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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO


PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

Título: O Holodomor: A História da grande fome contada pelo Jornal Prácia de


Prudentópolis

Autor Verônica Tebinka

Disciplina/Área (ingresso no História


PDE)

Escola de Implementação do Colégio Estadual Alberto de Carvalho


Projeto e sua localização

Município da escola Prudentópolis-Pr

Núcleo Regional de Educação Irati-PR

Professor Orientador Profª. Dra Carmem Lúcia Gomes De Salis

Instituição de Ensino Superior UNICENTRO

Relação Interdisciplinar Ensino de História

Resumo O presente material didático consiste na análise a cerca


do problema da grande fome ocorrida na Ucrânia de
1932/1933 e suas consequências para os ucranianos.
Como objetivos deste trabalho encontram-se a reflexão
da prática pedagógica e do trabalho do professor na sala
de aula com a variedade de fontes disponíveis sobre a
história. A análise do tema relacionado a grande fome,
suas consequências para o povo ucraniano e os reflexos
em Prudentópolis, onde a maior colônia de imigrantes se
instalou após a abolição da escravatura no Brasil. Como
objetivos se pretende também apreender a maneira como
era contada a grande fome conhecida por Holodomor, e
as implicações na história. A organização deste trabalho
está alicerçada nas leituras e trabalho sobre imigração,
diversidade de fontes para uso na história e
principalmente com base na forma como notícias sobre a
fome eram repassadas pelo jornal Prácia para o povo
aqui instalado.

Palavras-chave Holodomor. Ucranianos. Jornal Prácia

Formato do Material Didático PDF

Público Alvo Alunos do 9º ano do Ensino Fundamental.


SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE

VERÔNICA TEBINKA

UNIDADE TEMATICA

IRATI

2012
VERÔNICA TEBINKA

O HOLODOMOR: A HISTÓRIA DA GRANDE FOME CONTADA PELO JORNAL


PRÁCIA DE PRUDENTÓPOLIS

Produção Didático-pedagógica apresentada para o


Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE,
Universidade Estadual do Centro - Oeste –
UNICENTRO.

Orientadora: Profª. Dra Carmem Lúcia Gomes De


Salis

IRATI

2012
“A fome de 1932-1933 na Ucrânia foi um
acto de genocídio dirigido contra o povo
ucraniano. Foi um dos crimes mais graves
cometidos contra ele, durante a época do
totalitarismo.”
Armand De Decker
SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO...........................................................................................07
2. ATIVIDADES ..................................................................................................09
2.1. A HISTÓRIA DA UCRÂNIA E SUA RELAÇÃO COM A IMIGRAÇÃO
PARA O BRASIL E PRUDENTÓPOLIS.....................................................09
2.2. INVESTIGANDO AS IDEIAS PRÉVIAS DOS ALUNOS.......................11
2.3. 1º TEXTO: HISTÓRIA DA IMIGRAÇÃO UCRANIANA.........................11
2.4. 2º TEXTO: UCRANIANOS NO BRASIL...............................................12
2.5. 3º TEXTO: A CHEGADA.......................................................................12
2.6. 4º TEXTO: REGISTRO DE IMIGRANTES............................................12
3. IMIGRAÇÃO UCRANIANA E MUSEU..................................................................13
3.1. ATIVIDADE...............................................................................................14
4. REVOLUÇÃO RUSSA X IMIGRAÇAO UCRANIANA...........................................14
4.1. ATIVIDADE...............................................................................................15
5. HOLODOMOR EM DEPOIMENTO........................................................................15
5.1. HOLODOMOR: O GENOCÍDIO UCRANIANO.........................................15
5.2. HOLODOMOR O HOLOCAUSTO UCRANIANO.....................................16
5.3. ATIVIDADES (EM GRUPO)......................................................................16
6. TRABALHO COM JORNAIS – CONTEXTUALIZAÇÃO.......................................16
6.1. ATIVIDADE PRÉVIA................................................................................19
6.2. ATIVIDADE COM JORNAIS – PRÁCIA...................................................19
7. LEITURA E ANÁLISE DE REPORTAGENS DO JORNAL PRÁCIA................... 20
7.1. REPORTAGEM 1....................................................................................20
7.2. REPORTAGEM 2 ...................................................................................21
7.3. REPORTAGEM 3 ...................................................................................21
7.4. REPORTAGEM 4 ...................................................................................22
7.5. REPORTAGEM 5 ...................................................................................22
7.6. REPORTAGEM 6....................................................................................23
7.7. REPORTAGEM 7....................................................................................24
7.8. REPORTAGEM 8....................................................................................24
8. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO..............................................................26
9. REFERÊNCIAS......................................................................................................28
7

1. APRESENTAÇÃO

Esta Unidade Temática constitui uma produção didático-pedagógica resultante da


participação no PDE - Programa de Desenvolvimento Educacional, para a Formação
Continuada de Professores em rede da SEED – Secretaria de Estado da Educação do
Paraná.
O trabalho de implementação será realizado no Colégio Estadual Alberto de
Carvalho – Ensino Fundamental e Médio da cidade de Prudentópolis. As estratégias de
ação serão desenvolvidas no 9o ano do Ensino Fundamental.
Objetivamos com as estratégias de ação produzir conhecimento histórico com os
alunos acerca do Holodomor a partir das reportagens do Jornal Prácia e demais questões
que envolvem a temática, tais como Revolução Russa e expansão do domínio soviético
para outras regiões como, por exemplo, a Ucrânia. Também buscaremos entender a
preservação da cultura e identidade ucraniana de Prudentópolis como parte do processo
de resistência.
Atualmente sentimos grande desafio na transmissão dos conhecimentos históricos.
Nas últimas décadas a Disciplina tem sido repensada pelos especialistas da área,
buscando novos caminhos na construção do conhecimento. Sabemos que durante muito
tempo a História era vista apenas por grandes personalidades e fatos, estabelecendo
relações com o passado e presente, mas deixou de lado o processo histórico que se
construiu durante o período.
É necessário repensar a História, como produção de conhecimentos, não apenas
em memorizar os acontecimentos de seu tempo, mas refletir a partir dos mesmos,
saberes e construir a cada dia novos argumentos para inserir o educando no contexto que
ele seja capaz de debater, refletir e solucionar problemas enfrentados no seu cotidiano.

