Você está na página 1de 45
CONVENGAO ENTRE A REPOBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E A REPOBLICA ARGENTINA DESTINADA A EVITAR A DUPLA TRIBUTACAO E PREVENIR A EVASKO FISCAL EM MATERIA DE IMPOSTOS SOBRE A RENDA 0 Governo da Repiblica Federativa do Brasil 0 Governo da RepGblica Argentina, DESEJANDO concluir uma conversdo destinada a evitar a dupla tributacdo e prevenir a evasdo fiscal em matéria de impostos sobre a renda; ACORDARAM 0 seguinte: ARTIGO I Pessoas visadas A presente Convengio se aplica as pessoas residentes de um ou de ambos os Estados Contratantes. ARTIGO II Impostos visados ie Os impostos atuais aos quais se aplica a presente Convengéo so: a) na Repdblica Federativa do Bresi - 0 imposto sobre a renda. com exclusdo das incidéncias sobre remessas excedentes e sobre ncia (doravante atividades de menor impor denominado “imposto brasileiro"); b) na Repdblica Argentina: - 0 imposto sobre os ganhos ("impuesto a las ganancias"); - 0 imposto sobre os “ucros eventuais ("impuesto a los benefizios eventuales") ( doravante denominado “imposto argentino"). 2. A presente Convengdo se apl-caré também a quaisquer impostos idénticos ou substancialmenze semelhantes que forem posteriormente introduzidos, seja em adig#o aos existentes, seja em sua substituigdo. As autoridades competentes des Estados Contratantes | notificar-se-#o mutuamente — sobre qualquer modificaggo significativa que tenha ocorrido em suas respectivas legislagdes tributérias. ARTIGO III Definigdes gerais lL Na presente Convengdo, a néo ser que 0 contexto imponha interpretagao diferente: a) 0 termo "Brasil" designa a Rerablica Federativa do Brasil; b) 0 termo “Argentina" designa a Repiblica Argentina; c) 0 termo "nacionais" designa 1 - todas as pessoas ffsicas que possuam a nacionalidade de um Estada Contretante; II - todas as pessoas jurfdicas, soc*edades de pessoas ou associagdes cujo caréter de nacional decorra das leis em vigor em um Estado Contratante; d) as expressdes “um Estado Contratante" e "“o outro Estado Contratante" designam Brasil e Argentina, consoante o contexto; e) 0 termo "pessoa" comprende sma pessoa fisica, uma sociedade ou qualquer outro grupo de pessoas; f) 0 termo “sociedade" desigra qua quer pessoa jurfdica ou qualquer ent-dade que, para fins tributarios, seja considevada como pessoa jurfdica; g) es expressdes "empresa. de um Estado Contratante" e “empresa do outro Estado Contratante" designam, respectivamente, uma empresa explorada por um residente de um Estado Contratante e uma empresa explovada por um residente do outro Estado Contratante; h) a expressdo "“traéfego internacional" designa qualquer transporte por ravio, aeronave o vefculo automotor, explorado po~ uma empresa cuja sede de diregdo efetiva esteja situada em um Estado Contratante, exceto quando tal navio, aeronave ou vefculo automotor & explorado somente entre lugares do outro Estado Contratante; i) 0 termo “imposto" designa ?nposto brasileiro ou imposto argentino, consoante o contexto; j) a expressdo “autoridade competente" designa: I= no Brasil: 0 Ministro da Fazenda, o Secretério da Receite Federal ou seus respresentantes autorizados; Il - na Argentina: 0 Ministério de Economia (Secretaria de Estado ce Hacienda). de Para a aplicagdo da presente Convenggo por um Estado Contratante, qualquer expresso que ndo se encontre de outro modo definida teré o significado que lhe € atribuido pel legislagdo desse Estado Contratante relativa aos impostos que sdo objeto da presente Convengdo, a ndo ser que o conzexto imponha interpretacéo diferente. Caso os sentidos resultantes sejam opostos ou antagénicos, as autoridades comaetentes dos Estados Contratantes estabelecerdo, de comum acordo, a interpretagdo a ser dada. ARTIGO IV Residente 4 Para os fins da presente Convengao, a expressao "residente de um Estado Contratante" designa qualque~ pessoa que, em virtude da legislagéo desse Estado, seja considerada af residente em raz&o de seu domicilio ou residércia, de sua sede de diregdo ou de qualquer outro critério de natuveza andloga. 2. Quando, por forga das disposizdes do paragrafo 1, uma pessoa ffsica for residente de ambos os Estados Zontratantes, a situagdo sera resolvida de acordo com as seguintes regras a) esta pessoa seré consideraga como ~esidente do Estado Contratante em que disponha de uma habitag#o permanente. Se dispuser de uma habitagao permanente em ambos os Estado Contratantes, seré considerada como residente do Estado Contratante com o qual suas ligacdes pessoais e econdmicas sejam mais estreitas (centro de interesses vita-s)s b) se 0 Estado Contratante em que tem o centro de seus interesses vitais néo puder ser determinado ou se nao dispuser de uma habitagdo permanente em nenhum dos =stados Contratantes, sera considerada como residente no Estado Contratante em que permanecer habitualmentes c) se permanecer habitualmente em ambos os Estados Contratantes ou se nao permanecer habitualmente em nenhum deles, sera cons*derada como residente do Estado Contratante de que for nacional; d) se for nacional de ambos os Estado Contratantes ou se ndo for vaciona” de nenhum deles, as autoridades comzetentes dos Estados Contratantes resolverdo a questao de comum acordo. as Quando, em virtude das disposiz6es do paragrafo 1, uma pessoa, que néo seja uma pessoa fisica, for um residente de ambos os Estados Contratantes seré considerada como ~esidente do Estado Contratante em que estiver situada a sua sede de diregdo efetiva. ARTIGO V Estabelecimento permanente Le Para os fins da presente Convengao, a expressdo “estabelecimento permanente" designa uma instalasdo fixe de negécios em que a empresa exerga toda ou parte de sua atividade. 2. A expressdo “estabelecimente permanente" abrange especialmente: a) uma sede de diregdo; b) uma sucursal; c) um escritérios d) uma fébrica; e) uma oficina; f) uma mina, pedreira ou qualcuer outro lugar de extrag#o de recursos minerais; 9) um canteiro de construgéo. de instalacao ou de montagem, cuja duragdo exceda seis meses. 36 A express#o “estabelecimento permanente" nao compreende: a) a utilizagdo de instalagSes uncamente para fins de armazenagem, exposigdo ou entrega de bens ou mercadorias pertencentes & empresa; b) a manutencgo de um estoque de bens ou mercadorias pertencentes a empresa unicamente para fins de armazenagem, exposi¢é ou entrega; c) a manutengio de um estoque de bens ou mercadorias pertencentes & empresa unicamente para fins de transformagdo >0r outa empresa; d) a manutencdo de uma instalazdo fixa de negdcios unicamente para fins c2 comp-ar bens ou mercadorias ou de obter informazées para a empresa; e) a manuteng&o de uma instalazdo fixa de negécios unicamente para fins de_—ppublicidade, fornecimento de informagées, pesquisa cientffica ou atividades andlogas que tenham caréter preparatério ou auxiliar para a empresa. 4. Uma pessoa que atue num Estado Contratante por conta de uma empresa do outro Estado Contratante - desde que nao seja um agente independente contemplado no paragrafo 5 - sera considerada como estabelecimento permanente no primeiro Estado se tiver, e exercer habitualmente naquele Estado, autoridade par. concluir contratos em nome da empresa, a ndo ser que suas atividades sejam limitadas & compra de bens cu mercadorias para a empresa. Contudo, uma sociedade de securos de um Estado Constrante serd considerada como tendo um estabelecimento permanente no outro Estado Contratante desde que receba prémios ou segure riscos nesse outro Estado Ba Uma empresa de um Estado Contratante nao ser: considerada como tendo um estabelecimento zermenerte no outro Estado Contratante pelo simples fato de exerczer sua atividade nesse outro Estado por intermédio de um cctrretor, de um comissario geral ou de qualquer outro agen=e que goze de um "Status" independente, desde que essas pessoas azuem no ambito de suas atividades normais. 6. 