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UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI - UNIVATES

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO

PERFIL DO TREINAMENTO AERÓBICO REALIZADO POR


FREQUENTADORES DE ACADEMIAS DE GINÁSTICA E
MUSCULAÇÃO DO VALE DO RIO PARDO E TAQUARI

Franciele Letícia Storch

Lajeado/RS, junho de 2021


Franciele Letícia Storch

PERFIL DO TREINAMENTO AERÓBICO REALIZADO POR


FREQUENTADORES DE ACADEMIAS DE GINÁSTICA E
MUSCULAÇÃO DO VALE DO RIO PARDO E TAQUARI

Projeto de pesquisa a ser apresentada como


componente curricular Trabalho de Conclusão de
Curso - Etapa I, do Curso de Educação Física
Bacharelado, da Universidade do Vale do
Taquari - Univates, como parte da exigência para
a obtenção do título de Bacharela em Educação
Física.

Orientador: Prof. Dr. Carlos Leandro Tiggemann

Lajeado/RS, junho de 2021


RESUMO

O treinamento aeróbico é um dos mais importantes componentes de um programa de


atividade física. As adaptações ocasionadas pelo treinamento aeróbico sobre os diferentes
sistemas fisiológicos dependem, fundamentalmente, da interação entre a carga de treinamento
realizada (intensidade, volume e frequência semanal), do estado inicial do treinamento, (nível
de treinabilidade) e do tipo de exercício (especificidade do movimento). Desta forma, o
presente trabalho tem como objetivo avaliar o perfil do treinamento aeróbico de usuários de
academias de ginástica e musculação do Vale do Rio Pardo e Taquari. Trata-se de uma
pesquisa quantitativa, de natureza exploratória, a qual realizará o levantamento de
informações via questionário online do Google Formulário, contendo questões de múltipla
escolha e descritivas. A amostra será composta por frequentadores de academias de ginástica
e musculação do Vale do Taquari e Rio Pardo, com idade superior a 18 anos, e que estejam
realizando este tipo de treinamento de forma ininterrupta por no mínimo três meses. Todos os
participantes deverão concordar em participar do estudo, sendo que o mesmo, será
previamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIVATES. Os resultados
esperados permitirão identificar as principais variáveis do treinamento, como a quantidade de
dias, a intensidade utilizada, a duração das sessões, e as modalidades realizadas no
treinamento. Como hipóteses do estudo, especula-se que os treinamentos, na sua grande
maioria, não atingem as recomendações priorizadas pelos principais órgãos de saúde.
Palavras-chave: Treinamento aeróbico. Academia. Exercício físico.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 5
1.1 Tema .................................................................................................................................... 6
1.2 Problema ............................................................................................................................. 6
1.3 Hipóteses .............................................................................................................................. 7
1.4.1 Objetivos ........................................................................................................................... 7
1.4.2 Objetivos específicos ........................................................................................................ 7
1.5 Justificativa ......................................................................................................................... 7

2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................ 9


2.1 Sistema Cardiorrespiratório e benefícios do treinamento aeróbico .............................. 9
2.2 Treinamento aeróbico - Bases do treinamento físico .................................................... 11
2.2.1 Tipos de exercícios ......................................................................................................... 12
2.2.2 Volume ............................................................................................................................ 13
2.2.3 Intensidade do exercício ................................................................................................ 13
2.2.4 Prescrição do treino aeróbico nos centros de treinamento ........................................ 15
2.3 Recomendação de exercícios aeróbicos .......................................................................... 16

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..................................................................... 17


3.1 Caracterização da pesquisa ............................................................................................. 17
3.2 Sujeitos da pesquisa .......................................................................................................... 17
3.2.1 Critérios de recrutamento............................................................................................. 17
3.2.2 Critérios de inclusão ...................................................................................................... 17
3.2.3 Critérios de exclusão ..................................................................................................... 18
3.3 Forma de obtenção de dados............................................................................................18
3.4 Riscos e Benefícios ............................................................................................................ 18
3.5 Questões éticas e legais ..................................................................................................... 19
3.6 Forma de análise de dados ............................................................................................... 19

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 20

APÊNDICE ............................................................................................................................. 24

ANEXO .................................................................................................................................... 26
5

