Você está na página 1de 69

, .

Area Complementar
CI C NFERÊNCIA & CÔ •. ·.A /

Geometria Plqna Proporcional


~~~~·
-~~ ·
,Integrando Fragmentos._.da _His'tória da Matemática
Área Complementar -
CIRCUNFERÊNCIA e CÔNICA, pegou de certa
forma o mundo cientifico de surpresa, uma
vez que a maioria dos pesquisadores, tem
suas idéias voltadas para área de interesses
outras que não a geometria euclidiana.
A idéia de que a geometria euclidiana é o
único modelo possível do espaço tisico
sucumbe, e os físicos começam a aproveitar
os novos modelos, que adequem-se melhor a
descrição de fenômenos que têm lugar em
escala astronômica. O espaço, como
realidade física, escapa definitivamente do
controle de uma só teoria geométrica para
cair em perversas vinculações com o tempo,
dentro da concepção einsteniana. A
geometria se fragmenta em uma pluralidade
de teorias alternativas, em função dos .
axiomas selecionados, que podem dar conta
de diferentes classes de problemas
formulados no espaço físico.
Klein, em seu programa de erlagem, 1874,
consegue a síntese das geometrias,
baseando-se na noção de grupo de
transformações, que lhe permite introduzir
distinções entre os diferentes tipos de
geometria existentes.
As geometrias ficam subordinadas a um
grupo único, do que chegam a ser casos
particulares. Mais, então, a geometria
morreu, absorvida pela teoria das estruturas,
de natureza algébrica. Atualmente se
considera que a geometria está esgotada,
em quanto teoria matemática independente:
enquanto as relações da geometria com o
resto da matemática tiveram status claro,
não existiam problemas no ensino da
geometria. Freud Dewthal (1964)
lamentando esta situação, constata um fato!
No s·istema bourbakista a geometria não
existe. Nas revistas de critica bibliográficas
o que se inclui sob a denominação de
geometria compreende menos de 5% do total
de artigos de pesquisa registrados.
Este texto foi extraido do livro Didática da Matemática
por Cecília Parra e lrma Saiz, Artes Médicas, 1996
Área Complementar
CIRCUNFERÊNCIA & CÔNICA

Editora
Europa
Copyright© 2004 Antônio Pereira Lima

Edição
EUROPA Empresa Gráfica e Editora Ltda.
Rua Riachuelo, 109 - Rio de Janeiro - RJ - 20230-010
Tel.: (21) 3970-0807
e-mail.: mondrian@rio.com.br

Editortr.ção Eletrônica
Imagem & Texto Ltda.

Capa
Domingos Sávio

ISBN 85-7091-031-2

Impresso no Brasil
Integrando Fragmentos da História da Matemática

Area Complementar
CIRCUNFERÊNCIA & CÔNICA

Geometria Plana Proporcional

Antônio Pereira Lima


Ex.:
Professor Concursado do Est. RJ
Professor Concursado do Est. MG
Contratado pelo Colégio
Estadual Brigadeiro Nóbrega
Atualmente: Colégio Estadual Honório Lima
Para pedidos deste livro:
Prof. Antônio Pereira Lima
Tel.: (21) 3421-3145 - Cel.: 9365-2201
e-mail: areacomplementar@bol.com.br
Cx. Postal: 26030 - Realengo
Prefácio

É preciso duvidar, questionar, indagar,


conjecturar, procurar caminhos, imaginar
construções, pesquisar interconexões,
forçar o raciocínio e exercitar a mente.
Do livro Medida e Forma em Geometria,
Elon Lages Lima, da SBM

Esta obra é uma nova edição revista e atualizada do livro


Área Complementar, do mesmo autor, editada em produção
idependente.
Em volume único, é dividida em duas partes, sendo a pri-
meira referente ao Teorema de Pitágoras e a circunferência, e a
segunda às cônicas planas regulares, sendo está última a prin-
cipal alteração.
Agradeço à minha esposa Sebastiana Maria Barbosa Lima e
minha mãe Arma Pereira de Jesus, pelo apoio e o carinho a
mim dedicado, às quais dedico esta modesta obra.

3
Apresentação

A obra Área Complementar - Circunferência e Cônica, nas- -


ceu da necessidade de responder a várias perguntas dos meus
alunos, e as indagações do meu próprio espírito, que não se
conformam com as fórmulas prontas do tipo:

a2 = b2 + c2 V= i 1tR3

S =1tR2 n = 3,14 y=x2

Obra didático pedagógica, que visa debater e encaminhar


soluções alternativa que venham simplificar, facilitar a com-
preensão, aumentar o grau de precisão e confiabilidade nos
cálculos.
É urna obra de resgate a medida que busca as origens da
geometria, recorre às construções geométricas auxiliares para
demonstrar o Teorema de Pitágoras, através das leis de seme-
lhança de Tales.

Obra Futurista

A medida que descobre a área proporcional do círculo, a


proporcionalidade entre corda e arco, a quadratura do círcu-
lo. Demonstra que o seno de um arco vale tanto quanto a al-
tura do triângulo retângulo a ele circunscrito; e que oco-seno
nada mais é, senão a projeção maior dos catetos sobre a
hipotenusa. A descoberta da área complementar do círculo, e

5
ANTÔNIO PEREIRA LIMA

o cálculo de urna área bem maior para o círculo de raio unitá-


rio, sugere-nos pensar que desta vez, se tem uma real alterna-
tiva para o Cálculo Infinitesimal e Integral.

Obra de Vanguarda

A proporção que cria um novo método de cálculo, denomi-


nado Área Complementar, concebido a partir de uma nova
divisão da circunferência, e o aplica com sucesso, as superfí-
cies cônicas planas regulares, achando o raio de curvatura, as
coordenadas de um ponto sobre as cônicas, sua Área Máxima,
o Comprimento do arco e o equivalente angular de seu arco.
Obra modesta, organizada em duas partes, sendo a p ri-
meira referente ao Teorema de Pitágoras e a circunferência, e
a segunda às cônicas planas regulares. Aparentemente não
existe grandes similitudes entre a cônica plana e a circunfe-
rência, pelo menos somos educados para tratá-las como coi-
sas ,distintas. Na verdade, as cônicas dependem tanto da cir-
cunferência, quanto nós do oxigênio, sem o qual, não existi-
ríamos. Por outro lado, sem o círculo as cônicas não podem
ser dimensionadas.
A obra Área Comp !ementar - Circunferência e Cônica repre-
senta o coroamento de um trabralho de pesquisa individual,
sem precedente no campo da geometria plana, e se destina a
estudantes do ensino médio, professores, alunos dos cursos
de graduação, pós-graduação, aperfeiçoamento e reciclagem,

Dados Históricos
A Academia Platônica de Atenas tornou-se o centro mate-
mático do mundo, e dessa escola provieram os principais mes-
tres e pesquisadores durante o meado do quarto século a.C.

6
ANTÔNIO PEREIRA LIMA

Desses, o maior foi Eudoxo de Cnido (408-355 a.C.), discípulo


de Platão que tornou-se o mais célebre matemático e astrôno-
mo de seu tempo.