0 fato de uma sociedade residents de um Estado Contratante controlar ou ser controlada por sma sociedade que seja residente do outro Estado Contratante, ou que exerga sua atividade nesse outro Estado (quer por meio de uw estabelecimento permanente quer de outro modo), néo sera, po~ si sé, bastante para fazer de qualquer dessas sociedades estabelecimento permanente da outra. Be Uma empresa de um Estado ‘ontratante sera considerada como tendo um estabelecimento permanente no outro Estado Contratante se exercer nesse outro Estaz0 a atividade de fornecer servigos de artistas ou desportistas mencionados no Artigo XVII. ARTIGO VI Rendimentos de bens imobiligrios tg Os rendimentos de bens imobiliar-os, inclusive o} rendimentos de exploragdes agrfcolas e florestais, sao tribut&veis no Estado Contratante em que esses bens estiverem situados. 2. a) a expressdo “bens imobiliarias", con ressalva das disposigdes das alfneas b) ec) abaixo, & definida de acordo com a legislagao do Estado Contratante em que os bens est*verem situados; b) a expressdo compreende, em qualquer caso, os acessérios da propriedade imobiliéria, 0 gado e © equipamento utilizados 1as exploragdes agricolas e florestais, os direitos a que se aplicam as disposigdes do direito privado relativas 4 propriedade imobiliaria, 0 usufruto de bens imobilidrios e 25 direitos aos pagamentos varidveis ou fixos 2ela exploragdo, ou concess#o da exploracao, de jazida minerais, fontes e outros rect~sos naturaiss c) os navios, barcos e@ aeronaves ndo sido considerados bens imobiliarios. 3. 0 disposto no parégrafo 1 aplica-se ao} rendimentos derivados da exploragéo direta, da locagéo, do arrendamento ou de qualquer outra forma de exploragdo de ben imobiliarios. a Q disposto nos paragrafos 1 e 3 aplica-se igualmente aos rendimentos provenientes de bens imobi~idrios de uma empresa, assim como aos rendimentos de bens “mobiliarios que sirvam para o exercicio de uma profissdo liberal. ARTIGO VII Lucros das empresas i. Os lucros de uma empresa de um Estado Contratante 86 sdo tributéveis nesse Estado, a ndo ser que a empresa exerga sua atividade no outro Estado Contratante 20r meio de um estabelecimento permanente af situado. Se a empresa exercer sua atividade na forma indicada, seus lucros sao triautéveis no outro Estado, mas unicamente @ medida em que sejam atibufveis a esse estabelecimento permanente. 2. Com ressalva das disposigdes 40 paragrafo 3, quando uma empresa de um Estado Contratante exerzer sua atividade no outro Estado Contratante por meio de un estabelecimento permanente af situado, seréo atribuidos, em cada Estado Contratante, a esse estabelecimento permane: obteria se constituisse uma empresa distinta e separada, =e, 0s lucros que exercendo atividades idénticas ou similares, em condigées idénticas ou similares, e transacionando com absoluta independéncia com a empresa de que & um estab2lecimento permanente. 3. No c&lculo dos lucros de um estabelecimento permanente, & permitido deduzir as despesas que tiverem sido feitas para a consecucgdo dos objetivos do estabelecimento permanente, incluindo as despesas de direg&o e os encargos gerais de administrag&o assim realizados. 4. Nenhum lucro seré atribufdo a ur estabelecimento permanente pelo simples fato de comprar bens ou wercadorias para a empresa. 5. Quando os lucros compreenderem elewentos de rendimentos tratados separadamente nos outrss artigos da presente Convengdo, as disposigées desses avtigos n&o serao afetadas pelas disposigdes deste Artigo. ARTIGO VIII Transporte dereo, terrestre, maritimo, fluvial e lacustre is Os lucros provenientes do tréfezo internacional obtidos por empresas de transporte aéreo, terestre, maritimo, fluvial ou lacustre sé sao tributdveis no Estado Contretante em que estiver situada a sede da diregdo efetiva da empresc. 2. Se a sede da diregéo efetiva trasnporte marftimo, fluvial ou lacustre se situar a bordo de um navio ou embarcag&o, esta sede sera considerada situada no Estado uma empresa de Contratante em que se encontra o porto de regist~o desse navio ou embarcag#o, ou, na auséncia de porto de registro, no Estado Contratante em que resida a pessoa que explora o navio ou a embarcagao. a 0 disposto no parégrafo 1 tamdém se aplica ao lucros provenientes da participagdo em um “pool”, em uma associagdo ou em uma agéncia de operagdo internacional. 4 A Convencgaéo entre o Brasil e a Argentina, datada de 21 de junho de 1949, destinada a evitar a dupla tributagdo sobre os rendimentos provenientes do exercfcio de navegagdo maritima e aérea, e 0 acordo entre o Brasil e a Argentina, datado de 15 de marco de 1972, destinado a evitar a dupla tributagdo sobre os rendimentos provenientes de operagies de transporte terrestre no tréfego internacional deixaréo de aplicar-se, em relagdo aos impostos compreendidos na preseate Convengao, no perfodo durante o qual esta Convengdo for aplicarel. ARTIGO IX Empresas associadas Quando: a) uma empresa de um Estado Contretante participar direta ou indiretamente da diregdo, controle ou capital de uma empresa do outro Estado Contratante, ou b) as mesmas pessoas particizarem direta ou indiretamente da diregéo, cont-ole ou capital de uma empresa de um Estado Contratante e de uma empresa do outro Estado Contratante, @, ambos os casos, as duas empresas estiverem licadas, nas suas relagdes comerciais ou financeiras, por conaigdes aceites ou impostas que difiram das que seriam estabelecidas entre empresas jndependentes, os lucros que, sem essas condicdes, teriam sido obtidos por uma das empresas, mas n@o o foram per causa dessas condigées, podem ser inclufdos nos lucros sessa empresa e tributados como tal. ARTIGO X Dividendos i. Os dividendos pagos por uma sociecade residente de um Estado Contratante a um residente do outro Eszado Ccntratante sdo tributéveis nesse outro Estado. uz Todavia, esses dividendos podem ser tributados no Estado Contratante onde reside a sociedade que os pega e de acordo com a legislag&o desse Estado. 3. 0 disposto nos pardgrafos 1 e 2 nfo se aplica se o beneficiario dos dividendos, residente de um Eszado Cortratante, tiver, no outro Estado Contratante de que é resicente a sociedade que paga os dividendos, um estabelecimento permavente ou uma base fixa a que estiver efetivamente ligada 4 partizipagdo geradora dos dividendos. Nesse caso, seraéo aplicéveis as disposigées dos Artigos VII ou XIV, conforme o caso. a O termo "dividendos", usado no sresente Artigo, designa os rendimentos provenientes de agées, 2gdes ou direitos de fruicdo, agées de empresas mineradoras, partes de fundador o outros direitos de participag&o em lucros, com excegdo de créditos, bem como rendimentos de outras particizagées ce capital assemelhados aos rendimentos de agdes pela legis'agéo tributaria do Estado Contratante em que a sociedade que os distribuir sej residente. 5. Quando uma sociedade residente da Argentina tiver estabelecimento um estabelecimento permanente no Brasil, es permanente poderé af estar sujeito a um imposto -etido na fonte de acordo com a legislacaéo brasileira. 6. Quando uma sociedade residents de wm Estado Contratante receber lucros ou rendimentos dz outre Estado Contratante, esse outro Estado Contratante -&0 poderé cobrar qualquer imposto sobre os dividendos pagos pela sociedace, exceto & medida em que esses dividendos forem pagos @ um residente desse outro Estado ou a medida em que a participaggo geredora dos dividendos estiver efetivamente ligada a um estabelecimento permanente ou a uma base fixa situados nesse ouzro Estado, nem sujeitar os lucros nao distribufdos da sociezade a um imposto sobre lucros nfo distribufdos, mesmo se os dividendos pegos ou os lucros distribuidos consistirem total ou parcialuente ce lucros ou rendimentos provenientes desse outro Estado ARTIGO_X1 Juros i. 0s juros provenientes de um Estado Contratante e pagos a um residente do outro Estado Contratante sdéo tributaveis nesse outro Estado. 2s Todavia, esses juros podem se~ tributados no Estado Contratante de que provém e de acordo cam a “egislagao desse Estado. 