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CERS Book - Direito Civil - Capítulo 10
CERS Book - Direito Civil - Capítulo 10
JURÍDICAS
CARREIRAS JURÍDICAS
DIREITO CIVIL
CAPÍTULO 10
CAPÍTULOS
1
SOBRE ESTE CAPÍTULO
Finalmente começamos a parte especial do Código Civil! Iremos tratar aqui sobre as
obrigações no direito civil, então, tenham muita atenção, pois este tema é fundamental tanto
por si só, como para compreender os Contratos do Direito Civil.
Este assunto será divido em dois capítulos, nesse Capítulo 10 vamos tratar da
introdução à teoria das obrigações, de seus elementos, de suas classificações e das suas
formas de transmissão.
Muitos dizem que o tema das obrigações é o coração do Direito Civil. Portanto, por
mais extenso que sejam os próximos capítulos, é hora de muita concentração.
A leitura da lei seca é (como sempre) essencial. Sabendo a letra da lei vocês
Pegue seu Vade Mecum, seus marca textos e vamos aos estudos!
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SUMÁRIO
Capítulo 10 ................................................................................................................................................ 5
GABARITO ............................................................................................................................................... 62
3
GABARITO QUESTÃO DESAFIO ........................................................................................................... 64
JURISPRUDÊNCIA................................................................................................................................... 67
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DIREITO CIVIL
Capítulo 10
Preparados para adentrar o Direito das Obrigações? Para os capítulos 10 e 11, leia
primeiro os artigos referentes ao tema no Código Civil. Acreditamos que isso vai facilitar o
entendimento de vocês!
Civil.
Tem-se, assim, que a relação jurídica obrigacional é uma relação pessoal e horizontal,
pois vincula pessoas (credor e devedor) horizontalmente. Diferentemente, a relação jurídica
real, disciplinada pelos direitos reais é vertical, vinculando um sujeito a uma coisa.
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10.1 Conceito
credor e cujo objeto consiste numa prestação pessoal econômica, positiva ou negativa,
devida pelo primeiro ao segundo, garantindo-lhe o adimplemento (cumprimento) através de
seu patrimônio.
Ou seja, obrigação nada mais é que o direito do credor contra o devedor; confere-se
ao credor (sujeito ativo) o direito de exigir do devedor (sujeito passivo) o cumprimento de
determinada prestação, sendo que no caso de descumprimento poderá o credor satisfazer-se
no patrimônio do devedor (art. 391, CC).
1
Vide questão 3.
6
Sujeito Ativo: É o credor, o beneficiário da obrigação; pessoa (física ou jurídica) a
cumprimento.
Em cada um desses polos (ativo ou passivo) pode haver mais de um credor ou devedor.
Além disso, estas posições nem sempre são estáticas. Ex.: em uma compra e venda ambos
são credores e devedores simultaneamente: o comprador é credor da coisa, mas é devedor do
complexa.
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10.2.2 Elemento Objetivo (ou material)
Ainda, há o objeto mediato, que é o bem, propriamente dito. Ex.: “A” deve entregar um
quadro a “B”. O objeto imediato, que é a prestação, é a obrigação de dar. Já o quadro é o
bem sobre o qual recai o direito, sendo considerado como o objeto mediato.
O objeto (prestação), para ser válido, deve ser lícito, possível (física e juridicamente),
determinado ou determinável e economicamente apreciável.
É admissível a obrigação que tenha por objeto um bem não econômico, desde que seja
Trata-se do vínculo que liga os sujeitos ao objeto da obrigação; é o elo que sujeita o
devedor a determinada prestação (positiva ou negativa) em favor do credor (Ex: um acidente
Quanto ao tema, o alemão Alois Brinz desenvolveu a teoria dualista do vínculo dos
elementos que compõem a obrigação. De acordo com a teoria, a essência da obrigação está
na responsabilidade, de maneira que o devedor deve ser responsável, com o seu patrimônio,
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pela realização da prestação obrigacional. Para o autor, os elementos que compõem a
obrigação são:
Haftung: responsabilidade;
responsabilidade civil. A responsabilidade civil não está à parte, mas passa a integrar o
conceito de obrigação. Ou seja, esta é consequência jurídica e patrimonial do
descumprimento do dever jurídico; é a possibilidade se de exercer uma pretensão em juízo.
alternativas2.
Nessa senda, pode-se afirmar que as obrigações produzem efeitos DIRETOS e INDIRETOS:
2
Vide questão 3.
9
Os indiretos são os direitos conferidos pela Lei ao credor para obter o adimplemento
preciso da obrigação ou o ressarcimento por perdas e danos, ou os dois ao mesmo
tempo.
Negócio Jurídico Bilateral: duas pessoas criam obrigações entre si. Ex: os
contratos de uma forma geral (compra e venda; locação, etc.). É a principal e maior
fonte de obrigação.
Negócio Jurídico Unilateral: nestes casos só há uma vontade, ou seja, apenas uma
pessoa se obriga. Ex: promessa de recompensa.
Atos Ilícitos: quem comete um ato ilícito (art. 186, CC) fica obrigado a reparar o
A doutrina ainda acrescenta a lei como fonte de obrigação, uma vez que em nosso direito
ela é a fonte primária ou imediata de qualquer obrigação (“Ninguém é obrigado a fazer ou
3
Vide questão 4.
10
10.4 Classificação das Obrigações
Esta somente se concretiza com a tradição (entrega - bens móveis) ou pelo registro (bens
imóveis).
A palavra DAR, juridicamente tem mais de um sentido. Dar pode significar transferir a
posse e a propriedade da coisa, como também, haverá obrigação de dar, quando apenas a
posse é transferida. Na locação, o locador tem a obrigação de dar a posse.
Específica: Obrigação de dar coisa certa (artigo 233 CC; ex: uma joia, um carro, um
livro, etc.);
Genérica: Obrigação de dar coisa incerta (artigo 243 CC; ex: a obrigação de dar um
4
Vide questão 1.
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(art. 313, CC)5. Abrange a obrigação de transferir a propriedade (ex: compra e venda), ou a
233, CC). Ex: vendo a chácara “Alegria”, mas estabeleço que posso retirar todos os bens
móveis da chácara.
O devedor deve conservar adequadamente a coisa que irá entregar ao credor, bem
como defendê-la contra terceiros, como se fosse sua. Mas mesmo assim a coisa pode se
perder. Até a entrega da coisa, essa ainda pertence ao devedor.
