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Rotas Estratégicas Setoriais para a

Indústria Catarinense 2022


Meio Ambiente
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC
Glauco José Côrte – Presidente
Mario Cezar de Aguiar – 1º Vice-Presidente
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Departamento Regional de Santa Catarina – SENAI/SC
Jefferson de Oliveira Gomes – Diretor Regional
Serviço Social da Indústria – Departamento Regional de Santa Catarina – SESI/SC
Fabrízio Machado Pereira – Superintendente
Instituto Euvaldo Lodi – IEL/SC
Natalino Uggioni – Superintendente
Diretoria de Desenvolvimento Institucional e Industrial – DIRIN
Carlos Henrique Ramos Fonseca – Diretor
Programa de Desenvolvimento Industrial Catarinense
Competitividade com Sustentabilidade

Rotas Estratégicas Setoriais para a


Indústria Catarinense 2022
Meio Ambiente

Florianópolis
2015
© 2015. FIESC
Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.
Diretoria de Desenvolvimento Institucional e Industrial

EQUIPE TÉCNICA

FIESC
Autores Fundação CERTI
Adilson Giovanini Autores
Amanda Maciel da Silva Daniela Pra Silva de Sousa
Angelita Darela Mendes Diego Jacob Kurtz
Angélia Berndt Lucas Carregari Carneiro
Bárbara Pavei Witthinrich Marcos Da-Ré
Carlos Henrique Ramos Fonseca Rafael Kamke
Carolina Silvestri Cândido Thauana Mendes Vieira
Daniele Neuberger Vinícius Ragghianti
Edilene Cavalcanti dos Anjos
Fernando Richartz UFSC
Giovana Werutsky Autores
Giovanni Dutra Menegazzo Pablo Felipe Bittencourt
Henrique Reichert Sílvio Antônio Ferraz Cario
Janaína Führ William Gerson Matias
Katherine Helena Oliveira de Matos
Juliano Anderson Pacheco
Paulo Victor da Fonseca
Sidnei Manoel Rodrigues
Wellington Luiz de Souza Brocardo

Desenvolvimento Web Diagramação


Kleber Eduardo Nogueira Cioccari Fabio Dias Hernandez

Revisão de Texto Projeto Gráfico


Judith Müller Jaison Henicka
Ramiro Pissetti

FICHA CATALOGRÁFICA

Rotas estratégicas setoriais para a indústria catarinense 2022:


Meio Ambiente – Florianópolis: FIESC, 2015.
50 p. : il.; 21,0 x 29,7 cm

ISBN978-85-66826-19-7
1. Setores. 2. Panorama socioeconômico. 3. Indústria.
I. FIESC. II. Título.

CDU: 62

FIESC Sede

Federação das Indústrias do Estado de Rodovia Admar Gonzaga, 2765


Itacorubi – 88034-001 Florianópolis/SC
Santa Catarina Tel.: (48) 3231-4100
http://www.fiesc.com.br
Sumário

6 Apresentação

8 O Projeto

12 Situação Atual

22 Futuro Desejado

35 Tecnologias-chave

40 Participantes

44 Referências

Meio Ambiente | 5
Apresentação

A Federação das Indústrias do Estado desenvolvimento industrial do estado,


de Santa Catarina (FIESC) idealizou, em possibilitando a implementação de
2012, o Programa de Desenvolvimento ações capazes de situá-lo em uma
Industrial Catarinense (PDIC), com o posição competitiva nacional e
objetivo de ampliar a competitividade internacionalmente.
dos diversos setores industriais do estado.
Os setores de Construção Civil, Energia,
Trata-se de um programa que promove Meio Ambiente, Saúde, Tecnologia da
a articulação entre o governo, a iniciativa Informação e Comunicação e Turismo
privada, o terceiro setor e a academia, para surgiram como prioridades em todas as
que sejam identificadas oportunidades regiões de Santa Catarina e configuram-
para a indústria catarinense e para que se em indutores de desenvolvimento
esforços conjuntos permitam posicionar o estadual. Além disso, especificidades
estado em lugar de destaque nos âmbitos regionais mostraram-se significativas
nacional e internacional. e apontaram os seguintes setores em
posição de evidência econômica ou
A fim de induzir uma dinâmica de com grande atratividade futura para as
prosperidade de longo prazo e mesorregiões do estado: aeronáutico,
posicionar a indústria de Santa Catarina agroalimentar, automotivo, bens de
como protagonista do desenvolvimento capital, biotecnologia, celulose &
estadual, a FIESC dividiu o programa em papel, cerâmica, economia do mar,
três grandes projetos: Setores Portadores metalmecânico & metalurgia, móveis &
de Futuro para a Indústria Catarinense, madeira, nanotecnologia, naval, produtos
Rotas Estratégicas Setoriais para a químicos & plásticos e têxtil & confecção.
Indústria Catarinense e Masterplan.
Em continuidade ao PDIC, os setores
O projeto Setores Portadores de Futuro e as áreas mapeados como de grande
para a Indústria Catarinense, lançado potencial serão trabalhados em 16 Rotas
em 2012, teve como objetivo identificar Estratégicas Setoriais: Agroalimentar,
os setores e as áreas estratégicas para o Bens de Capital, Celulose & Papel,

6 | Rotas Estratégicas Setoriais para a Indústria Catarinense - 2022


Cerâmica, Construção Civil, Economia crescimento industrial catarinense. Tendo
do Mar, Energia, Indústrias Emergentes, em mãos esses elementos, será possível
Meio Ambiente, Metalmecânico & estruturar uma agenda de projetos que
Metalurgia, Móveis & Madeira, Produtos atenda às necessidades convergentes da
Químicos & Plásticos, Saúde, Tecnologia indústria e que possa ser implementada
da Informação e Comunicação, Têxtil & pelos agentes responsáveis pelo
Confecção e Turismo. desenvolvimento do estado.

O projeto Rotas Estratégicas Setoriais Esta publicação traz os resultados do


para a Indústria Catarinense tem processo de construção coletiva da Rota
como objetivo apontar os caminhos Estratégica do Setor de Meio Ambiente
de construção do futuro desejado para que envolveu representantes da indústria,
os setores e as áreas portadoras de da academia, do governo e do terceiro
futuro da indústria de Santa Catarina no setor. Por meio desse documento, a FIESC
horizonte temporal de 2022. Para tanto, é coloca em relevo o desejo de futuro
necessário construir visões de futuro para do setor, impulsionando-o a ser mais
cada um dos setores; elaborar agenda de competitivo, sustentável e dinâmico.
ações, de modo a concentrar esforços e Além disso, anseia que o setor se aproprie
investimentos; identificar tecnologias- das informações e influencie o alcance
chave; e elaborar mapas com as trajetórias da visão proposta, pela concretização
possíveis e desejáveis para os setores das ações de curto, de médio e de longo
priorizados. prazo.

Com o Masterplan, última etapa prevista


para o PDIC, a FIESC pretende identificar
Glauco José Côrte
os pontos críticos que comprometem o
Presidente da FIESC

Meio Ambiente | 7
O Projeto

Rotas Estratégicas Setoriais para a Indústria


Catarinense 2022
O projeto Rotas Estratégicas Setoriais para a Indústria Catarinense compõe o Programa de
Desenvolvimento Industrial Catarinense (PDIC)1, do qual também fazem parte os projetos Setores
Portadores de Futuro para a Indústria Catarinense e Masterplan.

Objetivo geral
As Rotas Estratégicas Setoriais sinalizam os caminhos de construção do futuro para os setores
e as áreas identificados no projeto Setores Portadores de Futuro, considerados como os mais
promissores da indústria catarinense, no horizonte de 2022. São eles:
› Agroalimentar › Metalmecânico & Metalurgia
› Bens de Capital › Móveis & Madeira
› Celulose & Papel › Produtos Químicos & Plásticos
› Cerâmica › Saúde
› Construção Civil › Tecnologia da Informação e
› Economia do Mar Comunicação

› Energia › Têxtil & Confecção

› Indústrias Emergentes › Turismo

› Meio Ambiente

Objetivos específicos

› Construir visão de futuro para o setor.


› Elaborar agenda convergente de ações de todas as partes interessadas para concentrar
esforços e investimentos.
› Identificar tecnologias-chave para a indústria de Santa Catarina.
› Elaborar mapas com as trajetórias possíveis e desejáveis, para cada um dos setores ou áreas
estratégicas.

1
Para mais informações sobre o PDIC e os projetos a ele vinculados, acessar www.fiesc.com.br/pdic.

8 | Rotas Estratégicas Setoriais para a Indústria Catarinense - 2022


Abordagem metodológica

Amparada nos pressupostos da Prospectiva Estratégica e utilizando o método de Roadmapping,


a condução dos trabalhos de elaboração da Rota Estratégica do Setor de Meio Ambiente
se sustentou nas seguintes etapas: estudos preparatórios; reuniões participativas (denominadas
painéis de especialistas); consulta eletrônica; sistematização e validação dos conteúdos.
A primeira fase foi dedicada à análise do panorama atual do setor, aos estudos de tendências
tecnológicas e de mercado, ao mapeamento dos investimentos e ao levantamento de indicadores
científicos e tecnológicos relacionados à indústria de Meio Ambiente.
Para as reuniões participativas, foram selecionados e convidados especialistas a integrar o processo
de construção da rota setorial, utilizando como critérios a experiência prática, o conhecimento
técnico, a relevância da pesquisa científica, a ação empreendedora e a capacidade de pensar no
futuro do setor.
O Painel de Especialistas do Setor de Meio Ambiente aconteceu nos dias 01 e 02 de setembro de
2015, reunindo 79 participantes oriundos do governo, da iniciativa privada, do terceiro setor e da
academia.

Dinâmica do painel

Do que necessitamos
Onde Para onde O que impede
para enfrentar os
estamos? queremos ir? esse futuro?
desafios?

Situação Futuro
Desafios Soluções
atual desejado

No primeiro momento do painel, foi feita a apresentação do panorama atual do setor e o convite
aos especialistas para refletir acerca da situação atual, com o intuito de alinhar conhecimentos
sobre potencialidades e deficiências. Tendo como base essa reflexão, os participantes foram
instigados a refletir sobre o futuro desejado para o setor, num horizonte de 7 anos. Nessa
etapa, ocorreu a elaboração de uma visão de futuro.

Meio Ambiente | 9
Para a visão, foram identificados os desafios a serem enfrentados, por meio do apontamento
de barreiras que impedem ou dificultam o alcance da visão e de fatores críticos de sucesso,
essenciais para que a visão de futuro seja alcançada. Em seguida, os participantes propuseram
soluções, indicando 206 ações a serem implementadas no curto (2015 - 2016), no médio (2017
- 2018) e no longo prazo (2019 - 2022) para que a Rota Estratégica do Setor de Meio Ambiente
se concretize em 2022.
As dinâmicas de construção de conteúdo foram marcadas pela interatividade e participação
dos especialistas. As propostas foram sistematizadas e colocadas à disposição dos envolvidos
por meio de ferramenta on-line, durante 30 dias após a realização do painel, possibilitando a
consulta, a proposição de novas ações e a validação dos resultados.
Finalmente, foi elaborado o documento final da Rota Estratégica do Setor de Meio Ambiente,
que contempla a visão de futuro, os fatores críticos de sucesso, as ações de curto, médio e longo
prazo, bem como as tecnologias-chave que serão necessárias para atingir o futuro desejado.

Roadmapping

O Roadmapping é reconhecido como uma ferramenta de planejamento estratégico, utilizada para


prever as necessidades de desenvolvimento e as etapas necessárias à promoção de avanços em
determinada área, em um horizonte temporal predeterminado. Empregado por organizações,
setores produtivos e governos para promover a representação, a colaboração, a comunicação, a
tomada de decisão compartilhada e a coordenação de ações estratégicas, designa um método
de construção de perspectivas de futuro que permite elaborar os Roadmaps, ou seja, mapas com
trajetórias e encaminhamentos coordenados e encadeados no tempo e espaço.
O Roadmap do Setor de Meio Ambiente é uma representação gráfica simplificada da construção
coletiva, realizada no Painel de Especialistas. Nesse mapa, são apresentadas, por fator crítico,
todas as ações propostas, no curto, no médio e no longo prazo, indicando os caminhos para
atingir o futuro desejado. Essa ferramenta permite comunicar e compartilhar, de forma eficaz, as
intenções estratégicas, com vistas a mobilizar, alinhar e coordenar esforços das partes envolvidas
para alcançar objetivos comuns.

10 | Rotas Estratégicas Setoriais para a Indústria Catarinense - 2022


– Meio Ambiente

Competitividade com Sustentabilidade


Meio Ambiente Rotas Estratégicas Setoriais para a Indústria Catarinense 2022
Apresentação Setor de Meio Ambiente Abrangência do setor Visão para o Setor
A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) idealizou, em
2012, o Programa de Desenvolvimento Industrial Catarinense (PDIC), com
O Setor de Meio Ambiente, um dos alvos do projeto Rotas Estratégicas Setoriais, foi analisado
em quatro diferentes segmentos: Captação, Tratamento e Distribuição de Água; Esgoto e Segmentos Divisão CNAE 2.0 Grupo CNAE 2.0
de Meio Ambiente
o objetivo de ampliar a competitividade dos diversos setores industriais do Atividades Relacionadas; Coleta, Tratamento e Disposição de Resíduos; Descontaminação e A visão é a descrição do futuro desejado para o setor no horizonte temporal de 2022.
estado. Outros Serviços de Gestão de Resíduos. Os segmentos foram agrupados pela similaridade de Captação, Tratamento e 36 - Captação, Tratamento
características produtivas e pela expectativa de demandas de ações e soluções específicas 36.0 - Captação, tratamento e distribuição de água
Trata-se de um programa que promove a articulação entre o governo, a Distribuição de Água e Distribuição de Água
para incremento de sua competitividade. IndústrIa CatarInense, referênCIa em Inovação no uso
iniciativa privada, o terceiro setor e a academia, para que sejam identificadas
oportunidades à indústria catarinense e para que esforços conjuntos permitam Esgoto e Atividades 37 - Esgoto e Atividades raCIonal dos reCursos ambIentaIs e nas soluções para o
posicionar o estado em lugar de destaque nos âmbitos nacional e internacional. Figura 1 – Estabelecimento e emprego do Setor de Meio Ambiente - 2007 e 2013 37.0 - Esgoto e atividades relacionadas
Figura 2 – Estabelecimento e emprego do Setor de Meio Ambiente (2007 e 2013) Relacionadas Relacionadas desenvolvImento sustentável
A fim de induzir uma dinâmica de prosperidade de longo prazo e posicionar a

