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Espírito e mentalidade aberta para encarar realidades diferentes.

Ser capaz de aceitar as diferenças, aceitar o outro como ele é.


O conceito de saúde mental é muito abrangente e complexo: “estado de bem-estar por meio
do qual os indivíduos reconhecem as suas habilidades, são capazes de fazer frente ao stress
normal da vida, trabalhar de forma produtiva e frutífera e contribuir para a comunidade”.
o Implica autoconhecimento.
o Não exige esforço interno, não exige adaptação ou estratégias de coping.
Tem implícitos os conceitos de bem-estar subjetivo, autoeficácia percebida, competência,
autonomia, produtividade, autoatualização e dependência intergeracional. Depende da pessoa,
logo é um conceito cuja definição é subjetiva.
o Corey Keyes sugere que existem sintomas para avaliar a saúde mental - hedonia e
funcionamento positivo.

– “A única diferença entre mim e um louco, é que eu não estou louco.”


– “O que é um louco? O que eu sei da diferença de um louco é que eu não sou
louco.”

Ansiedade relacionada com o internamento – ansiedade momentânea.


Níveis de ansiedade patológicos, que põem em causa. A perturbação impede o normal
funcionamento da pessoa.

o É essencial para a compreensão da pessoa como um todo.

o É necessário compreender as causas e implicações da doença mental do indivíduo, família,


grupos e sociedade. Entre o louco e o normal, as “diferenças” são relativas.

o São necessários conhecimentos científicos e éticos da enfermagem de saúde mental e


psiquiátrica que permitam a compreensão das pessoas com doença mental e toda a
envolvência.

o Os enfermeiros têm responsabilidade na promoção da saúde mental, na prevenção da doença


mental, e nos cuidados prestados à pessoa com doença mental e família.
o São-lhes exigidas competências técnicas, científicas e humanas que deem resposta às
necessidades das pessoas.
o Assim, que os estudantes devem compreender os fundamentos científicos e éticos da
enfermagem de saúde mental e psiquiátrica.
Este diploma incide sobre a definição, os fundamentos e os objetivos da política da área, consagra os
direitos e deveres das pessoas com necessidades de cuidados de saúde mental e regula as restrições
destes direitos e as garantias da proteção da liberdade e da autonomia.

Independentemente de sermos saudáveis ou doentes não nos podem ser restringidos direitos e
deveres, nem a nossa autonomia.

Doença mental não implica que a pessoa possua défices cognitivos. Pessoas com défice mental podem
ter saúde mental. Apesar de grande debilidade, existe sempre autonomia.
A Proposta de Lei insere-se na reforma da saúde mental que o Governo quer concluir até 2026.

O diploma está alicerçado em contributos saídos da Convenção dos Direitos das Pessoas com
Deficiência, do Plano de Saúde Mental aprovado pela OMS, das linhas de ação estratégica para a Saúde
Mental e Bem-estar da UE e das recomendações mais recentes do comité de Bioética do Conselho da
Europa.
Acentua a visão humanista, enquanto vertente indispensável de cuidados de saúde de excelência,
conferindo centralizado aos conceitos de autonomia, dignidade, participação, oportunidade e
recuperação.

o É um bem intrínseco essencial à pessoa que lhe permite realizar-se e adaptar-se nas diferentes
comunidades/grupos onde se insere.
o Está associada a estilos de vida, comportamentos, adaptação, resiliência.
o É especialmente sensível às alterações e contexto envolvente.
o Deve ser uma prioridade em todos os setores e intervenções.
o É dos mais importantes elementos para o sucesso e desenvolvimento de uma comunidade.
o Exige uma atuação transversal, tanto nos diferentes níveis de governação, como envolvendo
toda a comunidade.
o O objetivo fundamental da legislação de saúde mental é proteger, promover e melhorar a vida
e o bem-estar dos cidadãos.
o A necessidade de legislação de saúde mental deriva de um entendimento cada vez maior do
que representa nos encargos pessoais, sociais e económicos da doença mental numa escala
mundial.

o Estabelecer os princípios gerais da política de saúde mental.


o Regula o internamento compulsivo dos portadores de anomalia psíquica, designadamente as
pessoas com doença mental.
1. A proteção da saúde mental efetiva-se através de medidas que contribuam para assegurar ou
restabelecer o equilíbrio psíquico dos indivíduos, para favorecer o desenvolvimento das
capacidades envolvidas na construção da personalidade e para promover a sua integração
crítica no meio social em que vive.
2. As medidas referidas no número anterior incluem ações de intervenção primária, secundária, e
terminaria da doença mental, bem como as que contribuam para a promoção da saúde mental.