A História tem como o objeto de estudo os processos históricos relativos as ações


humanas praticadas no tempo,bem como a respectiva significação atribuída pelos
sujeitos,tendo ou não consciência dessas ações.As relações humanas produzidas
por essas ações podem ser definidas como estruturas sócio-históricas, ou seja,são
formas de agir,pensar,sentir,representar,imaginar,instituir e de relacionar social,
cultural e politicamente.(DCEs, 2008 p. 46)
8

Nesta perspectiva vem à proposta de ação - didática, com um material de apoio, a


ser desenvolvido para o programa de desenvolvimento Educacional (PDE), no qual por
meio de leituras, reflexões e produções do professor e aluno proporcionará a
compreensão das transformações e mudanças que ocorreram no tempo histórico, sendo
esse marcado com fatos que fazem parte da cultura até então pouco explorada.
Nesse contexto terá como pesquisa o Holodomor: A História da grande fome
contada pelo Jornal Prácia de Prudentópolis, se faz pertinente ressaltar o processo
Imigratório que veio somar força, coragem e trabalho na América que tanto sonharam.
A visibilidade da cultura encontra-se presente nos dias atuais, pelas
representações culturais da cultura como: culinária, artesanato, festividades religiosas e
principalmente a língua falada e escrita que ainda permanece no cotidiano dos
prudentopolitanos.
O Jornal Prácia, será a fonte de pesquisa, pois, desde 1911 foi o principal meio de
comunicação da época o qual trazia informações sobre os mais diversos acontecimentos
mundiais para manter a comunidade ucraniana de Prudentópolis informada sobre os
acontecimentos, sobretudo de sua pátria.
Como objetivos deste trabalho encontra-se a reflexão da prática pedagógica do
professor na sala de aula com uma variedade de fontes disponíveis sobre a história e a
análise do tema holodomor, suas consequências para o povo ucraniano e os reflexos para
Prudentópolis, onde o maior número de imigrantes ucranianos se instalou passados 80
anos o fato permanece na memória do povo ucraniano.
Como objetivos se pretende apreender a maneira como era contada a grande fome
– holodomor, e as implicações na história deste povo. A organização deste trabalho
relaciona-se a temática do holodomor e a forma como essas notícias eram repassadas
pelo jornal Prácia para o povo aqui instalado.
Na primeira unidade discorrer-se-á sobre a imigração para o Brasil Paraná e
Prudentópolis, com o intuito de situar o aluno na história da imigração e suas implicações
tanto na Europa, quanto no Brasil.
A segunda unidade do capítulo compreenderá a análise da variedade de fontes que
podem ser utilizadas pelo historiador na escrita da história.
A terceira e última unidade realizará uma análise mais aprofundada sobre o
Holodomor, o que antecede a grande fome e o pós - holodomor para melhor compreender
as características, consequências e causas da grande fome vivida pelos ucranianos de
9

1932/1933 na Ucrânia dizimando milhões de ucranianos em nome de uma política


stalinista que propunha nacionalizar a produção a qualquer custo.
Nesse sentido este trabalho pode dar visibilidade a temática ainda pouco explorada
e evidenciada para ser conhecida e talvez inserida no currículo escolar para que se
evidencie que este povo pode ter tido sua identidade moldada pelo medo, receio e pouca
iniciativa nestas terras que se instalou, e que, por isso talvez ainda seja pouco
compreendida sua “aversão ao outro”, que pode ser explicada pelo que seus
antepassados vivenciaram no século passado, o que pode ter limitado suas ações e ter
sobrevivido com lembranças fortes repassadas. Talvez essa seja uma das possíveis
respostas para a história do povo que aqui se instalou. Um povo influenciado pela igreja e
que ainda mantém na língua e religiosidade a sua unidade.
A intervenção pedagógica, será desenvolvida, numa turma do 9 º ano do Colégio
Estadual Alberto de Carvalho – Ensino Fundamental, Médio e Técnico do município de
Prudentópolis/Pr. A referida turma na sua maioria os alunos são de origem ucraniana,que
preserva sua identidade cultural.

2. ATIVIDADES

Como primeira atividade apresentar-se-á à comunidade escolar a proposta do projeto,


bem como, a maneira como se realizará o trabalho. Esta apresentação será por meio da
colocação oral e slides sobre a temática.

2.1 A HISTÓRIA DA UCRÂNIA E SUA RELAÇÃO COM A IMIGRAÇÃO PARA O


BRASIL E PRUDENTÓPOLIS

A Ucrânia é um país livre há 21 anos, uma vez que conquistou a sua independência
em relação à Rússia, portanto constitui uma jovem nação que está em processo de
fortalecimento. Uma região com histórico de dominação de tártaro-mongóis e também de
poloneses que escravizavam os ucranianos, levantou-se para a luta quando no século
XVI:

[...] os senhores feudais poloneses haviam introduzido entre os camponeses da


Ucrânia uma escravidão até então desconhecida. Foi nesta fase que os olhos
confiantes do povo ucraniano ergueram-se para a organização de camponeses,
pescadores e caçadores armados, chamados “Kosaky” (cossacos), isto é “livres
guerreiros”. .(Burko, V.1963).
10

“Burko, salienta que os cossacos ergueram uma organização chamada de


‘Zaporoz’ka Sitch”, uma espécie de fortaleza fundada em 1552 detrás das Cataratas do
Baixo Dnipró, passando a enfrentar qualquer inimigo. Essa organização contava com uma
assembleia geral dos guerreiros que mesmo tendo grande liberdade individual sujeitavam-
se a deliberação da comunidade.
Foi nessa época que a Ucrânia ficou conhecida na Europa Ocidental, pela ação dos
cossacos que a bordo de famosa canoas (thaiky), chegavam pelo Mar Negro, até os
portos turcos de Constantinopla, Sinope, dentre outros. No entanto mesmo tendo tido
grande visibilidade, foram massacrados pelas forças superiores no século XVIII, e
segundo Haneiko, V. (1985, p. 31), a Ucrânia Oriental foi incorporada a Rússia e a
Ocidental ao território Austríaco. [...] Mais uma vez o poderio russo afogou em sangue a
liberdade do fogo ucraíno em 1923, quando a transformou a Ucrânia em República
Socialista Soviética.
Foi no regime Russo que ocorreu a grande fome dos ucranianos na década de 1930
sob o governo de Stálin. Esse foi um dos fatores influenciadores da imigração. No
entanto, antes disso, ainda no final do século XIX, a Ucrânia passava por um período de
crise agrícola, onde métodos de arrendamento e produção passaram a ser substituídos,
dessa forma muitos camponeses perderam o acesso ao cultivo da terra. Esses fatores
associados à propaganda do governo brasileiro de fomentar a imigração ao Brasil em
substituição à escravidão que havia sido abolida favoreceu a vinda dos ucranianos para
cá.
Nas três primeiras atividades do projeto iremos refletir sobre a questão da imigração
ucraniana para o Brasil, especificamente para Prudentópolis. Isso porque, a escola onde
as atividades serão desenvolvidas localiza-se no município de Prudentópolis, cuja
população majoritariamente descende de imigrantes ucranianos.
Assim, torna-se importante, instigar os alunos a refletirem sobre a formação de sua
comunidade e da relação desta com esse país tão distante geograficamente. Além disso,
objetiva-se que os alunos compreendam que embora o Holodomor tenha ocorrido na
Ucrânia, este se refletiu no dia a dia de sua comunidade e até os dias atuais povoam o
imaginário dos habitantes de Prudentópolis, haja vista, que muitos habitantes da cidade
tinham parentes naquele país. Tais informações sobre o Holodomor foram divulgadas
pelo Jornal Prácia. Destarte, a grande fome (Holodomor) constituiu-se em um dos fatores
11

que motivaram a imigração de ucranianos para o Brasil, destinando-os para a cidade


chamada Vila de São João, mais tarde denominada de Prudentópolis.
Segundo DCEs, os conteúdos temáticos devem priorizar as histórias locais e do
Brasil, estabelecendo-se relações e comparações com a História Mundial. (DCEs, 2008,
p.68)
Portanto, trabalhar a imigração ucraniana de Prudentópolis, é levar os alunos a
perceberem de como se constituiu esse processo imigratório na época em que o Brasil,
passava por um momento transitório de política imigratória de ocupação, bem como
auxiliará no entendimento de que a história local relaciona-se com eventos históricos que
extrapolam seus limites.

