governo, em relação ao controle da fecundidade.
Quando a pioneira norte-americana do controle de natalidade Margaret Sanger (1879–1966)
abriu a primeira clínica de planejamento familiar nos Estados Unidos em 1916, ela foi
imediatamente presa por acusações de obscenidade. Theodore Roosevelt disse: “A mulher
que se encolhe após o parto está no mesmo nível do soldado que larga o rifle e corre para a batalha”.
Somente em 1965, com a decisão da Suprema Corte em Griswold v. Connecticut, as leis
anticontraceptivas nos Estados Unidos foram declaradas inconstitucionais. Muitos países
europeus mantiveram políticas que eram ativamente hostis ao controle de natalidade durante
grande parte do século 20.
No mundo em desenvolvimento, o período pós-Segunda Guerra Mundial tem visto
grande preocupação com as consequências do rápido crescimento populacional, bem como
o crescimento de políticas destinadas a incentivar a restrição da fecundidade. Em 1990, 85%
das pessoas no mundo em desenvolvimento viviam em países nos quais o governo
considerava a taxa de fecundidade muito alta.10
A maior disponibilidade de contraceptivos explica a transição da fertilidade? Na Europa,
a resposta certamente é não, porque o grande declínio na fertilidade ocorreu antes que a
contracepção moderna se tornasse amplamente disponível. Por exemplo, em 1910, em meio
a uma grande queda na fertilidade britânica, estima-se que apenas 16% dos casais usavam
meios mecânicos de contracepção, como preservativos e diafragmas.11

No mundo em desenvolvimento, o declínio da fertilidade pós-Segunda Guerra Mundial


coincidiu com o aumento do uso de controle de natalidade. Entre o início da década de 1960
e 2011, a taxa de prevalência de contraceptivos - ou seja, a fração de casais com idades
entre 15 e 49 anos que praticam alguma forma de contracepção - no mundo em desenvolvimento

9
Berg e Brems (1989), Population Reference Bureau (1999).
10 Bongaarts (1994).
11McClaren (1990).
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4.4 Explicando a Transição de Fertilidade 107

subiu de 9% para 61%.12 Mas esse fato não prova que o aumento da disponibilidade de
anticoncepcionais tenha causado declínio da fertilidade. A fertilidade poderia ter caído mesmo se a
contracepção não estivesse disponível, como na Europa.
Para testar a importância do acesso à contracepção em afetar a fertilidade, um estudo
controlado randomizado foi realizado no distrito de Matlab em Bangladesh durante o período de
1977-199613; 141 aldeias foram estudadas. Em metade das aldeias, todas as mulheres casadas
recebiam visitas quinzenais de agentes comunitários de saúde, que consultavam as mulheres sobre
suas necessidades de anticoncepcionais, as incentivavam a usar anticoncepcionais e forneciam
produtos anticoncepcionais gratuitos. As mulheres do grupo de controle das aldeias também tinham
acesso gratuito à contracepção nos centros de saúde do governo, mas para muitas mulheres o
tempo necessário para se deslocar a uma clínica e a necessidade de ser acompanhada por um
membro da família ao viajar para fora do complexo familiar impunha custos. Embora a fertilidade
tenha caído rapidamente nas aldeias de tratamento e controle durante o período do estudo (como
ocorreu em todo Bangladesh), as aldeias de tratamento tiveram uma fertilidade média 15% menor
do que o grupo de controle—
mostrando que o acesso à contracepção é potencialmente uma parte significativa da história do
declínio da fertilidade. Outros estudos sobre os efeitos dos programas de planejamento familiar, que
disponibilizaram a contracepção, descobriram que tais programas explicam entre 10% e 40% do
declínio da fecundidade no mundo em desenvolvimento . fertilidade — isto é, no número de filhos
que as famílias desejam ter. (Veja o quadro “Programas de planejamento familiar e seus efeitos”.)

A Figura 4.12 mostra a relação entre a fecundidade real e a fecundidade desejada para um
corte transversal de países em desenvolvimento, usando dados das décadas de 1970 e 1980.
A fecundidade desejada é medida com base em pesquisas em cada país perguntando às mulheres
o tamanho ideal da família. Se a fertilidade desejada fosse sempre igual à fertilidade real, então
todos os pontos de dados estariam ao longo da linha de 45 graus mostrada na figura. Na verdade,
quase todos os pontos de dados estão acima da linha de 45 graus, indicando que a fertilidade real é
maior do que a fertilidade desejada.
O que chama a atenção no número é que, para quase todos os países, as duas medidas são
bastante próximas. Em alguns países, a fecundidade real é significativamente maior do que a
fecundidade desejada – por exemplo, na Bolívia (onde a diferença é de 2 filhos), Paquistão (1,7
filho) e Togo (1,5 filho). Mas, em média, a diferença é de apenas 0,86 filhos por mulher e, para os
países com maior fecundidade, a diferença é ainda menor.15

Outras evidências de que as diferenças de fecundidade entre os países não são principalmente
o resultado da disponibilidade de contracepção vêm de pesquisas que perguntam diretamente às
mulheres sobre seus desejos. Uma mulher é definida como tendo uma “necessidade não satisfeita” de

12Sadik (1991), Nações Unidas (2011).


13Joshi e Schultz (2007).
14Keyfitz (1989).
15Pritchett (1994).
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108 CAPÍTULO 4 População e Crescimento Econômico

F PROGRAMAS DE PLANEJAMENTO FAMILIAR E SEUS EFEITOS

centros de aldeias que distribuem contraceptivos


O exemplo mais
programa de eficaz de embora
redução, fertilidade
à custa de restrições gratuitos e materiais educativos. O governo promoveu
significativas aos direitos humanos, é a política do “filho o controle de natalidade incansavelmente: o verso da
único” da China, iniciada em 1979. De acordo com a moeda de cinco rupias exibia uma família de dois filhos
política, os casais que concordavam em ter apenas um com a mensagem “Planejamento Familiar: O Caminho
filho recebiam salários mais altos, bem como tratamento para a Prosperidade”, e o jingle nacional de
preferencial em moradia , e aqueles que tinham filhos planejamento familiar tocava sempre que um trem
demais às vezes recebiam uma “taxa de obrigação passava por um cruzamento ferroviário. . Às cinco
social” para compensar o fardo que impunham à horas todas as tardes, sirenes soavam por todo o país
sociedade. para lembrar as mulheres de tomarem as pílulas
O dever dos casais de fazer cumprir o planejamento anticoncepcionais. O número de casais praticando
familiar foi até mesmo incorporado à constituição controle de natalidade aumentou de 400.000 em 1972
chinesa. A política teve um efeito dramático: a TFR para 18,6 milhões em 1989 e, no mesmo período, a
caiu de 5,99 em 1965-1970 para 1,76 em 1995. Em TFT caiu de 5,6 para 3,4 filhos por mulher.*
2000, quando a política foi relaxada, estima-se que No entanto, nem todos os países em
tenha resultado no nascimento de 70 milhões de filhos desenvolvimento têm incentivado a redução da
únicos. fecundidade com idade avançada, e alguns até
Na Índia, o governo usou medidas drásticas trabalharam contra ela. Na Etiópia, por exemplo,
semelhantes por um curto período de tempo durante sucessivos governos se opuseram ao planejamento
a década de 1970. As esterilizações forçadas foram familiar, inicialmente por motivos religiosos e depois
realizadas em pessoas, que às vezes eram porque tais programas corriam o risco de serem vistos
literalmente arrancadas da rua e que depois recebiam como uma tentativa de limitar o crescimento de um grupo étnico às cu
um rádio transistor como “recompensa” por sua participação.Entre 1975 e 1995, a TFR do país subiu de 5,2 para
Só em 1976, mais de 8 milhões de pessoas foram 7,4.†
esterilizadas. Extremamente impopular, o programa foi Quão eficazes são os programas governamentais
rapidamente interrompido. na redução da fecundidade? Os pesquisadores não
Em contraste com essas abordagens pesadas, concordam com a resposta. Alguns estimam que os
a maioria dos programas de planejamento familiar no programas governamentais têm apenas um efeito
mundo em desenvolvimento se baseou na educação e trivial, mas outros dizem que tais programas explicam
na persuasão. No México, o governo transmite até 40% da redução da fecundidade que ocorreu entre
incessantemente na televisão o jingle “As Pequenas as décadas de 1960 e 1990.
Famílias Vivem Melhor” na televisão desde 1974. Na Os que acreditam na eficácia dos programas
Índia, uma campanha para incentivar as famílias a ter governamentais afirmam que um forte programa de
dois filhos usou o slogan “Nós dois e nossos dois” e foi planejamento familiar reduzirá a TFT em
posteriormente substituído por uma campanha de aproximadamente um filho por mulher.
famílias de um filho, usando o slogan “We Two Ours
One”.
A Indonésia nas décadas de 1970 e 1980 realizou *Keyfitz (1989).
um programa particularmente amplo, com 40.000 †Berhanu e Hogan (1997).
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4.4 Explicando a Transição de Fertilidade 109

F
FIGURA 4.12

Fertilidade Desejada versus Taxa de Fertilidade Total em Países em Desenvolvimento

Taxa de fertilidade total


Iémen
9

8
Ir
7
Paquistão
Mali
6
Bolívia
5

0
0123456789
Fertilidade desejada

contracepção se ela for biologicamente capaz de engravidar, não quiser mais filhos nos próximos
dois anos e não estiver usando contracepção tradicional nem moderna. As mulheres que estão
grávidas ou que acabaram de dar à luz são consideradas como tendo uma necessidade não atendida
de contracepção se relatarem que sua gravidez não foi intencional. Por essa definição, apenas 17%
das mulheres nos países em desenvolvimento que eram casadas ou em união consensual relataram
uma necessidade não atendida em 2002. Assim, fornecer contracepção a todas as mulheres que o
desejassem nos países em desenvolvimento reduziria a fertilidade em no máximo 17%.

Os dados sobre necessidades não atendidas, juntamente com a Figura 4.12, sugerem que o
maior contribuinte para as diferenças na fecundidade não é a capacidade das mulheres de atingir a
fecundidade desejada, mas sim a própria fecundidade desejada. Assim, se quisermos entender por
que a fertilidade cai à medida que os países crescem, devemos nos concentrar em por que a
fertilidade desejada cai. Em outras palavras, devemos ver como o crescimento econômico muda o
ambiente que as famílias enfrentam de tal forma que elas querem menos filhos.

Fertilidade Reduzida: Os Motivos


A ideia de que o crescimento econômico é a melhor maneira de reduzir a fecundidade foi resumida
em uma conferência das Nações Unidas (ONU) em 1974 na frase “o desenvolvimento é o melhor
contraceptivo”. O que há no desenvolvimento que leva a uma fertilidade mais baixa? Nesta seção,
discutimos quatro canais possíveis.
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110 CAPÍTULO 4 População e Crescimento Econômico

O Efeito da Redução da Mortalidade. A seção 4.3 mostrou que a taxa de crescimento da


população é determinada pela interação de fecundidade e mortalidade. Também aprendemos
que o crescimento econômico geralmente é acompanhado por declínios tanto na fertilidade
quanto na mortalidade. Uma hipótese razoável é que o declínio da mortalidade está de fato
causando o declínio da fecundidade.
O ponto de partida para a compreensão desse efeito é a observação de que as famílias
não se preocupam com o número de crianças que nascem, mas com o número que sobrevive
até a idade adulta – e muitas vezes particularmente se produzem um filho sobrevivente. À
medida que a mortalidade cai, torna-se possível que as famílias produzam o mesmo número
de adultos sobreviventes com menor fecundidade.
Como foi o caso na Suécia (como mostrado na Figura 4.11), o padrão típico é que os
declínios na mortalidade precedam os declínios na fecundidade, levando a um longo período
de tempo em que o NRR está acima de 1. Uma explicação para esse padrão é que leva algum
tempo para os pais reconhecerem que a mortalidade caiu e, consequentemente, ajustar sua
fertilidade.
Também é possível que um declínio na mortalidade produza um declínio mais do que
compensador na fecundidade – isto é, que o declínio da mortalidade diminua o NRR. A razão
é que quando a mortalidade é alta, os pais têm ainda mais filhos do que o necessário, em
média, para produzir o número de sobreviventes que desejam. As crianças extras são uma
forma de seguro contra o risco de sobrevivência. Uma queda nas taxas de mortalidade elimina
a necessidade dessa fecundidade extra.
Um exemplo pode tornar este ponto mais concreto. Suponha que todos os casais
gostariam de ter um filho sobrevivente. Suponha ainda que a probabilidade de uma criança
sobreviver até a idade adulta seja de apenas 50%. Um casal que tivesse dois filhos, em média,
veria um deles sobreviver até a idade adulta. Mas, nesse caso, ainda haveria uma chance
significativa (uma em cada quatro) de que nenhum dos filhos chegasse à idade adulta.
Os casais podem ver esse risco como inaceitável e assim continuar tendo filhos até terem três
filhos. Nesse caso, a chance de que nenhum sobrevivesse até a idade adulta cairia para uma
em oito. Se todos os casais tivessem três filhos – e, portanto, seis filhos em média – o número
médio de filhos sobreviventes seria três, e o NRR seria 1,5.

Agora considere o que acontece neste caso quando a mortalidade cai a ponto de todas
as crianças sobreviverem até a idade adulta. Os casais continuarão tendo filhos até terem um
filho (em média, dois filhos). Como ambas as crianças sobreviverão até a idade adulta, o NRR
será 1. Portanto, um declínio na mortalidade terá produzido um declínio mais do que
compensador na fecundidade.

Efeitos de Renda e Substituição. Antes de investigar por que a fecundidade cai à medida
que a renda aumenta, devemos considerar a pergunta oposta: por que a fecundidade não
aumenta à medida que a renda aumenta? A lógica para tal efeito parece simples: as pessoas
valorizam as crianças assim como valorizam outros “bens” nos quais gastam recursos. À
medida que as pessoas se tornam mais ricas, elas consomem mais da maioria dos outros
bens (os chamados bens normais). O mesmo deve ser verdade com respeito ao seu desejo por filhos.
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4.4 Explicando a Transição de Fertilidade 111

A falha dessa lógica é que ela ignora um segundo efeito do crescimento da renda, que é
aumentar o preço das crianças. Uma das coisas que as crianças mais demandam é o tempo
dos pais, e quando a renda de um país aumenta, o custo de oportunidade desse tempo - em
outras palavras, o salário que um pai poderia ganhar se não cuidasse dos filhos - também sobe.
Assim, o crescimento econômico tem dois efeitos sobre a demanda por crianças que deveriam
estar familiarizados com a microeconomia:

b Um efeito de renda — Quando você é mais rico, pode comprar mais de tudo.

b Um efeito de substituição—Quando seu salário é mais alto, as crianças são relativamente mais
caro.

Se o efeito renda ou substituição predomina – isto é, se o crescimento econômico aumenta


ou diminui a fertilidade desejada – depende da natureza exata das preferências das famílias por
crianças versus outras coisas que elas poderiam comprar com seu dinheiro.

