Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DISCIPLINA 5 Farmacoterapia - Do - Diabetes
DISCIPLINA 5 Farmacoterapia - Do - Diabetes
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
O DIABETES E O METABOLISMO GLICÍDICO............................................................................................. 9
CAPÍTULO 1
DIABETES MELLITUS – INTRODUÇÃO........................................................................................... 9
UNIDADE II
O DIABETES E AS TERAPIAS.................................................................................................................... 28
CAPÍTULO 1
TERAPIA.................................................................................................................................. 28
CAPÍTULO 2
TERAPIA FARMACOLÓGICA..................................................................................................... 42
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 85
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
O diabetes é uma doença crônica caracterizada por níveis elevados de glicemia, e
sua etiologia é variada, possuindo origem primária e/ou secundária. Alguns tipos
de diabetes decorrem de alterações hormonais, como no caso do diabetes insipidus,
em que o paciente apresenta alterações na produção ou liberação do hormônio
antidiurético (ADH), resultando em aumento da micção, redução da volemia e,
consequentemente, aumento da concentração de glicose na corrente sanguínea.
Objetivos
»» Revisar as principais vias fisiológicas e bioquímicas envolvidas na
regulação da glicemia e no diabetes mellitus.
7
8
O DIABETES E O
METABOLISMO UNIDADE I
GLICÍDICO
CAPÍTULO 1
Diabetes mellitus – Introdução
Epidemiologia
O diabetes mellitus e suas variáveis (tipo 1 e 2) é uma patologia importante sob
o ponto de vista médico e epidemiológico visto que está relacionado a milhões de
óbitos em todo o mundo. Estima-se que a quantidade de óbitos associados ao diabetes
no mundo seja de aproximadamente 422 milhões, sendo 12 milhões no Brasil. É
importante ressaltar que, em alguns casos, o diabetes não é mencionado na declaração
de óbito, visto que as suas complicações cardiovasculares e cerebrovasculares é que
são declaradas como a causa dos óbitos. Dessa forma, estima-se cerca de 4 milhões
de óbitos ao ano associados ao diabetes no mundo.
Tabela 1. Relação dos dez países com maior número de pessoas com diabetes (20 a 79 anos) e respectivo
9
UNIDADE I │ O DIABETES E O METABOLISMO GLICÍDICO
10
O DIABETES E O METABOLISMO GLICÍDICO │ UNIDADE I
Tabela 2. Taxa de mortalidade por diabetes (a cada 100 mil habitantes), por macrorregião brasileira, segundo a
Rodrigo Geisler Mielczarski; Juvenal Soares Dias da Costa; Maria Teresa Anselmo Olinto
11
UNIDADE I │ O DIABETES E O METABOLISMO GLICÍDICO
Conceito
DM tipo 1:
1 - Tipo 1A: deficiência de insulina por destruição autoimune das células β comprovada por exames laboratoriais
- Tipo 1B: deficiência de insulina por natureza idiopática
2 DM Tipo 2: perda progressiva de secreção de insulina combinada com resistência à insulina
3 DM gestacional: hiperglicemia de graus variados diagnosticada durante a gestação, na ausência de critérios de DM prévio
4 Outros tipos de DM:
Monogênicos (MODY)
Diabetes neonatal
Secundário a endocrinopatias
Secundário a doenças do pâncreas exócrino
Secundário a infecções
Secundário a medicamentos
DM: diabetes mellitus; MODY: Maturity-Onset Diabetes of the Young.
12
O DIABETES E O METABOLISMO GLICÍDICO │ UNIDADE I
portadores desse tipo de DM. Apesar da crescente prevalência de DM1, esse tipo
corresponde a apenas 5% a 10% de todos os casos de DM.
Apesar da fisiopatologia da DM1A não estar totalmente conhecida, sabe-se que envolve,
além dos fatores genéticos, fatores ambientais que também podem desencadear uma
resposta autoimune. Infecções virais, componentes da dieta e certas composições da
microbiota intestinal são exemplos de exposições ambientais que podem desencadear
respostas autoimunes.
O subtipo 1B é atribuído aos casos de DM1 nos quais os autoanticorpos não são
detectados na circulação. Não há evidências de riscos distintos para as complicações
crônicas entre os subtipos, e as recomendações terapêuticas também são iguais.
