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Os Adolescentes e os vícios

A A A adolescência é uma fase de muitas mudanças físicas e psicoló gicas, é


acima de tudo, um período de curiosidade. Os adolescentes procuram novas
experiências e tendem a ignorar algumas das regras estabelecidas. Nã o prestam
qualquer atençã o a avisos relativos a riscos para a saú de a longo prazo, visto que
nã o os incomoda na altura.
É normal experimentarem e procurarem novas sensaçõ es e emoçõ es
durante esta fase. Quando entram em contacto com uma série de substâ ncias, os
adolescentes poderã o sentir-se tentados pelos seus efeitos eufó ricos, estimulantes
ou sedativos, e aí pode começar um vício.
Apesar de um uso isolado de uma substâ ncia nã o resultar necessariamente
em adiçã o, o uso na adolescência, aumenta o risco de adiçã o.
O álcool
Para os jovens, a bebida representa uma experiência de acesso ao mundo
adulto, tendo em conta que o consumo de bebidas alcoó licas é observado na idade
adulta, serve como um modelo a ser seguido pelos adolescentes e jovens. Também
a possibilidade de alterar a pró pria consciência e experimentar novos estados
psicoló gicos atrai os adolescentes. Jovens que começam a beber mais cedo têm
maior probabilidade de se tornarem dependentes do á lcool quando adultos. O in-
ício precoce do consumo aumenta também o risco de lesõ es corporais, o
envolvimento em acidentes com veículos, a vulnerabilidade a riscos, como gravidez
indesejada e doenças sexualmente transmissíveis.

O tabaco

Cerca de 80% dos fumadores inicia o consumo de tabaco antes dos 18 anos e
o pico da iniciaçã o nos países ocidentais, incluindo Portugal, ocorre entre os 11 e
os 15 anos. É um facto de quanto mais cedo se começar a fumar, mais rá pida será a
transiçã o para o comportamento regular, mais cigarros serã o consumidos por dia
no futuro, mais grave será a dependência e, consequentemente, maior será a
dificuldade para deixar de fumar. Mesmo com uma prevençã o mais eficaz, como o
envolvimento da escola e da família na prevençã o do tabagismo, continuará a
haver adolescentes que começam a fumar.
Drogas
A adiçã o à s drogas é um comportamento compulsivo de procura e toma
dessas substâ ncias, produzindo sensaçõ es de euforia e excitaçã o ou de
relaxamento e alívio de stress. Todas as drogas sejam elas lícitas ou ilícitas
possuem potencial de gerar vício, porém umas mais fortemente que outras.
Existem vá rios tipos de drogas:

. Drogas depressoras (á lcool, morfina, heroína e metadona);

. Drogas estimulantes (cocaína, anfetaminas e o ecstasy);

. Drogas perturbadoras (cogumelos má gicos, LSD).

Que problemas estã o associados à adiçã o de drogas?


A adiçã o e o abuso de drogas trazem consequências negativas que afetam vá rias
á reas da vida do indivíduo, nomeadamente consequências bioló gicos e de saú de,
psicoló gicas e sociais. Em relaçã o à saú de: problemas cardiovasculares,
respirató rios, renais, de fígado e ainda problemas cognitivos e de memó ria. Por
ú ltimo o consumo de drogas está também associado ao risco de overdose que pode
até ser fatal. Problemas psicoló gicos: perturbaçõ es de ansiedade, perturbaçõ es de
pâ nico, stress pó s-traumá tico, depressã o, bipolaridade, hiperatividade, défice de
atençã o e esquizofrenia. Problemas sociais: no sistema familiar, a nível profissional
e a nível legal (criminalidade).

As redes sociais
Uma das demais dependências dos jovens é as redes sociais. Segundo um
estudo feito em 2017 do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA) mais de
25% dos jovens em Portugal sã o dependentes das redes sociais, consta-se ainda
que a pandemia fez aumentar esta percentagem embora nã o existam dados oficiais
sobre o nú mero de novos dependentes, os psicó logos concordam que “esta
pandemia nos virtualizou”. As redes sociais como o Whatsapp, Instagram, Tiktok e
Twitter viraram parte do nosso dia a dia, porque todas elas atendem a uma das
necessidades bá sicas do ser humano.
Essa dependência causa diversos problemas de saú de, de facto, já há
estudos que relacionam o uso frequente das redes sociais durante a pandemia com
uma maior prevalência de problemas de saú de mental relacionados à sociabilidade
e a questõ es mentais e comportamentais. Prova disso é um estudo realizado pela
University College London (UCL), que chegou à conclusã o que adolescentes do
sexo feminino sã o duas vezes mais propensos a desenvolverem sintomas de
depressã o em consequência do uso excessivo das redes sociais.
O vício das redes sociais pode ser definido como um vício comportamental, ou
seja, o indivíduo altera suas atividades diá rias para ficar conectado. Esse tipo de
conduta compromete compromissos bá sicos do quotidiano, como trabalho, estudo,
vida social e alimentaçã o.
Além da mudança de comportamento, também é vá lido citar outros sintomas
causados pelo vício em redes sociais. Entre os mais comuns, estã o:
— Ansiedade;
— Irritabilidade;
— Angú stia por ficar desconectado;
— Síndrome de pâ nico (tremores, tontura, falta de ar, aceleraçã o do batimento
cardíaco);
— Fobia social.
Estudo por questionário
Apó s a interrogaçã o de 50 jovens anonimamente, a nossa equipa conseguiu tirar
algumas conclusõ es…
Nota: A maior parte dos jovens que respondeu a este questioná rio tem entre os 16
e os 18 anos (96,8%)
• À pergunta “Consideras que tens algum vício?”, 35,5% dos questionados
disseram que sim, 19,4% nã o têm a certeza e 42,5% diz que nã o tem;
• Quando perguntá mos que vícios tinham 12% disseram o á lcool, 6% drogas, 29%
tabaco, 38% roer as unhas, 52% a internet e as redes sociais e 29% disseram
outro para além destes;
• Quando perguntá mos como é que os indivíduos achavam que o seu vicio tinha
começado, 57,1% respondeu dizendo que foi devido a influências exteriores.
Destas influências, 31,8% acham que veio do meio familiar. 81,8% do grupo de
amigos e 13,6% de outro meio;
• 54,3% dos questionados acham que o/os seu/seus vícios afetam a sua qualidade
de vida
• Quando perguntá mos se ja tentaram parar ou acalmar o vicio 75,8% disseram
que sim, mas 57,1% disseram que nã o resultou.

