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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E

CIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS E TECNOLOGIAS

FÍSICA GERAL III

RELATÓRIO n°2

INSTRUMENTOS ÓPTICOS SIMPLES

DISCENTE

Cynthia Morais – 20200779

Ilídia Arcanjo- 20190092

Ismaila António - 20200107

Luisa Neinda- 20200221

Yossana Mateus – 20191587

CURSO: ENGENHARIA QUÍMICA DOCENTE: Luís Joni

TURMA: [EQM4-T1]

Data de Realização da Experiência: 16/maio/2022


1 INTRODUÇÃO
A Óptica é a parte da Física responsável pelo estudo da luz e dos
fenômenos associados a ela.
A Óptica geométrica é a parte da Física responsável pelo estudo da luz
e dos fenômenos associados a ela, considerando que sua propagação ocorre
por meio de raios de luz, ou seja, a óptica geométrica ocorre quando a luz é
considerada uma partícula e seus estudos são feitos a partir do conceito de raios
de luz, conferindo um modelo geométrico para a luz.

2 OBJETIVO
a) Familiarizar-se com os conceitos da óptica geométrica.
b) Compreender o funcionamento de instrumentos ópticos simples tais
como o microscópio, o projector e o telescópio.
c) Treinar a utilização destes mesmos instrumentos ópticos.

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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A Óptica é uma disciplina da física muito antiga. Tem aplicações na
Astronomia, navegação e Medicina. Microscópicos fizeram muitos avanços na
Biologia, Medicina e Engenharia dos materiais possíveis. A invenção do laser
facilitou aplicações adicionais em máquinas (sensores) e na transmissão de
dados (fibras ópticas). Finalmente, aparelhos e dispositivos de utilização no dia-
a-dia, como óculos, máquinas fotográficas e televisões, funcionam aplicando as
leis da óptica.
A Óptica geométrica se fundamenta em alguns princípios (Leis)
fundamentais como:
 A propagação retilínea da luz em meios homogêneos;
 A lei da reflexão em espelhos (o ângulo de incidência é igual ao ângulo
de reflexão);
 E a lei da refração (a razão entre o seno do ângulo de incidência e o
seno do ângulo de refração é constante).

A distância focal de uma objetiva é determinada a partir dos pontos


nodais até os focais, ou seja, é a distância, em milímetros, entre o ponto de
convergência da luz até o ponto - sensor ou filme em máquinas fotográficas e
filmadoras - onde a imagem focalizada será projetada. Quanto maior for a
distância focal, menor será o ângulo de visão da imagem e maior será a
"aproximação" dos objetos focalizados, devido ao corte realizado.

Um dos instrumentos utilizados na prática foi o microscópio, que consiste


de uma lente com distância focal curta da ordem de alguns milímetros (objetiva),
e uma lente com distância focal maior na ordem de centímetros (ocular). A partir
da Figura 1 pode-se notar que o objeto a ser observado está situado um pouco
além do foco-objeto F1 da objetiva, para lente objetiva forme uma imagem real
invertida do objeto. A lente ocular usa essa imagem como objeto para formar
uma imagem virtual aumentada no infinito, a qual permanece invertida.

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Figura 1 Funcionamento do microscópio

Outro instrumento utilizado foi telescópio, que é um instrumento usado


para observar objetos que estão muito distantes e são geralmente muito
grandes. O telescópio funciona criando uma imagem real do objeto a uma
distância muito menor do que onde realmente está o objeto. O telescópio
astronômico, ilustrado na figura abaixo (figura 2) consiste em duas lentes
convergentes - uma lente objetiva que forma uma imagem real e invertida, e uma
ocular que é usada como lupa simples para enxergar a imagem. Devido ao uso
destas lentes este telescópio também é conhecido como telescópio de refração
ou refrator.

Figura 2 Funcionamento do telescópio

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4 INSTRUMENTOS
 Preparado de uma pulga de cão;
 Imagem do imperador Maximiliano;
 Anteparo;
 Microscópio;
 Lentes (+/-50mm, +200mm, +300mm, +100mm, +20mm).

5 PROCEDIMENTO
1) Montamos um telescópio de Kepler utilizando uma lente objetiva de
f=+300mm e uma lente ocular f=+50mm, com o sistema montado
observamos à distância o pilar da instituição. De seguida medimos a distância
real entre as duas lentes quando observamos a imagem nítida.
2) Montamos o telescópio de Galileu e observamos a distância um pilar.
Utilizamos uma lente objetiva de f=+300mm e uma lente ocular de f=-50mm.
Medimos a distância real entre as duas lentes quando observamos a imagem
nítida.
3) Montamos um microscópio com uma lente objetiva de f=+20mm na posição
23mm, e uma lente ocular de f=+50mm na posição 45mm, e observamos um
preparado duma pulga de cão. A objectiva foi manipulada de forma a
observarmos uma imagem nítida.
4) Montamos um projetor de diapositivos utilizando a lente convexa de
f=+100mm, situamos o objeto (dispositivo do imperador Maximiliano) a
diferentes distâncias da lente, buscamos a imagem nítida do imperador com
a tela e medimos a distância da imagem.

