NARBAL SILVA I ANDRESA DAROSCI SILVA RIBEIRO

CRISTIANE BUDDE I LíLIAN PAULA DAMO

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FELICIDADE,
ESPIRITUALI A E
E PROSPERID A E
NAS ORCANTZAÇO ES
DAS IDEIAS AS PRATICAS FUNDAMENTAIS

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lj ,#::.
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 Publicação (ClP)
Dados lnternacionais de Catalogação na
(câmara Brasileira do Livro, sP, Brasil)
nas
Felicidade, espiritualidade e prosperidade
organizações : das ideias as práticas
--
fundimentais / Narbal Silva...[et al.].
1. ed. -- São Paulo, SP : Vetor Editora, 2022.
Outros autores: Andrea Darosci Silva Ribeiro,
Cristiane Budde, Lílian Paula Damo'

Bibliografia

1. Ambiente de trabalho - Aspectos psicologicos^

/. tsplrltualloaoe -'AsPeLtu5'f- 5rut-it'u5lÚsS^^
bondad,
3. Felicidade - Aspectos psicologiccs + Pr-c s!Êrrdade
5. Psicologia organ izacional ' S l"' a ai'bal'
\" esperan
ll. Ribeiro, Andrea Darosci Sil'ua
'
I 3udde'
(amor c
Cristiane. l\". Dalr..o -iilar Paula'
honestit
22-121634 CDD-158.7 ça, impr

Grat
índices para catálo8o sistemático: tudes e
1. Psicologia organiza,:rcnal 158.7
Tqrn
Eliete l\4arques da Silva - Bibliotecaria - CRB-8 9380 seu 0m

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:. CON§ELHO EDITORIAL
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{CEO-Diretor fxecutivo}
de Produtos e Pesquisa) Silva, I
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Coordenador de livros: \\ aener Freitas
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Projeto gráfico: Rodrigo Ferreira de Olit'eira

Revisão: Daniela Medeiros e Paulo Teixeira

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Àmin,
@ 2022- Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda.
É proibida a reprodução total ou parcial desta publrcacão'
por qualquer que, e
meio existente e pará qualquer finalidade. sem autorizacão por escrito
dos editores.
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E, Brief-
TRABALHO, DIVERSÃO E
WaÍ'vard VI DA PESSOAL
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llatólica
edu.br/

uperado TNTRODUÇÃO
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o trabalho é um fenômeno central no mundo em que vivemos. É algo
1.1&*hs
tão importante para a vida humana que, ao criarmos uma identidade ocu-
Tr,
M. L. pacional embasada no que fazemos, ela passará a ocupar largos espaços
da
çanese nossa identidade pessoal [aquilo que somos ou como nos enxergamos), É
t.1s39 / por meio do trabalho que despendemos todo esforço físico ou psíquico para
perado transformar o que nos cerca, assim como também somos transformados
pelas relações que estabelecemos com o nosso entorno.
ado de
Ao trabalharmos, criamos condições potenciais para satisfazer as nossas
necessidades materiais de existência, de segurança, relacionais, de autoes-
tima, de aprende4 de expressar as nossas capacidades criativas e de autor-
realização. Em virtude disso, na contemporaneidade, ,oÀo, muito vistos
pelo que fazemos e onde fazemos, por conseguinte, algumas perguntas
se
tornam comuns, por exemplo: o que você faz e onde trabalha? como também
são comuns expressões do tipo: "o meu nome é trabalho,,. Tal orientação
supõe uma visão utilitária, instrumental e pragmática do ser humano e das
suas relações de trabalho, o que levou o cineasta charles
chaplin afazer a
seguinte afirmação: "homens não sois máquinas, homens é que sois,,.

67
I

Dessa forma, algumas expressões se tornaram comuns

e,,naturalizadas,, -sse é ut-t
na atualidade, tais como: "trabalho e diversão não combin
am,,;,,agoraé hora ,::'.portante
de trabalhar; não de brincar"; "trabalho e vida pessoal
não se misturam,,e ,,os .:-aalnlente
problemas pessoais deverão ser deixados lá fora". Essas
crenças associam --Êssa ntenr
trabalho à seriedade e, às vezes, à obrigação e ao sofrimento, ;er-nos qut
concepções -
bem exemplificadas por comentários como: "ainda bem que
E hoje é sexta- -. -e construí
E -feira!". A ideia de responsabilidade que o trabalho
denota muitas vezes t--rssos gesto
E
se confunde com "frieza e ausência de afetividade,, e
o traduz-se em: ..estou . :llados no t
trabalhando,logo, não posso me divertir". A diversão deve ficar
ô para os finais :.ostura de se
J de semana e para os feriados, Mas será que se divertÍr
f no trabarhosignifica, : ualquer tip
I necessariamente, "não ter responsabilidade" e "ser improdutivo,,?
z :lor dia é sin,
Mas será que o trabarho, quando revestido de diversão,
,J não poderá ser e dos serviçc
--.1
importante para a criatividade, a inovação e o engajamento
;ô com os propó- Esses que
o sitos organizacionais? conforme poderemos ver ao longo
)o deste capítulo, ra muitas per
novas descobertas em pesquisas e práticas organizacionais
Lll têm surgido nos industrial, n
z últimos anos de modo a questionar e modificar a visão que, por
F muito tempo, acredita que
a construímos a respeito do trabalho. Neste capítulo, discutiremos
d.
U
sobre essas rentes e opo:
mudanças, traremos exempros de casos e de pesquisas
o e, principalmente, essa separaç
g.
ü refletiremos acerca da possibilidade de conceber o trabalho
m e a diversão não período feuc
cr como opostos, mas como possibilidades de coexistência
e de complementação. de modo qut
a
a algum tipo d
o
a É possÍvel ToRNAR o TRABALHo FoNTE zado nas "fa
o
ü.
ô DE DIVERSÃO E DE EQUILíBRIO COM A Contudo,
diretor-gera
a
LJJ
Í.
VIDA PESSOAL? em Genebra
o
z a vida profis
Seguramente você já deve ter experimentado sentimentos
negativos ou
de exaustão no trabalho em razão das demandas e importantes
a dos problemas que pre-
a diferentes er
J cisavam ser resolvidos. Nossa pergunta é: "como você
reagiu a eles?,,. Ficar
c0
insistindo na sua resolução, mesmo se sentindo exaurido, de filhos e dr
Í.
foi um comporta-
z mento que trouxe bons resultados? ou o fato de dar uma pausa de espaço e
para tomar
um café, "respirar um pouco", alongar-se, conversar com Tais que:
outras pessoas, dar
uma caminhada ou jogar algum jogo interfaces et
fsinuca, tiro ao alvo, xadrez etc.J, ouvir
uma música, ler o trecho de um livro foi proveitoso para tempestivo,
deixar as ,,coisas,,
mais claras, gerar novas ideias, ter insights e sorucionar tamente, set
os probremas que
pareciam, a princípio, impossíveis de se resolver? preparação
adaptação (r

