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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR RAIMUNDO SÁ

COORDENAÇÃO DO CURSO DE DIREITO

FRANCISCA DE ASSIS SOARES GOMES


JANAÍNA CONCEIÇÃO DE CARVALHO
JOSELI LUSTOSA LEAL VIANA
LORANE CORTEZ AZEVEDO

SISTEMA PRISIONAL E A RESSOCIALIZAÇÃO DO PRESO

Picos – PI
2023
FRANCISCA DE ASSIS SOARES GOMES
JANAÍNA CONCEIÇÃO DE CARVALHO
JOSELI LUSTOSA LEAL VIANA
LORANE CORTEZ AZEVEDO
MAICON CORTEZ VIEIRA ALVES

SISTEMA PRISIONAL E A RESSOCIALIZAÇÃO DO PRESO

Pré-projeto apresentado à disciplina de


Metodologia da Pesquisa Jurídica do curso de
Direito como requisito parcial a obtenção da
segunda avaliação.

Orientadora: Me. Jackeline da Silva Moura


Picos – PI
2023
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 4
1.1 Tema............................................................................................................................4
1.2 Delimitação do Tema.................................................................................................4
1.3 Problema de Pesquisa................................................................................................4
1.4 Objetivos 4
1.4.1 Objetivo Geral..........................................................................................................4
1.4.2 Objetivos Específicos...............................................................................................5
1.5 Justificativa 5
1.6 Hipóteses 6
2. REFERENCIAL TEÓRICO 7
REFERÊNCIAS 13
1. INTRODUÇÃO

1.1 Tema: Sistema prisional e a ressocialização do preso

1.2 Delimitação do Tema: O TRABALHO PARA RESSOCIALIZAÇÃO DO


APENADO: um estudo de caso na Penitenciária Regional de Oeiras/PI

1. 3 Problema de Pesquisa:

Quais os principais desafios /obstáculos encontrados durante o trabalho para a ressocialização


do apenado?

O trabalho para a ressocialização do apenado se dá em uma condição eximia dentro


sistema carcerário e para que tenhamos êxito nesse processo transformador é necessário que
haja a participação de todos os profissionais que fazem parte da instituição. É importante que
se coloquem em evidencia novas condições de convivência dentro da prisão para que estes se
revitalizem e não se sintam seres estigmatizados, impossibilitados de usufruir novas
perspectivas de vida.

É preciso destacar que a organização cria a parcela do povo que vive o rebordo, visto o
aumento da diversidade social com o surgimento do capitalismo monopolista, ao mesmo
tempo, a criminalização do aperto. A margem não quer apostar “marginal”, mas que um
quadrante da população não se inteira a produção formal, pois o independente concorrência e
o afrouxamento do trabalho que advém com o capitalismo açambarcador propicia a
dificuldade de inclusão, contudo, cabe frisar que há disposição no mercado informal.

Outro ponto que precisa ser salientado é a desumanização dos internos, que devem
cumprir sua pena sendo privado, além da autonomia, de as suas taxas, mesmo que a legislação
não permita. Não são acordos como sujeitos, mas como algo comprometedor que deve ser
mantido “engaiolado” e sob governo todo o tempo. Por outro lado, essas más condicionais
dos presídios representam um arremesso à segurança pública. secundário a reportagem “Há
mal caso da sociedade com escola carcerário” publicada em 8 de dezembro de 2013 o
descuido do Estado é suprido por organizações criminosas e pela ambulância religiosa. Os
privilégios são dados não pelo sistema estatal, mas pelo sistema informal que se organiza no
instituto.
1.4 Objetivos

1.4.1 Objetivo Geral

 Conscientizar gestores e representantes municipais e estaduais para a importância da


confecção de artesanatos como alicerce para a ressocialização dos internos.

1.4.1 Objetivos Específicos

 Refletir sobre a importância das ações sociais;

 Articular estratégias direcionadas para o público em questão;

 Propagar o trabalho dos reeducandos;

 Articular ações com o setor público municipal;

 Desenvolver competências cognitivas;

1.5 Justificativa

A prisão existe desde o tempo pretérito com a finalidade de reprimir os indivíduos


para certificar a disposição da retitude para receber a vingança. A partir do centenário XVII, o
corpo dos seres já não era mais infligido com as penas recebidas, além disso, a penitência não
era mais pertença somente do rei, mas um reto da sociedade de se razoar daqueles que
oferecessem rasgo à propriedade e a sal. As instituições totais – hospitais, conventos, quartéis,
internatos – tinham como objetivo controlar a vida dos seus associados seria os protótipos das
ligações. Nesse período, há outrossim o surgimento das habitações de correção como um
compõe de repressão a mendigação e vadiagem, contrárias às significações da burguesia.