Por ser prestação específica, de conteúdo certo, o credor não se obriga a aceitar
prestação diversa da que lhe é devida (Princípio da identidade física da prestação), ainda
SEM CULPA DO DEVEDOR (artigo 234 e 235 CC): não sendo culpado o devedor,
COM CULPA DO DEVEDOR (artigo 236 CC): se a coisa se perdeu por culpa do
devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em
5
Vide questão 4.
6
Vide questão 10.
12
Sempre que houver o descumprimento de uma obrigação por culpa do devedor, poderá ser
exigida indenização por perdas e danos. LEMBREM-SE: CULPA → PERDAS E DANOS. Por sua
no mercado. Já, com a perda a coisa não mais possui utilidade, função ou valor algum.
OBRIGAÇÃO DE DAR
SEM CULPA COM CULPA
RESOLVE A VALOR EQUIVALENTE
PERDA
OBRIGAÇÃO PARA +
AS PARTES PERDAS E DANOS
RESOLVE A
OBRIGAÇÃO VALOR EQUIVALENTE
OU +
DETERIORAÇÃO ACEITA A COISA PERDAS E DANOS
COM
ABATIMENTO DO (Em qualquer dos casos)
PREÇO
OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR
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SEM CULPA COM CULPA
RESOLVE A VALOR EQUIVALENTE
PERDA
OBRIGAÇÃO PARA +
AS PARTES PERDAS E DANOS
VALOR EQUIVALENTE
CREDOR RECEBE A OU
COISA NO ACEITAR A COISA COM O ABATIMENTO
DETERIORAÇÃO
ESTADO EM QUE DO PREÇO
SE ENCONTRAR +
PERDAS E DANOS (em qualquer dos casos)
Res perit domino: o dono é o único a sofrer as perdas oriundas de caso fortuito,
pois neste caso não se constata a existência de culpa.
Coisa incerta indica que a coisa não é única, singular e exclusiva, como na obrigação
de dar coisa certa. O objeto é indicado apenas de forma genérica no início da obrigação. No
entanto, o objeto deve ser determinável pelo gênero e quantidade, faltando determinar a
qualidade. Ex: entregar dez bois. A princípio parece ser uma obrigação de dar coisa certa. No
entanto se eu tenho uma boiada de mil bois e devo entregar dez, quais os dez bois que eu
irei entregar se eles ainda não foram individualizados? Por isso chamados de obrigação de dar
a coisa incerta (ou genérica).
7
Vide questão 8.
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Assim, coisa incerta não quer dizer “qualquer coisa”, mas sim coisa sujeita a
A individualização se faz pela escolha da coisa devida, pela média qualidade, ou seja,
não deverá ser escolhida a melhor e nem a de pior qualidade, respeitando o princípio da boa-
fé. Trata-se de um ato jurídico unilateral, também chamado de concentração de débito ou
concentração da prestação devida, que se exterioriza pela pesagem, medição, contagem, etc. A
escolha cabe, em regra ao devedor, salvo se for estabelecido de modo diverso no contrato
(neste caso, por exceção, a escolha caberá ao credor ou a uma terceira pessoa estranha ao
negócio).
Segundo o art. 246, CC, antes da escolha não pode o devedor alegar perda ou
deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito (genus nunquam perit - o
gênero nunca perece). Ex.: Se “A” deve cem laranjas a “B” não pode deixar de cumprir a
obrigação alegando que as laranjas se estragaram, pois cem laranjas são cem laranjas, e se a
plantação de “A” se perdeu ele pode comprar as frutas em outra fazenda. No entanto, após a
perdas e danos.
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Na falta de disposição contratual, estabelece a lei que o devedor não poderá dar a coisa pior,
Segundo o art. 315, CC, o pagamento em dinheiro será feito em moeda corrente. Deve
ser realizado no lugar do cumprimento da obrigação e pelo seu valor nominal, ou seja, em
real (que é nossa unidade monetária atual). São nulas as convenções de pagamento em ouro
ou em moeda estrangeira, salvo os contratos e títulos referentes à importação e exportação
(art. 318, CC).
Outras formas de pagamento (ex: cheque, cartão de crédito ou débito, etc.) são
facultativas, podendo o comerciante (fornecedor) optar em não os receber.
trabalho manual, intelectual, científico ou artístico, etc.). Assim, enquanto na obrigação de dar
o objeto da prestação é uma coisa, na obrigação de fazer o objeto da prestação é um serviço
feito pelo próprio devedor (ex: professor ministrar uma aula, cantor fazer um show, pedreiro
construir um muro, etc.).
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Imagine a seguinte situação: Se eu quero comprar um quadro e encomendo a um artista, a
obrigação será de fazer ou de dar? Se o quadro já estiver pronto a obrigação será de dar,
obrigação sem indenização. Ex: cantor que ficou afônico, mercadoria que deveria ser
entregue não é mais achada no mercado, etc. Repõem-se as partes no estado anterior da
obrigação. Por outro lado, se o próprio devedor criou a impossibilidade, ele responderá por
perdas e danos. A recusa voluntária induz culpa do devedor.
Fungível quer dizer que a prestação do ato pode ser realizada pelo devedor ou por
terceira pessoa, sem prejuízo para o credor (ex: obrigação de pintar um muro – em tese
qualquer pessoa pode pintar um muro, por isso é uma obrigação fungível).
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10.4.2.2 Obrigação de Fazer Infungível (personalíssima ou intuitu
personae)
A prestação só pode ser executada pelo próprio devedor ante a sua natureza
danos (art. 247, CC), pois não se pode constranger fisicamente o devedor a executá-la. No
entanto, atualmente, admite-se a execução específica da obrigação. Isto é, pode ser imposta
pelo Juiz (e somente pelo Juiz), uma multa periódica (chamada de astreinte).