6A
 lizadas" Esse é um dos exemplos que podemos citar para fazê-lo pensar se o
aé hora comportamento que normalmente avaliamos como produtivo, na prática,
" g t'os é realmente efetivo. No caso mencionado, manter-se focado, insistindo
sociam
cepções
incessantemente em encontrar soluções pode não ser a merhor opção.
Podemos questionar-nos, portanto, o quanto nossa concepção de trabalho, E
t
H
é sexta- que construímos ao longo do tempo, ao ouvir e observar nossos pais e avós, tí
S VEZCS nossos gestores/líderes e colegas, está correta? será que, para ter bons re- E
trt
lrí
"estou sultados no trabalho, precisamos, necessariamente, permanecer com uma
B
os finais postura de seriedade e extremamente focados em uma única atividade, sem
H
gnifica, qualquer tipo de distração ou de diversão? Trabalhar de oito a doze horas
por dia é sinônimo de produtividade e de qualidade dos produtos gerados H
erá ser H
e dos serviços prestados?
s propó- Esses questionamentos estão cada vez mais comuns na atualidade, embo-
E
I
rapítulo, ra muitas pessoas ainda se prendam na concepção de trabalho tipicamente
a
LIl
IQ
grdo nos ().
industrial, na qual predomina a "racionalidade instrumental,,, em que se
N
r lempo, acredita que trabalho e vida pessoal, ou trabalho e diversão, são coisas dife- Z
re essas rentes e opostas, que não podem acontecerjuntas. contudo, anteriormente, \_.,
Í.
ümente, essa separação já não acontecia, uma vez que o camponês ou o artesão do o
a
são não período feudal, por exemplo, viviam no mesmo local em que trabalhavam, z
tll
rntação. de modo que as suas atividades se misturavam com tarefas domésticas ou o
algum tipo de distração [De Masi,2000J. Nessa época, o trabarho era reali- ô
r.
L!
ITE zado nas "fabriquetas de fundo de quintal". o-
@
contudo, o anúncio da pandemia da covid-19 declarado pelo então o
Í
o-
diretor-geral da organização Mundial da saúde [oMS), Tedros Ghebreyesus, LIJ

em Genebra, no dia 1-1 de março de2020, por exemplo,fezque,em geral, ul

ô
a vida profissional e a pessoal ficassem sob o mesmo teto, o que suscitou ô
lvos ou
importantes reflexões: como estabelecer uma rotina com tantas demandas
:
re pre- l
F.
diferentes em um único espaço? É viável equacionar as dificuldades advindas Í.
'. Ficar I
de filhos e de cônjuges, que também precisam de auxílio, de equipamentos, (,
porta- LIJ
de espaço e de tempo para trabalhar e estudar em casa? l.Ii
tomar I.-J
Tais questões trouxeram à tona importantes reflexões a respeito das
ls,dar ô
interfaces entre trabalho, vida pessoal e diversão. Isso porque, de modo in- -
ouvir I
tempestivo, via de regra, as pessoas tiveram suas rotinas modificadas abrup- LU
LL
oisas"
tamente, sendo levadas a trabalhar em casa, sem que houvesse uma mínima
rs que
preparação (suporte técnico e psicológico) por meio de treinamentos e de
adaptação [socialização secundária) ao novo ambiente físico e psicossocial,

69
 que antes era reduto exclusivo do "lar".
Mesmo quem defendia uma sepa_ - =;icado ao l
ração total entre os espaços pessoais e familiares
dos espaços profissionais . iiversão. S
percebeu-se diante do desafio de equilibrar
trabalho, descanso, família e lazer ;a limita-sr
Em resposta a isso, quando em contexto
s de home office, é essenciar criar -".rlensão co1
rotinas, de modo que se possam ter pensamentos
e sentimentos de autocon- .:.,,'idade hur
trole, uma característica psicológica importante
E
H para a saúde mental. Quando .: exaltam e
lll estabelecemos minimamente rotÍnas que
levam em conta o equiríbrio en- :rabalhamos,
E tre trabalho e vida pessoal, incluindo os momentos
U de lazer e de diversão, integrado, sir
aumentamos as nossas percepções de quaridad e de
o vida (no trabarho e em pode ser vist
Í
l
outros espaços das nossas vidas], bem-estar e felicidade.
como compremento,
u manter o ambiente físico organizado e higienizado em
z muito contribuirá para
a preservação da saúde mentale da autoestima
,J
(Silva, Z0Z0).
J
Além disso, outras ações são possíveis de ser engendradas,
,r tais como: a)
ô criar um espaço de acolhimento psicológico para os trabarhadores
ô
)m frimento psíquico, garantindo sigilo e encaminhamento quando
em so-
uJ necessário;
z b) programar videoconferências, se necessário, visando
:<
F dirimir dúvidas e
q
para expressar empatia diante da dificuldade
d alheia; c) avaliar com todos,
U
de modo recorrente, se estão se adaptando às
o novas rotinas e demandas de
Í. trabalho; d) exercitar a tolerância e a paciência diante
ú das dificuldades que
c0
Í. surgem; e) estimulara cooperação entre as pessoas
em reração à organização
a e higiene dos espaços que agora estão
a compartilhando mais intensamente;
o e f) ser flexível, demonstrando capacidade
Lr} de rever conceitos e de metas
o
g. previamente estabelecidas quanto às rotinas
do lar [Nunes & Boehs, 2020).
ô Por conseguinte, outra pergunta surge: como
a estabeleceremos relações
LJJ
Í. entre vida pessoal e profissional no futuro? Nesse
ô sentido, à medida que as Fontr
z pessoas começam a se perguntar se o home
officeserá permanente mesmo
em um cenário pós-pandemia, os gestores precisam Assim, ao
pensar em estratégias
) para manter resultados organizacionais positivos,
lf'
J considerando as ne_ pessoais coe;
o cessidades e as expectativas pessoais, bem como balhando ent
d o atendimento à família.
Ademais, é necessário refletir sobre a importância possível), ma
z e o propósito que o tra-
li balho passa a desempenhar a partir do momento ais que lhe pr
em que a vida das pessoas
precisa ser reorganizada e que o tempo e As pessoas rr
I
o espaço dedicado ao trabalho e
família/lazer acabam sendo divididos de modo percepções?
I
mais tênue.
Assim, o contexto de adversidades e de imprevisibilidades
reracionadas à fá no ano 20t
pandemia da covid-19 junta-se à crítica prévia, Masi questio
que já crescia anteriormente,
sobre a visão mercantil de trabarho no que diz realização de
respeito ao período diário
70
na sepa- -l edicado ao labor e, em especial, em relação à possibilidade de unir trabalho
issionais : diversão. se o trabalho como espaço dissociado de outras instâncias de
ia e lazer. i'ida limita-se à mera execução e ao puro esforço, ele priva o trabalhador da
cialcriar drrnensão cognoscitiva (estudo) e da dimensão lúdica [jogo). A "prenitude da
6
lutocon- atividade humana é alcançada somente quando nela coincidem, se acumulam, E
H
Quando se exaltam e se mesclam o trabalho, o estudo e o jogo; isto é, quando nós Ií
brio en- trabalhamos, aprendemos e nos divertimos, tudo ao mesmo tempo,] de modo E
EI
lrl
iversão, integrado, sinergético e retroalimentado [De Masi, 2000, p. 148), conforme
B
hoeem pode ser visto por meio da representação feita na Figura 3.1 que segue.
H
emento,
irá para H
H

omo:a) R
I
em so- TRÂBAtHO a
ui
rí)
lssário;
N
vidas e 2
r todos, o
É.
rdas de ô
a
les que z
tização
á§sQ w".%'%e,.áT,#{;* LIJ
[l

mente; ô
r.
LU
metas À
a
?020). LJ
Í.
o_
Iações Figura 3.1. A plenitude da atividade humana LU
LU
que as Fonte: Fígura elaborada pelos autores, adaptada de De Masi (2000). LI