1. Devem observar-se os seguintes princípios gerais:


a) A prestação de cuidados de saúde mental é promovida prioritariamente a nível da
comunidade.
b) Os cuidados são prestados no meio menos restritivo possível.
c) O tratamento em regime de internamento ocorre, tendencialmente, em hospitais gerais.
d) A prestação de cuidados de saúde mental é assegurada por equipas multidisciplinar
habilitadas a responder, de forma coordenada, aos aspetos médicos, psicológicos, sociais,
de enfermagem e de reabilitação.
e) Em estruturas residenciais, centros de dia e unidades de treino e reinserção profissional,
inseridos na comunidade e adaptados ao grau específico de autonomia dos doentes.
2. Os encargos com os serviços prestados no âmbito da reabilitação e inserção social, apoio
residencial, e reinserção profissional são definidos pelo governo de acordo com os responsáveis
pelas áreas da saúde, segurança social e emprego.
1. O Estado promove a melhoria da saúde mental das pessoas e da sociedade em geral,
designadamente através da promoção do bem-estar mental, da prevenção e identificação atempada
das doenças mentais e dos riscos a elas associados.
2. Os cuidados de saúde mental devem ser centrados nas pessoas, reconhecendo a sua individualidade,
necessidades específicas e nível de autonomia, e ser prestados através de uma abordagem
interdisciplinar e integrada e prioritariamente a nível da comunidade.
3. As pessoas afetadas por doenças mentais não podem ser estigmatizadas ou negativamente
discriminadas ou desrespeitadas em contexto de saúde, em virtude desse estado.

1. Sem prejuízo do previsto na lei de base da saúde, o utente dos serviços de saúde mental tem
ainda o direito de:
a) Ser informado, por forma adequada, dos seus direitos, bem como do plano terapêutico
proposto e seus efeitos previsíveis.
b) Receber tratamento e proteção, no respeito pela sua individualidade e dignidade.
c) Decidir receber ou recusar as intervenções diagnósticas e terapêuticas propostas, salvo
quando for caso de internamento compulsivo ou em situações de urgência em que a não
intervenção criaria riscos comprovados para o próprio ou para terceiros.
d) Não ser submetido a eletroconvulsoterapia sem o seu prévio consentimento escrito.
e) Aceitar ou recusar, nos termos da legislação em vigor, a participação em investigações,
ensaios clínicos ou atividades de formação.
f) Usufruir de condições dignas de habitabilidade, higiene, alimentação, segurança, respeito e
privacidade em serviços de internamento e estruturas residenciais.
g) Comunicar com o exterior e ser visitado por familiares, amigos e representantes legais, com
as limitações decorrentes do funcionamento dos serviços e da natureza da doença.
h) Receber apoio no exercício dos direitos de reclamação e queixa.
i) A realização de intervenção psicocirúrgica exige, além do prévio consentimento escrito, o
parecer escrito favorável de dois médicos psiquiatras designados pelo Conselho Nacional de
Saúde Mental.
2. Se o doente não tem condições para exercer os seus direitos, ou sejam menores de 14 anos
ou maiores acompanhados e a sentença de acompanhamento não faculte o exercício direto de
direitos pessoais, estes são exercícios pelos representantes legais quando os doentes. (Quando
o doente é menor de 14 anos ou não possua o discernimento necessário para avaliar o sentido
e alcance do consentimento).

Quando a pessoa não aceita o seu internamento voluntariamente, internamento “forçado”.


A saúde mental é a única área onde é permitido este tipo de internamento.
o Internamento por decisão judicial do portador de anomalia psíquica grave.

Internamento voluntário – internamento a solicitação do portador de anomalia psíquica ou a solicitação


do representante legal de menor de 14 anos.