Meio Ambiente indústria de Santa Catarina como protagonista do desenvolvimento estadual, 38.1 - Coleta de resíduos
a FIESC dividiu o programa em três grandes projetos: Setores Portadores de 38 - Coleta, Tratamento e
Coleta, Tratamento e
Futuro para a Indústria Catarinense; Rotas Estratégicas Setoriais para a 2007 Disposição de Resíduos; 38.2 - Tratamento e disposição de resíduos Para alcançar a visão de futuro desejada pela Indústria de Santa Catarina no tema
Disposição de Resíduos
Indústria Catarinense; e Masterplan. Recuperação de Materiais Meio Ambiente, os especialistas elencaram 6 fatores críticos essenciais, considerando
38.3 - Recuperação de materiais como ações primordiais (i) desenvolver e implementar políticas públicas que apoiem
O projeto Setores Portadores de Futuro para a Indústria Catarinense, lançado
em 2012, teve como objetivo identificar os setores e as áreas estratégicas para o o desenvolvimento sustentável, (ii) atrair investimentos para o setor, (iii) promover
Descontaminação e 39 - Descontaminação a integração da Indústria com as Instituições de Ciência & Tecnologia (ICT´s), (iv)
desenvolvimento industrial do estado, possibilitando a implementação de ações LEGENDA 39.0 - Descontaminação e outros serviços de gestão
capazes de situá-lo em uma posição competitiva nacional e internacionalmente. Número de Empregados Número de Estabelecimentos Outros Serviços de e Outros Serviços de fomentar tecnologias, pesquisa, desenvolvimento e inovação; (v) capacitar pessoas; e
de resíduos
Sem empregados Gestão de Resíduos Gestão de Resíduos (vi) criar uma cultura ambiental na sociedade como um todo.
O projeto Rotas Estratégicas Setoriais para a Indústria Catarinense tem
Sem estabelecimentos
Até 250 Até 15
como objetivo apontar os caminhos de construção do futuro desejado para Entre 250 e 550 Entre 15 e 25
Fonte: IBGE-CONCLA. CNAE 2.0, 2014.
Entre 550 e 1.500 Entre 25 e 30
os setores e áreas portadores de futuro da indústria de Santa Catarina, no
Tecnologias-chave
Entre 1.500 e 3.500
Entre 30 e 35
horizonte temporal de 2022. Para tanto, é necessário construir visões de futuro
para cada um dos setores; elaborar agenda de ações de modo a concentrar
esforços e investimentos; identificar tecnologias-chave; e elaborar mapas com Gráfico 3 - Distribuição por nível de escolaridade, Identificadas a partir de revisão da literatura, com análise de artigos, publicações, bases
as trajetórias possíveis e desejáveis aos setores priorizados. Gráfico 7 - Distribuição por nível deSetor de Setor
escolaridade, Meio Ambiente
de Meio – 2007
Ambiente – 2007 e 2013e 2013 de dados, relatórios técnicos nacionais e internacionais do setor e opiniões de diversos
2013
Com o Masterplan, última etapa prevista para o PDIC, a FIESC pretende especialistas. São tecnologias que já estão ou estarão alinhadas com o mercado,
SANTA CATARINA BRASIL
identificar os pontos críticos que possam comprometer o crescimento industrial no horizonte de tempo proposto, e que deverão ser internalizadas, atualizadas ou
4% 4%
catarinense. Tendo em mãos esses elementos, será possível estruturar uma 8% 17%
7%
mesmo desenvolvidas para que o setor atinja os níveis de inovação e competitividade
24% 23% 15%
agenda de projetos que atenda às necessidades convergentes da indústria e 35%
3% 28%
desejados.
32%
que possa ser implementada pelos agentes responsáveis pelo desenvolvimento 6%

do estado.
43% • Racionalidade no uso dos recursos naturais
Esta publicação traz os resultados do processo de construção coletiva da Rota 36% 36% 8%
Parceria Realização Apoio • Recursos hídricos
Estratégica do Setor de Meio Ambiente, que envolveu representantes da 36% 49%
83% 72%
indústria, da academia, do governo e do terceiro setor. Por meio deste documento, 5% 7% • Alternativas de captação/Novas fontes
10%
a FIESC coloca em relevo o desejo de futuro do setor, impulsionando-o a ser mais 3% 52% • Redução de perdas
competitivo, sustentável e dinâmico. Além disso, anseia que o setor se aproprie 4%
35%
26%
30% 33% • Aprimoramento dos processos de tratamento
das informações e influencie o alcance da visão proposta, pela concretização Fonte: MTE-RAIS, 2013.
19%
das ações de curto, de médio e de longo prazo. 2%
• Monitoramento
Gráfico 1 - Custo com água nas atividades industriais – Brasil, 2013
Gráfico 1 - Custo com água nas atividades industriais – Brasil, 2013 2007 2013 2007 2013 2007 2013 2007 2013 • Qualidade do ar

GASTO COM ÁGUA A CADA MIL REAIS PRODUZIDOS ( EM R$)


Captação, Distribuição e Esgoto e Atividades Captação, Distribuição e Esgoto e Atividades • Controle de emissões
450 417 8,0

Rota Estratégica de Meio Ambiente


Tratamento de Água Relacionadas Tratamento de Água Relacionadas

CUSTO COM ÁGUA ( EM R$ MILHÕES)


400 7,0 • Tratamento de odores
6,5 Analfabeto Fundamental Médio Incompleto Médio Completo Superior
350 6,0 • Técnicas de descontaminação
Objetivo geral 300
5,0 • Fitorremediação
250
A Rota Estratégica de Meio Ambiente tem por objetivo sinalizar os caminhos 189 4,0
• Biorremediação
200 168
de construção do futuro para o setor que foi identificado no projeto Setores 136 120 3,0 Fonte: MTE, Relação Anual de Informações Sociais, 2013.
150 114 109 2,0 • Remediação eletrocinética
Portadores de Futuro, como promissor para a indústria catarinense, no horizonte 100
101 1,2 1,5 2,0
de 2022. 1,0 0,9 0,6 80 • Declorinação redutiva
50 1,1 1,3 1,4 70 67 1,0
Rodovia Admar Gonzaga, 2765 | Itacorubi | 88034-001 | Florianópolis/SC 0,7 • Resíduos sólidos
0 0,0 Gráfico 4 - Distribuição por nível de escolaridade,
Tel: (48) 3231-4100 | (48) 3334-5623 Objetivos específicos • Eficiência de coleta

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Setor de Meio Ambiente – 2007 e 2013

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Gráfico 8 - Distribuição por nível de escolaridade, Setor de Meio Ambiente – 2007 e 2013

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• Tecnologias de triagem

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www.fiesc.com.br

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SANTA CATARINA BRASIL

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• Construir visão de futuro para o setor;

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• Aproveitamento energético

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4% 5% 4% 5% 5%
• Elaborar agenda convergente de ações de todas as partes interessadas 8% 12% 13% • Reciclagem
para concentrar esforços e investimentos; Fonte: PIA, Pesquisa Industrial Anual, 2013. 18% 20% 16%
29% 19% 29% • Simbiose industrial
• Identificar tecnologias-chave para a indústria de Santa Catarina; 8% 11%
5% 8% • Redução e/ou substituição de matéria-prima
• Elaborar mapas com as trajetórias possíveis e desejáveis para cada um Gráfico 2 - Produtividade das atividades de serviços em esgoto, coleta, tratamento 7% 54% 9%
47%
• Economia de baixo carbono
dos setores ou áreas estratégicas. e disposição de resíduos e recuperação de materiais – Brasil, 2007-2012, R$ mil
Gráfico 4 - Produtividade das atividades de serviços em esgoto, coleta, tratamento e disposição de resíduos e recuperação de materiais
Brasil, 2007-2012, R$ mil • Substituição dos hidrocarbonetos
66%
67% 66%
69% 11% • Eficiência energética
76 58%
10%
72 57%
• Evolução da matriz energética
67 67
COORDENAÇÃO DO PROJETO 63 64 28% • Valorização da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos
24%
• Contabilização de valores ambientais
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC
Glauco José Côrte – Presidente 2007 2013 2007 2013 2007 2013 2007 2013 • Inovação em criação de valor
Mario Cezar de Aguiar – 1º Vice-presidente Coleta, Tratamento e
Disposição de Resíduos
Descontaminação e Outros
Serviços de Disposição
Coleta, Tratamento e
Disposição de Resíduos
Descontaminação e Outros
Serviços de Disposição
• Oportunidades a partir de estímulos à inovação
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Departamento
de Resíduos de Resíduos
Regional de Santa Catarina – SENAI/SC • Inovação em modelos
Jefferson de Oliveira Gomes – Diretor Regional
2007 2008 2009 2010 2011 2012 Analfabeto Fundamental Médio Incompleto Médio Completo Superior • Atuação em cadeias e redes colaborativas
Serviço Social da Indústria – Departamento Regional de Santa
Catarina – SESI/SC
Fabrízio Machado Pereira - Superintendente
Fonte: PAS, Pesquisa Anual de Serviços, 2012. Fonte: MTE, Relação Anual de Informações Sociais, 2013.
Instituto Euvaldo Lodi – IEL/SC
Natalino Uggioni – Superintendente
Diretoria de Desenvolvimento Institucional e Industrial
Carlos Henrique Ramos Fonseca – Diretor
Coordenação Técnica
Sidnei Manoel Rodrigues
Execução Técnica
Juliano Anderson Pacheco
Rotas
otas Estratégicas
Est Setoriais
iais para a Indústria Catarinense 2022 Meio Ambiente
AÇÕES
EQUIPE TÉCNICA
FIESC UFSC
Autores Autores Curto prazo - 2015-2016 Médio prazo - 2017-2018
Adilson Giovanini
FATORES CRÍTICOS Longo prazo - 2019-2022
VISÃO
Daniela Pra Silva de Sousa
Amanda Maciel da Silva Diego Jacob Kurtz
Ana Cristina Gomes Lucas Carregari Carneiro t Criar programa de qualificação da mão-de-obra em tecnologias de baixo
Angelita Darela Mendes Marcos Da-Ré
t Criar incentivos fiscais e revisando estrutura tributária para t Propor diretrizes para órgãos ambientais mais ágeis e eficientes,
impacto ambiental, revendo o conteúdo programático dos cursos técnicos,
minimizando duplicidades e antagonismos
t Modelar as políticas públicas e setoriais baseando-se em políticas
incentivo do desenvolvimento do mercado e de novas definindo com clareza as atribuições nas diferentes instâncias,
Angélia Berndt
Tutorial do Roadmap
tecnológicos e bacharelados já existentes internacionais de sustentabilidade e cooperação entre setor produtivo,
Rafael Kamke soluções em economia verde aprimorando o processo de licenciamento ambiental e
t Criar um programa de bolsas de iniciação científica e de pós-graduação, governo e sociedade
Bárbara Pavei Witthinrich Thauana Mendes Vieira
t Flexibilizar a utilização da lei do bem e de inovação para
todos os regimes contábeis, fomentando o desenvolvimento
uniformizando a interpretação da legislação
t Estabelecer critérios para outorga de recursos hídricos, com a financiado pela indústria e governo estadual, para pesquisas demandadas t Estabelecer legislação sobre lançamento de efluentes, emissões
t Criar programas de integração universidade
- indústria, incentivando a Pesquisa &
t Aproximar o setor empresarial dos órgãos
licenciadores e do Ministério Público, criando
Carlos Henrique Ramos Fonseca Vinícius Ragghianti sustentável. participação dos Comitês de Bacia. pelo setor industrial atmosféricas e eficiência energética Desenvolvimento de novas tecnologias maior eficiência na formulação e implantação
t Incentivar pesquisa, desenvolvimento e incubação de iniciativas da t Instituir uma legislação ambiental simples, praticável e de referência para
Daniele Neuberger t Criar linhas de crédito mais competitivas para empresas que
atuam com princípios alinhados à economia verde
t Fomentar o cadastro de usuários de recursos hídricos,
estruturando as agências reguladoras
ambientais de políticas públicas

Edilene Cavalcanti dos Anjos Projeto Gráfico Políticas Públicas Fatores críticos são
Criar indicadores de desempenho posicionando as empresas t Promover a elaboração do Plano Estadual de Gestão de Implantação da Política Nacional de Resíduos no Estado, estruturando a
t Mobilizar investimentos em mecanismos de
controle público e estruturação dos órgãos
t Executar Planejamento Estratégico voltado para
Meio Ambiente A visão é a descrição
em relação ao cumprimento da visão do setor e atendimento Resíduos Sólidos cadeia da reciclagem e logística reversa
Fernando Richartz Jaison Henicka Articular os diferentes planos, tais como Planos de Bacia Hidrográfica, ambientais, buscando eficiência e combate à
Giovana Werutsky Ramiro Pissetti
aspectos-chave aregularização das indústrias do setor
Estabelecer diretrizes para
t Reduzir o custo dos licenciamentos ambientais
t Pesquisar pontos críticos dos municípios de Santa Catarina em As ações são soluções propostas para trabalhar os fatores Planos Diretores, Planos de Saneamento Básico, criando sinergia entre essas corrupção do futuro desejado
t Implantar a Política Estadual de Recursos
Giovanni Dutra Menegazzo serem trabalhados
Fomentar setores de reciclagem incipientes em Santa Catarina
relação às questões ambientais
t Fomentar planejamentos de ordem legislativa municipal e críticos, e assim permitir que a visão de futuro Concluir
desejadao Plano Estadual de Recursos Hídricos Hídricos e de Saneamento, consolidando suas para o segmento no
Henrique Reichert Desenvolvimento Web estadual, atraindo o executivo municipal para o atendimento Criar órgão gestor de recursos hídricos próprio do Estado de Santa Catarina estruturas regulatórias

Janaína Führ
dentro do
Agilizar, segmento.
em conjunto com governos estadual e federal, a das necessidades locais da indústria seja atingida. Elas são implementadas em etapas: curto
Fortalecer os Comitês de Bacia Hidrográfica horizonte temporal de
Kleber Eduardo Nogueira Cioccari t Envolver a Indústria na discussão de novos marcos regulatórios
Katherine Helena Oliveira de Matos São considerados os ou nas revisões dos atuais prazo, período entre 2014-2015; médio prazo, período 2022. Construída via
Juliano Anderson Pacheco Revisão de Texto
norteadores para a entre 2016-2018 e longo prazo, período entre 2019-2022. consenso, é um
Paulo Victor da Fonseca Judith Müller Facilitar crédito para empresas com programas socioambientais e financiamento para t Investir no planejamento das prioridades ambientais t Criar linhas de fomento a sindicatos e cooperativas
Sidnei Manoel Rodrigues proposição depiloto
Investir em projetos ações.
que sirvam como unidades empresas de tecnologia do estado de SC, visando o uso sustentável dos que atendam às indústrias e linhas deaspecto
apoio a novas vital do
Diagramação demonstrativas na criação & desenvolvimento de t Disponibilizar recursos não reembolsáveis para t Instituir políticas públicas voltadas a incentivos fiscais para novas tecnologias, política de t Estabelecer um fundo de investimento e linhas de fomento para a proteção ambiental e recursos naturais com novas tecnologias que empresas no ramo de produtos ecologicamente
Wellington Luiz de Souza Brocardo tecnologias, em logística e em incentivos na área de investimento em empresas iniciantes com bons investimento em empresas que desenvolvem produtos na área ambiental e política de incentivo para inovação tecnológica em soluções sustentáveis minimizem a utilização de insumos e matérias primas corretos e processos de remediaçãoroadmap,
ambiental pois
Fabio Dias Hernandez produção mais limpa projetos voltados ao meio ambiente, ajudando essas estado para facilitar o acesso ao crédito de baixo custo às empresas que precisem inovar e t Captar recursos internacionais para investimento em PD&I e na P&D do aproveitamento de resíduos t Investir em tecnologias de tratamento de efluentes,
redução de emissões, reúso de águaapresenta o objetivo
t Estabelecer linhas de fomento (FAPESC, FIESC, SENAI, empresas na obtenção de crédito sem comprovação renovar seu parque industrial t Estabelecer prêmios e certificações que reconheçam empresas que realizam ações t Fomentar ambientes de desenvolvimento e obras
entre outros) específicas para apoio de empresas de renda inicial t Criar incentivos fiscais mais objetivos, menos burocráticos e financeiramente mais sustentáveis
tecnológico que propiciam às empresas condições hidráulicas, garantindo o atendimento às demandas
startups voltadas para inovação em negócios
sustentáveis
t Criar programas de orientação para cadeia
produtiva quanto às necessidades de investimento,
generosos para indústrias investirem em P&D associados com startups e/ou universidades
t Intensificar os incentivos, sejam tecnológicos, inovadores, fiscais e financeiros, aos projetos
t Investir na indústria da reciclagem, de energias renováveis e em obras de esgotamento
sanitário urbano
para atuação internacional de uso de recursos hídricos que se quer alcançar.
Investimentos t Incentivar investimentos privados em tecnologias de demonstrando resultados a curto, médio e longo e implementação das tecnologias inovadoras, auxiliando novos empreendedores que t Investir em energia fotovoltaica e incentivos fiscais para sua utilização em empresas e t Captar recursos federais alavancando mais fomentos
ao estado.
t Aumentar os investimentos em transportes mais
eficientes, menos agressivos ao meio ambiente,
uso dos recursos ambientais, na criação de parques de prazos tragam ideias inovadoras voltadas às questões ambientais residências
simbiose industrial e na área de reciclagem t Criar linhas de investimentos e financiamento regionais t Reduzir carga tributária para indústrias que incentivam pesquisas nas áreas ambientais e t Planejar programas de orientação à cadeia produtiva quanto a necessidades de t Implementar plano de investimento estruturado diminuindo a dependência do transporte rodoviário,
t Desburocratizar a liberação dos recursos para iniciativas mais acessíveis e com juros baixos a pequenas e socioambientais investimento, demonstrando resultados a curto, médio e longo prazos e instrumentos de pelos agentes de fomento para incentivar PD&I priorizando ferrovias e hidrovias
de sustentabilidade em processos e produtos médias empresas t Desoneração dos impostos sobre os investimentos de capital. incentivo para investimento em tecnologias, educação ambiental, produtos sustentáveis t Avaliar e aperfeiçoar investimentos e incentivos na t Criar programa de desenvolvimento inovador em
t Incentivar investimentos em controle de perdas de t Fomentar o desenvolvimento de projetos em parceria t Repassar investimentos através do ICMS ecológico a indústrias que atuem na aplicação de t Fomentar o desenvolvimento de projetos em parceria entre universidades e empresas, área de produção mais limpa. conjunto com programas de orientação à cadeia
água em processos, reúso da água e outros insumos entre universidades e empresas, estruturando plano de ferramentas e programas de melhoria contínua que minimizem impactos estruturando plano de investimento focado em PD&I na área ambiental e criando t Instituir formas de incentivos às empresas que produtiva quanto a necessidades de investimento,
t Criar linhas de investimentos para criação de investimento focado em pesquisa, desenvolvimento e t Implementar plano de investimento, diversificando mais a quantidade dos benificiários no ambientes de desenvolvimento tecnológico atingirem as metas estabelecidas nos indicadores demonstrando resultados a curto, médio e longo
incubadoras tecnológicas na área ambiental com inovação na área ambiental mesmo setor a ser investido, estruturado pelos agentes de fomento para incentivar PD&I Viabilizar recursos financeiros para as ações previstas nos planos de saneamento