Iesmo ô
itégias Assim, ao refletirmos acerca do cenário pós-pandemia, quais relações r
f
ls ne- pessoais coexistirão com o contexto laboral? Depois de permanecer tra- F-
g.
Lrnília. balhando em casa por um período de tempo [em casos em que isso foi Ô-
LO
LU
o tra- possível), mais próximos da famíli a e, talvez, de ou-tras atividades pesso-
Lrl
ais que lhe proporcionaram prazer, como o trabalho será ressignificado? U
SSOAS
ô
tlho e As pessoas retornarão aos seus ambientes de trabalho com as mesmas o
percepções? E a noção de tempo trabalhado não sofrerá modificações? :
LIJ
LL

das à Já no ano 2000 [duas décadas atrás), o sociólogo itariano Domenico De

lente, Masi questionava o tempo de trabalho que é, de fato, necessário para a
[ário realização de tarefas. Em relação a isso, o referido autor afirma que as

7t
t_
 pesquisas sobre o teletrabalho "evidenciam que as tarefas que na empresa 201.3).O flow r
requerem de oito a dez horas para serem realizadas, em casa se realizam, em que há abso
comodamente, na metade do tempo: de quatro a cinco horas, no máximo" sendo realizadi
(De Masi, 2000, p. 163). ocorrência dep
Dessa forma, ainda para o sociólogo italiano, o ideal seria programar pessoas e das p
uma semana mais curta de trabalho, de maneira a modificar não apenas a des de aprende
H
E organização do trabalho, mas também a reorganizaçáo equilibrada do tem- Pesquisas e
E po dedicado ao trabalho e à vida pessoal. Como consequência, "as pessoas podetersignifi
o
serão obrigadas a planejar um fim de semana de três ou quatro dias, no como importat
ô lugar do de só dois dias, a recuperar o relacionamento com mulher e filhos,
Í timento ea pr(
l a participar da vida civil" [De Masi, 2000, p.766). Para muitos, a vivência & Paul, 2007).
d
z da pandemia da Covid-19 pode ter representado momentos oportunos de
de prazeç, dive
.-J reflexão sobre esses temas, de maneira a questionar e a intensificar a to-
J exemplo, você
;ô mada de consciência a respeito da relevância do trabalho na vida humana,
jâ é tão tarde?
ô bem como a importância que conferirmos aos outros espaços, não menos
f que
m passat eo
Lll importantes, de vida que são essenciais usufruir e se dedicar. Nesse sentido,
z Situações c
sF mais uma vez, destacamos a importância de realizar-se um trabalho que se
a sido objeto de
ÍU aprecia (gostar do que se faz), com sentido, e, quando possível, um trabalho
de noção de t
o por meio do qual se desfrute de diversão e de lazer.
I ouvindo ou tc
ú
m
r. você, seja pra:
à
O ESTADO PSICOLÓGICO DE FLOW COMO de trabalho? (

a
ú
a
PRENÚNCIO DE LAZER E DE DIVERSÃO NO Consideret
o te da vida ao t
TRABALHO
ô trabalhadorel
a "Eu nunca precisei trabalhar porque sempre me diverti no que faço". família, com c
LJJ
Í.
ô Você já ouviu afirmações desse tipo? As experiências de uma vida humana teia complexr
z
prazerosa podem florescer em contextos diversos nos quais atividades humano não
a estejam em curso [Csikszentmihalyi, 2000). As experiências delow têm ganho com is
tn
J
sido comumente pesquisadas em atividades desportivas [Silva, Chinelato, & por meio do r
c0
d
T olf o, 2 0 2 1, ; M i ra n d a et al, 2 0 1,2), de lazer [Stra s sb u rge r &'M acke, 2 0 12) ou nos tornal oI
z
musicais [Araújo, 2008). Nesses casos, o flow temsido compreendido como Chinelato, &'
um estado ótimo, em que os atletas alcançam o alto rendimento de modo Logo, é im

automático, uma vez que as suas percepções e os sentimentos oriundos tenciais de gt

das vivências são altamente positivos [fackson & Csikszentmihalyi, 1,999). do flow no tr
Entretanto, elas também podem servivenciadas no contexto de trabalho e para o alcanc

estudos, já que são desenvolvidos nessa direção [Salanova et al., 2005; Filipe, vida interior.

72
empresa 2013). O flow no ambiente laboral pode ser definido como uma experiência
rcalizam, em que há absorção, ou seja, imersão no trabalho, prazer nâ atividade que está
máximo" sendo realizada e uma motivação intrínseca do trabalhador [Filipe, 2013). Sua
ocorrência depende também dos desafios enfrentados, das competências das
'ogramar E
pessoas e das possibilidades de utilizá-las, das perspectivas e das oportunida- FI
apenas a H
des de aprende4 de interagir e de contribuir para o bem coletivo (Filipe, 2013). sl
r do tem- E
Pesquisas e novas práticas organizacionais têm mostrado que o trabalho El
lfl
pessoas
pode ter significados positivos e gerar aprendizados e emoções positivas, tendo
dias, no B
como importantes consequentes, entre outros, o engajamento, o comprome- H
'e filhos,
timento produtividade [Kameí,2017; Oliveira,201B; Lundin, Christensen,
ea
vivência
& Paul, 2007). Assim, um indício de que o trabalho proporciona momentos H
:unos de H
de praze6 diversão e propósito é a perda da noção do tempo e do espaço. Por
rar a to- E
exemplo, você já olhou para o relógio num determinado dia e pensou: "nossa, I
lumana, a
já é tão tarde? Estava tão envolvido com o trabalho que nem senti o tempo Lrl
) menos rô
passar, e o que existia era somente eu e a realização da minha tarefa, nada mais". L}
sentido, N
) que se
Situações como esta exemplificam o estado psicológico deflow, que tem z
Íl
sido objeto de diversos estudos. É comum vivenciar experiências de "perda Í.
rabalho
de noção de tempo e de espaço" quando fazemos alguma atividade física, o
a
ouvindo ou tocando uma música, ou realizando qualquer tarefa que, para z
LLJ
você, seja prazerosa. Mas é possível vivenciar oflow também em ambientes o
40 de trabalho? Quais são as características que envolvem esse fenômeno? ô
E
NO Consideremos que um número expressivo de pessoas dedica grande par-
Ltl
o-
a
tl
te da vida ao trabalho, por meio de interações sociais com gestores e outros Í.
o_
trabalhadores também são estabelecidas em outros âmbitos, como na
e que LIJ

t faço". família, com os amigos e em outras instâncias da vida em sociedade, Nesta Ljl

Llmana teia complexa de relações pautadas por encontros e desencontros, o ser í

U
--l
idades humano não é movido exclusivamente por relações utilitaristas [o que eu f
F
uu têm ganho com isso?) ou de "pura conveniência". Também somos construídos Í.
por meio do movimento autocriador da existência, de modo que possamos o.
lato, & a
LI]
12) ou nos tornat o máximo possível, tudo aquilo que sempre desejamos ser [Silva, LU
ô
como Chinelato, & Tolfo, 2021).
t-l
modo Logo, é importante aprender a transformar tais relações em modos po- U
-J
lndos tenciais de geração flow.lsso porque, por meio do exercício e da prática
de
LIJ
LL

eee). do flow no trabalho e nos demais espaços de vida, poderemos contribuir

alho e para o alcance do estado psicológico de felicidade também pelo controle da
Filipe, vida interior. Tal fenômeno sucede quando a energia psíquica [ou a atenção)