13
UNIDADE I │ O DIABETES E O METABOLISMO GLICÍDICO
»» pré-diabetes;
14
O DIABETES E O METABOLISMO GLICÍDICO │ UNIDADE I
»» hipertensão arterial;
»» sedentarismo;
»» acantose nigricans.
Daniel Nogueira Cortez; Ilka Afonso Reis; Débora Aparecida Silva Souza;
15
UNIDADE I │ O DIABETES E O METABOLISMO GLICÍDICO
O diabetes mellitus gestacional (DMG) não traz riscos apenas para a mãe,
mas também para o feto e o neonato. Pode ser transitório ou persistir após o
parto, caracterizando-se como fator importante de risco independente para o
desenvolvimento futuro de DM2.
16
O DIABETES E O METABOLISMO GLICÍDICO │ UNIDADE I
17
UNIDADE I │ O DIABETES E O METABOLISMO GLICÍDICO
18
O DIABETES E O METABOLISMO GLICÍDICO │ UNIDADE I
são compostas por diferentes tipos celulares, cada uma produzindo um tipo de
hormônio com função conhecida.
19
UNIDADE I │ O DIABETES E O METABOLISMO GLICÍDICO
Ações da insulina
20
O DIABETES E O METABOLISMO GLICÍDICO │ UNIDADE I
Como a insulina, por meio da sua ação no receptor, aumenta a captação, utilização
e armazenamento de glicose, ácidos graxos e proteínas a nível intracelular, entre os
seus efeitos práticos encontra-se a redução dos níveis extracelulares (plasmáticos)
de glicose. Mas qual a relevância de todos os mecanismos supracitados? Qual a
relevância de entender essa ação da insulina, do glucagon e entender que existem
vias de regulação de glicemia/ energia tão complexos e de regulação tão fina?
21
UNIDADE I │ O DIABETES E O METABOLISMO GLICÍDICO
Angelo R. Carpinelli
22
O DIABETES E O METABOLISMO GLICÍDICO │ UNIDADE I
Tolerância à glicose
Ana Gabriela Pontes; Marta Francis Benevides Rehme; Maria Thereza Albuquerque Barbosa
Cabral Micussi; Técia Maria de Oliveira Maranhão; Walkyria de Paula Pimenta; Lídia Raquel de
Carvalho; Anaglória Pontes
23
UNIDADE I │ O DIABETES E O METABOLISMO GLICÍDICO
Tabela 6. Valores de glicose plasmática para diagnóstico de diabetes mellitus e seus estágios pré-clínicos.
Valores de glicose plasmática (em mg/dl) para diagnóstico de diabetes mellitus e seus estágios pré-clínicos
Categoria Jejum* Duas horas após 75g de Casual
glicose
Glicemia normal Menor que 100 Menor que 140 -
Tolerância à glicose diminuída Maior que 100 a menor que 126 Igual ou superior a 140 a menor -
que 200
Diabetes mellitus Igual ou superior a 126 Igual ou superior a 200 Igual ou superior a 200 (com
sintomas clássicos)***
* Define-se jejum como a falta de ingestão calórica por, no mínimo, 8 horas.
* O jejum é definido como a falta de ingestão calórica por no mínimo 8 horas. **Glicemia plasmática casual é aquela
realizada a qualquer hora do dia, sem se observar o intervalo desde a última refeição. ***Os sintomas clássicos de DM
incluem poliúria, polidipsia e perda não explicada de peso.
Nota: O diagnóstico de DM deve sempre ser confirmado pela repetição dos testes em outro dia, a menos que haja
hiperglicemia inequívoca com descompensação metabólica aguda ou sintomas óbvios de DM.
Fonte: <http://3.bp.blogspot.com/-KKMHVltjbLk/VGXzcs0yeaI/AAAAAAAACDk/a4KWDYTj60U/s1600/valores%2Bde%2Bglicose%2Bp
ara%2Bdiagn%C3%B3stico%2Bde%2Bdiabetes.JPG>.
