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FL 02951
FL 02951
1982
Pe.t r o l.í.n a , PE.
Princípios de
CENTRO DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO TRÓPICO SEMI-ÁRIDO
CPATSA
-
Paulo Cesar Far~as
. 2/
Gomes-
1/
- Trabalho de rev~sao apresentado no I Curso Sobre Manejo de Solo e Água em
Propriedades Agrícolas do Trópico Semi-Árido.
; .
INTRODUÇÃO 01
PIEZÔMETRO 10
MÓDULO DE DRENAGEM 12
~TODOS DE DRENAGEM 16
BIBLIOGRAFIA ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 20
01
INTRODUÇÃO
-' .
vidade biológica que são indispensáveis aos processos fisiológicos dos culti-
midade sub-superficial.
gua que, sob certas condições de topografia desfavorável e baixa drenagem ln-
terna do solo, podem dar origem a problemas de drenagem. Quando tais excessos
totalmente comprometida.
vos, para que seja mantido no solÓ'um nível de salinidade tolerável pelas pla~
tas. Neste caso, a menos que exista um eficiente sistema de drenagem, capaz de
gua subterrânea.
impostas pelas necessidades de lavagem dos solos que apresentam um alto teor
irrigação, estas perdas devem ser consideradas, em vista do valor real e poten
cial da água como recurso, devendo serem tomadas decisões com respeito ã viabi
lidade econômica de revestir os canais para conservar a agua e reduzir as ne-
cessidades de drenagem.
raçao e baixa. Tal fato, faz com que, nas zonas baixas, o lençol freático suba
a referida zona e das partes altas dos terrenos adjacentes por escoamento su-
perficial e sub-superficial.
am, principalmente quando suas ondas de cheia afetam parte dessas áreas. Em o~
tros casos, a fonte de recarga está situada nas partes altas dos terrenos adj~
centes.
INVESTIGAÇÃO DE CAMPO
fundas, no geral, ate 10 m ou mais, ou ate ser atingido o primeiro estrato que
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alta permeabilidade suas espessuras ate 10 -m, e da ma i.o r importância, poi s pode
dar uma ideia do tipo de fluxo de agua subterrânea ate o dreno (horizontal ou
água subterrânea, bem como dos pontos de alimentação e descarga, fornece subsi
ção, fundamentalmente, consiste num furo vertical feito no terreno, ate a pro-
fundidade que cubra o nível mínimo do lençol freático. A abertura do poço pode
maçoes por um tempo, pelo menos, igual a um ano. Por isso, para assegurar sua
Ias da seguinte maneira: instala-se, dentro do poço feito, um tubo com diâme-
tro de uns 5 em, o qual deve ficar a uns 10 cm do fundo do poço e sobressair-
fundo do poço e entre as p.aredes deste e as do tubo, até próximo ao nível maxl
de concreto para fixar o tubo na superfície do terreno. Para que o poço apre-
sente a maior sensibilidade possível, convem que o tubo a ser usado seja perfu
bloco de concreto
30 a 4Scm
~I:":'C ;E' ..~
,,_o~ ~;"--:
/1 _ /1
Terra batida /
<r-- Cas calho fino
te, resulte mais conveniente de acordo com ,seu custo de aquisição e condições
de conservaçao.
servação pode oscilar entre 500 a 2000 m. Kessler (citado por Grassi) estabele
rea. Se a area for de 100, 1000 ou 10.000 ha, o número de pontos deve ser de
tar a confecção e interpretação dos wapas, bem como a representação dos perfís
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de nlvelS freaticos.
Cada poço instalado deve estar registrado COm toda a informaçao necessa- -
rla para individualiza-Ia. O registro deve incluir: a) sua localização e eleva
-
çao (cota do nível do terreno e do extremo sUperlor do tubo que fica aClma do
mOS e mínimos. Entretanto, para fins de projeto sao requeridos leituras men-
b) Confecçao de mapas
cos disponíveis.
vo da conàutiviàade hidráulica.
10,5
10,0
9,5
9,0
que as separa, define o gradiente hidráulico (h/L = i). Uma variação no gradi-
1 - - .
Quando, na equaçao de Darcy para fluxo de agua subterranea (Q = A.K.l), repre
sentamos a área (A) pelo produto da espessura (H) do estrato transmissor por
•
08
5.8
5.6
batas) ligam pontos do lençol que se encontram ã mesma profundidade com rela-
fetação do problema, sendo o mapa mais importante para justificar ou nao a rea
lização de uma obra de drenagem, já que ê o que permite realizar urna análise
, •
12,0
11,5
10,5
--- 10,5
•
10 ,O ~
10,0
9,5 ~ - -
terreno.
isohypsas:
perfís dos níveis freáticos na direção do fluxo (Figura 5), o que nos dã uma ~
d~ia mais clara dos gradientes hidráulicos existentes e suas variaçoes ao lon-
i.
Terreno
N. Freático
P. Rocha
c) PiezÔmetro
•
11
::;
N. Fre at i.co
I
_Poço de observação
~ Piezômetros
e o de permeabilidade.