Matemáticos anteriores parecem ter sugerido que se tentas-
se inscrever e circunscrever figuras retilineas dentro e fora da
curva, e ir multiplicando-se indefinidamente o número de la-
dos; mais não sabiam corno terminar o argumento, pois não
conheciam o conceito de limite.
Segundo Arquimedes, foi Eudoxo quem forneceu o lema
que hoje tem o seu nome, e que serviu de base para o método
de exaustão, equivalente grego do Cálculo Integral.
Os gregos usaram esta propriedade para provar o teorema
sobre as áreas e volumes de figuras curvelíneas. De todas as
curvas, além do círculo e reta, que deveriam ser visíveis pela
experiência diária, a elípse deveria ser a mais evidente, pois
está presente sempre· que um círculo é olhado obliqüamente,
ou~sempre que um tronco de cilindro é serrado diagonalmente
- no entanto a primeira descoberta da elípse parece ter sido
feita por Menacmus como um simples subproduto da pesqui-
sa em que a parábola e a hiperbole eram as que mais ofereciam
as propriedades necessárias à solução do problema de Delos.
Começando com um cone circular reto simples, tendo um
ângulo reto no vértice (um ângulo gerador de 45º), que cortan-
do-o por um plano perpendicular a um elemento da curva de
interseção tal que sua equação pode ser escrita na forma y2 =Zx,
onde l é urna constante que depende da distância do plano ao
vértice.
Corno se vê, a idéia de mensurar as superfícies curvelineas
preenchendo o seu espaço interno com figuras simples do tipo
quadrado, retângulo, triângulo, prisma ou cubo, de área ou
volume facilmente claculável é antiga; todavia, não chegou até
nós corno fazer isto.
Eudox de Cnido (408-355a.C.), Arquimedes Siracusa
(287a.C., aproximadamente), Apolônio (300-200a.C.), Viéte,

7
ANTÔNIO PEREIRA LIMA

Descartes, Fermat, Cavalieri (1635-1647), Kepler, Galileu Gafüei


(1604-1638), Simpson, Pancelet (1746-1818); foram alguns dos
que se tem notícias dos seus trabalhos sobre cônicas, constru-
ção das cônicas com régua e compasso e com um cordão, o
cálculo das coordenadas de um ponto sobre elas, cálculo de
área e comprimento de um arco cônico, sempre foi objeto de
grandes polêmicas.

Criticas

Para alguns as cônicas são curvas algébricas, que podem


ser expressas por uma equação do 2º grau. Para outros podem
ser representadas por uma função. O certo é que malgrados os
esforços dos matemáticos de todos os tempos, as cônicas con-
tinuam a desafiar a inteligência da humanidade.
A construção das cônicas regulares com um cordão, nos
possibilitou a encontrar aquilo que se chamou equação da
elípse, com esta equação acreditava-se ser possível calcular as
coordenadas de um ponto qualquer sobre elas.
A criação dos focos foi importante por ser talvez a primeira
tentativa de se dividir um dos semi-eixos da cônica. A sua im-
portância se deve ao fato de servirem de pontos de fixação do
cordão para fins de construção das cônicas.
A meu ver, não é assim que as coisas funcionam, a idéia dos
franceses Mont (1713-1814) e Pancelet (1746-1818) de traçar uma
cônica plana em função de uma das coordenadas de um arco
de 45º, de uma circunferência que tem como raio um dos semi-
eixos, projetada sobre um deles. Resolve o problema das coor-
denadas de apenas um ponto sobre a cônica.
A importância deste método está no fato de se buscar pela
primeira vêz, auxílio da circunferência para se calcular as co-
ordenadas de um ponto sobre as cônicas.

8
,
lndice

PARTE 1- Circunferência
Área Complementar
Reflexões sobre o Teorema de Pitágoras .................................. 13

Capítulo 1
Demonstração do Teorema de Pitágoras
Demonstração do Teorema de Pitágoras ................................... 15
Cálculo do Raio de Curvatura .................................................... 16
Demonstração do Teorema de Pitágoras em função do
triângulo retângulo isósceles ...................................................... 17

Capítulo li
Relações métricas no Triângulo Retângulo Escaleno
Cálculo da mediatriz .................................................................... 19
Cálculo da Altura ......................................................................... 20
Cálculo das projeções ................................................................... 22
Comparação entre um triângulo retângulo escaleno e um
triângulo retângulo escaleno circtmscrito ................................. 23
Cálculo dos segmentos SH e LT ............................................. 24
Cálculo dos segmentos OH e AH ........................................... 25

9
ANTÔNIO PEREIRA LIMA

Capítulo Ili
Área Proporcional do Circulo
Área proporcional do círculo, ..................................................... 27
.---..
Area proporcional do quadrante circular AOB ......... ............... 28
Expressão da área proporcional do círculo ............................... 29
Proporcionalidade entre corda e arco ........................................ 29
Cálculo dos segmentos AF e MF ............................................ 30
Cálculo da tangente A T .............................................. :.............. 31
Cálculo do seno SH ...... ..... ......................................................... 31
Cálculo do co-seno OH .............................................................. 31
Área proporcional do setor ÓAs ................................................ 32
Área proporcional sobre o setor ÓAs ........................................ 33
Área proporcional do círculo ..................................................... . 33
Área proporcional sobre o círculo .............................................. 33

Capítulo IV
Área Complementar do Cfrculo
, .---..
Area complementar do setor circular OAS ........ .. .................. :.. 35
Área complementar dos segmentos circulares HAS e ÀsÍ, .... 35
, .---..
Are a complementar do setor circular OAS ............................... 36
Área complementar do círculo .... ............................................... 36
Quadratura do círculo ................................................................. 36
Cálculo do segmento correspondente a tangente AT ........... 37
Cálculo dos segmentos SH e TL ............................................ 38
Cálculo da Área Complementar do Círculo ....... ...................... 40

10
ANTÔNIO PEREIRA LIMA

Cálculo dos segmentos GT e AT ............................................. 41


- -
Cálculo dos segmentos OH e AH ............................................ 42
Cálculo dos segmentos TL e SH ............................................... 42
Área Complementar do Setor OAS ............................................ 44
, .__.,
Are a Complementar Sobre o Setor OAS ................................... 44
Área Complementar do Círculo ................................................. 44
Limites da Área Complementar do Setor Circular OAS ........ 45
, --------
Limites da Are a do Setor Circular OAS .................................... 45
Área Complementar do Círculo ................................................. 45

Resumo .............................................................................................. 47

Dados Bibliográficos ................................................................. 49

PARTE li - Cônica ............................................................... 51


Capitulo 1
Divisões Complementares Sucessivas ......................................... 55

Capitulo li
Divisões da Cônica em Seções Retangulares Notáveis .......... 61

11
Área Complementar
Reflexões sobre o Teorema de Pitágoras

Introdução

A demonstração do Teorema de Pitágoras e o conseqüente


cálculo das relações métricas no triângulo retângulo escaleno
aconteceram por acaso. Alguém, conhecedor das leis de seme-
lhança de Tales, comparando, triângulos semelhantes gerado
por construção geométrica auxiliar; aplicou as proporcionali-
dades entre os lados homólogos de dois triângulos semelhan-
tes para calcular os segmentos correspondentes a altura, e as
projeções dos catetos sobre a hipotenusa.

