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FACULDADE DE CIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS


Biologia Celular e Histologia

Aula Laboratorial No3

TEMA: APRENDER A UTILIZAR O MICROSCÓPIO:


Observação da letra ‘e’ do Jornal.

Objectivo: Esta aula tem como objectivo exercitá-lo para o uso do microscópio óptico.

1. Instalação do microscópio

a) Retire a capa do microscópio dobre e guarde-a.


b) Verifique se a objectiva de menor ampliação está convenientemente colocada no eixo óptico:
caso não esteja, rode o revólver até sentir um pequeno estalo correspondente à posição de
encaixe.
c) Verifique se o diafragma está aberto.
d) Verifique a luz eléctrica, acendendo-a para a iluminação do microscópio e volte a desligar.

2. Montagem de uma preparação temporária e sua observação ao microscópio

Material necesário
 1 lâmina microscópica
 1 tesoura
 1 lamela
 1 papel de filtro
 1 lupa de mão
 1 frasco conta-gotas com água destilada
 1 microscópio
 1 pedaço de um jornal com a letra “e” minúscula
 1 Pinça
 1 Agulha de dissecação

3. Procedimentos

1. Recorte a letra “e” do jornal (certifique-se de que o verso esteja em branco)


2. Limpe bem a lâmina, coloque a letra “e” no centro da lâmina, na posição de leitura,
3. Coloque duas gotas de água sobre a letra,
4. Prepare a lamela para cobrir a preparação conforme as figuras abaixo:

1
4.1 Para evitar a formação de bolhas de ar, coloque a lamela com o polegar e o indicador
da mão direita de maneira a formar um ângulo de 45º entre lâmina e lamela.

4.2 Deixe a lamela cair sobre a letra de uma só vez e enxugue o excesso de água com
papel de filtro.

5. Leve a lâmina com o preparado da letra "e" e coloque na platina e assegure-se que a lâmina
está fixa.
6. Gire o parafuso do condensador de forma a mover o condensador para a sua posição mais
elevada. Embora haja uma posição para o condensador, a posição correcta do condensador variará
ligeiramente para cada objectiva. Nunca use a abertura do condensador como forma de controle da
intensidade da luz. O controle da luz é feito através de um reóstato variável (dimmer switch ou regulador
de voltagem).

7. Ligue o microscópio girando o interruptor e ajuste a intensidade da luz a um nível


confortável. Assegure-se que o diafragma está aberto (deslize a alavanca do diafragma de
um lado para outro para conferir).

8. Observando pelo microscópio, ajuste o binocular à sua distância interpupilar e dióptrias.


Muitos microscópios requerem simplesmente puxar ou juntar os tubos ou canhões oculares directamente.
Mova os tubos dos oculares de forma a obter um campo de visão uniforme.

9. Comece focalizando o microscópio em qualquer objecto dentro do campo de visão.


- Direccione para um local com contraste bom, no centro do campo de visão e feche o seu
olho esquerdo. Usando os ajustes (parafusos macrométrico e parafuso micrométrico),
focalize até que obtenha uma imagem nítida com o seu olho esquerdo.

2
- Agora, feche o seu olho direito e ajuste o foco girando o anel localizado na ocular
esquerda. Não reajuste o foco do olho esquerdo com os parafusos macro e micrométrico
do microscópio - use o anel de ajuste no tubo ou canhão ocular esquerdo.
-Todo o uso subsequente do mesmo microscópio envolverá ajustes de foco através dos
parafusos macrométrico e micrométrico.

10. Sempre comece por focalizar o microscópio com a objectiva de menor ampliação.
Identifique essa objectiva antes de focalizar(no nosso caso é de 4X) . Mesmo até se quiser
usar a objectiva 100X, é mais eficiente começar com a de 4X e depois mudar para a
objectiva desejada.
As lentes objectivas são parfocais, significando que se uma está no foco, as outras
estarão aproximadamente no foco também quando posicionadas.

11. Com a lâmina do passo 4 no lugar, gire o parafuso macrométrico até que a lâmina esteja
mais próxima possível da objectiva de 4X. Mova os manipuladores (clips) da platina até que
uma porção da lâmina esteja directamente debaixo da objectiva e focalize cuidadosamente
o objecto a ser observado.