73

I
 é depositada em propósitos realistas, junto com capacidades que Na literaturi
são condi-
zentes e coerentes com as oportunidades de ação fundamentais
fcsikszentmihalyi, zo2o). 1

o estado psicológico de flowocorre em momentos em que o que sentimos, em outros espi

desejamos e pensamos se harmoniza. A energia de um ser humano, nesses metas;2J equir
casos, está concentrada na experiência, de modo que pensamentos e senti- control
ção de
mentos contraditórios desaparecem, a noção de tempo esvai-se e as horas os progressos
H
parecem passar como minutos ou até segundos "esquece" de
fcsikszentmihalyi, 1ggg, s
H 2020). Para que esse estado psicológico ótimo seja vivenciado, é necessário
o distorção teml
que os desafios enfrentados sejam compatíveis com a capacidade
da pessoa, que diz resPei
ô
de maneira a promover gratificação, sentimento de autocontrole e possibi-
Í
l
envolvido na a
lidades de novas aprendizagens. Assim, quando alguém se depara com um
ô o momento [C
z desafio muito grande e não tem capacidade suficiente para enfrentá-lo, tende
20L7; Ribeiro
.J
J asentir ansiedade e frustração [ver número 3 na Figura 3.2).!áem casos nos
Para que ta
,Õ quais a pessoa tem uma grande capacidade para enfrentar um desafio que
o da vida organi:
l é pequeno, ela poderá experienciar o desânimo e o tédio [ver númer o z na
m que favoreça:
z
Lt-.1
Figura 3.2).8 em situações nas quais há o equilíbrio entre as habilidades e
trabalho. Alén
F os desafios impostos, criam-se as condições necessárias para a instalação
U)
ÍU do estado deflow (veja situações 1 e 4 na Figura 3.2 que segue). Entretanto,
que o trabalh,
trazer consigc
o quando existir pouca complexidade e dificuldade diante dos desafios que
Í. são
ilm contribuições
impostos, conforme representado na Figura 3.2, como tempo e a aquisição
r de novas habilidades técnicas e humanas, provavelmente prevalecerão sen-
contrapartida
à sidades e de r
lf' timentos de apatia (indiferença e desinteresse). Assim, é necessário definir
o Um contexto
a um novo objetivo, mais atrativo e desafiado4 de modo a equilibraros desafios
o razóes para v
Í. existentes habilidades adquiridas, para retornar ao estado
e as de flow {ver
ô num context(
a número 4 na Figura 3.2) [Csikszentmihalyi, 1gg\,2OO4,Z0ZO).
Lil
d.
desenvolvim,
ô
z Ao vivenc
alto atividade, es
a ansiedade 3
a
a espaço e sen
I
c0 desafios mente existe
Í.
z se encontras
1

piloto de Fót
baixo 2 tédio ria, fez relatt
iL

baixo precisei trat

habilidades alto
Nesse set
_ Figura 3.2. Relações entre desafios e capacidades percebidas em uma atividade
Fonte: Fígura elaborada pelos autores com base em csikszentmihalyi (1990,
endidas con
2oo4, z02o)
em que a pe

74
condi- Na literatura que versa sobre o assunto, são citadas nove carâcterísticas
2020). fundamentais para a construção da experiêncíadeflow, seja no trabalho ou
Ltimos, em outros espaços das nossas vidas, sendo elas: 1,) clareza dos objetivos/
lESSES metas; 2) equivalência ou equilíbrio entre habilidades e desafios; 3) percep- E
K
senti- ção de controle sobre as suas ações; 4) feedback
positivo e imediato sobre H
tí
horas os progressos realizados; 5J perda de autoconsciência reflexiva [a pessoa
E
1_999, "esquece" de si mesmaJ; 6) intensa concentraçáo;7) foco no presente; B) EI
lrí
ssário distorção temporal [perda de noção de tempoJ; e 9) experiência autotélica, B
essoa, que diz respeito a uma experiência intensa, em que o indivíduo se sente H
rssibi- envolvido na atividade, sem buscar uma consequência externa, valorizando
rm Um H
o momento [Csikszentmihalyi, 7990,2020; Snyder & Lopez, 2009; Kamei, H
tende 201,7; Ribeiro, Tolfo, & Silva, 2018). E
I
DS NOS
Para que tal estado psicológico se torne comum e recorrente na dinâmica a
io que Ltl
da vida organizacional, é essencial construir um ambiente físico e psicossocial rQ
(-).
o2na que favoreça a espontaneidade, a retenção de talentos e o engajamento no
N
rdes e z
trabalho. AIém disso, os gestores e demais trabalhadores precisarão perceber
rlação {1
que o trabalho que fazem proporciona aprendizados importantes, além de d
tânto, o
trazer consigo o potencial de crescimentos pessoal e profissional. Ademais, as a
:e são z
contribuições efetivas para a missão e a visão da organização gerarão, como LU
isição ô
contrapartida, práticas de reconhecimento que venham ao encontro de neces-
) sen- tl
sidades e de expectativas dos participantes da comunidade organizacional. r.
efinir LIJ
Um contexto com essa natureza atrairâ pessoas capacitadas e que buscam o
(,
safios o
razões para viver com sentido no trabalho. Por conseguinte, constituir-se-á Í.
r [ver o-
num contexto ideal de experimentação de emoções positivas e propício ao LU
LJJ

desenvolvimento da complexidade humana [Csikszentmihalyi, 2004). ô

Ao vivenciar o flow, portanto, o trabalhador sente-se envolvido na sua ô
J
atividade, esquece do que está ao seu redol perde a noção de tempo, de :f
L
espaço e sente prazer ao realizar a atividade. É uma sensação de que so- g.
I
mente existem ele e o objeto do seu trabalho em conexão, como se ambos a
LIJ

se encontrassem num "vácuo social". Ayrton Senna, considerado o maior

UI
o
piloto de Fórmula 1 de todos os tempos, ao longo da sua vitoriosa trajetó- t-l
ú
ria, fez relatos como: "Eu e a máquina nos tornávamos únicos" e "Eu nunca I
LIJ
LL
precisei trabalhar porque sempre me diverti no que fiz".
Nesse sentido, experiências de diversão no trabalho podem ser compre-
le endidas como oportunidades para vivenciar esse estado psicológico ótimo,
020).
em que a pessoa se envolve de tal maneira com seu trabalho que se diverte

75
 com ele, diminuindo a consciência de que o que está fazendo é ,,trabalho,,. ::omaco
Assim, "trabalho elazer se misturam e se potencializam reciprocamente,, S SEUS COT

[De Masi,2000,p.295). Aliado a isso, em pesquisa de tese de doutorado :s compet

sobre políticas e práticas de gestão e felicidade no trabalho zoTB), ::safios e:
[Budde,
por exemplo, um trabalhador entrevistado definiu a sua felicidade como Ilas set
a possibilidade de ter momentos de diversão no trabalho, atrelando esses q
H =.gnrfica
E momentos a fazer o que gosta, estar com colegas de trabalho e sentir que - i-ganizaç(
E issim,
o está contribuindo para um objetivo organizacional, aspectos citados na lite- ern

ratura como relevantes para a construção da felicidade no contexto laboral =iir,idades

o
Í) [Silva et a1.,2017; Ribeiro & Silva, 2018; Budde & Silva, Z0ZO). ie ativida
o_ Ademais, vivenciar o flow faz que a pessoa se sinta melhor durante :.,ráticas e
z e, também, por um período imediatamente após o que é experienciado ro traball
.J
f
fKamei, 2010). contudo, o que torna a experiência ainda mais significativa :onfrater
.,,
ô é o potencial para melhorar a qualidade de vida, o bem-estar e construir :ontribut
ô a
l felicidade a longo prazo [csikszentmihalyi, 2004), uma vez que tal estado
CO de flow, a
L]J
Z proporciona benefícios duradouros, não apenas momentâneos. portanto, os Enlre divr
F gestores e os outros trabalhadores que vivenciam mais experiência s deflow
a de lecnol
Í.
U em suas vidas e nas situações de trabalho são mais propensos a alcançar conjunto
O
g. estados psicológicos típicos de felicidade fseligman ,2004). os benefícios a diversã
L]
c0
estendem-se para as equipes e as organizações, pois, sendo o
r um es-
flow de futebc
tado de excelência, obtém-se alto desempenho e maior produtividade. Isso
à logos de I
tr' porque, ao vivenciar flow, o trabalhador está mais focado, concentrado e
o & Silva, 2
a motivado, tem clareza sobre as suas metas e utiliza suas habilidades para
o ciais de c
d
ô superar desafios, apresentando, assim, melhores resultados
[Kamei, zoTT). serão ex
@
LIJ
Í. culturais
o
z E QUANDO O TRABALHO NÃO dos gestt