1 INTRODUÇÃO

A atividade física é definida como qualquer movimento corporal produzido pela


contração dos músculos esqueléticos que resultam em gasto de energia (CASPERSEN,
POWELL, CHRISTENSON, 1985). Exercício é considerado um tipo de atividade física que
consiste em movimentos corporais planejados, estruturados e repetitivos, que tem o objetivo
de melhorar e/ou manter um ou mais componentes da aptidão física (CASPERSEN,
POWELL, CHRISTENSON, 1985).
É comprovado cientificamente que a prática de exercícios físicos trazem inúmeros
benefícios a seus praticantes. Por meio deste, o corpo sai da homeostase, devido a um
aumento da demanda energética gerada pelo esforço físico, para suprir a nova demanda
metabólica várias adaptações fisiológicas são necessárias e, dentre elas, as referentes à função
cardiovascular durante o exercício físico (BRUM, FORJAZ, TINUCCI, NEGRÃO, 2004).
O treinamento aeróbico é um dos mais importantes componentes de um programa de
atividade física (DENADAI, GRECO, 2005). Conforme Souza e Bossi (2012), o treinamento
aeróbio possui diversos métodos, dentre eles a corrida, caminhada, e demais exercícios que se
caracterizam na zona de trabalho aeróbia, sendo estes utilizados de acordo com o objetivo e o
nível de aptidão do aluno/atleta. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS) (2020),
além das alterações metabólicas que ele proporciona, também pode contribuir para a
diminuição de fatores de risco para doenças ligadas ao estilo de vida. Tais como, diminuir a
mortalidade por doenças cardiovasculares, prevenção e incidência de hipertensão, alguns tipos
de cânceres, diabetes tipo 2; melhora a saúde mental (redução dos sintomas de ansiedade e
depressão), a saúde cognitiva, o sono, e redução na adiposidade corporal (OMS, 2020).
6

Conforme Denadai e Greco (2005) as adaptações ocasionadas pelo treinamento


aeróbio sobre os diferentes sistemas fisiológicos dependem, fundamentalmente, da interação
entre a carga de treinamento realizada (intensidade, volume e frequência semanal), do estado
inicial do treinamento (nível de treinabilidade) e do tipo de exercício (especificidade do
movimento).
A atual diretriz da Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que adultos
devem realizar pelo menos 150 a 300 minutos de atividade física aeróbica de moderada
intensidade; ou pelo menos 75 a 150 minutos de atividade física aeróbica de vigorosa
intensidade; ou uma combinação equivalente de atividade física de moderada e vigorosa
intensidade ao longo da semana para benefícios substanciais à saúde (BULL et al., 2020).
Já o American College of Sports Medicine (ACSM, 2014), recomenda que adultos
entre 18 e 65 anos aparentemente saudáveis, ou com algumas doenças crônicas, incapacidades
ou condições de saúde que objetivam melhorar seu condicionamento físico e sua saúde,
devem realizar exercício aeróbico de intensidade moderada pelo menos 5 dias da semana
acumulando 30 a 60 minutos por dia, ou o exercício aeróbico de intensidade vigorosa
realizado pelo menos 3 dias da semana acumulando 20 a 60 minutos por dia, ou uma
combinação de exercício de intensidade moderada e vigorosa por dia para a obtenção dos
volumes. Recomenda-se uma progressão gradual do tempo de exercício, frequência e
intensidade para uma melhor aderência e menor risco de lesão.
Diante do exposto, o objetivo desta pesquisa é avaliar o perfil do treinamento aeróbico
dentro de academias de ginástica e musculação, se este vai de encontro com as variáveis
recomendadas, a fim de trazer benefícios ao seu praticante. A literatura apresenta pouco
conteúdo a respeito do tema, especificamente de como este tipo de treinamento é manipulado
e prescrito dentro dos centros de treinamento.

1.1 Tema

Treinamento aeróbico

1.2 Problema

Qual o perfil do treinamento aeróbico realizado dentro das academias de ginástica e


musculação?
7

1.3 Hipóteses

H0: O treinamento aeróbico realizado não atinge as recomendações do principal órgão


de saúde mundial
H1: O treinamento aeróbico realizado atinge as recomendações do principal órgão de
saúde mundial.

1.4.1 Objetivos

Avaliar o perfil do treinamento aeróbico de usuários de academias de ginástica e


musculação do vale do Rio Pardo e Taquari.

1.4.2 Objetivos específicos

● Comparar o perfil do treinamento aeróbico em ambos os sexos de frequentadores de


academias de ginástica e musculação.
● Comparar o treinamento aeróbico em sujeitos que treinam a menos de 1 ano e sujeitos
que treinam a 1 ano ou mais.
● Analisar o treinamento aeróbico de diferentes faixas etárias de frequentadores de
academias de ginástica e musculação.
● Analisar o treinamento aeróbico em pessoas com diferentes objetivos que frequentam
academias de ginástica e musculação.

1.5 Justificativa

A prática de exercícios físicos é uma forte aliada na manutenção da qualidade de vida,


no controle e prevenção de doenças crônicas não transmissíveis. O exercício aeróbico está
relacionado ao sistema cardiovascular, sua prática, se realizada corretamente pode trazer
inúmeros benefícios ao seus praticantes. Desta forma, a prescrição e realização deste tipo de
treinamento deve receber a devida atenção para que estes aspectos fisiológicos possam
contribuir positivamente para a vida do praticante.
Uma pesquisa realizada por Jesus, Macedo e Oliveira (2018), buscou identificar o
perfil de 40 frequentadores da academia, dentre os resultados encontrados, destaca-se que
90% preferem musculação, e apenas 35%, tem atividades aeróbicas como a segunda categoria
8

mais mencionada. Outro estudo realizado por Silva e Liberali (2011), entrevistou 20 alunos, e
buscou identificar o perfil consumidor de suplementos em praticantes de musculação, quanto
ao tipo de exercício praticado, foi encontrado que 55% utiliza exercícios combinados
anaeróbicos e aeróbicos, 45% utiliza somente exercícios anaeróbicos e apenas 5% utilizam
somente exercícios aeróbicos.
Por meio de buscas realizadas por pesquisas deste assunto, o treinamento aeróbico
realizado dentro de centros de treinamento parece não receber a atenção devida para que
possa trazer benefícios a seus praticantes. Este cenário gera preocupação, e carece de
aprofundamento e pesquisas científicas específicas para abordar o tema.
9