CRIT~RIOS DE DRENAGEM
Para que se possa traçar e dimensionar a rede de drenagem, dois cri te-
rlOS devem ser estabelecidos: 1) a profundidade otima que deve ser mantido o
gemo
•
12
cer a uma pequena profundidade, pois ass~w a franja capilar pode aliwentar as
culturas anuais comuns e um pouco ~ais para as de sistema radicular mais pro-
fundo e para as culturas perenes. Para a França, Rolley (citado por Poiree-
Olliver) indica os ve Lor es cmed í.os constantes da tabela abaixo, segundo os cul
Rolley.
ter especial cuidado para que a aplicação de agua seja adequada, isto ~, siste
ãtico seja mantido a profundidades ~aiores, sendo 2,50 w uma profundidade õti-
ma.
a) Mõdulo de drenagem
•
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escoada em 24 horas pelo menos. Geralwente, ê referido em metros por dia (m/
o mõdulo de drenagem (q) depende da quantidade de agua que deve ser eli-
rados. Em resumo, o mõdulo de drenagem deve ser selecionado de maneira que eli
mlne o excesso de água do solo, a' uma velocidade que possa evitar serios danos
aos cultivos.
media anual for inferior a 750 mm q = 6,4 mm/dia; b) para precipitação entre
Larson (citado por Roe e Ayres) observou que, para o Nordeste da regiao
nas regioes úmidas variam geralmente de 6,4 a 25,4 rnrn/dia.Citado por Schwab,
Weir afirma que, nas zonas irrigadas, o mõdulo pode variar desde 1/10 ate 1/2
Um dreno cria um centro de baixa pressão que origina um fluxo em sua di-
reção, fazendo com que a curva que separa o solo saturado e não saturado (cur-
nha uma forma elíptica. Devido a esta forma elíptica da curva de saturação, e-
N. Terreno
---;""1"-7r-_=-::_~/Tlrl /2/
N. Freático
que se encontra a camada impermeável com relação ã linha dos drenos. Se a cama
da impermeável se encontra a uma profundidade igualou menor do que 5 m da su-
NT
C.IMP.
r-- E
--~
Figura 8. Diagrama mostrando os elementos da fórmula de Hooghoudt para
guinte:
E / 4 K H (2 D + H) /q
--------- ---
16
E 2 H .; K/q
c) Metodos de drenagem
chuvas ou de excesso
,-
d agua de 1rr1gaçao na area; de
-
infiltraçao lateral
traçao das águas de rios adjacentes; de canais sem revestimentos; ou, de movi-
Drenos interceptores:
Se a água entra em uma area em forma de um fluxo lateral sobre uma cama-
ser interceptado por meio de uma vala ou de drenos subterrâneos (ex.: manilha)
localizados nas adjacências da área. Este método e de baixo custo pois uma uni
dade linear de dreno cobre uma grande área. O sucesso deste metodo consiste em
eliminar qualquer movimento de água sob o dreno, pelo menos ã uma considerável
profundidade. Assim, o fundo do dreno interceptor deve estar sobre o "stratus"
Drenos subterrâneos:
nagem subterrânea (de alívio} deve ser considerada. Este termo e aplicado a si~
•
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temas nos quais os drenos sao distribuídos ao acaso na área em questao. Este é
o metodo mais eficiente onde a fonte de água não esta bem definida ou quando
para ser interceptada por drenos interceptores. Esta e a única alternativa pa-
Poços:
10, pois ele necessita de um rápido movimento lateral d'água para bombeamento
que provoca o abaixamento do lençol freático. O uso deste sistema depende, pri
tara de muitos poços e os custos serão excessivos. Onde nao existe uma quanti-
Tipos de drenos:
mente onde são requeridos drenas de grande capacidade. Neste tipo, as aguas su
perficiais podem facilmente ser removidas pois elas nao necessitam p er co lar a-
traves do solo para alcançar o dreno. Estes drenos requerem urna regular manu-
tenção que consiste na remoçao de ervas, e de solo que cai e erode dentro de-
le. As plantas aquáticas são os principais problemas, mas podem ser controla-
das por me10 de fogo ou produtos químicos. A remoção do solo pode ser -feita
Urna outra desvantagem do dreno tipo vala, é a area que ele ocupa. Ele c~
mumente tem um fundo largo, entre 0,30 m a 1,20 m; possui uma secção transver-
sal trapezoidal com taludes de 1)2 para 1 ou 1 para 1 em solos coesivos e, aC1
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1,20 m a 2,40 m. Para evitar que o solo escavado do dreno caia dentro do mes-
a área ocupada por urrdreno está em torno de 1 hectare por 1.000 metros de dre-
no. Este tipo de dreno utilizado nas áreas irrigadas, e como dreno principal,
dos. A água do solo penetra para dentro do sistema nos pontos de contato entre
dois tubos. Em alguns tipos de solo, o tubo deve ser envolvido em are~a grossa
que eles sofram rápida deteriorização. Como a função da linha principal e con-
duzir a água coletada pelos laterais, as juntas entre os tubos desta linha po-
dem ser cimentadas ou, então, a linha principal ser construída com tubos de con
creto, colados uns aos outros nos pontos de junção. Se alguma parte do sistema
fica localizado acima do lençol freático, as juntas, nestes locais, devem ser
por meio de uma conexão. As aberturas tubulares são relativamente pouco profu~
das (0,60 m a 0,80 m) e por isto o espaçamento entre estes drenas ê muito infe
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rior aos das valas ou das linhas de tubos, que sao localizados em uma IDa~or
argilosos. Assim mesmo, elas devem ser refeitas num período entre um a tres
anos.
los' com solo. Estes tipos de drenas só são efetivos temporariamente. Eles ten-
dem a ser obistruídos com as partículas finas do solo. Geralmente seus usos
BIBLIOGRAFIA
GRASSI, C.J. & CHRISTI~~SEN, J.E. - Manual de Drenagem Agrícola. Merida, Vene-
zuela, CIDIAT. 1969.