34 No obstante o disposto nos paragvafos 1 e 2: a) os juros provenientes de um Estado Centratante @ pagos ao Governo do outro Eszado Contratante ou a uma de suas subdivis: s polizicas ou a determinadas instituigdes (iaclusive as de caréter financeiro) de propriedade exclusiva daquele Governo ou de uma de suas subdivisées polfticas so isentos de imsosto no primeiro Estado Contratante; b) os juros da divida piblica, dos tftulos o} debéntures emitidos pelo Govarno de um Estado Contratante, ou wma de suas subdivisées polfticas ou qualquer instituizdo (inslusive as de caréter financeiro) de propriedade exclusiva daquele Governo s6 so tributavais nesse Estado. 4a 0 termo “juros", usado no presente artig>, design os rendimentos da divida piblica, de tftulos ou debéntures, acompanhados ou nao de garantia hipotecéria ou de cléusula de participagéo nos lucros, e de créditos de qualquer natuneza, bem como outros rendimentos que pela legislagdo trisutaria do Estado de que provenham sejam assemelhados aos rendimentos de importancias emprestadas. 5. Os juros sero considerados proveniertes de um Estado Contratante, quando 0 devedor for esse prépria Estado, tado. No uma sua subdivisdo politica ou um residente desse entanto, quando o devedor dos juros, residente ou nfo de um Estado Contratante, © tiver num Estado Contratante um estabelecimento permanente ou uma base fixa pelcs quais haja sido contrafda a obrigagdo que d& origem aos juros @ caiba a esse estabelecimento permanente ou a essa base fixa ¢ pagamento desses juros, tais juros serdo considerados proverientes do Estado Contratante em que estiver situado o estabelec‘nento permanente ou a base fixa. 6. 0 disposto nos paragrafos 1 e 2 nao se aplica se o beneficiario dos juros, residente de um Estado Contratante, tiver, no outro Estado Contratante de que proverham os juros, um estabelecimento permanente ou uma base fixe a que se ligue efetivamente o crédito gerador dos juros. Nesse caso, serdo aplicdveis as disposigdes dos Artigos VII cu XIV, conforme o caso. 2 Se, em consequéncia de re agées especiais existentes entre o devedor e o credor, ou entre ambos e terceiros, 0 montante dos juros pagos, tendo em conta o crédito pelo qual sdo pagos, exceder aquele que serie acordado entre o devedor e 0 credor na aus&ncia de tais relagdes, as d-sposicdes deste Artigo se aplicam apenas a este diltimo montante. Neste caso, a parte excedente dos pagamentos sera tributavel conforme a Jegislagao de cada Estado Contratante e tendo em conta as outras disposicdes da presente Convengao. ARTIGO XII "Royalties" 1, Os “royalties” provenientes de um Estado Contratante e pagos a um residente do outro Eszado Contratante so tributaveis nesse outro Estado. 2. Todavia, esses "royalties" podem ser tributados no Estado Contratante de que provém e de acordo com a “egislacdo desse Estado. 3. 0 termo "royalties", empregado neste artigo, designa as remuneragdes de qualquer natureza 2agas pelo uso ou pela concessdo do uso de um direito de autor sobre uma obra literdria, artistica ou cientifica (inclusive os filmes cinematograficos, filmes ou fitas de gravagdo de programas de televiséo ou radiodifusao), qualquer patente, marcas de indastri ou comércio, desenho ou modelo, plano, férmula o1 processo secreto, bem como pelo uso ou pela concesséc do uso de um equipamento industrial, comercial ov cientifico 2 por informacées correspondentes 4 experiéncia adquirida no setor industrial, comercial ou cient{fico. 4 Os "royalties" serdo considerados provenientes de um Estado Contratante quando 0 devedor for o praprio Estado, uma sua subdivisdo polftica, uma entidade local ou um residente desse Estado. Todavia, quando o devedor dos “royalties”, seja ou nado residente de um Estado Contratante, tiver num Estado Contratante um estalecimento permanente ou uma base fixa em relagéo com os quais haja sido contrafda a obrigagdo de pagar os “royalties” e caiba a esse estabelecimento permanente ou a essa base fixa o pagamento desses = “royalties", serdo eles corsiderados provenientes do Estado Contratante em que estiver situado o estabelecimento permanente ou a base fixa. 5. As disposigdes dos parégrafos 1 e 2 nao se aplicam quando o beneficidrio dos "royalties", residante de um Estado Contratante, tiver, no outro Estado Contratante ze que provém os "royalties", um estabelecimento permanente ou uma base fixa a que estdo ligados efetivamente o direito ou o bem que deu crigem aos “royalties. Nesse caso, serdo aplicdveis as disposigées dos Artigos VII ou XIV, conforme o caso. 6. Se, em consequéncia de re‘agdes especiais existentes entre o devedor e o credor, ou entre ambos e terceiros, 0 montante dos "royalties" pagos, tendo em conta a prestacdo pela qual sdo pagos, exceder aquele qu seria acordado entre o devedor e o credor na auséncia de zais relagées, as disposigdes deste Artigo séo aplicdveis apenas a este ‘ltimo montante. Neste caso, a parte excedente dos pagamentos ser tributaével conforme a legislagdo de cada Estad> Contratante e tendo em conta as outras disposigdes da presente Convengao ARTIGO XIIT Ganhos de capital lL Os ganhos provenientes da alienacdo de bens sao tributéveis nos Estados Contratantes de acordo com a legislagao interna de cada um desses Estados. @s Nao obstante as disposigdes do paragrafo 1, 0: ganhos provenientes da alienago de vefculos, inzluindo os bens jmobiliarios pertinentes 20s mesmos, utilizedos no traéfego internacional, de propriedade de uma empresa compreendida no Artigo VIII, sé sdo tributaveis no Estado Contratante em que estiver situada a sede da diregdo efetiva da empnesa. -2 ARTIGO XIV ProfissGes independentes 1. Os rendimentos que um residente de um Estado Contratante obtenha pela exercfcio de uma profissdo liberal ou de outras atividades independentes de cardter anélogo s6 sao tributdveis nesse Estado, a n@o ser que: a) as remuneragées por esses servigos atividades sejam pagas pom uma sociedade residente do outro Estado Contratante ou caibam a um estabelecimento permanente ou uma base fixa situados nesse outro Estazo; ou b) esses servicos ou atividades sejam prestados no outro Estado Contratante e o beneficiario 1) permanega nesse outro Eszado durante um perfodo ou perfodos que excedam no total 183 dias no ano fiscal; ou 2) disponha de maneira habitual nesse outro Estado de uma base fixa para o exercicio de suas atividades, mas unicamente & medida em que esses rendimentos se:am atribuiveis a esta base fixa. 2. A expressdo “profissdo Jiberal® abrange, em especial, as atividades independentes de caréter cientifico, técnico, literario, artistico, educativo ou pedacégico, bem como as atividades independentes de médicos, advogacos, engenheiros, arquitetos, dentistas e contadores. ARTIGO xv Profissées dependentes Le Com ressalva das disposigdes des Artigos XVI XVIII, XIX, XX @ XXI, 0S salérios, ordenados e outras remuneragdes similares que um residente de um Es-ado Contratante receber em razéo de um emprego sé séo tributdveis nesse Estado, a nfo ser que 0 emprego seja exercido no outro Eszado Contratante. Se o emprego for af exercido, as remuneragdes corespondentes sao tributéveis nesse outro Estado. , 2 NEo obstante as disposigées do paraégrafo 1, as remuneragées que um residente de um Estado Contratante receber em fungéo de um emprego exercido no outro Estado Contrante sé sao tributaveis no primeiro Estado se a) 0 beneficidrio permanecer ne outrc Estado durante um perfodo ou perfodos que nac excedam, no total, 183 dias no ano fiscal considerado, e b) as remuneragdes forem pagas por um empregador ou em nome de um empregado- que nao sej residente do outro Estado, e c) 0 encargo das remuneragées néo couber a um estabelecimento permanente ou a uma base fixa que o empregador tenha no outro Estado. 