O efeito substituição resulta do fato de que, à medida que os salários aumentam, o custo
de gastar tempo na criação dos filhos também aumenta. Assim, um aumento nos salários
aumenta a renda familiar e o preço das crianças na mesma proporção. Além disso, há um
fenômeno que amplifica esse efeito de substituição ao longo do desenvolvimento econômico:
não apenas os salários aumentam em geral, mas também os salários relativos das mulheres,
que tendem a criar mais filhos. Por exemplo, nos Estados Unidos, entre 1890 e 1988, os ganhos
em tempo integral das mulheres aumentaram de 46% dos ganhos dos homens para 67% dos
ganhos dos homens. Esse aumento nos salários relativos das mulheres faz com que o preço
dos filhos – ou seja, o custo de oportunidade do tempo das mulheres – suba ainda mais rápido
do que a renda familiar. Esse efeito fornece mais uma razão pela qual a fecundidade cairá com
o crescimento econômico.16
O efeito dos salários relativos das mulheres sobre a fertilidade foi reforçado por:
e, por sua vez, reforçou – a educação das mulheres. Em uma sociedade onde as mulheres
passarão a maior parte de sua vida adulta cuidando das crianças, há menos motivação
econômica para fornecer educação às meninas. À medida que as mulheres passam mais
tempo trabalhando (e podem ganhar salários justos por esse trabalho), o incentivo para
fornecer educação às meninas aumenta. As mulheres que foram educadas como meninas,
por sua vez, ganharão salários mais altos e, portanto, enfrentarão um custo de oportunidade mais alto de ter filhos.
As mulheres instruídas também são mais propensas a saber como controlar a fertilidade e a ver
um benefício nesse controle. Pesquisas de fertilidade realizadas na América Latina na década
de 1970 constataram que mulheres com sete ou mais anos de estudo tinham uma taxa de
fecundidade total de 3,2, enquanto as mulheres com um a três anos de escolaridade tinham
uma taxa de fecundidade total de 6,2,17

16 Galor e Weil (1996).


17Shultz (1997), Tabela 3.
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112 CAPÍTULO 4 População e Crescimento Econômico

Fluxos de recursos entre pais e filhos. À medida que um país se desenvolve, os benefícios
econômicos das crianças tendem a cair, enquanto o custo de criar os filhos aumenta.
Nos países em desenvolvimento, as crianças podem ser produtivas em tenra idade, por
exemplo, realizando tarefas simples na fazenda. Um estudo de uma aldeia em Bangladesh na
década de 1970 concluiu que um menino poderia começar a pagar seu próprio sustento - isto
é, produzir o suficiente para compensar sua família pelos custos de alimentação e abrigo - aos 12 anos.
Um exemplo histórico da Europa faz uma observação semelhante. No século 19, o governo
francês pagou famílias para acolher crianças abandonadas, com a escala de pagamentos
caindo à medida que as crianças cresciam. Até 1852, o governo não se responsabilizava por
crianças com mais de 12 anos, supondo que essas crianças pudessem pagar suas próprias
despesas.18 Nos países desenvolvidos, ao contrário, o período de tempo durante o qual as
crianças não trabalham é muito maior. Além disso, os custos da educação podem continuar até
a terceira década de vida da criança.
Nos países em desenvolvimento, as crianças também costumam sustentar seus pais na
velhice. Normalmente, nenhuma outra fonte de apoio à velhice está disponível, de modo que
produzir filhos (especialmente filhos) torna-se uma necessidade econômica. Nos países
desenvolvidos, por outro lado, os mercados financeiros são suficientemente desenvolvidos
para que as pessoas possam poupar para a velhice. Além disso, embora a geração jovem
forneça apoio aos idosos por meio de programas governamentais, como a Previdência Social
nos Estados Unidos, esse apoio não é fornecido pelos próprios filhos. Assim, o incentivo para
uma família individual produzir filhos é reduzido.
Essa mudança nos custos e benefícios relativos das crianças é claramente parte da
explicação para o declínio da fecundidade desejada à medida que um país se desenvolve. Mas
não é uma explicação completa, por duas razões. Em primeiro lugar, fica claro que os pais não
valorizam os filhos apenas em termos econômicos. Se o fizessem, as pessoas nos países
desenvolvidos hoje nunca teriam filhos. Em segundo lugar, os próprios custos das crianças têm
de ser explicados. Os pais de hoje gastam muito mais com seus filhos do que as gerações
passadas, mas em grande parte esse gasto é voluntário – ou seja, o gasto está muito além do
que garante a sobrevivência de seus filhos. Assim, devemos realmente considerar por que os
pais gastam mais hoje, uma questão para a qual nos voltamos agora.

Compromissos Qualidade-Quantidade. Os pais esperam que os recursos que dedicam à


criação e educação de seus filhos sejam recompensados em termos de melhor saúde, ganhos
mais altos na vida adulta e bem-estar geral de seus filhos. Podemos pensar nesses gastos,
além do mínimo necessário para a sobrevivência, como investimentos na qualidade da criança.
Os pais podem valorizar a qualidade da criança por vários motivos. Nos casos em que
dependem de seus filhos para apoio na velhice, as crianças que são mais saudáveis ou mais
instruídas e, portanto, mais propensas a ganhar altos salários, serão melhores provedores. Nos
casos em que os filhos não apoiam os pais na velhice, os pais podem ficar mais felizes com a
felicidade dos filhos, de modo que ainda têm um incentivo para gastar dinheiro com a qualidade
dos filhos.

18Cain (1977), Fuchs (1984).


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4.5 Conclusão 113

Usando essa perspectiva, podemos pensar no declínio da fecundidade que ocorre ao


longo do desenvolvimento econômico como uma mudança no mix de qualidade e quantidade
que os pais estão comprando. A questão é: o que há no crescimento econômico que faz
com que os pais alterem a combinação de qualidade e quantidade que escolhem?
Já vimos uma maneira importante pela qual o crescimento econômico altera a escolha
entre qualidade e quantidade: o crescimento está associado a um declínio na mortalidade.
Em um ambiente em que muitas crianças morrerão antes da idade adulta, os pais ficarão
relutantes em gastar muito com o cuidado ou a educação de um único filho. Em vez disso,
eles terão muitos filhos e distribuirão seu risco, assim como os investidores diversificam
seus portfólios comprando vários ativos diferentes. Em um ambiente em que a sobrevivência
até a idade adulta está quase assegurada, os pais estarão seguros em concentrar seus
recursos em apenas alguns filhos.
Um segundo canal pelo qual o crescimento econômico induz os pais a investir mais na
qualidade de seus filhos é aumentando os benefícios que essa qualidade produz.
Especificamente, o crescimento está associado a um aumento no valor da educação, dando
aos pais um maior incentivo para educar seus filhos. Como veremos no Capítulo 6, a escolha
dos pais de investir mais em cada um de seus filhos tem implicações importantes. As
crianças que recebem mais educação e melhores cuidados de saúde serão trabalhadores
mais produtivos quando adultos, e esse aumento na qualidade dos trabalhadores é um
importante contribuinte para o crescimento econômico.

4.5 CONCLUSÃO
Neste capítulo, examinamos como a população afeta o crescimento econômico e como o
próprio crescimento populacional é determinado. Os modelos Malthusian e Solow fornecem
duas maneiras de analisar como a população afeta o crescimento. Esses modelos diferem
entre si em três aspectos. Primeiro, onde o modelo malthusiano foca na interação da
população com um recurso natural como a terra, o modelo Solow foca em como a população
interage com o capital. Em segundo lugar, onde o modelo malthusiano se concentra no
efeito do tamanho da população sobre o nível de renda, o modelo de Solow se concentra no
efeito do crescimento populacional sobre o nível de renda. Terceiro, no modelo malthusiano,
a renda e a população são determinadas endogenamente, enquanto no modelo de Solow a
taxa de crescimento da população é tida como exógena.

Os modelos Malthusiano e Solow estão ligados a outros aspectos de nosso estudo


sobre crescimento econômico. O modelo de Solow apresentado neste capítulo é uma
extensão da versão mais simples do mesmo modelo apresentado no Capítulo 3. E nos
próximos capítulos examinaremos outros aspectos do modelo de Solow e consideraremos
sua capacidade de ajustar os dados sobre diferenças entre países em renda. Quanto ao
foco do modelo malthusiano na interação entre população e recursos naturais, os Capítulos
15 e 16 retornam à questão mais geral de como os recursos naturais afetam o crescimento econômico.
Tendo como motivação os modelos Malthusiano e Solow, investigamos os determinantes
do crescimento populacional. O ponto mais importante a tirar desta
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114 CAPÍTULO 4 População e Crescimento Econômico

análise é a extensão em que a população está em rápido fluxo. O processo de transição


demográfica – a redução tanto da mortalidade quanto da fecundidade que acompanha o
crescimento econômico – que levou cerca de um século nos países desenvolvidos, está
ocorrendo agora em velocidade muito acelerada no mundo em desenvolvimento.
Como a transição demográfica no mundo em desenvolvimento é incompleta, não
sabemos como ela terminará. Mais importante, é difícil prever com segurança se o
crescimento populacional no mundo em desenvolvimento se estabilizará próximo de zero.
Voltamos a essa questão no próximo capítulo, onde também abordamos a questão de
saber se o crescimento populacional nos países desenvolvidos poderia cair bem abaixo de
zero.

TERMOS CHAVE

diluição de capital 93 transição de mortalidade 97 taxa de fecundidade total (TFR) 100


transição transição de fertilidade 97 taxa líquida
demográfica 97 esperança de vida ao nascer 98 de reprodução (NRR) 102

PERGUNTAS PARA REVISÃO

1. Quais são os dois mecanismos-chave em ação no 5. Como a fertilidade e a mortalidade interagem para
modelo malthusiano? Como eles levam a um nível estável determinar a taxa líquida de reprodução?
de população e renda per capita? 6. Quais são os possíveis canais pelos quais o crescimento
2. Como mudará o nível de produtividade econômico leva à redução da fecundidade?
em uma economia afetam a renda per capita no modelo
malthusiano?
7. Em A Riqueza das Nações (1776), Adam Smith escreveu:
3. Como o crescimento populacional é incorporado ao modelo “A marca mais decisiva da prosperidade de qualquer
de Solow? Por que o modelo prevê que países com país é o aumento do número de seus habitantes”. Como
maiores taxas de crescimento populacional terão uma a visão de Smith teria que ser revisada hoje? Como você
renda per capita mais baixa no estado estacionário? explicaria a mudança para Smith?

4. O que é uma transição demográfica?

PROBLEMAS

1. O Homo sapiens moderno surgiu há cerca de 100.000 anos. tamanho da população e renda per capita no curto e
Supondo que originalmente havia apenas dois Homo no longo prazo.
sapiens e que hoje são 7 bilhões, qual tem sido a taxa uma. Cientistas descobrem uma nova variedade de
média de crescimento da população? trigo que pode produzir duas vezes mais grãos por
acre.
2. Para cada um dos cenários a seguir, use a b. Uma guerra mata metade da população.
representação gráfica do modelo malthusiano para c. Uma erupção vulcânica mata metade das pessoas e
ilustrar o que acontece com a economia de um país destrói metade da terra.
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Problemas 115

3. Considere o modelo malthusiano, conforme mostrado na a taxa de população no País A é maior do que no País B.
Figura 4.3. Suponha que a economia esteja em estado De acordo com o modelo de Solow, qual país deveria ter
estacionário quando de repente há uma mudança nas uma maior taxa de crescimento do produto por
atitudes culturais em relação à paternidade. Para uma trabalhador? Explique sua resposta. (Dica: pode ser útil
determinada renda, as pessoas agora querem ter mais voltar às pp. 66–68)
filhos do que tinham anteriormente. Desenhe um gráfico
mostrando a taxa de crescimento da população ao longo 8. Suponha que em um país um terço de todas as fe
do tempo.
os homens nascidos morrem na infância, um terço
4. Como você usaria um estudo controlado randomizado morre aos 30 anos e um terço vive até os 60 anos. As
(veja o quadro no Capítulo 2) para avaliar a importância mulheres têm um filho aos 25 anos, um filho aos 28 anos,
das “compensações qualidade-quantidade” para um filho aos 32 anos e um filho aos 35 anos. Metade das
determinar quanto os pais investem em seus filhos? crianças são meninas.
Você consegue pensar em uma “experiência natural” uma. Calcule o TFR e o NRR.
que permita inferências semelhantes sem tantos
b. Suponha que a mortalidade seja reduzida para que
problemas éticos?
não haja mortalidade infantil. Metade de todas as
5. Suponha que existam dois países, X e Y, mulheres morrem aos 30 anos e metade aos 60 anos.
que diferem tanto em suas taxas de investimento quanto Calcule o NRR.
em suas taxas de crescimento populacional. No País X, o c. Suponha agora que a fertilidade específica da idade
investimento é de 20% do PIB e a população cresce a 0% mudanças, de modo que as mulheres têm (em
ao ano. No País Y, o investimento é de 5% do PIB e a média) meio filho aos 25, 28, 32 e 35 anos.
população cresce a 4% ao ano. Os dois países têm os Calcule o TFR e o NRR.
mesmos níveis de produtividade, A. Em ambos os países,
9. Considere o seguinte modelo malthusiano.
a taxa de depreciação, ÿ, é de 5%.
Suponha que a relação entre a renda per
capita (y) e a taxa de crescimento da
Use o modelo de Solow para calcular a razão de seus
população (L n) seja dada pela equação:
níveis de renda per capita no estado estacionário,
supondo que a = 1/3.
Ln = y - 100.
6. Considere o modelo de Solow com população
crescimento, como apresentado no texto. Suponha que Suponha que a produção seja produzida usando trabalho
a população possa crescer a duas taxas diferentes n1 e e terra, de acordo com a equação
n2, onde n1 7 n2. A taxa de crescimento populacional S=L 1/2 X 1/2,
depende do nível de produção per capita (e, portanto, do
onde X é a quantidade de terra. Suponha que X =
nível de capital per capita). Especificamente, a população
1.000.000.
cresce a uma taxa n1 quando k 6 k e diminui a uma taxa
n2 uma. Desenhe
n um gráfico com y no eixo horizontal e L
quando k Ú k. no eixo vertical, mostrando a relação
Desenhe um diagrama para este modelo. entre renda per capita e crescimento populacional.
Suponha que (n1 + d)k 7 gf(k) e que (n2 + d)k 6
gf(k). Explique o que o diagrama diz sobre o estado b. Deduza a relação entre população, L, e renda
estacionário do modelo. per capita, y. (Dica: Lembre-se de que y = Y/L.)
7. Suponha que dois países, A e B, tenham as mesmas Esboce essa relação em um gráfico com L no eixo
taxas de investimento e depreciação, os mesmos níveis vertical e y no eixo horizontal.

de produtividade e os mesmos níveis de produção por


trabalhador. Eles diferem, no entanto, em suas taxas de c. Use as equações que você derivou para calcular os
crescimento populacional. O crescimento valores de estado estacionário de L e y.
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116 CAPÍTULO 4 População e Crescimento Econômico

10. Considere um modelo malthusiano em que a equação uma. Suponha que A seja constante. Qual
que relaciona a taxa de crescimento populacional à será o nível estacionário de renda per
renda per capita é capita?
b. Agora suponha que A cresça a uma taxa de
= y - 100
n

eu .
100 10% ao ano (isto é, Â = 0,1). Qual será o nível
estacionário de renda per capita?
Seja X a quantidade total de terra na
Explique o que está acontecendo.
economia, que é fixa. Seja x a quantidade de terra
per capita. A função que relaciona a terra per capita
e a renda per capita é
y = Ax,
onde A é uma medida de produtividade.

Para exploração e prática adicionais usando o Online Data Plotter e conjuntos de dados, visite
www.pearsonhighered.com/weil.
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APÊNDICE

MAIS FORMAL
DESCRIÇÃO DE
TAXA DE FERTILIDADE TOTAL, VIDA
EXPECTATIVA E TAXA LÍQUIDA
DE REPRODUÇÃO

Este introduzido
apêndice apresenta definições mais formais das medidas demográficas
na Seção 4.3.
Os demógrafos estudam a mortalidade construindo uma função de sobrevivência,
que mostra a probabilidade de uma pessoa estar viva em diferentes idades. A função de
sobrevivência começa em um valor de 1 (ou seja, 100% de chance de ainda estar vivo)
no momento do nascimento e declina para atingir um valor de 0 na idade máxima possível.
A Figura 4.13 mostra como a função de sobrevivência para as mulheres na Suécia
mudou nos últimos 200 anos. A redução da mortalidade foi dramática. Em 1780, uma
menina recém-nascida tinha aproximadamente 51% de chance de viver até os 40 anos;
dois séculos depois, a chance era de 98%. A maior mortalidade nas sociedades pré-
industriais ocorreu na infância e na infância. Em 1780, havia 18% de chance de um
recém-nascido morrer no primeiro ano de vida e 31% de chance de morrer antes dos 5
anos. É nessas idades jovens que ocorreram as maiores melhorias na mortalidade. Mas
também ocorreram melhorias em outras idades. Por exemplo, a probabilidade de um
jovem de 20 anos sobreviver até os 70 anos mais que dobrou, de 37% para 83%, entre 1780 e 1980.
Podemos usar a função de sobrevivência para calcular uma medida resumida
conveniente de mortalidade: expectativa de vida ao nascer, que é o número médio de
anos que um bebê recém-nascido pode esperar viver. Matematicamente, definimos a
expectativa de vida ao nascer como a soma da probabilidade de uma pessoa estar viva
em cada idade possível. Seja ÿ (i) a probabilidade de uma pessoa ainda estar viva na
idade i - em outras palavras, a função de sobrevivência - e seja T a idade mais antiga
possível. A esperança de vida ao nascer é então
T
Expectativa de vida ao nascer = a p(i).
i=0 117
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118 CAPÍTULO 4 População e Crescimento Econômico

F
FIGURA 4.13

A função de sobrevivência para mulheres na Suécia

Probabilidade de estar vivo

1,0
1980
1930
0,8

1880

0,6

1780

0,4

0,2

0,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

Era

Fonte: Keyfitz e Flieger (1968, 1990).