Dados Históricos

Um estudioso refletindo sobre a história da matemática se


sente como se fosse um indivíduo perdido na floresta Amazô-
nica, sem mapa ou qualquer instrumento que o possa orientar
no caminho de volta.
Com calma e equilíbrio o itinerante vislumbra determina-
dos marcos distribuídos ao longo da história da matemática
que uma vez decifrado e estudado convenientemente, seus
conteúdos conduzirão certamente o viajor ao ponto de parti-
da. Entre esses pontos, os mais importantes são: o Teorema de
Pitágoras, o Número PI, a Quadratura do Círculo, a Quadratura
da Parábola e a Trisseção Angular.

13
ÁREA COMPLEMENTAR - CIRCUNFERÊNCIA

Crftica do Teorema de Pitágoras

O Teorema atribuído a Pitágoras certamente não é de sua


autoria. Sua demonstração através das leis de Tales nos mostra
a possibilidade de que o mais importante dos Teoremas da
humanidade não seja de Pitágoras e sim de Tales, que viveu
antes da era Pitagórica. Não existe registro de que Tales seja
autor de tal Teorema. Prefiro acreditar na versão de que esse
Teorema, seja um conhecimento perdido no tempo e que che-
gou até nós através da transmissão oral.

"O quadrado construido sobre a hipotenusa é igual a soma dos


quadrados construidos sobre os catetos"

Figura 1
e
Por Hipóteses: a 2 = b 2 + c 2
A prática mostra, que a igualdade
e b
a 2 = b 2 + c 2 , é verdadeira. Todavia
a pergunta persiste: Como se
chegou a tal igualdade?

Existe nos livros de geometria plana pelo menos uma de-


monstração desse Teorema. Particularmente não gosto de tal
demonstração não geométrica, viciada , onde o ponto de par-
tida já é previamente o ponto de chegada.

NOTA: Tales de Mileto (624-548 a.C)


Pitágoras de Somos (580~500 a. C)
Vejam mais detalhes da vida desses geometras na História da
Matemática de Cais B. Boyer.

14
Capitulo 1

Demonstracão do .)

Teorema de Pitágoras
Após anos de tentativas, resolvi demonstrar o Teorema de
Pitágoras através da aplicação das Leis de Tales. Para tanto
desenvolvi a construção Geométrica auxiliar abaixo:
B

Figura 2
e A

Demonstracão
'
Dado o triângulo RetânguloAOB, achamos a mediatríz deAB.
Esta corta o semi-eixo OX1, no ponto C. Por M baixamos uma
perpendicular MH gerando os triângulos BOA, CMH e CMA.
1. · Os triângulos BOA e CMH são semelhantes por terem dois
lados paralelos.

a) OB CH
=-=-
-======
OA MH

b) OB CH
-======--=-
OA OB
2
15
ÁREA COMPLEMENTAR - CIRCUNFERÊNCIA

e)

2. Por construção:
a) OH=AH
b) AC=CH+AH

e)

-2 -2
d) AC= OB ~A
20A

NOTA: O segmento AC é o raio da circunferência que passa pelos extremos


dos semi-eixos OA e 08, também chamado de Raio de Curvatura_
Era conhecido dos antigos, vejam o problema 300 do livro Elemen-
tos de Geometria, de Raja Gabaglia, F. I. C. 1957.

3. Os triângulos BOA e AMC são semelhantes, por terem la-


dos mutuamente perpendiculares:
a) AB AC
OA AM
AB AC
b) -=====----====-
OA AB
2

e)
AB
--=-
2
ÕB +
2
o;;r
20A 20A

d)

NOTA: Esta igualdade é verdadeira para valores de OA e 08 constantes e


diferentes de zero.

16
ANTÔNIO PEREIRA LIMA

4. Demonstração do Teorema de Pitágoras em função do


Triângulo Retângulo Isósceles

i?<--=:-------'-"T"'-----,, p

Figura 3
Dado um semi-círculo de raios 0B e OA;
a ele circunscrevemos o retângulo
OBPAP 1B1 , traçamos as cordas AB, OP,
AB 1 e MM 1 ; gerando os triângulos
retângulo BOA e OMMr

Os triângulos BOA e OMM 1 , são


congruentes.

Os segmentosOD =OF por construção. Em conseqüên-


- -
eia MF=AD.
Traçamos a diagonal do quadrado OEMD o segmento DE

5. Os triângulos OFJ e FMI são semelhantes por terem os la-


dos mutuamente paralelos.
Tome,x= LF

a) OF
-
MF
--
OJ FI

R R
b)
2+x 2-x R

~ ~~-(~-xr~+x
e)
r:' ~(~ +x )'
17
ÁREA COMPLEMENTAR - CIRCUNFERÊNCIA

d) R R
-=-+x
✓ 2 2

R R
e) x=---
.fi 2

2R-R✓2 2R✓2-2R R.fi-R


f) X=
2✓2 4
= 2

- R R✓ 2-R
g) OF=-+ ·
2 2

h) 1 OF~R;2 1

NOTA: O cálculo da hipotenusa, depende somente da comparação de


triângulos retângulo semelhantes. O que se denominou chamar
de Teorema de Pitágoras é apenas o resultado dessa comparação.

6. a) OF= OP
2

b) OP R.fi
- =--
2 2

e) 1 OP=R✓2 I

2
d) OP =2R 2

2
e) OP =R +R
2 2

NOTA: Pela primeira vez se calculou a diagonal do quadrado através das


leis de semelhança de Tales.

18
Capftulo li

Relacões Métricas no:,

Triângulo Retângulo Escaleno

7. Relações Métricas no Triângulo Retângulo Escaleno.


B

Figura 4

Dado um triângulo retângulo AOB. A mediatriz de AB,


corta o prolongamento de OA em um ponto C E OX 1
AC é o raio da circunferência que passa pelos vértices A e B;
também denominado Raio de Curvatura.
-2 -2
AC= OB +OA
20A

CM é a mediatríz de AB, denominada Apótema.

8. Cálculo do Segmento· CM:


O Triângulo CMA é Retângulo.

a) CM=~Ac' -( ~BJ

19
ÁREA COMPLEMENTAR - CIRCUNFERÊNCIA

e)

d)

e)

f)

9. Cálculos dos Segmentos CL e OH:


Os triângulos COL e OHA são semelhantes por terem os
lados respectivamente paralelos.