3. Nao obstante as disposigdes precedentes deste Artigo, as remuneracdes relativas a um emprego exercido em um vefculo utilizado no traéfego internacional or uma empresa compreendida no Artigo VIII s6 sé tributaveis no Estado Contratante em que estiver situada a sede da diregdo efetiva d empresa. ARTIGO XVI Remuneragdes de diregao As remuneragées de diregéo e out-as remuneragées similares que um residente de um Estado Contratante receber na qualidade de membro de drg&o da diregdo ou de cualquer conselho de uma sociedade residente do outro Estadc Contratante sdo tributéveis nesse outro Estado. ARTIGO XVII Artistas e desportistas No obstante as diposigdes dos Artigos XIV e XV o rendimentos obtidos pelos profissionais de espetdculo, tais como artistas de teatro, de cinema, de radio ou de televiséo e misicos, bem como os dos desportistas, pelo exercicio, nessa qualidade, de suas atividades pessoais, so tributaveis no Estado Contratante em que essas atividades forem exerc*das. ARTIGO XVITI Pensées e anuidades ly As pensées © outras remuneragdes semelhantes que tenham sua origem na prestagdo de servigos pesscais, bem como as anuidades ¢ outras rendas semelhantes, s6 séo tributéveis no Estado Contratante de que provenham os pagamentos. ey No presente artigo: a) a expressdo "“pensdes e out-as remuneragées semelhantes" designa pagamevtos periédicos, efetuados depois da aposentadoria, em consequéncia de emprego anterior ou a titulo de compensagdo por danos sofridos em corsequéncia de emprego anterior; b) a expressao “anuidades . outras rendas semelhantes" designa uma quactia determinada, paga periodicamente em prazos determinados, durante a vida ou durante um perfodo de tempo determinado ou determinavel, em decorréncia de um compromisso de efetuar 0: pagamentos como retribuigéo de um pleno e adequado contravalor em dinheiro ou avaliavel em seja por servicos prestados). nheiro (que néo ARTIGO XIX Remuneragdes governamentais e pagamentos de sistemas de previdéncia social i. a) As remuneragées, excluidas as pensdes, pagas por um Estado Contratante, por uma sua subdivisdo politica ou autoridade local, a uma pessoa fisica, por servigos prestados a esse Estado, subdvisio ou autor“dade, so sao tributaéveis nesse Estado. b) Todavia, tais remuneragdes s3 sdo tributavei no outro Estado Contratante se os servigos forem prestados nesse Estado e a pessoa: 1. for um nacional desse Estado; ou 2, no sendo nacional desse Estado, no perfodo anterior @ prestagéo ds servigos era residente desse Estado. 2. As pensSes pagas por um Estado Contratente, por uma sua subdivis&0 polftica ou autoridede local, quer diretamente, quer por meio de fundos por eles constituicos, a uma pessoa fisica, em consequéncia de servicos prestados a esse Estado, subdivisdo ou autoridade, sé so t-ibutéveis nesse 0 disposto nos Artigos XV, XVI, e XVIII aplica-se as remuneragdes e pensdes pagas em consequéncia de servigos prestados no ambito de uma atividade comercia’ ou industria exercida por um dos Estados Contratantes, por uma sua subdiviséo politica ou autoridade local. 4. As pensdes pagas com fundos provenientes da Previdéncia Social de um Estado Contratante sé sdo tributaveis nesse Estado. ARTIGO XX Professores ou pesquisadores Uma pessoa ffsica que &, ou foi em perfodo imediatamente anterior & sua visita a um Estado Contretante, um residente do outro Estado Contratante, e que. a convite do primeiro Estado Contratante, ou de uma universidade, estabelecimento de ensino superior, escola, museu ou outr instituigdo cultural desse primeiro Estado Con-ratante, ou que, cumprindo um programa oficial de intercambio culzural, permanecer nesse Estado por um perfodo n&o superior a 2 anos com o nico fim de lecionar, proferir conferéncias ou realizar pesquisas em tais instituigées, sera isenta de imposto nesse Estad> no que concerne @ remuneragdo que receber em consequéncia dessa atividede, desde que o pagamento da remuneragdo seja proveniente de fora desse Estado. ARTIGO XXI Estudantes e aprendizes le Uma pessoa fisica que €, ou foi em perfodo imediatamente anterior & sua visita a um Estado “ontratente , um residente do outro Estado Contratante e qse permanecer no primeiro Estado Contratante exclusivament a) como estudante de uma univensidade. colégio superior ou escola do rimeire Estado Contratante b) como beneficiario de uma boise, subvengao ou prémio concedido por uma organ*zacdo religiosa, de caridade, cientffica ou educacioral, com o fim primordial de estudar ou p2squisar, c) como membro de um programa de cooperagao técnica desenvolvido pelo Governo do outro Estado Contratante, ou 4) como aprendiz sera isenta de imposto no primeiro Estado Con atante no que concerne &s quantias que receber do exterior 2ara fazer face a sua manutengao, educagéo ou aprendizagem. 2. Uma pessoa ffsica que 68, ou foi em perfodo jmediatamente anterior 4 sua visita a um Estada Contretante, um residente do outro Estado Contratante, e qu permenecer no primeiro Estado Contratante com 0 fnico fim de estudar ou de realizar aprendizagem, seré isenta de imposto no primeiro Estado Contratante, por um perfodo n&o superior a 3 anos fiscai consecutivos, no que concerne remuneragéo que receber pelo emprego exercido nesse Estado com a finalidade de aux‘liar seu estudos ou aprendizagem. ARTIGO XXII Outros rendimentos Os rendimentos de um residents de wm Estado Contratante ndo tratados nos artigos anteriores = provenientes do outro Estado Contratante sao tributaveis nesse outro Estado. ARTIGO XXIII Métodos para evitar a dupla tributaggo it. Quando um residente do Brasil receber rendimento que, de acordo com as disposigdes da presente Convengao, sejam tributaveis na Argentina, o Brasil, ressalvedo o disposto no pardgrafo 2, permitira que seja deduzido do impesto que cobrar sobre os rendimentos desse residente um montante igual 20 imposto sobre a renda pago na Argentina. Todavia, 0 montante deduzido ndo poder exceder & fragdo do imposto sobre a renda, calculado anes da dedugdo, correspondente aos rendimentos tributaéveis na Argentina. 2. Os dividendos pagos por uma sociecade residente da Argentina a uma sociedade residente do Brasil cetentora de mais de 10 por cento do capital da sociedade pagacora, que sejam tributaveis na Argentina de acordo com as dispos*gées da presente Convengao, estaréo isentos do imposto no Brasil. Si Quando um residente da Arcentina receber rendimentos que, de acordo com as disposigées da presente Convengdo, sejam tributdveis no Brasil, a Argertina isentara de imposto esses rendimentos, a menos que sejam considerados provenientes da Argentina. ARTIGO XXIV Nao-discriminagao a Os nacionais de um Estado Contrazante néo ficardo sujeitos no outro Estado Contratante a nenhume tributaggo ou obrigagdo correspondente, diferente ou mais onercsa do que aquel a que estiverem ou puderem estar sujeitos os nacionais desse outro Estado que se encontrem na mesma situagao. 2s A tributagdo de um estabelecimente permanente que uma empresa de um Estado Contratante possui~ no outro Estado Contratante no sera menos favordvel nesse outro Estado do que a@ das empresas desse outro Estado Contratante que exergam a mesma atividade. Esta disposigdéo ndo poderé ser interpretada no sentido de obrigar um Estado Contratante a corceder as pessoas residentes do outro Estado Contratante as dedugées pessoais, os abatimentos e redugdes de impostos em fungdo de estadc civil ou encargos familiares concedidos aos seus préprios residentes. i As empresas de um Estado Contratacte cuje capital pertencer ou for controlado, total ou parcia’mente, direta ou indiretamente, por um ou mais residentes dz outro Estado Contratante, nao ficaréo sujeitas, no primeiro =stado, a nenhuma tributag#o ou obrigac#o correspondente, diversa ou mais onerosa do que aquela a que estiverem ou puderem estar sijeitas as outras empresas da mesma natureza desse primeiro Estado, culo capita pertencer ou for controlado, total ou parcialmente, direte o ceiro Estado. indiretamente, por um ou mais residentes de um te 4 0 presente Artigo aplica-se apenas aos impostos que s&o objeto da presente Convengao. ARTIGO XXV Procedimento amigavel lL Quando um residente de um Eszado Contratante considerar que as medidas tomadas por um ou ambos os Estados Contratantes conduzem ou poderao conduzir, em relagdo @ si, a uma tributrag&o em desacordo com a presente Convengao, podera, independentemente dos recursos previstos elas legislagdes nacionais desses Estados, submeter o seu caso a apreciagéo da autoridade competente do Estado Contratante de cue & residente no prazo de 2 anos que se seguir a primeira notificagdo que conduzir a uma tributagdo em desacordo com @ presente Corvencao a. Essa autoridade competente, se a ~eclamagao se The afigurar justificada e nao estiver em condigées de The dar uma solugdo satisfatéria, esforgar-se-a por resolver a qiest&o por meio de acordo amigével com a autoridade competente do outro Estado Contratante, a fim de evitar uma tributagdo em desacordo com a presente Convencao. as As autoridades — competentes dos_— Estado Contratantes esforcgar-se-do por resolver, per meio de acordo amigével, as dificuldades ou as ddvidas que surgirem da interpretagdo ou da aplicagdo da Convencao. Poderac, também consultar-se mutuamente com vistas a solucionar os casos néo previstos na Convengao. a As autoridades © competentes dos_—sEstado! Contratantes poderdo comunicar-se diretamente a “im de chegarem a acordo, nos termos dos pardgrafos anteriores. Se. para facilitar a consecuggo desse acordo, tornar-se aconselhével realizar contatos pessoais, tais entendimentos poderfo ser efetuados no ambito de uma comisso de representantes das autoridades competentes dos Estados Contratantes. ARTIGO_XXVI Troca de informagées LL As autoridades competentes dos_—Estados Contratantes trocardo entre si as informagées necessérias para aplicar as disposicdes da presente Convengao e d2s leis internas dos Estados Contratantes relativas aos impostos cue sé objeto da presente Convencdo, e@ que sejam exigidos de acordo com a mesma Conveng&o. As informagdes assim trocadas senéo consideradas secretas e somente poderdo ser reveladas a pessozs ou autoridades (incluindo tribunais judiciais ou administrat-vos competentes) vinculadas 4 liquidagdo ou ao recolhimento dos impostos objeto d presente Convengo. 2. 0 disposto no paragrafo 1 nao >0deré, em caso algum, ser interpretado no sentido de impor a um dos Estados Contratantes a obrigagéo: a) de tomar medidas administratives contrarias @ sua legislagdo ou a sua pratica administrative ou as do outro Estado Contratante; b) de fornecer informagdo que #0 poderia ser obtida com base na sua prépria legislagdo ou prética administrativa ou nas 40 outro Estado Contratante; e c) de fornecer informagdes reveladoras de segredos comerciais, industrias, prof‘ssiona‘s ou de processos comerciais ou industriais, ow informagdes cuja comunicagéo seja contraria a ordem pablica. privilégios diplométicos Internaciona 1. instrumentos possfvel. 2. instrumentos aplicadas: i. seja denunc poderé denun ARTIGO XXVIT Funcionérios diplométicos e consulares Nada na presente Convencao prejud-caré 0 fiscais de que se beneficiem os funcionério ou consulares em virtude de regras zerais do Direito 1 ou de disposigdes de acordos espec-ais. ARTIGO XXVIII Entrada em vigor A presente Convengéo sera razificada e os de ratificagdo serdo trocados em Brasflia, logo que A Convengao entraré em vigor na data da roca dos de ratificagéo e as suas disposigées serao I = no que concerne aos impostos ~etidos na fonte, 3s importancias pagas no ou cepois do primeiro dia de janeiro do ano calendé~io imediatamente seguinte aquele em que a Convangdo 2ntrar em vigor: II - no que concerne aos outres impostos de que trata a presente Convencéo, ao perfodo-base que comece no ou depois co primeiro dia de janeiro do ano calenddrio —imediatamente seguinte aquele em que a Cenvengdo entrar em vigor. ARTIGO XXIX Denancia A presente Convengdo permaneceré em vigor até que jada por um dos Estados Contratantes. Qualquer deles cid-la por via diplomética, mediante comunicagdéo com pelo menos seis meses de anteced&ncia ao térm*no de cada ano calendério e a partir do terceiro ano contado da cata de sua entrada em vigor. Nesse caso, a Convengéo sera apl-cada pela Gltima vez: 1 = no que concerne aos impostos retidos na fonte, as importancias pagas antes da expiragdo do ano calendério em que o aviso de denGnci tenha sido dado; 11 = no que concerne aos outros impostos de que trata a presente Convengéo, as importancias recebidas durante o perfodo-2ase que comece no ano calendério em que o aviso de dendncia tenha sido dado. Em testemunho do qué, os Pleripotenc*érios do dois Estados Contratantes assinaram a presents Convergdo e nela apuseram os respectivos selos. Feita em duplicata, em Buencs Aires, no dia dezessete de maio de 1980, nas linguas portuguesa e espanhola, sendo ambos os textos igualmente auténticos. PELO GOVERNO DA REPOBLICA PELO GOVERNO DA REPOBLICA FEDERATIVA DO BRASIL: ARGENTINA Ramiro Saraiva Guerreiro Carlos W. Pastor cCONVENTO PARA EVITAR LA DOBLE IMPOSICION ¥ PREVENTR LA EVASTON FISCAL CON RESPECTO A LOS IMPUESTOS SOBRE LA RZNTA ENTRE [A REPUBLICA FEDERATIVA DEL BRASIL x LA REPUBLICA ARGENTINA. E1 Gobierno de la RepGblica Federativa de> Brasil y el Gobierno ‘de la Repiblica Argentina” ~ Deseando concluir un Convenio para evitar la doble imposicién y prevenir 1a evasién fiscal con respecto a los impuestos sobre la renta Han acordado lo siguiente: ARTICULO I Ambito personal Este Convenio se aplicard a las personas -esidentes en uno 0 en ambos Estados Contratantes. ARTICULO IL Impuestos comprendidos 1. Los impuestos existentes a los cuales se eplicard este Convenio son: a) en la RepGblica Federativa del Brasil: ~ el impuesto sobre 1a renta, con exclusién de las inciden— cias sobre remesas excedentes y sobre actividades menos importantes (en adelante denominado “impuesto brasilefio"); b) en la Repéblica Argentin: - el impuesto a las gauancias 2. - el impuesto a los beneficios eventuales (en adelante denominados "impuesto argentino"), El presente Convenio se aplicara también a los impuestos de na- turaleza idéntica o substancialmente similar que se afiadan a los existen- tea o que los sustituyan. Las autoridades competentes de los Estados Con~ tratantes se comunicaraén cualquier modificacién relevante que se haya in- troducido en sus respectivas legislaciones fiscales. ARTICULO IIT Definiciones generales En este Convenio, a menos que el contexto lo disponga de otro a) el término "Brasil" significa la Repéblica Federativa del Brasil; b) el término “Argentina” significa la Repablica Argentina; c) el término "nacionales" significa: 1 - todas las personas fisicas que poseen 1, nacionalidad de un Estado Contratante; - . 1 - todas las personas jurfdicas, sociedades de personas o asociaciones cuyo cardcter de tal derive de las leyes en vigor en un Estado Contratante; 4) las expresiones “un Estado Contratante” y “el otro Estado contratante" significan-Brasil o“Argentina, tal como el tex- to lo requiera; e) el término “persona” comprende una persona fisica, una socie- ad o cualquier otra agrupacién de personas; sociedad" significa cualquier persona juridica £) el término o cualquier entidad que es tratada coms una persona juridi- ca a los fines impositivos; g) las expresiones “empresa de un Estado Sontratante" y “empre- ga del otro Estado Contratante" significan, respectivamente, una empresa explotada por un residente de un Estado Gontra- tante y una empresa explotada por un residente del otro Es- tado Contratante; bh) la expresién "transporte internacional” significa cualquier transporte por buque,aeronave_o automoter, explotado por una empresa que tiene su sede de direcztién efectiva estable- cida en un Estado Contratante excepto cuando dicho buque, acronave © automotor es explotado solamente entre lugares del otro Estado Contratante; i) el término “impuesto" significa impueszo brasilefio o impues— to argentino, tal como el texto lo requiera j) la expresién “autoridad competente” significa: 1 - en Brasil : el Ministro da Fazende, el Secretaério da Re- ceita Federal o sus representantes autorizados; 11 - en Argentina: el Ministerio de Eccnomfa (Secretaria de — Ze para la aplicaciGn del presente