24
O DIABETES E O METABOLISMO GLICÍDICO │ UNIDADE I
Walkyria de P. Pimenta
25
UNIDADE I │ O DIABETES E O METABOLISMO GLICÍDICO
Correlação dos níveis de hemoglobina glicada e os níveis médios de glicemia dos últimos dois a três meses
anteriores ao teste
Nível de hemoglobina Glicemia média Nível de hemoglobina Glicemia média
glicada (%) correspondente (mg/dl) glicada (%) correspondente (mg/dl)
5 100 9 240
6 135 10 275
7 170 11 310
8 205 12 345
Fonte: <https://slideplayer.com.br/slide/87876/1/images/4/Diagn%C3%B3stico+e+acompanhamento+do+diabetes.jpg>.
26
O DIABETES E O METABOLISMO GLICÍDICO │ UNIDADE I
27
O DIABETES E AS UNIDADE II
TERAPIAS
CAPÍTULO 1
Terapia
Classificação
Estilo de vida
28
O DIABETES E AS TERAPIAS │ UNIDADE II
29
UNIDADE II │ O DIABETES E AS TERAPIAS
»» doenças autoimunes;
Cabe ressaltar que a taxa de destruição das células beta é variável, sendo, em
geral, mais rápida e intensa em crianças, ao passo que nos adultos a forma latente
e progressiva é mais frequente – tal forma é conhecida como diabetes autoimune
latente do adulto.
30
O DIABETES E AS TERAPIAS │ UNIDADE II
31
UNIDADE II │ O DIABETES E AS TERAPIAS
32
O DIABETES E AS TERAPIAS │ UNIDADE II
»» faixa etária;
33
UNIDADE II │ O DIABETES E AS TERAPIAS
Estágios
1 2 3
Autoimunidade Anticorpos positivos Anticorpos positivos Anticorpos positivos
Normoglicemia: glicemia de jejum, Disglicemia: níveis glicêmicos Hiperglicemia evidente e de início
TOTG e HbA1c normais alterados, compatíveis com pré- recente, critérios clássicos para
Níveis glicêmicos diabetes (jejum entre 100 e 125 mg/ diagnóstico de DM (glicemia de jejum
para diagnóstico dL, 2 horas no TOTG entre 140 e ≥ 126mg/dL, 2 horas no TOTG ≥
199mg/dL, ou HbA1c entre 5,7 e 200mg/dL, ou HbA1c ≥ 6,5%*)
6,4%)
Sintomas Ausentes Ausentes Presentes
HbA1c: hemoglobina glicada; TOTG: teste oral de tolerância à glicose; DM: diabetes mellitus.
* Em pacientes sintomáticos, deve-se preferir diagnóstico pelas dosagens diretas de glicemia em vez de determinação de
HbA1c.
Fonte: American Diabetes Association (2017, Insel et al., 2015)
34
O DIABETES E AS TERAPIAS │ UNIDADE II
Esse tipo de diabetes está presente em 90% a 95% dos pacientes diabéticos, e,
entre as suas principais características, encontra-se a resistência insulínica e as
deficiências na secreção da insulina.
Dentre os principais sinais e sintomas que acompanham pacientes com diabetes tipo
2, podemos destacar:
»» poliúria;
»» polidipsia;
»» turvação visual;
35
UNIDADE II │ O DIABETES E AS TERAPIAS
36
O DIABETES E AS TERAPIAS │ UNIDADE II
Complicações crônicas
Fonte: <http://www.scielo.mec.pt/img/revistas/rpc/n27/n27a05f9.jpg>.
37
UNIDADE II │ O DIABETES E AS TERAPIAS
Jorge Freitas Esteves; Andréia Ferreira Laranjeira; Murilo Felix Roggia; Pizzol Dall; Melissa
Manfroi; Caio Augusto Scocco; Caroline Kaercher Kramer; Mirela Jobim de Azevedo; Luis
Henrique Santos Canani
38
O DIABETES E AS TERAPIAS │ UNIDADE II
39
UNIDADE II │ O DIABETES E AS TERAPIAS
Insulinograma
40
O DIABETES E AS TERAPIAS │ UNIDADE II
Bernardo L. Wajchenberg; Ana Tereza M. G. Santomauro; Marcia Nery; Rosa F. Santos; Maria E. L.