- -
a) CL OH CM
'"==='"=-===-
oc OA AC
--
OC.CM
b) CL=
AC
--
OA.CM
e) OH=
AC

20
ANTÔNIO PEREIRA LIMA

-2 -2 -
OB -OA x OB ..JoA2+0B2
20A 20A
d) CL = __,_____ ______..,__ _ _ _ __
ÕA2 +ÕB2
20A

e)
CL = (002 - ÕA2) c5B✓ÕA2 + ÕB2 x 20A
2 2 2
40A OA +OB

f)

10. a) OH= OA.CM


AC

ÕA.c5B✓5B2 + ÕA2
b) OH= 20A
ÕA2 +ÕB2
20A
2
ÕA.ÕB✓ÕA
2
e) OH= + 00 X 2ÕA
2 2
20A OA +OB

OH= ÕA.ÕB✓ÕA2 + ÕB2 .


d) 2 2
OA +OB

O segmento OH é altura do triângulo BOA e o seno do


ângulo OBA.

11. Cálculo dos Segmentos AH e OL :


Os triângulos CLO e OHA são semelhantes por terem os
lados respectivamente paralelos.

21
ÁREA COMPLEMENTAR - CIRCUNFERÊNCIA

OL AH AM
12. a)====-=-
OC OA AC

b) OL= OC.AM
AC
2 2 2 2
OB -OA )OB +OA
- ~ =- X - - --
-
e) ÜL= 2OA . 2
2
OA +õif
2OA
2 2 2 2
d) -OL= [ºB -OA ])0B
----- ------x-- +OA 2OA
---
2OA 2 OA2 +OB2

OL = (ÕB2 -ÕA2) )OB2 +ÕA2


e) 2 2
2(OA +OB )

f) AH=OA.AM
AC

g)

h)

NOTA: A possibilidade de se achar as relações métricas, através das leis


de semelhanças de Tales, mostra-nos o verdadeiro significado dos
elementos de um triângulo retângulo. Veja item 15.

22
ANTÔNIO PEREIRA LIMA

13. Cálculo do segmento .BH :

a) BH=AB~AH
2
b) BH = ✓OA.2 + 00 2_ OAJ__OA~00 2 2
. OA +OB

e)
BH = .jQA2 + 002 002
2 2
OA +OB

d)
BH = rnf ✓OA.2 + 002
2 2
OA +OB

O segmento BH é projeção do cateto maior sobre a


hipotenusa, também denominada co-seno do ângulo OAB.

14. Comparação entre um Triângulo Retângulo Escaleno e um


Triângulo Retângulo Escaleno Circunscrito.
B

Figura 5
o D H A T1

1 5. Lema: Em todo triângulo retângulo escaleno circunscrito


a um ângulo central menor que 45º, a hipotenusa repre-
senta a secante, o cateto maior o raio e o cateto menor a
tangente.

23
ÁREA COMPLEMENTAR - CIRCUNFERÊNCIA

16. Dado o triângulo retângulo OAT circunscrito num círcu-


lo de raio R, o segmento AJ (altura), representa o seno
de AOT. Os segmentos OJ e OH, representam o co-seno
------- O co-seno é um segmento de reta gerado por
d e AOT.
rebatimento.

17. Demonstração:
Cálculo dos Segmentos SH e LT :
Os triângulos OHS e SLT são semelhantes por terem os
lados respectivamente paralelos.

a) os -
-
ST
-
OT
-
SH TL AT

b) SH=RAT
OT

e) SH= RAT
✓R 2 +AT 2

d)
RAT ✓R 2 +AT 2
SH= 2
R 2 +AT

--
ATST
e) TL=
OT

AT ST ✓R 2 +AT
2

f) TL= 2
R 2 +AT

24
ANTÔNIO PEREIRA LIMA

18. Cálculos dos Segmentos OH e AH:

a) os ST
-- - -- - -
OT
OH AH R

b) OH= R2
OT

R 2 ✓R 2 +AT
2
-
e) O H = - - - 2- -
R2 +AT

d) AH=RST
OT

e) AH= RST
✓R 2 +AT 2

f)
AH= R sr ✓R2 +AT2
2
R 2 +AT

NOTA: O seno é altura do triângulo retângulo circunscrito. Veja Elemen-


tos de Trigonometria de Raja Gabaglia.

25
Capitulo Ili
I

Area Proporcional
do Circulo
O Número 7C
Plé um Número Irracional. Representa a área de um círculo
de raio unitário desenvolvida em função de um ângulo central
a, que divide o círculo em um certo número de partes. A cada
a 1 temos um setor de área diferente, variando o setor circular,
a área do círculo varia, tendendo para o seu valor limite, quan-
do o ângulo central assume o valor de 32º.
O grande erro dos antigos foi procurar um número com o
qual pudessem encontrar a área do círculo, ao invés de desen-
volver diferentes alternativas de cálculo para a área do círculo.
A busca dessas novas alternativas culminou com a desco-
berta da área proporcional.
19. Área Proporcional do Círculo.

Figura 6
A área de um quadrante circular
OAB de raio R, pode ser delimitada.
Delimitar a área de um quadrante
circular, é circunscrever a ele um
quadrado OAPB.

27
ÁREA COMPLEMENTAR • CIRCUNFERÊNCIA

20. O___g_uadrado OAPB, circunscrito ao quadrante circular


AOB, pode ser decomposto de modo nele inscrevemos o
quadrado ODME, inserir entre o quadrado OAPB e círcu-
lo um micro quadrado MGPG, e gerarmos nos extremos
dos raios perpendiculares os retângulos DAGM e MEBG,
de áreas congruentes.

21. Observando o retângulo MDAG, verifica-se que o arco ÁM


divide a sua área em duas partes aditivas, proporcionais
aos lados do retângulo a ele circunscrito, gerando os seg-
mentos circulares I-ÍAS e ÀSL.

22. Tome o retângulo DAGM:


Seja S1 a área da parte convexa.
· Seja S2 a área da parte côncava.
a) S1 S2 MD.AD
- = - -====- = -- --
MD AD MD+AD
--2-

b) S1= MD .AD
MD+AD

----2

e) S2= MD.AD
MD+AD
,--..._ ,--..._
Os segmentos circulares MAD e MBE são congruentes.

23. Área Proporcional do Quadrante Circular OAB


, ----
Are a proporcional do quadrante circular OAB é igual a
área do quadrado ODME nele inscrito, mais duas vêzes a
área do segmento convexo Di\M:.

S=MD2 +2(MD2xAD]
MD+AD

28
ANTÔNIO PEREIRA LIMA

24. Área proporcional do Círculo:


Área proporcional do círculo é igual a quatro vêzes a área
do quadrante circular.

S-{MD +2(g:~J]
2

25. A análise da área proporcional aponta para existência de


valores bem maiores do que aqueles registrados na histó-
ria da matemática para a área do círculo.
O raciocínio veio rápido e seguro.
Se podem existir valores maiores deve existir um valor
maior que todos os demais. Em síntese, deve existir um
valor máximo.
Lema: Se urna secante divide urna corda ao meio, seu arco
também fica dividido ao meio.