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Sistema cardiorrespiratório e benefícios do treinamento aeróbico

O metabolismo aeróbico se caracteriza por utilizar oxigênio para realizar a quebra do


substrato energético, este que varia conforme a intensidade do exercício. Este sistema sustenta
atividades superiores a 2 min, o que ocorre em exercícios de baixa a moderada intensidade e
de longa duração, como correr, pedalar, nadar, entre outros (MCARDLE, KATCH, KATCH,
2011).
A participação regular em atividades físicas e em programas estruturados de exercícios
proporcionam inúmeros benefícios para a saúde, incluindo o aumento da capacidade aeróbica,
esta que está relacionada à capacidade de realizar grandes exercícios musculares, dinâmicos e
de intensidade moderada a vigorosa por períodos prolongados (ACSM, 2014).
O treinamento aeróbico determina importantes adaptações nos sistemas
cardiorrespiratório e neuromuscular, aumentando a capacidade de captar e utilizar oxigênio na
mitocôndria do grupo muscular recrutado durante o exercício (DENADAI, GRECO, 2005).
As adaptações metabólicas incluem uma melhora no potencial das mitocôndrias musculares
em metabolizar ATP com maior eficiência de forma aeróbica, mantendo o exercício por um
período maior e sem acúmulo de lactato sanguíneo (MCARDLE, KATCH, HATCH, 2011).
Quanto aos substratos energéticos, o treinamento aeróbico aumenta a oxidação dos
ácidos graxos (gorduras) em exercícios submáximo, e durante o repouso. O músculo treinado
possui maior capacidade de oxidar carboidratos durante o exercício máximo, e as fibras
musculares sofrem adaptações aprimorando seu potencial aeróbico (MCARDLE, KATCH,
10

KATCH, 2011). Este tipo de treinamento é um forte aliado no emagrecimento, por se tratar de
exercícios cíclicos que utilizam grandes grupos musculares, que acabam por gerar um gasto
calórico maior.
Um dos efeitos mais comuns associados ao treinamento físico é a diminuição da
frequência cardíaca de repouso. Essa redução está diretamente relacionada com o aumento do
volume sistólico e o débito cardíaco. No volume sistólico ocorre um aumento do ventrículo
esquerdo, menor rigidez cardíaca e arterial, maior tempo para diástase e possível melhora
nafunção contrátil intrínseca do coração. Um aumento do débito cardíaco resulta em um
aprimoramento do volume sistólico (MCARDLE, KATCH, KATCH, 2011). Indivíduos com
boa condição aeróbica tendem a apresentar frequência cardíaca (FC) de repouso mais baixa,
porém não se pode afirmar que esta seja uma consequência direta do treinamento, pois outras
adaptações podem influenciar em tal medida (ALMEIDA, ARAÚJO, 2003).
As principais organizações mundiais de saúde recomendam a prática regular de
exercício aeróbico como fundamental na prevenção primária, tratamento, e controle da
hipertensão arterial, e na prevenção das doenças cardiovasculares. Existem claras evidências
de que o exercício aeróbico tem repercussões crônicas e agudas na diminuição da pressão
arterial (MENDES, BARATA, 2008). O treinamento físico diminui a pressão arterial em
aproximadamente 75% dos indivíduos com hipertensão, com reduções da pressão arterial
sistólica e diastólica aproximadamente em média de 11 e 8 mm Hg, respectivamente
(HAGBERG, PARK, BROWN, 2000).
O treinamento aeróbico quando realizado em altas intensidades sobrecarrega as
estruturas orgânicas que limitam o consumo máximo de oxigênio (VO2max) proporcionando
estímulos suficientes para que ocorram adaptações fisiológicas dos órgãos envolvidos
(AGUIAR, SCHLICKMANN, TURNES, CAPUTO, 2013 apud MIDGLEY,
MCNAUGHTON, 2006). Com um VO2max aumentado, o indivíduo consegue consumir mais
oxigênio e transformá-lo em energia em menor tempo durante o exercício aeróbico,
resultando em uma melhora na função cardiorrespiratória.
O limiar anaeróbico foi definido por Wasserman et al. (1973) como o ponto em que se
inicia a acidose láctica durante um exercício com cargas progressivas. Conforme Kindermann
et al. (1979) o primeiro limiar anaeróbico corresponde a ação inicial do metabolismo
anaeróbico, ou à carga de trabalho na qual o exercício deixaria de ser completamente
aeróbico. Em baixas intensidades de exercício prolongado de carga constante, a concentração
de lactato sanguíneo aumenta nos primeiros minutos de esforço, podendo voltar aos valores
de repouso conforme o exercício continua. Em intensidades moderadas, a concentração de
11