A liberdade significava tanto para contratadores quanto para empregados, neste meio
tempo para os trabalhadores essa imunidade saiu às avessas, em vez de valorizar o preço do
coíbe de trabalho os jornaleiros foram mais oprimidos e os ordenados baixaram pelo fato do
empório estar saturado.

O presente projeto surgiu da necessidade em articular estratégias para o


desenvolvimento de ações e projetos sociais com os reeducados da penitenciária de Oeiras.
Diante da necessidade em integrar os reeducandos no meio social, afim prepará-los para o
exercício de atividades integradoras, possibilitando o desencadeamento de habilidades para
com a confecção de artesanatos.
Partindo do princípio de que é assegurado ao interno o cumprimento de direitos
estabelecidos por lei tais como o “direito social ao trabalho (art.6º da Constituição Federal) a
assistência ao preso[...]como dever do estado, objetivando prevenir o crime e orientar o
retorno à convivência em sociedade (Leis Execuções Penais (LEP-nº 7.210 de 11/07/84.

É sabido que vivemos em uma sociedade desigual, miscigenada. A cada dia deparamos
com casos que carecem um acompanhamento seja por parte do assistente social ou outro
profissional habilitado para orientar sobre os direitos do cidadão às políticas sociais
destinadas ao bem esta da sociedade.

Inicialmente, observa-se o desenvolvimento da ideia de trabalho penitenciário tendo


em vista que as únicas penas criminais até o século XVI eram a de morte e mutilação,
posteriormente sendo integrado ao sistema o trabalho dentro dos presídios. Contudo, ainda era
preferível a tortura ao trabalho, ação que é socialmente preocupante, tendo em vista que a vida
é o bem mais precioso e o mais protegido pelo ordenamento jurídicos em sua Constituição
Federal e nos demais códigos que regulamenta a sociedade.

O Código Penal Brasileiro de 1940, em seu art. 38, dispõe que “o preso conserva todos
os direitos não atingidos pela perda da liberdade”, ou seja, não deixando assim de assistir e de
cuidar da vida do infrator, porém a realidade muitas vezes se opõe ao contido nos códigos,
uma vez que os indivíduos em questões sofrem preconceitos por suas ações, sendo muitas
vezes desconsiderados como seres humanos devido a prática de atos criminosos.

Outrossim, a maioria das atividades desenvolvidas pelos os reclusos possuem


condições insalubres, expondo o individuo a situações de desenvolvimento de doenças e até
risco de morte. Desse modo, a fiscalização e observância dessas atividades por agentes
estatais se constituem de fundamental importância, uma vez que a distribuição e execução
dessas atividades devem considerar o grau de escolaridade e aptidões do detento.

O trabalho dentro das penitenciarias não se constitui como escravidão, partindo do


pressuposto que o individuo perdeu sua liberdade por ter praticado ato ilícito, além de estar
previsto na Constituição Federal como um direito e dever do detento. Ademais, ressalta-se que
tal atividade tem como finalidade a reeducação e ressocialização do detento, possibilitando o
cumprimento do trabalho no presídio ou em empresas estatais em regime semiaberto,
considerando os requisitos da lei.
Portanto, o trabalho penitenciário se caracteriza estratégia essencial na otimização do
tempo dos presos, bem como forma de mantê-los integrados parcialmente na sociedade social,
oportunizando sua reintegração total ao cumprirem a pena. Ademais, favorece no
desenvolvimento de habilidade e aptidões, possibilitando ao detendo a aquisição de uma
atividade laboral, favorecendo maiores oportunidade de conseguirem emprego.

1.6 Hipóteses

H1: A qualificação profissional resultará na desvinculação do indivíduo da vida do


crime.
H2: O apenado qualificado enfrentará menos desconfiança da sociedade.
H3: A qualificação profissional não resultará na desvinculação do indivíduo da vida do
crime.
H4: O apenado qualificado enfrentará mais desconfiança da sociedade.
2. REFERENCIAL TEÓRICO

Nas linhas que se seguem faz uma observância a respeito da evolução da pena de
prisão no Brasil, elencando os principais fatores que desencadearam as leis que regem no
sistema prisional.