Quais são os sinais de alerta?

SINAIS FÍSICOS
Algumas substâ ncias criam uma dependência no organismo. Parar o consumo
aciona sinais físicos que refletem os chamados "sintomas de abstinência", que
variam consoante a substâ ncia usada: Fome (fumar), Tremores (á lcool), Dor e
suores (opiatos como a heroína, metadona ou outros medicamentos baseados em
codeína).

SINAIS PSICOLÓ GICOS


Um adicto nã o consegue ficar sem o uso da substâ ncia. A abstinência é
acompanhada por nervosismo, ansiedade e uma sensaçã o de mal-estar.
Qualquer consumo de uma substâ ncia ou prá tica de uma atividade que se torna
regular e que muda o estilo de vida (como um alheamento da vida social) deve ser
considerado como um sinal de alerta de adiçã o, nomeadamente uma dependência

Como evitar que se torne um risco para o individuo?

A dificuldade na prevençã o reside na identificaçã o de comportamento de alto risco,


sem exagerar quando um adolescente experimenta, sem deixar de ignorar estes
casos de consumo iniciais.

· Prevenir o início do consumo da substâ ncia ou adiar a idade em que começa: os


pais desempenham um papel principal nesta forma primá ria de prevençã o. O
á lcool, por exemplo, nã o deve ser introduzido no lar antes do fim da adolescência.
Os inevitá veis videojogos - mesmo para os mais novos - nã o devem atrasar a hora
de dormir. É aconselhá vel, sempre que necessá rio, retirar todos os aparelhos
digitais, tablets e telefones, dos quartos de crianças com menos de 15 anos e tentar
supervisionar o seu uso - com o seu consentimento - no caso de jovens maiores de
15 anos.
· Nunca deixar morrer o diá logo entre pais e filhos: a disponibilidade dos pais nesta
idade crucial da adolescência é a melhor proteçã o contra o abuso. Tentar manter
atividades de lazer partilhadas de forma a ter uma melhor compreensã o das suas
expectativas em relaçã o ao adolescente e manter contactos.

· Evitar o uso regular: melhorando a identificaçã o e agindo precocemente. Uma


queda no desempenho académico e isolamento em relaçã o aos pares sã o sinais que
devem alertar os pais.

· Evitar danos na saú de e nas relaçõ es sociais: uma primeira experiência de


expatriaçã o para crianças com idades entre 12 e 18 anos pode representar um
risco. Numa idade em que os adolescentes sentem que estã o num grupo de amigos,
os adolescentes têm de ser apoiados se mudarem para outro país para evitar
quaisquer
riscos. A expatriaçã o deve ser plenamente aceite como uma oportunidade por
todos os membros da família.
Como prevenir:

1) Informação
– Estabelecer programas de educaçã o sobre drogas, vícios e educaçã o e saú de

– Informar a populaçã o infantil, jovem e adulta sobre o uso e os efeitos dos


medicamentos.

2) Prevenção
– Detetar vícios

– Estabelecer um contato com a pessoa para encontrar soluçõ es, buscando


conhecer o vício e informando sobre os recursos e as alternativas disponíveis.

– Motivar e promover uma atitude favorá vel em relaçã o à mudança

– Promover relaçõ es pessoais está veis e saudá veis nas famílias com dependentes.

3) Assistência
– Avaliar o estado físico e psicoló gico do viciado em propor um tratamento e
acompanhamento

– Estabelecer um sistema de atendimento para situaçõ es de emergência devido ao


uso de substâ ncias

– Incentive a pessoa viciada a estabelecer contato constante com os centros de


prevençã o pró ximos à sua casa.

genuína da substâ ncia ou atividade. Para adolescentes na escola, qualquer queda


no desempenho académico deve ser levada a sério pelos pais.
O impacto dos vícios na vida pessoal de um indivíduo
A pior consequência dos vícios é o aprisionamento que a dependência traz.
Como tratar de um vicio?
Seja o vício em á lcool, drogas, internet ou até no trabalho, existem maneiras
de
controlá -los. O caminho mais recomendado é a procura de um profissional psicó l-
ogo ou psiquiatra, visto que, além de investigar as origens do problema, também
irá estudar técnicas para acabar com a dependência emocional. Essa dependência é
consequência do que o indivíduo sente quando consome a fonte de seu vício.
Algumas pessoas alegam sentir-se mais confiantes, interessantes e sociá veis
quando em contato com o á lcool, drogas, etc.
É necessá rio desassociar a ideia positiva que o vício traz, daí a necessidade
de acompanhamento profissional que, além disso, irá tratar os efeitos causados
pela dependência, como a depressã o, ansiedade, baixa autoestima, dentre outras
consequências psicoló gicas. O importante é o dependente admitir a si mesmo e aos
outros que tem um problema e que quer ser curado.

Trabalho realizado pelas alunas do 12ºI:


• Camila Cordeiro nº 2
• Francisca Nunes nº7
• Inês Florindo nº 9
• Maria Branco nº17
• Matilde Portela nº23

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