lactato pode manter-se elevada, e, durante exercício intenso, ocorre um acúmulo contínuo de
lactato no sangue (RIBEIRO, 2005).
A avaliação do limiar anaeróbico permite que se encontre zonas de treinamento ideal
para que o treinamento aprimore especificamente o sistema cardiorrespiratório, interessante
para atletas de corrida, ciclismo, e outras práticas aeróbicas. O treinamento aeróbico tarda o
surgimento do limiar anaeróbico, consequentemente faz com que seja possível treinar com
uma intensidade maior sem que ocorra a fadiga muscular, e tenha que cessar o treinamento.
A prática regular de exercícios físicos promove adaptações cardiovasculares,
respiratórias, e musculares a fim de atender às demandas aumentadas dos músculos ativos
(MONTEIRO, SOBRAL FILHO, 2004).

2.2 Treinamento aeróbico - Bases do treinamento físico

As adaptações determinadas pelo treinamento aeróbico, dependem, fundamentalmente


de algumas variações do exercício, como a carga do treinamento (intensidade, volume e
frequência semanal), do estado inicial do treinamento (nível de treinabilidade), e do tipo de
exercício (especificidade do movimento) (DENADAI, GRECO, 2005).
A ACSM (2014) emprega os princípios FITT-VP para a prescrição de exercícios para
adultos aparentemente saudáveis, ou com algumas doenças crônicas, incapacidades ou
condições de saúde. “F de Frequência (o quão frequentemente), I de Intensidade (quão forte),
T de Tempo (duração) e T de Tipo (modo ou que tipo), além de V de Volume (quantidade) e
P de Progressão (avanço)”.
Ainda conforme o ACSM (2014), uma sessão de exercícios deve incluir aquecimento
de 5 a 10 min: se caracteriza por uma fase de transição que permite que o corpo se ajuste às
alterações das demandas fisiológicas, biomecânicas e bioenergéticas; desenvolvimento ou
condicionamento: parte principal que inclui exercícios aeróbicos, de resistência muscular
localizada, de flexibilidade, neuromotores e/ou atividades esportivas; por último volta à calma
de 5 a 10 min: realizada a partir do exercícios da parte principal com baixa intensidade
permitindo uma recuperação gradual do metabolismo.
Para se elaborar um programa de treinamento adequado ao objetivo do sujeito alguns
princípios devem ser levados em conta a fim de garantir uma melhora progressiva, ou uma
manutenção do condicionamento ou do rendimento esportivo. São estes: princípio da
individualidade, princípio da reversibilidade, princípio da especificidade e o princípio da
carga progressiva (DENADAI, GRECO, 2005). Conforme os autores, o princípio da
12

individualidade considera que cada indivíduo responde de uma forma própria ao treinamento.
A carga de treinamento deve ser individualizada mesmo em indivíduos com o mesmo nível de
treinamento, também devem ser considerados fatores genéticos, tipos de fibras musculares
predominantes entre outras variabilidades individuais. Posteriormente os autores apresentam o
princípio da reversibilidade, este propõe que ao interromper ou reduzir os estímulos, as
adaptações serão parcial ou totalmente perdidas após 1 ou 2 semanas. O princípio da
especificidade expõe que para que ocorra a melhora de um certo parâmetro, o estímulo deve
ser de acordo para gerar as adaptações esperadas. Este princípio não é tão relevante para
pessoas sedentárias ou ativas, ao contrário de atletas, onde se sugere o treinamento na própria
modalidade. O último princípio apresentado por Greco e Denadai (2005) é o da carga
progressiva, este sugere que os estímulos devem ser crescentes para que ocorra um aumento
da capacidade funcional, a fim de evitar um platô ou redução das adaptações adquiridas. Essa
progressão pode ocorrer por meio do volume, frequência, intensidade, nível de complexidade
do exercício e número de competições.

2.2.1 Tipos de exercícios

McArdle (KATCH, KATCH, 2011) refere que o treinamento contínuo refere-se a um


exercício de longa duração, com ritmo cadenciado, e de intensidade aeróbica moderada ou
alta, normalmente com 60 a 80% do VO2máx. O exercício contínuo é recomendado para
iniciantes por se tratar de um exercício mais confortável, porém, sua intensidade pode ser
aumentada manipulando as variáveis, conforme o objetivo do treinamento.
Quando o treinamento aeróbico contínuo é dividido, este passa a se caracterizar por
um método de treinamento fracionado, dividido em partes. Este treinamento costuma ser
utilizado com pessoas inativas e/ou sedentárias com baixo condicionamento físico, ou como
forma de complemento em outros tipos de treinamentos, como no treino de resistência,
objetivando intensificar o gasto calórico, e outros (MORENO, LIBERALI, NAVARRO,
2009).
Outro tipo de exercício que vem sendo muito utilizado nos últimos anos é o
treinamento intermitente, popularmente conhecido como treinamento intervalado de alta
intensidade (termo em língua inglesa - High Intensity Interval Training - HIIT). Para Gibala et
al. (2012), o HIIT é caracterizado por breves disparos intermitentes de atividade vigorosa,
intercalados por períodos de descanso ou exercício de baixa intensidade. Como a falta de
tempo para se exercitar costuma ser a queixa mais comum da inatividade física, o HIIT se
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apresenta como uma boa alternativa para estas pessoas, produzindo resultados semelhantes ao
método de treinamento contínuo (SILVA JUNIOR, LOPES, AUGUSTO, 2009. CONTE,
FERREIRA, 2016).