Na obra “A Prisão”, do patrono criminalista Luís Fernando Carvalho Filho, busca-se


uma interpretação para a evolução da Pena de prisão; nota-se que no Brasil a prisão surgiu em
1551, em Salvador, Bahia, onde se colocou a sede do governo-19geral do Brasil. Carvalho
filho (2002, p.36), citando Russell Wood, pondera que naquela época via-se uma “cadeia
muito boa e bem acabada, com casa de público e câmara em cima [..]. tudo de pedra e argila,
rebocadas de cal e telhadas com telha”.

Diversas visitas entre 1829 e 1841 foram realizadas na cadeia da praça de São Paulo
por missões formadas de “cidadãos probos", e a percepção foi incessantemente a pior
possível. secundário o relatório de 1831, era "imunda”, “pestilenta", "estreita", com o “ar
infectado"; os presos eram "tratados com a última desumanidade” (SALLA, p. 50).

Entre 1850 e1852 foram inaugurados dois estabelecimentos um no Rio de Janeiro e


outro em São Paulo, eram as Casas de correção, que simbolizavam a boca do país na era da
atualidade punitiva (CARVALHO FILHO, p. 38), contavam com oficinas de
responsabilidade, pátios e celas individuais.

Para entender a prisão no momento, bem como a legislação referente às instituições


penais é necessário fazer uma liquidação histórico sobre a sua fundação.

No período colonial, não simplesmente os castigos corporais eram legitimados e


legislados, mas ainda a pena de fim, com o objetivo de bloquear crimes políticos e nos fatos
de escravos rebeldes. no centenário XVIII, a pena de inexistência não é mais utilizada, mas
somente com a instituição criminal de 1830 é que a pena de finamento deixou de aparecer na
legislação. A mudança que adregou nas penas foi condigna à escassez de jornaleiros, a grande
quantidade de desocupados e ex escravos, com o destino dos indivíduos presos para guarnecer
a necessidade da praça de trabalho.
No período colonial, as cadeias, na América Latina, não eram abertas institucionais
considerados de algum significado, materializado na não conformação de seu espaço e pela
eficiência negativo que isso tino nos presos. no Brasil, esses espaços eram utilizados para
deter os criminosos, em especial os escravos – pelo menos meio da população no tempo do
Brasil colônia. os maquinismos de punição e fiscalização não contavam com a apreensão
como um de seus rudimentos, contudo, os castigos aplicados datavam da época do antigo
Regime, com açoites, efetuações públicas, marcas e outros tipos de castigos corporais.

O renomado Foucault (1987) mostra que a compleição do indivíduo era submissa a


suplícios e lástimas de castigo e que a representação do sofrimento da pessoa em praça
pública poderia durar horas, pois a época não era de considerável importância. A partir do
centenário XIX no contexto do modo de desenvolvimento capitalista, no qual a lugar é
fundamental, seu equilíbrio é imprescindível, então o conselho passou a ser graduado e
reformado, corrigido para o serviço através do isolamento sociável.

Os centros de detenção eram localidades no qual ficavam os suspeitos que aguardavam


julgamento ou aqueles que já tinham sido condenados, não tendo qualquer inventário ou
documentação pessoal do maniatado, seu delito ou máxima. Por não possuir medidores e
documentações não se cuba o controle de ticket e do tempo de conservação estipulado, sendo
assim, os detentos eram esquecidos e abandonados dentro desses centros.

O encarceramento nesta época era mais um tratamento de costume do que uma


execução legislada, sem a vistoria de modificar a conjuntura. A penitenciária foi adotada
como fundação punitiva no início do centenário XIX nos Estados Unidos e na Europa, no
neste meio tempo, somente com o curso de independência dos países da América Latina, que
se entabula a se discutir as circunstâncias de encarceramento e bitolas para melhorar a norma
judicial, modernizando-o. Seguindo a jubila feita na Europa, a General San Martin queria que:

(...) onde se sepultavam, se desesperavam e morriam os


homens sob o anterior governo, em espaços onde os
detentos podiam ser convertidos por meio de um trabalho
útil e moderados, de homens imorais e viciosos, em
cidadãos laboriosos e honrados. (MAIA, 2009, p.39)

Em 1830 começou a discussão sobre a questão da increpação e do aprisionamento nos


territórios. De acordo com Souza (2012) “os estudiosos afirmavam que a prisão era uma
regional de observação e consulta, principalmente a partir do sujeito criminoso”. Nesse
período, como sociedade prisional modelo foi incessável os moldes das gaiolas dos
países desenvolvidos, isto é, os xadrezes dos Estados Unidos e Europa, com hospedagens e
cláusulas adequadas.

