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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CASTANHAL


FACULDADE DE PEDAGOGIA

A formação de professores pedagogos para a prática da pedagogia afetiva: desafios


e perspectivas
FORMAÇÃO DE PROFESSORES PEDAGOGOS E A PEDAGOGIA AFETIVA:
desafios e perspectivas

CASTANHAL-PA
2023
RESUMO
A pedagogia afetiva é uma abordagem educacional que reconhece a importância das
relações afetivas na aprendizagem e no desenvolvimento dos estudantes. Essa
abordagem enfatiza a conexão emocional entre professores e alunos, buscando criar um
ambiente acolhedor e estimulante para o processo de ensino e aprendizagem. Objetiva-
se compreender os desafios e perspectivas da formação de professores pedadogos e a
pedagogia afetiva. Para isso, adotou-se uma abordagem qualitativa e descritiva com
características de levantamento bibliográfico. A coleta de dados realizada em abril e julho
do ano de 2023 a partir das bases de dados: Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e
Catálogo de Trabalhos de Conclusão de Curso da Universidade Federal do Pará, Campus
Castanhal (UFPA/CCAST), bem como livros e anais de eventos. Os descritores utilizados
foram: formação, pedagogo e pedagogia afetiva . Os resultados apontam
para................Conclui-se que............A abordagem metodologia é bibliografia e a
pesquisa está aparada nas contribuições de autores como Jean Piaget, Lev Vygotsky,
Paulo Freire e entre outros, bem como em livros e artigos científicos buscados no
Google. A partir dessa pesquisa, se espera colaborar com a compreensão e reflexão
sobre a importância da afetividade na prática pedagógica. No entanto, a implementação
efetiva da pedagogia afetiva requer uma formação adequada dos professores. Este artigo
discute os desafios enfrentados na formação de professores para a prática da pedagogia
afetiva, bem como as perspectivas para superar esses desafios.

Palavras-chaves: Pedagogia afetiva, Formação de professores, Aprendizagem,


Conexão emocional.

INTRODUÇÃO

A educação vai além da simples transmissão de conhecimentos, e a qualidade


das relações estabelecidas entre professores e alunos desempenha um papel
fundamental no processo de ensino e aprendizagem. Nesse contexto, a pedagogia
afetiva surge como uma abordagem que reconhece a importância das emoções e
afetos no ambiente escolar, buscando promover relações saudáveis e acolhedoras
entre todos os envolvidos no processo educativo.
Trabalhar a pedagogia afetiva é fundamental por vários motivos, pois por que
a pedagogia afetiva reconhece a importância das emoções na aprendizagem e no
desenvolvimento dos alunos. Ao trabalhar a pedagogia afetiva, os professores
ajudam os alunos a compreender e lidar com suas emoções, promovendo um
desenvolvimento emocional saudável, ela também busca criar um ambiente de
aprendizagem positivo e acolhedor, isso contribui para que os alunos se sintam
seguros, valorizados e motivados a participar ativamente das atividades escolares. Ao
enfatizar as relações interpessoais, a pedagogia afetiva promove a construção de
vínculos positivos entre os alunos e o professor, com isso é criado um ambiente
propício à colaboração, ao respeito mútuo e à construção de relações saudáveis e ao
considerar as emoções e os aspectos afetivos dos alunos, a pedagogia afetiva ajuda a
tornar a aprendizagem mais significativa. Quando os alunos se sentem
emocionalmente envolvidos e conectados com o conteúdo, eles têm maior
probabilidade de compreendê-lo e retê-lo de maneira mais eficaz.
Em resumo, trabalhar a pedagogia afetiva é necessário porque reconhece a
importância das emoções na aprendizagem, promove um ambiente de aprendizagem
positivo, fortalece as relações interpessoais, aumenta a motivação e o engajamento
dos alunos, facilita a aprendizagem significativa e contribui para o desenvolvimento
socioemocional. No entanto, a formação de professores para a prática da pedagogia
afetiva enfrenta desafios significativos, que precisam ser superados para que essa
abordagem seja efetivamente implementada.
Esta pesquisa se justifica pela importância de.................................
Diante do contexto, nos propomos a responder a seguinte questão de
pesquisa: quais são os principais desafios na formação de professores pedagogos em
perspectiva da pedagogia afetiva.