2.2.2 Volume

O volume (quantidade) de exercício é o produto de frequência, intensidade e tempo


(duração) do exercício (ACSM, 2014). O volume de uma sessão de treinamento também pode
ser expressa a partir da distância, duração, ou número de repetições e séries de uma mesma
sessão (GRECO, DENADAI, 2005).
O ACSM como estimativa do volume de exercício de modo padronizado, utiliza de
equivalentes metabólicos por minuto e por semana (MET-min.semana), e quilocalorias por
semana (kcal.semana) (ACSM, 2014). O MET é um índice de gasto energético que é definido
como a razão entre a taxa de energia gasta durante uma atividade e a taxa de energia gasta
durante o repouso. Conforme Garber et al. (2011), de 500 a 1000 MET-min.semana é o
volume desejado razoável para um programa de exercícios para a maioria dos adultos a fim de
obterem os benefícios para a saúde e para o condicionamento físico.
McArdle e colaboradores (2011) referem que não existe uma duração limiar da sessão
de treinamento para um aprimoramento aeróbico, este irá depender de todas as variáveis do
treinamento.

2.2.3 Intensidade do exercício

A intensidade do exercício é quem determina a fonte energética predominante, os


grupos musculares ativos, os tipos de fibras musculares, e a quantidade de massa muscular
envolvida. Quanto maior a intensidade, maior a quantidade de energia utilizada (kcal/min)
(DENADAI, GRECO, 2005).
Para McArdle e colaboradores (2011) a intensidade atribuída do exercício relaciona-se
ao ponto em que o exercício deixa o ritmo estável (limiar de lactato), ou em um percentual da
capacidade fisiológica máxima (% do VO2max, % da FCmax), ou a capacidade de realizar
exercícios máximos. Para mensurar a intensidade relativa de uma atividade física existem
diferentes formas, dentre as mais comuns, %VO2max, %VO2R, %FCmax, %RFC, ou
equivalentes metabólicos (MET) (ACMS, 2014).
14

O VO2max é o índice fisiológico que melhor representa a potência aeróbica máxima, é a


medida da quantidade máxima de energia que pode ser produzida pelo metabolismo em uma
determinada unidade de tempo (DENADAI, GRECO, 2005). A forma mais exata de se
descobrir o VO2max de um indivíduo é através do teste de ergoespirometria, o mesmo é
realizado somente em laboratório (MCARDLE, KATCH, KATCH, 2011). Porém, existem
testes mais acessíveis que servem avaliar indiretamente o VO2max, que podem ser realizados
até mesmo dentro de academias. Tais como, teste de Cooper, teste de milha, teste de vai e
vem de 20 m, e outros. O VO2max tem sido um índice muito utilizado nas últimas décadas para
avaliação do nível de aptidão aeróbica, sendo este aplicado desde atletas até sedentários
(CAPUTO et al., 2009).
Outra capacidade fisiológica muito utilizada é a frequência cardíaca (FC), esta
corresponde ao número de ciclos cardíacos por minuto, este é diretamente influenciado pelo
treinamento aeróbico (DENADAI, GRECO, 2005). A FCmax de um indivíduo pode ser
encontrada no momento de pico durante um exercício máximo, ou conforme o ACSM (2014)
apud Fox e Haskell (1971) através do cálculo “220 - idade”, entre outros cálculos.
Um método bem acessível para determinar a intensidade do exercício é por meio da
utilização da escala de percepção subjetiva de esforço (PSE), a escala de Borg. Trata-se de um
método em que o praticante indica um número (inicialmente 6 para nenhum esforço, e por
último 20 para esforço máximo) respectivo com a sensação subjetiva durante o exercício
(ACSM, 2014). A nota atribuída ao exercício correlacionam-se com as medidas objetivas da
sobrecarga fisiológica/metabólica (% da Fcmax, % do VO2max) (MCARDLE, KATCH,
KATCH, 2011).
Uma forma de aumentar a intensidade em aparelhos aeróbicos de academias, é
aumentando a velocidade no mesmo. Para Denadai e Greco (2005), o aumento da velocidade
é uma forma absoluta de manipular a intensidade, pois não leva em conta a capacidade
funcional do indivíduo. Porém, quando está variável for relacionada com alguma variável
fisiológica do indivíduo, passa a ser uma forma relativa de intensidade (por exemplo,
%FCmax).
A recomendação do ACSM (2014) utiliza o VO2R e o RFC para a prescrição da
intensidade do treinamento. Os valores de %RFC e %VO2R apresentam uma maior correlação
em seus resultados. Estes dados se definem como a porcentagem da diferença entre o valor
máximo, e em repouso (FCR = (FCmax - FCR)%, e VO2R = (VO2max - VO2R)%) (CUNHA,
FARINATTI, MIDGLEY, 2011).
15

No geral, intensidades inferiores a 60% da FCmax, ou 50% do VO2max são insuficientes


para promover uma melhora do sistema cardiorrespiratório (DENADAI, GRECO, 2005). O
ACSM (2014) recomenda exercícios aeróbicos de intensidade moderada (por exemplo, 40 a
60% da reserva da frequência cardíaca (RFC) ou reserva de captação de oxigênio (VO2R) a
vigorosa (por exemplo, 60 a 90% da RFC ou VO2R).