Se a partir da origem A, tornamos um ângulo V, a corda
fica dividida em duas partes , na razão V
(45-V)

Proporcionalidade entre corda e arco


As cordas são diretamente proporcionais aos arcos.
B

Figura 7
o D H A

29
ÁREA COMPLEMENTAR - CIRCUNFERÊNCIA

NOTA: Se uma corda AB num círculo de raio R é cortada num ponto D por
um raio OD, então AC/ AB=senADI senDB. Menelau 100 d. e.

26. Cálculo dos Segmentos AF e MF .

a) AF MF AM
- =(45-V) - -45-
V

b)
~ 5

e) 1 MF~(45-:tM 1

27. Cálculo do Segmento MC:


Os triângulos OAF e MFC são semelhantes por terem dois
lados paralelos.

a) AF MF
OA MC

28. Cálculo do Segmento · GC:


Os triângulos OAF e MFC são semelhantes por terem dois
lados paralelos.

b) GC= OA.MF AD
AF

30
ANTÔNIO PEREIRA LIMA

e)

29. Cálculo dos Segmentos GT e AT:


Os triângulos AOT e CGT são semelhantes por terem dois
lados respectivamente paralelos.

a) GC R R+GC
-=---=- =
GT AT AG
--
AG.GC
b) GF=
R+GC

e)
RAG
AT=
R+GC

30.OATéumtriânguloretânguloemÂ,porconstrução SH = AJ .

a) OT= ✓OA 2 +AT 2

b) SH= AT.OA
2
✓OA 2 +AT

b)
OH= R2 ✓0A.2 +AT2
2 2
OA +AT

e) os ST OT
=- - =-
OH AH R

d) OH= R2 OH R
⇒ ---=
OT R · oT

31
ÁREA COMPLEMENTAR • CIRCUNFERÊNCIA

e) AH= R ST ⇒ AH = ST
OT R OT

f)
SH TL AT
-== ⇒ =
R ST OT

g)

h) TL= ST.AT ⇒ TL ST
OT AT OT

NOTA: A possibilidade de se calcular a área proporcional do círculo inau-


gura uma nova Era para a matemática, uma vez que este método
pode ser aplicado também às cônicas planas e aos paraboloides.

31 . Área do triângulo OHS:

OH.SH
s=---
2

32. Área do triângulo SLT:


SL.TL
s=--
2

33. Seja S1 a área do segmento@.


Seja S2 a área do segmento ASL.

34. TEOREMA: O arco AS divide a área do retângulo circuns-


crito ALSH em duas partes aditivas, proporcionais aos la-
dos do ret~lo ~e circunscrito, gerando os segmentos
circulares HAS e ASL.
-- -2- --2
S1 _ S 2 _ SH.AH S _ SH .AH S _ SH.AH
SH- AH- SH+AH ⇒ 1 - SH+AH 2
- SH+AH

32
ANTÔNIO PEREIRA LIMA

35. Área Proporcional do Setor Circular OAS:

s= OH.SH + SH .AH
-- -2-

2 SH+AH

36. Área Proporcional sobre o Setor Circular OAS:


--2
S = SL.TL + ~-A~
2 SH+AH

3 7. A Área Proporcional do Círculo é igual a 360 vêzes a área


do setor circular dividido pelo ângulo a.

-S =
360-[-OH.SH
a
- - + =SH
2
~=
2
.AH
SH+AH
= l
38. A Área Proporcional sobre o Círculo é igual a 360 vêzes a
área sobre o setor OAS dividido pelo ângulo a.

- =
s 360
a
- [SL.TL
---+=
2
SH.AH
~==
SH+AH
2
l

33
Capitulo IV
,
Area Complementar
do Circulo
38. Área Complementar do Setor Circular OAS.
Sabemos por Lema anterior:
B

Figura 8
o

a) S1 = S2 ⇒ S1 = S2 ⇒ Í = S2 =SH.AH
SH AH SH AH R ST 1
AT R OT OT

- R ---
b) S1 ==(SH.AH)
OT

- ST - - -
e) S2 ==(SR.AH)
OT

35
ÁREA COMPLEMENTAR - CIRCUNFERÊNCIA

39. Área Complementar do Setor Circular ÓAS:


A Área Complementar do Setor Circular OAS é igual a
área do triângulo OHS nele inscrito, mais a Área Comple-
mentar do segmento convexo ASH.

§ = SH.OH + R (SH.AH)
2 OT
40. Área Complementar do Circulo:
A Área Complementar do Círculo é igual a 360 vêzes a
área do setor circular, dividido pelo ângulo central corres-
pondente ao setor circular. Se a = 32°, a área do circulo
será máxima.

§ = 360
a
[SR.OH + OTR (SH.AH)l
2

Quadratura do circulo:

Figura 9
o D H A

41. Dada a construção auxiliar semelhante a descrita no item I,


trace simultaneamente as cordas AM e DG .
Pela interseção dessas retas tiramos uma paralela RH à
-- -- ..--....
MD . Pelo ponto S, onde RH corta o arco AM, trace a
secante OC que corta AM e AG nos pontos F, S e T.
..--.... ..--....
Tome os arcos AS e MS iguais a 32º e 13º, respectivamente.
Cálculo dos Segmentos AF e MF :
- -
a) AF MF 0,7653669R
32° 13º 45°
36
ANTÔNIO PEREIRA LIMA

b) AF = ü,5442609R 1

e) MP= o,221106R 1

42. Cálculo do Segmento MC :


Os triângulos OAF e FMC são semelhantes por terem dois
lados paralelos.

a) AF MF 0,221106R 2
-=====- - -========- =
OA MC 0,5442609R
b) MC = 0,40625R

43. Cálculo do Segmento GC:


a) GC=MC-AD
b) GC = 0,1133568R

44. Cálculo dos Segmentos GT e AT:


Os triângulos OAT e CGT são semelhantes por terem os
lados respectivamente paralelos.

a)
GT AT AG
GC OA GC+OA

b) GT=~C.AG
GC+OA

e) 1 GT = 0,0719943R

d) AT=~A.AG
GC+OA

e) AT = 0,6351125R

37
ÁREA COMPLEMENTAR - CIRCUNFERÊNCIA

45. Por construção:


R✓2+2R
a) OH=
4

b) 1 OH = O,8535534R 1

e) AH= 0,1464466R

d) OT = R✓(0,6351125)2 + 1

e) 1 OT = 1,1846383R 1

46. Cálculo dos Segmentos SH e TL :


Os triângulos OHS e SLT são semelhantes por terem os
lados respectivamente paralelos.

a) TL SH 0,6351125R
----=----=
0,1464466R 0,8535534R 1R

b) SR= 0,5421024R 1

e) TL = 0,0930101R 1

4 7. Área Proporcional dos Segmentos ÁSH e ASH.


Por Lema anterior:
Seja S1 a área da parte convexa.
Seja S2 a área da parte côncava.