2.2. INVESTIGANDO AS IDEIAS PRÉVIAS DOS ALUNOS

As questões abaixo arroladas deverão ser respondidas individualmente para que


possamos ter um quadro do entendimento dos alunos acerca do processo imigratório e da
formação de sua comunidade.

1) Sabe onde fica a Ucrânia? Descreva o que sabe sobre a história ucraniana.
2) O que você entende por imigração?
3) Vocês conhecem a história da fundação de Prudentópolis? O que você conhece
sobre a imigração ucraniana em Prudentópolis?
4) Já ouviu falar do tema Holodomor? Se sim descreva como este fenômeno faz parte
de sua vivencia/experiência?
Após as questões trabalhar-se-á com três textos que retratam o processo imigratório
para o Brasil e especialmente para Prudentópolis. O objetivo é fazer com que o aluno
perceba que a imigração para o Brasil ocorreu em diferentes momentos, sendo que o
período do Holodomor constituiu-se em uma das últimas ondas imigratórias de ucranianos
para o Brasil.
Segue abaixo a referencia dos textos e um pequeno resumo do que estes retratam:

2.3. 1º TEXTO: HISTÓRIA DA IMIGRAÇÃO UCRANIANA

Disponível no endereço http://viagem120anosdnipro.blogspot.com.br/2011/07/histo-


riadaimigracao.html,
12

Este texto diz respeito à chegada dos imigrantes ao Brasil e da saída da Europa,
como consta no próprio endereço que será utilizado.

2.4. 2º TEXTO: UCRANIANOS NO BRASIL,

Extraído do endereço WWW.rcub.com.br/rcub/quem-somos/imigracao-ucraniana/


Através deste texto será possível averiguar parte da história dos ucranianos que
chegam ao Brasil, no período das grandes imigrações europeias no final do século XIX,
logo após a abolição da escravatura.

2.5. 3o TEXTO: A CHEGADA

Disponível em http://tvcultura.cmais.com.br/aloescola/estudosbrasileiros/ent-
redoismundos/entredoismundos-2.htm.
Este texto será utilizado no trabalho para compreender o processo pelo qual
passavam os ucranianos na Europa e o contexto no qual seriam inseridos quando
chegassem ao Brasil, haja vista, que no “novo mundo” teriam que enfrentar diversos
desafios para se adaptarem.

2.6 4o TEXTO: REGISTRO DE IMIGRANTES

Disponível no endereço
http://www.arquivopublico.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?
conteudo=78
Neste texto encontra-se quase 100 mil registros de imigrantes que entraram pelo
Porto de Paranaguá no Paraná entre os anos de 1976/1986. O que pode facilitar a busca
da origem do sobrenome de várias pessoas, através da atividade proposta no laboratório.
Os alunos poderão pesquisar e buscar entender um pouco mais da imigração e a origem
de vários sobrenomes, de ucranianos, inclusive provavelmente dos próprios familiares.
A atividade será realizada em dupla sobre o histórico da imigração. Analisar para
onde se deslocaram, a partir da história da imigração ucraniana no Paraná segundo
Oksana Boruszenko (1969) e Valdomiro Burko (1963), bem como as ondas imigratórias.
13

Posteriormente construirão uma narrativa e serão recolhidas para tentar perceber se


houve produção do conhecimento histórico referente à temática.

3. IMIGRAÇÃO UCRANIANA E MUSEU

Antes de realizarmos a visita ao museu faremos algumas questões acerca do


entendimento dos alunos sobre o museu:
1) Você já visitou o museu da cidade?
2) Descreva a importância de se visitar o museu para o entendimento da questão da
imigração.
Visitar o museu de Prudentópolis será uma atividade de grande relevância, uma vez
que, nele encontram-se diversas fontes que estão diretamente relacionadas à
preservação da cultura ucraniana em Prudentópolis.
Dentro do museu é possível ver, tocar documentos referentes à imigração como as
fotos, passaportes, variados objetos trazidos na viagem, vestimentas, objetos religiosos
como os ícones e objetos de arte que contam parte da história da imigração, favorecendo
assim, uma maior compreensão a cerca da temática desenvolvida, além disso, pediremos
para que os alunos tentem perceber a relação dos objetos vistos com sua realidade, bem
como verificar se há coincidências dos nomes de famílias elencadas no museu com os
nomes pesquisados nos sites. Segundo (ABUD, 2010, p.126 ):

Para os estudantes, visitar um museu tem muitos significados. É uma


oportunidade de “sair da escola”, de deixar de lado os movimentos
repetitivos e previsíveis da sala de aula. É também momento de “adquirir
conhecimentos”, conhecer um espaço diferente, coisas “antigas”, um lugar
bonito, novas pessoas.

A visita ao museu será subsidiada pela teoria na sala de aula, e será utilizada para a
produção de conhecimento histórico, uma vez que o museu não se limita a guardar os
objetos, e, sim a evidenciar parte da história contida naquilo que expõe. Bittencourt (2009,
p.355), argumenta que:

Mesas, vasos de cerâmica, vidro ou metal, roupas, tapetes, cadeiras,


automóveis ou locomotivas, armas e moedas, podem ser transformados de
simples objetos da vida cotidiana, que apenas despertam interesse pelo
“viver de antigamente”, em documentos ou em material didático que servirão
como fonte de análise de interpretação e crítica por parte dos alunos.
14

Os textos debatidos em sala de aula também relacionar-se-ão com a visita ao


museu porque através deles, aspectos relevantes serão levantados sobre a imigração,
haja vista, que o texto é abstrato e a visita condicionará uma visão mais ampla, por estar
envolvendo objetos concretos que na prática serão conhecidos e considerados no
favorecimento da construção do conhecimento.
Segundo defende Ribeiro (2007, p. 187) “Ao visitar um museu histórico abre- se para
o aluno um campo de possibilidades sobre o sentido da história materializada nos objetos
desde seu nascimento, sua morte e transformação”.
O museu é um espaço onde se torna possível adentrar na história de um povo
levando em conta a sua arte, religião, economia, política, comércio, entre outros fatores,
visto que, a materialidade subsidia todo e qualquer entendimento, mesmo que parcial.

O museu é um espaço no qual convergem diferentes dimensões e


processos da produção do conhecimento: coleta, pesquisa, guarda
conservação e comunicação. (...) Como espaço de produção de
conhecimentos aberto ao público, (...) o papel social dos museus é definido,
na atualidade, por sua função educativa. (ABUD, 2010, p.127)

Reconhecer as representações acerca dos museus, da memória e história presente


neles, favorece a promoção da importância desse ambiente para questionar e reconstruir
significados e representações do senso comum. Esse seria um dos papéis do professor
para que haja valorização dos museus e da história de um povo. É nesse sentido que a
prática pedagógica deste trabalho está sendo subsidiada pela visita ao Museu do Milênio
e a Tipografia.
Neste contexto incluem-se outras fontes historiográficas para o ensino, com um
instrumento efetivo no processo de ensino aprendizagem, e não mais como um elemento
ilustrativo ou de comprovação dos conteúdos trabalhados pelo professor.