Rossi Silva; Mileni J. M. Ursich; Dalva M. Rocha
41
CAPÍTULO 2
Terapia farmacológica
Diabetes tipo1
O tratamento farmacológico da diabetes tipo 1 é feito por meio da insulinoterapia, e
tal tratamento, assim como na diabetes tipo2, tem como principais objetivos manter
o paciente assintomático, prevenir as complicações agudas e crônicas, alcançar a
normoglicemia sem hipoglicemias frequentes e controle de peso.
Insulina
42
O DIABETES E AS TERAPIAS │ UNIDADE II
Preparações de insulina
43
UNIDADE II │ O DIABETES E AS TERAPIAS
As terapias com insulina podem ocorrer em pacientes com diabetes tipo 1 ou , mas
o uso dessas preparações normalmente possuem objetivos distintos nessas categorias
de pacientes. Enquanto o objetivo do tratamento na diabetes tipo 1 é realizar um
tratamento intensivo e mimetizar o padrão normal de secreção de insulina, o tratamento
com insulina na diabetes tipo 2 visa realizar o controle inadequado da glicemia com
atividade física, dieta e hipoglicemiantes orais, e nem todo paciente pode responder
adequadamente.
44
O DIABETES E AS TERAPIAS │ UNIDADE II
A dose diária total de insulina preconizada em indivíduos com DM1 com diagnóstico
recente fica em torno de 0,5 a 1 U/kg/dia, mas pode evoluir para 0,7 a 1 U/kg/dia,
podendo alcançar de 1 a 2 U/kg/dia.
45
UNIDADE II │ O DIABETES E AS TERAPIAS
46
O DIABETES E AS TERAPIAS │ UNIDADE II
»» análogo de insulina glargina, uma vez ao dia: (1) antes do desjejum; (2)
no almoço; (3) no jantar; (4) ao deitar;
»» insulina detemir, uma ou duas vezes ao dia: antes do desjejum e/ou jantar
e/ou ao deitar;
47
UNIDADE II │ O DIABETES E AS TERAPIAS
48
O DIABETES E AS TERAPIAS │ UNIDADE II
»» reservatório de insulina;
»» cânula;
»» cateter;
»» conjunto de infusão;
»» baterias
»» pode ser programada para não liberar insulina por algumas horas;
49
UNIDADE II │ O DIABETES E AS TERAPIAS
Efeitos adversos
Fonte: <https://diabetesemduvida.com/2016/03/04/a-aplicacao-de-insulina-guia-completo/>.
50
O DIABETES E AS TERAPIAS │ UNIDADE II
RESUMO: Avaliar a acuidade visual para perto das pessoas que preparam doses
de insulina. Estudo transversal, realizado em 20 Unidades Básicas de Saúde,
no período de abril de 2013 a janeiro de 2015. A amostra por conveniência foi
constituída por 65 pacientes com diabetes mellitus e 35 cuidadores responsáveis
pelo preparo da dose de insulina. Utilizou-se um formulário contendo variáveis
sociodemográficas e clínicas, e o cartão de Jaeger. A acuidade visual para perto
no preparo de doses de insulina estava diminuída em 40% nos pacientes e 20%
nos cuidadores. Houve associação estatisticamente significante entre acuidade
visual para perto diminuída e classe econômica (p=0,032) e faixa etária (p=0,024)
para pacientes, e acuidade visual para perto diminuída e idade (p=0,024) para os
cuidadores. A acuidade visual para perto esteve comprometida e há necessidade
de construção de protocolos específicos que possam ser utilizados na Atenção
Primária.
51
UNIDADE II │ O DIABETES E AS TERAPIAS
Diabetes tipo2
O tratamento farmacológico da diabetes tipo 2 é feito por meio da administração
de hipoglicemiantes orais e eventualmente uso de insulina associado. Os
hipoglicemiantes orais possuem distintas classes com mecanismos de ação
específicos sendo o objetivo principal do tratamento a manutenção dos níveis
glicêmicos normais e a prevenção das complicações agudas e crônicas da
hiperglicemia.