Obrigação de não fazer é aquela pela qual o devedor se compromete a não praticar
certo ato que até poderia livremente praticar se não houvesse se obrigado. Seu conteúdo
é uma omissão ou abstenção, um ato negativo. Ex: proprietário se obriga a não construir um
muro acima de certa altura para não obstruir a visão do vizinho; inquilino se obriga a não
trazer animais domésticos para o cômodo alugado, etc. Estas obrigações podem ser bem
variadas, mas é evidente que as imorais e antissociais, ou que sacrifiquem a liberdade das
Além disso, pode haver um limite temporal para a obrigação. Se a pessoa praticar o
ato que se obrigou a não praticar, tornar-se-á inadimplente e o credor poderá exigir o
pessoal e só pode ser cumprida pelo próprio devedor (personalíssima e indivisível). Por isso se
“A” se comprometer a não elevar o muro a certa altura e depois de algum tempo ele vender a
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propriedade, quem comprou não terá essa obrigação (a menos que se faça um novo
contrato).
efeito.
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descumprimento total da obrigação; o devedor só se desonera dela cumprindo
todas as prestações.
facultativa.
Havendo vários devedores cada um responde pela dívida inteira, como se fosse um
único devedor. O credor pode escolher qualquer um e exigir a dívida toda. Mas, se houver
8
Vide questão 2.
9
Vide questões 2 e 7.
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vários credores, qualquer um deles pode exigir a prestação integral, como se fosse único
Aluno, muita atenção aqui! A solidariedade NUNCA PODE SER PRESUMIDA. Nos termos do
artigo 265, ela resulta da lei ou das vontades das partes, devendo sempre estar expressa (ou
na lei ou no acordo). Assim, em uma questão fique atento se é uma hipótese legal de
solidariedade, se não o for, e a pergunta nada falar sobre a solidariedade, nunca a presuma.
cliente.
Nas obrigações solidárias ativa, cada um dos credores solidários tem o direito de
exigir do devedor comum o cumprimento da prestação por inteiro, assim, enquanto alguns
dos credores solidários não demandarem o devedor comum, o devedor poderá pagar a
qualquer um dos credores (artigos 267 e 268, do Código Civil).
Porém, importante destacar que tal regra aplica-se apenas antes de haver uma
demanda judicial, podendo, assim, o devedor pagar para quem quiser e como quiser.
Contudo, após o ingresso de demanda judicial por qualquer dos credores, o pagamento deve
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Uma característica muito importante é que as condições da obrigação solidária são
divisíveis, sendo possível, portanto, estabelecer condições diferentes para um ou alguns dos
credores.
Segundo o art. 269, do Código Civil, o pagamento feito a um dos credores solidários
extingue a dívida até o montante do que foi pago. Porém, mesmo quem recebeu
parcialmente, pode cobrar o restante da dívida, já que a relação externa entre credores e
devedor é una.
Ainda, conforme dispõe o art. 272, do Código Civil, é possível que o credor que tiver
remita, ou seja, perdoe a dívida do devedor, e sendo assim, ou recebendo o pagamento, este
credor responderá perante os outros pelas quotas correspondentes. Isso ocorre porque a
relação interna entre os credores é fracionável (presunção de divisão igualitária).
Pelo que dispõe o art. 270 do Código Civil, se um dos credores solidários falecer
deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que
corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível. Assim, em caso
Não há transmissão da solidariedade por herança nas obrigações divisíveis, uma vez
que, nesse caso, os credores/devedores que falecerem deixando herdeiros, cada um deles só
poderá exigir e receber/pagar a quota do crédito correspondente ao seu quinhão
hereditário.
Essa regra, porém, não se aplica quando se tratar de obrigação indivisível, pois, em se
tratando de obrigação indivisível, lembre-se que não há como fracionar a prestação e,
portanto, deve-se cumpri-la de maneira integral. Ex.: a obrigação é de entregar um animal.
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Nesse caso, não pode ser dividida em relação às quotas da herança, devendo qualquer um
Nas obrigações solidárias ativas, não há oponibilidade das exceções pessoais, ou seja,
não é possível arguir defesas personalíssimas. Ademais, o julgamento contrário a um dos
Ocorre quando há pluralidade de devedores. Ex.: art. 585, CC: “Se duas ou mais
contra um ou alguns dos devedores, visto que o mesmo tem a possibilidade de exigir de
qualquer um dos credores.
Portanto, mesmo aquele devedor que paga uma parte da dívida pode ser cobrado pelo
restante, pois, na solidariedade passiva, a relação externa é una, conforme dispõe o art. 275,
caput e parágrafo único, do Código Civil.
23
Enunciado 348, da IV Jornada de Direito Civil do STJ: O pagamento parcial não
implica, por si só, renúncia à solidariedade, a qual deve derivar dos termos expressos da
podendo ser cobrado apenas nos limites da sua quota parte, transformando-se em devedor
fracionário10.
Não confundir renúncia à solidariedade com remissão (perdão), porque, neste último
caso, o beneficiado com fica totalmente liberado do vínculo obrigacional, conforme dispõe o
10
Vide questão 5.
24
A remissão concedida a um dos co-devedores extingue a dívida na parte a ele
correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os
outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da parte remitida.
herdeiros (refração do débito), cada um destes será obrigado a pagar a quota que
corresponder ao seu quinhão hereditário, neste caso, extingue-se a solidariedade, até os
limites da herança, conforme dispõe art. 1.792, do Código Civil.
Exceção (art. 276, CC): se a obrigação for indivisível, poderá ser exigida por inteiro; e os
herdeiros reunidos serão considerados um só devedor solidário em relação aos demais
devedores11.
Por fim, o devedor que satisfaz a dívida por inteiro pode exigir dos outros
codevedores as suas quotas, já que há a presunção relativa de divisão igualitária. Assim, na
11
Vide questão 9.
25
solidariedade passiva, a relação interna entre devedores é fracionável. Em sentido contrário,
caso a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores, ele responderá por
toda a dívida para a quem pagar.
devedores e de credores.
ou da vontade das partes (solidariedade convencional)” (art. 265, CC). Ex.: o fiador em
relação ao devedor principal quando convencionar a solidariedade com o afiançado, já que,
em regra o fiador é devedor subsidiário (benefício de ordem previsto no art. 827, do Código
Civil c/c art. 828, do Código Civil).
CARACTERÍTICAS
Qualquer um dos credores pode exigir a dívida por inteiro a
RESPONDEM COMO SE qualquer um dos devedores, que têm o dever de pagar a
FOSSEM UM SÓ SUJEITO dívida toda, a qualquer um dos credores, havendo
solidariedade em ambos os polos da relação.
NÃO PRESUNÇÃO DA A solidariedade só pode resultar da LEI (solidariedade legal)
SOLIDARIEDADE ou da AUTONOMIA DA VONTADE (solidariedade
convencional).