a) S 1 _ S2 _ SH.AH
-===---===--
SH AH SH+AH
-2-

b) s1 = SH .AH => O,ü 43 ü37 R 2 = O 0625039R 2


SH+AH 0,688549 '

38
ANTÔNIO PEREIRA LIMA

--2

e) S = SH.AH ⇒ O,Oll 6263 R 2 = O 0168852R 2


2
SH+AH 0,688549 '

d) sl = o,062so39R 2
e) 52 =0,0168852R 2

48. Área do triângulo retângulo OHS:

a) S= OHxSH
2

2
b) 1 S = 0,2313567R

49. Área Proporcional do Setor OAS:

a) AT = 0,63551125R SH = 0,5364601R
OT = 1,1846383R OH= 0,8441395R
OA=R AH= O,1558605R

b) S= 0,2313567R 2 +0,0625039R 2 = 0,2938606R 2

49. Área Proporcional do Círculo.

a) 5 = 360 [ÕH.SH + SH .AH


e a 2
2

SH+AH
l
b) Se = 36 º[O 2938606)R 2
32 '

e) Se= 3,3059315R 2

39
ÁREA COMPLEMENTAR - CIRCUNFERÊNCIA

50. A área do setor circular OAS pode ser dada em função do


quadrado do seno do arco a ele correspondente SH, se
este dividir o raio em·duas partes, tais que:

51. Área do Setor Circular OAS:


2
a) S = SH

b) S = 0,293875R 2

52. Área Quadrangular do Círculo:


36
a) Se = 32º[O ' 293875R 2 ]

b) 1 ~ = 3,3060938R 2
1

NOTA: A área da circunferência é relativa, ela varia em função do


ângulo central a que for desenvolvida.

53. Cálculo da Área Complementar do Círculo:


Exemplo:
Seja AOB uma construção auxiliar conforme e já descrita
no item I. --.. --..
Tome os ângulos OAS = 32º e MOS = 13º
Cálculo dos Segmentos AF e MF :

a) AF MF AM
- - -- --
32 13 45

b) AF MF 0,7653669R
- =- - =
32 13 45

40
ANTÔNIO PEREIRA LIMA

e) 1 AF = 0,5442609R 1

d) 1 MP= ü,221106R 1

54. Cálculo do Segmento MC :


Os triângulos OAF e FMC são semelhantes por terem dois
lados paralelos.

a) AF MF
---
OA MC
0,221106R 2
b) MC=
0,5442609R

e) 1 MC=0,40625R 1

55. Cálculo do segmento GC :


a) GC=MC-AD
b) GC = O,4025R - O,2928932R

e) GC = 0,1133568R

56. Cálculo dos Segmentos GT e AT:


Os triângulos OAT e CGT são semelhantes por terem dois
lados paralelos.

a) GT AT AG
-------
GC OA GC+OA
b) GT = GC.AG ⇒ ·o,1133568x0,7071068R
GC + OA 1,1133568

e) 1 GT=0,0719943R 1

41
ÁREA COMPLEMENTAR - CIRCUNFERÊNCIA

d) AT = OA.AG = R x 0,7071068R
GC+OA l,1133568R

e) 1 Af = o,635112SR 1

57. Cálculo da Secante OT :

a) 0T = ,j(0,6351125) 2R 2 + R 2

b) 1 ÕT = 1,1846383R 1

58. Cálculo do Segmento OH e AH:


Os triângulos OHS e SLT são semelhantes por terem dois
lados paralelos.

a) OS ST OT
-=- ==-=====- = -
OH AH R

b) OH=R2
OT

e) 1 OH= 0,8441395R 1

d) AH= RST
OT

e) 1 AH= O,1558605R 1

59. Cálculo dos Segmentos TL e SH:

a) OS ST bT
-=-=-===~
SH TL AT

42
ANTÔNIO PEREIRA LIMA

b)

e)
SH = 0,6351125R
l,1846383R

d) 1 SH = ü,5361236R 1

e)

f) 1 TL = o,989883R 1

60. Área Complementar dos Segmentos ASHe ASH:


Lema: O arco AS divide a área do retângulo SHAL em
duas partes proporcionais aos lados do retângulo a ele cir-
cunscrito.
--
S1 - S2 ç::> S1 = S2 S1 = S2 = AH.SH
a) -=--=== ⇒
SH AH SH AH OS ST 1
- -
AT OA OT OT
- R ---
b) S 1 = =(SH.AH)
OT

e) 1 51 = O,0705367R 2

- ST - - -
d) S2 ==(SH.AH)
OT

e) 1 S2 = o,0130238R 2

43
ÁREA COMPLEMENTAR - CIRCUNFERÊNCIA

61. Área do triângulo OHS:

a) S= OH.SH
OT
2
b) 1 S = 0,22628816R I

62. Área do triângulo SLT:


SL.TL
a) s=--
2

b) 1 s = 0,0705367R 2

63. Área Complementar do Setor AOS:

a) § = OH.SH + R (SHAH)
2 OT
b) S= 0,2262816R 2
+ 0,0705367R 2

e) 1 S= 0,02968183R 2 I

64. Área Complementar sobre o Círculo:


A área sobre o círculo é igual a 360 vêzes a área do setor,
dividido pelo ângulo ex.

s= o,2333025R 2

65. Área Complementar do Círculo:


360
a) §= xO 2968183R 2
32 '

b) § = 3,3392059R 2

44
ANTÔNIO PEREIRA LIMA

66. Limites da Área Complementar do Setor Circular OAS:


B

Figura 10
Dado um círculo de raio R, conforme
construção auxiliar ao lado.
A secante OC forma um ângulo a
com o raio OA .
o D H A

Lema: A área do setor OAS é maior que área do triângulo


OHS, nele inscrito e, menor que a área do triângulo OAT a
ele circunscrito.

6 7. Limite da Área do Setor Circular OAS:


Define-se como sendo limite da área do setor circular OAS,
área máxima do setor circular, o valor da área complemen-
tar OAS, quando o ângulo a atinge 32º.

a) § = OH.SH + R (SH.AH)
max 2 OT

2
b) 1 Smax = Ü,2968183R I

68. Área Complementar do Círculo:


360 2
a) Smax = X O 2968183R
1
32

b) 1 Smax = 3,3392059R 2

NOTA: A descoberta da Área Complementar do Círculo e o conseqüente


limite desta área, representa um feito sem precedentes na
história da matemática.

45
Resumo

• A demonstração do Teorema de Pitágoras através da aplica-


ção das leis de semelhança de Tales.
• O cálculo das relações métricas nos triângulos retângulo.
• A idéia de que a todo círculo é possível circunscrever e ins-
crever um quadrado.
• A decomposição do círculo em superfícies notáveis.
• A divisão do círculo em função do lado do octógono inscrito.
• A proporcionalidade entre corda e arco.
• A constatação de que o seno representa a altura e oco-seno
a projeção do cateto maior sobre a hipotenusa.