52
O DIABETES E AS TERAPIAS │ UNIDADE II
Hipoglicemiantes orais
53
UNIDADE II │ O DIABETES E AS TERAPIAS
»» secretagogos de insulina;
»» sensibilizadores de insulina;
54
O DIABETES E AS TERAPIAS │ UNIDADE II
Sulfanilureias
»» clorpropamida;
»» glibenclamida;
55
UNIDADE II │ O DIABETES E AS TERAPIAS
»» glipizida;
»» gliclazida;
»» glimepirida.
Efeitos adversos
Assim como qualquer fármaco, as sulfanilureias não são isentas de efeitos adversos, e,
dentre os efeitos possíveis, destaca-se possibilidade de hipoglicemia, ganho ponderal,
aumento de apetite e, em pacientes propensos, alterações disrítmicas, devido ao
antagonismo de canais de potássio em miócitos cardíacos.
Contra indicações
Redução
Medicamentos
da Redução Outros
(posologia Mecanismo Efeitos
glicemia de HbA1c Contraindicações efeitos
mínima e de ação colaterais
de jejum (%) benefícios
máxima em mg)
(mg/dl)
Sulfonilureias
Clorpropamida (125 Aumento da 60 a 70 1,5 a 2 Gravidez, insuficiência renal ou Hipoglicemia e -
a 500) secreção de hepática ganho ponderal
insulina (clorpropamida
Glibenclamida (2,5
não protege
a 20)
contra
Glipizida (2,5 a 20) retinopatia)
Gliclazida (40 a 320)
Gliclazida MR (30 a
120)
Glimepirida (1 a 8)
Umas a duas
tomadas/dia
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2015-2016) / Adolfo Milech [et al.]; organização José Egidio Paulo de
Oliveira, Sérgio Vencio – São Paulo: A.C. Farmacêutica, 2016.
56
O DIABETES E AS TERAPIAS │ UNIDADE II
Biguanidas
57
UNIDADE II │ O DIABETES E AS TERAPIAS
»» inibição da gliconeogênese;
Efeitos adversos
Seu uso prolongado pode estar associado à deficiência de vitamina B12. Por esse
motivo, a dosagem periódica das concentrações de vitamina B12 se faz necessária
em pacientes com esse perfil terapêutico, principalmente na presença de anemia ou
nefropatia periférica.
Contraindicações
58
O DIABETES E AS TERAPIAS │ UNIDADE II
Biguanidas
Metformina (1.000 Reduz a produção 60 1,5 Gravidez, insuficiência Desconforto abdominal, Diminuição de eventos
a 2.550) hepática de glicose a a2 renal, hepática, diarreia. cardiovasculares
com menor ação 70 cardíaca, pulmonar e
Duas a três A apresentação de Prevenção de DM2
sensibilizadora da ação acidose grave
tomadas/dia liberação prolongada
insulínica Melhora do perfil lipídico
(XR) causa menos efeitos
Metformina XR
gastrointestinais Diminuição do peso
(1.000 a 2.550)
Duas a três
tomadas/dia
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2015-2016) / Adolfo Milech [et al.]; organização José Egidio Paulo de
Oliveira, Sérgio. Vencio – São Paulo: A.C. Farmacêutica, 2016.
Inibidores da alfaglicosidase
59
UNIDADE II │ O DIABETES E AS TERAPIAS
Inibidores da alfaglicosidase
Acarbose (50 a Retardo da 20 a 30 0,5 a 0,8 Gravidez Meteorismo, Diminuição de eventos
300) absorção de flatulência e diarreia cardiovasculares
carboidratos
Três tomadas/dia Prevenção de DM2
Redução do espessamento
médio intimal carotídeo
Melhora do perfil lipídico
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2015-2016) / Adolfo Milech [et al.]; organização José Egidio Paulo de
Oliveira, Sérgio Vencio – São Paulo: A.C. Farmacêutica, 2016.