Se for realizado por qualquer um dos credores, extingue-se
PAGAMENTO INTEGRAL até o valor que foi pago. Assim, caso haja o pagamento
EXTINGUE A DÍVIDA parcial, o credor poderá cobrar o restante da dívida a
qualquer um dos devedores, inclusive do devedor já pagante.
NÃO TRANSMISSÃO DA Nesse caso, os credores/devedores que falecerem deixando
SOLIDARIEDADE POR herdeiros, cada um deles só poderá exigir e receber/pagar a
HERANÇA NAS quota do crédito correspondente ao seu quinhão hereditário.
OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS
CONVERSÃO EM PERDAS E Permanece a solidariedade para todos os efeitos, ao
DANOS contrário das obrigações indivisíveis, que perderão tal
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característica, tornando-se divisíveis.
Aquele credor que perdoou ficará responsável em pagar, aos
demais credores, o valor de suas quotas correspondentes e
REMISSÃO DA DÍVIDA aquele que obteve o perdão não extingue aos demais, que
deverão pagar o valor restante, caso o pagamento tenha sido
parcial.
As defesas de mérito existentes contra determinado sujeito
NÃO OPONIBILIDADE DAS apenas vinculam a este, ou seja, são personalíssimas, não
EXCEÇÕES PESSOAIS podendo abranger os demais. Nesse sentido, as exceções que
podem abranger os demais são aquelas comuns a todos, a
exemplo da prescrição da dívida.
PRINCÍPIO DA Impossibilidade de agravar a posição dos credores/devedores
RELATIVIDADE DOS EFEITOS sem o consentimento dos demais, gerando efeitos apenas
CONTRATUAIS inter partes
CULPA NA Subsiste para todos os devedores solidários o encargo de
IMPOSSIBILIDADE DE pagar o equivalente, mas apenas o DEVEDOR CULPADO será
CUMPRIMENTO DA obrigado a pagar as perdas e danos.
OBRIGAÇÃO
A solidariedade pode ser renunciada de maneira parcial, em
RENÚNCIA À favor de apenas um devedor, por exemplo, subsistindo em
SOLIDARIEDADE relação às demais, ou total, de modo a exonerá-los da
solidariedade.
27
Porém, é possível a demonstração de que o resultado não foi alcançado por
fator alheio à atuação do devedor (ex: caso fortuito, força maior, culpa
exclusiva do credor, etc.).
Exemplo de Obrigação de Meio: advogado, não tem como garantir o resultado final. Até
28
A exceção é a cirurgia meramente estética: obrigação de resultado
paciente advieram de fatores externos e alheios à sua atuação profissional. Trata-se, portanto,
de responsabilidade subjetiva com culpa presumida. NÃO é caso de responsabilidade
objetiva12.
A responsabilidade com culpa presumida permite que o devedor (no caso, o cirurgião
plástico), prove que ocorreu um fato imponderável que fez com que ele não pudesse atingir o
resultado pactuado. Conseguindo provar esta circunstância, ele se exime do dever de
indenizar.
Como é a responsabilidade do médico nos casos de cirurgia que seja tanto reparadora
como também estética?
mama, a responsabilidade do médico não pode ser generalizada, devendo ser analisada de
forma fracionada, conforme cada finalidade da intervenção. Assim, a responsabilidade do
12
Vide jurisprudência comentada.
29
sua parcela reparadora (STJ. 3ª Turma, REsp 1.097.955-MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado
em 27/9/2011).
SOLIDARIEDADE INDIVISIBILIDADE
31
Obrigações Condicionais: são as que contêm cláusula que subordina seu
efeito a evento futuro e incerto para atingir seus efeitos (ex: ganhar um
carro quando passar no vestibular).
Obrigações a Termo: são aquelas que contêm cláusula que subordina seu
efeito a evento futuro e certo (ex: ganhar um carro quando completar 18
anos).
Quanto à Independência
Quanto à Liquidez
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Obrigações Líquidas: são aquelas certas quanto à existência e determinadas
quanto ao objeto. Ex: entregar uma casa; entregar R$1.000,00, etc. Nelas se
acham especificadas, de modo expresso, a quantidade, a qualidade e a
natureza do objeto devido. O inadimplemento de obrigação positiva e líquida
constitui o devedor em mora.
33
10.5 Espécies de Obrigações segundo a Doutrina
São obrigações híbridas, ou seja, parte direito real, parte direito pessoal. Elas recaem
sobre uma pessoa (daí ser um direito pessoal), mas por força de um direito real (como por
exemplo, a propriedade). Ex: obrigação de um proprietário de não prejudicar a segurança,
Por último, cabe ressaltar o seguinte entendimento sumulado do STJ, “as obrigações
No entanto, tais obrigações podem gerar efeitos, pois, se o devedor capaz pagar a
dívida, o pagamento é considerado válido e irretratável, não podendo pedir de volta o que foi
pago. Ex.: dívida prescrita; dívidas resultantes de jogo e apostas não permitidas legalmente
(arts. 814 e 815, CC: não é obrigatório o seu pagamento; mas se o devedor pagar é
considerado válido).
34
“A cobrança de dívida de jogo contraída por brasileiro em cassino que funciona legalmente
no exterior é juridicamente possível e não ofende a ordem pública, os bons costumes e a
soberania nacional”, segundo entendimento do STJ (REsp 1.628.974-SP, Info 610), por força
da aplicação do art. 9º da LINDB (aplica-se à obrigação constituída no exterior a legislação do
O credor poderá ceder seu crédito a outro, se isso não opuser à natureza da obrigação,
à lei ou à convenção com o devedor, podendo configurar tanto alienação onerosa quanto
alienação gratuita.
consumar, mas este deverá ser comunicado, sob pena de adimplemento, pelo pagamento
putativo. O devedor poderá ser comunicado por escrito, público ou particular.
13
Vide questão 6.
35
Nos termos do artigo 286 do CC, toda cessão é permitida, EXCETO se houver:
negócio original;
que possa solver a obrigação ao legítimo detentor do crédito. Só para esse fim
se lhe comunica a cessão, uma vez que sua anuência ou intervenção é
dispensável.
independentes um do outro.