3.1 ATIVIDADE:

Após a visita ao museu será proposto que os alunos comentem suas impressões a
respeito do que verificaram no local e contextualizem as informações por escrito.
Realização de um debate a cerca das fontes ali encontradas e sua importância
histórica, com argumentação livre de um minuto para cada aluno, num total de duas
aulas, com a mediação da professora. Dessa maneira se poderá compreender e
relacionar o abstrato com o concreto.
15

4. REVOLUÇÃO RUSSA X IMIGRAÇAO UCRANIANA

A Revolução Russa precisa ser trabalhada com os alunos para se chegar até a
temática proposta, uma vez que, é dentro do regime instaurado que iniciaram as invasões
na Ucrânia, devido às políticas sociais implantadas pelo governo. Mas que concentrou
propriedades e condicionou a morte de milhões deles.
Partindo desse pressuposto o trabalho justifica-se porque ao analisar o material
didático disponível para os alunos, percebe-se que há uma lacuna com relação ao
processo de expansão territorial soviético pós-Revolução Russa que afetou diretamente
alguns países, como por exemplo, a Ucrânia. Além disso, o Holodomor não é citado nem
trabalhado pelos livros como uma consequência direta dessa política expansionista.
O trabalho será subsidiado por dois livros didáticos que abordam a Revolução
Russa, sendo eles: Schmidt, Mario Furley, Nova História Critica, e o outro de
Vicentino,Claudio. Projeto Radix.

4.1 ATIVIDADE
A turma será dividida em duas equipes, onde trabalharão os textos de dois autores
diferentes, fazendo a leitura sobre a Revolução Russa, logo após uma plenária para que
entendam as diferentes narrativas sobre a temática e também percebam como o tema do
Holodomor não aparece nos manuais didáticos .
Após o debate os alunos em duplas vão relatar por escrito às conclusões, as quais
serão recolhidas para análises da produção do conhecimento.
Para trabalhar de forma aprofundada, faz-se necessário considerar a fonte na qual o
tema é presente. É no jornal Prácia que se buscará a base da análise deste tema
subsidiado com a visita ao museu e Tipografia, bem como a construção do conhecimento
pelos próprios alunos através da aproximação de diversas fontes.

5. HOLODOMOR EM DEPOIMENTO

Nesta etapa será realizado o trabalho de contextualização do Holodomor, levando


em conta a relação com a Revolução Russa trabalhado na atividade anterior. O tema será
abordado por meio de depoimentos de pessoas que sobreviveram ao Holodomor e de
textos trazidos para a sala de aula, como os depoimentos sobre a grande fome.
16

5.1. Primeiro depoimento: “HOLODOMOR: O GENOCÍDIO UCRANIANO"


http://quartodarepublica.blogspot.com.br/2007/03/holodomor-o-genocdio-ucraniano.html
O texto seguinte é de autoria do Sr. Luís Ribeiro, historiador, que tem se dedicado a
temática em questão.

5.2. Segundo depoimento: HOLODOMOR O HOLOCAUSTO UCRANIANO

O blogueiro brasileiro Ulisses Iarochinski publicou o depoimento da ucraniana


Rosália Pavlychak de 87 anos, uma das sobreviventes do Holodomor no endereço que
segue abaixo: http://ucrania-mozambique.blogspot.com.br/2012/03/holodomor-o-holocausto-
ucraniano.html
Este texto apresenta a visão de uma sobrevivente da grande fome de 1932/1933 e
que pode servir de referência para melhor compreender o processo do Holodomor e as
famílias que vivenciaram este drama.
Estes dois textos serão trabalhados em grupos e cada grupo fará a leitura e análise
para posterior atividade.

5.3. ATIVIDADES (EM GRUPO)

1) Quando foram trazidos a tona os fatos referentes a grande fome na Ucrânia?


2) Em que ano a Ucrânia ficou independente?
3) Responder como a sobrevivente relatou a grande fome vivenciada na década de 1931
– 1933:
4) Qual era a justificativa dos soldados ao impedir as pessoas ao acesso dos alimentos?

6. TRABALHO COM JORNAIS – Contextualização

O jornal não constitui somente veículo de comunicação social, pois, é capaz de


formar opiniões, mostrar ideias, além das noticias que circulam com diferentes
interpretações de mundo. Considerar o jornal como espaço rico em possibilidades de
análise e importante elemento de construção de identidade e memória de uma etnia ou
sociedade, contribui no entendimento e assimilação de determinadas práticas sociais e
partilha de uma determinada cultura seja material ou imaterial.
17

“As possibilidades de utilizar os jornais como fontes históricas são múltiplas: a


análise dos conteúdos das notícias, [...], da forma pela qual são apresentadas, as
notícias, as propagandas, os anúncios, as fotografias, etc.” bem como, sua
distribuição no jornal. Bittencourt (2009, p.335)

Ler ou analisar um jornal é ver constituída opinião sobre diversos assuntos que ali
estão expostos. Esta fonte propicia para os estudantes, mais uma concepção entre várias
existentes sobre determinado fenômeno.
Levando em conta que os jovens e crianças podem estar aprendendo História, e
apresentando dificuldades, o professor precisa inserir o jornal como material didático para
favorecer a análise crítica, e, também deve atentar ao nível e escolarização dos alunos
para que o jornal seja mais um subsídio de fonte para se estudar História.
É preciso compreender que há vários registros do passado, e, essa variedade está
em inúmeras fontes que podem ser exploradas. Preparar o aluno para compreender a
variedade de fontes para se entender melhor a História constitui um desafio atualmente,
uma vez que, a maioria dos adolescentes e crianças priorizam o celular, a internet e
outros meios que fragmentam a compreensão. No entanto, ensinar o aluno a selecionar
em meio a tantas informações é difícil, mas, não impossível. Ensinar o aluno a pesquisar
selecionando na internet pode ser uma das saídas para não fragmentar e desenvolver o
hábito de ver além da informação. Como no Colégio no qual será realizado o trabalho, a
maior parte dos alunos descende dos ucranianos, ou se relaciona com, então o trabalho
de desconstrução do conceito Holodomor se faz pertinente.
Os grupos de ucranianos mantiveram-se unidos no novo mundo, muito em função
das notícias que vinham ao Brasil de seus antepassados, no entanto, não se esgota essa
possibilidade, mesmo porque tentavam sobreviver junto a seus pares partilhando da
mesma religião, linguagem e costumes trazidos da Europa e reconstruídos no meio no
qual se inseriu.

“O contato do imigrante com a nação receptora, o contraste cultural, social e


econômico aproximam-no, ainda mais do seu grupo de origem e dos valores
compartilhados entre eles.” Mesmo por que, o grupo sobrevive no “novo mundo”
partilhando valores culturais similares nos ritos, linguagem, costumes e religião,
entre outros. (De Salis,2001, p.106)

Essa sobrevivência de determinados valores o liga a sua terra natal, pelas


informações de seus parentes contadas pelo jornal Prácia, considerado exemplo de
informação válida para os ucranianos.
18

Se por um lado o número expressivo de famílias alocadas nesta localidade


representava um alento frente à distância da terra natal, por outro não minimizou as
grandes dificuldades enfrentadas pelos ucranianos. Já que havia inúmeros desafios a
serem vencidos. A começar pela dificuldade de comunicação, falta de recursos
financeiros para iniciar o processo de desbravamento dos territórios, construção de
moradias e para compra de instrumentos de trabalho, enfim faltavam recursos para
estabelecer uma infraestrutura mínima para a organização da comunidade. Apesar das
adversidades dos anos iniciais, os ucranianos organizaram-se em Prudentópolis,
buscando preservar sua identidade cultural e, sobretudo, o contato com a “mãe pátria”.
Neste contexto, surge em 1911 à ideia de organizar um jornal onde os imigrantes e
descendentes pudessem obter notícias da Pátria.
Obviamente que o jornal representava uma tentativa de preservar um sentimento
de pertencimento com relação à Ucrânia, uma forma de manter os laços identitários com
a mãe pátria. Assim, o jornal trazia notícias, aproximava famílias separadas pela distância
ao compartilhar com a comunidade de Prudentópolis as notícias sobre a Ucrânia, além é
claro da tentativa de preservação da língua, já que era publicado na língua materna e da
religião.
O Jornal Prácia, tinha características de cunho religioso, já que começou a ser
organizado pelos padres brasilianos em sua própria gráfica “Typographia”. Sendo este o
precursor do Jornal Prácia (trabalho) cuja primeira tiragem ocorreu em dezembro de 1912.