Efeitos adversos
Contraindicações
Paulo Rosenbaum
60
O DIABETES E AS TERAPIAS │ UNIDADE II
Glitazonas (Tiazolidinedionas)
São opções terapêuticas para tratamento de diabetes melittus tipo 2. Seu mecanismo
de ação envolve o agonismo de receptores PPAR alfa em diversos tecidos, entre eles
o tecido adiposo, o fígado e o músculo. Os receptores PPAR alfa quando ativados por
fármacos como a Pioglitazona, modulam a expressão de diversos genes, alguns ficam
superexpressos, como no caso dos genes para a produção de transportadores GLUT
4, enquanto outros ficam com a sua expressão reduzida, ocasionando uma série de
61
UNIDADE II │ O DIABETES E AS TERAPIAS
Ações principais
Efeitos adversos
Assim como os demais fármacos, as glitazonas não estão isentas de efeitos adversos
e, entre os mais conhecidos, encontra-se retenção hídrica, anemia, ganho ponderal,
piora de quadros de insuficiência cardíaca e maior predisposição a fraturas, além da
possibilidade de flutuações glicêmicas especialmente em pacientes idosos.
Contraindicações
62
O DIABETES E AS TERAPIAS │ UNIDADE II
Metiglinidas
Efeitos adversos
Contraindicações
63
UNIDADE II │ O DIABETES E AS TERAPIAS
Gliptinas
As gliptinas são fármacos inibidores da dipeptidil peptidase 4 (DPP-4). Tal
enzima apresenta como uma de suas ações a degradação de hormônios, como as
incretinas, e tais hormônios são responsáveis pela estimulação da secreção de
insulina e redução da secreção de glucagon. Quando a expressão ou atividade da
DPP-4 está muito aumentada, a tendência é ocorrer uma redução das ações das
incretinas e consequentemente da insulina. Além disso, as ações do glucagon ficam
potencializadas, e o paciente tende a aumentar os níveis glicêmicos de forma crônica.
Efeitos adversos
64
O DIABETES E AS TERAPIAS │ UNIDADE II
Contraindicações
65
UNIDADE II │ O DIABETES E AS TERAPIAS
Efeitos adversos
Contraindicações
66
O DIABETES E AS TERAPIAS │ UNIDADE II
Inibidores de SGLT2
Efeitos adversos
Contraindicações
Tais fármacos não devem ser utilizados por pacientes com redução da taxa de filtração
glomerular ou com disfunção renal moderada ou grave estabelecida.
67
UNIDADE II │ O DIABETES E AS TERAPIAS
dizem ter acesso aos medicamentos prescritos para diabetes e 70,7%, que os
obtêm de forma totalmente gratuita. Verificou-se baixa adesão ao tratamento
farmacológico, com diferenças macrorregionais significativas (p = 0,001) e maior
vulnerabilidade nas regiões sul e nordeste. CONCLUSÃO: Demonstrou-se melhor
acesso aos medicamentos para diabetes no país. Entretanto, para melhorar a
eficiência dos gastos públicos, ficou demonstrada a necessidade de melhorar a
adesão ao tratamento medicamentoso.
68
O DIABETES E AS TERAPIAS │ UNIDADE II
»» eficácia do medicamento;
»» risco de hipoglicemia;
»» custo do medicamento;
»» preferência do paciente.
69
UNIDADE II │ O DIABETES E AS TERAPIAS
70
O DIABETES E AS TERAPIAS │ UNIDADE II
Em todo caso, um segundo teste deve ser realizado após uma semana. Caso a glicemia
seja maior que 92mg/dL, uma segunda avaliação no segundo trimestre deve ser
realizada.
71
UNIDADE II │ O DIABETES E AS TERAPIAS
72
O DIABETES E AS TERAPIAS │ UNIDADE II
»» comorbidades associadas;
»» polifarmácia;
»» capacidade de autocuidado;
»» custo da medicação;
»» envelhecimento cerebral;
»» catarata;
»» doenças cardiovasculares;
»» sarcopenia.
No entanto, se não for possível o alcance das metas, o medicamento deve, então, ser
introduzido com a menor dose possível, e esta ser aumentada gradualmente até que
as metas sejam alcançadas, ou ainda dar preferência às apresentações de liberação
73
UNIDADE II │ O DIABETES E AS TERAPIAS
74
O DIABETES E AS TERAPIAS │ UNIDADE II
Pé diabético
75
UNIDADE II │ O DIABETES E AS TERAPIAS
Apesar dos dados variarem, as vias de ulceração são semelhantes, a UPD é resultado
de dois ou mais fatores de risco, associados com a polineuropatia diabética (PND).