Rotas Estratégicas Setoriais para a Indústria Catarinense 2022 Meio Ambiente


AÇÕES

Curto prazo - 2015-2016 Médio prazo - 2017-2018


FATORES CRÍTICOS Longo prazo - 2019-2022
VISÃO

• Criar incentivos fiscais, revisando estrutura tributária, para mais ágeis e eficientes, definindo, com clareza, as atribuições • Criar programa de qualificação de trabalhadores em tecnologias de baixo alcançar coerência nos processos, harmonizando as diversas políticas,
incentivo de desenvolvimento do mercado e de novas nas diferentes instâncias, aprimorando o processo de impacto ambiental, revendo o conteúdo programático dos cursos técnicos, minimizando duplicidades e antagonismos
soluções em economia verde licenciamento ambiental e uniformizando a interpretação da tecnológicos e bacharelados já existentes • Modelar as políticas públicas e setoriais, baseando-se em políticas
• Flexibilizar a utilização da lei do bem e de inovação para legislação • Criar um programa de bolsas de iniciação científica e de pós-graduação, internacionais de sustentabilidade e cooperação entre setor produtivo,
todos os regimes contábeis, fomentando o desenvolvimento • Estabelecer critérios para outorga de recursos hídricos, com a financiado pela indústria e pelo governo estadual, para pesquisas governo e sociedade
sustentável participação dos Comitês de Bacia demandadas pelo setor industrial • Estabelecer legislação sobre lançamento de efluentes, emissões
• Criar linhas de crédito mais competitivas para empresas que • Fomentar o cadastro de usuários de recursos hídricos, • Incentivar pesquisa, desenvolvimento e incubação de iniciativas da atmosféricas e eficiência energética
atuam com princípios alinhados à economia verde estruturando as agências reguladoras economia verde • Instituir uma legislação ambiental simples, praticável e de referência para
Políticas Públicas • Criar indicadores de desempenho, posicionando as
empresas em relação ao cumprimento da visão do setor e ao
• Promover a elaboração do Plano Estadual de Gestão de
Resíduos Sólidos
• Criar programas de valorização de iniciativas socioambientais adotadas pela
indústria, divulgando as boas práticas ambientais •
outros estados
Implantar a Política Nacional de Resíduos no estado, estruturando a cadeia
atendimento das políticas públicas vigentes • Reduzir o custo dos licenciamentos ambientais • Sensibilizar o poder público para o desenvolvimento de práticas de gestão, da reciclagem e logística reversa
• Estabelecer diretrizes para regularização das indústrias do setor • Pesquisar pontos críticos dos municípios de Santa Catarina em que sejam referência para o setor privado • Articular os diferentes planos, tais como Planos de Bacia Hidrográfica,
ambiental relação às questões ambientais • Criar um sistema de indicadores de desempenho das políticas públicas, sob Planos Diretores, Planos de Saneamento Básico, criando sinergia entre essas
• Fomentar setores de reciclagem incipientes em Santa Catarina • Fomentar planejamentos de ordem legislativa municipal e a ótica da avaliação externa, no qual, por exemplo, o setor privado avalia o políticas públicas
(eletroeletrônicos, lodos galvânicos, entre outros) estadual, atraindo o executivo municipal para o atendimento setor público e vice-versa • Concluir o Plano Estadual de Recursos Hídricos
• Agilizar, em conjunto com governos estadual e federal, a das necessidades locais da indústria • Promover interação eficiente entre os diversos intervenientes (sistemas, • Criar órgão gestor de recursos hídricos próprio do estado de Santa Catarina
consecução de obras de infraestrutura • Envolver a indústria na discussão de novos marcos regulatórios federação, sindicatos, órgãos reguladores, órgãos de fomento), a fim de • Fortalecer os Comitês de Bacia Hidrográfica
• Propor diretrizes para fortalecimento de órgãos ambientais ou nas revisões dos atuais

• Identificar carências e necessidades para criação de linhas de financiamento, direcionadas recursos ambientais e não apenas aplicáveis às tecnologias inovadoras
• Investir em projetos piloto que sirvam como unidades • Disponibilizar recursos não reembolsáveis para à sustentabilidade • Facilitar crédito para empresas com programas socioambientais e financiamento para
demonstrativas na criação & desenvolvimento de investimento em empresas iniciantes, com bons • Instituir políticas públicas voltadas a incentivos fiscais para novas tecnologias, política de execução dos novos projetos ambientais
tecnologias, em logística e em incentivos na área de projetos voltados ao meio ambiente, ajudando-as na investimento em empresas que desenvolvem produtos na área ambiental e política de • Estabelecer um fundo de investimento e linhas de fomento para a proteção ambiental e
produção mais limpa obtenção de crédito sem comprovação de renda inicial estado para facilitar o acesso ao crédito de baixo custo às empresas que precisem inovar e incentivo para inovação tecnológica em soluções sustentáveis
• Estabelecer linhas de fomento (FAPESC, FIESC, SENAI, • Criar programas de orientação para cadeia renovar seu parque industrial • Captar recursos internacionais para investimento em PD&I
entre outros), específicas para apoio de empresas produtiva quanto às necessidades de investimento, • Criar incentivos fiscais mais objetivos, menos burocráticos e financeiramente mais • Estabelecer prêmios e certificações que reconheçam empresas que realizam ações
startups voltadas para inovação em negócios demonstrando resultados a curto, médio e longo generosos para indústrias investirem em P&D associados com startups e/ou universidades sustentáveis
sustentáveis prazos • Intensificar os incentivos, sejam tecnológicos, inovadores, fiscais e financeiros, aos projetos • Investir na indústria da reciclagem, de energias renováveis e em obras de esgoto sanitário
Investimentos • Incentivar investimentos privados em tecnologias de
uso dos recursos ambientais, na criação de parques de
• Criar linhas de investimentos e financiamentos
regionais mais acessíveis e com juros baixos a
e à implementação das tecnologias inovadoras, auxiliando novos empreendedores, que urbano
tragam ideias inovadoras voltadas às questões ambientais • Investir em energia eólica e/ou fotovoltaica e em incentivos fiscais para sua utilização em
simbiose industrial e na área de reciclagem pequenas e médias empresas • Reduzir carga tributária para indústrias que incentivam pesquisas nas áreas ambientais e empresas e/ou residências
• Desburocratizar a liberação dos recursos para iniciativas • Fomentar o desenvolvimento de projetos em parceria socioambientais • Planejar programas de orientação à cadeia produtiva quanto a necessidades de
de sustentabilidade em processos e produtos entre universidades e empresas, estruturando plano de • Desonerar os impostos sobre os investimentos de capital investimento, demonstrando resultados a curto, médio e longo prazos, e de instrumentos
• Incentivar investimentos em controle de perdas de investimento focado em pesquisa, desenvolvimento e • Repassar investimentos por meio do ICMS ecológico a indústrias que atuam na aplicação de incentivo para investimento em tecnologias, educação ambiental, produtos
água em processos, reúso da água e outros insumos inovação na área ambiental de ferramentas e programas de melhoria contínua que minimizem impactos sustentáveis
• Criar linhas de investimentos para criação de • Atrair indústrias inovadoras para o estado, por meio de • Implementar plano de investimento, diversificando mais a quantidade dos beneficiários • Fomentar o desenvolvimento de projetos em parceria entre universidades e empresas,
incubadoras tecnológicas na área ambiental, com incentivos no mesmo setor a ser investido, estruturado pelos agentes de fomento para incentivar estruturando plano de investimento focado em PD&I na área ambiental e criando
incentivos para boas práticas ambientais PD&I ambientes de desenvolvimento tecnológico
• Estabelecer fundos setoriais para investimento em • Criar linhas de financiamento com metas ambientais e novas linhas de fomento a PD&I • Viabilizar recursos financeiros para as ações previstas nos planos de saneamento
empresas de tecnologia • Criar linhas de crédito mais viáveis para tecnologias existentes, visando uso racional dos municipal Indústria Catarinense
• Promover a abertura de um canal de comunicação entre a indústria e as instituições • Aproximar e integrar ICT´s à indústria, por meio da oferta de pesquisa aplicada
referência em
de ensino (ciência e tecnologia), proporcionando um debate amplo sobre as • Levar ao conhecimento, em todas as regiões do estado, o acesso à informação • Estabelecer, na FIESC, um núcleo de apoio às demandas da indústria, de pesquisa/ensino, integrando conhecimentos para soluções
questões em comum
• Divulgar políticas públicas de integração da indústria com ICT’s, nas universidades e
sobre editais de pesquisa, desenvolvimento e inovação, usando as Secretarias de
Desenvolvimento Regionais -SDR’s e o Sistema S como propagador
relativas à pesquisa aplicada, de forma a criar um vínculo maior entre a
indústria e as instituições de ensino e pesquisa •
sustentáveis em produtos disponíveis ao mercado
Aumentar bolsas de pesquisa destinadas a estudos de
inovação no uso
racional dos recursos
no setor industrial • Criar linhas de financiamento e de divulgação de editais de fomento à pesquisa • Criar uma parceria entre indústria e ICT’s que gere benefícios às desenvolvimento da indústria
Integração • Diagnosticar as necessidades da indústria e os conhecimentos disponíveis nas ICT’s, nas áreas de: biorremediação, sistemas eficientes e rápidos de monitoramento instituições e qualificação aos profissionais, conforme a necessidade do • Facilitar que as instituições acadêmicas convivam períodos nas
buscando soluções aplicáveis (efluentes e mananciais), por meio da FIESC e FAPESC setor industrial indústrias
Indústria e ICT’s • Incentivar a criação de redes colaborativas, produção simbiótica e formação de
ecossistemas de inovação
• Desenvolver uma nova agenda específica, que integre, efetivamente, os órgãos de
pesquisa e inovação com a cadeia produtiva
• Incentivar o intercâmbio tecnológico de setores industriais
ambientalmente sensíveis com as universidades e centros de pesquisa,
• Alinhar a grade curricular, no âmbito da graduação, mestrado e
doutorado, com vistas às demandas da indústria catarinense e ao ambientais e nas
• Criar fórum de discussão e indicadores de desenvolvimento da integração entre • Integrar, de forma efetiva, o ensino às necessidades do setor industrial, conforme com enfoque nas dificuldades das indústrias atendimento aos temas de maior interesse tecnológico e social
indústria e ICT’s
• Facilitar integração de micro e pequenas indústrias às instituições de pesquisa
definição da FAPESC de áreas prioritárias e fomentos (CNPQ, FINEP, entre outros)
• Criar centros de pesquisa, cursos de extensão e laboratórios de projeto, apoiando
• Fomentar a criação de uma plataforma de Integração Indústria – ICT’s,
por meio da FIESC e FAPESC
• Criar incentivo fiscal para que as empresas e a academia desenvolvam
projetos de P&D que atendam às necessidades de inovação em seus
soluções para o
• Definir linhas de pesquisa e de desenvolvimento de relevância à sociedade para, pesquisadores na busca de editais condizentes com suas demandas • Aproximar os usuários (pessoa física/jurídica) das instituições processos
então, aplicar nas indústrias desenvolvimento
• Apropriar-se (Governo estadual) da causa, criando linhas de financiamento, • Criar selos ambientais regionais e premiar indústrias engajadas em novas • Aplicar e avaliar os projetos desenvolvidos na área de tecnologia
• Aumentar os investimentos em PD&I que gerem, de fato, soluções sustentáveis
inovação e maneiras de divulgação de editais temáticos
• Estreitar relação entre instituições de ensino catarinenses e aquelas que são
sustentável
incentivos fiscais/econômicos para adoção de processos e compra de tecnologias ambientais
produtos/serviços ambientalmente eficientes • Priorizar linhas de PD&I, prestigiando profissionais e transformando-os em • Estabelecer editais de fomento à inovação e pesquisa em setores ambientais para o referência internacional
• Planejar a ampliação da inserção de tecnologias limpas e PD&I parceiros de negócios em tecnologias avançadas estado de Santa Catarina, visando desenvolver soluções para as atuais deficiências e • Buscar tecnologias no exterior com diferenciado potencial competitivo, para serem
• Incentivar os centros universitários na busca por pesquisas e desenvolvimento • Fomentar empresas de PD&I aumentar a competitividade aplicadas nas empresas locais, realizando estudos de viabilidade econômica e
de incubadoras tecnológicas, priorizando tecnologias de baixo custo aplicáveis • Realizar estudos para implantação de projetos de ciclo de vida dos produtos, • Desenvolver e aplicar programas específicos, catalisando setores estratégicos como operacional
nanotecnologias ambientais, energias limpas e materiais emergentes, voltados à • Investir constantemente em pesquisa e projetos, com foco no aumento da
Tecnologia e PD&I à realidade do estado
• Pesquisar constantemente novas tecnologias, aplicáveis ao contexto de Santa
abrangendo desde a concepção dos projetos na exploração da matéria-prima
até a destinação para a reciclagem realidade catarinense produtividade em processos ambientais, visando menor geração de resíduos,
Catarina, que sejam referência no desenvolvimento sustentável • Incubar iniciativas locais de tecnologias para remediação ambiental, • Incentivar e fomentar o desenvolvimento de pesquisa, inclusive de incubadoras menor consumo de água e energia, menores emissões de poluentes, menor uso
• Montar núcleos regionais de desenvolvimento apoiados pelo Sistema S, para o consolidando tecnologias internacionalmente estabelecidas por meio de uma tecnológicas de substâncias químicas controladas; visando, especialmente, a otimização de
acesso à informação e desenvolvimento das macrorregiões de Santa Catarina parceria com universidades e instituições de pesquisa • Criar centros de inovação tecnológica nas macrorregiões do estado de SC e processos e uso de novas tecnologias para reciclagem
• Criar programas que incentivem financeiramente projetos inovadores na área • Criar um sistema informatizado de licenciamento ambiental e outros controles, novas oportunidades de negócio, integrando empresas de PD&I e usuários, • Incentivar a formação de cadeias produtivas sustentáveis, por meio da integração
ambiental de forma a unificar os sistemas, independentemente da atuação municipal ou compartilhando infraestrutura de PD&I entre geradores e utilizadores de resíduos
• Incentivar desenvolvimento de projetos na área de tecnologia e PD&I, estadual dos órgãos, com regras objetivas e unificadas • Capacitar os agentes em relação a contratos de PD&I, discutindo propriedade • Facilitar a normatização, regulamentação e o licenciamento ambiental de atividades
melhorando processos produtivos para valorização de resíduos intelectual, reserva de mercado, formas de captação de recursos para pesquisa & e processos produtivos que trarão inovação para a indústria