A expectativa de vida ao nascer também pode ser pensada graficamente como a área sob a função
de sobrevivência. Para os dados suecos descritos na Figura 4.13, a expectativa de vida ao nascer
aumentou de 38,5 anos em 1780 para 79,0 anos em 1980.
Os demógrafos medem a fecundidade examinando a taxa de fecundidade específica por idade,
que é o número médio de filhos que as mulheres de uma determinada idade terão em um
determinado ano. A Figura 4.14 mostra exemplos de fecundidade específica por idade para os
Estados Unidos e para a Nigéria em 1999. Nos Estados Unidos, mulheres de 25 anos deram à luz
uma média de 0,12 filhos em 1999. Na Nigéria, mulheres na mesma faixa etária deu à luz uma
média de 0,26 filhos.
A taxa de fecundidade total (TFR) é o número de filhos que uma mulher teria se vivesse todos
os seus anos reprodutivos e experimentasse as atuais taxas de fecundidade específicas por idade
em cada idade. Matematicamente, a TFT e a taxa de fecundidade específica por idade, que
denotamos como F(i), estão relacionadas de acordo com a seguinte equação:
T
TFR = um F(i).
i=0

Graficamente, a TFT é a área sob a curva que denota a fecundidade específica da idade. Nos dados
usados para a Figura 4.14, a taxa de fecundidade total nos Estados Unidos foi de 2,1 e na Nigéria
foi de 6,0.
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Uma descrição mais formal da taxa de fertilidade total, expectativa de vida e taxa líquida de reprodução 119

F
FIGURA 4.14

Taxas de Fertilidade Específicas para a Idade

Nascimentos por mulher

0,30
Nigéria
0,25

0,20

0,15
Estados Unidos
0,10

0,05

0,00
10 20 30 40 50

Era

Agora temos as ferramentas necessárias para examinar a interação entre fecundidade e


mortalidade. A função de sobrevivência, ÿ (i), nos diz a probabilidade de uma pessoa ainda estar
viva na idade i. A taxa de fecundidade específica por idade, F(i), indica o número de filhos que
nascerão de uma mulher na idade i. Combinando esses dois, podemos calcular o número
esperado de filhos que uma menina recém-nascida produzirá em cada idade. Por exemplo, se a
probabilidade de uma mulher viver até os 25 anos for 50%, e o número esperado de filhos que
uma mulher de 25 anos terá é 0,2, então o número esperado de filhos que uma menina recém-
nascida terá aos 25 anos é 0,1.
Somando esses filhos esperados para todas as idades de procriação possíveis, podemos
calcular o número esperado de filhos que uma menina recém-nascida produzirá ao longo de sua vida.
Finalmente, ao examinar o crescimento populacional, será mais conveniente focar no
número de meninas que cada menina recém-nascida produzirá ao longo de sua vida. Chame ÿ
a fração de nascidos vivos que são meninas. Esta fracção é naturalmente ligeiramente inferior a 50%.
No entanto, em vários países, o uso do aborto seletivo por famílias ansiosas por ter filhos reduziu
significativamente esse número. Na China, por exemplo, apenas 47% dos nascimentos em 2006
eram de meninas. A taxa líquida de reprodução (NRR) é definida como o número de filhas que
cada menina que nasce pode ter. Na forma algébrica,
T
NRR = ba p(i)F(i).
i=0

TERMOS CHAVE

função de sobrevivência 117 taxa de fecundidade específica por idade 118


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120 CAPÍTULO 4 População e Crescimento Econômico

PROBLEMAS

A.1. Considere a função de sobrevivência e as funções A.2. O país X e o país Y têm a mesma função de
de fertilidade específicas da idade representadas na sobrevivência. Eles também têm os mesmos TFRs.
figura abaixo. No entanto, o País X tem um NRR de 2, enquanto no

uma. Calcule a expectativa de vida ao nascer. País Y o NRR é apenas 1.


Explique como isso pode acontecer fazendo um gráfico
b. Calcule o TRF.
das possíveis funções de fecundidade e sobrevivência
c. Calcule o NRR, supondo que metade das crianças específicas por idade nos dois países.
sejam meninas.

(a) Função de Sobrevivência

Probabilidade de estar vivo

1,0

0,5

0,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80

Era

(b) Taxa de fertilidade específica para a idade

Número médio de
filhos por mulher

0,2

0,1

0,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80

Era

Para exploração e prática adicionais usando o Online Data Plotter e conjuntos de dados, visite www.pearsonhighered.com/
weil.
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5 CAPÍTULO

TENDÊNCIAS FUTURAS DA POPULAÇÃO

Vimos no Capítulo
papel 4crucial
que o crescimento populacionaldo
na determinação desempenha
nível deum papel
renda per capita. Os países com populações grandes em De fato, é certo, é
claro, que a própria terra é
relação aos seus recursos naturais serão mais pobres, pelas
atualmente mais cultivada e
razões explicadas por Malthus. E países com populações
desenvolvida do que em épocas
que crescem rapidamente serão mais pobres devido ao
anteriores. Agora todos os lugares são
efeito da diluição de capital que analisamos usando o modelo acessíveis, todos estão documentados,
de Solow. Também vimos, em nossa discussão sobre as todos estão cheios de negócios... Em todos
causas da redução da fecundidade, que a fecundidade mais os lugares há uma habitação, em todos os
baixa tende a estar associada a um aumento na quantia quelugares uma multidão, em todos os lugares um
os pais investem em seus filhos – e veremos no Capítulo 6 governo, em todos os lugares há vida. A
que esse investimento extra nos filhos também é um causa maior evidência do grande número de
do crescimento econômico. Neste capítulo, consideramos pessoas: somos um fardo para o mundo, os
recursos são pouco adequados para nós; e nossas
maneiras adicionais pelas quais a população afeta a situação
econômica de um país além daquelas examinadas no necessidades nos apertam e as queixas estão
Capítulo 4. Especificamente, a estrutura etária da populaçãopor toda parte enquanto a natureza já não nos sustenta.
Verdadeiramente, pestilência e fome e guerra e
– ou seja, a fração da população em diferentes faixas etárias
inundação devem ser consideradas como um
– pode afetar significativamente um nível de renda per capita
remédio para as nações, como uma poda da
do país.
raça humana que se torna excessiva em
número.
Além desses efeitos da população de um país em seu
crescimento econômico, um conjunto de ligações da população —Quintus Septimus Florens
De Anima,
Tertullianus (cerca de 200
ao crescimento funciona no nível do mundo como um todo, e não
d.C. )
no nível de um país individual. Como veremos nos Capítulos 15 e
16, um país pode lidar com a falta de recursos naturais importando-os. Mas
quando pensamos em população e recursos naturais para o mundo como um todo, o
comércio não pode aliviar as restrições sobre os recursos. Assim, mesmo que o
tamanho da população de um país possa não ser relevante para a quantidade de
recursos naturais disponíveis para cada pessoa naquele país, o tamanho da população
mundial certamente será relevante. A população mundial também será importante
quando considerarmos problemas ambientais de escala mundial, como o aquecimento global. Enquanto o

121
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122 CAPÍTULO 5 Tendências Futuras da População

citação no início deste capítulo deixa claro, a questão de quantas pessoas o mundo pode
suportar tem sido um foco de investigação acadêmica.
Por todas essas razões, o curso futuro do desenvolvimento econômico dependerá
do que acontecer com a população. É claro que o crescimento populacional tem uma
importância que vai muito além de seu impacto no crescimento econômico. Ao pensar no
futuro da população, estamos pensando nas pessoas: quantos serão, onde viverão e
assim por diante. Ao olhar para o futuro da população, estamos investigando o aspecto
mais fundamental do futuro do nosso planeta.
Começamos neste capítulo examinando as previsões da população futura e algumas
suposições que as fundamentam. Veremos que muito sobre o crescimento populacional é
previsível. Podemos fazer suposições bastante precisas sobre o crescimento populacional
nos próximos 20 ou mesmo 50 anos. À medida que olhamos mais para o futuro, a imagem
torna-se cada vez mais nebulosa, no entanto. A maior incerteza envolve o futuro da
fecundidade, tanto nos países mais ricos, onde agora é extremamente baixa, quanto nos
países mais pobres, onde ainda é muito alta.
Na segunda metade do capítulo, abordamos os efeitos econômicos das mudanças
populacionais que podem ser previstas com segurança. Nos países mais desenvolvidos,
a fração da população composta por idosos que não trabalham aumentará significativamente,
impondo um ônus econômico. Muitos países em desenvolvimento, por outro lado,
receberão um “presente demográfico” à medida que o crescimento populacional diminui e
a fração da população composta por crianças cai. Haverá também uma redistribuição da
população mundial dos países atualmente desenvolvidos, nos quais o crescimento
populacional é lento, para os países mais pobres, nos quais o crescimento populacional é rápido.

5.1 PREVISÃO DE POPULAÇÃO

Em 1957, os demógrafos da Organização das Nações Unidas (ONU) previam que em


2000 a população mundial seria de 6,28 bilhões.1 A previsão era muito alta para apenas
220 milhões de pessoas, ou 3,6%. Essa precisão em um horizonte de 43 anos, período
durante o qual a população mundial mais que dobrou, é notável. Embora parte do sucesso
da previsão possa ser atribuída à boa sorte, ela demonstra o poder das ferramentas que
os demógrafos têm à sua disposição. Certamente seria difícil apontar para uma previsão
econômica de longo prazo que fosse quase tão precisa.
A Figura 5.1 mostra o nível da população mundial nos últimos 160 anos, juntamente
com uma previsão da ONU para os próximos 140 anos. Segundo a ONU, estamos
entrando em um período de desaceleração do crescimento populacional. Depois de
crescer a uma taxa de 1,8% ao ano entre 1950 e 2000, a população mundial deverá
crescer a uma taxa de 0,8% entre 2000 e 2050 e 0,2% entre 2050 e 2100. Olhando ainda
mais para o futuro (o que obviamente extremamente especulativo), a ONU prevê que a
população mundial se estabilizará em pouco menos de 11 bilhões por volta do ano 2200.2

1
Lee (1990).
2
Divisão de População das Nações Unidas (2000).
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5.1 Previsão da População 123

F
FIGURA 5.1

População Mundial, 1850-2150

População (bilhões)
12

10

Ano

Fonte: Divisão de População das Nações Unidas (2000).

As ferramentas usadas para fazer esse tipo de previsão populacional de longo


alcance são a função de sobrevivência específica por idade (que descreve a probabilidade
de uma pessoa de uma determinada idade não morrer no próximo ano) e a função de
fertilidade específica por idade ( que descreve a probabilidade de uma mulher de uma
determinada idade ter um filho no próximo ano). Essas duas funções são descritas em
detalhes no apêndice do Capítulo 4. A Figura 5.2 mostra como essas peças são
combinadas para fazer uma previsão populacional. O ponto de partida é uma
desagregação da população em número de pessoas de cada idade em um determinado
ano. Para prever a população no próximo ano, começamos por “envelhecer” a população,
fazendo um ajuste para a mortalidade. No exemplo da Figura 5.2, determinamos o
número de jovens de 21 anos em 2001 começando com o número de jovens de 20 anos
em 2000 e depois ajustando o fato de que alguns terão morrido ao longo do ano. Esta
informação sobre a probabilidade de sobrevivência está contida na função de
sobrevivência. Podemos usar o mesmo cálculo para determinar o número de pessoas
em todas as outras faixas etárias, com uma exceção: aquelas com zero de idade no ano
de 2001 – ou seja, o número de nascidos durante o ano. Para obter esse número,
aplicamos a taxa de fecundidade específica por idade ao número de mulheres em cada faixa etária no ano 2000. Por
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124 CAPÍTULO 5 Tendências Futuras da População

F
FIGURA 5.2

Previsão da população

População em População em
o ano 2000 o ano de 2001

81 anos
Sobrevivência

80 anos

22 anos
Sobrevivência

21 anos 21 anos
Sobrevivência

20 anos

Idade 2

Sobrevivência

Idade 1 Idade 1
Sobrevivência

Idade 0 Idade 0

pessoas de cada idade em 2001 dá a população total naquele ano. Ao levar esse
processo adiante ano a ano, podemos prever a população no futuro.
(Para prever a população de um determinado país ou região, também devemos levar
em conta a imigração e a emigração).
A dificuldade de prever usando esse método está em projetar como a mortalidade
e a fecundidade mudarão no futuro. Agora olhamos mais de perto as previsões de
mortalidade e fertilidade futuras.

Previsão de mortalidade
Uma lição importante do Capítulo 4 foi que as mudanças na mortalidade foram tão
importantes quanto as mudanças na fecundidade na determinação do crescimento
populacional no passado. A razão é que, até as recentes melhorias na expectativa de
vida, a probabilidade de uma menina recém-nascida sobreviver à idade fértil era muito
inferior a 100%. As melhorias na mortalidade aumentaram significativamente a taxa líquida de
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5.1 Previsão da População 125

reprodução (NRR). Ao prever mudanças futuras no crescimento populacional, no entanto, as


mudanças na mortalidade provavelmente terão muito menos efeito, por uma razão simples: a
fração de meninas que vivem em idade fértil já está tão próxima de 100%. Nos Estados Unidos,
uma menina recém-nascida tem 97% de chance de viver até os 45 anos e, mesmo em um país
em desenvolvimento como a Índia, a probabilidade é de 82%. Assim, melhorias potenciais na
expectativa de vida terão um efeito insignificante sobre a TRN nos países desenvolvidos e um
efeito bastante pequeno até mesmo nos países mais pobres.
No entanto, reduções na expectativa de vida, como as decorrentes da AIDS, reduzirão o NRR
(ver caixa “AIDS na África”).
As mudanças na mortalidade têm outro efeito sobre o tamanho da população, que é
simplesmente que, se o número de nascimentos não mudar, mas as pessoas viverem mais,
então mais pessoas estarão vivas a qualquer momento. Mesmo em países onde há margem
mínima para melhoria adicional na mortalidade de mulheres em idade fértil, esse tipo de melhoria
na mortalidade em idades mais avançadas ainda será relevante.

Embora a melhoria da mortalidade na velhice seja extremamente difícil de prever, também


é quantitativamente menos importante do que as mudanças na fecundidade na determinação do
crescimento populacional. Por exemplo, nos Estados Unidos, espera-se que a expectativa de
vida das meninas ao nascer aumente de 78,9 para 82,1 no período 1990-2020. Uma mudança
na mortalidade desse tamanho, se não tivesse efeito sobre o número de nascimentos, aumentaria
o tamanho da população em apenas 4,0% (3,2 anos ganhos divididos por 78,9 anos de
expectativa de vida) no período de 30 anos.