Partindo desse pressuposto, durante o centenário XIX foram construídas as primeiras


penitenciárias na América Latina, segundo Maia (2009) o prédio dessas unidades visava
dessegredar o controle social, planejar uma imagem de contemporaneidade, acabar com
algumas técnicas de castigos corporais e, mormente, dar às elites a asseguração.

A primeira penitenciária foi empregada em 1850 foi a Casa de correção do Rio de


Janeiro, de caráter provisório, mas que se traduziu, ao longo dos anos, de 23 regime fechado,
seguindo o protótipo estadunidense de construção e de regulamento, sendo uma unidade
carcerário destinada à correção de bagunceiros, capoeiras e preguiçosos. Contudo, a criação
de uma união prisional moderna não foi o muito para modificar o sobejo do sistema
carcerário, além de confrontar problemas financeiros, o intento de construir lugares que
gostem pela higiene e “regenerem” os criminosos não foi obtido.

O aparelho policial, como esteiro forte e repressivo do estado, teve o papel de


encorujar das ruas a mão de obra despreparada e desqualificada. Depois era trêfego a Casa de
correção, fundamental para a “ordenamento” social e para a subsistência o status quo.
secundário Souza (2012) os idealizadores da Casa de castigo desejavam que a estável fosse
“recuperada” pelo e para o lavor, contudo, as prisões superlotadas e precárias e a conservação
de práticas escravistas impediam que o preso fosse “ressocializado”.

De acordo com Lemos (2010, agora legalmente regularizada o regimento e a


segurança tornam-se instrumentos de controle e “tratamento penal”, e os fatos que forem
contrários os catafalcos determinações serão punidos, isto é, é o castigo dentro da própria
acoimamento, configurando-se como processo de checagem, domínio e despersonalização.

O discurso da lei é humanado e focado no recobramento da pessoa privada de opção,


entretanto, a realidade se contradiz com práticas violentas e como recurso de coerção das
aulas subalternas.

A LEP dá uma expressão uniforme ao sistema, mas até agora assim dá autonomia para
que cada estado se organize de consciência com suas especificidades, desde que sejam
observadas as coordenadas nacionais. O Rio de Janeiro continuou sendo administrado pela
DESIPE, mas algumas providências tiveram que ser tomadas para harmonizar o antigo
sistema as notícias determinações legais.
Os detentos contam com o sustentáculo da LEP- Lei de execuções Penais que em sua
veniaga 1º, lei 7.210 de julho de 2004 diz “a realização penal tem, por propósito efetivar as
disposições de veredicto ou decisão criminal e propiciar condições para a acordeom
integração social do amaldiçoado e internado”. A LEP apela efetivar as disposições do
apotegma ou decisão criminal. Impõe ao juiz da pena de morte, o papel de causador
transformador da pena, junto com os órgãos do poderio executivo, legislativo, do acômodo
judiciário e da união.

Quanto ao objetivo da Lei 7.210/84, Nogueira (1998) enfatiza:

“A execução é a mais importante fase do direito punitivo,


pois de nada adianta a condenação sem a qual haja a
respectiva execução da pena imposta. Daí o objetivo da
execução penal, que é justamente tomar exequível ou
efetiva a sentença criminal que impôs ao condenado
determinada sanção pelo crime praticado.” (NOGUEIRA,
2008)

No artigo 1º da LEP contém o objetivo da execução penal onde Mirabete (2006)


ressalta duas ordens de finalidade a seguir:

Ao detento são assegurados contextos os direitos não atingidos pela sentença ou pela
lei, não havendo qualquer distinção de temperamento racial, social, religiosa ou amenidade.

A pena tem além do cunho retributivo, tendo em desenho que a sanção criminal
consiste em uma “mal” imposto ao infrator da lei, em capacidade dessa violação, ela além
disso assume uma posição preventiva e ressocializadora.

Em sua mercadoria 10º a LEP dispõe sobre “a assistência ao travado e ao internado


como dívida do Estado, objetivando influenciar o crime e ensoar o retorno o contato em
sociedade, estendendo-se à egresso”. Este rol é compósito pelas assistências: material, a
lucidez, jurídica, educacional, social e freira.

Dados dão conta de que” a pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado,
semicerrado ou aberto. A de prisão, em regime semiaberto, ou vasto, salvo necessidade de
adiamento a regime fechado.