• Levantar junto a empresas, ICT’s e Sistema S as dificuldades relacionadas ao meio normas e programas internos, inserindo, conjuntamente, o discente em atividades de • Qualificar os profissionais da indústria quanto ao tema, implantando um pesquisa para o desenvolvimento de pessoas
ambiente e recursos humanos, diagnosticando o estado atual e as necessidades planejamento interno nas organizações e em discussões no âmbito da federação modelo de excelência em gestão e desenvolvimento de pessoas • Investir em educação ambiental e profissional durante o ensino
futuras • Criar bolsas de estudo para ampliar o acesso de estudantes aos cursos de graduação e • Reforçar os cursos de especialização e profissionalizantes, formando fundamental e médio, acompanhando esse desenvolvimento com metas
• Estabelecer critérios para soluções dos diagnósticos, traçando um plano de à formação profissionalizante na área recursos humanos em nível técnico, de graduação e pós-graduação, • Inserir as escolas públicas em programas parceiros da indústria
desenvolvimento de recursos humanos • Atualizar os currículos acadêmicos para atender às necessidades do mercado capacitados para atuarem no setor • Reforçar investimentos no ensino superior, incluindo temas transversais
• Utilizar os centros de inovação propostos pelo Governo do Estado como um • Conscientizar a indústria para reconhecer os profissionais especializados da área • Estabelecer condições de formação de pessoas, atendendo às como meio ambiente e estimulando ambientes empreendedores
ambiente de formação de competências para o desenvolvimento sustentável de SC ambiental, absorvendo e valorizando essas pessoas necessidades do mercado, otimizando instituições estabelecidas, e, se • Valorizar equipes multidisciplinares, estimulando proposição de soluções
necessário, atraindo pessoas capacitadas de outros estados inovadoras
Pessoas • Promover cursos e treinamentos com foco em novas tecnologias ambientais,
formando profissionais qualificados
• Intensificar a fiscalização de engenheiros ambientais e sanitaristas nas funções
exercidas nas empresas em parceria com o CREA-SC • Investir em instituições de ensino e pesquisa, nos setores ambientais • Ampliar mecanismos de fomento e de incubação de startups
• Investir em educação ambiental e profissional durante o ensino médio • Fortalecer os órgãos ambientais com a realização de concurso público para apontados por estudos como defasados, estruturando soluções por • Criar novos cursos e/ou dar maior abrangência aos já existentes por meio
• Criar programas de formação em todos os níveis de ensino, capacitando profissionais contratação de técnicos, atendendo plenamente a demanda de licenciamento região/vocação do estado do ensino a distância
em tecnologias, gestão e área regulatória ambiental no estado • Criar programas de capacitação e absorção de trabalhadores voltados às • Criar programas de desenvolvimento quanto à adequação da legislação
• Fomentar a criação de cursos técnicos e de nível superior na área ambiental com • Divulgar os resultados da Rota Estratégica do Meio Ambiente para a indústria, a questões ambientais das indústrias, criando uma parceria entre instituições • Capacitar os técnicos dos órgãos ambientais, bem como aumentar
enfoque prático, estimulando os jovens a se engajarem no tema academia, o setor público e a sociedade civil no estado de Santa Catarina de ensino e mercado os quadros funcionais, para o atendimento dos processos em prazos
• Atrair o corpo docente para a análise das realidades da indústria, a aplicação de • Criar uma linha de pesquisa voltada para a economia verde • Indução de cursos direcionados a problemas reais do setor industrial em compatíveis com as necessidades dos empreendimentos
nível regional, integrando empresas, instituições de ensino e instituições de •

• Sensibilizar os industriais, por meio dos sindicatos, das • Adotar práticas efetivas de cobrança da legislação
associações e dos comitês, sobre a importância de • Atualizar grades curriculares do ensino fundamental,
ações ambientais e de competitividade, estimulando médio e da educação superior, contendo os elementos
a mudança de percepção da questão ambiental como básicos da cultura ambiental
oportunidade ao invés de problema • Criar cartilha no âmbito municipal, orientando para
• Iniciar programas de educação ambiental e mudança mudança do comportamento da população em relação
Cultura Ambiental cultural, difundindo as oportunidades e os benefícios de às questões ambientais, e para conscientização dos
boas práticas nas organizações riscos
• Ampliar a cultura ambiental contínua na indústria, com • Apoiar e contribuir com projetos/ações que
inserção de nova abordagem em toda a hierarquia desenvolvam a cultura da sustentabilidade
• Criar indicadores, métricas e inventário dos impactos, • Patrocinar eventos voltados para a divulgação de
no âmbito da FIESC, possibilitando o registro e a tecnologias limpas junto às crianças da escola de
comparação de métricas ambientais educação básica

O Roadmap está disponível ao final desta publicação.

Meio Ambiente | 11
Situação Atual

A seguir são apresentadas informações sobre o panorama atual do Setor de Meio Ambiente em
Santa Catarina. O objetivo é apresentar e discutir dados e indicadores que captem a evolução dos
segmentos produtivos que compõem o setor. O Quadro 1 apresenta os segmentos em acordo
com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE.

Quadro 1 – Abrangência do setor

Segmentos Divisão CNAE 2.0 Grupo CNAE 2.0

Captação,
Tratamento e 36 - Captação, Tratamento e 36.0 - Captação, tratamento e distribuição
Distribuição de Distribuição de Água de água
Água
Esgoto e
37 - Esgoto e Atividades
Atividades 37.0 - Esgoto e atividades relacionadas
Relacionadas
Relacionadas
Coleta, Tratamento 38 - Coleta, Tratamento e 38.1 - Coleta de resíduos
e Disposição de Disposição de Resíduos; 38.2 - Tratamento e disposição de resíduos
Resíduos Recuperação de Materiais 38.3 - Recuperação de materiais
Descontaminação
39 - Descontaminação e
e Outros Serviços 39.0 - Descontaminação e outros serviços
Outros Serviços de Gestão de
de Gestão de de gestão de resíduos
Resíduos
Resíduos

Panorama setorial

Antes de apresentar a localização geográfica setorial dentro do estado, cabe ressaltar sua
relevância no âmbito nacional. Em Santa Catarina, no ano de 2013, estavam inseridos 9%
dos estabelecimentos brasileiros do Setor de Meio Ambiente, havendo um número maior de
estabelecimentos apenas nos estados de São Paulo, que lidera o ranking nacional com 27% dos
estabelecimentos totais existentes no país, e do Rio Grande do Sul, com 10% do total.

Fonte – Quadro 1: Adaptado de IBGE, CNAE 2.0, 2014.

12 | Rotas Estratégicas Setoriais para a Indústria Catarinense - 2022


Vale ressaltar que a participação do Paraná, terceiro colocado no ranking, similar à Santa Catarina,
também com 9% do total. Porém, Santa Catarina apresenta posição de maior destaque que
o Paraná quando considerada a proporcionalidade populacional. Destaca-se, ainda, a elevada
participação do estado de São Paulo, que detém quase a mesma participação que os estados
da Região Sul, conjuntamente.

A Figura 1 apresenta a localização da atividade nas mesorregiões catarinenses, e permite


visualizar a concentração do setor nas mesorregiões do Vale do Itajaí e Oeste Catarinense,
representando mais de 50% dos estabelecimentos do estado. Entre os municípios com maior
representatividade no estado, em 2013, podem ser citados Blumenau (4%), Florianópolis (3,9%),
Joinville (3,4%), Brusque (3,4%) e Itajaí (3,2%). Esses dados revelam que não há forte concentração
no número de estabelecimentos em determinados municípios (Figura 2).

Figura 1 – Número de estabelecimentos do Setor de Meio Ambiente – Santa Catarina, 2013

Legenda
Número de Estabelecimentos
Até 50
Entre 50 e 150
Entre 150 e 200
Entre 200 e 250

Por sua vez, em relação ao número de trabalhadores empregados no setor, em 2013, nota-se,
também, uma concentração significativa em São Paulo, com 28% do total de empregados no
setor. Os estados do Rio de Janeiro (13%) e de Minas Gerais (10%) foram os que mais empregaram
trabalhadores, depois de São Paulo, em 2013, enquanto Santa Catarina foi o oitavo estado
que mais empregou trabalhadores neste setor. Nesse contexto, o porte empresarial médio
catarinense é menor do que o registrado em diversos outros estados.

Fonte – Figura 1 : MTE, Relação Anual de Informações Sociais, 2013.

Meio Ambiente | 13
Entre os municípios catarinenses, Florianópolis liderou o ranking e representou 19% do total de
empregos do setor no âmbito estadual, em 2013. Na 2ª posição, encontrava-se o município de
Joinville, com 11%, seguido por Chapecó, Itajaí e Blumenau, cada um com 4% (Figura 2).

Figura 2 – Estabelecimento e emprego do Setor de Meio Ambiente (2007 e 2013)

2007

LEGENDA
Número de Empregados Número de Estabelecimentos

Sem empregados Sem estabelecimentos


Até 250 Até 15
Entre 250 e 550 Entre 15 e 25
Entre 550 e 1.500 Entre 25 e 30
Entre 1.500 e 3.500
Entre 30 e 35

2013

Indicadores específicos

Oferta e Custo da Água


Nesta seção são apresentadas algumas informações sobre o consumo de água entre os setores da
indústria catarinense. Os dados revelam que o setor alimentício respondeu pelo maior consumo
de água, com gasto de R$ 417 milhões, em 2013. Os setores de produtos químicos, R$ 189 milhões,
e veículos automotores, R$ 168 milhões, também figuram entre os que mais consomem água no
estado.
Contudo, quando analisado o gasto com água por mil reais produzidos, o setor de minerais não
metálicos apresenta o maior gasto, com valor de R$ 6,50, em 2013. Na sequência, encontram-se os
setores de Produtos Têxteis, R$ 2,00, e de Artigos do Vestuário, R$ 1,50 (Gráfico 1).

Fonte – Figura 2 : MTE-RAIS, 2013.

14 | Rotas Estratégicas Setoriais para a Indústria Catarinense - 2022


Sobre a oferta de água em Santa Catarina, notou-se que mais da metade dos municípios
catarinenses necessita de investimento em ampliação do sistema de abastecimento de água ou
de novo manancial, segundo informações, para o ano de 2015. Entre os municípios que requerem
novo manancial destacam-se Florianópolis, Bocaina do Sul, Jaraguá do Sul e Maravilha. Dentre as
seis mesorregiões de Santa Catarina, a Grande Florianópolis é a que apresenta a maior proporção
de municípios com necessidade de investimento em novo manancial (Figura 3).

Gráfico 1 - Custo com água nas atividades industriais – Brasil, 2013

GASTO COM ÁGUA A CADA MIL REAIS PRODUZIDOS ( EM R$)


450 417 8,0
CUSTO COM ÁGUA ( EM R$ MILHÕES)

400 7,0
350
6,5
6,0
300
5,0
250
189 4,0
200 168
136 120 3,0
150 114 109 2,0
100
101 1,2 1,5 2,0
1,0 0,9 0,6 80
50 1,1 1,3 1,4 70 67 1,0
0,7 0,0
0
s

es

ico

al

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a
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Ve

in
Pr

ch

Fa
ui

M
áq

rra
M

Bo

Figura 3 - Situação da oferta de água - Santa Catarina

2007

DIAGNÓSTICO 2015
NECESSIDADE DE INVESTIMENTO
Requer novo manancial
Requer ampliação do sistema
Abastecimento satisfatório
Município sem informação
Limite de região metropolitana

Fonte – Gráfico 2: PIA, Pesquisa Industrial Anual, 2013.


Figura 3: Agência Nacional das Águas, 2015.

Meio Ambiente | 15
Qualidade do Ar
Esta seção dedica-se a apresentar indicadores sobre a qualidade do ar. No período entre 2007 e 2013,
as emissões de CO2 dos processos industriais catarinenses apresentaram uma taxa média anual de
crescimento de 36%, enquanto que as emissões brasileiras do setor cresceram 2,3% ao ano. Nota-se
que as emissões de CO2 estiveram fortemente concentradas em dois setores: Energia e Agropecuária,
com 22,6 milhões de toneladas e 13,9 milhões de toneladas, respectivamente, em 2013.
No Brasil, os setores de Mudança no Uso da Terra e Energia foram os que apresentaram maiores
emissões de CO2, 542 e 473 milhões de toneladas, respectivamente, em 2013 (Gráfico 2). Ressalta-
se a redução significativa das emissões no setor de Mudanças no Uso da Terra entre 2007 e 2013.
As informações do Gráfico 3 apresentam uma estimativa do aumento da emissão de CO2
discriminado por setor produtivo, no caso de um aumento da demanda final dos consumidores
da ordem de R$ 1 bilhão. O gráfico mostra que os setores de Siderurgia, Transporte e Minerais
Não-Metálicos são os que apresentam maior nível de emissão. No que tange às emissões oriundas
por estado, as emissões de São Paulo são menores do que as emissões observadas no restante do
Brasil, em todos os setores. Essa menor emissão pode ser explicada pela maior implementação de
técnicas produtivas sustentáveis observadas nesse estado.

Gráfico 2 - Estimativa das emissões de CO2 por setor de emissão - em milhões de toneladas
1072

SANTA CATARINA BRASIL

542
473
22,6
354 383 417
15,2
12,1 13,9
75 87
2,6 0,7 1,8 2,5 43 49
0,1 0,7
Energia Agropecuária Processos Mudança de Resíduos Energia Agropecuária Processos Mudança de Resíduos
Industriais Uso da Terra Industriais Uso da Terra

Legenda: 2007 2013

Gráfico 3 - Efeito total nas emissões de CO2 de um aumento na demanda final em R$ 1 bilhão - mil toneladas
25
22

14
13

9
8 8
6 6
4 5 4 5 4
3 3 3 1
2 2
Siderurgia Transporte Minerais Extrativa Metalurgia Papel e Alimentos e Agropecuária Química Têxtil e
Não-metálicos Mineral básica Celulose Bebidas Confecção

Legenda: São Paulo Restante do Brasil

Fonte - Gráfico 2: SEEG/Observatório do Clima, 2013.


Gráfico 3: Carvalho e Perobelli, 2009.