à
PROPORCIONA ESPAçOS PARA O LAZER E Tarnb
como ch
lf'
-J PARA A DIVERSÃO?
m sentidos
cr
z Nem sempre você considerará possível experimentar diversão enquanto Pike Plar
realiza o seu trabalho. Isso pode ter a ver com as características do próprio IT)AS ESC

trabalho ou com as suas características pessoais. por exemplo, se você gosta local. As
de desafios, um trabalho rotineiro pode ser entediante. renciadt
Jâparaalguém que
gosta de cumprir rotinas, ter um trabalho em que todos os dias acontecem trabalhc
coisas diferentes pode ser assustador e uma fonte de ansiedade. Todos esses talvez at
aspectos também se relacionam com as competências que cada pessoa tem termos t

76
rabalho". e com a complexidade dos desafios que se apresentam a ela, considerando
amente" os seus conhecimentos, atitudes e habilidades. Isso, no conjunto, representa

rutorado as competências técnicas e humanas de alguém diante dos propósitos e

t,201.8), desafios existentes. a
E
le como Mas será que estar em um trabalho rotineiro ou com muitas demandas H
Ií
do esses significa que você não pode experimentar momentos de diversão? Várias
E
ntir que organizações têm demonstrado que é possível se divertir no contexto laboral' H
s na lite- Assim, embora você possa estar em um emprego estressante, com muitas E
r laboral atividades e prazos, você pode ter os seus momentos de diversão por meio H
de atividades desenvolvidas com esse propósito. observamos, portanto,
H
durante práticas e estudos sobre o denominad ofun atwork [atividades de diversão H
enciado no trabalho), que compreende desde um código de vestimenta informal e
E
I
ificativa confraternizaçõesaté jogos, saídas e viagens [Oliveira, 2018), o que pode a
contribuir para a estimulação da criatividade, proporcionar experiências
LLJ
struir a rQ

I estado d,e flow, aumentar o comprometimento com a organizaçáo, entre

outros.
N
anto, os Entre diversos exemplos possíveis, citamos aqui o caso de uma organizaçáo z
II
deflow de tecnologia de Santa Catarina, em que a área de gestão de pessoas, em Í.
o
lcançar conjunto com gestores e outros trabalhadores, criou ações orientadas para a
refícios a diversão e o incremento da felicidade, como confraternizações, equipes
Z
LU
pub, tl
um es- de futebol e de surfe, vestimenta informal, disponibilização de espaço
o
de. Isso jogos de tabuleiro edevideogamenopróprio ambiente de trabalho [Budde r.
LIJ
trado e & Silva, 2020). É importante salientar que tais espaços apresentam poten- o.
(,
35 para
ciais de descanso, de criatividade, de lazer e de diversão, mas que somente É
o-
2017). serão expressos nas suas plenitudes quando representarem "convicções LU
LU

culturais" expressas cotidianamente nas atitudes e nos comportamentos o

o
dos gestores e dos demais trabalhadores' )
RE Também existem exemplos de trabalhos que normalmente seriam vistos l
L
como chatos, enfadonhos e rotineiros, mas cujos trabalhadores atribuíram Í
o-
sentidos relevantes a eles. Esse é o caso de um mercàdo de peixe em Seattle, o
a
LIJ

ui
Pike Place Fish Market, em que os trabalhadores não apenas vendem peixes, ô
luanto
róprio mas escolheram se divertir e divertir o dia das pessoas que passam pelo À<
U
o
i gosta local. Assim, quem lá trabalha escolheu ter atitudes e comportamentos dife- -
LIJ

m que renciados [Lundin, christensen, & Paul, 2007),de modo a ressignificar um LL

tecem trabalho que a princípio poderia ser percebido como rotineiro, sem staüus e
; CSSES talvezaté ruim pela maioria das pessoas que trabalham numa "peixaria"' Os
la tem termos ou ideias norteadoras que resumem a chama da Filosofia Peixe! são:

77
 "brinque"; "alegre o dia deles"; "faça-se presente"; e "escolha a sua atitude", coerentes com o ideári
as quais visam a inspirar o aprimoramento pessoal e profissional da vida tre qualidade de vida,l
no trabalho, conforme esquematizado na Figura 3.3 que segue. e rentabilidadeJ. Portz

sem que haja convicçã

acaba "por gerar esPr

pouco resilientes Pari

H
E mais cedo ou mais tar
ALEGRE O
E competitividade" ICu
o DIA DEL§§
Um exemPlo Posil
o
Í lelicidadeéoquevet
l
o-
gar felicidade aos cli'
z escrito no livro Safi:
.J
J ex-CEO da ZaPPos. N
L]l
ô tão de pessoas, os g(
ô E§COLHA A
f
c0 da "Ciência da Felic
LIJ SUA ATITUDE
Z Positiva. Os argume
F
a
d
trabalho levam em r

U
parecer, a PrincíPio
o
a como um PrincíPio r
L]J
o
r Figura 3.3. Princípios que 0rientam a "Filosofia Peixe" Orientada Por isso, i
Fonte: Figura elaborada pelos autores com base em Lundin, christensen e paul (2007).
à transmitir a exPeri(
a
ú mudanças; 2) criar
a os trabalhadores do Pike Place Fish Market foram incentivados pelos
o criativoeteramenl
Í. proprietários do empreendimento a perceber que, ao brincarem e se di-
ô construir relacional
a vertirem, alegram o dia de outras pessoas; ao se fazerem verdadeiramente
tll
g. íntegra e transPare
ô presentes (reunindo corpo, consciência e espírito, para se tornarem inteiros
z de família; 7) fazer
e totais diante de alguém)
escolhendo uma atitude de maneira consciente,
e
e 9J ser humilde. A
z de modo a inspirarem positividade, estariam contribuindo para a excelência
a Iivro, eram de que c;
J no ambiente de trabalho. Entretanto, para que essa filosofia funcione, ela
o a aplicar algumas d
Í. precisa ser vivenciada de maneira convicta, autêntica e recorrente. Assim,
z supostos da ciência
algumas organizações, em busca de resultados imediatos, tentaram replicar
cípios da melhoria t
os princípios, sem mudar substancialmente, o que, evidentemente, não gerou
gestores e outros tl
os efeitos esperados (Lundin, Christensen, & Paul, 2007; Oliveira,201B). por
E no trabalho fe
isso, vale enfatizar o quanto são importantes mudanças profundas na cultura
diversão, lazer e ec
organizacional por meio de valores e de princípios arraigados, de modo
nossas vidas?
que estes deem suporte e estimulem políticas e práticas organizacionais