1. Só pode ser determinado quando for a única forma de garantir a submissão a tratamento e
finda logo que cessem os fundamentos que lhe deram causa. É permitido retirar a liberdade
ao individuo que perturbado mentalmente ponha em risco a sua vida/saúde e a da
população.
2. Só pode ser determinado se for proporcionado ao grau de perigo e ao bem jurídico em
causa.
3. Sempre que possível é substituído por tratamento em regime ambulatório.
4. As restrições aos direitos fundamentais decorrentes do internamento compulsivo são as
estritamente necessárias e adequadas à efetividade do tratamento e à segurança e
normalidade do funcionamento do estabelecimento, nos termos do respetivo regulamento
interno.

1. Goza, em especial, do direito de


a) Ser informado dos direitos que lhe assistem.
b) Estar presente aos atos processuais que diretamente lhe disserem respeito, exceto se o
seu estado de saúde o impedir.
c) Ser ouvido pelo juiz sempre que possa ser tomada uma decisão que pessoalmente o afete,
exceto se o seu estado de saúde tornar a audição inútil ou inviável.
d) Ser assistido por defensor, constituído ou nomeado, em todos os atos processuais quem
que participar e ainda nos atos processuais que diretamente lhe disserem respeito e em que
não esteja presente.
e) Oferecer provas e requerer as diligências que se lhe afigurem necessárias.
2. Recai sobre internado o especial dever de se submeter às medidas e diligências previstas nos
artigos.
3. O internado mantém ainda os direitos reconhecidos aos internados nos hospitais gerais.
4. Goza, em especial, do direito de:
a) Ser informado e, sempre que necessário esclarecido sobre os direitos que lhe assistem.
b) Ser esclarecido sobre os motivos da privação da liberdade.
c) Ser assistido por defensor constituído ou nomeado, podendo comunicar em privado com
este.
d) Recorrer da decisão de internamento e da decisão que o mantenha.
e) Votar nos termos da lei, pode sempre exercer o seu direito ao voto.
f) Enviar e receber correspondência.
g) Comunicar com a comissão prevista.
5. O internado tem o especial dever de se submeter aos tratamentos medicamente indicados
sem prejuízo no disposto em artigos anteriores.
 Dependendo da gradação e da fase em que se encontre o indivíduo, este pode consentir,
autodeterminar e autogerenciar a sua vida. Autodeterminação e autonomia na tomada de decisão.

1. O portador de anomalia psíquica grave que crie, por força dela, uma situação de perigo para
bens jurídicos, de relevante valor, próprios ou alheios, de natureza pessoal ou patrimonial, e
recuse submeter-se ao necessário tratamento médico pode ser internado em estabelecimento
adequado.
2. Pode ainda ser internado o portador de anomalia psíquica grave que não possua o
discernimento necessário para avaliar o sentido e alcance do consentimento, quando a ausência
de tratamento deteriore de forma acentuada o seu estado.

1. Tem legitimidade para requerer o internamento compulsivo o representante legal do menor, o


acompanhante de maior quando o próprio não possa, pela sentença, exercer direitos pessoais,
qualquer pessoa com legitimidade para requerer a instauração do acompanhamento, as
autoridades de saúde pública e o ministério público.
2. Sempre que algum médico verifique no exercício das suas funções uma anomalia psíquica com
os efeitos previmos no artigo 12 pode comunicá-la à autoridade de saúde pública competente
para os efeitos do disposto no número anterior.
3. Se a condição ocorrer no decurso de um internamento voluntário, o diretor clínico do
estabelecimento.

1. O requerimento, dirigido ao tribunal competente é formulado por escrito, sem quaisquer


formalidades especiais, devendo conter a descrição dos factos que fundamentam a pretensão
do requerente.
 O internamento não é determinado pelos profissionais de saúde (estes apenas relatam e
sugerem, apresentando um relatório favorável a tal), mas sim por uma entidade jurídica, que
dá ordem para o internamento e pode decretar a necessidade de ser a polícia a ir buscar o
doente a casa e acompanhá-lo à instituição referida.
2. Instruído com elementos que possam contribuir para a decisão do juiz, nomeadamente
relatórios clínico-psiquiátricos e psicossociais.
o O juiz determina a apresentação do internado no serviço oficial de saúde mental mais próximo,
o qual providencia o internamento imediato.
o O juiz emite mandado de condução com identificação da pessoa a internar, o qual é cumprido
pelo serviço referido no número anterior, que, se necessário, solicita a coadjuvação das forças
policiais.
o O local definitivo do internamento, que deverá situar-se o mais próximo possível da residência
do internado, é comunicado ao defensor do internado e ao familiar mais próximo que com ele
conviva, à pessoa que com ele viva em condições análogas às dos cônjuges ou a pessoa de
confiança do internado.