16 | Rotas Estratégicas Setoriais para a Indústria Catarinense - 2022


Resíduos
A produtividade do trabalho nas atividades de serviço em Esgoto, coleta, tratamento e disposição
de resíduos e recuperação de materiais, medida pela relação entre o Valor da Transformação
Industrial (VTI) e o Pessoal Ocupado (PO), em mil R$/trabalhador, apresentou crescimento de 6,3%
entre 2007 e 2008, passando de R$ 63 mil por trabalhador para R$ 67 mil por trabalhador no Brasil.
Em 2009 recuou para R$ 64 mil por trabalhador, para, a partir de 2010, voltar a crescer, passando
de R$ 67 mil para R$ 76 mil por trabalhador em 2012, representando um crescimento de 13,4% no
período. Numa análise geral do período, entre 2007 e 2012, este setor apresentou crescimento de
3% ao ano (Gráfico 4).
Entre os principais materiais descartados no Brasil, em 2012, destaca-se a matéria orgânica, que
respondeu por mais de 50% do total. Na sequência, se encontram produtos plásticos, com 14% do
total, e papel, papelão e longa vida, com 13% (Gráfico 5).

Gráfico 4 - Produtividade das atividades de serviços em esgoto, coleta, tratamento e disposição de resíduos e recuperação de materiais
Brasil, 2007-2012, R$ mil

72 76

63 67 64 67

2007 2008 2009 2010 2011 2012

Gráfico 5 - Principais materiais descartados – Brasil, 2012

51%

17%
14% 13%
2% 1% 2%

Matéria Plástico Papel, papelão Vidro Alumínio Aço Outros


orgânica e longa vida

Fonte - Gráfico 4: PAS, Pesquisa Anual de Serviços. 2012.


Gráfico 5: ABIPLAST, 2014.

Meio Ambiente | 17
Mercado de trabalho

Os dados sobre o Mercado de Trabalho estão sintetizados nos Gráficos 6, 7 e 8. No período


analisado, a economia brasileira apresentou um crescimento significativo. Apesar desse crescimento
ser liderado por alguns setores específicos, observou-se um efeito transbordamento, que resultou
em aumento generalizado dos salários.
Nesse contexto, o segmento que apresentou maior remuneração, tanto para Santa Catarina
quanto para o Brasil, foi o de Captação, Tratamento e Distribuição de Águas, com valores de R$
3.435 e R$ 3.660 respectivamente, para 2013. Por outro lado, o segmento que apresentou maior
crescimento da remuneração de 2007 a 2013 foi o de Descontaminação e Outros Serviços de
Gestão de Resíduos, com crescimento de 38% ao ano para Santa Catarina e de 32,5% ao ano para
o Brasil.
O setor de Captação, Tratamento e Distribuição de Águas cresceu 9% ao ano em Santa Catarina e
10% ao ano no Brasil; Esgoto e Atividades Relacionadas cresceu 32% ao ano em Santa Catarina e
16% no Brasil; e o segmento de Coleta, Tratamento e Disposição de Resíduos cresceu 12% ao ano
tanto para o Brasil quanto para Santa Catarina. Somente no segmento de Captação, Tratamento
e Distribuição de Águas, Santa Catarina cresceu menos que a média brasileira, fator indicativo da
competitividade e produtividade apresentada pela economia catarinense (Gráfico 6).
O investimento em qualificação é prioridade para que o Setor de Meio Ambiente continue
competitivo. Observou-se um aumento na escolaridade das pessoas empregadas no setor, fato
que sempre contribui para a maior competitividade. Neste ponto, é importante ressaltar que para
o segmento de Captação, Tratamento e Distribuição de Águas, a proporção dos trabalhadores
com ensino médio completo não se alterou no estado, entre 2007 e 2013. No caso brasileiro,
porém, observa-se um aumento de 13% deste indicador, ressaltando-se que, em 2007, ambos se
encontravam no mesmo patamar (Gráfico 7).
Para o segmento de Esgoto e Atividades Relacionadas, destaca-se que a proporção dos empregados
com ensino médio completo apresentou maior variação em Santa Catarina do que no Brasil, entre
2007 e 2013. No caso catarinense, em 2007, apenas 8% dos trabalhadores detinham ensino médio
completo, aumentando em 2013 para 43%, enquanto, no caso brasileiro, a proporção foi de 15%
e 32%, em 2007 e 2013 respectivamente. Este segmento apresentou a maior variação do número
de trabalhadores com ensino médio completo entre os segmentos analisados em Santa Catarina.
A comparação entre Santa Catarina e Brasil para o segmento de Coleta, Tratamento e Disposição de
Resíduos, evidencia que a proporção de trabalhadores catarinenses com ensino médio completo
passou de 18% para 29%, entre 2007 e 2013, enquanto que a proporção de trabalhadores brasileiros
passou de 20% para 29%, no mesmo período. Por sua vez, no segmento de Descontaminação e
Outros Serviços de Gestão de Resíduos a proporção catarinense passou de 19% para 54%, no
período, e a proporção brasileira passou de 16% para 47% (Gráfico 8).

18 | Rotas Estratégicas Setoriais para a Indústria Catarinense - 2022


Para o ano de 2013, a educação básica do trabalhador industrial, definida como a soma do
ensino médio completo e superior, do segmento de Captação de Água, foi de 71% para Santa
Catarina e de 77% para o Brasil. Para o segmento de Esgoto, a educação básica foi de 60% para
Santa Catarina e de 39% para o Brasil. Já para o segmento de Coleta, essa proporção foi de 34%
tanto para Santa Catarina quanto para o Brasil. Por fim, para o segmento de Descontaminação,
a proporção dos trabalhadores com educação básica foi de 66% para Santa Catarina e de 60%
para o Brasil, em 2013.

Gráfico 6 - Mercado de trabalho, remuneração Real Média, em R$ - 2007 e 2013

SANTA CATARINA BRASIL


3.435 3.660

2.227 2.305
1.971 1.955 1.846
1.490 1.444 1.394
677 856 730 810
593 626

Captação, Esgoto e Coleta, Descontaminação Captação, Esgoto e Coleta, Descontaminação


Tratamento e Atividades Tratamento e e Outros Serviços Tratamento e Atividades Tratamento e e Outros Serviços
Distribuição de Relacionadas Disposição de de Gestão de Distribuição de Relacionadas Disposição de de Gestão de
Resíduos Resíduos
Água Resíduos Água Resíduos

Legenda: 2007 2013

Gráfico 7 - Distribuição por nível de escolaridade, Setor de Meio Ambiente – 2007 e 2013

SANTA CATARINA BRASIL

4% 4% 7%
8% 17%
24% 23% 28% 15%
3%
35%
6% 32%

43%
36% 36% 8%

36% 49%
83% 72%
5% 7%
10%
3% 52%
4%
35% 30% 33%
26%
19%
2%

2007 2013 2007 2013 2007 2013 2007 2013

Captação, Distribuição e Esgoto e Atividades Captação, Distribuição e Esgoto e Atividades


Tratamento de Água Relacionadas Tratamento de Água Relacionadas

Analfabeto Fundamental Médio Incompleto Médio Completo Superior

Fonte – Gráfico 6: MTE. Relação Anual de Informações Sociais, 2013. Nota: Valores deflacionados pelo IPCA.
Gráfico 7: MTE, Relação Anual de Informações Sociais, 2013.

Meio Ambiente | 19
Gráfico 8 - Distribuição por nível de escolaridade, Setor de Meio Ambiente – 2007 e 2013

SANTA CATARINA BRASIL

4% 5% 8% 4% 5% 5%
12% 13%
18% 20% 16%
29% 19% 29%
8% 8% 11%
5%
47%
7% 54% 9%

66%
67% 66%
69% 11%
58%
10% 57%

28%
24%

2007 2013 2007 2013 2007 2013 2007 2013

Coleta, Tratamento e Descontaminação e Outros Coleta, Tratamento e Descontaminação e Outros


Disposição de Resíduos Serviços de Disposição Disposição de Resíduos Serviços de Disposição
de Resíduos de Resíduos

Analfabeto Fundamental Médio Incompleto Médio Completo Superior

PD&I

O investimento em inovação indica os esforços do setor para aumentar a competitividade. No


período analisado, entre 2005 e 2011, observou-se um crescimento no investimento em PD&I,
tanto por parte de Santa Catarina quanto do país. É importante ressaltar, porém, que o crescimento
verificado no estado catarinense foi menor do que a média brasileira. Em 2005, apenas 5%
das empresas catarinenses adotaram técnicas avançadas de gestão ambiental, percentual que
aumentou para 11% em 2011. No Brasil, o mesmo percentual, de 5%, em 2005 aumentou para 14%
em 2011 (Gráfico 9).

Gráfico 9 – Percentual das empresas que adotaram técnicas avançadas de gestão ambiental - 2005, 2008 e 2011

SANTA CATARINA BRASIL

14%
11% 11%

7%
5% 5%

2005 2008 2011 2005 2008 2011

Fonte – Gráfico 8: MTE, Relação Anual de Informações Sociais, 2013.


Gráfico 9: IBGE–PINTEC, 2005, 2008 e 2011.

20 | Rotas Estratégicas Setoriais para a Indústria Catarinense - 2022


Nota-se que as empresas que adotaram técnicas avançadas de gestão ambiental se concentraram
nos segmentos de Produtos Têxteis, Produtos Alimentícios e Máquinas, Aparelhos e Materiais
Elétricos, 21%, 14% e 13%, respectivamente (Gráfico 10).

Gráfico 10 - Percentual de empresas que implementaram técnicas avançadas de gestão ambiental por setor, em 2011

21%
15%
14% 13%

4% 1%

Produtos têxteis Produtos Máquinas, Artigos de Confecção de artigos Outras


alimentícios aparelhos e borracha e de vestuário e atividades da
materiais elétricos plástico acessórios indústria

Fonte – Gráfico 10: PINTEC – IBGE, 2011.

Meio Ambiente | 21
Futuro Desejado

Neste capítulo, apresenta-se o futuro desejado pela Indústria Catarinense para o tema Meio
Ambiente. Durante o Painel de Especialistas, realizado em setembro de 2015, foi definida uma
visão de futuro, os fatores críticos de sucesso e as ações a serem implementadas em curto, médio
e longo prazo, visando o alcance dos objetivos estabelecidos até o ano de 2022.

VISÃO

Indústria Catarinense referência em inovação


no uso racional dos recursos ambientais e nas
soluções para o desenvolvimento sustentável

Para alcançar a visão de futuro desejada pela Indústria de Santa Catarina no Setor de Meio Ambiente,
os especialistas elencaram 6 fatores críticos essenciais, considerando como ações primordiais: (i)
desenvolver e implementar políticas públicas que apoiem o desenvolvimento sustentável; (ii) atrair
investimentos para o setor; (iii) promover a integração da Indústria com as Instituições de Ciência
& Tecnologia (ICT´s); (iv) fomentar tecnologias, pesquisa, desenvolvimento e inovação; (v) capacitar
pessoas; e (vi) criar uma cultura ambiental na sociedade como um todo.

Fatores críticos de sucesso


O alcance da visão antes definida passa pela mudança do status de alguns fatores críticos essenciais:

› Políticas Públicas › Tecnologia e PD&I


› Investimentos › Pessoas
› Integração Indústria e ICT’s › Cultura Ambiental

22 | Rotas Estratégicas Setoriais para a Indústria Catarinense - 2022


Ações
Com base nos fatores críticos identificados, ainda durante o painel, foram propostas,
participativamente, ações de curto, médio e longo prazos, objetivando alcançar a visão de futuro.

Políticas Públicas
Criar incentivos fiscais, revisando estrutura tributária, para incentivo de
desenvolvimento do mercado e de novas soluções em economia verde
Flexibilizar a utilização da lei do bem e de inovação para todos os regimes
contábeis, fomentando o desenvolvimento sustentável
Criar linhas de crédito mais competitivas para empresas que atuam com
princípios alinhados à economia verde
Criar indicadores de desempenho, posicionando as empresas em relação ao
cumprimento da visão do setor e ao atendimento das políticas públicas vigentes
Estabelecer diretrizes para regularização das indústrias do setor ambiental
Fomentar setores de reciclagem incipientes em Santa Catarina
(eletroeletrônicos, lodos galvânicos, entre outros)
Agilizar, em conjunto com governos estadual e federal, a consecução de
obras de infraestrutura
Propor diretrizes para fortalecimento de órgãos ambientais mais ágeis e
Ações de curto prazo
eficientes, definindo, com clareza, as atribuições nas diferentes instâncias,
2015-2016
aprimorando o processo de licenciamento ambiental e uniformizando a
interpretação da legislação
Estabelecer critérios para outorga de recursos hídricos, com a participação
dos Comitês de Bacia
Fomentar o cadastro de usuários de recursos hídricos, estruturando as
agências reguladoras
Promover a elaboração do Plano Estadual de Gestão de Resíduos Sólidos
Reduzir o custo dos licenciamentos ambientais
Elaborar mapa dos pontos críticos dos municípios de Santa Catarina em
relação às questões ambientais
Fomentar planejamentos de ordem legislativa municipal e estadual, atraindo o
executivo municipal para o atendimento das necessidades locais da indústria
Envolver a indústria na discussão de novos marcos regulatórios ou nas
revisões dos atuais

Meio Ambiente | 23
Criar programa de qualificação de trabalhadores em tecnologias de baixo
impacto ambiental, revendo o conteúdo programático dos cursos técnicos,
tecnológicos e bacharelados já existentes
Criar um programa de bolsas de iniciação científica e de pós-graduação,
financiado pela indústria e pelo governo estadual, para pesquisas
demandadas pelo setor industrial
Incentivar pesquisa, desenvolvimento e incubação de iniciativas da
economia verde
Criar programas de valorização de iniciativas socioambientais adotadas pela
indústria, divulgando as boas práticas ambientais
Sensibilizar o poder público para o desenvolvimento de práticas de gestão,
que sejam referência para o setor privado
Criar um sistema de indicadores de desempenho das políticas públicas, sob
a ótica da avaliação externa, no qual, por exemplo, o setor privado avalia o
setor público e vice-versa
Promover interação eficiente entre os diversos intervenientes (sistemas,
federação, sindicatos, órgãos reguladores, órgãos de fomento), a fim de
alcançar coerência nos processos, harmonizando as diversas políticas,
minimizando duplicidades e antagonismos
Modelar as políticas públicas e setoriais, baseando-se em políticas
Ações de médio prazo internacionais de sustentabilidade e cooperação entre setor produtivo,
2017-2018 governo e sociedade
Estabelecer legislação sobre lançamento de efluentes, emissões atmosféricas
e eficiência energética
Instituir uma legislação ambiental simples, praticável e de referência para
outros estados
Implantar a Política Nacional de Resíduos no estado, estruturando a cadeia
da reciclagem e logística reversa
Articular os diferentes planos, tais como Planos de Bacia Hidrográfica,
Planos Diretores, Planos de Saneamento Básico, criando sinergia entre essas
políticas públicas
Concluir o Plano Estadual de Recursos Hídricos
Criar órgão gestor de recursos hídricos próprio do estado de Santa Catarina
Fortalecer os Comitês de Bacia Hidrográfica
Instituir políticas públicas voltadas a incentivos fiscais para novas tecnologias,
política de investimento em empresas que desenvolvem produtos na área
ambiental e política de estado para facilitar o acesso ao crédito de baixo
custo às empresas que precisem inovar e renovar seu parque industrial
Reduzir carga tributária para indústrias que incentivam pesquisas nas áreas
ambientais e socioambientais
Desonerar os impostos sobre os investimentos de capital

24 | Rotas Estratégicas Setoriais para a Indústria Catarinense - 2022


Criar programas de integração universidade - indústria, incentivando a
Pesquisa & Desenvolvimento de novas tecnologias ambientais
Mobilizar investimentos em mecanismos de controle público e estruturação
dos órgãos ambientais, buscando eficiência e combate à corrupção
Ações de longo prazo
Implantar a Política Estadual de Recursos Hídricos e de Saneamento,
2019-2022
consolidando suas estruturas regulatórias
Aproximar o setor empresarial dos órgãos licenciadores e do Ministério Público,
criando maior eficiência na formulação e implantação de políticas públicas
Executar Planejamento Estratégico voltado para Meio Ambiente