Convenio por un Fatade contra- conte, cualquier expresién no, definida de orre manera tendré, a menos que el texto exija una interpretaci6n diferente, el significado que s8¢ le atri- puya por la legislacién de ese Estado contratante relativa a los impues- tos que son objeto del presente Convenio. En el caso que los sentidos acor~ dados reeulten contrapuestos 0 antagonicosy las autoridades competentes de los Estados Contratantes, de comGn acuerdo, estabiecetén la interpre- tacién a acordar. ARTICULO IV Residente 1. A los fines de este Convento, 1a expresién “residente de un Es tado Contratante” significa cualquier persons sues en virtud de 1a legis- jacién de ese Estado, resulte residente det mismo e= razén de su domici~ lio o residencia, su sede de direceién © eualquier ctro criterio de natu- raleza andloga- 2s cuando,-en virtud de las disposiciones de apartado 1, una per gona ffeica es residente de ambos Farades contratanzes, el caso sera re~ guelto de acuerdo con as siguientes reglas? a) esta persona ser considerada residents gel Estado Contratan- te en el cual tiene una vivienda permanente disponible. Si tiene una vivienda permanente disponibie ee anbos Estados - contratantes, seré considerada residente del Estado Contra~ tante con el que mantenga relaciones personales y econénicas mis estrechas (centro de intereses yvitales b) si no pudiera determinarse el Estado Contratante en el cual @icha persona tiene su centro de intereses vitales o si no tuviera una vivienda permanente disponible en ninguno de los Estados Contratantes, sera considerada residente del Estado contratante,donde vive de manera habitual; c) si viviera de manera pabitual en ambos Estados Contratantes o no lo hiciera en ninguno de ellos, seré considerada residen- te del Estado Contratante del cual es nacional; 4) si es nacional de ambos Estados Contratantes o no tos es de ninguno de ellos, las autoridades competentes de los Estados contratantes resolveran el caso de comin acuerdo. 3. quando en virtud de las disposiciones Ge} apartado 1, una per— sona, que no sea una persona Fisica, S68 residenze de ambos Estados Contra tantes, se 1a consideraré residente det Estado Centratante en que se en- cventre su sede de direccién efectiva. ARTICULO V Establecimiento permanente Ly A los fines del presente Convenio, 1@ expresién "establecimiento permanente” significa un lugar fi3e de negocios en el que una empresa efectéa toda o parte de su actividad. La expresién “establecimiento permanente" incluye especialmente: 4) una sede de direceién; b) una sucursal; c) una oficina 4) una fabrica; e) un taller; £) una mina, cantera u otro lugar de extraccién de recursos na- turales; g) una obra de construccién, instalaci6n c montaje, cuya duracién exceda de seis meses. 3 La expresién "establecimiento permanente" 10 comprende: a) la utilizacién de instalaciones con el dnico fin de almacenar, exponer o entregar bienes o mercaderfas pertenecientes a la empresa b) el mantenimiento de un depdsito de bienes o mercaderfas per- tenecientes a la empresa con el finico fin de almacenarlas, exponérlas 0 entregarlas; ¢) el mantenimiento de un depésito de bienes o mercaderfas per- tenecientes a la empresa con el nico fin de que sean proce- sadas por otra empresa; d) el mantenimiento de un lugar fijo de negocios con el Gnico fin de adquirir bienes o mercaderfias, o de recoger informa- cién, para la empresa; e) el mantenimiento de un lugar fijo de negocios con el nico fin de hacer publicidad, de suministrar informacién, de rea lizar investigacién cientffica o actividades similares que tengan caracter preparatorio o auxiliar para la empresa. 4 Una persona que act@e en un Estado Contratente por cuenta de una empresa del otro Estado Contratante —salvo que se trate de un agente inde- pendiente comprendido en el apartado 5 - serd consiterada un-establecimien- to permanente en el Estado primeramente mencionado si tiene y habitualmen- te ejerce en este Estado poderes para concluir cont=atos en nombre de la empresa, a menos que sus actividades se limiten a l= compra de bienes o mercaderias para la empresa. Sin embargo, una sociedad aseguradora de ux Estado Contratante se considerard que tiene un establecimiento permanente en el otro Estado Contratante siempre que reciba premios o asegure riesgos en ese otro Es- tado. 5S. No se considera que una empresa de un Esta4o Contratante tiene un establecimiento permanente en.el otro Estado Conzratante por el mero hecho de que realice negocios en ese otro Estado Contratante por medio de un corredor, un comisionista general o cualquier otro intermediario que goce de una situacién independiente, siempre que estas personas actGen en el curso ordinario de su negocio. 6. El hecho de que una sociedad residente de un“Estado Contratan— te controle o sea controlada por una sociedad que sea residente del otro Estado Contratante, o que ejerza actividades en este otro Estado (ya sea por medio de un establecimiento permanente o de otr modo), no convierte por sf solo a cualquiera de estas sociedades en un establecimiento perma— nente de la otra. 1 Se considera que una empresa de un Estado Contratante tiene un mte si realiza, den- establecimiento permanente en el otro Estado Contr tro de ese otro Estado Contratante, actividades de suministro de servicios s mencionados en el Articuls XVII. = de artistas y deportist. ARTICULO VI : Rentas de los bienes inmuebles 1. Las rentas procedentes de los bienes inmuebles, inclusive las rentas de 1a agricultura y forestaci6n, pueden somezerse a imposicién en el Estado Contratante en que tales bienes estan situados. 2s a) Sin perjuicio de lo dispuesto en las letras b) y ¢), la ex- presién "bienes inmuebles" se definiré de acuerdo con 1a ley del Estado Contratante en que los bienes estén-situados; b) la expresién comprende, en todo caso, los accesorios de la propiedad innobiliaria, el ganado y equipo utilizados en agricultura y forestacién, los derechos a los que se apliquen las disposiciones de de~ echo privado relativas a la propiedad inmobiliaria, el usufructo de bie- nes inmuebles y los derechos a pagos variables o fijos por 1a explotacién ¢ el derecho a explotar yacimientos minerales, fuentes y otros recursos naturales} c) los buques, embarcaciones y aeronaves no serdn considerados como bienes inmuebles. 3. Las disposiciones del apartado 1 se aplicarén a las rentas de~ rivadas del uso directo, del arrendamiento o de cualquier otra forma de explotacién de bienes inmuebles. 4 Las disposiciones de los apartados 1 y 3 se aplicarén igualmen- te a las rentas derivadas de los bienes inmuebles de una empresa y de los pienes inmuebles utilizados para el ejercicio de servicios profesionales. Beneficios de las empresas 1. Los beneficios de una empresa de un Estado Contratante sdlo pue- den someterse & imposicién en ese Estado, a no ser que la empresa lleve s cabo negocios en et otro Botado por medio Je UP estadlecimiento perma- vente situade en é1. Si le empress ileva # cabo negocios en la forma men- cionada sus peneficios pueden someterse & imposicién ea €1 otro Estado pero sélo en la cantidad atribuible a ese establecimiento permanente. Bie sin perjuicio de lo-dispuesto em et apartade 3, cuando una em- presa de un Estado Contratante desarrolle actividades en el otro Estado contratante mediante un estableciniento permanente en é1 situado, en ca- da Estado Contratante seran atributbles al estableciméento permanente los peneficios que éste obtendria si fuers UhB empresa distinta y separada, que realizase las mismas o similares actividades, baj> las sismas o sind qares condiciones y tratase con total independencia con la empresa de le cual es un establecimiento permanenter para la determinacién dé los beneficios de un establecimiento permanente se permitird deducir los gastos realizados para los fines del vetablecimiento permanente, incluyendo Los gastos de dixeceién y genera les de administracién realizados pare los mismos fines- 4. _. -Ningén beneficio serd atribuide 2 up establecimieato permanen— te por el sd1o hecho de que éste efectGe la mera compra de dienes 0 mer” cadertas para la empresa. 