PEDAGOGIA AFETIVIDADE, APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO

A pedagogia afetiva é uma abordagem educacional que reconhece a importância


das emoções e dos afetos no processo de aprendizagem (AUTOR, ANO). Ela destaca a
necessidade de criar um ambiente escolar acolhedor, onde os estudantes se sintam
emocionalmente seguros e conectados, promovendo assim um desenvolvimento
integral.
Piaget (ANO). reconhece a importância do afeto no funcionamento da
inteligência. Ele afirma que sem o afeto, não haveria interesses, necessidades ou
motivação, o que impediria a formulação de perguntas ou problemas, e
consequentemente, não haveria desenvolvimento da inteligência. O afeto é visto como
uma condição necessária para a constituição da inteligência.
É indiscutível que o afeto tem um papel essencial no funcionamento da
inteligência. Sem o afeto não haveria nem interesses, nem necessidades, nem
motivação; em consequência, as interrogações ou problemas não poderiam ser
formulados e não haveria inteligência. O afeto é uma condição necessária para a
constituição da inteligência. No entanto, em minha opinião, não é condição suficiente
(PIAGET, 1994, p. 129).
No entanto, o autor Piaget também enfatiza que o afeto por si só não é suficiente
para o desenvolvimento da inteligência. Ele acredita que a inteligência é construída
através da interação entre o sujeito e o ambiente, por meio de processos cognitivos
como assimilação, acomodação e equilibração. Esses processos envolvem a adaptação
do indivíduo ao ambiente, a construção de esquemas mentais e a resolução de conflitos
cognitivos.

Portanto, embora o afeto seja uma condição necessária para a constituição da


inteligência, Piaget argumenta que a interação ativa e as atividades cognitivas
desempenham um papel fundamental no desenvolvimento cognitivo. A inteligência não
pode ser totalmente explicada apenas pelo afeto, mas requer uma combinação de fatores
cognitivos, afetivos e ambientais.

Se estivesse claro para nós que foi aprendendo que percebemos ser possível
ensinar, teríamos entendido com a facilidade a importância das experiências informais,
nas ruas, nas praças, no trabalho, nas salas de aula das escolas, nos pátios dos recreios,
em que variados gestos de alunos, de pessoal administrativo, de pessoal docente, se
cruzam cheios de significação. (FREIRE, 2002, p.49).