o Verificados os pressupostos do artigo anterior, as autoridades de polícia ou de saúde pública


podem determinar, oficiosamente ou a requerimento, através de mandado, que o portador de
anomalia psíquica seja conduzido ao estabelecimento de psiquiatria (serviço de urgência) mais
próximo.
o O mandado é cumprido pelas forças policiais. O mandado contém a assinatura da autoridade
competente, a identificação da pessoa a conduzir e a indicação das razões que o fundamentam.
o Quando, pela situação de urgência e de perigo na demora, não seja possível a emissão prévia
de mandato, qualquer agente policial procede à condução imediata do internando.
o Na situação descrita no número anterior, o agente policial lavra auto em que discrimina os
factos, bem como as circunstâncias de tempo e de lugar em que a mesma foi efectuada.
o A condução é comunicada de imediato ao Ministério Público com competência na área e. Que
aquela se iniciou.

o O doente é apresentado de imediato no estabelecimento com urgência psiquiátrica mais


próximo do local em que se iniciou a condução, onde é submetido a avaliação clínico-
psiquiátrica com registo clínico e são-lhe prestados os cuidados de saúde necessários.

o Quando da avaliação clínico-psiquiátrica se concluir pela necessidade de internamento e o


internando a ele se opuser, o estabelecimento comunica, de imediato, ao tribunal com
competência na área a admissão daquele, com cópia do mandado e do relatório da avaliação.
o Quando a avaliação clínico-psiquiátrica não confirmar a necessidade de internamento, a entidade
que tiver apresentado o portador de anomalia psíquica restitui-o de imediato à liberdade,
remetendo o experiente ao Ministério Público com competência na área em que se iniciou a
condução.
o Recebida a comunicação do internamento, o juiz nomeia um defensor ao internando.
o Realizadas as diligências que reputar necessárias, o juiz profere decisão de manutenção ou não
do internamento, no prazo máximo 48h a contar da privação da liberdade.
o A decisão de manutenção do internamento é comunicada, com todos os elementos que a
fundamentam, ao tribunal competente.
o A decisão é comunicada ao internando e ao familiar mais próximo que com ele conviva ou à
pessoa que com quem viva em condições análogas às dos cônjuges.

o Recebida a comunicação do internamento, o juiz dá início ao processo de internamento


compulsivo, ordenando para o efeito que, no prazo de 5 dias, tenha lugar nova avaliação clínico-
psiquiátrica, a cargo de dois psiquiatras que não tenham procedido à anterior, com a eventual
colaboração de outros profissionais de saúde mental.

o Pendência de processo penal, quando há pendência de processo penal em que o arguido é


portador de anomalia psíquica e o tribunal opta por internamento ao abrigo deste diploma.
o Internamento compulsivo de inimputável.

o O tribunal que não aplicar a medida de segurança prevista do código penal, pode decidir o
internamento compulsivo do inimputável.
o Nesta situação, o tribunal competente é o tribunal judicial de competência genérica da área de
residência do internado.

1. Substituído por tratamento compulsivo em regime ambulatório sempre que seja possível
manter esse tratamento em liberdade.
2. Depende de expressa aceitação, por parte do internado das condições fixadas pelo psiquiatra
assistente para o tratamento em regime ambulatório.
3. Comunicada ao tribunal competente.
4. Se o doente deixar de cumprir as condições estabelecidas, o psiquiatra assistente comunica o
incumprimento ao tribunal competente, retomando-se o internamento.
O portador de anomalia psíquica pode ser internado compulsivamente de urgência, existindo perigo
iminente para os bens jurídicos, nomeadamente deterioração aguda do seu estado.

o O internamento funda quando cessarem os pressupostos que lhe deram origem.