2.2.4 Prescrição do treino aeróbico nos centros de treinamento


Academias de ginástica e musculação são locais que dispõe de diversas possibilidades
para a prática e prescrição do treinamento aeróbico. Um estudo de Cavalcanti et al. (2015),
teve como objetivo identificar a importância, e como ocorre a prescrição ou solicitação de
treinos aeróbicos pelos professores e alunos. Foi identificado que 43,3% dos alunos têm
preferência pelo treinamento de força separadamente, e os mesmos 43,3% preferem realizar o
treinamento de força junto com treinamento aeróbico, e 13,3% dos alunos preferem realizar
somente o treinamento aeróbico. Apenas 10% da amostra realiza um maior volume de treino
com os exercícios aeróbicos. Quanto aos profissionais de educação física, 23,3% dos
professores acham o exercício aeróbico importante. Os mesmos conhecem as variáveis para a
prescrição da intensidade, porém, 16,6% não costumam prescrever este tipo de treinamento.
Também percebeu-se que a academia não possui protocolo para avaliar a capacidade
cardiorrespiratória dos alunos.
A pesquisa de Bernardo et al. (2020), buscou investigar as prevalências da prescrição e
interpretação profissional, e da prática de exercício aeróbico em jejum (AEJ) por alunos
praticantes de musculação, além de comparar o conhecimento de professores e alunos sobre a
prática do mesmo. Os professores relataram não prescrever atualmente o AEJ. Encontrou-se
que 18 alunos praticam exercício aeróbico em jejum sem prescrição profissional, dentre estes,
14 em intensidade vigorosa, e 7 visando o emagrecimento. Ainda, 14 alunos relataram realizar
a prática dentro da academia, com média de frequência semanal de 3,0 ± 1,4 vezes por
semana, tendo como duração média da sessão, 43,3 ± 28,3 minutos.
Prescrever, avaliar, testar, e acompanhar o treinamento, são tarefas do profissional de
educação física, em prol do desenvolvimento e cuidado com seus alunos. Ceschini et al.
(2018), buscou em um estudo descrever sobre o conhecimento de profissionais de Educação
Física atuantes em academias, a respeito da recomendação do exercício aeróbico e resistido
para idosos. Quanto às variáveis do treinamento aeróbico, o percentual de acerto dos
professores foi de 71,5% para o critério duração, 60,3% para frequência semanal, e 20,2%
para intensidade, sendo que apenas 9,3% dos profissionais acertaram todos os critérios.
16

2.3 Recomendação de exercícios aeróbicos

A atual diretriz da Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que adultos


devem realizar pelo menos 150 a 300 minutos de atividade física aeróbica de moderada
intensidade; ou pelo menos 75 a 150 minutos de atividade física aeróbica de vigorosa
intensidade; ou uma combinação equivalente de atividade física de moderada e vigorosa
intensidade ao longo da semana para benefícios substanciais à saúde (Bull et al., 2020).
Outra recomendação é apresentada pelo Colégio Americano de Medicina Esportiva
(ACSM) juntamente com a Associação Americana do Coração (AHA) (2014), que
recomendam que todos os adultos saudáveis entre 18 e 65 anos de idade devem participar de
atividade física aeróbica de intensidade moderada, por um mínimo de 30 minutos em 5 dias
da semana, ou de intensidade vigorosa por um mínimo de 20 minutos em 3 dias da semana.
Este treinamento pode ser redistribuído de outras formas desde que alcance o total
recomendado.
17

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.1 Caracterização da pesquisa

Quanto ao objetivo o estudo caracteriza-se como de natureza transversal descritiva,


visa descrever o perfil de determinado fenômeno. Pesquisa de abordagem quantitativa, irá
representar aquilo que pode ser medido, contado (CHEMIN, 2020). Os dados serão
quantificados e generalizados, sua análise é estatística e os resultados recomendam uma linha
de ação final (CHEMIN, 2020).

3.2 Sujeitos da pesquisa

Pesquisa não probabilística intencional. Os sujeitos da pesquisa serão frequentadores


de academias de ginástica e musculação do Vale do Taquari e Rio Pardo, maiores de 18 anos.

3.2.1 Critérios de recrutamento

Convite via rede social e app de mensagens da rede de conhecidos dos pesquisadores.

3.2.2 Critérios de inclusão

Frequentar uma academia de ginástica e musculação no Vale do Rio Pardo e Taquari


no mínimo por 3 meses, ter 18 anos ou mais. Concordar e aceitar o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE).
18

3.2.3 Critérios de exclusão

Não ter preenchido corretamente o questionário ou deixar questões em branco.