§ 1º - Considera-se:
a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou
média;
b) regime semiaberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou
estabelecimento similar;
c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento
adequado.”

Sobre as penas restritivas de direito, o Código Penal brasileiro diz:

“Art. 43. As penas restritivas de direitos são: I - prestação


pecuniária; II - perda de bens e valores; III - limitação de
fim de semana; IV - prestação de serviço à comunidade ou
a entidades públicas; V - interdição temporária de direitos;
VI - limitação de fim de semana”.

Sobre a pena de multa o Código penal diz:

“Art. 49 - A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia


fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de
360 (trezentos e sessenta) dias-multa.

§ 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um
trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 (cinco)
vezes esse salário.

§ 2º - O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos índices de correção


monetária”.

Para intervir na sociedade, a condição, como um agente mantedor da ordem, utiliza-se


do direito Penal, essa forma de interceder, passa a ser intuição como a principal afeiçoa de
controle social, sendo que as sanções impostas pelo Sistema penal, em seu grosso das vezes
são violentas e degradantes.

O Direito Penal é o "conjunto de normas que ligam ao


crime, como traje, a pena, como importância, e
disciplinam também os efeitos jurídicas daí derivadas,
para erguer a aplicabilidade dos estalões de segurança e a
cuida do direito de desprendimento em face do condão de
punir da Estado". (IDECRIM) Os principais quilates da
pena é lutar e prevenir. Ela tem um dobro caráter, ao
mesmo prazo em que pune, ele outorga ao apenado uma
franca reabilitação.

“O Direto Penal assume a função de proteção da sociedade, sem, entretanto, modificá-


la ou alterá-la, clarificando, desta forma, a concepção de ressocialização que pressupõe
repassar ao preso o mínimo ético indispensável à convivência em sociedade. Por outro lado, a
maioria dos criminosos sofre de transtorno de personalidade. São pessoas com personalidade
imaturas ‘ou dissociais, que não receberam noções a respeito do próximo”. (MIRABETE,
2004, p. 63)

É este ramo do direito público que define as dolências a serem delegadas ao


transgressor. Percebe-se o Direito Penal como o detentor dos princípios que legitimam as
condutas criminosas.

A pena privativa de autonomia em nosso país, revista a integração social do reprovado,


onde a natureza é a paga da pena.

“A pena tem índole retributiva, porém objetiva os fins de reeducação do criminoso e


de intimidação geral. Afirma, pois, o caráter de retribuição da pena, mais aceita sua função
utilitária”. (NORONHA, 1999, p.225)

A Lei de Execução Penal dispõe do sistema progressivo da pena, conforme nos mostra
o artigo 33, § 2º:

“Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou


aberto. A de detenção, em regime semiaberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a
regime fechado.

§ 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva,


segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses
de transferência a regime mais rigoroso:

a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime


fechado;
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a
8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semiaberto;
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá,
desde o início, cumpri-la em regime aberto”.
Nota-se que o Estado é o aplicante das leis, porém, é coarctado no que se diz
reverência ao punir o indivíduo, pois é confrontada com os privilégios fundamentais inerentes
a personagem humana, que devem ser favoritos, pois se tratam de faces arduamente
conquistados, e que a Lei de Efetuação Penal acaba por demonstrar objetivando a reintegração
sociável do indivíduo encarcerado.

Portanto, esse sistema progressivo da pena tem o propósito de diminuir a pena do


aprisionado, na tentativa de ressocialização. Através do seu “bom comportamento” dentro da
prisão, o preso tem a redução da admonição a que lhe foi contribuição.

REFERÊNCIAS

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. Tradução da 1ª edição: Alfredo Bosi,


Revisão da tradução e tradução de novos textos: Ivone Castilho Benedetti, 5ª edição, São
Paulo: Martins Fontes, 2007.
BRASIL. Lei de Execuções Penais, 1984.
BRASIL. Lei de Execução Penal. Nº7210/1984. 12.ed. São Paulo: Ed. Saraiva, 1999.
BRISOLA, Elisa. Estado penal, criminalização da pobreza e Serviço Social. In: Revista
Ser Social, V.14, N.30, 2012.
Disponível em: https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/109222/lei-de-execucao-
penal-lei-7210-84#art-10. Acessado em: 10/05/2023.
http://www.susepe.rs.gov.br/upload/1326743484_Artigo.%20Simone%20vers%C3%A3o
%20final.pdf. Acessado em: 08/05/2023.

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