Essa citação de Paulo Freire (ANO, p.?). destaca a importância das experiências
informais como forma de aprendizado. Quando ele diz que “Se estivesse claro para nós
que foi aprendendo que percebemos ser possível ensinar”, ele está sugerindo que muitas
vezes aprendemos de maneira inconsciente, sem perceber que estamos adquirindo
conhecimento. Se tivéssemos consciência disso, compreenderíamos facilmente a
importância das experiências informais em nossa educação.
Freire (ANO). menciona locais como ruas, praças, trabalho e salas de aula, nos
quais diversas pessoas interagem e trocam gestos carregados de significado. Ele ressalta
que essas interações e experiências informais têm um papel fundamental no processo de
aprendizado. Nesses contextos, estamos constantemente absorvendo informações e
construindo conhecimento através das interações com outras pessoas e do ambiente ao
nosso redor.
Portanto, a citação de Freire enfatiza-se a necessidade de reconhecer e valorizar
as experiências informais como parte integrante do processo educativo,
complementando e enriquecendo o aprendizado formal nas escolas. Essas experiências
proporcionam um ambiente rico em aprendizado, no qual as interações e os gestos das
pessoas ao nosso redor contribuem para a construção do conhecimento.
Ainda conforme Autor (ANO) a afetividade refere-se às relações e sentimentos
estabelecidos entre professores e alunos, bem como entre os próprios alunos, e como
essas interações podem influenciar a forma como o conhecimento é adquirido e
assimilado.
Ao trabalhar a afetividade nas formações de professores, os educadores devem
ser preparados para lidar de forma acolhedora e inclusiva com os alunos, reconhecendo
suas individualidades, necessidades emocionais e desenvolvendo uma relação empática
com eles. Essa abordagem cria um ambiente de aprendizagem mais positivo, no qual os
alunos se sentem seguros, respeitados e motivados a se engajar no processo educacional
(AUTOR, ANO).
Além disso, a mediação pedagógica, que é a forma como o professor conduz o
ensino, deve ser permeada por uma abordagem afetiva. Isso significa que o professor
deve estabelecer uma relação de proximidade e confiança com os alunos, buscando
compreender suas necessidades individuais, estimulando a participação ativa e criando
um espaço de diálogo e troca de ideias.
A maneira como a mediação pedagógica é desenvolvida pode ter impactos
afetivos tanto negativos quanto positivos. Quando a abordagem é pautada pela
afetividade, os impactos são geralmente positivos, pois os alunos se sentem mais
engajados, motivados e valorizados. Por outro lado, uma mediação pedagógica
desprovida de afetividade pode levar a impactos negativos, como desinteresse,
desmotivação e até mesmo exclusão de alguns alunos.
Em suma, a afetividade é essencial para uma educação transformadora, pois cria
um ambiente acolhedor e inclusivo, no qual os alunos podem desenvolver todo o seu
potencial e estabelecer uma relação positiva com os conteúdos abordados. A abordagem
afetiva na formação de professores e na mediação pedagógica promove uma educação
mais humana, que vai além das paredes da sala de aula e considera o aluno em sua
totalidade, tanto emocional quanto cognitivamente.
O PROPOSITO DA AFETIVIDADE NA FORMAÇÃO E NA PRÁTICA
PEDAGÓGICA

A afetividade desempenha um papel fundamental na formação e prática pedagógica,


pois influencia diretamente o processo de ensino-aprendizagem e o desenvolvimento
dos estudantes. Quando os estudantes se sentem emocionalmente seguros, valorizados e
conectados com o ambiente escolar, estão mais propensos a se engajar, participar
ativamente das atividades e alcançar melhores resultados acadêmicos.
Na formação pedagógica, é importante que os futuros educadores compreendam a
importância da afetividade no contexto educacional. Isso envolve desenvolver
habilidades socioemocionais, como empatia, escuta ativa e respeito pelas diferenças
individuais. Os professores precisam aprender a estabelecer um ambiente acolhedor e
inclusivo em sala de aula, onde os estudantes se sintam à vontade para expressar suas
opiniões, fazer perguntas e assumir riscos intelectuais.
Nessa perspectiva o educador e filósofo brasileiro Paulo Freire diz:

O educador libertador nunca pode manipular os alunos e tampouco abondoná-los à


própria sorte. O professor libertador nem manipula, nem lava as mãos da
responsabilidade que tem com os alunos. Assume o papel diretivo necessário para
educar. (...) Isso não é dominação. Dominação é se eu dissesse que se deve acreditar
nisso porque estou dizendo. Manipulação é dominar os alunos. A manipulação, por
exemplo, também cria mitos sobre a realidade. Ela nega a realidade, falsifica a
realidade. Manipulação é eu tentar convencer você de que uma mesa é uma cadeira, é o
currículo obscurecer a realidade. A aula libertadora, pelo contrário, ilumina a realidade.
(...) A educação sempre tem uma natureza diretiva, que não podemos negar. O professor
tem um plano, um programa, um objetivo para o estudo. Mas existe o educador diretivo
libertador, por um lado, e o educador diretivo domesticador, por outro. (...) Na
perspectiva libertadora, não temos nada para dar, realmente. Damos alguma coisa aos
alunos apenas quando intercambiamos alguma coisa com eles. Esta é a relação dialética,
em vez de uma relação manipuladora. ( FREIRE,1996, p.96)
Nessa passagem, Freire destaca a importância do educador libertador em oposição ao
educador domesticador, enfatizando que o papel do educador não é manipular os alunos,
mas sim iluminar a realidade e promover a conscientização.
De acordo com Freire, o educador libertador não manipula os alunos, nem os abandona
à própria sorte. Ele assume a responsabilidade de guiar os alunos no processo de
aprendizagem, utilizando uma abordagem diretiva, porém não dominadora. O professor
libertador não impõe sua visão de mundo aos alunos, mas sim os encoraja a questionar,
refletir e participar ativamente na construção do conhecimento. A relação entre o
educador e os alunos é baseada no diálogo e na troca mútua, em oposição à relação
manipuladora, onde o professor impõe seus pontos de vista sem espaço para
questionamentos.
Freire ressalta que a educação libertadora tem a intenção de iluminar a realidade,
revelando suas contradições e possibilitando uma compreensão crítica do mundo. Ao
contrário disso, a manipulação nega a realidade e distorce os fatos para atender a
interesses particulares. O currículo, quando utilizado de forma manipuladora, obscurece
a realidade, enquanto o educador libertador busca torná-la mais clara e acessível aos
alunos.
Na perspectiva libertadora, a relação entre o educador e os alunos é dialética, ou seja,
baseada na troca mútua. Nessa relação, não há uma imposição unilateral de
conhecimento, mas sim um processo de aprendizagem conjunto, onde o educador
também aprende com os alunos. O educador libertador reconhece a importância do
diálogo e da participação ativa dos alunos na construção do conhecimento.
Em suma, Paulo Freire defende a educação libertadora como uma abordagem que busca
emancipar os alunos, estimulando a reflexão crítica e a participação ativa na sociedade.
Nessa abordagem, o educador exerce um papel diretivo, mas não manipulador,
assumindo a responsabilidade de orientar os alunos no processo de aprendizagem e de
promover a conscientização sobre a realidade em que vivem.

Na prática pedagógica diária, os educadores devem ser sensíveis às necessidades


emocionais dos estudantes. Isso implica em estabelecer relações de confiança,
demonstrar interesse genuíno pelo bem-estar dos alunos e proporcionar um ambiente de
apoio emocional. Os professores podem realizar atividades que promovam a interação
positiva entre os estudantes, estimulem a cooperação e o trabalho em equipe, e
incentivem a expressão saudável das emoções.
Além disso, a afetividade também se relaciona com a motivação dos estudantes. Quando
os alunos se sentem emocionalmente conectados e valorizados pelo professor, estão
mais motivados a se envolverem ativamente nas aulas e a persistirem diante de desafios
acadêmicos. O reconhecimento do esforço e das conquistas individuais também é uma
forma de fortalecer a autoestima e o senso de pertencimento dos estudantes.
Em resumo, a afetividade na formação e na prática pedagógica desempenha um papel
crucial no desenvolvimento acadêmico, emocional e social dos estudantes. Através de
um ambiente acolhedor, apoio emocional e interações positivas, os educadores podem
promover uma educação mais significativa e proporcionar uma base sólida para o
crescimento e sucesso dos alunos.

COMO ESTÁ CITANDO DIRETO FREIRE, ME PARECE QUE FALTA


MAIS LEITURAS....SUGIRO QUE FAÇA NO ESTILO DO MODELO QUE DEI
SOBRE REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA.
SEGUE ALGUMAS SUGESTÕES DE LEITURAS,,,

https://www.bdm.unb.br/bitstream/10483/9455/1/2014_GiullianaNovaesOliveira.pdf
https://www.redalyc.org/journal/5720/572061625006/html/
https://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2019/
TRABALHO_EV127_MD1_SA1_ID5322_25082019030857.pdf
https://www.marilia.unesp.br/Home/Publicacoes/formacao-do-pedagogo_e-book.pdf
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-afetividade-na-pratica-
pedagogica-na-formacao-docente.htm
METODOLOGIA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS

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