5. cuando los beneficios comprendan rentas reguladas separadamente ca otros articulos de este Convenio, tas aisposiciones de aquéllos no queq dardén afectadas por las del presente articulo- ARTLCULO VIET qransporte aéreo, terrestre, maritincs fluvial y lacustze is Los beneficios procedentes del transporte internacional obteni~ {timo, fluvial o la~ gos por empresas de transporte aéreo, terrestre, ™ custre sélo pueden someterse 4 jmposicién en el Estado Contratante on el que esté situada la sede de direccién efectiva de las miswas~ 2s si la sede de direceién efectiva de une empresa de transporte carftimo, fluvial o lecustre estuviers @ pordo de sn buque o embarcacién, ne consideraré que se encuentra en et Estado Contratante donde esté el puerto base de los mismos, y si no existiera tal puerto base, en el Eston fo Contratante en e1 que resida 1a persona ave explote el buque o 1a em- parcacién. 3. Las disposiciones del apartado 1 se aplican también a los bene~ ficios procedentes de 18 participacién en un "poo="s en une explotacién en comin o en un organismo internacional de explotacié=. 4 E1 Convenio entre Brasil y Argentina de fecha 21 de junio de 1949 para evitar 1a doble imposicién de las rentas provenientes del ejer= cicio de 1a navegacién maritima*y a€rea, y e1 acuerdo entre Brasil y Ar~ gentina de fecha 15 de marzo de 1972 para evitar le doble imposicién de las rentas provenientes de operaciones de transporte terrestre en et tra- fico internacional cesarGn de aplicarse, con respecto @ los impuestos com- prendidos en el presente Convenio, en el period en_que esse Convenio sea aplicable. ARTICULO_IX Empresas asociadas cuand a) una empresa de un Estado Contratante participe directa © indivectamente en la direceién, control o capital ce wna empress del otro Estado Contratante, 0 b) las mismas personas participen directa’o indirectamente en la direceién, control o capital de una empresa de un Estado Contratante y de una empresa del otro Estado contratante. y, en uno y otro caso, las dos empresas estén, en sus relaciones comercia- | sie o financieras, unidas por -condiciones aceptadas o inpeestas, que di- fieren de las que serfan acordadas por empresas independientes, los bene- o existir estas condi- el ficios que una de las empresas habria obtenido de nismas, pueden ciones y que de hecho no se han producido 2 causa ger incluidos en los beneficios de esta empresa y sometides @ imposicién en consecuencia. ARTICULO X Dividendos Le Los dividendos pagados por wna sociedad residente de un Esta~ do Contratente a un reeidente del otro Estado Contratante pueden somerer” se a imposicién en ese otro Estado. . ais Sin enbargo, eatos dividendos pueden someterse a imposicién en el Estado Contratante en que resida la sociedad que pasue los dividen- dos y de acuerdo con la legislacién de este Estade. 3. Las disposiciones de los apartados 1 y 2 no se aplican si et peneficiario de los dividendos, residente de un Estado Contratante, tie- ne en el otro Estado Contratante del que es residente le sociedad pagado- ) las remuneraciones se pagan por, © em nombre de, un empleador que no es residente del otro Estado, 7 ) las remuneraciones no se soportan Por OP establecimiento per- manente o una bage fija que el empleador poses 6% el otro Ee- tado. 3. | No obstante las disposi¢iones precedentes de este articulo, las remuneraciones obtenidas en virtud de on empleo ejercido en. un veniculo utilizado en el transporte internacional por Une empresa comprendida en el articulo VIII, slo pueden someterse & imposicién ez el Estado Contra~ tante en que esté situada la sede de direccién efective de dicha empresa- ARTICULO XVI Honorarios de directores tos honorarios de directores y otras retribucionss similares ob- tenidos por un reaidente de un Estado Contratante &8 su calidad de miembro gel directorio o de cualquier consejo de vat sociedad residerte del otro Estado Contratante pueden someterse @ jmposicién en este otre Estado. ARTICULO XVII - Artistas y deportistas No obstante las disposiciones de los articulos XIV XV, las ren~ es como los artis~ tas obtenidas por los profesionales del espect&culo, te de teatro, cine, radiodifusién o televisién, y lcs misicos, ast como los deportistas, por sus actividades personales en este concepto, pueden someterse a imposicién en el Estado contratante en que estas actividades son desarrolladas- ARTICULO XVIIZ Pensiones y anvalidades B Las pensiones y otras remuneraciones semejantes que reconozcan gw origen en la prestacién de servicios personales, asf como también las anualidades y otras rentas similares, s61o pueden scmeterse 2 imposicién on el Estado Contratante desde cuyo territorio se efectuéa los pagos+ 2. En el presente articulo: a) la expresién "pensiones y otras renuneraciones semejantes” designa pagos periédicos, efectuados después de la fubilacién, como con- secuencia de un empleo anterior © a titulo de compersacién por dafios sufri- cine momo consecuencia de un empleo anterior, b) e1 término “anualidades y otras rentas einilares” designe wna cantidad determinada, pagada periddicamente en plazos determinados, duran- te la vida o durante un perfodo de tiempo determinado © determinable, @ rafz de un compromieo de efectuar los pagos como retribucién de un pleno y adecuado contravalor en dinero ‘0 valorable en dinero (que no sea por ser— vicies prestados)+ ARTICULO XTX Retribuciones gubernamentales y pagos de sistemas de seguridad social les a) Las remuneraciones, excepto las pensiones y jubilaciones, pa- gadas por un Estado Contratante, una eubdivisién politica o una autoridad local del aismo, a una persona en relacién con servicios prestados a ese Estado, subdivisién o autoridad, sdlo pueden someterce & imposicién en ese Eetado. b) Sin embargo, dicha remuneracién sélo puede somererse a_impo- stados en ese sicién en el otro Estado Contratante si los servicios son P= Estado y la persona: s 1, es nacional de ese Estados 0 2. no siendo nacional de ese Estado, en el perfodo previo a la prestacién de dichos servicios era residente de ese Betado- 2. . cualquier pensién o jubilaci6n pagada por, © con fondos creados por un Estado Contratante, una subdivisién polftica, o una autoridad local del mismo, a una persona fisica respecto de servicios prestados a ese Es~ tado, subdivisién 0 autoridad, sélo pueden someterse & imposicién en ese Estado. Be Lag disposiciones de los artfeulos XV, XV= y XVITT seraén aplica- ples a las remuneraciones y pensiones respecto de t9s servicios prestados en relacién con,una actividad comercial o industries desarrollada por un dad local del mismo. Estado Contratante, una subdivisién politica o aut ae Las pensiones y jubilaciones pagadas @ una persona fisica con fondos provenientes de un sistema de previsién social de un Estado Contra~ tante sélo pueden someterse a imposicién en ese Estade- ARTICULO XX profesores o investigadores una persona ffsica que es o fue en el periodo inmediatanente Sa- terior a su visita a un Estado Contratante, un residente del otro Estado Contratante y que, por invitacién del primer Estado Contratanté 0 de una universidad, colegio superior, escuela, museo u otra institucién cultural del primer Estado Contratante, o cumpliendo un programa oficial de inter- Estado por un perisdo que no exceda de cambio cultural, permanece en es 2 afios con el Gnico fin de ensefiar, pronunciar conferencias o realizar in-~ vestigaciones en dichas institucjones, estaré exenta de imposici6n en es te Estado con relacién a lae remuneraciones que perciba come consecuencia de tales actividades, en tanto que el pago por dichas renuneraciones pro- vengan del exterior de este Estado. ARTICULO XX1 Eatudiantes y aprendices 1 7 Una persona fieica que es o fue, en el periodo inmediatamente anterior.a su visita a un Estado Contratante, un residente del otro Bsta~ do Contratante y que permanezca en