No ano de 1911 em dezembro em Prudentópolis os padres basílianos iniciaram a


imprimir o “MISSIONÁRIO BRASILEIRO”, sob o comando do Redator [ ] o Padre
Rafael Krynytchkyjosbm. Já o “Missionário” teve como meta escrever
exclusivamente somente temas religiosos [seguindo] modelo do “Missionário”, que
era editado, na Galícia em Govkva. E um ano depois, 1912 em novembro iniciam-
se a imprimir-se o jornal “PRACIA”, (o trabalho) sob a redação do recém-chegado
da Galícia um homem inteligente e bom cristão o Senhor Ocep Martenetz. Estes
dois periódicos iniciaram o seu trabalho sob o comando dos padres basilianos e
sempre tiveram como meta formar o caráter do povo ucraniano. (KALENDÁRIO,
Basilianos, 1999, p.118)

Neste contexto o Jornal Prácia, caracterizava-se como um meio de comunicação o


qual divulgava as informações, orientações, comunicados, e noticias procedentes de
diversos lugares da Ucrânia. No entanto, é preciso destacar que o Jornal também trazia
notícias sobre o Brasil, mas escrito em ucraniano.
Partindo do pressuposto que o ensino de história deve partir da ideia previa dos
alunos, para que a partir daí o professor, enquanto mediador, e utilizando-se de fontes
19

históricas possa incentivar a produção do conhecimento histórico, é que se percebeu o


quanto rico pode ser o trabalho com um jornal que faz parte do cotidiano dos habitantes
da cidade, portanto, dos alunos, não somente descendentes de ucranianos, haja vista que
ele tornou-se uma referência de informação tanto do Brasil quanto da Ucrânia, já que hoje
é bilíngue.
Dessa forma, acreditamos que partindo de temáticas que fazem parte das
referencias compartilhadas pela comunidade será possível construir conhecimento
histórico acerca de conteúdos que são pouco explorados nos manuais didáticos: tais
como a questão da imigração; o Holodomor; a Revolução Russa e a expansão soviética,
bem como a relação desses com a questão da preservação da cultura ucraniana em
Prudentópolis.
Para trabalhar com o jornal, os alunos responderão questões referentes ao tema.
Seguidamente o Jornal Prácia será apresentado para os alunos, e contada a história e o
motivo que foi necessário para a produção do mesmo.

6.1. ATIVIDADE PRÉVIA (individual)

1) Você conhece algum jornal editado em Prudentópolis ? Qual?


2) Sua família tem acesso algum tipo de jornal ?
3) Como a leitura do jornal pode contribuir para o aprendizado ?
4) Você gosta de ler jornais ? Descreva algum assunto que já leu no jornal:
5) Conhece o jornal Prácia da comunidade ucraniana de Prudentópolis?
6) Você tem ideia de como era editado o jornal no início do século o ano (1911)?

6.2. ATIVIDADE COM JORNAIS – PRÁCIA

A visita a Tipografia constitui considerável importância, haja vista, é o local de


produção do jornal que constitui fonte primeira de análise deste trabalho. Este local abriga
a edição desde 1911 e contém grande parte da história do povo ucraniano de
Prudentópolis. Analisar o jornal sob o olhar histórico pressupõe grande desafio, pois, nele
constam aspectos religiosos, econômicos, culturais, sociais e históricos. Cabe ao
professor apresentar aos alunos as possibilidades de análise desta fonte. Como subsídio
de compreensão da temática, as seguintes atividades serão realizadas:
20

1) Leitura, análise e exploração do jornal como fonte histórica;


2) Palestra proferida pelo redator do Jornal Prácia, hoje, na visita a Tipografia e as
considerações por escrito que forem feitas pelos alunos, bem como, o contato com
diversas outras fontes observadas no museu. Aspectos relevantes descritos numa
narrativa.
3) Trabalhar com as reportagens do Jornal Prácia, os alunos serão divididos em
quatro grupos, cada equipe terá dois relatos sobre o Holodomor. Em seguida o trabalho
será apresentado oralmente, confrontando com os textos acima; Imigração, Revolução
Russa e especificamente o Holodomor, tema de pesquisa noticiado pelo Jornal Prácia.
As reportagens do jornal Prácia em número de oito, serão analisadas a luz das
leituras sobre o processo da Revolução Russa, Imigração Ucraniana.
Para realizar este trabalho, foi necessária a tradução e a seleção das reportagens
acerca do assunto Holodomor, bem como, foram consideradas suas implicações na
sociedade em formação na região de Prudentópolis na década de 1930. Como única fonte
escrita na língua ucraniana e sob a responsabilidade da redação pelos Padres Basilianos,
o Jornal compõe uma visão única a respeito do fenômeno da grande fome ocorrida na
Ucrânia. Era possível averiguar como os antepassados viviam na Ucrânia, possivelmente
por intermédio de cartas trocadas entre os ucranianos. O que ocorria na Ucrânia era
publicado no jornal, portanto, este tem relevância histórica por que trata de algo que
permanece na memória.

7. LEITURA E ANÁLISE DE REPORTAGENS DO JORNAL PRÁCIA

7.1. REPORTAGEM 01:


Conforme consta no 1º Jornal analisado - Prácia, 29 de janeiro de 1932 Nº 05, sob
o Título Desespero e fome na Ucrânia, o Padre Simeão Kulhtienski, chefe e representante
do Comitê de ajuda aos desempregados recebe uma carta assustadora sobre a trágica
fome.

Ano passado foi o granizo que detonou as colheitas. Relatava o nome das famílias
e o numero de pessoas que passavam enormes dificuldades, nem roupa, nem um
pedacinho de pão, além disso, estão doentes e não conseguem credito para
comprar alimentos. A geada é muito forte não há trabalho, nem ajuda financeira de
ninguém. Naquela aldeia eram 180 pessoas famintas. O presidente local
arrecadou 75 quilos de alimentos e dividiu entre as famílias, alimentando
principalmente as crianças que estavam magérrimas e não podiam estudar.
21

A ajuda requisitada pelo Padre Simeão, para que possa ser enviado dinheiro,
roupas e alimentos é gritante:

Os padres passaram todas as casas e encontrou uma senhora de nome Ana


Ivanitiuk doente mental sentada na porta da casa nua segurando o filho no colo.
Fazia três dias que não tinha a casa aquecida, o inverno era vigoroso.
Encontraram 49 famílias que não tinham nem uma batatinha para comer. Passam
o dia todo sentados com fome. À noite tudo é escuro, pois, não há fósforo nem
querosene para a iluminação.