ACTIVIDADES

Questionário 1
Desenhe a imagem da letra "e" real e depois a imagem da letra “e” ampliada 40X.
Ainda nesta ampliação, compare a posição da letra vista ao microscópio, com a posição que
efectivamente a letra tem na preparação (o objecto).
1.1 Qual é a relação existente entre a posição real da letra e a imagem que observou?
1.2 Esquematize as posições relativas do objecto e da sua imagem microscópica.
1.3 Olha através da ocular e mova lentamente a preparação (o objecto) para a esquerda.
Em que sentido se move a imagem?
1.4 Mova a preparação para a frente, afastando-a de si. Em que sentido se move a imagem?
1.5 Todos os objectos observados ao microscópio, as suas imagens, apresentam-se e
orientam-se como a letra ”e”?

Utilização das outras ampliações e interpretação da imagem


Depois de ajustar o foco a 40X, centre o objecto a ser observado e gire as objectivas para as
ampliações seguintes. Use o parafuso micrómetrico só e só quando as objectivas de ampliação
100X ou 400X estiverem no lugar. Faça o desenhos das imagens observadas.

Manipule o parafuso micrométrico de forma a obter a imagem mais nítida. Durante uso do microscópio,
uma mão deve permanecer no sistema de focagem pois esta é feita constantemente. Use a outra mão para manipular
os movimentos da lâmina.
Para usar a objectiva de ampliação 100X, centre o objecto que deseja observar (aos 100X terá um
campo de visão menor) e gire o revólver da objectiva para colocá -la em posição.

Questionário 2
2.1 Nas ampliações seguintes há qualquer mudança na orientação da letra "e"?

3
2.2 Que parte da letra observa ?
2.3 O campo do microscópio é agora maior ou menor?
2.4 Verificou alguma alteração em relação à posição da imagem?
2.5 Verificou alguma alteração em relação à iluminação do campo do microscópio?

Como retirar a preparação


 Rode o revólver de modo a colocar a objectiva de menor ampliacão (4X) na extremidade do
tubo.
 Com o parafuso macrométrico baixe a platina do microscópio, abre a mola e retire a
preparação.

Questionário 3
Observa a letra da preparação com a lupa de mão.
1. Quais as diferenças que verifica em relação ao microscópio (compare os pontos 2.1, 2.2 e
2.4 da interpretação da imagem/questionário 2).

Na ficha em anexo, apresente as imagens das observações feitas durante a aula, na seguinte
sequência: Figura1-letra ‘e’ original, figura2-letra ‘e’ ampliada 40x, 3-letra ‘e’ ampliada 100x, 4--letra
‘e’ ampliada 400x e 5 -letra ‘e’ observada à lupa.
Importante: Todas as imagens devem estar correctamente identificadas, com legenda e ampliação microscópica em
que foram observadas. A ficha deve ser entregue no final desta aula de laboratório.

Em grupos, elaborem um relatório da aula prática, segundo as recomendações dadas nas aulas
anteriores, sobre como elaborar um relatório de aula prática. No capítulo dos resultados devem
responder às perguntas dos questionários 1, 2 e 3.
O mesmo deve ser entregue no início da próxima aula (próxima semana).

O grupo de disciplina

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Figura 1: Figura 2:

Figura 3: Figura 4:

Figura 5

Apelido__________________Nomes:_______________________________Curso_________

5
UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
FACULDADE DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Biologia Celular e Histologia

Aula Laboratorial No 4

Tema: Observação das Células do Bolbo da Cebola e da Polpa da Banana

1. Introdução
A células constituem a unidade básica da vida e apresentam uma grande diversidade morfológica
e funcional. Tanto as células eucarióticas animais como vegetais, possuem um núcleo delimitado
por uma membrana porosa, um citoplasma que tem aspecto de uma massa onde se encontram
os diversos organelos e ainda uma membrana plasmática que mantêm a integridade da célula.
As células vegetais distinguem-se das células animais por possuirem organelos únicos como a
parede celular, vacúolos inferiores aos das células animais mas de maiores dimensões, cloroplastos
e plasmodesmos.
O bolbo da cebola, é um caule subterrâneo que apresenta túnicas carnudas e sobrepostas. Cada
túnica é uma folha modificada em forma de escama que acumula substâncias de reserva. Na sua
superfície côncava existe uma epiderme, ou seja, uma película fina, facilmente destacável e
constituída por uma só camada de células, o que facilita sua observação.
A banana, é um fruto carnudo e sua polpa será o objecto de observação microscópica através de
uma preparação temporária, para a visualização dos amiloplastos, organelos celulares que
acumulam o amido.
As preparações temporárias são aquelas cuja duração é curta e que permitem observar as células
no seu meio natural de vida (ex: água salgada, água doce, soro fisiológico ou plasma sanguíneo). A
sua curta duração, deve-se à possibilidade de ocorrência de evaporação do meio aquoso,
acompanhada de um processo de degradação da célula e autólise (autodestruição).
Neste tipo de preparações, pouco se distingue a estrutura interna das células e para superar este
problema, os citologistas desenvolveram técnicas de coloração que consistem em mergulhar a
célula numa substância denominada corante, capaz de tingir uma ou mais partes celulares.
Nesta aula, usar-se-á como corantes: o Lugol para evidenciar os amiloplastos a solução de Azul
de Metileno que evidenciará o núcleo.