3.3 Forma de obtenção de dados

Se caracteriza por uma pesquisa online, através de questionário a ser disponibilizado


no aplicativo Formulários do Google, o link será disponibilizado por meio de rede social e
app de mensagens. O questionário contará com 3 perguntas descritivas relacionadas a
antropometria do sujeito, e 15 perguntas de múltipla escolha, relacionadas ao treinamento
aeróbico (características, variáveis, preferências, e orientações profissionais do treinamento).
Após a montagem da primeira versão do questionário, o mesmo foi encaminhado para três
professores com conhecimento na área. Após seu retorno, foram feitos alguns ajustes para que
o mesmo atenda as demandas da pesquisa.

3.3.1 Cronograma

O cronograma está apresentado no quadro 1.

Quadro 1: Cronograma de execução.

Cronograma de execução da pesquisa do semestre B/2021

Atividades Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

Envio e aprovação do TCLE ao COEP x

Coleta de dados x x

Análise dos dados coletados x x

Redação do artigo x

Revisão da escrita e normas técnicas x

Postagem e defesa x

Postagem da versão definitiva x

3.4 Riscos e Benefícios


19

O entrevistado que participar desta pesquisa terá riscos mínimos, a mesma poderá
causar constrangimento e/ou perda de tempo ao mesmo. Terão o benefício de conhecer as
orientações adequadas para o treinamento aeróbico, os entrevistados que optarem por
informar seu endereço de e-mail na pesquisa.

3.5 Questões éticas e legais

Todos os entrevistados devem ler e concordar com o Termo de Consentimento Livre e


Esclarecido (TCLE). Este documento deverá estar anexado ao arquivo do projeto de pesquisa
cadastrado na Plataforma Brasil, devendo ser submetido à apreciação de um Comitê de Ética
em Pesquisa (COEP).

3.6 Forma de análise de dados

Os dados serão organizados em tabela do Excel. Após será utilizada estatística


descritiva, com descrições de tendência central (média), de dispersão (desvio-padrão) e
distribuição de frequência (percentual). As comparações das variáveis contínuas serão
realizadas por meio do teste t para amostras independentes, enquanto que as proporções serão
comparadas por meio do teste Qui-quadrado. Todos os procedimentos serão realizados no
software SPSS versão 20.0.
20

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Matthew J.; CARDON, Greet; CARTY, Catherine; CHAPUT, Jean-P.; CHASTIN, Sebastien;
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KATZMARZYK, Peter T.; LAMBERT, Estelle; LEITZMANN, Michael; MILTON, Karen;
21

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24

APÊNDICE- TCLE

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

Você está sendo convidado a participar, como voluntário, de uma pesquisa online,
intitulada Perfil do treinamento aeróbico realizado por frequentadores de academias de
ginástica e musculação do Vale do Rio Pardo e Taquari, desenvolvida por Franciele
Letícia Storch, acadêmica do curso de Educação Física – Bacharelado, da Universidade do
Vale do Taquari – Univates, sob orientação do Prof. Dr. Carlos Leandro Tiggemann.
O objetivo central do estudo é: avaliar o perfil do treinamento aeróbico de usuários de
academias de ginástica e musculação do vale do Rio Pardo e Taquari. O convite a sua
participação se deve a uma pesquisa referente ao trabalho de conclusão de curso de
graduação. Sua participação é voluntária, isto é, ela não é obrigatória, e você tem plena
autonomia para decidir se quer ou não participar, bem como retirar sua participação a
qualquer momento. Serão garantidas a confidencialidade e a privacidade de sua identidade. A
qualquer momento, durante a pesquisa, ou posteriormente, você poderá solicitar do
pesquisador informações sobre sua participação e/ou sobre a pesquisa, o que poderá ser feito
através dos meios de contato explicitados neste Termo.
Você irá responder a 18 questões obrigatórias através de um questionário online.
Sendo 3 delas descritivas, referente a sua antropometria, e 15 delas de múltipla escolha,
referente a características do perfil do seu treinamento, como objetivo, tempo de treinamento,
modalidade, frequência semanal, duração da sessão, intensidade e controle da mesma,
realização de testes de aptidão, e o quão importante você considera este tipo de exercício.
25

Você não terá nenhum custo para participar desta pesquisa. As informações desta
pesquisa poderão se tornar públicas, mantendo-se sempre o sigilo dos participantes. Você
levará aproximadamente 9 minutos para responder as 18 perguntas.
Após concluído o estudo, os entrevistados interessados no retorno dos resultados, terão
o benefício de conhecer as orientações adequadas do treinamento aeróbico. Afim de obter os
benefícios que o mesmo pode ocasionar. Para receber tais informações, o mesmo terá de
informar seu endereço de e-mail.
Em caso de dúvida quanto à condução ética do estudo, entre em contato com o Comitê
de Ética em Pesquisa da Univates (Coep/Univates). O Comitê de Ética é a instância que tem
por objetivo defender os interesses dos participantes da pesquisa em sua integridade e
dignidade e para contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos. Dessa
forma o comitê tem o papel de avaliar e monitorar o andamento do projeto de modo que a
pesquisa respeite os princípios éticos de proteção aos direitos humanos, da dignidade, da
autonomia, da não maleficência, da confidencialidade e da privacidade.
Contatos COEP: (51) 3714.7000, ramal 5339 e coep@univates.br.