Percebe-se aqui a função social da igreja que tenta mobilizar para o enfrentamento
da fome e miserabilidade com que se encontravam os ucranianos na Europa. Importância
que não pode ser negada, visto que, a instituição religiosa tem seu compromisso social
aqui evidenciado.

7.2. REPORTAGEM 02

Na reportagem do 2º Jornal analisado - Prácia, 10 de junho, 1932 – N º 24 constam


o Diálogo de um fugitivo das cooperativas coletivas, com “Dilo” C. H. que remete esta
carta:

Dia 17 de maio de 1932, encontrei um cidadão ucraniano durante a viagem de


trem. Tive a oportunidade de saber do trágico acontecimento sobre a grande fome
que ocorria na Ucrânia. Perguntei a ele: é verdade o que está acontecendo na
Ucrânia? Sim, no verão as pessoas inchavam e morriam. Agora as mortes
cessaram um pouco, mas na primavera a probabilidade aumenta. Os que vivem
nas fazendas coletivas tem vida muito difícil; trabalham dia e noite e não há o que
comer. As propriedades particulares são multadas pesadamente. Por uma vaca o
imposto é de 900 litros de leite ao ano. Moscou tem um controle rígido sobre as
cooperativas. Nos armazéns uma total vigilância sobre os revendedores de
mantimentos para que não seja desviado nada dos armazéns.

Nesta carta é possível averiguar como era a vida nas cooperativas coletivas e as
implicações da grande fome empreendida contra os ucranianos. O fugitivo descreve a
situação e o autor da carta envia as informações a respeito do fenômeno. Esta
reportagem subsidia o entendimento sobre a política Stalinista Russa, haja vista as
cooperativas coletivas eram utilizadas com o fim de promover a socialização da
economia.

7.3. REPORTAGEM 03
22

O 3º Jornal analisado - Prácia, de 29 de julho de 1932 - N º 3, intitulado Ucrânia


morre de fome, e que aponta as noticias sobre o holodomor:

Da Ucrânia, surgem noticias muito tristes a respeito da grande fome que ocorre no
país. Desde janeiro o povo não tem pão. Em alguns povoados estão comendo
palha de trigo torrada, misturada com ervas daninhas e batatinhas. Tudo é torrado
moído e feito pão. A preocupação era com a chegada do outono a fome se
agravaria. Os representantes do governo temiam com a situação, pois, as
colheitas estavam sendo reduzidas completamente.

Devido a grande fome que levava por vezes famílias inteiras, era difícil sobreviver,
pois a produção de trigo dos ucranianos havia sido nacionalizada e estes produzindo
muito, morriam de fome e o governo confiscava propriedades inteiras como legítimo dono,
obrigando populações inteiras a sucumbirem de fome. Como repulsa ao sistema, alguns
deixavam de produzir, como consta no artigo:

Segundo os jornais da Ucrânia, as colheitas estavam sendo prejudicadas. Em uma


província desapareceram 35 hectares de trigo que foi semeado no inverno. Os
ucranianos pararam de semear as terras devido ao sistema de coletivização. Toda
produção particular era levada pelo governo. Por isso, metades das terras estavam
vazias. Revoltas e provocações surgiam constantemente entre trabalhadores e
russos. Até os órgãos representativos da URSS, perceberam que a fome era pior
que de 1921-1923.

Essa prática levou o governo a ampliar a rigidez na postura contra o povo ucraniano,
haja vista, não admitia a propriedade ociosa, e em nome de sua política intensificou o
confisco para matar de fome milhões de pessoas.

7.4. REPORTAGEM 04

No 4º Jornal analisado - Prácia, 26 de agosto de 1932 - Nº 35, Um trabalhador


descreve sobre o grupo político da Ucrânia:

[...] Nos últimos tempos muitos ucranianos eram fervorosos bolchevistas, mas
após visitar Ucrânia e URSS, renunciaram ao bolchevismo. Na URSS, mostram
para os turistas tudo muito organizado, belo e atraente. Porém não permitem falar
com o povo, nem visitar as casas para não saberem do grande mal que se passa.
Em Kiev e Harkiv muita miséria, desespero, fome, morte. Não havia luz elétrica.
Nas ruas o povo andava maltrapilho ou nu, pois nas ruas o mato tomava conta que
as pessoas pouco apareciam. As pessoas desacreditavam em qualquer melhoria,
não tinham expectativa nenhuma, esperavam a morte.
23

Evidenciam-se as consequências da fome na Ucrânia e a descrição do fenômeno


sendo camuflado na URSS. Uma forma dos turistas não ficarem sabendo o que se
passava e tudo parecer normal na região.

7.5. REPORTAGEM 05

No 5º Jornal analisado - Prácia, de 01 de setembro de 1933 - Nº 3, intitulado


Miséria e fome na Ucrânia, tomadas numa carta particular. Noticia de uma carta particular:
Os nossos representantes políticos, estão fazendo uma limpeza na Ucrânia,
escolhem as pessoas mais bonitas dizendo que irão participar de movimentos,
isso antes da revolução, encaminham os trabalhadores para as propriedades
coletivas. Nas bagagens podem levar 18 quilos deixando suas propriedades
anexadas ao coletivo. [...] No dia 05 -10 de abril havia julgamento para aqueles
que roubaram pão para comer. Quando descobriam quem roubou, eram fuzilados,
outros presos de 9-10 anos de cadeia.

Importantes informações a cerca da fome, roubo de alimentos para saciá-la e das


propriedades coletivas, aparecem nesta carta particular considerada para o jornal, bem
como a morte por fuzilamento em função do roubo. São informações que subsidiadas pela
teoria favorecem a compreensão do fenômeno.
A preocupação de enterrar os mortos em decorrência da fome era uma constante
nas cartas também, mesmo porque como já mencionado em depoimentos sobre o
fenômeno Holodomor, muitos quando tombavam mortos, eram enterrados em valas
comuns.

Os trabalhadores recebiam 150 gramas de farinha para fazer pão em casa, tudo
era sem gordura e dividido com a família, geralmente o homem não comia para
alimentar a família. Nas cooperativas o trabalho era árduo, as pessoas não
suportavam de tanta fraqueza, morriam e ficavam caídos no lugar, sem ter um
enterro digno. Morriam mais homens e rapazes. O povo é punido pela fome.

7.6. REPORTAGEM 06

O 6º Jornal analisado - Prácia, 30 de setembro de 1932, Nº 40, intitulado


Comunismo e Nacionalismo, demonstra que a teoria apregoada não é subsidiada pela
prática na política Stalinista Russa:
24

O comunismo e bolchevismo são falsos. Os dois buscam libertar a humanidade


que aprisiona. Uma liberdade que faz escravos de sua própria liberdade. O
nacionalismo abriu novas ideias, desencadeando um patriotismo sem limites. O
comunismo “falso” machuca a vida. O amor ao próximo e a dignidade humana
ficam alheias ao ser humano. Pensava-se que o nacionalismo era necessário, mas
foi imortal, os inimigos levaram a luta e a morte a vida de todos. Essa mentalidade
atrapalha a cultura europeia, e a religiosidade humana.