Legal: opera-se por força de lei, como no caso do devedor de obrigação solidária que
satisfez a dívida por inteiro, sub-rogando-se no crédito (CC, art. 283), ou do fiador que
pagou integralmente a dívida, ficando sub-rogado nos direitos do credor (CC, art. 831).
suprir declaração de cessão por parte de quem era obrigado a fazê-la. Ex.: art. 298 do
Código Civil.
Pro soluto: o cedente apenas garante a existência do crédito, sem responder, todavia,
pela solvência do devedor;
Pro solvendo: o cedente obriga-se a pagar se o devedor cedido for insolvente. Assim, o
cedente assume o risco da insolvência do devedor.
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Desta forma, o cedente será responsável pela existência e legalidade do crédito, mas
não será responsável pela solvência do devedor (cessão pro soluto), salvo estipulação em
contrário (cessão pro solvendo). Caso decidam pela responsabilidade do cedente, na hipótese
A lei autoriza que terceiro assuma a obrigação do devedor, desde que haja
consentimento expresso do credor. É também conhecida como cessão de débito. Neste caso,
o devedor primitivo será extinto da obrigação, salvo se o terceiro era insolvente à época da
assunção e o credor ignorava.
os encargos obrigacionais, de modo que este assume sua posição na relação obrigacional,
responsabilizando-se pela dívida, que subsiste com os seus acessórios.
Por se tratar de débito, o silêncio do credor, caso não se manifeste no prazo designado,
não importará aceitação. O silêncio é interpretado como recusa.
Há uma hipótese excepcional de consentimento tácito previsto no art. 303 do Código Civil,
em que se admite a aceitação tácita do credor: “O adquirente de imóvel hipotecado pode
14
Vide questão 7.
38
tomar a seu cargo o pagamento do crédito garantido; se o credor, notificado, não impugnar
O novo devedor não poderá opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao
devedor primitivo.
40
Não, mas ele deve ser
Autorização do DEVEDOR O devedor participa do ato
informado (boa-fé objetiva)
O devedor original fica
exonerado, exceto se o
PRO SOLUTO (podendo ser
Responsabilidade do novo devedor já era
pro solvendo se
CEDENTE insolvente ao tempo da
determinado)
assunção e o credor não
sabia.
Devedor pode opor as que NÃO pode opor as que
Oposição de exceções tinha contra o credor competiam ao devedor
originário primitivo.
41
QUADRO SINÓTICO
42
Sem culpa do devedor: o credor resolve a obrigação,
ou aceita a coisa, abatido do seu preço.
Com culpa do devedor: poderá o credor exigir o
equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se
acha, com direito de reclamar indenização.
OBRIGAÇÃO DE O objeto é indicado só de forma genérica, no início.Deve ser
DAR COISA determinável pelo gênero e quantidade. A escolha da coisa,
INCERTA em regra, cabe ao devedor. Antes da escolha, o devedor não
pode alegar perda ou deterioração.
OBRIGAÇÃO Prestação em dinheiro, reparação de danos e pagamento de
PECUNIÁRIA juros.
OBRIGAÇÃO DE FAZER
Trata-se da prestação de uma atividade (prestação de um serviço ou execução de
uma tarefa) positiva (material ou imaterial) e lícita do devedor.
OBRIGAÇÃO DE Pode ser realizada pelo devedor ou por terceira pessoa, sem
FAZER FUNGÍVEL prejuízo para o credor.
OBRIGAÇÃO DE
FAZER INFUNGÍVEL A prestação só pode ser executada pelo próprio devedor ante a
(PERSONALÍSSIMA sua natureza (aptidões ou qualidades especiais do devedor) ou
OU INTUITU disposição contratual.
PERSONAE)
OBRIGAÇÃO DE O devedor se compromete a não praticar certo ato que até
NÃO FAZER poderia livremente praticar se não houvesse se obrigado
OBRIGAÇÕES QUANTO A SEUS ELEMENTOS
OBRIGAÇÕES
SIMPLES Um sujeito ativo, um sujeito passivo e um único objeto
OBRIGAÇÕES
COMPOSTAS Pluralidade de objetos, pluralidade de sujeitos
OBRIGAÇÕES
CUMULATIVAS Multiplicidade de prestações
OBRIGAÇÕES
ALTERNATIVAS Apenas uma delas será cumprida como pagamento.
OBRIGAÇÕES A obrigação inicialmente é simples, mas há a possibilidade de o
FACULTATIVAS devedor substituir o objeto.
Pluralidade de credores e devedores, há direitos e/ou obrigações
pelo total da dívida. A solidariedade nunca se presume.
SOLIDARIEDADE ATIVA Ocorre quando há pluralidade de
credores. Se um deles falecer deixando
OBRIGAÇÕES herdeiros, cada um destes só poderá
43
SOLIDÁRIAS exigir e receber a quota do crédito
que corresponder ao seu quinhão,
salvo se a obrigação for indivisível.
Não há transmissão da solidariedade
por herança nas obrigações divisíveis.
SOLIDARIEDADE Ocorre quando há pluralidade de
PASSIVA devedores. Se a obrigação for
indivisível, poderá ser exigida por
inteiro; e os herdeiros reunidos serão
considerados um só devedor solidário.
SOLIDARIEDADE Pluralidade de devedores e de
MISTA credores.
OUTRAS MODALIDADES DE OBRIGAÇÃO
OBRIGAÇÕES QUANTO AO CONTEÚDO
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QUANTO À INDEPENDÊNCIA
OBRIGAÇÕES Independem de qualquer outra para terem validade.
PRINCIPAIS
OBRIGAÇÕES Sua existência subordinada a outra relação jurídica (ex.: fiança).
ACESSÓRIAS
QUANTO À LIQUIDEZ
OBRIGAÇÕES São aquelas certas quanto à existência e determinadas quanto
LÍQUIDAS ao objeto.
OBRIGAÇÕES São aquelas incertas quanto à sua quantidade.
ILÍQUIDAS
QUANTO AO MOMENTO PARA O CUMPRIMENTO
OBRIGAÇÕES São as que são cumpridas no momento em que o negócio é
INSTANTÂNEAS celebrado
OBRIGAÇÕES DE
TRATO SUCESSIVO
(OU PERIÓDICAS São as que se resolvem em intervalos de tempo.
OU EXECUÇÃO
CONTINUADA)
OBRIGAÇÕES São obrigações híbridas, ou seja, parte direito real, parte direito
ESPÉCIES (DOUTRINA) PROPTER REM pessoal. Exemplo: condomínio.