o A cessação ocorre por alta dada pelo diretor clínico do estabelecimento, fundamentada em
relatório de avaliação clínico-psiquiátrica do serviço de saúde onde decorreu o internamento, ou
por decisão judicial.
o A alta é imediatamente comunicada ao tribunal competente.
o Se for invocada a existência de causa justificativa da cessação do internamento, o tribunal
competente aprecia a questão a todo o tempo.
o A revisão é obrigatória decorridos dois meses sobre o início do internamento ou sobre a
decisão que o tiver mantido. Neste caso o estabelecimento envia, até 10 dias antes da data
calculada para a revisão, um relatório de avaliação clínico-psiquiátrica elaborado por dois
psiquiatras, com a eventual colaboração de outros profissionais de saúde mental.
o Tem legitimidade para requerer a revisão do internado, o seu defensor e as pessoas referidas
no artigo.
o A revisão obrigatória tem lugar com audição do Ministério Público, do defensor e do internado,
exceto se o estado de saúde deste tornar a audição inútil ou inviável.

o
o A proteção das pessoas singulares relativamente ao tratamento de dados pessoais é um
direito fundamental. O artigo da Carta dos Direitos Fundamentais da UE, do Tratado
sobre o Funcionamento da UE estabelecem que todas as pessoas têm direito à
proteção dos dados de carácter pessoal que lhes digam respeito.
o
o A comissão promoverá, nos termos e condições previstos na legislação sobre rotação
de dados pessoais e sobre o sigilo médico, a organização de uma base de dados
informática relativa à aplicação do presente capítulo, a que terão acesso entidades
públicas ou privadas que nisso tenham interesse legítimo.

Ajuda a compreender o estado da arte da Saúde Mental, foi um plano publicado em 2008, elaborado
em 2007 perdi-me

a) Em Portugal, existe uma das mais elevadas prevalências de doenças mentais da Europa. Cada
vez existem mais problemas de saúde mental.
b) Uma percentagem importante das pessoas com doenças mentais graves permanece sem
acesso a cuidados de saúde mental.
c) Muitos dos que têm acesso a cuidados de saúde mental continuam a não beneficiar dos
modelos de intervenção (programas de tratamento e reabilitação psicossocial) hoje
considerados essenciais.
Assegurar a rosa a população portuguesa o acesso a serviços habilitados perdi me

Valores Princípios
Saúde mental indivisível da saúde em geral Os cuidados devem ser prestados no meio
menos restritivo possível.
A decisão do internamento só deve ser tomada
quando esgotadas todas as alternativas de
tratamento na comunidade.
Direitos humanos As pessoas com perturbações mentais devem
ver respeitados todos os seus direitos, incluindo o
direito a cuidados adequados, residência e
emprego, assim como proteção contra todos os
tipos de discriminação.
Cuidados na comunidade Os cuidados devem ser prestados no meio
menos restritivo possível.
A decisão de internamento só deve ser tomada
quando esgotadas todas as alternativas de
tratamento na comunidade.
Coordenação e integração de cuidados Os serviços em cada área geodemográfica
devem ser coordenados e integrados, de modo
a facilitar a continuidade de cuidados.
Abrangência Cada área geográfica deve incluir um leque
diversificado de dispositivos e programas capaz
de responder às necessidades da população.
Participação comunitária As pessoas com perturbações mentais devem
ser envolvidas no planeamento dos serviços.
Os familiares devem ser considerados como
parceiros.
Proteção de grupos especialmente vulneráveis Devem ser tomados em consideração, por
exemplo, crianças, adolescentes, mulheres, idosos
e pessoas com incapacidades.
Acessibilidade e equidade Cada área geográfica de incluir um leque
diversificado de dispositivos e programas capaz
de responder às necessidades da população.
Recuperação (recovery) Os serviços de SM devem criar condições que
favoreçam a autodeterminação e a procura de
um caminho próprio por parte das pessoas com
problemas de saúde mental.
o Assegurar o acesso equitativo a cuidados de qualidade a todas as pessoas com problemas de
saúde mental do país, incluindo as que pertencem a grupos especialmente vulneráveis.
o Promover e proteger os direitos humanos das pessoas com problemas de saúde mental.
o Reduzir o impacto das perturbações mentais e contribuir para a promoção da saúde mental das
populações.
o Promover a descentralização dos serviços de saúde mental, de modo a permitir a prestação de
cuidados mais próximos das pessoas e a facilitar uma maior participação das comunidades, dos
utentes e das famílias.
o Promover a integração dos cuidados de saúde mental no sistema geral de saúde, tanto a nível
dos cuidados primários, como dos hospitais gerais e dos cuidados continuados, de modo a
facilitar o acesso e a diminuir a institucionalização.