O amor ao próximo e a dignidade humana presentes na religiosidade cristã, são


apontados como faltantes no nacionalismo e comunismo que é taxado de falso. Mas, o
professor ao trabalhar estes conceitos, precisa levar em conta que as ideias socialistas ou
comunistas na teoria possuem outra conotação, e, que embora apresentadas na prática e
vistas como falsas, não podem ser invalidadas, visto que, nem sempre a teoria condiz
com a prática.

7.7. REPORTAGEM 07

No 7º Jornal analisado Prácia, de 16 de junho de 1933 - N º 24, intitulados - Nus e


descalços os estudantes ucranianos nas aldeias montanhosas da Galícia descritas por
um jornalista polonês:

A geada é extremamente forte. As crianças andam para escola com roupas


rasgadas e chapéus de palha que não aquecem. Não têm nada mais, a não ser
piolhos na cabeça. Acreditem de cada 10 famílias, uma pessoa tem botas, sem
falar de uniformes escolares e materiais. Uma mãe deu uma surra no seu filho,
porque perdeu o único lápis. Muitas crianças não iam à escola, porque não
possuíam roupas para vestir.

As consequências foram inúmeras, aqui é possível averiguar que a fome causa


outras violências, como a surra que a mãe deu no filho, a violência psicológica, o
constrangimento, dentre outros. A leitura e análise destas reportagens levará o aluno a
conceber o fenômeno Holodomor e suas consequências podendo também fazer um
paralelo com o que ocorre em algumas regiões atualmente.

7.8. REPORTAGEM 08

No 8º Jornal analisado - Prácia, 11 de maio de 1934, o correspondente de Nova


York informou pelo telegrama que:
25

[...] um grupo de americanos encontrava-se chocados com a situação que viram


em Kiev. Crianças abandonadas nas ruas com cartazes dos pais que deixaram
seus filhos com fome. Em vários lugares as crianças remexiam o lixo a procura de
alimentos para comer. O fato era constrangedor.

A produção apodrecia, e não se podia fazer nada, o trabalho esgotava as pessoas


que não resistiam e sem força acabavam morrendo. A produção era carregada para muito
longe até os celeiros e o transporte era feito pelo braço humano, pois até os cavalos
morriam de fome:

O jornalista não se conformava que para modernizar o país dever-se-ia matar


milhões de seres humanos. Um mundo civilizado jamais deveria chegar a essa
situação drástica por um poder nada humano. As propriedades coletivas, não
funcionavam devido à imposição.

O jornalista descreve o caos das aldeias numa das fazendas coletivas vazias, na
qual alguns morreram e outros haviam sido deportados.

Stalin decretou que toda a nata da inteligência fosse eliminada, levando-os para as
cooperativas coletivas. Eram recolhidas as roupas, móveis, até o lençol que cobria
o berço das crianças, todos os objetos que não tinham muito valor eram
pisoteados no barro.

As pessoas não dispunham de recursos para sobreviver, sem a ajuda do governo


que confiscava tudo e impunha sua política o grande custo, e a fome eram tão cruéis que
o jornalista exprimiu de forma que se apresentou a mais dramática das que aqui foram
analisadas: “As pessoas comiam folhas secas das arvores e capim (presenciou) era cruel.
Sempre tinha alguém que descrevia o acontecimento. O povo com fome perde a noção,
come gato, cachorro, pasto, animais, raízes para sobreviver.” O jornalista ainda
complementa:

[...] ontem vi pessoas só couro e osso, praticamente transparentes envoltos por


mosquitos. Há alguns metros cavalos mortos sendo disputados para comer. O
cheiro era insuportável. Morriam famílias inteiras, os corpos permaneciam duas
semanas esperando que mais gente morresse para enterrá-los juntos numa só
vala. Muitos estavam ainda vivos, mas acabavam sendo jogadas juntas.

Durante o inverno, era cavado um buraco no meio da casa, deixando aberto para o
próximo que fosse morrer da família, sempre camuflados esses locais, com a desinfecção
e limpeza para que os visitantes não percebessem:
26

Na cidade quando chegava alguma visita de fora, rapidamente fazia-se limpeza


desinfetando o local recolhendo os mortos para que ninguém percebesse o que
ocorria no momento. Na mesa era servido um lanche com linguiças, Paes,
conservas, etc., para que ninguém notasse o triste episódio. Quando perguntavam
aos lideres porque estão morrendo, simplesmente respondiam que o comunismo
que estava destruindo o país.

O fato de conhecer as proporções que levou a grande fome vivenciada pelo povo
ucraniano, bem como suas consequências a partir do conhecimento a cerca da mesma,
contribui para entender um pouco mais sobre os ucranianos e sua cultura. A identidade do
povo ucraniano depende em grande parte do que viveu e do que seus antepassados
vivenciaram. A luta pela independência, a história da luta contra os invasores e a
dizimação de milhões de seus pares na década de 1930, condicionou sua formação e até
hoje, sugere fazer diferença, mesmo porque, persiste no cotidiano o sofrimento desse
povo perpetuado em suas vidas.
O jornal foi importante veículo de informação para os ucranianos instalados em
Prudentópolis, portanto, trabalhá-lo, é muito importante para compreender a história,
mesmo que parcial. Optou-se pela leitura e análise distribuída em duas reportagens para
cada grupo, e que houvesse a apresentação oral subsidiada pela mediação da
professora. O debate a cerca do assunto Holodomor e os possíveis comentários e
questões levantadas após as apresentações, farão parte desta atividade.
A atividade será desenvolvida em grupo. A sala será dividida em 4 grupos e cada
grupo receberá 2 reportagens elencadas acima. Após uma leitura preliminar pediremos
para que apresentem as reportagens para os colegas e em seguida serão instigados a
contrapor tais informações com as leituras e pesquisas resultantes das atividades que
foram desenvolvidas anteriormente.

8. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Dentro dessa perspectiva inovadora o professor e a escola passam a ser vistos


como mediadores do processo de ensino aprendizagem, saber mediar os conhecimentos
entre a realidade do aluno com os diversos conhecimentos que trazem em sua bagagem,
fazer um paralelo entre passado e presente. Este processo ajudará o aluno a
compreender que a história é relevante para construção do saber, “[...] o ensino de
História, é um campo aberto com diversas possibilidades, o professor tem autonomia
27

pedagógica, se utiliza de outras vertentes teóricas para sustentar e aprofundar a


investigação”. (DCEs, 2008.p.45-46)
As Diretrizes Curriculares direcionam os assuntos históricos, quanto, as Relações
de trabalho, relações de poder, relações culturais. Estes Conteúdos Estruturantes fazem
parte dos recortes do processo histórico. Não é possível o sujeito viver sem fazer relações
e compreender as três dimensões que valorizam as ações e os valores do sujeito, todos
produzem narrativas históricas seja do presente ou passado. Percebemos que o passado
e presente estão ligados, mas na especificidade do tempo e espaço complementam as
ações humanas do sujeito. (DCEs, 2008, p.63-64).
É esse caminhar quanto ao ensino de História, fundamentado nas Diretrizes
Curriculares, que possibilitou construir uma fundamentação histórica segura e articulada
com as especificidades do estudo histórico do passado e do presente, sabemos que
ambos caminham na mesma direção, que não é possível aprender história sem fazer
esse paralelo.
Para facilitar essas abordagens, as diretrizes garantem autonomia aos professores,
para recorrer às diversas fontes historiográficas: registros orais, livros, cinema, canções,
palestras, relatos, memória, vestígios, construções históricas locais, fotos, imagens,
jornais, entre outras. Dessa forma estas são ferramentas valiosas para o
desenvolvimento, segue argumento:

As fontes assumem um papel fundamental na pratica do ensino de História, uma


vez que são capazes de ajudar o aluno a fazer diferenciações, abstrações que
entre outros aspectos é uma dificuldade quando tratamos de crianças e jovens em
desenvolvimento cognitivo. No entanto, diversificar as fontes utilizadas em sala de
aula tem sido o maior desafio dos professores na atualidade (FONSECA, 2005,
p.56).