Previsão de fertilidade
As previsões de fecundidade são frequentemente feitas em relação à fecundidade de reposição
– o nível de fecundidade que é consistente com um tamanho populacional constante no longo
prazo. Mesmo nos países mais desenvolvidos, há alguma mortalidade antes da idade fértil das
mulheres, e nascem um pouco mais meninos do que meninas. Portanto, a taxa de fecundidade
total (TFT) compatível com zero crescimento populacional é superior a 2,0. Nos países mais
desenvolvidos, o nível de reposição da fecundidade é de aproximadamente 2,1 filhos por mulher.
No mundo em desenvolvimento, onde a mortalidade é maior, a fecundidade de reposição é um
pouco maior, embora as melhorias nas taxas de mortalidade nas últimas décadas signifiquem
que não é muito maior.
A questão mais importante a ser abordada pelas previsões de fecundidade de longo prazo
é se a fecundidade estará próxima do nível de reposição – em outras palavras, a taxa de
crescimento da população será próxima de zero? Como veremos, esta questão tem diferentes
conotações nos países ricos e nos países pobres. Ao fazer suas previsões populacionais, a
ONU previu que em todos os países do mundo, a TFT passaria de seu nível atual para a
fertilidade de reposição nos próximos 50 anos – especificamente, que em quase todos os países
a TFT seria exatamente 2,1. até o ano 2050. Para muitos países em desenvolvimento, tal
resultado significaria uma queda acentuada na fecundidade; para muitos países ricos, isso
significaria um aumento significativo na fertilidade.
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126 CAPÍTULO 5 Tendências Futuras da População

F AIDS NA ÁFRICA

quais são os efeitos econômicos da AIDS? Os efeitos


O alcance da epidemia
é impressionante. Nomundial
ano dede AIDS
2009, havia uma negativos da doença sobre o crescimento ocorrem
estimativa de 33,3 milhões de pessoas infectadas pelo principalmente através da entrada humana na produção.
HIV, o vírus que causa a AIDS, e cerca de 1,8 milhão Os trabalhadores seropositivos não podem fornecer
de mortes foram atribuídas à doença. tanta mão-de-obra como os que não têm doença. Um
Em 2009, houve cerca de 2,6 milhões de novas estudo de catadores de chá no Quênia descobriu que
infecções, abaixo dos 3,2 milhões de 1997.3 os trabalhadores HIV-positivos ganhavam apenas 84%
Mais de 90% das pessoas infectadas pelo HIV do que os trabalhadores saudáveis, mesmo dois anos
vivem em países em desenvolvimento. A África antes dos trabalhadores infectados terem que deixar
Subsaariana sozinha é responsável por dois terços completamente a força de trabalho. Em muitos países,
dos casos mundiais. Nesta região, 5% dos adultos as taxas de infecção são particularmente altas entre as
estão infectados pelo HIV. Entre os países mais classes educadas e urbanas. Na Zâmbia, em 1994, por
severamente afetados estão Botsuana (25% dos exemplo, pessoas com 10 ou mais anos de escolaridade
adultos), Zimbábue (18%), África do Sul (17%) e tinham três vezes a taxa de infecção pelo HIV de
Zâmbia (14%). pessoas com 4 anos ou menos, e a taxa de infecção
O impacto da AIDS é claramente visível nas nas cidades (28,2%) era mais que o dobro do país
estatísticas da população. Nos países mais afetados, (12,9%). Assim, a epidemia está destruindo o escasso
a expectativa de vida ao nascer caiu mais de 15 anos capital humano. Como a maioria das pessoas que
desde o início da epidemia. Em Botsuana, o país mais foram atingidas pela AIDS estava em seus anos mais
atingido, a taxa de crescimento da população caiu de produtivos, o número crescente de mortes levou a uma
quase 4% no final da década de 1970 para 1,3% em ruptura social em grande escala. A educação dos filhos
2010. ficou em segundo lugar em relação às despesas
Além dos custos em termos de sofrimento e morte médicas dos pais. Um estudo na Costa do Marfim
dos infectados e a dor dos sobreviventes, descobriu que famílias com um membro doente de AIDS reduziram p

Fertilidade nos Países Ricos. A TFT média no grupo de nações ricas da Organização
para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em 2009 foi de 1,74 filhos por
mulher. Mas dentro deste grupo houve uma grande variação.
Os Estados Unidos, com uma TFR de 2,05, estavam no topo da faixa. No outro extremo
estavam os países com fecundidade muito abaixo da taxa de reposição: Itália (1,41),
Espanha (1,40), Japão (1,37), Alemanha (1,36) e Coreia do Sul (1,28). Na ausência de
imigração em grande escala, essas baixas taxas de fecundidade se traduzirão em
populações cada vez menores. Por exemplo, a população do Japão deverá cair de 127
milhões em 2009 para 90 milhões em 2055, um declínio de 29%.4 A baixa fecundidade
também aumentará a idade média da população, um ponto ao qual retornaremos na Seção 5.2.
A fecundidade surpreendentemente baixa em muitos dos países desenvolvidos tem
sido uma fonte crescente de agitação entre políticos e jornalistas, com muitos observadores

3
UNAIDS (2010).
4
Kaneko et ai. (2008).
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5.1 Previsão da População 127

seus gastos com a educação dos filhos. A epidemia várias décadas. Young calcula que os recursos extras
também deixou para trás um grande número de órfãos, gerados pelo maior crescimento econômico como
que muitas vezes não recebem o mesmo investimento resultado do HIV são mais do que suficientes para
educacional que outras crianças. pagar bons cuidados para aqueles que sofrem da
Uma compensação potencial para esses efeitos doença.*
econômicos negativos do HIV/AIDS tem sido a Embora o número de mortos por Aids já seja
diminuição do crescimento populacional como resultado assustador, existe uma forte possibilidade de que a
da doença. Além dos efeitos puramente biológicos epidemia esteja apenas começando. A propagação da
(maiores taxas de mortalidade e redução da capacidade infecção continua inabalável em muitos países. E
das mulheres infectadas de ter filhos), o HIV reduz embora os avanços recentes no tratamento tenham
ainda mais o crescimento populacional, incentivando o aumentado drasticamente a taxa de sobrevivência de
uso de preservativos, que também servem como pacientes com HIV nos países ricos, essas terapias
contracepção. Em países onde o capital físico e a terra podem ser muito caras para afetar significativamente a
são escassos e onde há uma alta proporção de crianças mortalidade por AIDS no mundo em desenvolvimento.
para adultos em idade ativa, um declínio na fecundidade Em resposta à disseminação da doença, a ONU
pode ter um grande efeito positivo sobre a renda. recentemente baixou sua projeção para a população
Calcular o efeito econômico geral do HIV/AIDS é mundial no ano de 2050 em 300 milhões de pessoas,
difícil. Um estudo do Banco Mundial concluiu que a representando o efeito cumulativo de mortes e filhos
doença reduziu a taxa de crescimento do produto nunca nascidos por causa da doença.
interno bruto (PIB) per capita na África em 0,5% ao
ano. No entanto, em uma série de artigos controversos,
o economista Alwyn Young argumenta que o HIV
aumentará a renda per capita na África Subsaariana *
Fox et ai. (2004), Young (2005, 2007), Wehrwein
nos próximos (1999/2000), Fylkesnes (1997).

considerando que há algo obviamente doente em uma sociedade que não está se
reproduzindo. “O mundo desenvolvido”, afirmou um especialista, “está em processo
de cometer suicídio coletivo”.
Na base dessas discussões está a questão de saber se há algo natural sobre a
fertilidade estar no nível de reposição. A resposta curta é não. Como vimos no
Capítulo 4, o modelo malthusiano explica por que o crescimento populacional é
próximo de zero em um ambiente em que o aumento da população reduz o padrão
de vida além do nível de subsistência e no qual o nível de produtividade é
relativamente constante. Mas nos países ricos de hoje, nenhuma dessas condições
é verdadeira, de modo que o mecanismo malthusiano não ancora mais a economia
em um crescimento populacional zero. No Capítulo 4, vimos que havia vários
mecanismos pelos quais o crescimento econômico reduzia o incentivo para ter filhos - aumentando os custos

5 Drucker (1997).
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128 CAPÍTULO 5 Tendências Futuras da População

das crianças em relação aos seus benefícios econômicos, por exemplo. Vimos também
que, mesmo que os filhos sejam um custo líquido em termos econômicos, eles ainda
fornecem “utilidade” aos pais, de modo que os pais continuam a tê-los. Mas nada neste
cálculo de custo e benefício diz que o pai médio desejará ter 2,1 filhos.
O fato de a fecundidade ter caído abaixo do nível de reposição não significa
necessariamente que ela permanecerá lá, no entanto. As preferências das pessoas
podem mudar e os governos podem aumentar os incentivos para ter filhos. (No entanto,
em alguns dos países de menor fertilidade da Europa, esses incentivos – na forma de
creches subsidiadas e educação gratuita até o nível universitário – já são bastante
generosos.) Mais importante, é possível que os níveis atualmente baixos de fertilidade
observados são uma espécie de ilusão estatística (veja o quadro “O Efeito Tempo”).
A dificuldade em prever a fecundidade fica clara quando examinamos como as
previsões anteriores se saíram. Por exemplo, a Figura 5.3 mostra a TFR real no Japão
junto com as previsões feitas em vários momentos. À medida que a TFR do país caiu ao
longo das últimas quatro décadas, os demógrafos previram consistentemente que em
breve começaria a voltar à taxa de reposição e estavam igualmente errados. Os
demógrafos nos Estados Unidos não se saíram muito melhor. Eles falharam em prever
tanto o baby boom pós-Segunda Guerra Mundial quanto o “baby bust” que se seguiu (veja
a Figura 4.10). Em 1964, por exemplo, 4 milhões de bebês nasceram no

F FIGURA 5.3

Taxa de fertilidade total no Japão: real versus previsão

Taxa de fertilidade total

2.4

Previsão de 1977
TFR real
2.2

2,0
Previsão de 1987

1,8

Previsão de 1982
Previsão de 1992
1,6

Previsão de 1997
1,4

1.2

1,0

Ano

Fonte: Yashiro (1998).


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5.1 Previsão da População 129

F O EFEITO TEMPO

Podemos generalizar a partir deste exemplo


Os níveis dramaticamente
os países avançadosbaixos de fertilidade
são uma em muitos
grande fonte de para derivar uma regra simples relacionando atrasos
preocupação. Uma TFR de 1,3 como a observada na na gravidez a reduções na TFT medida: Um atraso de
Coreia do Sul hoje, se permanecer inalterada, implica x% de um ano na gravidez reduzirá a TFR em x% de
que a população cairá cerca de um terço por geração. seu nível original. Assim, por exemplo, em um país
No entanto, um olhar mais atento aos números revela onde a TFT seria de 2,0 na ausência de atraso, um
que uma TFT baixa não implica necessariamente que atraso de 10% de um ano na gravidez reduziria a TFR
as mulheres estejam tendo menos filhos. A fonte da para 1,8.
confusão é o efeito que um aumento na idade média Quando consideramos os dados da TFT nos
do parto pode ter na TFT medida. Isso é chamado de países ricos, a questão natural é se esse tipo de
efeito de tempo. atraso na procriação pode explicar a redução da TFT
Podemos usar um exemplo simplificado para abaixo do nível de reposição observado nos dados.
ilustrar o efeito de andamento. Suponha que, em um Certamente é verdade que, na maior parte do mundo
determinado país, todas as mulheres decidissem no desenvolvido, a idade da procriação está aumentando.
mesmo ano que atrasariam todos os partos em um No Reino Unido, por exemplo, a idade média do
ano. Ou seja, aos 22 anos, ela teria os filhos que primeiro parto aumentou quase três anos, de 23,5
originalmente planejava ter aos 21 anos; aos 23 anos, para 26,3, no período 1970-1995. Um estudo
ela teria os filhos que originalmente planejava ter aos descobriu que, no período de 1985 a 1989, o efeito
22 anos; e assim por diante. Uma mulher que estava tempo reduziu a TFT nos países industrializados em
completando 22 anos na época dessa decisão já teria uma média de 0,25 nascimentos por mulher. Em
os filhos que ela originalmente planejava ter aos 21 alguns casos, como na França, onde o efeito do
anos, então ela não teria filhos durante o ano seguinte. tempo foi responsável por 0,4 partos por mulher, o
Então, aos 23 anos, ela teria os filhos que inicialmente ajuste para o efeito do tempo foi suficiente para
planejara ter aos 22 anos. Assim, no ano seguinte à reverter a constatação de que a TFR era baixa na
decisão das mulheres de adiar a gravidez, não taxa de reposição.*
nasceriam filhos; a TFR seria zero. No ano seguinte,
porém, a TFR voltaria ao patamar anterior ao atraso Exatamente quanto do declínio da TFT nos
na gravidez. países mais desenvolvidos é explicado pelo efeito
tempo é uma questão que os demógrafos não podem
responder até que todas as mulheres agora em idade
fértil tenham completado esse período de vida. Mas
Um demógrafo analisando os dados da TFR no Japão e em outros países onde a fecundidade está
desse país durante o ano seguinte à decisão de adiar bem abaixo do nível de reposição há mais de duas
pode concluir que as mulheres decidiram parar de ter décadas, é provável que o efeito do tempo represente
bebês. apenas uma pequena parte da redução da fecundidade.
Mas esta interpretação seria incorreta.
Eventualmente, toda mulher teria o mesmo número
de bebês que ela teria anteriormente.
*Bongaarts (2001).
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130 CAPÍTULO 5 Tendências Futuras da População

Estados Unidos, e o Census Bureau prevêem que em 10 anos, o total de nascimentos anuais
chegará a 5 milhões.6 De fato, apenas 3,2 milhões de bebês nasceram em 1974.

Fertilidade em Países Pobres. Nos países mais pobres do mundo, o afastamento do equilíbrio
zero-população-crescimento descrito pelo modelo malthusiano tem apenas algumas décadas.
Como vimos no Capítulo 4, declínios rápidos na mortalidade, combinados com reduções muito
mais lentas na fecundidade, levaram a maioria dos países em desenvolvimento a experimentar
altas taxas de crescimento populacional – muito mais altas do que as observadas nos países
atualmente desenvolvidos. O curso futuro da população no mundo em desenvolvimento
dependerá da rapidez com que os declínios de fertilidade continuarão nesses países.
Nas últimas décadas, os dados mostram um declínio desigual nas taxas de fecundidade.
A Tabela 5.1 mostra o tamanho da população em 2004 e uma comparação das taxas de
fecundidade total em 1970–1975 e 2000–2005 para o mundo em desenvolvimento como um
todo, bem como uma divisão por região. Para o mundo em desenvolvimento como um todo, a
TFT caiu de 5,5 filhos por mulher para 2,9. Na China, a fecundidade caiu abaixo da taxa de
reposição, enquanto na África Subsaariana, a fecundidade caiu apenas ligeiramente. E no sul
da Ásia, a fecundidade diminuiu acentuadamente, mas permanece muito acima do nível de reposição.
Conforme mencionado na discussão da Figura 5.1, a suposição subjacente às estimativas
populacionais da ONU é que a fertilidade no mundo em desenvolvimento diminuirá a ponto de
a maioria dos países atingir a taxa de reposição até 2050. Para demonstrar a importância
dessa suposição, a ONU reexecutou suas previsões, permitindo uma variedade de outros
caminhos possíveis de fertilidade. No mais extremo, considerou o caso em que as taxas de
fecundidade em cada região permaneceram em seus níveis atuais.
F TABELA 5.1

Fertilidade no mundo em desenvolvimento

2004 População Taxa Total de Taxa Total de


(milhões) Fertilidade, 1970-1975 Fertilidade, 2000–2005

Todos os países em desenvolvimento 5093,60 5,50 2,90


África Subsaariana 689,6 6,80 5,50
Estados Árabes 310,50 6,70 3,70
Leste Asiático e
Pacífico excluindo a China 636,10 5,45 3.19
China 1307,99 4,90 1,70

Sul da Ásia excluindo


Índia 441,00 6.21 3,94
Índia 1087,12 5,40 3.10
América Latina e o
Caribe 548,30 5.10 2,60

Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (2007).

6
Mankiw e Weil (1989).
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5.1 Previsão da População 131

Em comparação com o cenário de linha de base, sob o qual a população mundial atingiria
9,4 bilhões em 2050 e 10,4 bilhões em 2100, o cenário de fertilidade constante prevê uma
população de 14,9 bilhões em 2050 e 57,1 bilhões em 2100! Neste cenário de fertilidade
constante, somente a população da África aumentaria para mais de 30 bilhões em 2100.
Como um desvio mais modesto da previsão de base, os demógrafos da ONU consideraram
o caso em que a fertilidade nos países em desenvolvimento continua a cair, mas não ir até
a substituição. Eles assumiram que a fecundidade se estabiliza em meio filho por mulher
acima da taxa de reposição. Nesse cenário, a população mundial atinge 11,1 bilhões em
2050 e 17,5 bilhões em 2100.7 Essa análise de cenários alternativos revela o quanto
depende de pequenas diferenças na fecundidade futura.

Para ver por que podemos ser céticos em relação às premissas básicas de fertilidade
da ONU, vejamos a relação entre os níveis de renda per capita e a TFT, conforme mostrado
na Figura 5.4. Agora vamos considerar o que as suposições da ONU implicam para um país
como a Nigéria, o país mais populoso da África, com uma população de 149 milhões em 2009.
A TFR da Nigéria em 2009 foi de 5,6, e a ONU prevê que chegará a 2,1 em 2050.