OBRIGAÇÕES Também chamadas de imperfeitas ou incompletas, são aquelas
NATURAIS em que o credor não possui instrumento judicial para exigir a
prestação do devedor. Ex.: dívida prescrita.
O credor poderá ceder seu crédito a outro, podendo
CESSÃO DE configurar tanto alienação onerosa quanto alienação gratuita.
CRÉDITO Por se tratar de transferência de crédito, não se sujeita à
TRANSMISSÃO anuência do devedor para se consumar, mas este deverá ser
comunicado.
Pro soluto: o cedente apenas garante a existência do
crédito, sem responder, todavia, pela solvência do
devedor;
Pro solvendo: o cedente assume o risco da insolvência
do devedor.
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A lei autoriza que terceiro assuma a obrigação do devedor,
desde que haja consentimento expresso do credor.
ASSUNÇÃO DE Por se tratar de débito, o silêncio do credor, caso não se
DÍVIDA manifeste no prazo designado, não importará aceitação. O
silêncio é interpretado como recusa.
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QUESTÕES COMENTADAS
Questão 1
Comentário:
A Responsabilidade solidária é tema frequente nos concursos, tendo em vista a sua relativa
complexidade, mas, via de regra, exige-se conhecimento acerca das disposições legais do
Código Civil:
- Art. 273. A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções pessoais
oponíveis aos outros.
- Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste
para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o
culpado.
- Art. 270. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só
terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão
hereditário, salvo se a obrigação for indivisível.
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- Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, mas o
julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor tenha
direito de invocar em relação a qualquer deles.
Questão 2
da tradição sem culpa do devedor, com o que a obrigação ficará resolvida, ressalvados os
direitos do credor até o dia da perda.
Comentário:
- Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a
obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu.
- Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa
no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das
perdas e danos.
48
- Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e
acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o
devedor resolver a obrigação.
- Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais
perdas e danos.
- Art. 240. Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á o credor, tal
qual se ache, sem direito a indenização; se por culpa do devedor, observar-se-á o disposto no
art. 239 .
Questão 3
debalde porque o novo devedor tornou-se insolvente, o credor frustrado terá ação regressiva
contra o devedor primitivo, ainda que de boa-fé esse último.
49
Comentário:
- Art. 362. A novação por substituição do devedor pode ser efetuada independentemente de
consentimento deste.
- Art. 367. Salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não podem ser objeto de novação
obrigações nulas ou extintas.
- Art. 366. Importa exoneração do fiador a novação feita sem seu consenso com o devedor
principal.
- Art. 363. Se o novo devedor for insolvente, não tem o credor, que o aceitou, ação regressiva
contra o primeiro, salvo se este obteve por má-fé a substituição.
Questão 4
O ato da criação de uma obrigação com a finalidade de extinguir uma obrigação antiga
encerra:
A) Novação.
B) Transação.
C) Imputação em pagamento.
D) Compensação.
Comentário:
50
- CC, art. 360. Dá-se a novação:
I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a
anterior; II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor; III -
quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o
Questão 5
C) por regra de boa-fé objetiva, a purgação da mora sempre é possível, ainda que a prestação
seja inútil ao credor.
Comentário:
- CC, art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que
não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer.
- CC, art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros,
atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e
”.
51
Questão 6
(VUNESP – TJ-RO – Juiz de Direito – 2019) Tício cedeu onerosamente um crédito que tinha
contra Mélvio para Caio, constante de um instrumento particular de confissão de dívida. No
a) caso provada a coação, não responderá Tício a Caio pelo valor devido, tendo em vista que
somente se responsabilizaria se houvesse previsão expressa no termo de cessão.
b) caso provada a coação, responderá Tício a Caio pelo valor devido, mesmo não havendo
previsão expressa no termo de cessão.
c) somente seria oponível a Caio a alegação de coação se este soubesse ou devesse saber
d) a alegação da ocorrência de coação não é oponível a Caio, tendo em vista que Mélvio
deveria ter, imediatamente após tomar conhecimento da cessão do crédito, alegado a
Comentário:
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A cessão de crédito, conforme estudamos, é uma modalidade de transmissão das
obrigações, que está prevista nos arts. 286 a 298 do Código Civil. Por meio dela, o cedente
Por outro lado, o título que operacionalizou a cessão nada falou sobre a
responsabilidade pela existência do crédito, o que, nos termos do art. 295, implica em
responsabilidade do cedente (Tício): "Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda
que não se responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo
em que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, se tiver
procedido de má-fé.
quando a este notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou
particular, se declarou ciente da cessão feita".
existia porque a confissão de dívida cedida fora obtida mediante coação ( defeito do negócio
jurídico), que teria acontecido há exatos três anos e um dia.
Sobre essa situação, vamos analisar as alternativas e indicar aquela que está correta:
53
cedente (Tício) responde perante o cessionário (Caio) pela existência do crédito ao tempo da
C) INCORRETA. Como visto acima, o fato que ocasiona a inexistência do crédito não é
"Art. 294. O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem, bem como
as que, no momento em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra o cedente".
Observe que o comando do art. 294 é no sentido de que o devedor “pode" opor ao
cessionário suas exceções, suas defesas. Isto é, o referido artigo tem o condão de autorizar
que as defesas do devedor sejam válidas contra o novo credor, o cessionário, mas não de
estipular um prazo para que isso seja feito. Isto é, a frase “no momento em que veio a ter
conhecimento da cessão, tinha com o cedente" não indica prazo para a oposição das
exceções, mas sim, de que as exceções que existiam em face do credor originário/cedente,
permanecem válidas contra o novo credor/cessionário.
Ademais, independentemente disto, como visto, o cessionário (Caio) tem direito contra o
cedente (Tício) pela inexistência do crédito, assim, verifica-se que a assertiva está incorreta.
mediante coação é de 4 anos: "Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para
pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado: I - no caso da coação, do dia em que ela
cessar; (...)"
Portanto, tendo passado apenas 3 anos e um dia, ainda não decorreu o prazo
decadencial.