7A
 que supõe equilíbrio en-
ratitude", coerentes com o ideário da organização saudáver [o
qualidade
rl da vida trequalidade de vida, bem-estar e felicidade, com produtividade,
como meros modismos'
erentabilidadeJ. Portanto, instituir "boas" práticas
por parte da gestão' 6
sem que haja convicção e uma orientação humanizada FI
acaba "por gerar espaços organizacionais
cínicos' pouco cooperativos' e
H
sl
poucoresilientesparaenfrentaroportunidades,desafiosecrises-oque, E
no desempenho e na El
mais cedo ou mais tarde, se repercute negativamente ní

competitividade" [Cunha, Rego, & Lopes' 2013'p'322)' B

Umexemplopositivodeconciliaçãoentretrabalho'lazer'diversãoe H
"entre-
felicidade é o que vem daZappos' A missão da Empresa Zappos é
preceito que está E
gar felicidade aos clientes, empregados e vendedores,,, H
escrito no Iivro Satisfação garantida |20t7), de
autoria de Tony Hsieh,
E
I
ex.CEodaZappos'Naatualidade,pormeiodepolíticasepráticasdeges- a
u
de peSSoaS, oS gestores e outros trabalhadores
têm aulas a respeito IQ
tão (.).
.,ciência da Felicidade", orientada pelos pressupostos da Psicologia
da N
z
Positiva.osargumentosdeTonyHsiehparapriorizarafelicidadeno o
em longo prazo pode Í.
trabalho levam em conta que criar uma empresa o
parecer, a princípio, uma tarefa assustadora' mas
utilizar a felicidade tn

muito a guiar o caminho' z

como um princípio organizacional pode ajudar Lll
U
formalizados' como: 1-)
Orientada por isso, a Zappos possui nove valores o
abraçar e conduzir r.
transmitir a experiência UAU, que significa sempre
0 07).
LU
u
mudanças;2Jcriardiversãoeumpoucodeesquisitice;3Jserousado' a
o
s pelos e aprendizagem; 5) Í.
criativo e ter a mente aberta; 4) buscar crescimento À
e se di- por meio da comunicação LU
construir relacionamentos abertos e honestos UJ
nte positiva e com espírito LI
íntegra e transparente; 6) construir uma equipe o
inteiros l
defamília;7)fazermaiscommenos;B)serapaixonadoedeterminado;
ente, de Tony Hsieh' ao escrever o l
e 9) ser humilde. A esperança e o propósito L
encla É
livro,eramdequecad'avezmaisasorganizaçõesdetrabalhocomeçassem =
u
rne, ela aLX
aaplicaralgumasdasdescobertasdaspesquisasÔrientadaspelospres- ui
Assim, ô
supostosdaciênciadafelicidade,demodoqueseinspirassemnosprin- í
L-l
cípiosdamelhoriacontínua,equetambémclientes'demaisstakeholders' ú
gerou felizes no trabalho' :
gestores e outros trabalhadores pudessem se tornar l.rl
LL
Por as interfaces entre tarefas,
E no trabalho íeito a distância, como ficam
cultura
diversão,|azereequilíbrioentretrabalhocomasdemaisinstânciasdas
modo
nossas vidas?

79
 O EQUILíBRIO ENTRE TRABALHO NA
MODALIDADE HOME OFFICE COM OS
DEMAIS ESPAÇOS DE VIDA
A pandemia da covid-19 trouxe um desafio inusitado para a gestão 6'e
H pessoas, pois consiste na dificuldade de pensar em ações que possibilitem
E
H vivenciar a diversão no trabalho no contexto de teletrabalho (ou honoe
o office, quando realizado de casa). Enquanto no trabalho presencial podertr
ô ser implementados espaços para iogos [virtuais e/ou de tabuleiro), salas
Íf de leitura, espaços para conversa4 tomar um café e confraternizal entl-e
o_
z outros, como podemos pensar em condições que favoreçam a diversão no
,! trabalho remoto?
-J
;ô Embora as ações que favoreçam o divertimento no modelo home ffice
ô pareçam mais difíceis de se crial elas são fundamentais para contribuir
)m
l1J
z com a construção de sentido no trabalho e,ainda, com a produtividade e i - ilq

íF avalorizaçã,o do trabalhador. Assim, podemos pensar em ações como um

a
d
U momento de "café remoto", em que as pessoas podem se encontrar virtu- - - ..
':"_ r.,1
- ..
o
Í. almente para conversar e atualizar as novidades, ou estabelecer horários --iLr!
qt

ü para a realizaçáo de j o gos, como vi d eog a m e ouj o gos d e tabuleiro o n - I in e, oü,

m '- -L,llíl
r.
ainda, organizar um "clube de filmes/seriados", em que se combina o que - '. LiL'- t
à
a e quando assistiI para depois debater temas relacionados ao filme/série. : a! -.:o d€
ú
a
o Além disso, é essencial que o trabalhador tenha acesso a equipamentos, , -
.:-: -Élr-1
--Lru'
Í softwares, tecnologias, além de objetos que possibilitem a ergonomia no
ô - -. =Sen','C'1"
.,,-.Àeq
a ambiente de trabalho em casa. - -: -.,Lsr'g.-
LJJ
d
ô
z
Ações relacionadas ao reconhecimento do trabalhado4 ao aprendizado - :..-er'-riYo

constante, além de reuniões virtuais, de maneira periódica, também se , :::nder ul

à mostram relevantes como forma de acompanhar aS pessoas e cOnhecer -= ..berdad

a
J mais sobre suas necessidades e expectativas. Em síntese, é possível pensar rn'l slnte
c0 -- ;S O qlle
Í. em possibilidades virtuais de lazer e de diversão por meio do exercício e da é

z --.r quartc
prática do autocontrole [decisões e escolhas pessoais) com o propósito de
estabelecer limites e equilíbrios entre o trabalho feito em casa, a agenda fa- -.:'\a de se
miliar; os espaços necessários para se divertiC desfrutar de lazer e descansar. -. :llSSão e

Ao trabalhar de modo remoto, o trabalhador evita o desgaste físico e . I ualidad

psíquico causado pelo trânsito, aumenta o tempo de dedicação à família con(

":sta
e consegue empenhar-se em outras práticas de lazer e de diversão, o que :...0 São Co

ao
 evita em muito o estresse, e repercutirá na melhoria do seu desempenho.
Mas, nesta mudança, os gestores precisam pensar na saúde dos outros tra-
balhadores. Por isso precisam apoiar a construção de um ambiente físico e
psíquico saudável [Fioratti, 2020).
Vale lembrar que, na modalidade de trabalho a distância, as relações
gestão de
de confiança entre gestores e outros trabalhadores apresentam-se como
ssibilitem
essenciais, o que pressupõe a expressão da maturidade no trabalho de
lou home
todos os envolvidos. Ou seja, motivação ou disposição para enfrentar os
al podem
desafios postos além das competências técnicas e humanas que se fazem
ro), salas
necessárias. Esses elementos devem ser complementados por meio de um
za4 entre
ambiente físico e psíquico contributivo à saúde mental de todos, sejam eles
nersão no
gestores, outros trabalhadores, família ou amigos, os quais possam integrar