F FIGURA 5.4

Renda per Capita versus Taxa Total de Fertilidade

Taxa de fecundidade total, 2009

Congo, Dem. Representante Nigéria


6
Guiné Equatorial
Quênia
Etiópia
5
Paquistão

Gana
4
Egito
Zimbábue
3
Líbia

2 Índia

1 Nigéria em 2050
de acordo com a ONU Alemanha
previsão
0
100 1.000 10.000 100.000
PIB per capita, 2009 (dólares de 2005, escala de proporção)

Fontes: Heston, Summers e Aten (2011), banco de dados de Indicadores de Desenvolvimento Mundial.

7
Divisão de População das Nações Unidas (1998a).
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132 CAPÍTULO 5 Tendências Futuras da População

O nível de PIB per capita da Nigéria em 2009 foi de $ 2.034. Se a renda per capita da Nigéria
crescesse a uma taxa razoável de 2% ao ano a partir de 2009, chegaria a US$ 4.581 em
2050. No entanto, a Figura 5.4 mostra que os países com renda per capita próxima a esse
nível atualmente tendem a ter TFRs em torno de 3,0. Em outras palavras, a ONU está
assumindo que a Nigéria, assim como muitos outros países pobres, alcançará a fertilidade
de reposição em um nível de renda muito menor do que a maioria dos países tinha quando
atingiram a fertilidade de reposição no passado. Certamente não há razão para pensar que
tal resultado seja impossível porque o nível de renda em que os países vêm alcançando a
fecundidade de reposição vem de fato caindo ao longo do tempo. Também é possível que a
renda per capita da Nigéria cresça mais rápido que 2% durante este período. Mas tal análise
pelo menos aponta para a natureza provisória (e talvez um tanto otimista) da previsão da ONU.

Momento Demográfico
No Capítulo 4 vimos que um país que atinge um NRR de 1 - em outras palavras, cada
menina que nasce produz uma filha - acabará tendo uma taxa de crescimento populacional
de zero. No entanto, a palavra eventualmente é importante. Um país com um NRR de 1 não
terá necessariamente uma taxa de crescimento populacional de zero imediatamente.
A razão é que o número de crianças nascidas depende de duas coisas: a taxa em que as
mulheres estão tendo bebês e o número de mulheres que estão em seus anos reprodutivos.
Se o número de mulheres em seus anos reprodutivos aumentar, o número de bebês nascidos
também aumentará, mesmo que a taxa de gravidez das mulheres permaneça constante.
Esse fenômeno é conhecido como momento demográfico.
Para ver a importância do impulso demográfico, considere um país com alta fecundidade
e rápido crescimento populacional. O número de crianças nascidas a cada ano aumentará
rapidamente. Como resultado desse número crescente de nascimentos, haverá muito mais
pessoas nas faixas etárias jovens do que nas faixas etárias mais avançadas – por exemplo,
haverá mais bebês recém-nascidos do que pessoas de 40 anos. Agora suponha que a taxa
de fecundidade caia repentinamente para o nível que seria consistente com um NRR de 1.
Inicialmente, o número de bebês nascidos a cada ano diminuirá porque cada mulher em
seus anos reprodutivos terá menos filhos. Mas com o tempo o número de bebês nascidos
aumentará, pela simples razão de que o número de mulheres em seus anos reprodutivos
continuará aumentando. Somente depois de várias gerações o efeito desse impulso
demográfico se dissipará, ponto em que a taxa de crescimento da população será zero.
A dinâmica demográfica tende a ser mais alta nos países em que a fecundidade é mais
alta. Assim, nesses países, o crescimento populacional no futuro será alto por duas razões:
a TFT é alta para começar e, mesmo que a TFR caia, o impulso demográfico manteria o
crescimento populacional alto. Embora uma queda acentuada da TFT nesses países seja
sempre possível, nada menos que um aumento catastrófico da mortalidade, emigração em
massa ou uma redução da TFT muito abaixo do nível de substituição impedirá que o impulso
demográfico faça seu trabalho.
Uma medida útil da extensão do ímpeto demográfico é a fração da população com
menos de 15 anos.
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5.1 Previsão da População 133

essa faixa etária tem quase a garantia de ter uma população crescente nas próximas
décadas devido ao aumento do número de mulheres em idade fértil. Atualmente, 47
países, incluindo 36 na África, têm pelo menos 40% de sua população com menos de 15
anos. Nos Estados Unidos, em comparação, a fração da população com menos de 15
anos é de apenas 20%; no Japão é de 13%.
Por causa do impulso demográfico, grande parte do crescimento futuro da população
é quase inevitável. A ONU calcula que, se todos os casais tivessem começado a ter
filhos no nível de fertilidade de reposição em 1995, o ímpeto demográfico teria levado o
tamanho total da população mundial para 8,4 bilhões em 2050 e para 9,5 bilhões antes
de finalmente estabilizar em 2150. Na Índia, a população de 1,16 bilhão em 2009 ainda
aumentaria para 1,4 bilhão em 2050 se a fertilidade tivesse atingido a reposição em 1995.
Embora o impulso demográfico nos diga muito sobre o crescimento populacional
nas próximas décadas, sua importância diminui quando olhamos mais para o futuro. No
longo prazo, o determinante mais importante do crescimento populacional será a
fecundidade, sobre a qual temos pouca base teórica para especular.

População a muito longo prazo


A Figura 5.5 reproduz o que o economista WW Rostow chama de “o grande pico” da
população mundial. A metade esquerda da figura mostra o que já vimos no Capítulo 4:
A taxa de crescimento da população foi quase exatamente zero para a maioria dos
F
FIGURA 5.5

O grande pico no crescimento da população mundial

Taxa de crescimento da população (% ao ano)


2,5

2,0

1,5

1,0

0,5

0,0

-0,5 0
500
1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000

Ano
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134 CAPÍTULO 5 Tendências Futuras da População

F QUANTAS PESSOAS A TERRA PODE APOIAR?

se toda a terra do mundo pudesse sustentar


Em 1968,
livro o biólogo
chamado ThePaul Ehrlich Bomb,
Population publicou um
que uma população tão densa quanto a da Holanda,
descreve os perigos da superpopulação.* Na opinião a população máxima do planeta seria de 13,4
de Ehrlich, a população naquela época (cerca de bilhões.
3,5 bilhões) já era maior do que o planeta poderia b Em 1931, HG Wells escreveu que a população
suportar de forma sustentável. Ehrlich previu fome
mundial naquela época (1,9 bilhão) poderia ter
em massa iminente e desastre ecológico como
“passado o ponto de segurança e [pode] ser
resultado da superpopulação, não apenas nos
maior do que deveria ser para um equilíbrio
países em desenvolvimento, mas também no mundo
industrializado. biológico sustentado próspero”. Ele acrescentou:
“Sem dúvida, a terra poderia carregar, em um
Os 44 anos seguintes não cumpriram as
nível básico de subsistência, por algumas
previsões de Ehrlich. Embora a fertilidade tenha
décadas sombrias, uma população enormemente
caído na maioria dos países, não houve nem de
maior de seres humanos degradados do que
perto o tipo de redução rigorosa que Ehrlich achava
1.900 milhões. Algumas autoridades chegam a
necessário para evitar o desastre. 7.000 milhões. Mas quem quer isso?”†
A população da Terra dobrou desde 1968, mas os
padrões de vida aumentaram na maior parte do b Um artigo publicado na Scientific American
mundo, e o tipo de colapso ambiental que ele em 1976 examinou os rendimentos agrícolas
imaginou não aconteceu. potenciais de todos os diferentes tipos de solos
A análise de Ehrlich fazia parte de uma longa e climas do planeta. O artigo concluiu que a
tradição na qual economistas, demógrafos, cientistas Terra poderia sustentar uma população de 40
e outros se debatiam com a questão: quantas bilhões de pessoas com uma dieta de 2.500
pessoas a Terra pode sustentar? Alguns exemplos: calorias por dia.
b Em 1998, o Worldwatch Institute calculou
b Em 1679, Antoni van Leeuwenhoek (o inventor lançou a população máxima que poderia ser
do microscópio) calculou que alcançada em 11 bilhões: “Exceder

história humana, e atingiu níveis sem precedentes ao longo dos dois séculos após a
Revolução Industrial, atingindo o pico por volta de 1970. A metade direita da figura é
muito mais especulativa, é claro. Rostow assumiu que os 200 anos após o pico de
crescimento populacional verão uma redução aproximadamente simétrica no
crescimento populacional de volta a zero. Visto ao longo da história, esse episódio de
crescimento populacional realmente aparecerá como um pico.8 Mas até que ponto
devemos estar confiantes sobre esse padrão?
O argumento contra a persistência de um alto crescimento populacional no futuro
vem da observação do poder da composição. Para dar um exemplo simples, se a
população continuasse a crescer a uma taxa de 1% ao ano (o que

8
Rostow (1998).
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5.1 Previsão da População 135

esse nível provavelmente desencadearia declínios Finalmente, há a questão de qual nível de


ou implosões da população devido à fome, tecnologia estamos considerando. A atual população
doenças, guerras, etc.”‡ mundial de 7 bilhões certamente não poderia ser
sustentada em um nível de subsistência, muito menos
O demógrafo Joel Cohen coletou 65 estimativas,
em seu nível atual, usando as tecnologias que existiam
publicadas entre 1679 e 1994, de quantas pessoas a
200 anos atrás. De fato, o modelo malthusiano implica
Terra pode suportar. Eles variaram de menos de um
que a população que existia naquela época (900
bilhão a mais de um trilhão.§ Ao discutir essas
milhões) era aproximadamente o máximo que poderia
previsões, Cohen faz três pontos importantes:
ser sustentado em um nível de subsistência. Da
mesma forma, o tamanho da população que pode ser
Primeiro, quantas pessoas a Terra pode
sustentada daqui a 200 ou mesmo 20 anos dependerá
sustentar depende do padrão de vida que essas
do progresso tecnológico futuro.
pessoas terão. A terra pode sustentar mais pessoas
em casas pequenas do que em grandes; mais
Por essas razões, a pergunta “Quantas pessoas
vegetarianos do que carnívoros; mais pessoas com
a terra pode suportar?” está mal colocada, e nem
um padrão de vida chinês do que um americano.
devemos tentar respondê-la.
Portanto, é ilógico perguntar quantas pessoas a terra
No entanto, a questão mais ampla que esta questão
pode suportar sem perguntar em que padrão de vida.
tenta abordar – quão importante serão as limitações
de recursos para o crescimento? – é extremamente
Em segundo lugar, há a questão da capacidade
relevante.
de sustentabilidade. Talvez uma grande população
possa ser sustentada apenas com o esgotamento dos
estoques de recursos naturais. Portanto, é possível
que, embora o planeta apoie 7 bilhões de pessoas *Ehrlich (1968).
agora, não seja capaz de sustentar esse número a † Wells (1931), p. 190.
longo prazo. Voltamos a esse assunto no Capítulo 16. ‡ Instituto Worldwatch (1998).
§ Cohen (1995).

está abaixo de sua taxa de crescimento atual), atingiria cerca de 45 bilhões no ano 2200 e 1
trilhão em 2512. Tal resultado parece impossível para muitas pessoas, embora, dada a
grande incerteza envolvida nas previsões de longo prazo, nunca se deva ser demasiado
confiante (veja também o quadro “Quantas pessoas a Terra pode suportar?”).
Certamente é possível que, em vez do “grande pico”, futuros historiadores falem sobre o
“grande passo” no crescimento populacional: de zero a um nível permanentemente mais alto.
Também é possível que a previsão de Rostow sobre o crescimento populacional futuro
possa estar errada na outra direção: ele prevê que o crescimento populacional voltará a zero.
E se cair abaixo de zero? Tendo tido 200 anos de população crescente, a humanidade não
poderia ter um período igualmente longo de queda populacional? Muitos dos países mais
desenvolvidos já estão previstos para ter populações em declínio, e certamente não é
impossível que o mundo em desenvolvimento possa segui-los. Nisso
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136 CAPÍTULO 5 Tendências Futuras da População

Nesse caso, os historiadores futuros talvez falassem não sobre o “grande pico” no crescimento
populacional, mas sobre o “grande ziguezague”.
Essa incerteza sobre o nível futuro da população contrasta fortemente com a quase
constância da população durante a maior parte da história humana, conforme ilustrado no
lado esquerdo da Figura 4.2. Vimos no Capítulo 4 a explicação para essa quase constância:
o modelo malthusiano de população implicava que o tamanho da população aumentaria até
que o nível de renda caísse a ponto de zero de crescimento populacional. Mas também
descobrimos que, a partir de cerca de 200 anos atrás, nos países mais desenvolvidos, o
modelo malthusiano não se aplicava mais. A renda subiu muito acima do nível que impediria
o crescimento da população. E a relação malthusiana pela qual uma renda mais alta
automaticamente levava a um maior crescimento populacional foi derrubada.

A conclusão é que, uma vez que estamos em um mundo onde o modelo malthusiano não
se aplica mais, sabemos muito pouco sobre a trajetória de longo prazo da população.
Embora possamos estar bastante confiantes sobre o caminho da população nas próximas
décadas, talvez até um século, o futuro mais distante é quase completamente misterioso.

5.2 AS CONSEQUÊNCIAS ECONÔMICAS DA


MUDANÇA DEMOGRÁFICA
Para analisar o efeito da mudança demográfica no crescimento econômico, começamos
examinando como a desaceleração na taxa de crescimento da população afetará o produto,
usando as técnicas desenvolvidas no Capítulo 4. Em seguida, examinamos algumas
implicações econômicas adicionais das mudanças previsíveis na população. Dada a incerteza
das previsões no horizonte muito longo, limitamo-nos aos próximos 50 anos.

A desaceleração do crescimento populacional


Como vimos, prevê-se que o crescimento da população mundial no período 2000-2050 (0,9%
ao ano) seja apenas metade da velocidade dos 50 anos anteriores (1,8% ao ano). A Tabela
5.2 mostra a mudança nas taxas de crescimento para três grupos de países definidos pela
ONU: mais desenvolvidos (América do Norte, Europa, Japão, Austrália,

F TABELA 5.2

Taxas médias de crescimento anual da população por grupo de países

1950–2000 2000–2050

Mais desenvolvido 0,8% 0,0%

Menos desenvolvido 2,1% 0,8%

Menos desenvolvido 2,4% 2,1%


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5.2 As Consequências Econômicas da Mudança Demográfica 137

e Nova Zelândia), menos desenvolvidos (os 48 países mais pobres do mundo) e


menos desenvolvidos (todos os intermediários). A queda do crescimento será mais
extrema no grupo dos países menos desenvolvidos, onde a taxa de crescimento
cairá quase dois terços. Haverá também uma grande redução no crescimento
populacional, chegando a zero, entre os países mais ricos. Entre os países menos
desenvolvidos, o crescimento populacional cairá apenas ligeiramente, devido à
combinação de alta fecundidade e impulso demográfico.
Podemos examinar os efeitos econômicos dessas mudanças no crescimento populacional
aplicando o modelo de Solow, estendido para acomodar a população, conforme apresentado
no Capítulo 4. Lembre-se de que o rápido crescimento populacional reduz o nível de produção
por trabalhador porque adicionar mais trabalhadores reduz a quantidade de capital à disposição
de cada trabalhador. Esse efeito é chamado de diluição de capital. No Capítulo 4, derivamos
uma equação que mostra a razão da renda estável por trabalhador em dois países que tinham
taxas de crescimento populacional diferentes, mas eram iguais em todos os outros aspectos.
A equação é

yi
ss a/(1-a) ,
ss
= a njni++ddb
sim

onde i e j denotam os dois países, ni e nj são suas taxas de crescimento da


população, yi e yj são seus níveis de renda por trabalhador e d é a taxa de
depreciação. O parâmetro ÿ é o expoente do capital na função de produção Cobb-Douglas.
Podemos aplicar essa mesma fórmula para observar os efeitos da desaceleração do
crescimento populacional, mas em vez de interpretar a fórmula para mostrar como a renda
por trabalhador difere entre dois países, agora a interpretamos para mostrar como a renda
por trabalhador se compara em dois pontos no tempo dentro um único país (ou dentro de
um grupo de países). Para ser mais específico, considere o caso do grupo de países
menos desenvolvidos, cuja taxa de crescimento populacional deverá cair de 2,1% para
0,8%. Para calcular o quanto essa mudança afetaria a produção por trabalhador,
substituímos esses valores na equação anterior – especificamente, definimos a taxa de
crescimento da população no País i como 0,8% e no País j como 2,1%. Como no Capítulo
4, usamos valores de 0,05 para d e 1/3 para a:

ss 1/2 ÿ 1,11.
yi
ss
0,008
= 0,021 + 0,05b
+ 0,05
sim

Esse resultado indica que a desaceleração do crescimento populacional nos países menos
desenvolvidos aumentaria a produção por trabalhador em 11% em estado estacionário.
Lembre-se do Capítulo 4, no entanto, que esse cálculo é sensível ao valor
de a que é usado. No Capítulo 4 refizemos o cálculo usando um valor de a = 2/3,
seguindo esse mesmo caminho neste caso, o cálculo se torna

ss ÿ 1,50.
yi
ss
0,008
= 0,021 + 0,05b2
+ 0,05
sim
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138 CAPÍTULO 5 Tendências Futuras da População

Nesse caso, a desaceleração do crescimento populacional nos países menos desenvolvidos


aumentará a renda por trabalhador em 50%.
Assim, uma desaceleração do crescimento populacional, ao reduzir o efeito da diluição do
capital, aumentará o ritmo de crescimento econômico. No entanto, mesmo com a desaceleração
do crescimento populacional, o nível de população continuará a aumentar. Prevê-se que haja mais
3 bilhões de pessoas no planeta até o ano de 2050, com a maior parte desse crescimento
concentrado nos países mais pobres. A maneira natural de pensar sobre como essa população
maior afetará os resultados econômicos é usando o modelo de Malthus: mais pessoas levarão a
menos recursos naturais per capita e, portanto, a um efeito negativo no nível de produção per
capita. Voltaremos a essa questão no Capítulo 16.