54
Questão 7
(FCC – TJ-AL - Juiz Substituto - 2019) Por conta de mútuo oneroso, João devia a Teresa a
importância de cem mil reais. No intuito de ajudar o amigo em dificuldade, Leopoldo assumiu
para si a obrigação de João, para o que houve expressa anuência de Teresa. Nesse caso,
A) João ficará exonerado da dívida, salvo se Leopoldo, ao tempo da assunção, fosse insolvente
E) João responderá apenas pela metade da dívida, ainda que Leopoldo não cumpra a
Comentário:
talvez, exigência de alguma garantia. Pois bem, o enunciado descreve a situação de Leopoldo
que assume a dívida de seu amigo João perante Teresa, com anuência desta. Ou seja,
Leopoldo, com a anuência de Teresa – credora, assume a obrigação devida por João em razão
do mútuo oneroso.
55
Sobre o assunto, vejamos o que dispõe o Código Civil: "Art. 299. É facultado a terceiro
credor o ignorava. Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para
que consinta na assunção da dívida, interpretando-se o seu silêncio como recusa".
Isso quer dizer que, a lei civil autoriza a denominada assunção de dívida, exatamente como
ocorrido no caso do enunciado.
Nessas situações, em regra o devedor primitivo (no caso, João) fica exonerado da
obrigação, a não ser que aquele que assume a dívida, o novo devedor (no caso, Leopoldo)
seja insolvente, fato desconhecido pelo credor (no caso, Teresa).
Assim sendo, não restam dúvidas de que a assertiva correta é a "A", que corretamente
dispõe sobre a previsão do art. 299 acima transcrito.
B) INCORRETA. Nos termos do art. 302: “Art. 302. O novo devedor não pode opor ao credor
as exceções pessoais que competiam ao devedor primitivo ". Ou seja, o novo devedor
(Leopoldo) não pode opor à credora Teresa as defesas pessoais relacionadas ao devedor
primitivo (João), como por exemplo, a coação sofrida por João.
C) INCORRETA. Conforme parte grifada abaixo do art. 301: “Art. 301. Se a substituição do
devedor vier a ser anulada, restaura-se o débito, com todas as suas garantias, salvo as
garantias prestadas por terceiros, exceto se este conhecia o vício que inquinava a
obrigação". Portanto, restaura-se o débito com todas as suas garantias, deferente do afirmado
pela assertiva.
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pelo devedor primitivo (João) são extintas, a não ser que haja disposição expressa mantendo-
as.
Questão 8
A conclusão a que acima se chegou pode ter como antecedente o seguinte texto:
Comentário:
Depois da leitura do enunciado, o aluno que se lembrou do que determinam os arts 243 e
244, CC, respondeu corretamente a questão:
57
“Art. 243, CC: A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade.
Art. 244, CC: Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha
pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não
poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor”.
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Questão 9
Se o devedor solidário de uma dívida divisível falecer e deixar três herdeiros legítimos, tais
herdeiros, reunidos, serão considerados como um devedor solidário em relação aos demais
devedores, mas cada um desses herdeiros somente será obrigado a pagar a cota que
corresponder ao seu quinhão hereditário.
a) Certo
b) Errado
Comentário:
Trata-se da literalidade do art. 276, CC, que, diga-se de passagem, cai muito em provas.
Art. 276, CC: “Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum
destes será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão
hereditário, salvo se a obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão
considerados como um devedor solidário em relação aos demais devedores”.
O examinador, para tentar confundir, inverteu a redação do art. 276, mas manteve sua
racionalidade intacta: cada um responde pela cota, mas todos juntos são um devedor
solidário.
Questão 10
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(FMP Concursos – MPE-RO – Promotor de Justiça – 2017) O devedor X prometeu transferir
a propriedade de uma coisa certa. Contudo, antes de transferir a propriedade, sem que X
tenha agido com culpa, ocorreu a deterioração do bem. Assinale a alternativa que melhor se
amolda à literal solução do Código Civil.
c) Poderá o credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que
se perdeu.
Comentário:
a perda da coisa com a sua destruição total ou quando ela se localize em local de impossível
acesso ou pela perda das qualidades essenciais ou do seu valor econômico. Nessa hipótese,
incidiria o disposto no artigo 234, do Código Civil (e a alternativa "d" seria a correta).
60
Leia o dispositivo mencionado: “Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor
culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o
valor que perdeu”.
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GABARITO
Questão 1 - C
Questão 2 - D
Questão 3 - C
Questão 4 - A
Questão 5 - B
Questão 6 - B
Questão 7 - A
Questão 8 - B
Questão 9 - CERTO
Questão 10 - C
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QUESTÃO DESAFIO
63
GABARITO QUESTÃO DESAFIO
Conforme o art. 276 do CC, Ítalo poderá cobrar de duas formas: I – de maneira individual,
onde não existirá solidariedade e cada uma responde até o seu quinhão hereditário; II –
de forma coletiva, onde as herdeiras, reunidas, são consideradas um devedor solidário em
relação aos demais codevedores.
Individual
A primeira parte do art. 276 do CC estabelece que: “Se um dos devedores solidários falecer
deixando herdeiros, nenhum destes será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao
seu quinhão hereditário;” Ou seja, em caso de falecimento de um dos devedores solidários, o
credor pode exigir individualmente dos herdeiros a obrigação assumida pelo falecido, porém,
responderão somente até os limites da herança e de seus quinhões correspondentes. No caso,
Ítalo poderia cobrar apenas R$ 100.000,00 (cem mil) de cada herdeira se fizesse dessa forma,
desde que respeitado os limites da herança, pelo que estabelece o art. 1.792 do CC.
Importante observar que essa regra não vale para as obrigações indivisíveis. Nas palavras de
Flávio Tartuce: “estando um dos herdeiros com o touro reprodutor, sempre mencionado como
exemplo de objeto na obrigação indivisível, este deverá entregar o animal, permanecendo a
solidariedade.” (Tartuce, Flávio. Direito Civil: Direito das Obrigações e Responsabilidade Civil –
Coletiva
Já a segunda parte do art. 276 do CC prevê a cobrança de forma coletiva, vejamos: “mas
todos reunidos serão considerados como um devedor solidário em relação aos demais
devedores.” Assim, caso Maria, Joana e Paula venham a ser cobradas conjuntamente, elas
serão consideradas como um único devedor solidário em relação aos demais devedores
(Manuel e Tiago), estando, portanto, obrigadas a pagar toda a dívida, ressalvado o posterior
direito de regresso em face dos outros devedores.
