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Relatório 1 G4
Relatório 1 G4
RELATÓRIO DO LABORATÓRIO 1
Vertedor de soleira espesso horizontal
SÃO CARLOS - SP
Junho/2023
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
3. METODOLOGIA
3.1. Estimativa preliminar das vazões de escoamento no canal
3.2. Determinação experimental do coeficiente de descarga (Cd) no vertedor de parede
espessa
3.3. Determinação dos tipos de escoamento nas seções 1-1 , 2-2 e 3-3
4. RESULTADOS
4.1. D
4.2. DADOS CALCULADOS
4.3. G
4.4. B
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO
Os mais diversos tipos de escoamentos presentes no mundo são regidos por
leis muitas das vezes conhecidas e aplicáveis. Não obstante, no laboratório de
hidráulica da UFSCar, realizou-se uma série de escoamentos num ambiente
controlado, cujos parâmetros geométricos do canal utilizado eram conhecidos e
facilmente mensuráveis, ao passo que verificou-se a aplicação da formulação de
Manning para escoamentos em condutos livres.
Sendo assim, foi possível contemplar fenômenos hidráulicos pessoalmente,
tais quais, muita das vezes, são debatidos em sala de aula de forma puramente
analítica e sem uma experiência realmente orgânica com o tema. Os alunos
puderam observar a diferença entre regimes fluviais, torrenciais, zona de transição,
celeridade de ondas, etc.
2. OBJETIVOS
Os objetivos desta prática foram a verificação da aplicabilidade da equação
de Manning, a determinação e identificação visual dos tipos e regimes de
escoamento que ocorreram no sistema e a determinação experimental e
subsequente comparação dos valores médios de Cd com valores existentes em
manuais de hidráulica. Todos estes objetivos foram alcançados através da obtenção
de dados experimentais coletados em 6 regimes de vazão distintos no mesmo
sistema de escoamento, sempre em regime permanente.
3. METODOLOGIA
3.1. Estimativa preliminar das vazões de escoamento no canal
As vazões foram obtidas através da determinação da
velocidade do escoamento na seção 1-1 por meio do uso de uma
bolinha de isopor cujo trajeto entre dois pontos separados por uma
distância conhecida foi cronometrado.
A área da seção transversal do canal foi calculada através de
valores geométricos já conhecidos (largura da base de 0,3m;
declividade dos taludes igual a 0) e de dados obtidos
experimentalmente na forma da altura da lâmina d'água na seção.
Com esses dados em mão, a vazão foi calculada usando a
relação:
Q=V ∗A
2
3.2. Determinação experimental do coeficiente de descarga (Cd) no
vertedor de parede espessa
3.2.1. Determinação de vazões pelo vertedor de parede fina
As vazões que passam pelo vertedor de parede fina
foram calculadas através do cálculo do coeficiente de de
descarga do mesmo, que pode ser expressado no seguinte
sistema de equações:
( )[ ( )]
2
1 h
Cd=0,410 ⋅ 1+ ⋅ 1+ 0,5
1000 h+1,6 h+ p
Q=Cd ⋅b ⋅ √❑
∴
( )[ ( ) ] ⋅b ⋅ √❑
2
1 h
Q=0,410⋅ 1+ ⋅ 1+0,5
1000h+ 1,6 h+ p
Onde h é a variável experimental, g = 9,81 m/s²; b=0,3m
3.2.2. Cálculo do Cd no vertedor de parede espessa
Inversamente, o cálculo do coeficiente de descarga do
vertedor de parede grossa foi realizado utilizando os valores de
vazão calculados no item 3.2.1 através do seguinte
equacionamento:
1,5
Q=Cd ⋅1,705⋅b ⋅ h
∴
Q
Cd= 1,5
1,705 ⋅b ⋅ h
3.3. Determinação dos tipos de escoamento nas seções 1-1 , 2-2 e 3-3
Os tipos de regime de escoamento nas seções foi determinado
através do número de Froude, pela seguinte fórmula:
V
Fr=
√❑
Onde V é a velocidade do escoamento na seção em metros por
segundo, g é 9,81 m/s 2 e y é a altura da lâmina d'água em metros.
3.4. Verificação da aplicabilidade da equação de manning
A aplicabilidade da equação de manning para as condições de
escoamento encontradas no laboratório foi verificada através do
cálculo do coeficiente de manning (n) experimental e sua comparação
com os valores teóricos de n para os materiais das paredes e leito do
canal.
nQ
√❑
∴
Am ⋅ Rh2/ 3 ⋅ √ ❑
nexp =
❑
3
Como as paredes e o leito do canal são feitos do mesmo material, não
foi necessário o cálculo de um n equivalente teórico.
4. RESULTADOS EXPERIMENTAIS
H paquímetro Cd (parede
B-A fina)
0,0978 0,424
0,09803 0,424
0,0872 0,423
0,0823 0,42241
0,0789 0,422
0,0716 0,4216
4
Após isso, foi calculado o Q com base nos diferentes valores de h e Cd. Sendo que
o “b” adotado foi de 0,3 metros e a gravidade foi de 9,81 m/s².
H paquímetro B- Cd (parede
Q(m³/s)
A fina)
0,0978 0,424 0,01723
0,09803 0,424 0,01729
0,0872 0,423 0,01447
0,0823 0,42241 0,013
0,0789 0,422 0,0124
0,0716 0,4216 0,01073
Percebe-se com esses dados que o valor médio obtido de “Cd (parede
grossa)” foi de 1,018.
Além disso, foi determinado o número de Freud para as diferentes vazões
para determinar se o escoamento estava sendo torrencial, crítico ou fluvial. Quando
os valores de Freud são maiores de 1, o escoamento é torrencial. Quando os
valores de Freud são menores de 1, o escoamento é fluvial e, quando é igual a 1, o
escoamento é crítico. Os resultados obtidos para determinar o tipo de escoamento
podem ser observados na Tabela 5.
5
0,08485385289 1,1025466 3,67845824 fluvial torrencial torrencial
0,07247816545 0,8365462536 2,393569016 fluvial fluvial torrencial
0,07331323819 1,161247883 3,068667104 fluvial torrencial torrencial
Com base nesses dados, percebe-se que no trecho 2, onde o líquido está
passando pelo vertedor de parede grossa, o escoamento fica praticamente crítico e
quando termina de passar por esse fica torrencial. Dessa maneira, pode-se observar
a agitação do líquido devido ao obstáculo.
Outra observação que pode ser observada é a curva “Q x h*” demonstrada
no gráfico 1.
Gráfico 1 - Curva Q x h*
Percebe-se que quanto maior a vazão maior será a altura da lâmina d’água
durante a passagem do líquido pelo vertedor de parede grossa.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observou-se que o coeficiente de Manning experimental não foi uma
constante para qualquer valor de vazão e altura da lâmina d’água. Por exemplo, no
trecho 1 o escoamento foi caracterizado como fluvial e a lâmina de água tinha 0,25
m aproximadamente, ao passo que o valor médio do coeficiente de Manning foi de
0,087. Entretanto, no trecho 3, o escoamento foi torrencial, a lâmina d'água tinha
0,029 m e o coeficiente de Manning médio foi de 0,0046, quase 20 vezes menor que
o primeiro valor. Tal variação pode ter ocorrido em virtude de erros sistemáticos
relativos às medições e observações, que, quando realizadas a olho nu, sem o
6
devido aparelhamento e mitigação de incertezas, gerou dados distorcidos com
diferenças dos dados reais.
REFERÊNCIAS