2. Objectivos
Esta actividade experimental tem como objectivo principal a observação de células eucarióticas
vegetais (célula da epiderme do bolbo da cebola e células da polpa da banana) através do

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microscópio óptico. Usando diferentes corantes, será também possível observar o modo como
estes actuam sobre as estruturas celulares.

3. Material

 Microscópio Óptico;  Solução de Azul de Metileno


 Lâminas  Papel de filtro.
 Lamelas;  Conta-gotas
 Pinça;  2 Agulhas de dissecação
 Bisturi;  Vidros de relógio
 Esguicho com água destilada  1 Cebola branca
 Solução de Lugol;  Banana madura;

4. Procedimentos

ACTIVIDADE I: Preparação do epitélio da Cebola


1. A partir de um quarto do bolbo da cebola, retirar com o auxílio da pinça, uma porção da película
da epiderme interna (ver Fig.1);

A B

Figura. 1 – Corte e remoção da película da epiderme da cebola.

2. De seguida, deite um pouco de água destilada no vidro relógio e coloque rapidamente as


películas obtidas em 1 de forma a evitar o seu enrolamento;
3. Com o auxílio de uma pinça, coloque a película de cebola numa lâmina adicionando uma gota
de água, sendo este o meio de montagem. Cobrir cuidadosamente com a lamela;

Figura. 2 – Colocação da película de cebola sobre uma lâmina.

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5. Observe a preparação ao microscópio utilizando a objectiva de menor ampliação (4x),
seguida das restantes objectivas (10x e 40x).
6. Na prepação anterior, coloque, ao longo do bordo da lamela, duas gotas de soluto de Lugol;

Figura. 3 – A – frasco de Lugol e pipeta.

7. Do lado oposto à colocação do corante, absorva com um papel de filtro o excesso de


soluto de Lugol para que o soluto atravesse toda a preparação (método de irrigação ou
capilaridade);

Figura. 4 – Absorção do excesso de soluto de Lugol da lâmina.

6. Proceda à observação da preparação no M.O.C., utilizando a objectiva de menor ampliação, e


posteriormente as restantes objectivas.
7. Efectue os registos necessários. Faça o esquema da observação e identifique as estruturas aí
presentes.
8. Repita os passos 1 e 3 utilizando algumas gotas de solução de Azul Metileno.

9.Proceda como em 6 e 7.

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ACTIVIDADE II: Preparação da Polpa da banana

1. Com o bisturi, raspe uma pequena porção da polpa de banana e faça uma preparação
microscópica com o material obtido. Usa como meio de montagem uma gota de água.
2. Espalha o material biológico na preparação através da técnica do esmagamento (a
camada deve ser fina quase transparente para que se deixe atravessar pela luz).
3. Observa a preparação ao microscópio nas várias ampliações (40X, 100X, 400X).
4. Repete os passos 1, 2 e 3 usando como meio de montagem a solução de Lugol e depois o
Azul de Metileno.

Faça um esquema devidamente legendado na ficha em anexo


Para cada material (cebola/banana) faça o esquema das seguintes preparações microscópicas (o
desenho deve ser da ampliação que fornece melhor detalhe das estruturas celulares) (Total: 6
esquemas).
1. Célula vegetal sem Corante;
2. Célula vegetal corada com soluto de Lugol;
3. Célula vegetal corada com Azul de Metileno.

Em grupos elaborem um relatório da aula prática.