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Nesse caso, é como se houvesse uma simples substituição entre José, que faleceu, e suas
ultrapassar as forças da herança, uma vez que não seria lícito admitir que os referidos
sucessores diminuíssem o seu patrimônio pessoal para cumprir uma obrigação a que não
deram causa.” (Gagliano, Pablo Stolze; Pamplona Filho, Rodolfo. Novo curso de direito civil,
volume 2: obrigações Filho. – 20. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2019. p. 147).
65
LEGISLAÇÃO COMPILADA
Artigos mais incidentes em provas objetivas: 234, 235, 236, 259, 260, 265, 275, 276, 277,
As obrigações ambientais possuem natureza propter rem, sendo admissível cobrá-las do proprietário ou
possuidor atual e/ou dos anteriores, à escolha do credor.
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JURISPRUDÊNCIA
OBRIGAÇÃO NATURAL
STJ. 3ª Turma. REsp 1.406.487-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 4/8/2015 (Info
566).
EMENTA: “RECURSO ESPECIAL. CIVIL. DÍVIDA DE JOGO. CASA DE BINGOS. FUNCIONAMENTO COM AMPARO EM
LIMINARES. PAGAMENTO MEDIANTE CHEQUE. DISTINÇÃO ENTRE JOGO PROIBIDO, LEGALMENTE PERMITIDO E
TOLERADO. EXIGIBILIDADE APENAS NO CASO DE JOGO LEGALMENTE PERMITIDO, CONFORME PREVISTO NO
ART. 815, § 2º DO CÓDIGO CIVIL. 1. Controvérsia acerca da exigibilidade de vultosa dívida de jogo contraída em
Casa de Bingo mediante a emissão de cheques por pessoa diagnosticada com estado patológico de jogadora
compulsiva. 2. Incidência do óbice da Súmula 284/STF no que tange à alegação de abstração da causa do título
de crédito, tendo em vista a ausência de indicação do dispositivo de lei federal violado ou objeto de divergência
jurisprudencial. 3. "As dívidas de jogo ou de aposta não obrigam a pagamento" (art. 814, caput), sendo que "o
preceito contido neste artigo tem aplicação, ainda que se trate de jogo não proibido, só se excetuando os
jogos e apostas legalmente permitidos." (art. 814, § 2º, do Código Civil). 4. Distinção entre jogo proibido,
tolerado e legalmente permitido, somente sendo exigíveis as dívidas de jogo nessa última hipótese. Doutrina
sobre o tema. 5. Caráter precário da liminar que autorizou o funcionamento da casa de bingos, não se
equiparando aos jogos legalmente autorizados. 6. Inexigibilidade da obrigação, na espécie, tratando-se de mera
obrigação natural. 7. RECURSO ESPECIAL DESPROVIDO.” (negritamos)
Comentário:
A dívida de jogo contraída em casa de bingo é inexigível, ainda que seu
funcionamento tenha sido autorizado pelo Poder Judiciário.
A lei exige mais do que uma aparência de licitude, exige autorização legal, o que não se
verifica na hipótese em tela. Ademais, as decisões liminares, como se sabe, têm caráter
precário, correndo por conta e risco do requerente os danos decorrentes da reversibilidade da
medida, não havendo falar, portanto, em direito adquirido.
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OBRIGAÇÃO DE RESULTADO
STJ. 4ª Turma. REsp 985888-SP, Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 16/2/2012 (Info 491).
Comentário:
Aluno, esse julgado é muito importante!
Já vimos o seu conteúdo quando do estudo das obrigações de resultado. O STJ firmou
que o fato de uma obrigação de resultado não torna a responsabilidade de seu devedor
necessariamentre objetiva.
No caso em tela, o cirurgião plástico assume uma obrigação de resultado, qual seja:
entregar o efeito prometido. Se algo não sair como planejado na cirurgia e o paciente decidir
acioná-lo por perdas e danos, a culpa do médico será presumida.
Assim, há a inversão do ônus da prova. Isso significa que o paciente não precisa
comprovar a culpa do médico. Pelo contrário, é o cirurgião plástico que deve demonstrar nos
autos que tomou todas as cautelas e não teve culpa de o resultado não sair perfeito.
Em suma, o mais importante a gravar é que a responsabilidade do médico que presta
uma obrigação de resultado não é objetiva.
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CESSÃO DE CRÉDITO
STF. Plenário. RE 631537, Rel. Marco Aurélio, julgado em 22/05/2020 (Repercussão Geral – Tema
361) (Info 980 – clipping).
EMENTA: “PRECATÓRIO – CRÉDITO – CESSÃO – NATUREZA. A cessão de crédito não implica alteração da
natureza.” (negritamos)
Comentário:
Aluno, a ementa é pequena mesmo!
Esse julgado encontra-se no campo do Direito Administrativo. Porém, como é muito
atual e relevante, já que dele resultou um tema de repercussão geral, decidimos abordá-lo.
Nesse acórdão o STF trata do regime de precatórios, disciplinado pelo art. 100 da CF.
Em resumo, se um indivíduo ganha uma ação contra a Fazenda Pública, uma das formas desta
paga-lo é por meio do precatório. Esse indivíduo entra em uma “fila” e com o tempo, receberá
do Poder Poder Público o que lhe é devido.
O artigo 100, §1º, CF reza que os débitos de natureza alimentícia têm preferência nessa
“fila de precatórios”. Um exemplo: débitos decorrentes de salários que o Poder Público não
pagou.
Imagine que X ganhou uma ação contra o Estado de São Paulo no valor de 120 mil
reais correspondentes a salários atrazados.
X pode ceder seu crédito a um terceiro para obter o dinheiro imediatamente e não
precisar aguardar na fila. Obviamente, o comprador (cessionário) de seu crédito pagará menos
por ele a X e aguardará na fila em seu lugar.
O STF decidiu que o cessionário, ou seja, a pessoa que “entrou no lugar” de “X” poderá
continuar na mesma colocação na fila preferencial (do art. 100, §1º, CF), já que o crédito
originariamente é de natureza alimentícia.
Assim, foi fixada a seguinte tese (tema 361) pelo STF: “A cessão de crédito não implica
alteração da natureza”.
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MAPAS MENTAIS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TARTUCE, Flávio. Manual de direito civil: volume único – 8. ed. rev, atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São
Paulo: MÉTODO, 2018.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: Teoria Geral das Obrigações e Teoria Geral dos Contratos – 10. ed. – São
Paulo: Atlas, 2010.
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