Investimentos

Investir em projetos piloto que sirvam como unidades demonstrativas na


criação & desenvolvimento de tecnologias, em logística e em incentivos na
área de produção mais limpa

Estabelecer linhas de fomento (FAPESC, FIESC, SENAI, entre outros),


específicas para apoio de empresas startups voltadas para inovação em
negócios sustentáveis

Incentivar investimentos privados em tecnologias de uso dos recursos


ambientais, na criação de parques de simbiose industrial e na área de
reciclagem
Desburocratizar a liberação dos recursos para iniciativas de sustentabilidade
em processos e produtos
Incentivar investimentos em controle de perdas de água em processos,
reúso da água e outros insumos

Criar linhas de investimentos para criação de incubadoras tecnológicas na


Ações de curto prazo
área ambiental, com incentivos para boas práticas ambientais
2015-2016
Estabelecer fundos setoriais para investimento em empresas de tecnologia

Disponibilizar recursos não reembolsáveis para investimento em empresas


iniciantes, com bons projetos voltados ao meio ambiente, ajudando-as na
obtenção de crédito sem comprovação de renda inicial
Criar programas de orientação para cadeia produtiva quanto às necessidades
de investimento, demonstrando resultados a curto, médio e longo prazos
Criar linhas de investimentos e financiamentos regionais mais acessíveis e
com juros baixos a pequenas e médias empresas

Fomentar o desenvolvimento de projetos em parceria entre universidades


e empresas, estruturando plano de investimento focado em pesquisa,
desenvolvimento e inovação na área ambiental

Atrair indústrias inovadoras para o estado, por meio de incentivos

Meio Ambiente | 25
Identificar carências e necessidades para criação de linhas de financiamento,
direcionadas à sustentabilidade
Criar incentivos fiscais mais objetivos, menos burocráticos e financeiramente
mais generosos para indústrias investirem em P&D associados com startups
e/ou universidades
Intensificar os incentivos, sejam tecnológicos, inovadores, fiscais e
financeiros, aos projetos e à implementação das tecnologias inovadoras,
auxiliando novos empreendedores, que tragam ideias inovadoras voltadas às
questões ambientais
Repassar investimentos por meio do ICMS ecológico a indústrias que atuam na
aplicação de ferramentas e programas de melhoria contínua que minimizem impactos
Implementar plano de investimento, diversificando mais a quantidade dos
beneficiários no mesmo setor a ser investido, estruturado pelos agentes de
fomento para incentivar PD&I
Criar linhas de financiamento com metas ambientais e novas linhas de fomento a PD&I
Criar linhas de crédito mais viáveis para tecnologias existentes, visando uso racional
dos recursos ambientais e não apenas aplicáveis às tecnologias inovadoras
Facilitar crédito para empresas com programas socioambientais e
Ações de médio prazo financiamento para execução dos novos projetos ambientais
2017-2018 Estabelecer um fundo de investimento e linhas de fomento para a proteção
ambiental e incentivo para inovação tecnológica em soluções sustentáveis
Captar recursos internacionais para investimento em PD&I
Estabelecer prêmios e certificações que reconheçam empresas que realizam
ações sustentáveis
Investir na indústria da reciclagem, de energias renováveis e em obras de
esgoto sanitário urbano
Investir em energia eólica e/ou fotovoltaica e em incentivos fiscais para sua
utilização em empresas e/ou residências
Planejar programas de orientação à cadeia produtiva quanto a necessidades
de investimento, demonstrando resultados a curto, médio e longo prazos, e
de instrumentos de incentivo para investimento em tecnologias, educação
ambiental, produtos sustentáveis
Fomentar o desenvolvimento de projetos em parceria entre universidades
e empresas, estruturando plano de investimento focado em PD&I na área
ambiental e criando ambientes de desenvolvimento tecnológico
Viabilizar recursos financeiros para as ações previstas nos planos de
saneamento municipal

26 | Rotas Estratégicas Setoriais para a Indústria Catarinense - 2022


Investir no planejamento das prioridades ambientais do estado de SC,
visando o uso sustentável dos recursos naturais, com novas tecnologias
que minimizem a utilização de insumos e matérias primas e em P&D do
aproveitamento de resíduos
Fomentar ambientes de desenvolvimento tecnológico que propiciem às
empresas condições para atuação internacional
Captar recursos federais, alavancando mais fomentos ao estado
Implementar plano de investimento estruturado pelos agentes de fomento
para incentivar PD&I
Avaliar e aperfeiçoar investimentos e incentivos na área de produção mais limpa
Instituir formas de incentivos às empresas que atingirem as metas
estabelecidas nos indicadores
Ações de longo prazo Permitir que as linhas de créditos, voltadas para inovações tecnológicas, no
2019-2022 curto e médio prazo, sejam mantidas para que se transformem em cultura
Criar linhas de fomento a sindicatos e cooperativas que atendam às
indústrias, e linhas de apoio a novas empresas no ramo de produtos
ecologicamente corretos e processos de remediação ambiental
Investir em tecnologias de tratamento de efluentes, redução de emissões,
reúso de água e obras hidráulicas, garantindo o atendimento às demandas
de uso de recursos hídricos
Aumentar os investimentos em transportes mais eficientes, menos
agressivos ao meio ambiente, diminuindo a dependência do transporte
rodoviário, priorizando ferrovias e hidrovias
Criar programa de desenvolvimento inovador, em conjunto com programas
de orientação à cadeia produtiva, quanto a necessidades de investimento,
demonstrando resultados a curto, médio e longo prazos

Meio Ambiente | 27
Integração Indústria e ICT’s

Promover a abertura de um canal de comunicação entre a indústria e as


instituições de ensino (ciência e tecnologia), proporcionando um debate
amplo sobre as questões em comum
Divulgar políticas públicas de integração da indústria com ICT's, nas
universidades e no setor industrial

Diagnosticar as necessidades da indústria e os conhecimentos disponíveis


nas ICT's, buscando soluções aplicáveis

Incentivar a criação de redes colaborativas, produção simbiótica e formação


de ecossistemas de inovação

Criar fórum de discussão e indicadores de desenvolvimento da integração


entre indústria e ICT’s

Facilitar integração de micro e pequenas indústrias às instituições de pesquisa


Ações de curto prazo Definir linhas de pesquisa e de desenvolvimento de relevância à sociedade
2015-2016 para, então, aplicar nas indústrias
Aproximar e integrar ICT´s à indústria, por meio da oferta de pesquisa aplicada
Levar ao conhecimento, em todas as regiões do estado, o acesso à
informação sobre editais de pesquisa, desenvolvimento e inovação,
usando as Secretarias de Desenvolvimento Regionais -SDR’s e o Sistema S
como propagador

Criar linhas de financiamento e de divulgação de editais de fomento à


pesquisa nas áreas de: biorremediação, sistemas eficientes e rápidos de
monitoramento (efluentes e mananciais), por meio da FIESC e FAPESC

Desenvolver uma nova agenda específica, que integre, efetivamente, os


órgãos de pesquisa e inovação com a cadeia produtiva
Integrar, de forma efetiva, o ensino às necessidades do setor industrial, conforme
definição da FAPESC de áreas prioritárias e fomentos (CNPQ, FINEP, entre outros)

Criar centros de pesquisa, cursos de extensão e laboratórios de projeto,


apoiando pesquisadores na busca de editais condizentes com suas demandas

Estabelecer, na FIESC, um núcleo de apoio às demandas da indústria,


relativas à pesquisa aplicada, de forma a criar um vínculo maior entre a
indústria e as instituições de ensino e pesquisa

Criar uma parceria entre indústria e ICT’s que gere benefícios às instituições e
qualificação aos profissionais, conforme a necessidade do setor industrial
Ações de médio prazo
2017-2018 Incentivar o intercâmbio tecnológico de setores industriais ambientalmente
sensíveis com as universidades e centros de pesquisa, com enfoque nas
dificuldades das indústrias
Fomentar a criação de uma plataforma de Integração Indústria – ICT’s, por
meio da FIESC e FAPESC
Aproximar os usuários (pessoa física/jurídica) das instituições de pesquisa/
ensino, integrando conhecimentos para soluções sustentáveis em produtos
disponíveis ao mercado

28 | Rotas Estratégicas Setoriais para a Indústria Catarinense - 2022


Aumentar bolsas de pesquisa destinadas a estudos de desenvolvimento da indústria

Facilitar que as instituições acadêmicas convivam períodos nas indústrias

Ações de médio prazo Alinhar a grade curricular, no âmbito da graduação, mestrado e doutorado, com
2017-2018 vistas às demandas da indústria catarinense e ao atendimento aos temas de maior
interesse tecnológico e social
Criar incentivo fiscal para que as empresas e a academia desenvolvam
projetos de P&D que atendam às necessidades de inovação em seus
processos
Premiar as instituições acadêmicas que mais contribuem para atingir os
indicadores ambientais das indústrias
Incentivar a cultura do planejamento com visão integradora de diferentes
setores
Consolidar parcerias e vínculos, estabelecendo estudos de inovação
Ações de longo prazo tecnológica
2019-2022 Qualificar pessoal nas ICT's para atendimento das demandas da sociedade/
indústria
Promover a integração entre os órgãos fiscalizadores, indústria e instituições
de ensino e/ou de pesquisa (ICT´s)
Estabelecer políticas de participação de representantes da classe empresarial
nos conselhos de administração das universidades

Tecnologia e PD&I

Apropriar-se (Governo estadual) da causa, criando linhas de financiamento,


incentivos fiscais/econômicos para adoção de processos e compra de
produtos/serviços ambientalmente eficientes
Planejar a ampliação da inserção de tecnologias limpas e PD&I
Incentivar os centros universitários na busca por pesquisas e
desenvolvimento de incubadoras tecnológicas, priorizando tecnologias de
baixo custo aplicáveis à realidade do estado
Pesquisar constantemente novas tecnologias, aplicáveis ao contexto de
Ações de curto prazo Santa Catarina, que sejam referência no desenvolvimento sustentável
2015-2016
Montar núcleos regionais de desenvolvimento apoiados pelo Sistema S, para o
acesso à informação e desenvolvimento das macrorregiões de Santa Catarina

Criar programas que incentivem financeiramente projetos inovadores na


área ambiental
Incentivar desenvolvimento de projetos na área de tecnologia e PD&I,
melhorando processos produtivos para valorização de resíduos
Criar selos ambientais regionais e premiar indústrias engajadas em novas
tecnologias ambientais

Meio Ambiente | 29
Priorizar linhas de PD&I, prestigiando profissionais e transformando-os em
parceiros de negócios em tecnologias avançadas

Fomentar empresas de PD&I

Realizar estudos para implantação de projetos de ciclo de vida dos produtos,


abrangendo desde a concepção dos projetos na exploração da matéria-
Ações de curto prazo prima até a destinação para a reciclagem
2015-2016
Incubar iniciativas locais de tecnologias para remediação ambiental,
consolidando tecnologias internacionalmente estabelecidas por meio de
uma parceria com universidades e instituições de pesquisa
Criar um sistema informatizado de licenciamento ambiental e outros
controles, de forma a unificar os sistemas, independentemente da atuação
municipal ou estadual dos órgãos, com regras objetivas e unificadas

Aplicar e avaliar os projetos desenvolvidos na área de tecnologia

Aumentar os investimentos em PD&I que gerem, de fato, soluções


sustentáveis
Estabelecer editais de fomento à inovação e pesquisa em setores ambientais
para o estado de Santa Catarina, visando desenvolver soluções para as atuais
deficiências e aumentar a competitividade
Desenvolver e aplicar programas específicos, catalisando setores estratégicos
como nanotecnologias ambientais, energias limpas e materiais emergentes,
voltados à realidade catarinense
Incentivar e fomentar o desenvolvimento de pesquisa, inclusive de
incubadoras tecnológicas
Criar centros de inovação tecnológica nas macrorregiões do estado de SC e
novas oportunidades de negócio, integrando empresas de PD&I e usuários,
compartilhando infraestrutura de PD&I

Ações de médio prazo Capacitar os agentes em relação a contratos de PD&I, discutindo propriedade
2017-2018 intelectual, reserva de mercado, formas de captação de recursos para pesquisa
& inovação e maneiras de divulgação de editais temáticos
Estreitar relação entre instituições de ensino catarinenses e aquelas que são
referência internacional
Buscar tecnologias no exterior com diferenciado potencial competitivo,
para serem aplicadas nas empresas locais, realizando estudos de viabilidade
econômica e operacional
Investir constantemente em pesquisa e projetos, com foco no aumento da
produtividade em processos ambientais, visando menor geração de resíduos,
menor consumo de água e energia, menores emissões de poluentes, menor
uso de substâncias químicas controladas; visando, especialmente, a otimização
de processos e uso de novas tecnologias para reciclagem
Incentivar a formação de cadeias produtivas sustentáveis, por meio da
integração entre geradores e utilizadores de resíduos
Facilitar a normatização, regulamentação e o licenciamento ambiental de
atividades e processos produtivos que trarão inovação para a indústria

30 | Rotas Estratégicas Setoriais para a Indústria Catarinense - 2022


Desenvolver, aperfeiçoar e padronizar indicadores em tecnologia e PD&I,
servindo de base de informação que permita mensurar o sucesso
Aumentar o investimento em pesquisa e formação de profissionais
qualificados
Incentivar o desenvolvimento e a melhoria contínua da inovação
Ações de longo prazo tecnológica limpa e de PD&I, de forma que os equipamentos tenham maior
2019-2022 eficácia na geração dos produtos e minimizem as perdas
Incentivar o desenvolvimento de tecnologias de conversão de produtos e
processos para não descartáveis, bem como de novos produtos e processos
sustentáveis
Integrar os centros de inovação com entidades internacionais, trazendo
tecnologias ambientais de referência

Pessoas
Levantar junto a empresas, ICT's e Sistema S as dificuldades relacionadas ao meio
ambiente e recursos humanos, diagnosticando o estado atual e as necessidades futuras
Estabelecer critérios para soluções dos diagnósticos, traçando um plano de
desenvolvimento de recursos humanos
Utilizar os centros de inovação propostos pelo Governo do Estado como um
ambiente de formação de competências para o desenvolvimento sustentável de SC
Promover cursos e treinamentos com foco em novas tecnologias ambientais,
formando profissionais qualificados
Investir em educação ambiental e profissional durante o ensino médio
Fomentar a criação de cursos técnicos e de nível superior na área ambiental
com enfoque prático, estimulando os jovens a se engajarem no tema
Atrair o corpo docente para a análise das realidades da indústria, a aplicação
de normas e programas internos, inserindo, conjuntamente, o discente em
atividades de planejamento interno nas organizações e em discussões no
Ações de curto prazo
âmbito da federação
2015-2016
Criar bolsas de estudo para ampliar o acesso de estudantes aos cursos de
graduação e à formação profissionalizante na área
Conscientizar a indústria para reconhecer os profissionais especializados da
área ambiental, absorvendo e valorizando essas pessoas

Intensificar a fiscalização de engenheiros ambientais e sanitaristas nas


funções exercidas nas empresas em parceria com o CREA-SC

Fortalecer os órgãos ambientais com a realização de concurso público


para contratação de técnicos, atendendo plenamente a demanda de
licenciamento ambiental no estado
Divulgar os resultados da Rota Estratégica do Meio Ambiente para a indústria,
a academia, o setor público e a sociedade civil no estado de Santa Catarina

Criar uma linha de pesquisa voltada para a economia verde

Meio Ambiente | 31
Atualizar os currículos acadêmicos para atender às necessidades do mercado