• A descoberta da área proporcional do setor circular.
• A quadratura do círculo.
• A área complementar do setor circular.
• O limite da área complementar do setor circular OAS.

Todas essas pequenas descobertas foram de grande impor-


tância para que chegássemos a Área máxima do círculo.
Método simples, descoberto quando se desejava provar que
,....-..._
um arco AM divide a área do retângulo a ele circunscrito em
duas partes aditivas, proporcionais aos seus próprios lados.
A Área Complementar conduzirá certamente a matemática
às suas raízes históricas. Ao mesmo tempo assistimos perple-
xos, o declínio do algebrismo arrogante comprometendo as
estruturas do Cálculo Infinitesimal e Integral de Newton.

47
ÁREA COMPLEMENTAR - CIRCUNFERÊNCIA

Por outro lado, presenciamos o soerguimento daAritimética,


Simplificando demonstrações e aumentando o grau de
confiabilidade nos cálculos.
A palavra integrar significa reunir partes, formar o todo, com-
plementar a unidade. Segundo Ruth Rocha, integrar tem senti-
do mais amplo, não é privilégio somente dos matemáticos.
Um Carro por exemplo, tem seus componentes fabricados
em diversos lugares.
As montadoras por sua vêz, os reúne, integra-os para for-
mar o carro. Assim, as costureiras, os marceneiros, pedreiros,
cozinheiros e muitos outros profissionais, integram natural-
mente, sem que estejam presos às cansativas regras de deriva-
ção e integração.
Integrar é muito mais que um sinal de integração.
Em primeiro lugar é preciso saber o que é integrar. E para
que integrar. Encontramos em geometria diversos segmentos
de reta, área, volume, que não podem ser calculados de uma
só vez, através de uma fórmula.
Muitas vezes para se calcular a medida de um segmento de
reta, a área de uma superfície curvilínea, ou o volume de um
sólido arredondado, torna-se necessário secioná-los, calcular
o comprimento, área ou volume das partes. Em seguida, reú-
nem-se essas pequenas porções, dependendo de cada caso, a
parte conhecida dos mesmos; realizando assim operações de
integração.
A diagonal do quadrado, o seno, ocos-seno, a tangente e a
secante são calculados po~ integração.
A área do círculo, da parábola e os volumes dos corpos re-
dondos de um modo geral, são calculados por integração.

48
ANTÔNIO PEREIRA LIMA

Dados Bibliográficos

• Geometria Elementar de FT.D. Irmão Isidoro Dumont Livra-


ria Fçº. Alves Nova edição 1924 - São Paulo
• Elementos de Geometria. Padre Francisco Comagnon 1876 -
Gautheir - Villr, Imprimeur Libraire
• Geometria Elementar. E. Combatte - Antiga Livraria Germe -
Bailliere - ET. 1893
• História de Matemática. Jacques Boyer - Gautheir - Villars,
Imprimevel Libraire - 1900
• Curso de Trigonomia. Timótio Pereira - Francisco Alves 1913
• Elementos de Geometria. F. Cabrita - Segunda Edição melho-
rada - Companhia Industria de Papelária 1894.
• Medida e Forma em Geometria. Elon Lages Lima - Sociedade
Brasileira de Matemática.

49
Cônica

2 2
A equação da elipse é ;.. + y 2 = 1, a ordenada de um ponto
a b
2
sobre a parábola é y=x •
A área da parábola é 1Cab.
A área situada entre a parábola e o retângulo a ela circuns-
crito é ab .
3
A área sob uma curva é igual a J: xdx .
O motivo da ampliação da obra Área Complementar, com
mais dois capítulos sobre as cônicas se deve a necessidade de
atender ao meu espírito, e a sensibilidade daquelas pessoas
que mesmo não sendo especialistas em matemática, percebem
a existência de uma defasagem entre valores de áreas e de co-
ordenadas de um ponto sobre as cônicas obtidos através de
fórmulas prontas, e os valores calculados por métodos não or-
todoxos, os quais desenvolveremos nos próximos capítulos.
O objetivo deste trabalho é buscar soluções geométricas não
ortodoxas, alternativas para as cônicas que possam simplifi-
car, facilitar a compreensão e aumentar o grau de precisão e
confiabilidade nos cálculos.

Morfologia das cônicas


As cônicas são superfícies planas, contínuas, retangulares e
não-regulares.

51
ÁREA COMPLEMENTAR - CÔNICA

Podem ser encontradas na natureza, dando formas aos cor-


pos, follias, frutos e sementes.
Atraído pela beleza e suavidade de suas formas, o homem,
desde as eras mais remotas, as admiraram e as incorporaram
no seu dia-a-dia, dando a seus utensílios de uso doméstico,
bem como a seus objetos de adôrno, tal forma geométrica.
Tão cobiçadas, o homem, resolveu construí-las; para isto,
teve que mensurá-las; conhecer o tamanho dos seus semi-ei-
xos, calcular sua área, saber o comprimento e a equivalência
angular do seu arco.
Definição: geometricamente, definimos as cônicas como
superfícies virtuais, figuras geradas por sombras; ou pela tra-
jetória descrita por um móvel.
Os seus semi-eixos são perpendiculares e não congruentes.
Dados os pontos P 1 (x1,y1) e Pz(x2,yz), situados sobre uma
cônica e um ponto origem P(0,0).
As distâncias que separam PP1 e PP2 , da origem são não
constantes.
Figuras deformadas, mono divisível, sem existência real.
Construídas por régua e compasso, nada mais são que su-
perfícies de interseção.
Cada ponto da cônica, depende da circunferência, que pas-
sa pelos extremos dos seus semi-eixos.
Artesanalmente, podem ser montadas através de retallio de
circunferência.
Sobre elas, não valem as leis de semelliança de Tales, ou as
relações métricas nos triângulos retângulo.
O cálculo das coordenadas de um ponto, e das tangentes, a
uma cônica, são possíveis, somente, quando tratadas como uma
seção da circunferência.
As tangentes às cônicas, são não perpendiculares às secantes
que partem do seu centro.
As secantes que dividem o ângulo reto formando pelos semi-
eixos, não dividem a corda da cônica na mesma razão.

52
ANTÔNIO PEREIRA LIMA

Toda cônica plana tem um centro e um raio de curvatura.


Raio de curvatura é o raio da circunferência que passa pelos
extremos dos seus semi-eixos.
Toda secante tirada do centro de curvatura de uma cônica,
divide os lados do retângulo a ela circunscrito, a corda e o
arco cônico, gerando pelo menos dois pares de triângulos se-
melhantes.
Dado um ponto P, de ordenada conhecida sobre uma cônica,
a abscissa deste ponto, pode ser calculada em relação ao cen-
tro de curvatura.

53
Capítulo 1

Divisões Complementares
Sucessivas

1. Dado um segmento de reta AB e um ponto C sobre ela.


Se o ponto C divide sucessivamente AB , na razão p / q.
Exisirá K e K 1, funções de p / q; tal que K +K 1 =1, onde K e K 1 são
definidos como sendo razões complementares, em relação a
unidade.