A PND está presente em cerca de 50% dos pacientes com DM2 com mais de 60 anos
de idade.
A DAP afeta 50% dos pacientes com DM, sendo cinco a dez vezes mais frequentes
nesses pacientes quando comparados a pacientes sem DM; 25 a 50% dos indivíduos
com DAP não apresentam sintomas atípicos ou ausência deles e apenas 20%
manifestam formas mais graves, podendo evoluir para doença arterial obstrutiva
(DAOP) e isquemia crítica.
A avaliação clínica é feita por meio de duas medidas simples: história clínica e
exame dos pés. Apenas 58% dos pacientes atendidos em centros especializados e
não especializados tiveram registro de exame dos pés efetuado.
»» pele seca;
»» rachaduras;
»» micose;
»» calosidades;
»» ausência de pelos;
76
O DIABETES E AS TERAPIAS │ UNIDADE II
77
UNIDADE II │ O DIABETES E AS TERAPIAS
DM e HIV
Ainda não se sabe se a infecção pelo HIV, por si só, é fator de risco independente
para o desenvolvimento de DM. Na literatura, há estudos que demonstram o
aumento desse risco e até mesmo estudos que demonstram efeito neutro, quando
comparados a indivíduos sem HIV.
78
O DIABETES E AS TERAPIAS │ UNIDADE II
Tratamento fitoterápico
O Brasil possui uma cultura popular muito rica, aliada às suas dimensões, o que nos
leva a imaginar a quantidade de fitoterápicos que são utilizados para o controle da
glicemia. Contudo, questiona-se a efetividade desses fitoterápicos, seus mecanismos
de ação e suas comprovações científicas.
79
UNIDADE II │ O DIABETES E AS TERAPIAS
80
O DIABETES E AS TERAPIAS │ UNIDADE II
Hosana Bandeira Santos, João Modesto-Filho; Margareth de Fátima Formiga Melo Diniz; Tereza
Helena Cavalcanti de Vasconcelos; Francisco Santiago de Brito Pereira; Josué do Amaral Ramalho;
Jadson Gomes Dantas; Esther Bandeira Santos
RESUMO: O estudo objetivou realizar ensaios clínicos de fase II com o infuso das
folhas de Cissus sicyoides L (Vitaceae) para investigar a eficácia terapêutica desse
vegetal em voluntárias intolerantes à glicose (GIG n = 14) e diabéticas (GD n =
12) entre 30 e 59 anos de idade no Hospital Universitário Lauro Wanderley/UFPB.
O chá foi preparado com 1g do pó das folhas secas, diluído em 150 mL de água
quente por 10 minutos (uso popular), dose única, por um período de 7 dias (fase
aguda). No GIG, verificou-se a interação entre a glicemia e a insulina por meio do
Teste Oral de Tolerância à Glicose, sem e com a ingestão do infuso. A glicemia e
insulinemia foram determinadas nos tempos 0, 1, 2 e 3 h. Para o GD, avaliou-se
a variação espontânea da glicemia (em jejum e em repouso nos tempos 0, 1, 2 e
3 h) e o perfil glicêmico (antes e 2h após as refeições) na ausência e na presença
do chá. No GIG, o chá das folhas teve atividade hipoglicemiante significativa aos
120 minutos, porém, não houve aumento da insulinemia, além da fisiológica,
sugerindo que esse efeito não ocorreu por liberação ou secreção daquela. No
GD, o infuso não apresentou efeito hipoglicemiante significativo.
81
UNIDADE II │ O DIABETES E AS TERAPIAS
82
O DIABETES E AS TERAPIAS │ UNIDADE II
83
UNIDADE II │ O DIABETES E AS TERAPIAS
84
Referências
Tabela 2 – Taxa de mortalidade por diabetes (a cada 100 mil habitantes), por
macrorregião brasileira, segunda a faixa etária, no ano de 2011. - Diretrizes da Sociedade
Brasileira de Diabetes (2015-2016) / Adolfo Milech [et al.]; organização José Egidio
Paulo de Oliveira, Sérgio Vencio – São Paulo: A.C. Farmacêutica, 2016.
85
REFERÊNCIAS
86