A discussão deve incluir as respostas às seguintes perguntas:
 Que estruturas celulares são possíveis de identificar sem corante? Porquê?
 Que estruturas celulares são possíveis de identificar com uso do soluto de Lugol?
Justifique, explicando a acção do Lugol na célula vegetal.
 Que estruturas celulares são possíveis de identificar com uso do corante Azul de
Metileno? Justifique, explicando a acção do corante Azul de Metileno na célula vegetal.
Retire as conclusões relativamente às observações efectuadas com os meios de montagem.
Explique o que a experiência permitiu verificar.

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Legenda

Figura-1

Legenda

Figura-2

Legenda

Figura-3

Apelido____________________Nomes________________________________Curso___

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Legenda

Figura-4

Legenda

Figura-5

Legenda

Figura-6

Apelido______________________Nomes_________________________________Curso___
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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Biologia Celular e Histologia

Aula Laboratorial No 5
Tema: Observação das Células do Tomate e do Epitélio Bucal

Objectivos:
 Observar células vegetais (da polpa e da epiderme do tomate) e animais (da mucosa bucal)
ao MOC;
 Identificar as estruturas celulares das células vegetais e animais;
 Comparar a estrutura e constituição dos dois tipos de células;
 Verificar como os diferentes corantes actuam sobre as estruturas celulares.

MATERIAIS
 Microscópio (MOC)  Palitos de Mesa
 Lâminas  Tomate Roma maduro
 Lamelas  Solução de Azul de Metileno
 Bisturi  Solução de Vermelho Neutro
 Pinça  Água destilada
 Papel de filtro  Marcador
 Conta-gotas

PROCEDIMENTOS

A. Células da Epiderme do Tomate


1. Com o bisturi e pinça, retire um fragmento de epiderme do tomate e raspe bem, para obter
uma película quase transparente
2. Prepare três fragmentos da epiderme e coloque-os sobre três lâminas identificadas (1, 2 e
3)
3. Adicione uma gota de água destilada, uma gota de Azul de Metileno e uma gota da solução
de Vermelho Neutro à cada uma lâminas respectivamente;
4. Cubra as três preparações com as lamelas e observe-as ao microscópio;
Para cada preparação, seleccione a objectiva que fornece melhor visualização, desenhe o que foi
observado e faça a legenda.
(Durante as suas observações caracterize as células quanto à sua organização, forma e
tamanho-anotando no seu bloco de registos)

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B. Células da Polpa do Tomate
1. Com o bisturi, retire uma pequena porção da polpa carnuda do tomate;
2. Faça uma preparação microscópica com o material obtido, tal como fez para a epiderme
do tomate (usando os mesmos corantes);
3. Pressione cuidadosamente a lamela, de modo a espalhar o material biológico na preparação
(técnica de esmagamento);
4. Observe a preparação ao microscópio nas várias ampliações e faça os desenhos (para cada
preparação, seleccione a objectiva que fornece melhor visualização) e faça a legenda.
(Caracterize as células quanto à organização, forma e tamanho- tire notas e procure comparar estes aspectos
com os das células da epiderme)

C. Células do Epitélio Bucal


1. Com um palito, raspe levemente a superfície da mucosa bucal;
2. Coloque o produto obtido sobre uma lâmina e espalhe o material com a ajuda da lamela
de modo a obter uma camada fina (técnica do esfregaço);
3. Coloque a lamela;
4. Entre a lâmina e a lamela coloque uma gota de Azul de Metileno;
5. Retire o excesso colando um pouco de papel de filtro junto ao bordo da lamela;
6. Observe a preparação ao microscópio e faça o desenho e a legenda.

Resultados aula
Individualmente, preencha a ficha abaixo, desenhando o que observou e no fim da aula o grupo
de estudantes deverá elaborar o relatório.

Lembrar, que deverão apresentar e discutir as diferenças entre as células da epiderme e da polpa
do tomate (organização, forma e tamanho), bem como as estruturas que os diversos corantes
permitiram evidenciar em todas as preparações. Referenciar a função dos corantes utilizados na
aula.
Que diferenças puderam constatar entre as células animais e vegetais observadas?