,me ofÍice
e influenciar as relações das pessoas que se encontram no contexto de
a
trabalho remoto. LU
ontribuir ?(J
(-).
Ao conferirmos maior autonomia para a realizaçáo das tarefas, sempre
ividade e N
acompanhada de responsabilidade por parte de quem as executa, cria-se Z
:omo um
um enorme potencial para a tomada de decisões com excelência criativa o
zr virtu- Í.
e inovadora, Tal condição tende a gerar uma força de trabalho com mais o
horários a
qualidade de vida, bem-estar e felicidade, complementados por decisões z
blíne,ou, LIJ
que se tornam mais flexíveis e ágeis. Vejamos o exemplo proporcionado pela ô
na o que
Netflix, que construiu um ambiente de trabalho [seja virtual, seja presencial) ô
le/série. r.
revestido de maior liberdade, por meio de três pilares fundamentais, nos u
o-
Lrnentos, a
quais prevalece a ideia norteadora de que "trabalho árduo é irrelevante": o
omia no Í.
1. desenvolvimento da densidade de talentos [quanto mais capacitadas e o_
Ltl
qualificadas, mais as pessoas poderão exercer o livre-arbítrio responsável); Lll
ô
hdizado
2. incentivo à sinceridade [funcionários revestidos de talento têm muito a o
tbém se aprender uns com os outros); e 3. redução de controles [crie uma cultura =
Dnhecer l
de liberdade com responsabilidade) [Hastings & Meyer; 2020). F
pensar
t
I Em síntese, nessa lógica, não importa o tempo que é dedicado ao trabalho, o-
a
ício e da mas o que é feito com base nos prazos acordados. se a tarefa será realizada
LU
I LIJ
bsito de num quarto, na cozinha, ou mesmo deitado numa rede, na praia dos Ingleses, tl
L

t-l
pnda fa- deixa de ser relevante. o importante é a entrega, aliada ao valor que agrega o
I
.J
§cansar. à missão e visão da organização, bem como os benefícios proporcionados Lt-l
i.. LL
inslco e à qualidade de vida, ao bem-estar e à felicidade de todos os envolvidos.
I

Itamília Nesta concepção, horários que demarcam o início e o fim de uma jornada
I

P, o que não são compreendidos como sinônimos de rentabilidade, produtividade

i

I 8t
 e de qualidade. Portanto, à guisa de ilustração, neste contexto, você estaÉ l:mbém se
livre para trabalhar no domingo e, se desejaL ir ao cinema na segunda-feira.
=:'sào nas orga
O que você pensa a respeito disso? :iiança nos g
Dando prosseguimento ao que até aqui foi apresentado sobre o assunto, -' ,:let'itos de 1;

na seção que segue, discorreremos a respeito dos benefícios de experimentar . sentimentos

-

H
equilíbrio entre trabalho e outros espaços de vida, aliando-se ao lazer e à ..=qLripeeàor
E diversão, seja na modalidade presencial, seja na virtual.
E
-.. segurança €

o :-ganizacionai
ô QUAIS OS BENEFíC|OS DE VTVENCIAR Entretanto,
Íl EQUILÍBRIO ENTRE TRABALHO E OUTRAS ::'abalho (/un ,

o.
z ::abalhadores
INSTÂNCIAS DE VIDA, LAZER E DIVERSÃO : ectativas, mc
.J
J
;o NO TRABALHO? --:nstruídas, c
ô
-:so contráric
)m As vivências de equilíbrio entre trabalho e outras esferas da vida, lazer e
L]J --Lrrno cópias d
z diversão podem proporcionar benefÍcios em nível individual, grupal e organi-
tra, sem adapt
F zacional, entre os quais destacamos a saúde mental, a motivação e a felicidade
a
Í. rão se adéqut
U dos trabalhadores, bem como a otimização da performance, do engajamento
o
f,Lltros traball
Í
lJl
(Plester & Hutchison, 2016) e a redução da rotatividade [Tews, Michel, &
em organizaçr
o stafford, 2013). Assim, a diversão, aliada ao lazer e ao equilíbrio entre o traba-
r Iocais, como "
*') lho e outros investimentos na vida pessoal, é vista como um dos antecedentes os desejados I

tn
U
importantes do engajamento, pois permite que os trabalhadores gostem outros trabal]
a
o mais das atividades que realizam e aumentem a atenção e a dedicação a elas
Í e de diversão,
ô [Plester & Hutchison, 2016). Ao se divertirem no trabalho, as pessoas também tentes como c
a se sentem mais satisfeitas na organizaçáo, de modo que tendem a alcançar
Lrl
cr
a atitudes e cr
o melhores resultados, obtendo uma alta performance (Shaju & Subhashini,
z Não deven
2017). Experienciar atividades que proporcionam lazer e diversão aumenta, trabalho desc
à ainda, as possibilidades de se vivenciar oflow (Plester & Hutchison ,ZOt6).
a
j
resultados pc
m Quando praticados em momentos de pausa do trabalho , olazer, a diver- as diferenças
É.

z são e o "ócio criativo" propiciam um período de descanso, seguido por um outros trabal
regresso às tarefas com maior energia e com nível de atenção mais elevado. e felicidade, l
li
Além disso, a implementação de atividades/u n atworktem contribuído para quando da re
il
il a maior retenção de trabalhadores, para a criação de espírito de equipe e estimular a ct
relações de ajuda, e, ainda, para o aumento do comprometimento com o o engajament
trabalho f0liveira, 201,8). Nesse sentido, as pessoas tendem a valorizar para a reduç
essas ações e perceber esses locais como os mais atrativos para trabalhar. retenção de 1

8Z
 você esrará
F Também se observam como resultados de atividades de razer
e de di-
1,.:unda-feira.
=rsão nas organizações atitudes mais positivas diante do trabalho e maior
- 'nfiança nos gestores e nos coregas [oliveira, 201,8).rsso porque vivenciar
. o assunto,
l, :.lmentos de lazer e de diversão no ambiente laboral promove
o aumento
uerimentar E
[- -:e sentimentos positivos nos gestores e outros trabalhadores
em relação FI
§= :o lazer e à H
' equipe e à organização na qual trabarham, proporcionando E
percepções
,:e segurança e de suporte, o que impacta, por sua
vez,no engajamento E
trt
ní
rrganizacional fPlester & Hutchison, 201"6).
ÀR Entretanto, vale ressaltar que as atividades de lazer e de
B
diversão no H
lrroot :rabalho (fun at work), quando promovidas pelos gestores
e os outros
:rabalhadores nas organizações, devem considerar necessidades, B
Ensao pectativas, motivações e interesses e, sempre que
ex-
H
possível, devem ser
construídas, dentro dos limites e das possibilidades, conjuntamente. R
r
caso contrário, essas "ações de descontração" poderão a
ser interpretadas Lll
r(J
como cópias de práticas ipsls litteris,ou seja, como uma (.)"
fórmula compra-
da, sem adaptação cultural, mais como um ,,modismo,,, N
mas que talvez Z
não se adéque à realidade sociar e cultural vivenciada peros
gestores e Íl

outros trabalhadores. Nesse sentido, pesquisadores observaram Í.

que, o
em organizações em que experiências positivas são imitadas
a
de outros z
locais, como "colas" pouco aderentes, os resultados LU
nem sempre foram o
os desejados fFleming & sturdy, z0og).Assim, alguns poucos ô
gestores e
outros trabalhadores internalizaram a filosofia de uma r
cultura de lazer Llt
o-
e de diversão, enquanto muitos outros percebiam
as possibilidades exis-
a
o
tentes como degradantes, revestidas de hipocrisia, que Í.
não raro revavam â
LU
a atitudes e comportamentos revestidos de cinismo. LIJ
L-l
Não devemos, portanto, inserir atividades de lazer
e de diversão no U
trabalho descoladas dos valores centrais da cultura corporativa f
e esperar
:)
resultados positivos. ou seja, temos sempre que considerar t--
o contexto, Í.
as diferenças individuais e culturais, o que motiva À
e inspira gestores e q
outros trabalhadores, o que lhes propicia qualidade de UJ
vida, bem-estar ú
e felicidade' Por meio da diversão no trabalho, poderão o
ser percebidos, ô
quando da realização de atividades potenciarmente ü
estressantes e para
-J
estimular a criatividade, o estado psicológico defrow,o LIJ
comprometimento, LL

o engajamento, a qualidade e a produtividade.