Criar programas de formação em todos os níveis de ensino, capacitando


profissionais em tecnologias, gestão e área regulatória
Qualificar os profissionais da indústria quanto ao tema, implantando um
modelo de excelência em gestão e desenvolvimento de pessoas

Reforçar os cursos de especialização e profissionalizantes, formando recursos


humanos em nível técnico, de graduação e pós-graduação, capacitados para
atuarem no setor

Estabelecer condições de formação de pessoas, atendendo às necessidades


do mercado, otimizando instituições estabelecidas, e, se necessário, atraindo
pessoas capacitadas de outros estados

Investir em instituições de ensino e pesquisa, nos setores ambientais


apontados por estudos como defasados, estruturando soluções por região/
vocação do estado

Criar programas de capacitação e absorção de trabalhadores voltados às


questões ambientais das indústrias, criando uma parceria entre instituições
de ensino e mercado

Ações de médio prazo Indução de cursos direcionados a problemas reais do setor industrial em
2017-2018 nível regional, integrando empresas, instituições de ensino e instituições de
pesquisa para o desenvolvimento de pessoas

Investir em educação ambiental e profissional durante o ensino fundamental


e médio, acompanhando esse desenvolvimento com metas

Inserir as escolas públicas em programas parceiros da indústria

Reforçar investimentos no ensino superior, incluindo temas transversais


como meio ambiente e estimulando ambientes empreendedores
Valorizar equipes multidisciplinares, estimulando proposição de soluções
inovadoras
Ampliar mecanismos de fomento e de incubação de startups
Criar novos cursos e/ou dar maior abrangência aos já existentes por meio do
ensino a distância

Criar programas de desenvolvimento quanto à adequação da legislação

Capacitar os técnicos dos órgãos ambientais, bem como aumentar


os quadros funcionais, para o atendimento dos processos em prazos
compatíveis com as necessidades dos empreendimentos

Valorizar os servidores dos órgãos ambientais

32 | Rotas Estratégicas Setoriais para a Indústria Catarinense - 2022


Oferecer ambiente de trabalho de qualidade, com reconhecimento e
remuneração justa
Divulgar amplamente os resultados relacionados ao meio ambiente,
premiando os profissionais de destaque
Implantar medidas de aperfeiçoamento contínuo e de envolvimento social e
cultural com o entorno dos empreendimentos
Apoiar encontros especializados com participação de profissionais da
indústria, academia e de entidades representativas

Ações de longo prazo Identificar oportunidades, preparar e implementar programas de pesquisa e


2019-2022 desenvolvimento para soluções tecnológicas relacionadas à economia verde
Implantar planos plurianuais para avaliação do desempenho da educação
Manter e aperfeiçoar programas de capacitação de pessoas, atendendo as
necessidades da indústria e a vocação econômica de cada região
Implantar, nas universidades, cursos direcionados para os setores industriais,
atualizando os currículos dos cursos relacionados à área ambiental
Incentivar a criação de matérias interdisciplinares nas instituições de ensino
Incentivar estágios durante as férias escolares, gerando vivência aos
estudantes na indústria

Cultura Ambiental

Sensibilizar os industriais, por meio dos sindicatos, das associações e dos comitês, sobre
a importância de ações ambientais e de competitividade, estimulando a mudança de
percepção da questão ambiental como oportunidade ao invés de problema

Iniciar programas de educação ambiental e mudança cultural, difundindo as


oportunidades e os benefícios de boas práticas nas organizações

Ampliar a cultura ambiental contínua na indústria, com inserção de nova


abordagem em toda a hierarquia

Criar indicadores, métricas e inventário dos impactos, no âmbito da FIESC,


Ações de curto possibilitando o registro e a comparação de métricas ambientais
prazo
Adotar práticas efetivas de cobrança da legislação
2015-2016
Atualizar grades curriculares do ensino fundamental, médio e da educação
superior, contendo os elementos básicos da cultura ambiental
Criar cartilha em âmbito municipal, orientando para mudança do comportamento
da população em relação às questões ambientais, e para conscientização dos riscos
Apoiar e contribuir com projetos/ações que desenvolvam a cultura da
sustentabilidade

Patrocinar eventos voltados para a divulgação de tecnologias limpas junto às


crianças da escola de educação básica

Meio Ambiente | 33
Avaliar os avanços da inserção de uma abordagem empresarial sustentável,
divulgando os resultados para todas as organizações
Internalizar a sustentabilidade como valor e oportunidade, que dotam de
competitividade à indústria catarinense
Criar fórum empresarial de discussão contínua do tema, com enfoque em
executivos e tomadores de decisão, criando robustez para que a variável ambiental
seja equiparada às variáveis tradicionais, tais como custo, qualidade e prazo
Estabelecer prêmios ambientais regionais e estaduais para empresas, pesquisadores
e empreendedores individuais, reconhecendo e valorizando a cultura ambiental
Estimular o empreendedorismo voltado aos negócios sustentáveis
Ampliar ações estratégicas em toda cadeia produtiva, desde a alta gerência ao
chão de fábrica, de forma a criar uma consciência de cultura ambiental integrada
aos profissionais, alinhando ações de mitigação de impactos negativos
Conscientizar sobre a importância de a indústria e as ICT's estarem juntas
Incentivar a melhoria e a integração de sistemas de gestão ambiental e de energia nas
indústrias, tornando-os mais competitivos financeiramente e adequados ambientalmente
Ações de médio
Incentivar a mudança de práticas nas indústrias quanto a destinarem seus resíduos de
prazo
forma avançada, com projeto aterro zero e reaproveitamento dos materiais recicláveis
2017-2018
Incentivar a reciclagem via profissionalização
Baixar o custo da destinação correta dos resíduos e tornar mais caro produtos com
embalagens que não sejam recicláveis
Conscientizar a população e a indústria sobre os benefícios das boas práticas
ambientais, com campanhas continuadas de cuidado e proteção com o meio
ambiente, em veículos de comunicação
Realizar eventos de conscientização ambiental, inserindo o assunto também nos
eventos de planejamento estratégico
Estimular os órgãos públicos, as entidades empresariais e as empresas para o
desenvolvimento de campanhas educativas relacionadas às questões ambientais
e movimentos indústria-escola
Investir na educação e implementar o estudo da sustentabilidade ambiental em
nível médio escolar e de graduação
Continuar projetos de educação ambiental e consumo consciente nas escolas
estaduais e municipais
Enrijecer a legislação relacionada à coleta seletiva
Promover políticas públicas de incentivo e desenvolvimento da cultura ambiental na população
Fortalecer o incentivo privado de eventos ambientais por instituições, órgãos
ambientais e empresas
Implementar políticas, gestão e cultura ambiental dentro das indústrias por meio
Ações de longo de parcerias público-privadas
prazo
2019-2022 Ampliar a cultura ambiental por meio do sistema educacional, implantado-a nos
diversos níveis de formação e nas instituições
Premiar as escolas/municípios que mais se destacam na cultura ambiental
Estimular a manutenção de práticas efetivas de cobrança da legislação e cultura
ambiental como princípio básico

34 | Rotas Estratégicas Setoriais para a Indústria Catarinense - 2022


Tecnologias-chave

Durante o processo de construção da Rota Estratégica do Setor de Meio Ambiente para o estado
de Santa Catarina, foi realizado um levantamento das tendências tecnológicas já estabelecidas, em
desenvolvimento ou emergentes, que favorecerão o desenvolvimento sustentável da indústria até
o ano de 2022.
O Meio Ambiente foi considerado um dos Setores Portadores de Futuro para a Indústria
Catarinense, congregando os segmentos de Captação, Tratamento e Distribuição de Água;
Esgoto e Atividades Relacionadas; Coleta, Tratamento e Disposição de Resíduos; Recuperação de
Materiais; Descontaminação e Outros Serviços de Gestão de Resíduos. Porém, Meio Ambiente é
um tema estratégico para os demais setores da indústria catarinense, configurando-se como tema
transversal. Por conta disso, as tecnologias-chave, aqui apresentadas, são estratégicas para todos
os setores da indústria catarinense.
As tecnologias-chave foram identificadas a partir de revisão da literatura, com análise de artigos,
publicações, bases de dados e relatórios técnicos nacionais e internacionais do setor. Foram
ouvidas opiniões de especialistas de diferentes Institutos de Ciência e Tecnologia e de organizações
vinculadas ao tema. Também foram realizadas entrevistas com empresários e profissionais do setor
no estado de Santa Catarina. Por fim, as tendências levantadas foram referendadas em um painel,
que contou com a participação de industriais e especialistas.
Partindo dessa visão complementar do setor e de sua transversalidade, a macrotendência
identificada é a busca da competitividade ambiental pela indústria, ou seja, a capacidade de as
organizações cumprirem sua missão, atendendo às exigências legais ambientais e garantindo a
qualidade de vida da sociedade. Nesse sentido, a competitividade ambiental confere resiliência
ao negócio, podendo ampliar a fatia de mercado ou descobrir novos nichos que elevem os lucros
da empresa. A competividade se vale da melhoria ambiental, aumentando a produtividade no
uso de recursos, seja em processos ou produtos, assim como influenciando positivamente o
desenvolvimento de mercados e territórios.
A seguir, apresentam-se as tendências derivadas da competividade ambiental, assim como as
tecnologias-chave pertinentes, sugerindo caminhos para alcançar a visão de futuro proposta.

VISÃO

Indústria Catarinense referência em inovação


no uso racional dos recursos ambientais e nas
soluções para o desenvolvimento sustentável

Meio Ambiente | 35
1. Racionalidade no Uso dos Recursos Naturais
A tendência do uso racional dos recursos naturais se mostra bastante presente em toda a cadeia
industrial, tanto na produção quanto no consumo. Cada vez mais busca-se incorporar o ciclo
natural dos materiais e da energia nos processos produtivos. Tecnologias que viabilizam o reúso
da água, de materiais e da recuperação energética devem ser ampliadas. Da mesma forma, a
necessidade do monitoramento e controle das emissões de poluentes líquidos, sólidos e gasosos
será aprimorada com novas técnicas.

1.1 Recursos Hídricos

1.1.1 Alternativas de captação/Novas fontes: utilização da água salgada e salobra


para abastecimento humano, por meio de técnicas viáveis de dessalinização; coleta e
aproveitamento da água da chuva, com técnicas de armazenamento diferenciadas; avanço
das tecnologias de captação da umidade do ar em ambientes de baixa pluviosidade;
captação do vapor industrial para o reúso em processos; tecnologias de tratamento com
membranas para reúso direto de efluentes; e estratégias para o reúso indireto, utilizando o
ambiente como “amortecedor ambiental” e posterior tratamento do recurso hídrico.

1.1.2 Redução de perdas: monitoramento e gestão do abastecimento de água em


sistemas “SCADA”, com setorização e macromedição de zonas de abastecimento para
acompanhamento, em tempo real, da operação dos reservatórios, das bombas e da
ocorrência de vazamentos na rede; dispositivos domésticos e industriais de baixo consumo
de água em torneiras, chuveiros e vasos sanitários, por exemplo.

1.1.3 Aprimoramento dos processos de tratamento: reatores de lodos ativados com


biofilme integrado para upgrade em ETEs em funcionamento; biorreatores de membrana a
vácuo rotativo para aumento da eficiência do tratamento de efluentes industriais; utilização
de métodos de desinfecção por dióxido de cloro, ozonização e radiação ultravioleta, em
substituição ao cloro puro; tecnologias de membranas para microfiltração, ultrafiltração,
nanofiltração, osmose reversa, eletrodiálise e diálise; aplicação de processos oxidativos
avançados para remoção de metais, nutrientes, hormônios, pesticidas e outros poluentes
emergentes e persistentes; técnicas de eletrocoagulação para remoção de elementos
específicos; técnicas de incorporação de biomassa com uso de wetlands e algas; e
biodigestão para aproveitamento do biogás dos efluentes.

1.1.4 Monitoramento: utilização de variáveis toxicológicas e microrganismos para


detecção de substâncias de interesse na água, os chamados biossensores; desenvolvimento
de kits de análises e laboratórios móveis que permitam o monitoramento ambiental dos
recursos hídricos para diversas finalidades, com flexibilidade.

1.2 Qualidade do Ar
1.2.1 Controle de emissões: emprego da tecnologia de downsizing, que permite a
redução do tamanho dos motores e, consequentemente, das emissões, mantendo sua
eficiência; substituição de ar por oxigênio nos processos de combustão, diminuindo
o consumo de combustível e as emissões; adição de reagentes à corrente de gás de

36 | Rotas Estratégicas Setoriais para a Indústria Catarinense - 2022


combustão para redução de NOx, por meio da redução catalítica seletiva; incorporação de
determinadas substâncias em matrizes minerais de concreto e tinta, com a finalidade de
degradar poluentes do ar por meio de fotocatálise; dosagem de carvão ativado em gases
de combustão para promover a adsorção de poluentes.
1.2.2 Tratamento de odores: implantação de cortinas verdes, nas quais a vegetação
promove a filtração e/ou precipitação de odores; emprego dos chamados biotricklings, que
consistem em biorreatores utilizados para o tratamento de odores com altas concentrações
de H₂S, COVs, amônia, entre outros.

1.3 Técnicas de descontaminação


1.3.1 Fitorremediação: emprego de determinadas espécies vegetais para remediação
do ambiente.
1.3.2 Biorremediação: utilização de microrganismos para redução, eliminação e
transformação de substâncias indesejáveis.
1.3.3 Remediação eletrocinética: aplicação de eletrodos no solo para remediação de
contaminantes in situ.
1.3.4 Declorinação redutiva: emprego de bactérias que degradam hidrocarbonetos
presentes no ambiente.

1.4 Resíduos Sólidos


1.4.1 Eficiência de coleta: utilização de caminhões compactadores mais eficientes,
diminuindo o número de viagens e, consequentemente, a quantidade de emissões.
1.4.2 Tecnologias de triagem: investimentos em centrais mecanizadas de triagem,
nas quais processos mecânicos, magnéticos, ópticos, químicos e biológicos separam os
diferentes resíduos.
1.4.3 Aproveitamento energético: degradação térmica dos resíduos sólidos urbanos
sem oxigênio, por meio das tecnologias de gaseificação ou pirólise a plasma, com geração
de gás de síntese que pode ser utilizado como combustível; conversão de biomassa em
combustíveis como o etanol, constituindo uma alternativa para os resíduos celulósicos;
compactação de resíduos com alto poder calorífico para uso como combustível – técnica
CDR (combustível derivado de resíduo); aproveitamento do biogás gerado em aterros
sanitários como combustível.
1.4.4 Reciclagem: viabilização da logística reversa para, além do atendimento à legislação,
possibilitar que o resíduo retorne a sua cadeia produtiva; serviços relacionados ao mercado
de resíduos, tendo como foco a reutilização e a reciclagem; desenvolvimento de novos
modelos de negócio e geração de produtos, tendo resíduos como insumos; organização
social e empreendedorismo como meio de promover a reciclagem solidária e inclusiva,
favorecendo a inserção socioeconômica de catadores e recicladores.

Meio Ambiente | 37
1.4.5 Simbiose industrial: integração de cadeias produtivas por meio da associação de
duas ou mais indústrias, nas quais o resíduo/efluente de uma seja o insumo da outra.
1.4.6 Redução e/ou substituição de matéria-prima: utilização de embalagens
biodegradáveis em substituição às tradicionais; produção de materiais feitos de plásticos
biodegradáveis; técnicas de ecodesign para diminuição dos tamanhos das embalagens,
adaptação de suas formas, ou substituição de suas matérias-primas por outras mais
sustentáveis, promovendo uma nova experiência de consumo.