Ex.: Tome o Segmento de reta AB.

A e D B

Figura 1

2. Seja: BC =P
AC q

BC
3. AB = P
AC q
AB

Tome: BC = K ➔ BC = KAB
AB

AC - -
==K 1 ➔ AC=K 1 AB
AB

55
ÁREA COMPLEMENTAR - CÔNICA

BC K p
4. -=--==-=-
AC Kl q

5. 1S._ _ P Invertendo.os meios;


K1 q

K Kl 1
60 -=-=--
p q p+q

K=_P_
p+q

__ q_
K1 -
p+q

Continuando a divisão:
- - -
7. a) CD_ DB _ BC
-----
K K1 1

b) CD=KBC

e) DB =K 1BC

d) CD=K 2 AB

f) AD=AC+CD
AD =K 1AB+K 2 AB
AD+BD=AB

g) K 1 AB+K 2 AB+K1KAB =AB

h) Kl + K 2 + K1K = 1

56
ANTÔNIO PEREIRA LIMA

j) 1-K+K 2 +(1-K)K=1

2
k) 1-K+K 2 +K-K =1

l) 1 =1

LEMA: Se dois ou mais pontos dividem um segmento de reta, em dois


segmentos aditivos, cada um a cada um.
Cada ponto de divisão é como se o outro não existisse.

B. BC= p
AC q

BC
9. AB =P
AC q
AB

10. BC =K e AC =K1
AC AB

11. BC = KAB e AC = K 1 AB

K Kl K+K1
13 . - =-=---
p q p+q

57
ÁREA COMPLEMENTAR - CÔNICA

K = p(K+K1)
p+q
14.
K1 = q(K+K1)
p+q

-- -
15. AC+BC=AB

16. K 1 AB+KAB = AB

17., K 1 +K= 1

18. BD M
=--
AD N

BD
AB _ M
19. = --
AD N
-
AB

BD
20. = =.a
AB

21. AD=~
AB

_ {BD =ABa
22
AD=~AB

a M
23. - = -
~ N

24. ~ =_ê_- a+~


M N M+N

58
ANTÔNIO PEREIRA LIMA

M(a+~)
a=--~
(M+N)
25.
~= N(a+~)
M+N

26. AD+BD=AB

27. ~AB+aAB=AB

28.1 ~+a=l 1

29 _ M(a+~)+N(a+~)=l
M+N M+N

30. M + N =1
M+N M+N

59
Capítulo li

Divisões da Cônica em
Seções Retangulares Notáveis

B G1 p

E
Figura 2
Dado uma cônica OAB de semi -eixos
OA e 08, a ela circunscrevemos o
retângulo OAPB.
Traçamos a secante OP e a corda
AB.
o J D A OP corta o arco AB no ponto M.

Pelo ponto M, baixamos as perpendiculares MD e ME, aos


semi-eixos OA e OB .
Os segmentos MD e ME dividem as metades superiores
dos semi-eixos, sobre os quais eles caem, em duas partes pro-
porcionais, aos próprios semi-eixos.
Os triângulos FMI e MGP são semelhantes:

31 . FI + MG = OA
MI PG OB

61
ÁREA COMPLEMENTAR - CÔNICA

33. FI + MG = __!}_A_
OA OB 2(0A + OB)

-2
FI= 5!.__A_
2(0A+OB)
34.
MG= ~-O!_
2(0A+OB)
MG=AD

35. =MI + =PG = -----------=--


OB
OA OB 2(0A + OB)

-
MI -
ÕA.ÔB
- -
2(0A+OB)
36.
-2
PG= ~B-
2(0A+OB)
BE=PG

37. Cálculos dos segmentos MD e 00 :

38. MD = FI+MI

39 _ MD = 0B + OA.0!_
2 2(0A+OB)

40 _ MD = OB(OA ~B)~OA.OB
2(0A+OB)

- 2 --
41. MD= OB ~O~OB
2(0A+OB)

62
ÁNTÔNIO PEREIRA LÍMA

42. OD = OI+FI
-2
43. OD= OA + OA
2 2(0A+OB)

-2 --
44. OD = 20A + OA.OB
2(0A+OB)

45. Razão de Partição dos semi-eixos: "''\ ~- . .

46. K
= b+2a
2(a+ b)

47. K 1 = b
2(a + b)

Os retãngulos MDAG e MEBG 1 são equivalentes.

48. MD.AD=ME.BE
b(b+2) ba a(2a+b) bb
---X . = - - -x - ~ -
2(a +b) 2(a + b) 2(a +b) 2(a ·:·+b)'
. ::

49. ab = ab

C.Q.D.

63
Antônio Pereira Lima, nasceu em São
João Nepomuceno, Estado de Minas Gerais, a
13 de julho de 1934. Filho de pai ordenhador
e mãe doméstica, sendo o quarto de uma
prole de oito irmãos. Aos oito anos seus pais
se transferiram para o Rio de Janeiro, tendo
se radicado em Nova Iguaçu.
Seus primeiros estudos foram feitos no grupo
escolar Rangel Pestana. Como havia
completado 14 anos, trocou os estudos pelo
trabalho, voltando a estudar enquanto
prestava serviço militar obrigatório.
Preparou-se e prestou concurso à Escola de
Especialistas da Aeronáutica. Aprovado, se
matriculou na E.E.A.E.R. onde fez o curso de
Manutenção de Aviões e Motores. Ao término
do curso, recebeu a graduação de 3º
Sargento e classificado na Base Aérea dos
Afonsos. Afixionado pela geometria, nunca
parou de estuda-la, mais tarde já casado,
com a senhora Sebastiana Maria Barbosa
· Lima, e pai de seis filhos, prestou vestibular
para o Curso de Matemática da Faculdade de
Filosofia. Çiências e Letras de Nova Iguaçu,
qnde c:Õhcluiu o Curso de Licenciatura Plena
em Matemática em 1983. ·
Em 1985 prestou concurso para o Quadro de
Professores de 1º e 2º graus do Estado do Rio
de Janeiro, aprovado, trabalhou nos Colégios ·
Estaduais Santo Inácio, Pedro Jacintho
Teixeira, lrineu Marinho, Cidade de Lisboa,
Sapucaia e Brigadeiro Nóbrega. Em Minas
Gerais lecionou nos colégios E. E. Mar de
Espanha, E.E. Halfed, E.M. Eng. André
Rebolças. Em 2001, foi
aprovado novamente em
concurso para o Estado
do Rio de Janeiro, foi
então contratado para
lecionar no Colégio
Honório Lima, no
município de Angra
dos Reis, onde
trabalha atualmente.
Se puderes deserreve:rr
O que p,.elflsas ...
És a1!)emas um sábio ...
Um poeta ...
Q,uem sabe?

Se e,tu1seg,11Jiires geometlii~ó-lo
posst1,i,rás uma centelha d:ivilíJa.
Serás um 6êmiCCJJ

ISBN 85 -7091 -031-f

JL570 IL8

Você também pode gostar