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Legenda:

Figura 1.
Legenda

Figura-2

Legenda

Figura 3-

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Legenda:

Figura-4

Figura-5

Apelido____________________Nomes:__________________________________________
___________Curso_______________

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Biologia Celular e Histologia

Aula Laboratorial No 6

TEMA: OSMOSE EM CÉLULAS DA BATATA

Introdução
Todas as células estão rodeadas por uma membrana plasmática que permite o intercâmbio de
substâncias com o meio ambiente.
Quando uma célula é colocada numa solução salina mais concentrada que o seu interior observa-
se um movimeto da água. Isto acontece porque o sal ocupa espaço e consequentemente, há maior
número de moléculas de água por unidade de área fora da célula do que dentro.
Nesta situação, a água tem tendência de deslocar-se para fora da célula , fenómeno que se chama
Osmose.
Os processos de difusão (transporte de um soluto) e de osmose (transporte do solvente) são
fenômenos físicos devidos ao movimento espontâneo das moléculas do soluto ou do solvente
através de uma membrana semipermeável. Ambos os processos tendem a igualar a concentração
de uma substância dentro e fora da célula.

Esta prática tem como objectivo avaliar o comportamento das células da batata (permeabilidade
da membrana) submetidas a diversos tratamentos e/ou quando colocadas em meios com
diferentes concentrações de sacarose.

Material
 6 pedaços de batata
 1 lâmina microscópica
 6 tubos de ensaio
 suporte para os tubos de ensaio
 Régua
 Pinça
 Água destilada
 Papel de filtro
 Papel milimétrico
 Marcadores
 Balões volumétricos com solucões de sacarose a 1/2, ¼, 1/16, 1/32, 1/64 mol/l.

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PARTE I : OSMOSE EM BATATAS ESCAVADAS (DEMONSTRAÇÃO)

PROCEDIMENTOS
1. Foram descascadas 4 batatas e duas delas cozidas durante alguns minutos.
2. As quatro batatas foram escavadas e colocadas numa tina com água.
3. Encheu-se a cavidade da primeira batata cozida (Batata A) até metade com cristais de
sacarose.
4. Deixou-se vazia a cavidade da segunda batata cozida (Batata B).
5. Encheu-se a cavidade da primeira batata não cozida (Batata C) até metade com cristais de
sacarose.
6. Deixou-se vazia a cavidade da segunda batata não cozida (Batata D).
7. Deixaram-se ficar as batatas durantes 24h na tigela com água destilada.

Observa os resultados e Responde:


1. Em que batatas se realizou a osmose? Justifique a sua resposta
2. Qual batata serviu de experiência controle? Justifique a sua resposta.
3. Compare o nível da água das cavidades das batatas cozidas, com o nível de água da tina?
Qual é a sua conclusão?
4. Comente a seguinte afirmação: ‘A osmose é um processo que se realiza apenas em células
vivas”.
5. Explique as razões das diferenças dos resultados obtidos nas diferentes batatas.

PARTE II. DETERMINAÇÃO DO VALOR OSMÓTICO

1. Recorte 6 barras de batata com as seguintes medidas: 5 cm de comprimento, largura e espessura


de 4mm.
2. Marque 6 tubos de ensaio, cada um com as concentrações a utilizar: ½; ¼; 1/16; 1/32 ; 1/64
mol/l.
3. Meça exactamente o comprimento (mm) de cada barra de batata (marque o lado medido) e
anote na tabela1. Coloque as barras nas respectivas soluções e deixe-as ficar durante 1hora.
4. Passado 1hora e 30 minutos retire as barras de batata das soluções e meça de novo o
comprimento (do lado marcado em 3) e registe na tabela1.

Tabela 1. Variação do comprimento (%) das barras de batata nas diferentes concentrações de sacarose
Concentração de sacarose Comprimento antes da Comprimento depois da Variação do
(mol/l) experiência (mm) experiência (mm) comprimento (%)
0
1/64
1/32
1/16
¼
½

5. Cada grupo deve preencher os resultados da variação do comprimento em %, na tabela 2 e


calcular a média da turma.

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Tabela 2: Resultados dos grupos sobre a variação do comprimento em % das barras de batata
nas diferentes concentrações de sacarose
Grupo Variação do comprimento em % das barras de batata nas diferentes concentrações
de sacarose
0 mol/l 1/64 mol/l 1/32 mol/l 1/16 mol/l 1/4 mol/l 1/2 mol/l
1
2
3
4
5
7
8
9
Média

6. No papel milimétrico (use apenas papel milímétrico), faça um gráfico (utilize a cor azul) com
base nos resultados da Tabela 1.
Marque no eixo horizontal (eixo x) a concentração da solução e no eixo vertical (eixo Y) a
variação do comprimento em %.