Envelhecimento da População

Uma das mudanças demográficas em curso mais importantes é o envelhecimento da população


mundial. No período 2000-2050, a idade média da população global deverá aumentar em quase
10 anos, de 26,5 para 36,2 anos. Esse envelhecimento resulta tanto do declínio da mortalidade
quanto do declínio da fecundidade. Desses dois efeitos, o declínio na mortalidade é o mais direto
– se cada pessoa vive até uma idade mais avançada, é óbvio que a idade média da população
será maior.
O efeito da fecundidade no envelhecimento da população é mais sutil. Reduções na taxa de
fecundidade levam a um crescimento populacional mais lento e, ao diminuir a proporção de
pessoas nascidas recentemente para pessoas nascidas no passado, uma redução na fecundidade
causa um aumento na idade média da população.
A Figura 5.6 mostra como a estrutura etária da população muda ao longo do século entre
1950 e 2050.9 Os dados são apresentados para os três grupos de países discutidos em relação à
Tabela 5.2. Para cada grupo de países, a população é dividida em três categorias de idade:
crianças (0-14 anos), idade ativa (15-64) e idosos (65 anos ou mais).

Como mostra a figura, em todo o mundo há um declínio contínuo na fração da população


composta por crianças e um aumento na fração composta por idosos. Mas o momento dessa
reestruturação difere entre os grupos de países. Nos países mais desenvolvidos, a fração da
população composta por crianças já caiu significativamente e a previsão é de que caia apenas um
pouco mais nos próximos 50 anos. Mas a fração da população idosa está aumentando
dramaticamente, de modo que, em 2050, haverá 1,7 vezes mais idosos do que crianças. Nos
países menos desenvolvidos, o período 2000-2010 verá um declínio na fração da população
composta por crianças e um aumento na fração composta por idosos, mas mesmo em 2050, as
crianças ainda serão mais numerosas que os idosos. Nos países menos desenvolvidos, as
crianças continuaram sendo uma grande fração da população no ano 2000 (43%), mas a previsão
é de um rápido declínio dessa fração nos próximos 50 anos. Nos países menos desenvolvidos, os
idosos

9
Divisão de População das Nações Unidas (1998b).
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5.2 As Consequências Econômicas da Mudança Demográfica 139

F
FIGURA 5.6

Mudanças na estrutura etária da população, 1950-2050

(a) Países mais desenvolvidos (b) Países menos desenvolvidos


Porcentagem da população Porcentagem da população
80 80

70 70

60 60

50 50

40 40

30 30

20 20

10 10

0 0
1950 2000 2050 1950 2000 2050
Ano Ano

(c) Países Menos Desenvolvidos


Porcentagem da população
80

70

60
Idade 0-14
50
Idade 15-64
40
Idade 65+
30

20

10

0
1950 2000 2050
Ano

Fonte: Nações Unidas (2002).


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140 CAPÍTULO 5 Tendências Futuras da População

fração da população é minúscula hoje e em 2050 ainda será de apenas 7%—


igual à fração de idosos nos países mais desenvolvidos em 1950.
Para ver por que o envelhecimento da população é relevante para o crescimento
econômico, voltemos a uma distinção que fizemos no Capítulo 3: a diferença entre PIB por
trabalhador e PIB per capita. Quando pensamos em quão produtivo é um país, muitas vezes
é natural focar no PIB por trabalhador. No entanto, quando perguntamos quão bem um país
está, a medida mais relevante é a quantidade de produção disponível para cada pessoa na
economia – ou seja, o PIB per capita.
Para entender como essas duas medidas se relacionam, começamos com suas definições:

PIB
PIB por trabalhador = ,
número de trabalhadores

PIB
PIB per capita = .
população total

Combinando essas duas equações e reorganizando, obtemos

(5.1)
PIB per capita = PIB por trabalhador * número depopulação
trabalhadores
total b.

Essa equação destaca duas razões pelas quais os países podem diferir em seus níveis de
PIB per capita: ou diferem em seus níveis de PIB por trabalhador, ou diferem em suas
proporções de trabalhadores em relação à população total.
Um dos determinantes importantes da proporção de trabalhadores em relação à
população total de um país é sua situação demográfica. Como as crianças e os idosos
têm baixas taxas de participação na força de trabalho, a fração da população que
trabalha é muito influenciada pela fração da população em idade ativa. (É claro que não
existe uma definição rígida de idade para trabalhar. Como vimos no Capítulo 4, em
muitos países em desenvolvimento, as crianças dão uma contribuição econômica
significativa. E a extensão em que os idosos permanecem na força de trabalho também
varia No entanto, dentro de um determinado país, uma mudança da população para
dentro ou para fora da parte média da faixa etária afetará a fração da população total
que está trabalhando.) Como a Figura 5.6 deixa claro, o envelhecimento da população
que que está ocorrendo terá efeitos significativos sobre a fração da população em idade
ativa. Entre os países mais desenvolvidos, prevê-se que a fração da população de 15 a
64 anos caia de 67% para 59% no período de 2000 a 2050, à medida que os adultos
em idade ativa avançam para a velhice. Entre os países menos desenvolvidos, prevê-
se que a fração em idade ativa da população aumente de 54% para 65%.
A Figura 5.7 mostra a fração em idade ativa da população nos Estados Unidos no
período de 1950-2050.10 A fração em idade ativa caiu na década de 1950 como

10Os dados são do Banco de Dados Internacional do Bureau of Census dos EUA. No restante desta seção, a idade ativa é definida como
idades entre 20 e 64 anos.
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5.2 As Consequências Econômicas da Mudança Demográfica 141

F FIGURA 5.7

Fração em idade ativa da população dos EUA, 1950-2050

Fração em idade ativa


0,62

0,60

0,58

0,56

0,54

0,52

0,50

Ano

Fonte: US Census International Database.

o baby boom do pós-guerra aumentou a fração da população composta por crianças.


Em seguida, aumentou no período de 1965-1985, quando esses baby boomers entraram na força de
trabalho e está previsto que caia novamente no período 2010-2030, quando esses mesmos baby
boomers se aposentarem.
Para calcular o efeito que uma mudança na fração de pessoas em idade ativa terá sobre a taxa
de crescimento da renda per capita, podemos transformar a Equação 5.1 em uma versão usando taxas
de crescimento.11 Assumimos que a fração da população

11Nota Matemática: Defina ycapas renda per capita, ywrkas renda por trabalhador e w como a fração da população
em idade ativa. Usando esses símbolos, a Equação 5.1 pode ser escrita como

ycap = ywrk * w.

Tomando logaritmos e diferenciando esta expressão em relação ao tempo, obtemos

yncap = ynwrk + wn,

que é a expressão no texto.


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142 CAPÍTULO 5 Tendências Futuras da População

que trabalha cresce na mesma proporção que a fração da população em idade ativa:

taxa de crescimento do PIB per capita

= taxa de crescimento do PIB por trabalhador

+ taxa de crescimento da fração da população em idade ativa. (5.2)


Como exemplo de como usar essa equação, considere o declínio que está por vir na
fração da população em idade ativa nos Estados Unidos. No período 2010-2030, esta fração
deverá cair de 0,60 para 0,54. A taxa de crescimento anual da fração em idade ativa será:

1/20
- 1 ÿ -0,005 = -0,5%.
0,60 b
taxa de crescimento da fração de idade ativa = a 0,54

Assim, usando a Equação 5.2, vemos que a mudança demográfica reduzirá a taxa de
crescimento do PIB per capita nos Estados Unidos em 0,5% ao ano. Da mesma forma, no
período 1965-1985, quando a fração em idade ativa subiu de 0,51 para 0,59, a mudança
demográfica elevou a taxa de crescimento do PIB per capita em 0,7%.
por ano.
A Tabela 5.3 mostra cálculos semelhantes para vários outros países e períodos de tempo.
Em geral, os países mais desenvolvidos, nos quais a redução da fecundidade ocorreu mais
cedo, já passaram por um período em que a fração da idade ativa aumentou e nas próximas
décadas enfrentarão uma fração da idade ativa em declínio. Em muitos países em
desenvolvimento, o declínio da fecundidade nas últimas décadas ainda está produzindo um
aumento na fração da população em idade ativa. Em muitos casos, esse “presente demográfico”
pode ter um grande impacto no crescimento econômico. Por exemplo, em Bangladesh, o
crescimento da fração em idade ativa aumentará a taxa de crescimento do PIB per capita em

F
TABELA 5.3

Alguns casos de envelhecimento populacional

Porcentagem de Porcentagem de Efeito do envelhecimento sobre

População de 20 População de 20 Crescimento da


a 64 anos na Primeira a 64 anos na receita per
País Período de tempo Ano Ano passado capita (% ao ano)
Japão 2000–2020 62,3 54,9 -0,6
Malásia 1980–2010 45,9 54.1 0,6
México 1985–2015 42,7 57,7 1,0
Tailândia 1990–2010 55,2 62,3 0,6
Peru 1990–2010 49,2 63,2 0,8
Bangladesh 2000–2020 47,1 59,8 1.2

Fonte: Banco de Dados Internacional do Bureau of Census dos EUA.


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5.2 As Consequências Econômicas da Mudança Demográfica 143

1,2% ao ano no período 2000-2020. É claro que, um dia, esses países também terão que lidar com
as consequências de uma população idosa maior, mas esse dia está a meio século de distância.
Finalmente, em muitos países em que a fecundidade ainda é alta, o declínio da fecundidade promete
um impulso ao crescimento do PIB per capita em algum momento no futuro.12

Além de seus efeitos sobre o PIB per capita, o envelhecimento da população pode alterar a
própria natureza da sociedade. Adolescentes e jovens adultos representam a grande maioria dos
criminosos, por exemplo, à medida que a sociedade envelhece, as taxas de criminalidade podem
cair. Mas os jovens também são responsáveis por grande parte do dinamismo de uma sociedade.
O demógrafo francês Alfred Sauvy caracterizou uma população que parou de crescer como uma de
“velhos ruminando velhas ideias em velhas habitações”.

Redesenhando o mapa do mundo


Um dos fenômenos demográficos mais significativos ao longo dos últimos séculos – e com toda a
probabilidade no próximo século também – é a mudança na forma como a população do mundo
está distribuída entre os países. A Figura 5.8 mostra o

F FIGURA 5.8

Distribuição da população mundial

Porcentagem da população mundial

80

70
Ásia
60

50

40

30
África
Europa
20

10
Américas
0

Ano

Fontes: Livi-Bacci (1997), Divisão de População das Nações Unidas (2000).

12 Bloom e Williamson (1998).


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144 CAPÍTULO 5 Tendências Futuras da População

fração da população mundial que vive em cada uma das quatro áreas geográficas: Ásia, África,
Américas e Europa. A figura revela mudanças importantes nos tamanhos relativos da população.
Em meados do século XVII, a Europa e a África tinham populações aproximadamente iguais. Nos
250 anos seguintes, no entanto, a Europa experimentou uma decolagem tanto na renda quanto
no tamanho da população (veja a Figura 4.6), enquanto a população na África estava estagnada.
Em 1900, a população da Europa era quase três vezes maior que a da África. O século seguinte
assistiu a uma inversão das tendências da população, à medida que a fecundidade caiu na
Europa e a esperança de vida (e, portanto, a NRR) aumentou na África. No ano 2000, os dois
continentes eram novamente iguais em tamanho. Em 2050, a África deverá ser três vezes mais
populosa que a Europa. (A previsão na qual esse cálculo se baseia é a discutida na Seção 5.1,
na qual as taxas de fertilidade na Europa e na África se movem para o nível de reposição até
2050.
Alternativamente, se a fecundidade nas duas áreas permanecer constante em seus níveis atuais,
com a Europa abaixo da fecundidade de reposição e a África muito acima dela, então em 2050 a
população da África será mais de cinco vezes maior que a da Europa.)
A população das Américas caiu drasticamente com a catástrofe da “descoberta” europeia.
Somente com a imigração maciça e o crescimento econômico no século 19, a população das
Américas ganhou importância como parte do mundo como um todo. Por outro lado, a participação
da Ásia na população mundial permaneceu aproximadamente constante, entre 54% e 67%,
durante todo o período.
Além dessas redistribuições intercontinentais da população, também haverá mudanças nas
populações relativas dos países. Conforme observado na Seção 5.1, em muitos dos países mais
desenvolvidos, a perspectiva é de redução da população.
Em contraste, em vários países em desenvolvimento, a combinação de fecundidade em queda
lenta e ímpeto demográfico quase garante um aumento maciço da população. Para dar um
exemplo específico, em 1950 a população do que hoje é o Paquistão (40 milhões) era menos da
metade do tamanho do Japão (84 milhões). Em 2000, a população do Paquistão era a ligeiramente
maior das duas (141 milhões contra 127 milhões). Em 2050, as populações deverão diferir por
um fator de três (344 milhões no Paquistão versus 109 milhões no Japão). Mudanças no tamanho
relativo da população dessa magnitude devem ter imensas ramificações políticas e econômicas.

Outro aspecto importante dessas mudanças populacionais é que os países que se espera
que tenham o maior crescimento populacional também são os mais pobres. Assim, a fração da
população que viverá em países que agora são ricos cairá com o tempo. A ONU prevê que a
parcela da população mundial que vive nas regiões atualmente mais desenvolvidas diminuirá de
20% para 13% entre 2000 e 2050, enquanto a fração que vive nos países atualmente menos
desenvolvidos aumentará de 11% para 20%.
Conforme mostrado na Tabela 5.4, essa redistribuição da população pode ter um efeito
importante na taxa de crescimento da renda média no mundo.13 Usando dados

13Divisão de População das Nações Unidas (2000), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (2002). Os dados sobre o
PIB per capita em paridade de poder de compra (PPC) são de uma fonte diferente daquelas usadas em outras partes do livro e, portanto,
não correspondem precisamente.
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5.2 As Consequências Econômicas da Mudança Demográfica 145

F
TABELA 5.4

O Efeito Composição
2000 2050 Taxa de
crescimento
População PIB total PIB por População PIB total PIB por do PIB per
(Milhões) ($ bilhões) Capital ($) (Milhões) ($ bilhões) Capital ($) capita, 2000–2050

Mais desenvolvido 1.191 23.921 20.084 1.181 63.845 54.060 2,00%

Menos desenvolvido 4.207 17.601 4.184 6.312 71.077 11.261 2,00%

Menos desenvolvido 658 800 1.216 1.830 5.990 3.273 2,00%

Mundo 6.056 42.322 6.988 9.323 140.912 15.114 1,55%

Fontes: Divisão de População das Nações Unidas (2000), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (2002).