el primer Estado Zontratante solamente: a) como estudiante de una universidad, colegio superior o es~ cuela del primer Estado Contratante, = b) como perceptor de una beca, ayuda escolar o secompensa con- cedida por una organizacién religiosa, de cazidad, cienti- fica o educacional, con el fin primordial de estudiar o rea~ lizar investigaciones, ¢) como miembro de un programa de cooperacién técnica desarro- llado por el Gobierno del otre Estado Contrazante, o 5 4) como aprendiz estaré exenta de impuesto en el primer Estado Contratante con relacién a las sumas que reciba del exterior para su sostenimieato, educacién o apren- dizaje. de Una persona fisica que es o fue, en periodo inmediatamente an- terior a su visita a un Estado Contratante, un residente del otro Estado atante con el dnico Contratante y qué permanezca en el primer Estado Co fin de estudio o aprendizaje, estard exento de impuesto en el; primer Esta- do Contratante por un periodo que no exceda de 3 afios fiscales consecuti. vos, con relacién a 1a remuneracién que reciba por un empleo ejercido en ese Estado con la finalidad de ayuddrse en sus estudios o aprendizaje. ARTICULO XXII Otras rentas Las rentas de un residente de un Estado Sontratante no trata~ das en los artfculo anteriores y procedentes del otro Estado Contratente pueden someterse a imposicién en este otro Estado. ARTICULO XXIII Métodos para evitar la doble imposicién 1. Cuando un residente de Brasil obtenga reatas que, de acuerdo con las disposiciones del presente Convenio, pueden someterse @ imposicién en Argentina, Brasil, salvo lo dispuesto en el aparzado 2, deduciraé del impuesto que perciba sobre las rentas de este residente un importe igual al impuesto sobre 1a renta pagado en Argentina sin embargo, la cantidad a deducir no pedrd exceder de 1a paré te del impuesto sobre 1a renta, calculado antes de te deduceién, correspon dichte a las rentas que pueden someterse 2 imposicién en Argentina. Ms hos dividendos pagados por una sociedad residerte de Argentina a una sociedad residente de Brasil titular de ms de1.10 por ciento del ca- pital de la sociedad pagadora, que pueden someterse a imposicién en Argen~ tina de acuerdo con las disposiciones det presente Convento, serfn eximidos del impuesto en Brasil. 3. cuando un reeidente de Argentina obtenga rentas que, de acuer- de con las disposiciones del presente Convenio, pueden soneterse & imposi- cién en Brasil, Argentina no las sometera a imposizién, a menos que dichas rentas se consideren procedentes de Argentina. ARTICULO XXIV No discriminacién 1. hos nacionales de un Estado Contratante no serdn sometides en el otvo Estado Contratante a ningGm impuesto u obiigacién relativa al mis- mo que no se exijan o que sean mas gravosos que acuéllos a los que estén © puedan estar sometidos los nacionales de este o=ro Estedo que se encuen- tren en las mismas condiciones. 2s dn establecimiento permanente que una empresa dé un Estado Con~ tvatante tenga en el otro Estado Contratante no seré sometido a imposiéién en este Estado de manera menos favorable que las empressé de este otro Es- tado que realicen las mismas actividades. Esta disposicidn no puede inter— abante a conceder a los pretarse en el sentido, de obligar-a un Estado Con: vesidentes del otro Estado Contratante las deducciones personales, desgra- yaciones y reducciones impositivas que otorgue a sus propios residentes en consideracién a su estado civil o cargas familiares, 3. tas empresas de un Estado Contratante cuyo capital esté, total © pareialmente, posefdo 0 controlade, directa o indirectamente, Por uno «née residentes del otro Estado Contratante no serdn scmetidas en el pri- mer Estado a ningn impuesto u obligeci6n relativa al mismo que no se exi- jan o que sean més gravosos que aquéllos a los que estén o pueden estar sometidas otras empresas similares del primer Fatado, cuyo capital esté, total o parcialmente, poseSdo o. controlado, directa ¢ indirectamente, por uno o m&s residentes de un tercer Estado. 4. Bl presente artfculo s6lo es aplicable a ~os impuestos que sean materia de este Convenio. ARTICULO_XXV Procedimiento amistoso le Cuando un residente de un Estado Contratante considere que las medidas adoptadas por uno o ambos Estados Contratantes inplican o pueden jmplicar para 1 una imposiciéa que no esté conforme con as disposiciones del presente Convenio, con independencia de los recersos previstos por la legiclacién nacional de estos Estados, podrd someter su caso s 28 autori- dad competente del Estado Contratante del que es recidente dentro del Pla~ zo de 2 akos siguientes a 1a primera notificacién de 1a medida que impli que una imposicién no conforme con las disposiciones de este Convento. 2s La autoridad competente, si 1a reclamacién le parece fundada” y si ella misma no esta en condiciones de adoptar una solucién satisfacto- ria, haré lo posible por resolver la cuestién mediante un acuerdo amisto~ so con la autoridad competente del otro Estado Contzatante afin de evitar una imposicién que no se ajuste al presente Convenio. a Las autoridades competentes de los Estades Contratantes haran lo posible por resolver las dificultades o disipar “as dudas que Plantee la interpretacién o aplicacién del Convenio mediante un acuerdo amistoso. También’ podrén ponerse de acuerdo para tratar los casos no previstos en el mismo. 4 Las autoridades competentes de los Estados Contratantes pueden comuniearse directanente entre sfa fin de llegar a un acuerdo segdn se indica en los apartados anteriores. Cuando se considere que estos acuerdos pueden facilitarse mediante contactos personales, et intereambio de puntos de viata podré realizarse en el seno de una comisiéa compuesta por repre~ sentantes de las autoridades competentes de anbos Estados Contratantes. ARTICULO XXVI Intercambio de informacién we Las autoridades competentes de los Estados Contratantes inter- cambiarda las informaciones necesarias para 1a aplicacién del presente Con- venio y de las leyes internas de los Estados Contratantes relativas a ios impuestos comprendidos en el miono que se exijan de acuerdo con 41. Las jnforsaciones asi intercanbiadas seran mantenidas en secreto y #610 se pow Grén revelar a personas o autoridades (incluyendo-=ribunales judiciales 0 administrativos competentes) vinculados a la liguidacién o recaudacién de loe impuestos objeto del presente Convenio. Bs En ningGn caso, las disposiciones del apartado 1 obligan a un Estado Contratante a a) adoptar medidas administrativas contzarias « su legislacién o practica administrativa o a las de= otro Estado Contratan- tes b) suministrar informacién que no se pueda obtener sobre la ba~ se de eu propia legislacién o practica addinistrativa o de las del otro Estado Contratante; y c) tranemitir informaciones que revelen un secreto comercial, industrial o profesional © un procedimiento comercial, o in- formacionee- cuya comunicacién sea coatraria al orden pibli- co. ARTICULO XXVIZ - - Funcionarios diplomaticos y consslares Las disposiciones del presente Convenio no afectan los privile- gios fiscales que disfrutan los funcionarios diplonaticos o consulares de acuerdo con los principios generales del Derecho Internacional o en virtud de acuerdos especiales. ARTICULO XXVEIT Entrada en vigor 1. El presente Convenio sera ratificado, y los instrumentos de ra- tificacién serén intercambiados en Brasilia lo antes posible. 2s £1 Convenio entrard en vigor a partir del intercambio de los instrumentos de ratificacién, y sus disposiciones se aplicardn: +1 = con respecto a los impuestos retenidos en la fuente, sobre cualquier pago realizado a partir del primer dia ¢e enero, “inclusive, del ao calendario inmediato siguiente a aquél_en que el Convenio entre en vi- gors II- con respecto a los otros impuestos comprendides en el Con~ venio, en el ejercicio fiscal que comience a partir del primer dia de ene- ro, inclusive, del afio calendario inmediato siguiente a aquél en que el Convenio entre en vigor.

Você também pode gostar