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6 RESULTADOS OBTIDOS

1º Experimento -- Telescópio de Kepler


nº d (teórica), mm d (medida), mm Ampliação (Г)
1 350 335 6
2 350 317 6
3 350 336 6
Média 350 329,3 6

Obtiveram-se os valores de d (teórica) e ampliação, a partir das seguintes


equações:
d = f1+f2
Г= f1 / f2
Sendo f1=+300mm e f2=+50mm.

2º Experimento -- Telescópio de Galileu


nº d (teórica), mm d (medida), mm Ampliação (Г)
1 250 212 6
2 250 230 6
3 250 242 6
Média 250 228 6

O procedimento foi basicamente o mesmo, com exceção da alteração das


fórmulas acima citadas:
d = f1 / |f2|
Г= f1 / |f2|
Sendo f1=+300mm e f2= -50mm.

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3º Experimento -- Microscópio
nº t‫׳‬, mm B, mm t, mm Ampliação (Г) b, mm
1 160 75 90 22,5 150
2 160 86 90 22,5 150
3 160 78 90 22,5 150
Média 160 79,67 90 22,5 150

Tendo sido usadas as seguintes fórmulas para o cálculo de t‫׳‬, t e a


ampliação:
t‫ = ׳‬tob-toc
t = t‫( – ׳‬fob + foc)
Г=(t*So) / (fob*foc)
Sendo tob=330mm, toc=170mm, fob=+20mm, foc=+50mm, e So=250mm.

4º Experimento -- Projector
Posição da tela
(x+14) g, cm b, cm m= -b/g
74cm 12,1 26,1 -2,15
84cm 11,6 25,6 -2,206
94cm 11,3 25,3 -2,23

Sendo x, respectivamente 60,70 e 80 cm.

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7 DISCUSSÕES E CONCLUSÃO

Para o primeiro procedimento, verificamos que as distâncias reais


obtidas durante a prática eram valores aproximados à distância teórica, sendo
que teve uma taxa de erro relativo de aproximadamente 5,92% em relação à
média, uma percentagem relativamente baixa.

Para o segundo procedimento, o mesmo foi verificado, ou seja, as


distâncias obtidas também eram valores aproximados à distância teórica, tendo
uma taxa de erro relativo de aproximadamente 8,8% em relação à média, uma
percentagem relativamente baixa.

Para o terceiro procedimento, o valor de t’ obtido foi aproximado ao de


b obtido pela fórmula (11) da primeira prática, logo podemos dizer que t´≈ b.

Para o quarto e último procedimento, a posição do objeto utilizada foi


de 14cm ao contrário do que está no guia, e nos foi autorizado fazer as medições
nesta mesma posição. Apesar desta diferença, não tivemos problemas para
realizar o procedimento experimental. As imagens nítidas foram obtidas em
distâncias aproximadas à 100mm, sendo que podemos dizer que g≈100mm.

Ao fim deste relatório podemos ver que os conhecimentos dados foram


adquiridos com sucesso, visto que a manipulação dos instrumentos ópticos foi
de fácil compreensão e os resultados obtidos não estiveram longe do esperado
em nenhum procedimento.

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BIBLIOGRAFIA

GUIA DE TRABALHOS PRÁTICOS DE FÍSICA EXPERIMENTAL III –


ISPTEC
Baldow, Rodrigo. Silva, Ana Paula T. B. GALILEU, KEPLER E SUAS
DESCOBERTAS: ANÁLISE DE UMA PEÇA TEATRAL VIVENCIADA COM
ESTUDANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. Disponível em:
https://if.ufmt.br/eenci/artigos/Artigo_ID242/v9_n2_a2014.pdf. Acesso em 23 de
Maio de 2022
Cinti, Anderson Rodrigues. Telescópio Refrator: Luneta de Galileu.
Disponível em:
https://www.ifi.unicamp.br/~lunazzi/F530_F590_F690_F809_F895/F709/F709_
2019_sem2/Anderson-Muraca_F709-S2-2019-RF.pdf. Acesso em 23 de Maio
de 2022.
Las Casas, Renato. Os primeiros telescópios. Disponível em:
https://periodicos.ufes.br/astronomia/article/download/30856/21246/93083.
Acesso em 23 de Maio de 2022.
Fernandes, Bruno. Resumo de Física 9º ano – Instrumentos ópticos.
Disponível em: https://blog.professorbrunofernandes.com.br/resumo-de-fisica-
9o-ano-instrumentos-opticos/. Acesso em 23 de Maio de 2022.
Alonso, Cristina. Bento, Gabriela. Gasperini, Mariana. Novak, Nicolle.
Ismail, Zeinab. Ribeiro, Jocemar. Formação de imagem da lupa e do
microscópio. Disponível em: https://microscopio-
lupa.tumblr.com/post/83575481203/forma%C3%A7%C3%A3o-da-imagem-da-
lupa-e-do-microsc%C3%B3pio/amp. Acesso em 23 de Maio de 2022.

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