F IR PARA O OURO

A aplicação desses achados às projeções da


paísesnos
Mudanças terão inúmeros
tamanhos efeitosda população entre
relativos população futura implica uma grande redistribuição nas
relações Internacionais. Uma área em que é possível cotas de medalhas que os diferentes países conquistam.
medir o resultado da competição internacional são as Se as rendas relativas dos países forem constantes e
Olimpíadas. apenas suas participações na população mundial
Tanto a alta renda per capita quanto a alta mudarem, então a parcela do PIB mundial produzida nos
população devem aumentar a contagem de medalhas de um país.países atualmente desenvolvidos cairá de 57% para 45%
Os países ricos ganham mais medalhas porque seus entre 2000 e 2050 (ver Tabela 5.4). Nesse caso,
cidadãos têm mais tempo para se dedicar ao atletismo, esperaríamos uma queda aproximadamente proporcional
melhores instalações para treinamento e, em geral, melhor na participação desses países nas medalhas olímpicas.
saúde. Os países de alta população ganham mais
medalhas porque em uma população maior é provável Ampliar esse efeito serão dois outros fatores.
que haja atletas mais superiores. Primeiro, como vimos, os países com populações de
Os economistas Andrew Bernard e Meghan Busse crescimento lento também verão uma mudança na
analisaram dados sobre quantas medalhas diferentes população para mais idosos – um grupo que não ganha
países ganharam para avaliar os papéis relativos da muitas medalhas olímpicas.
população e da renda per capita.* Eles descobriram que Assim, embora o Paquistão tenha três vezes mais pessoas
ambos os fatores eram importantes, com a população que o Japão em 2050, também se prevê que tenha mais
superando a renda per capita por uma pequena margem. de quatro vezes mais jovens de 20 anos. Em segundo
Especificamente, eles descobriram que dobrar a população lugar, há uma boa possibilidade de que, além dessa
de um país aumentará sua participação nas medalhas redistribuição da população, os países mais pobres
olímpicas em 1,1%, enquanto duplicar o nível de renda alcancem economicamente—
per capita de um país aumentará sua participação nas ou seja, sua renda per capita crescerá mais rapidamente
medalhas olímpicas em 1,0%. Como esses dois efeitos do que a dos países ricos. Esse crescimento da renda
são tão semelhantes em tamanho, uma aproximação também aumentaria sua participação nas medalhas
razoável é que o PIB total de um país – ou seja, o produto olímpicas.
do PIB per capita multiplicado pela população total –
é mais importante para ganhar muitas medalhas. *
Bernard e Busse (2004).
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146 CAPÍTULO 5 Tendências Futuras da População

da ONU, a tabela divide o mundo em três grupos de países. A segunda e quinta colunas
mostram as populações desses grupos de países em 2000 e 2050. As outras duas
colunas do lado esquerdo da tabela mostram o PIB total e o nível médio do PIB per
capita nesses grupos em 2000. Consideramos um cenário simples para o crescimento
econômico: Suponha que entre 2000 e 2050, a renda per capita cresça a uma taxa de
2% ao ano em todos os países do mundo. A princípio, pode parecer que essa suposição
implicaria que a taxa de crescimento da renda média no mundo também seria de 2% –
mas não é o caso. Comparando a renda média per capita em 2050 e 2000 nesse
cenário, obtém-se uma taxa de crescimento de apenas 1,55%. A razão pela qual o nível
médio do PIB per capita no mundo não cresce tão rapidamente quanto a média de cada
país é que o equilíbrio da população está se deslocando para os países mais pobres.
Esse efeito da redistribuição populacional reduzindo a taxa média de crescimento da
renda no mundo é chamado de efeito composição.

O fato de que a fração da população mundial que vive em países atualmente ricos
cairá não significa que a fração da população mundial que vive em países ricos cairá.
A razão é que mais países estão se tornando
rico ao longo do tempo. Assim, o equilíbrio geral entre ricos e pobres no mundo depende
de qual força é mais poderosa: as maiores taxas de crescimento populacional dos
países pobres ou o crescimento da renda que ocorre nesses países pobres.

5.3 CONCLUSÃO
As forças demográficas funcionam lenta mas inexoravelmente. Assim, olhando várias
décadas no futuro, podemos ter confiança em algumas previsões demográficas de uma
forma que não podemos ter confiança em previsões econômicas mais padronizadas.
Podemos estar bastante certos, por exemplo, de que a população mundial como um
todo crescerá para cerca de 9,4 bilhões até o ano 2050, que a taxa de crescimento da
população mundial diminuirá, que o equilíbrio da população mundial se afastará do
países desenvolvidos atualmente, e que a população do mundo desenvolvido
envelhecerá significativamente.
À medida que olhamos para o futuro, no entanto, o quadro demográfico torna-se
cada vez mais nebuloso. As duas maiores áreas de incerteza estão associadas à
fertilidade: a fertilidade no mundo em desenvolvimento cairá para o nível de reposição?
A fecundidade nos países ricos subirá para o nível de reposição? A forma da economia
mundial (assim como muito mais) depende dessas questões.
As mudanças na população previstas para o próximo meio século terão efeitos
positivos e negativos sobre o crescimento econômico. O crescimento populacional mais
lento dará um impulso ao crescimento econômico, reduzindo a necessidade de fornecer
novo capital aos novos participantes da força de trabalho. Em muitos dos países mais
desenvolvidos, as próximas décadas verão um aumento na fração
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Perguntas para revisão 147

da população de idosos e consequente redução da fração de pessoas em idade ativa.


Esse envelhecimento da população desacelerará a taxa de crescimento da renda per
capita. Em contraste com esse “envelhecimento” dos países mais desenvolvidos, nos
países que reduziram recentemente a fecundidade, a população está “amadurecendo”
de maneira economicamente vantajosa – ou seja, a fração da população composta por
crianças é está caindo, e a fração composta por adultos em idade ativa está aumentando.

Entre os países mais pobres, o ímpeto demográfico garantirá que a população


continue a crescer rapidamente nas próximas décadas, mesmo sob a suposição de
que as taxas de fecundidade diminuirão significativamente. Nesses países, os efeitos
benéficos do baixo crescimento populacional e de uma fração menor da população
composta por crianças estão a pelo menos duas ou três décadas de distância. Esses
países também verão uma grande multiplicação no tamanho da população nas
próximas décadas, o que pode afetar o crescimento ao reduzir as quantidades de
recursos naturais disponíveis per capita.
Em dois capítulos posteriores, investigamos questões que estão intimamente
ligadas ao crescimento populacional. No Capítulo 9, traçamos a evolução da tecnologia
em nível mundial. Aqui, a ligação com a população é que um mundo com mais pessoas
terá mais cérebros para apresentar novas ideias e, portanto, mais progresso tecnológico.
No Capítulo 16, examinamos a relação entre o estoque mundial de recursos naturais
e o crescimento econômico. Obviamente, o padrão de vida que a base finita de
recursos em nosso planeta pode suportar depende do número de pessoas que
desfrutarão desse padrão de vida.

TERMOS CHAVE

fertilidade de reposição 125 impulso efeito de


efeito de andamento 129 demográfico 132 composição 146

PERGUNTAS PARA REVISÃO

1. Como a mudança na mortalidade afetou o crescimento 4. Por que o envelhecimento da população nas próximas
populacional no passado? Por que seu efeito será décadas terá efeitos econômicos diferentes nos países
diferente no futuro? desenvolvidos e em desenvolvimento?
2. Que razões existem para esperar que a fecundidade nos 5. Por que a redução da fecundidade leva a um “dom
países desenvolvidos se mova ou não para o nível de demográfico”? Por que esse dom demográfico
reposição? eventualmente desaparece?
3. O que é impulso demográfico? O que isso implica
sobre como as mudanças nas taxas de fecundidade
afetarão o crescimento populacional futuro?
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148 CAPÍTULO 5 Tendências Futuras da População

PROBLEMAS
1. A tabela a seguir mostra os dados do país de Fantasia. Metade das mulheres morre aos 40 anos e metade vive até
Fantasians vivem no máximo cinco anos. Outra peculiaridade os 60 anos. A partir de 2005, cada mulher tem exatamente
do país é que não há homens – a população é composta uma filha aos 20 anos. Qual é a estrutura etária da
inteiramente por mulheres (que, no entanto, são capazes de população feminina no ano de 2025? Em 2045? Em 2065?
se reproduzir). Usando esses dados, calcule a população de
Fantasia no ano de 2001. 6. Suponha que em um determinado país, a TFR caiu para
zero e permaneceu lá. Suponha também que não houve
imigração ou emigração.

Fertilidade Probabilidade Desenhe um gráfico mostrando como a fração da


Idade (a (Crianças de sobreviver população em idade ativa mudaria ao longo do tempo.
partir do último População por até o próximo
Imediatamente após a redução da fecundidade, a fração em
Aniversário) em 2000 Mulher) Era
idade ativa aumentaria ou diminuiria? Por quanto tempo
0 100 0,0 1,0
essa tendência continuaria? Depois de quantos anos a
1 100 0,8 1,0 fração em idade ativa atingiria seu máximo? Seu mínimo?
2 100 0,8 1,0
3 100 0,0 0,5 7. Em 1950, 57,9% da população dos Estados Unidos estava
4 100 0,0 0,0 em idade de trabalhar. Em 1965, apenas 51,2% da
população estava em idade ativa. Calcule o efeito dessa
2. Qual é a sua previsão da taxa de crescimento da população mudança na demografia sobre a taxa de crescimento anual
mundial no ano 2200? Especificamente, será do PIB per capita.
aproximadamente zero, maior que zero ou menor que zero? 8. “Por causa da baixa fecundidade, a população do nosso país
Defenda sua resposta usando tantos fatos, teorias está envelhecendo. O grande número de idosos, em
econômicas e assim por diante, quanto possível. comparação com a população em idade ativa, está
3. Suponha que a partir de 2010, o Japão diminuindo nosso padrão de vida. A melhor maneira de
e o Quênia tiveram os mesmos TFRs. Como suas taxas de remediar essa situação é aumentar a fertilidade.”
Comente esta afirmação. Está correto a longo prazo? No
crescimento populacional se comparariam? Por que eles
seriam diferentes? curto prazo?

4. Usando os dados da Tabela 5.2, calcule quanto a mudança 9. Suponha que o mundo tenha apenas dois países
no crescimento populacional entre o período 1950-2000 e tentativas. A tabela a seguir fornece dados sobre suas
2000-2050 afetaria o nível de produção estável por populações e PIB per capita. Também mostra as taxas de
trabalhador no modelo de Solow para os países mais crescimento da população e do PIB. As taxas de
desenvolvidos. crescimento da população e do PIB per capita em cada país
nunca mudam.
5. Suponha que um país tenha a seguinte estrutura etária feminina
no ano de 2005: uma. Qual será a taxa de crescimento da população mundial
ser no ano 2000? Após 2000, a taxa de crescimento da
população mundial aumentará ou diminuirá? Explique por
População
Era (milhões) quê. Desenhe um gráfico mostrando a taxa de crescimento

0–20 60 da população mundial começando em 2000 e continuando


no futuro. Para qual taxa de crescimento a população
21-40 40
mundial se move no longo prazo?
41–60 20
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Problemas 149

b. Desenhe um gráfico semelhante mostrando o crescimento c. Desenhe um gráfico semelhante mostrando o crescimento
taxa do PIB mundial total. média do PIB per capita no mundo.

Taxa de crescimento de Taxa de crescimento de

População PIB por População PIB per capita


País em 2000 Capitã em 2000 (% por ano) (% por ano)

País A 1.000.000 1.000 0 2

País B 1.000.000 1.000 2 0

Para exploração e prática adicionais usando o Online Data Plotter e conjuntos de dados, visite
www.pearsonhighered.com/weil.
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6 CAPÍTULO

CAPITAL HUMANO

Até agora, tratamos


constante entreo os
trabalho,
paísesoeinsumo humano
ao longo na produção,
do tempo. Mas, nacomo
verdade, a qualidade
Dê um peixe a um do trabalho que uma pessoa fornece pode variar enormemente. Um trabalhador
homem e você o alimentará pode ser fraco ou forte, doente ou saudável, ignorante ou educado. Na experiência
por um dia. Ensine um homem do dia-a-dia, vemos que as pessoas que têm melhor mão de obra para fornecer—
a pescar e você o alimentará aqueles que são particularmente inteligentes ou que podem trabalhar incansavelmente
por toda a vida.
– são capazes de ganhar salários mais altos. O mesmo tem sido verdade para
-Provérbio chinês pessoas mais fortes durante grande parte da história, embora raramente seja verdade
nos países desenvolvidos hoje. (Mas os atributos físicos ainda importam: um estudo com
trabalhadores nos Estados Unidos e Canadá descobriu que aqueles considerados com
aparência acima da média ganharam 12% a mais do que trabalhadores com qualificação semelhante
que foram considerados com aparência abaixo da média.1 )
Neste capítulo, exploramos a ideia de que as diferenças na qualidade dos
trabalhadores são uma explicação para as diferenças de renda entre os países. Não
esperaríamos que diferenças na qualidade do trabalho explicassem todas as diferenças
de renda que vemos ao nosso redor (como já expusemos algumas outras razões pelas
quais as rendas diferem, e sabemos que mais virão); mas queremos ver quão grande é
a contribuição para essas diferenças na qualidade do trabalho.
As qualidades do trabalho em que nos concentramos recebem o nome coletivo de
capital humano porque compartilham várias qualidades importantes com o capital físico.
Em primeiro lugar, assim como no capital físico, focamos nas qualidades das pessoas que
são produtivas – isto é, características que lhes permitem produzir mais. Em segundo lugar,
concentramo-nos nas qualidades que são produzidas, assim como dissemos que um aspecto
fundamental do capital físico é que ele próprio é produzido. Veremos que o investimento na
produção de capital humano é uma despesa importante para uma economia. Terceiro, assim
como o capital físico, o capital humano tem retorno. A maneira pela qual um retorno é obtido
difere entre os dois, no entanto. O capital humano tem retorno dando ao trabalhador que o
possui um salário mais alto, e só o faz enquanto ele está trabalhando, enquanto o capital
físico pode ganhar seu retorno enquanto seu dono está relaxando na praia. Finalmente,
assim como o capital físico, o capital humano se deprecia.

1
Hamermesh e Biddle (1994).

150
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6.1 Capital Humano em Forma de Saúde 151

6.1 CAPITAL HUMANO EM FORMA DE SAÚDE


À medida que um país se desenvolve economicamente, a saúde de sua população melhora. Esta
melhoria na saúde é uma evidência direta de que as pessoas estão levando uma vida melhor. Em
outras palavras, a saúde é algo que as pessoas valorizam por si só. Mas a saúde também tem um
lado produtivo: pessoas mais saudáveis podem trabalhar mais e por mais tempo; eles também
podem pensar com mais clareza. Alunos mais saudáveis podem aprender melhor. Assim, uma
melhor saúde em um país aumentará seu nível de renda. É esse aspecto produtivo da saúde – isto
é, a saúde como forma de capital humano – que agora exploramos.

O Efeito das Diferenças de Saúde na Renda

À medida que os países se desenvolvem, seu povo fica maior. A altura média dos homens na Grã-
Bretanha aumentou 9,1 centímetros (3,6 polegadas) entre 1775 e 1975. Da mesma forma, em
1855, dois terços dos jovens holandeses tinham menos de 168 centímetros (5 pés, 6 polegadas),
mas hoje o número tem caiu para 2%. Essas mudanças são puramente atribuíveis a mudanças no
ambiente porque a composição genética dessas populações mudou muito pouco.2

Tal como acontece com muitas das mudanças que examinamos neste livro, a mudança na
estatura física em muitos países em desenvolvimento foi paralela à mudança nos países
desenvolvidos, exceto que começou mais tarde e prosseguiu mais rapidamente. Por exemplo, a
altura média dos homens sul-coreanos na faixa dos 20 anos aumentou 5 centímetros (2 polegadas)
entre 1962 e 1995.
A principal explicação para essas melhorias na altura é a melhor nutrição. Na Grã-Bretanha,
a ingestão diária de calorias por homem adulto aumentou de 2.944 em 1780 para 3.701 em 1980.
Da mesma forma, na Coréia do Sul o consumo diário de calorias por homem adulto aumentou de
2.214 para 3.183 entre 1962 e 1995.3 A altura serve como um bom indicador de desnutrição,
particularmente desnutrição vivida no útero e durante os primeiros anos de vida. A falta de alimento
é uma adaptação biológica a uma baixa oferta de alimentos porque as pessoas baixas precisam de
menos calorias para sobreviver.
As pessoas atrofiadas pela desnutrição também são menos saudáveis. Mais significativamente,
a mesma desnutrição que causa escassez também se reflete em menores habilidades como
trabalhador. (A escassez nem sempre indica desnutrição ou saúde precária — também reflete a
predisposição genética de uma pessoa. Nos Estados Unidos, onde a maioria dos adultos era bem
nutrida quando crianças, há pouca relação entre a altura de um homem e seu salário;
especificamente, uma taxa de 1% a diferença de estatura está associada a uma diferença de 1%
nos salários. No Brasil, onde a desnutrição é extensa, uma diferença de 1% na altura está associada
a uma diferença de 7,7% nos salários .