1. Organização dos serviços de saúde mental de adultos


a) Desenvolvimento e melhoria da rede nacional de serviços locais de saúde mental (SLSM)
b) Reabilitação psicossocial e desinstitucionalização dos doentes mentais graves.
c) Serviços regionais de saúde mental
d) Hospitais psiquiátricos
2. PERDI-ME
3. Saúde mental e cuidados de saúde primários
4. Articulação inter-sectorial
a) Em atividade de reabilitação psicossocial
b) Em atividade
5. Legislação de saúde mental e direitos humanos
6. Financiamento e gestão
7. Sistema de informação
8. Avaliação e garantia de qualidade
9. Recursos humanos
10. Articulação com as ordens religiosas
11. Investigação

Pelo despacho, o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde determinou a criação do Programa de


Saúde Prioritário na área da Saúde Mental (PrNSM) que integra a Plataforma para a saúde mental e
que prolonga o PNSM até 2020.
Em outubro de 2017, foi publicado pela DGS, um documento que vem oficializar este Programa.
Mantêm-se:
o As preocupações com a literacia, o estigma e a deficiente resposta em cuidados de saúde
mental estarão necessariamente presentes na construção do modelo lógico ocamente inclusão
das componentes consideradas essenciais: gestão, educação em saúde e mobilização social,
formação permanente dos profissionais de saúde, vigilância epidemiológica, e assistência na
saúde mental.
o O registo de utentes com perturbações mentais nos cuidados de saúde primários tem vindo a
aumentar desde 2011, no que diz respeito às perturbações de ansiedade, as perturbações
depressivas e às demências.
o O maior registo de doentes com perturbações de ansiedade e de demência encontra-se nas
regiões do Centro e do Alentejo.
o Verificou-se uma ligeira diminuição do número de internamentos desde 2011.

o Com base nos dados epidemiologicos recolhidos na última década, é evidente que as
perturbações psiquiátricas e os problemas relacionados com a saúde mental se tornaram a
principal causa de incapacidade é uma das principais causas de morbilidade e morte prematura,
principalmente nos países industrializados ocidentais.
o A avaliação do PNSM, plano de ação de SM da OMS, e a análise da situação a saúde mental
portuguesa no âmbito de um projeto EU Joint Action on Mental Health and Well-being em
ação conjunta da UE sobre saúde mental vieram evidenciar o progressivo afastamento do
nosso país das metas preconizadas pela OMS e confirmou, de forma clara, que só com
mudanças profundas e urgentes em alguns aspetos fundamentais das políticas e serviços de
saúde mental o nosso país poderá de novo juntar-se ao processo de mudança atualmente em
curso a nível europeu.
o Assim, e articulando-se com as linhas de ação estratégica para a SM e o bem-estar na Europa,
aprovadas em Bruxelas em Aveiro de 2016, estabelecem-se objetivos a cumprir até 2020.
o Garantir a implementação eficaz e sustentável de políticas que contribuam para a
promoção da saúde mental e para a prevenção e tratamento das doenças mentais.
o Desenvolver a promoção da saúde mental perdi-me

Perdi-me

o Aumentar em 25% o registo doas perturbações mentais nos CSP.


o Inverter a tendência da prescrição de benzodiazepinas na população através da sua
estabilização.
o Apoiar a criação de 1500 ligares para adulto e 500 para crianças/adolescentes em Cuidados
Continuados Integrados de Saúde Mental.
o Aumentar em 30% o número de ações no âmbito dos programas de promoção de saúde
mental e de prevenção de doenças mentais desenvolvidos pelo PNSM.
Tabela metas 2020 perdi-me

Perdi-me
o Criação de uma equipa de coordenação responsável pela sua implementação, reduzindo o
reforço de recursos humanos.
o Modificação do modelo de gestão e organização dos serviços de SM.
o Financiamento, sistema de informação e crianças de novo modelo de pagamento dos serviços
de SM.
o Criação de uma categoria de serviços mínimos de prestação de cuidados.
o Saúde mental e CSP.
o Implementação dos perdi-me

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