7. No mesmo sistema de eixos faça de novo um gráfico (utilize a cor vermelha), com base na
média dos resultados da turma que apresentaram na tabela 2.

a) Indique neste gráfico (vermelho), o intervalo ou ponto onde a concentração é


hipertónica, isotónica e hipotónica respectivamente, em relação ao citoplasma das
células da batata.
b) Qual é a solução isotónica e hipotónica respectivamente, em relação ao citoplasma das
células da batata?

8. Se houver diferenças entre os resultados do grupo e os dos seus colegas explique as causas
possíveis.

Resultados aula
Em grupos, elaborarem o relatório da aula.

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Biologia Celular e Histologia

Aula Laboratorial No 7

TEMA: INVESTIGAÇÃO DA ACÇÃO DE UMA ENZIMA DO FÍGADO


Introdução
O Peróxido de Hidrogénio, comumente conhecido como Água Oxigenada, é uma substância que
se forma nas células como subproduto das reacções celulares catabólicas. É uma substância tóxica,
que deve ser eliminada ou transformada, caso contrário sua acumulação pode causar a morte
celular.

No fígado, existe uma enzima, a catalase que decompõe o peróxido de hidrogénio segundo a
equação: 2H2O2 ------- 2H2O + O2.

Neste trabalho, vai se investigar a decomposição da água oxigenada, acelerada pela catalase e por
um catalizador inorgânico- o Dióxido de Manganês, sob diferentes condições.

Objectivos
 Demonstrar a acção da Catalase sobre o Peróxido de Hidrogénio
 Comparar a acção da Catalase em relação a um catalisador inorgânico (MnO2)

Materiais
 Dióxido de Manganês em pó  Almofariz
 Peróxido de Hidrogénio  Conta-gotas
 Fígado crú fresco  Suporte para tubos de ensaio
 6 Tubos de ensaio  Marcador
 Funil  Proveta graduada
 Espátula  Areia lavada
 Papel de filtro

Procedimentos
1. Esmague no almofariz, um pedaço de fígado com 20ml de água e areia.
2. Filtre a mistura (use o funil com papel de filtro) e divide-a por dois tubos de ensaio A e B
previamente marcados.
O filtrado contém uma variedade de substâncias dissolvidas no citoplasma das células do
fígado, incluindo muitas enzimas.

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3. Enumere 4 tubos de ensaio e deite em cada um, 2ml de Peróxido de hidrogénio.

4. Adicione algumas gotas do filtrado do tubo A ao tudo de ensaio 1.


Observe a reacção, tire notas e explique o que ocorre.

5. Aqueça o conteúdo do tubo B até a fervura durante 30 segundos.


Adicione algumas gotas do filtrado fervido, no tubo 2 que contém 2ml de Peróxido de
Hidrogénio.
Observe a reacção, tire notas e explique o que ocorre.

6. Deite com a ponta da espátula um pouco de Dióxido de manganês (IV), num tubo de
ensaio C com cerca de 3ml de água e agite.
Adicione algumas gotas desta solução, no tubo de ensaio 3, que contém Peróxido de
hidrogénio.
Observe a reacção, tire notas e explique o que ocorre.

7. Aqueça a solução de Dióxido de Manganês até a fervura durante 30 segundos. Aguarde o


arrefecimento e deite algumas gotas dessa solução no tubo de ensaio 4.
Observe a reacção, tire notas e explique o que ocorre.

8. Apresente os resultados sumarizados de acordo com a tabela abaixo.

Conteúdo Reacção
Tubo 1
Tubo 2
Tubo 3
Tubo 4

Questionário

1. De que estruturas celulares provém a Catalase contida na suspensão? Em que organelo é


produzida esta enzima?
2. Das substâncias dissolvidas na suspensão das células do fígado, porquê só a catalase actua
sobre o Peróxido de hidrogénio?
3. Que fenómeno evidenciou a ocorrência da reacção de decomposição do Peróxido de
hidrogénio nos tubos?
4. Compare a decomposição do Peróxido de hidrogénio nos diferentes tubos.

Em grupos elaborem o relatório da aula.


Discuta os resultados desta experiência e tire conclusões, relacionando a influência da
temperatura na actividade enzimática

Bom trabalho.

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