Isso ainda poderá contribuir
t a valorizar
para a redução da rotatividade e do absenteísmo,
ra trabalhan como também para a
retenção de talentos.

a3
I
 Nossa sugestão para que se possa iniciar a construção de uma cultura
positiva é criar uma agenda com ações mensais que envolvam todos os tra-
balhadores. Por exemplo: Dia da Gratidão [6 de janeiroJ, Dia Internacional Íl,h

da Felicidade [20 de março), Dia do Abraço (22 de maio), Dia da Empatia

(12 dejunho), Dia da Amizade [20 de julho), Dia da compreensão Mundial
@! porque
\
(17 d,e setembro), Dia Internacional da Saúde Mental [10 de outubro), Dia @
querida
H Nacional do Riso (6 de novembro), entre outros, disponíveis na Figura 3.4.
\
E
o É importante ressaltar, contudo, que esta é apenas uma sugestão. Cada @
da sua t

o
organlzaçáo pode criar a sua própria agenda com base na sua cultura, w @
Í:) valores, crenças, pessoas e contexto. Ainda poderão ser construídas ações exames
:

que sejam criadas e implementadas pelos gestores e outros trabalhadores e

o_
z w§5
que possam estimular a participação de todos os integrantes da comunidade
J
'J
organizacional, por exemplo: palestras, capacitações e/ou atividades como
I@procur€

',ô
o a prática de mindfulness, técnicas de dinâmicas de grupo que estimulem "@
l /l;"
-",,,,,
c0 momentos de descontração, de descanso e de diversão, além de momen- @
Lrl
z
F
IÍ.
tos de confraternizaçáo. Nesse sentido, também é importante, sempre que
possível, criar espaços nas organ izaçóes que contemplem a arte, a estética
\re
I !-
consio

U
o
g.
ul
m
r
[exposições de quadros, esculturas, entre outros artefatos de natureza
artística), locais apropriados para descanso e exercícios de meditação,
Iugares de convivência [como o estabelecimento de um café), além de um
\m
b,EE
A§ mesm

à ambiente propício para a prática de jogos [sinuca, pingue-pongue, dama, tr. EEE
G'
xadrez, entre outros). ':a,.',:r,- Para I
o
a
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Í. rlE
dia dt
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z

Por fim
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Calendário positivo ,/"

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f'igura 3.4. WÚialnternacianaldaAmar-oemonstreafetoaumapeSSoa
querrda por mêio de palavras
e atitudes.
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da sua vida. @
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pradores exarnes de rotina. W
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e íamitiares. ffi H
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.rrÍti fora do seu círculo social e
procure campreender outras visÕes
rEq
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de mundo.
§timulem ,@ -t".lf

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rQ

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WlnternacionaIdoAutocuidado-EncontremaneirasdesergentiI
natureza U
§ Í.
o
editaç ão,
irn de um
tu WDiaiíundialHumanitária-FaçaUrnahomenagemaumapessoâ
a que dediça a sua vida ações hurnanit arias. a
z
Dia da Compreensão MundÍal - Tenha
uma escuta empática
ffi LU
ue, dama,
% mesmo com aqueles que vocé náo
comaopiniãoee concorda colhas.
n
o
W3[jT:ffi?i:?,i:SaÚdeMental.Separeumternpodoseudia w r
LU
o-
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WDiaNactanaldoRÍso-Comeceadiasorrindo,elepodemudaro o
dw de alguém no ieu lrabalhot ,'ii,! d
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da criatividade - cornpartirhe umâ ideia uÍi.rij
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inspiradora.
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da Bondade - Ajude urn coregâ que esteja passand
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Figura 1.4. Exempro de uma agenda positiva LU

Fonte : Figura elaborada peloí autores. LIJ

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Por fim, arém da Agenda positiva, o
acesse hnps://wwrnr.actionforhap_ J
piness.org/ e baixe mensalmente LU
os carendários de atividades sugeridas LL

em diferentes idiomas. Action

for Happiness é um movimento de pessoas
comprometidas com a construção
de uma sociedade mais feriz e soridária,

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 visando que as pessoas importem menos com o que podem obter apenas
se SÍNTESE DO (

para si mesmas e mais com a felicidade dos outros. Sua fundação deu-se
patrono é Por muito tempo,
em 2010, por Richard Layard, Geoff Mulgan e Anthony seldon. o
c

e, muitas vezes, de so
o líder espiritual Dalai Lama.
tripaliuffi, que é desig
visão tem se modifica
E coNstDERAçÔes FlNAls vivenciam prazer e Pr,
re!
sempre que possível, nizacionais têm demc
E Quando o trabalho é percebido com propósito e,
o
realizad.o com praze4 observamos trabalhadores mais felizes e engajados, de diversão e de estac
O
Íl com maior comprometimento, produtividade, satisfação e motivação. Esses para também aument
sentimentos de propósito, sentido e prazer podem associar-se ao fenômeno dem contribuir para (

o-
z do estado psicológico deflow,de maneira que a pessoa se vê tão envolta na e outros espaços de
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J atividade, com objetivos e desafios compatíveis com as suas habilidades, práticas lúdicas, espa
ão que nao perceoe o rempo passat alem tte qlmlnulr a conscrenCra üo'rocdr sentimentos, de modo
l em que se encontra. Condições como essas podem retratar bons exemplos
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LU
[francos, abertos e sin
Z de pessoas que se divertem no trabalho,fazendo suas tarefas, por meio de todos os interessados
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a suas competências, de modo a alcançar resultados com excelência, e ainda trabalho revestido de
Í.
U desfrutando positivamente do seu trabalho. espaços relevantes da
o
Í. Os gestores nas organizações poderão contribuir significativamente à qualidade de vid à, ê
ú
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r. para que as pessoas vivenciem olazer e a diversão no trabalho, propor- trabalhadores, como t
à cionando condições e atividades específicas e fortalecendo os relaciona- dos resultados organi
a
ú mentos interpessoais autênticos. Ao considerar que o lazer e a diversão
a
o se associam positivamente à performonce e à produtividade, além dos
Í. REFERÊNCIA
o benefícios individuais, observam-se, ainda, resultados organizacionais
a Araújo, R. C.(2008). Expe
LU
g.
positivos, o que evidencia a importância de os gestores investirem em
Perspectiva,2,39-5',
o atividades que promovam o estado psicológico deflow, o lazer diversão
z ea
Budde, C. (2018). Políticas
no contexto laboral. caso de uma organi2
à Apesar disso, nem sempre será possível vivenciar momentos de lazer Santa Catarina, Flori
a
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m
e de diversão no trabalho o tempo todo. Mas sempre será possível con-
Í. Budde, C., & Silva, N. [20
z tribuir para o estabelecimento de relacionamentos cordiais e positivos processo de reduçÊ
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descontraído Csikszentmihalyi, M. [19
intervalos ou no final do expediente, desfrutar do ambiente Harper and Row.
de situações propícias
das confraternizações: esses são alguns exemplos Csikszentmihalyi, M. [19Í
paraquevocêsedivirtaepossaexperimentarespiritualidadenotrabalho cotidiano [P.Ribeir

e,quemsabe,construirasuafelicidadenocontextolaboral'pormeioda Csikszentmihalyi, M. (20t

f0riginal work puL
geração de emoções Positivas'

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