GESTÃO DE STAKEHOLDERS EM PROJETOS

Atualmente o ambiente vivido pelas organizações apresenta-se bem caracterizado

por mudanças aceleradas. Representando assim, um cenário de rápidas mutações
gerando oportunidades e ameaças para elas.

Com o intuito de se adaptar, as empresas precisam implementar mudanças aos

seus negócios, adaptando-se assim na maioria das vezes a Gestão de Projetos. Para
nortearem-se em seus projetos e processos, do qual fogem da rotina já executada.
Tornando-se assim um excelente instrumento de mudanças. A gestão de projetos esta
totalmente envolvida com a administração das empresas, pois suas funções gerais
são: Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar. Segundo Duffy (2006, p.8)

Nas empresas, em geral, projeto se refere a um conjunto de atividades relacionadas

umas às outras, envolvendo habitualmente um grupo de pessoas que trabalham em
conjunto em alguma coisa que será realizada uma única vez, durante um período que
vai de um a dezoito meses.

Contudo entre o projeto e sua gestão, há os stakeholders, a atuação acaba sendo

mais operacional do que funcional e administrativa. Principalmente quando não se tem
muita experiência e posicionamento. Deixando assim o rumo do processo ser tomado
pela ansiedade deles, que não estão envolvidos diretamente, mas anseiam pelo
resultado.

Caso esse tipo de interferência ocorra, o gestor de projetos de torna apenas um

micro gerenciador de tarefas, sem trazer o resultado e opções sobre ele. Sendo
apenas uma ferramenta auxiliar dos stakeholders. E isso por muitas vezes, pode-se
permanecer temporário ou permanente.

Segundo McElroy e Mills (2007), gerenciamento dos stakeholders (partes

interessadas) em projetos é um processo contínuo de esforços de desenvolvimento
das relações com todas as partes interessadas visando alcançar um projeto de
sucesso. Para alcançar esses objetivos, os autores destacam a importância do papel
do gerente de projetos como pessoa responsável para gerenciar essas relações, que
algumas vezes podem apresentar interesses antagônicos (ACHTERKAMP; VOS,
2008; JEPSEN; ESKEROD, 2009; POULOUDI; WHITLEY, 1997).
 Porém há diversas formas que podemos interceder antes de que ocorra essa
incapacidade ou direcionar a situação. De primeiro plano, como gestor de projetos,
devemos identificar todos os stakeholders da organização do qual atuamos. E assim
aplicarmos as técnicas para gerenciamento que são:

a) Identificação dos stakeholders.

b) Abordagem ao Gerenciamento dos stakeholders.
c) Estabelecer o que deseja de cada stakeholders.
d) Identificar as mensagens que deseja transmitir.
e) Desenvolvimento de habilidades como organização, liderança de equipe e
liderança comportamental.
f) Implementação do plano de projetos.
g) Estabeleça os níveis de influências dos stakeholders.
h) Classifique-os por ordem de importância.
i) Acompanhamento de cronograma e revisão.

Vale salientar que nessa área é muito importante fazer a identificação detalhada,
e aplicar o tratamento adequado para cada envolvido, ou conjunto de envolvidos.
Analisando e respeitando as expectativas e interesses, criando-se assim um plano de
abordagem para todas as partes.

Por tanto, concluímos que para evitarmos qualquer tipo de fracasso dentro do
processo, não basta apenas conhecermos os stakeholders, precisamos identificá-los,
classificá-los, entendê-los e monitorá-los. Alinhando – os para atuar em conjunto e
atingir o objetivo final, sem se tornar um micro gerenciador de projetos.

Referências Bibliográficas:

LOPES, A. P. V. B. V.; CARVALHO, M. M. DE. Evolução da literatura de inovação em relações

de cooperação: um estudo bibliométrico num período de vinte anos Gestão & Produção, 2012.

DUFFY, Mary. Gestão de projetos: arregimente os recursos, estabeleça prazos, monitore o

orçamento, gere relatórios: soluções práticas para os desafios do trabalho. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2006.