O professor até faz uso das fontes na sala de aula, porém, na maioria das vezes,
desconhece o valor dessa ferramenta que é pouco explorada. O uso das variadas fontes
poderia servir como suporte de pesquisa para as aulas de história.
Atualmente o mundo está rodeado de infinitos meios que podem contribuir no
desenvolvimento das práticas metodológicas em sala de aula, principalmente no ensino
da história.
O trabalho com fontes facilita a aprendizagem dos conteúdos para o aluno, porque
ela passa a criar hipóteses, interpretações além de aprender a analisar as várias
narrativas possíveis em história. Assim, segundo Pereira, “[...] a leitura documental
28

permite estar em contato com as informações, sejam próximas ou além”. “É transferir-se


no contexto histórico, ser partícipe, dialogar com os fatos ser personagem que faz parte
da trama histórica.” (PEREIRA, 2008, p.117-122)
Neste sentido é preciso entender que o uso das fontes em sala de aula não significa
transformar o aluno em historiador, mas sim fazer com que ele, por meio do trabalho com
fontes, mediado pelo professor, aprenda entender conceitos como temporalidade,
narrativa entre outras.

É preciso deixar claro, porém, que não é proposta do ensino básico a formação de
pequenos historiadores. O que importa é que a organização dos conteúdos e a
articulação das estratégias para trabalhar com eles leve em conta esses
procedimentos para a produção do conhecimento histórico. Com isso, evita-se
passar para o educando a falsa sensação de que os conhecimentos históricos
existem de forma acabada, e assim são transmitidos. (BEZERRA, 2005 p. 44-45).

Usar os documentos em sala de aula requer do professor conhecimento no


tratamento dado às fontes por estudiosos da História. Cabe ao professor reconhecer
metodologias do saber histórico, diversificar suas práticas diárias nas abordagens dos
conteúdos que pretende trabalhar.
“Aprender a caminhar no jornal, a interpretar o que lê, ou vê na televisão, para se
transformar num leitor crítico e inteligente”. Faria sugere que é nesse ponto que o jornal
adquire importância ao se considerá-lo na escola como fonte histórica. (Faria, 2001, p.15),
No entanto, o professor para trabalhar com este tipo de fonte, deve levar em
consideração uma espécie de roteiro que o ajude a entender o contexto de produção do
mesmo. Assim, é importante que atentemos para a questão da periodização do jornal;
para a questão política do mesmo, ou seja, a questão ideológica; suas características
internas, ou seja, as partes constitutivas do mesmo; seus colaboradores, o público que se
destinava e todas as informações apresentadas com diferente ponto de vista e ideias
diversificadas as quais contribuem na formação de novos conceitos e “novas leituras do
mundo”.
Os cuidados pertinentes ao trabalho com jornal estão situados na problemática de
se fazer a análise histórica, uma vez que, sendo um jornal de cunho religioso, precisa ser
considerado como fonte válida quando trata de um problema que é o Holodomor e que
não consta na historiografia oficial como o livro didático utilizado na sala de aula. Para
trabalhar com esta fonte é preciso conceituar o conhecimento e a informação. É possível
29

realizar um trabalho de produção de conhecimento a partir dele quando a prática é


subsidiada pela teoria.

9. REFERÊNCIAS

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comunidade de imigrantes ucranianos de linha esperança – Prudentópolis / Pr. REPV -
Revista Eletrônica Polidisciplinar Voos, 2008.
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2009.
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Nacional dos Professores Universitários de História.
BURKO, Pe.V. A Imigração Ucraniana no Brasil. Curitiba: Padres Basilianos, 1963.
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HANEIKO, V. Uma Centelha de Luz. Curitiba: Kindra,1985.
HERASEMOVITCZ, J. Fome na Ucrânia, 1973.
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KARNAL L. História na sala de Aula: Conceitos, práticas e propostas. 4ª edição, São
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LEI DE DIRETRIZES E BASES, LDB: 9.394/96.
OLIVEIRA, A. F.: Como usar jornal na sala de aula. 4ª edição - São Paulo: Editora
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PEREIRA, N. M., O que pode o ensino de história? Sobre uso de fontes na sala de
aula. Porto Alegre, 2008.
PINSKI, C. B. Fontes Históricas. 2ª Edição, São Paulo: Contexto, 2010.
SALIS. A. U. De. Os suíços nas “franjas pioneiras”: A imigração suíça no Estado de
São Paulo. PUC, São Paulo, 2001.
Schmidt, M. F. Nova História Crítica. São Paulo: Nova Geração, 1999.
30

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ: Diretrizes Curriculares da


Educação Básica - DCEs, 2008.
TAMANINI, P. A. Espaços específicos para os de identidade específica: imigrantes
ucranianos em Papanduva. Rev. Espacialidades [online], 2009.
Vicentino C., Projeto Radix: História, 9º ano São Paulo: Scipione, 2009.
Wachowicz R. C. História do Paraná. Curitiba: Editora Gráfica Vicentina Ltda.1988.

FONTES
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Jornal Prácia, 29/01/1932
Jornal Prácia, 10/06/1932
Jornal Prácia, 29/07/1932
Jornal Prácia, 26/08/1932
Jornal Prácia, 01/09/1933
Jornal Prácia, 30/09/1933
Jornal Prácia, 16/06/1933
Jornal Prácia, 11/05/1934

KALENDÁRIO, Basílianos, 100 Anos da vinda dos Padres Brasilianos ao Brasil, 1999.

SITES CONSULTADOS
A CHEGADA
http://tvcultura.cmais.com.br/aloescola/estudosbrasileiros/entredoismundos/entredoismun
dos2.html, acesso em 20/09/2012.

HOLODOMOR: O GENOCÍDIO UCRANIANO"


http://quartodarepublica.blogspot.com.br/2007/03/holodomor-o-genocdio-ucraniano.html,
acesso em 20/09/2012.
HOLODOMOR O HOLOCAUSTO UCRANIANO
http://ucrania-mozambique.blogspot.com.br/2012/03/holodomor-o-holocausto-
ucraniano.html, acesso em 20/09/2012.
31

REGISTRO DE IMIGRANTES disponível no endereço


http://www.arquivopublico.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.phpconteudo= 78, acesso
em 20/09/2012.
UCRANIANOS NO BRASIL, disponível em:
www.rcub.com.br/rcub/quem-somos/imigracao-ucraniana/, acesso em 20/09/2012.
UCRANIANOS NO BRASIL: A história da imigração.
http://viagem120anosdnipro.blogspot.com.br/2011/07/historia-da-imigracao.html, acesso
em 20/09/2012.

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