Contatos pesquisadores:

Pesquisador responsável: Carlos Leandro Tiggemann


E-mail: cltiggemann@univates.br
Telefone: (51) 99919-6271

Pesquisadora discente: Franciele Letícia Storch


E-mail: franciele.storch@universo.univates.br
Telefone: (51) 99617-3735

(Botão para marcar) Declaro que entendi os objetivos e condições de minha participação na
pesquisa e concordo em participar.
26

ANEXO – Questionário

QUESTIONÁRIO PERFIL DO TREINAMENTO AERÓBICO EM


FREQUENTADORES DE ACADEMIAS DE GINÁSTICA E MUSCULAÇÃO

Pretendemos por meio deste questionário conhecer avaliar o perfil de treinamento aeróbico
realizado por frequentadores de academias de ginástica e musculação. As perguntas
pretendem conhecer o perfil do praticante, e as variáveis deste tipo de treinamento, como
frequência semanal, duração da sessão, intensidade, avaliação e prescrição do treinamento.

Suas respostas serão muito importantes! Leia as perguntas com atenção e marque somente
uma alternativa a cada questão. Obrigado pela sua participação!

1. Idade (anos) (descritiva)


2. Sexo

A. Feminino

B. Masculino

3. Peso (kg) (descritiva)


4. Altura (m) (descritiva)
5. Objetivo de treinamento

A. Emagrecimento

B. Saúde/qualidade de vida

C. Hipertrofia
27

D. Condicionamento físico/performance

E. Outro

6. Tempo de treinamento físico na academia (desconsidere paradas de apenas um mês)

A. 4 a 6 meses

B. 7 a 12 meses

C. 13 a 24 meses

D. > 24 meses

7. Qual a modalidade principal que você realiza na academia

A. Musculação

B. Crossfit/funcional

C. Ginásticas (jump/aeróbica/localizada/outra em grupo)

D. Treinamento aeróbico (esteira/elíptico/bicicleta)

E. Outro

As próximas questões referem-se ao treinamento aeróbico (esteira, bicicleta, elíptico,


dança/Zumba/jump/step) realizado dentro da academia. Importante, NÃO considere aqui
aqueles minutos (10 ou menos) que você realiza de aquecimento no início da sessão.

8. Qual o nível de importância que você dá ao treinamento aeróbico (treinamento


contínuo – esteira/elíptico/bicicleta/ginásticas)

A. Não acho importante

B. Indiferente

C. Pouco importante
28

D. Importante

E. Muito importante

9. Qual desses exercícios você mais pratica na academia

A. Esteira

B. Bicicleta/spinning

C. Elíptico

D. Aula de dança/Zumba/jump/step/e outras

E. Outro

10. Qual o tipo de treinamento que você mais realiza

A. Contínuo (sem paradas)

B. Intermitente (HIIT) – intercalando intensidades

C. Fracionado – dividir o tempo total durante a sessão

D. Outro

11. Na maioria das semanas, quantas vezes por semana você realiza este tipo de
treinamento

A. 1 vez

B. 2-3 vezes

C. 4-5 vezes

D. 6-7 vezes

12. Na maioria das vezes, quanto tempo dura cada sessão (somado no dia)

A. Até 15 min

B. de 16 min a 30 min
29

C. de 31 min a 60 min

D. de 60 min a 90 min

E. mais de 90 min

13. Você ou o professor/Personal Trainer utiliza algum equipamento ou teste para medir a
intensidade do exercício

A. Não uso nada, apenas faço

B. Sim, controlo a frequência cardíaca

C. Sim, usa a velocidade do aparelho (esteira, bicicleta, elíptico)

D. Sim, usa a escala de percepção de esforço

E. Sim, outro

14. Durante a maioria das sessões, como você percebe a intensidade dos treinamentos

A. Leve

B. Moderado

C. Intenso

D. Muito intenso

E. Não presto atenção / não sei

15. Quem prescreveu o seu treinamento aeróbico

A. Um profissional de educação física/Personal Trainer da academia

B. Outro professor ou Personal Trainer fora da academia

C. Ninguém, faço do meu jeito


30

D. Peguei na internet

E. Outro

16. Realiza algum teste para avaliar sua aptidão cardiorrespiratória

A. Não, nenhum

B. Sim, teste de Cooper

C. Sim, teste na esteira

D. Sim, teste na pista

E. Sim, outro

17. Em relação ao teste realizado, com que frequência você realiza o mesmo

A. Não faço testes

B. Sim, a cada 3 meses

C. Sim, a cada 6 meses

D. Sim, 1 vez por ano

E. Sim, esporadicamente

18. Se somarmos o tempo total de exercício aeróbico na semana, você alcançaria o tempo
total de 150 minutos na maioria das semanas? Qual resposta melhor descreve sua situação.

A. Sim.

B. Não, acho desnecessário

C. Não, falta tempo

D. Não, nunca fui estimulado a alcançar esta meta

E. outro

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