2
Fogel (1997).
3
Os dados sobre altura e consumo de calorias na Coréia são de Sohn (2000).
4
Strauss e Thomas (1998).
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152 CAPÍTULO 6 Capital Humano

O historiador econômico Robert Fogel tentou quantificar a contribuição da nutrição


aprimorada para o crescimento econômico no Reino Unido nos dois séculos entre 1780 e
1980. A nutrição aprimorada aumentou a produção por dois meios: primeiro, trazendo pessoas
para a força de trabalho que, de outra forma, foram fracos demais para trabalhar e, segundo,
permitindo que as pessoas que trabalhavam trabalhassem mais. Fogel calculou que em 1780
os 20% mais pobres dos adultos do Reino Unido estavam tão mal nutridos que não tinham
energia para sequer uma hora de trabalho manual por dia. Em 1980, esse tipo de desnutrição
havia sido completamente eliminado e todos os adultos estavam bem nutridos o suficiente
para trabalhar. Essa mudança por si só teria aumentado a quantidade de produção por adulto
por um fator de 1,25. Entre os adultos que estavam trabalhando, Fogel calculou que o aumento
da ingestão calórica permitiu um aumento de 56% na quantidade de mão de obra que poderia
ser fornecida.
Juntando esses dois efeitos, uma nutrição melhor aumentou a produção por um fator de 1,25
* 1,56 = 1,95. Ao longo de 200 anos, houve um aumento de 0,33% ao ano.
Dado que o crescimento real da renda per capita no Reino Unido durante este período foi de
1,15% ao ano, a melhoria da nutrição pode ser vista como tendo produzido um pouco menos
de um terço do crescimento geral da renda.
Embora o trabalho de Fogel se concentre no efeito da nutrição na capacidade de realizar
trabalho físico, também há um efeito na capacidade mental. Isso foi demonstrado em um
estudo controlado randomizado realizado na Guatemala durante o período de 1969-1977.
Pares de aldeias semelhantes foram identificados. De cada par, uma aldeia foi designada
aleatoriamente para receber um tratamento de um suplemento alimentar diário distribuído
gratuitamente a toda a população. O suplemento era uma bebida energética rica em proteínas
conhecida como atole. As aldeias de controle também receberam suplemento diário, mas esta
era simplesmente uma bebida com sabor de frutas sem proteína e um terço das calorias do atole.
Subsequentemente, os pesquisadores acompanharam adultos que eram crianças nas
aldeias de tratamento e controle na época do experimento. Eles descobriram que aqueles
que cresceram nas aldeias tratadas obtiveram pontuações significativamente mais altas em
testes de leitura e cognição não verbal, e também concluíram mais escolaridade em média.5

Nos países desenvolvidos hoje, a maioria das pessoas está bem nutrida. Mas em grande
parte do mundo em desenvolvimento, a desnutrição ainda é generalizada. A Figura 6.1 mostra
a relação entre o produto interno bruto (PIB) per capita e o número de calorias disponíveis
para consumo por dia. Os países mais ricos têm uma oferta calórica entre 3.000 e 3.500 por
dia; nos países mais pobres, o fornecimento diário de calorias é inferior a 2.000. Os níveis de
nutrição mostrados nesta figura subestimam a verdadeira extensão da desnutrição em vários
países porque são médias nacionais e não levam em conta as desigualdades na distribuição
de alimentos dentro dos países. Por exemplo, na América Latina, os 20% mais ricos da
população têm um consumo alimentar per capita 50% maior do que o dos 20% mais pobres.

5
Maluccio et ai. (2008).
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6.1 Capital Humano em Forma de Saúde 153

F FIGURA 6.1

Nutrição versus PIB per capita

Fornecimento diário de calorias per capita, 2007

4.000

Estados Unidos
França
3.500
Peru
México
Brasil
3.000 China

Japão
Nigéria

2.500
Índia
Zimbábue

2.000

Congo,
Dem. Representante

1.500
100 1.000 10.000 100.000
PIB per capita real, 2009 (dólares de 2005)

Fontes: banco de dados FAOSTAT, Heston, Summers e Aten (2011).

a população.6 Assim, mesmo em países com alimentos suficientes em média, a parte mais
pobre da população está desnutrida. Em todo o mundo, cerca de 925 milhões não têm comida
suficiente para comer.
Essas diferenças na nutrição são paralelas às diferenças na saúde. Uma maneira de
medir o nível médio de saúde em um país é observar a expectativa de vida ao nascer. A
Figura 6.2 mostra uma forte relação entre expectativa de vida e PIB per capita. A maioria dos
países mais pobres do mundo tem uma expectativa de vida inferior a 60 anos, enquanto entre
os países mais ricos, a expectativa de vida varia entre 75 e 82 anos. Outras medidas de
saúde pintam um quadro semelhante. Por exemplo, a fração de mulheres não grávidas que
são anêmicas é em média de 48% para o quarto mais pobre dos países, mas apenas 18%
para o quarto mais rico dos países.7
Esses dados estabelecem que há grandes variações na saúde entre países ricos e
pobres e que essas diferenças podem contribuir para diferenças de renda entre os dois
grupos. Agora nos voltamos para a questão de onde essas diferenças de saúde se originam.

6
Rosen e Shapouri (2001).
7
Shastry e Weil (2003).
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154 CAPÍTULO 6 Capital Humano

F
FIGURA 6.2

Expectativa de vida versus PIB per capita

Expectativa de vida ao nascer, 2009


90

Japão

80

Nicarágua
Estados Unidos
70

Turcomenistão

60
Índia
Botsuana

50 Nigéria
Congo, Dem. Representante

Zimbábue
40
100 1.000 10.000 100.000
PIB per capita real, 2009 (dólares de 2005)

Fontes: Heston, Summers e Aten (2011), banco de dados de Indicadores de Desenvolvimento Mundial.

Modelando a Interação de Saúde e Renda


Na seção anterior, vimos que as melhorias na nutrição, ao permitir que os trabalhadores
funcionem de forma mais eficaz, contribuíram significativamente para o aumento da renda per
capita. Mas esta é apenas uma parte da história. Uma nutrição melhor não é apenas um
contribuinte, mas também um resultado de uma renda mais alta, porque as pessoas nos
países mais ricos podem comprar mais e melhores alimentos.
O que é verdade para a nutrição é verdade para a saúde em geral. As pessoas mais
ricas podem pagar melhores insumos para a saúde, como vacinas, água potável e condições
de trabalho seguras. Entre os países ricos da Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), há uma média de 2,2 médicos por mil habitantes; no mundo em
desenvolvimento, a média é de 0,8; e na África Subsaariana, a média é de apenas 0,3,8 e
pessoas mais saudáveis são melhores trabalhadores. Assim, para compreender a relação
entre saúde e renda, é importante perceber que ambas são variáveis endógenas. (Lembre-se
do Capítulo 3 que definimos um

8
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (2000).
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6.1 Capital Humano em Forma de Saúde 155

F FIGURA 6.3

Como a saúde interage com a renda

Saúde, h

Efeito da saúde na renda, y(h)

Efeito da renda na saúde, h(y)

Renda per capita, y

variável endógena como aquela determinada dentro de um modelo econômico, em contraste


com uma variável exógena, que é tida como dada quando analisamos um modelo.)
A Figura 6.3 ilustra a interação entre saúde e renda. O eixo horizontal mede a renda per
capita, y, e o eixo vertical mede a saúde dos trabalhadores, que denotamos como h. A curva
rotulada y(h) mostra o impacto da saúde no nível de renda per capita. Para valores mais
altos de h, os trabalhadores são capazes de produzir mais, de modo que a curva é inclinada
para cima. A segunda curva, h(y), mostra o impacto da renda per capita na saúde. Essa
curva também é ascendente, mostrando que renda mais alta melhora a saúde. Mas observe
que essa curva se achata em altos níveis de renda. Esse achatamento capta a ideia de que
os efeitos benéficos da renda sobre a saúde são mais pronunciados em níveis mais baixos
de renda.
A intersecção das duas curvas da Figura 6.3 determinará os níveis de equilíbrio de
renda e saúde. Para ver as implicações do modelo, considere uma mudança na renda que
não está relacionada à saúde. Ou seja, suponha que por alguma razão exógena – por
exemplo, uma melhoria na tecnologia produtiva – trabalhadores de qualquer nível de saúde
possam agora produzir mais. Conforme mostrado na Figura 6.5, tal mudança deslocará a
curva y(h) para a direita. Se não houvesse mudança na saúde dos trabalhadores, o aumento
da produção corresponderia ao aumento da produtividade. Este efeito é mostrado como o
movimento do ponto A para o ponto B na Figura 6.5. No entanto, como a figura deixa claro,
este não é o fim da história. O aumento da produção vai melhorar
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156 CAPÍTULO 6 Capital Humano

F SAÚDE E RENDA PER CAPITA: DUAS VISTAS

supõe-se que os dois países tenham a mesma


Os saudáveis
países pobres têm populações
em comparação comque não
os países função y(h), de modo que, para um dado nível de
ricos. Também há pouca dúvida de que aumentar a saúde, os dois países tenham o mesmo nível de renda.
renda em um determinado país melhorará seu nível Em equilíbrio, os dois países têm níveis de renda
de saúde e que melhorar a saúde em um país diferentes, no entanto, por causa de seus diferentes
aumentará seu nível de renda. A questão que fica ambientes de saúde.
em aberto nesta análise é: qual é a fonte primária O Painel (b), “Visão de Renda”, assume o
das diferenças tanto na renda quanto na saúde entre oposto: que todas as diferenças entre os países têm
países ricos e pobres? Especificamente, as forças suas raízes em aspectos da produção que não
que impulsionam essas diferenças vêm principalmente estão relacionados à saúde – por exemplo, na
do lado da saúde ou do lado da renda? acumulação de capital físico ou tecnologia. Em
Podemos expor essa questão de forma mais qualquer nível de saúde, o País A produz mais
formal usando um diagrama como os que acabamos produto do que o País B. Assim, a função yA(h) fica
de examinar. Considere dois países, A e B. O país à direita de yB(h). Nesse caso, assumimos que os
A é mais saudável e mais rico que o país B. Em dois países têm a mesma função h(y), de modo que
cada um dos dois painéis da Figura 6.4, os pontos para um dado nível de renda, os dois países têm o
A e B representam esses “dados” sobre os dois países. mesmo nível de saúde. Assim como no primeiro
O que não podemos observar diretamente são as painel, em equilíbrio, os países diferem tanto em saúde quanto em
funções h(y) ey(h) que determinam esses pontos. Como os dois painéis deixam claro, diferenças
Diferentes combinações dessas duas funções em h(y) ou y(h) são suficientes para explicar as
podem explicar os dados que observamos. diferenças observadas em saúde e renda entre os
O painel (a), “A Visão da Saúde”, assume que países. Qualquer uma das histórias é logicamente
todas as diferenças entre os países têm suas raízes consistente no sentido de que pode se encaixar nos
nos ambientes de saúde dos países – isto é, em dados sobre como a renda e a saúde diferem entre
outras coisas além da renda que também afetam a os países. Para descobrir qual história está correta,
saúde (por exemplo, a presença ou ausência de teríamos que procurar dados adicionais.
doenças tropicais ). O ambiente de saúde é resumido As duas possibilidades retratadas na Figura
na função h(y). Assumimos que esta função no País 6.4 são obviamente extremas. Quase todos os
A, rotulada hA(y), é maior do que a função economistas concordam que, no mundo real, as
correspondente no País B, hB(y). Assim, em diferenças de renda entre os países são explicadas
qualquer nível de renda, o País A tem melhor saúde por diferenças nas curvas y(h) e h(y). A questão
do que o País B. Por outro lado, que é muito debatida é qual canal é relativamente

saúde dos trabalhadores, e esta saúde melhorada irá retroalimentar para produzir um
aumento adicional na produção. Assim, haverá um efeito “multiplicador” pelo qual um
aumento inicial na produtividade produzirá um aumento maior na produção. Isso é mostrado
como o movimento do ponto B para o ponto C na Figura 6.5.
Da mesma forma, podemos usar esse modelo para pensar nos efeitos de melhorias
exógenas na saúde, como as resultantes da introdução de uma nova vacina ou
medicamento. Essa melhoria deslocará a curva h(y) para cima — em outras palavras, em
qualquer nível de renda, os trabalhadores serão mais saudáveis. Assim como uma melhoria
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6.1 Capital Humano em Forma de Saúde 157

mais importante. Uma escola de pensamento sustenta tinham os mesmos níveis de renda per capita. Sob esse
que quase todos os problemas de saúde relativos nos ponto de vista, o ambiente de saúde precário nos países
países pobres são resultado de serem pobres. Em outras pobres é a causa de seus baixos níveis de renda.* No
palavras, se esses países elevassem seu nível de renda Capítulo 15, voltamos ao assunto das diferenças
per capita ao nível dos países ricos, também teriam o na saúde entre os países ao explorarmos o papel da
mesmo nível de saúde dos países ricos. A outra escola geografia em afetar a saúde
de pensamento sustenta que existem grandes diferenças meio Ambiente.
no ambiente de saúde entre países ricos e pobres que
persistiriam mesmo se os dois grupos de países *Acemoglu, Johnson e Robinson (2001); McArthur e
Sachs (2001).

F
FIGURA 6.4

Saúde e renda per capita: duas visualizações

(a) A Visão da Saúde (b) A Visão de Renda


Saúde, h
Saúde, h
yB(h) yA(h)
y(h)

feno) h(s)
UMA

hB(y)
UMA

B B

Renda per capita, y Renda per capita, y

na produtividade, esse tipo de melhoria exógena na saúde produzirá um efeito


multiplicador: trabalhadores mais saudáveis produzirão mais, e o nível mais alto de
produção permitirá uma melhor nutrição, melhorando ainda mais a saúde.
Essas melhorias exógenas na saúde tornaram-se especialmente significativas no
século XX. Muitos dos avanços que reduziram a mortalidade também levaram a uma
melhor saúde em geral. Por exemplo, no sul dos Estados Unidos antes da Primeira Guerra
Mundial, o parasita ancilostomídeo, que causa anemia, exaustão e retardo do crescimento
físico e mental, desempenhou um papel significativo na contenção do desenvolvimento econômico.
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158 CAPÍTULO 6 Capital Humano

F
FIGURA 6.5

Efeito de uma mudança exógena na renda

Saúde, h
y(h)

h(s)

UMA B

Renda per capita, y

Aumento na renda Aumento na renda


por deslocamento devido à saúde
exógeno multiplicador

Chamado de “germe da preguiça” por um jornalista contemporâneo, a ancilostomíase infectou até 42%
da população do sul em 1910, e estimava-se que os portadores da doença ganhavam apenas metade
do que os trabalhadores saudáveis. Após intensos esforços de saúde pública, a prevalência da doença
diminuiu acentuadamente na década de 1930.9 Em muitas partes do mundo, o controle da malária,
que foi grandemente auxiliado pela invenção do pesticida DDT durante a Segunda Guerra Mundial,
teve um impacto igualmente dramático efeito na produtividade.

6.2 CAPITAL HUMANO EM FORMA DE EDUCAÇÃO


As pessoas trabalham com suas mentes, bem como seus corpos. De fato, nas economias
desenvolvidas, a capacidade intelectual é muito mais importante do que a capacidade física na
determinação do salário de uma pessoa. Por essa razão, o investimento que melhora o intelecto de
uma pessoa – em outras palavras, a educação – tornou-se a forma mais importante de investimento em capital hu

9
Ettling (1981).

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