2. Economia de Baixo Carbono


A economia de baixo carbono emerge como tendência global de redução da emissão de gases
causadores do efeito estufa. Suas tecnologias-chave são apresentadas em três frentes:
• Substituição dos hidrocarbonetos: biopolímeros como substituição em produtos à base de
hidrocarbonetos.
• Eficiência energética: eficiência energética em edificações, tecnologias de produtos e
processos mais eficientes, tais como em motores elétricos, logística ambientalmente inteligente,
tecnologias automotivas de motores híbridos (elétrico & combustíveis), dispositivo start-stop.
• Evolução da Matriz Energética: aumento da participação de fontes renováveis de energia e
redução de fontes não renováveis, tais como petróleo e carvão.

3. Valorização da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos


Essa é a tendência que busca consolidar o Brasil como líder na gestão de seu capital natural. Para
tal, a valoração do ativo biodiversidade e dos serviços prestados pelo ecossistema (por exemplo,
regulação do clima, disponibilidade hídrica, polinização e recursos genéticos) é fundamental
na tangibilização dessa tendência. Como exemplo, temos as iniciativas em crescimento: os
Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA), que são mecanismos financeiros para a conservação
de áreas naturais; e as oportunidades de negócios sustentáveis a partir da biodiversidade, que
começam a ser percebidas e concretizadas pelas empresas.

4. Contabilização de valores ambientais


Essa é uma tendência global associada à mensuração, contabilização e internalização dos valores
ambientais aos negócios da empresa. Indica, de forma mais precisa e realista, o impacto (tanto
negativo quanto positivo) da produção econômica e ambiental dos negócios. Há diversos índices
e indicadores que englobam esses valores ambientais, destacando-se, em nível de país, o Índice de
Riqueza Inclusiva (IRI), que mensura o desempenho socioambiental juntamente com o econômico
dos países; o Índice de Progresso Social, que atenta para conservação dos recursos naturais,
desenvolvimento social e qualificação profissional; e o Index Global de Economia Verde, que inclui

38 | Rotas Estratégicas Setoriais para a Indústria Catarinense - 2022


dimensões relacionadas, entre outras, a florestas e recursos hídricos. No âmbito empresarial,
destacam-se as certificações em sustentabilidade, que envolvem todo o ciclo do produto, a
exemplo do Cradle to Cradle Certification, ferramentas de comunicação da sustentabilidade
nos negócios, tais como o Global Reporting Initiative (GRI), o Social Impact Assessment (SIA) e o
Measuring Impact Framework, e mecanismos de mercado, como o Índice de Sustentabilidade
Empresarial (ISE) da BM&F BOVESPA.

5. Inovação em criação de valor


Envolve tecnologias, em seu sentido mais amplo, que geram valor por meio da inovação,
considerando:
• Oportunidades a partir de estímulos à inovação: aumento crescente de oportunidades
de inovação por meio de mecanismos de indução públicos e privados, a exemplo da
Plataforma iTec, Inova Sustentabilidade (FINEP e BNDES), SINAPSE da Inovação, Braskem Lab
e vários outros, e por meio do crescimento nos investimentos em negócios de impacto, que
se caracterizam por investimentos realizados em empresas, organizações e fundos com a
intenção de gerar impacto social e ambiental positivo, além do retorno financeiro;
• Inovação em Modelos: criação de valor compartilhado, o qual tem por definição que o
êxito econômico da empresa depende do sucesso e da sustentabilidade da sociedade e
dos recursos naturais; e por meio de tecnologias de serviços, a exemplo de sistemas de
tratamento de água móveis.

6. Atuação em cadeias e redes colaborativas


Essa é outra tendência global, percebida pela crescente colaboração entre empresas, que
compartilham informações, recursos e responsabilidades. Essas iniciativas costumam ter um
objetivo em comum muito claro, implicando redução de riscos, compartilhamento de recursos,
responsabilidades e recompensas. A atuação colaborativa de empresas em arranjos de simbiose
industrial, movimentos empresariais (a exemplo do Movimento Empresarial pela Biodiversidade
– MEB Brasil), pactos setoriais (a exemplo da Mesa Redonda Mundial sobre Pecuária Sustentável)
e forças-tarefa (a exemplo da Força Tarefa em Finanças Sociais) são exemplos cada vez mais
expressivos dessa tendência.

Meio Ambiente | 39
Participantes

Nº Nome do Participante Empresa/Instituição

1 Ademar Dutra UNISUL - Universidade do Sul de Santa Catarina


2 Adilson Schlickmann Polícia Militar Ambiental
3 Adriano Veiga Fervetec
Sindicato da Indústria de Material Plástico no
4 Albano Schmidt
Estado de Santa Catarina
Sindicato das Indústrias Metalúrgicas,
5 Aldo Kaestner
Mecânicas e do Material Elétrico de Rio do Sul
6 Alexandre de Avila Leripio UNIVALI - Universidade do Vale do Itajaí
CERTI - Fundação Centros de Referência em
7 Alexandre Lucas
Tecnologias Inovadoras
Sindicato da Cerâmica Vermelha de Morro da
8 Alexandre Zaccaron
Fumaça - Santa Catarina
9 André Bez Batti Ceusa
10 Antônio César Pereira Associação Olaria das Artes
11 Antônio Rogério Machado Junior SC GÁS
12 Antônio Victorino Avavila FUNASA - Fundação Nacional de Saúde
FIESC- Federação das Indústrias do Estado de
13 Arthur Michelini
Santa Catarina
14 Bruno Luz Martins Dudalina
CERTI - Fundação Centros de Referência em
15 Carlos Alberto Schneider
Tecnologias Inovadoras
FIESC – Federação das Indústrias do Estado de
16 Carlos Henrique Ramos Fonseca
Santa Catarina
17 Carlos Udelson Zagolin Círculo S.A.
Ambiental Limpeza Urbana e Saneamento
18 Cesar Avila
Ltda
19 Charles Belettini Hahn WEG Equipamentos Elétricos S/A
Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados
20 Cinthya Mônica da Silva Zanuzzi
no Estado de Santa Catarina

40 | Rotas Estratégicas Setoriais para a Indústria Catarinense - 2022


Nº Nome do Participante Empresa/Instituição

21 Ciro Loureiro Rocha Aris


CERTI - Fundação Centros de Referência em
22 Diego Jacob Kurtz
Tecnologias Inovadoras
23 Edson Murilo Alves Vieria ArcelorMittal
24 Eduardo Lima Advogado
FIESC - Federação das Indústrias do Estado de
25 Egídio Antônio Martorano
Santa Catarina
26 Elpidio Pedro Fabris Cia Canoinhas de Papel
27 Evandro Rossett Cetric
FIESC- Federação das Indústrias do Estado de
28 Fabiane Nobrega
Santa Catarina
Sindicato das Indústrias Metalúrgicas,
29 Fabio Tosatti
Mecânicas e do Material Elétrico de Lages
30 Fabio de Farias Neves Seston
FIESC – Federação das Indústrias do Estado de
31 Fernanda Stringari
Santa Catarina
32 Fernando Bortolossi Electro Aço Altona S.A.
CASAN - Companhia Catarinense de Águas e
33 Fernando Clark Nunes
Saneamento
34 Fernando José Anton Fervetec
CEPSUL - Centro Nacional de Pesquisa e
35 Harry Boos Junior Conservação da Biodiversidade Marinha do
Sudeste e Sul
36 Ida Costa Pioneira da Costa
37 Isabela Sampaio Rockenbach Jofund Fremax
38 Leana Bernardi Bandeira Azul
CERTI - Fundação Centros de Referência em
39 Leandro Antunes Berti
Tecnologias Inovadoras
40 Leandro Farina Celulose Irani

Meio Ambiente | 41
Nº Nome do Participante Empresa/Instituição

41 Leonardo Rörig UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina


COGER - PBQP-H - Comitê Gerenciador
42 Lidio Cezar Carvalho Pasko do Programa Brasileiro da Qualidade e
Produtividade do Habitat
CERTI - Fundação Centros de Referência em
43 Lucas Carregari
Tecnologias Inovadoras
Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem,
44 Luciane Pereira
Confecção e do Vestuário do Alto Vale do Itajaí
SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem
45 Luciano Campos Rodrigues
Industrial - Unidade Direção Regional
46 Luice de Mello Tavares Carlos Jofund Fremax
47 Luis Antonio Stramosk Metalúrgica Riosulense
48 Luis Gustavo Heidrich Moldurarte Ltda
49 Luiz Felipe Bilinski Vb Sistemas e Tecnologias
Maria Elizabeth de Paula Cancado
50 Cooperativa Central Aurora
Mezaroba

51 Mainar Allgaier Cecrisa

Associação Brasileira da Indústria de Higiene


52 Manoel Teixeira Simões
Pessoal, Perfumaria e Cosméticos
53 Márcio Lúcio Almeida Reciclagem
54 Marco Antônio Casarin MAC Soluções Sustentáveis

55 Marco Aurélio Ronchi Pioneira da Costa

CERTI - Fundação Centros de Referência em


56 Marcos da Re
Tecnologias Inovadoras
Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem,
57 Maria de Lourdes Arceno
Confecção e do Vestuário do Alto Vale do Itajaí
58 Mário Steindel UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina
59 Milton Mondardo Filho Whirlpool S.A.
60 Moacir Penkal Cia Canoinhas de Papel

61 Nathan Augusto dos Santos Coteminas

CREA - Conselho Regional de Engenharia,


62 Nelton Luiz Baú
Arquitetura

42 | Rotas Estratégicas Setoriais para a Indústria Catarinense - 2022


Nº Nome do Participante Empresa/Instituição

Sindicato das Indústrias de Celulose e Papel de


63 Neuza Moreira Franco
Santa Catarina
64 Paloma Zimmer IEL - Instituto Euvaldo Lodi
CASAN - Companhia Catarinense de Águas e
65 Patrice Juliana Barzan
Saneamento
66 Paulo Cesar Maçaneiro Metalúrgica Riosulense
Sindicato da Cerâmica Vermelha de Morro da
67 Rafael Frizzo
Fumaça - Santa Catarina
CERTI - Fundação Centros de Referência em
68 Rafael Kamke
Tecnologias Inovadoras
Sindicato das Indústrias de Madeira do Médio
69 Ricardo Pinheiro
e Alto Vale do Itajaí
SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem
70 Rodrigo Bortoli
Industrial - Unidade Blumenau
SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem
71 Ronald Olavo Schwanke
Industrial – Unidade Blumenau
72 Sandra Ensslin UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina
UNESC - Universidade do Extremo Sul
73 Sérgio Luciano Galatto
Catarinense
Sindicato da Cerâmica Vermelha de Morro da
74 Sergio Pagnan
Fumaça - Santa Catarina
75 Tadeu Demboski Rodrigues Braskem S.A.
GTHIDRO - Grupo Transdisciplinar em
76 Thaianna Cardoso
Governança de Bens Comuns
CASAN - Companhia Catarinense de Águas e
77 Vanessa dos Santos
Saneamento
CERTI - Fundação Centros de Referência em
78 Vinicius Ternero Ragghianti
Tecnologias Inovadoras
79 William Gerson Matias UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina

Meio Ambiente | 43
Referências

AGÊNCIA NACIONAL DAS ÁGUAS (ANA). Atlas Brasil: Diagnóstico 2015 – necessidade de investimento.
2014. Disponível em: <http://atlas.ana.gov.br/atlas/forms/analise/Geral.aspx? est=4&mapa=diag>
Acesso em: jul. 2015.
ANDE & LGVTVP. Mapa do Setor de Investimento de Impacto no Brasil: Resumo das Conclusões.
Disponível em www.lgtvp.com. Acesso em: ago. 2015.
ANEEL. Programa de Eficiência Energética. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/ area.
cfm?idArea=27> Acesso em: ago. 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DO PLÁSTICO (ABIPLAST). Perfil 2014. Disponível em:
<http://file.abiplast.org.br/download/links/2015/perfil_abiplast_2014_web.pdf> Acesso em: jun.
2015.
BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL (BNDES). Disponível em: <http://
www.bndes.gov.br>. Acesso em: jun 2015.
BRASIL. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Diretório de
Grupos de Pesquisa. Disponível em: <http://lattes.cnpq.br/web/dgp>. Acesso em: jun. 2015.
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Rotas Estratégicas Setoriais para a Indústria Catarinense 2022

Tendências Tecnológicas e de Mercado da


Rota Estratégica Setorial de Meio Ambiente
Downsizing
Oxi-Combustão
Redução Catalítica Seletiva – RCS
Fotocatálise
Reatores
Carvão Ativado
Métodos de Desinfecção
Tecnologia de Membranas Controle
de Emissões Tratamento
Processos Oxidativos Avançados Biossensores de Odores
Eletrocoagulação Kits de Análise
Incorporação em Biomassa
Biodigestão e Aproveitamento do Biogás Aprimoramento Monitoramento
nos Processos
de Tratamento

Água Salgada/Salobra Distribuição


Água da Chuva Consumo Qualidade
Umidade do Ar do Ar
Redução
Vapor Industrial de Perdas
Reuso Direto
Reuso Indireto

Alternativas de
Captação / Novas Fontes
Recursos
Valorização da Biodiversidade Hídricos Racionalidade no Us
e dos Serviços Ecossistêmicos de Recursos Naturai

DRIVERS DRIVERS
• Convenção da Biodiversidade (CBD) • Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – ODS/ON
• Política Nacional de Biodiversidade (PNB) Brasileira • Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS, 12.305/
• Programa Nacional da Diversidade Biológica (PRONABIO) • Política Nacional de Saneamento Básico (PNSB, 11.44
• Plano de Ação Nacional de Biodiversidade (PAN-Bio) • Política Nacional (Nº 9.433/1997) e Estadual de Recu
• Resolução Conabio 06/2013, sobre Metas Nacionais de Biodiversidade para 2020 • Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentável
• Lei de Acesso a Recursos Genéticos e Repartição de Benefícios • Rede Brasileira do Pacto Global
• Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia & Inovação • Crise hídrica

Estímulos à Inovação

Inovação em Modelos
Inovação em Criação de Valor

DRIVERS COMPETITI
AMBIEN
• Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS/ONU
• Lei de Inovação
• Lei do Bem
• Força Tarefa Brasil em Investimento de Impacto
• Índice de Progresso Social
• Global Green Economy Index (2014)
• Global Impact Investing Network (GIIN)

Programa de Desenvolvimento
Industrial Catarinense
Meio Ambiente

Eficiência da Coleta

Tecnologias de Triagem

Logística Reversa
Reciclagem Serviços
Geração de Produtos
Organização Social e Empreendedorismo
Cortinas Verdes
Biotricklings Aproveitamento Energético
Tratamento
de Odores Simbiose Industrial

Redução / Substituição de Matérias Primas

Resíduos
Sólidos

Declorinação
Redutiva

Remediação
Eletrocinética

Biorremediação
Técnicas de
Fitorremediação
Descontaminação
Substituição dos Hidrocarbonetos

Eficiência Energética
ade no Uso Economia de Baixo Carbono
os Naturais
DRIVERS Evolução Matriz Energética
• Convenção do Clima
ustentável – ODS/ONU • Lei da Política Nacional das Mudanças Climáticas
dos (PNRS, 12.305/2010) • Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia & Inovação (2011)
Básico (PNSB, 11.445/2007) • Plano Decenal de Expansão da Energia (PDE 2020)
) e Estadual de Recursos Hídricos • Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB)
onsumo Sustentável • Carbon Disclosure Program (CDP) Atuação em Cadeias
• Global Cleantech Innovation Index
• Carta Aberta ao Brasil sobre Mudança do Clima –2015 e Redes Colaborativas

Contabilização de
Valores Ambientais

DRIVERS
• Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS/ONU

ETITIVIDADE • Pacto Global das Nações Unidas


• Exigência de mercados específicos que consideram o fator sustentabilidade
• Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE)

MBIENTAL

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