Cimento de ionômero

de vidro

Prof. Dr. Eduardo Mota

CIMENTOS DE IONÔMERO DE VIDRO



CLASSIFICAÇÃO

COMPOSIÇÃO
PROPRIEDADES

INDICAÇÕES
 EM 1972 

WILSON & KENT
formularam e desenvolveram
vidro aluminiosilicato
+
ácido poliacrílico

Wilson AD, Kent BE. A new translucent cement for dentistry. The
glass ionomer cement. Br Dent J. 1972 Feb 15;132(4):133-5.
QUALIDADES POSITIVAS
PROPRIEDADES ASSIMILADAS

DE CADA MATERIAL

POLICARBOXILATO
Adesão à Estrutura
Dental

SILICATOS
Estética
Liberação de Flúor
OBTENÇÃO DO PÓ DE
IONÔMERO DE VIDRO
LÍQUIDO

ÁCIDO POLIALCENÓICO
 ÁCIDO POLIALCENÓICO

ALTO PESO MOLECULAR

VISCOSO
GRUPO CARBOXÍLICO (COOH-) IONIZADO
EM MEIO AQUOSO
ADESÃO POR QUELAÇÃO
 ÁCIDO POLIALCENÓICO

resistência restaurador
viscosidade ou base

• poliacrílico
• itacônico
• tartárico
• maléico
cimentação
forramento
 MANIPULAÇÃO DO CIV
• Proporção pó e líquido de acordo com fabricante
• Sobre uma placa de vidro ou papel impermeável
• Espátula de plástico ou nylon
• Temperatura de ± 23 °C
• Tempo de manipulação de 30 s no máximo
• Deve apresentar no final, uma massa cremosa com
aspecto vítreo e úmido
 CRÍTICO
dispensar apenas
no momento do uso
 ⌛ 15 s

CRÍTICO: INCORPORAÇÃO e AGLUTINAÇÃO

 PÓ + LÍQUIDO

REAÇÃO QUÍMICA
ÁCIDO/BASE
exotérmica 5ºC

DESLOCAMENTO DE ÍONS

DISSOLUÇÃO
BRILHO ÚMIDO Ca++ do dente
ADESIVIDADE AO CÁLCIO
DA DENTINA E ESMALTE
FORMAÇÃO DA MATRIZ DE POLISSAIS E H2O

PARTÍCULA DE
VIDRO

PERDA DO
BRILHO
FRÁGIL
SILVA e ZUANON. Braz Dent J (2006) 17(2): 106-109
van Noort, 1994
MATURAÇÃO E CURA

O CIV após a mistura em seus primeiros 5

minutos, inicia uma fase de geleificação do
policarboxilato de cálcio, que é altamente
susceptível à sorpção de água, devendo ser
protegido com um verniz cavitário.

24 horas forma o policarboxilato de Al com

melhor resistência e menor solubilidade.
MODIFICAÇÕES DO CIMENTO
DE IONÔMERO DE VIDRO
 CLASSIFICAÇÃO DE MCLEAN 

QUANTO A FORMULAÇÃO, 1994

• CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO

CONVENCIONAL
• ADIÇÃO DE METAIS - CERMET
• CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO
MODIFICADO POR RESINA
• RESINA COMPOSTA POLIÁCIDO
MODIFICADA
CIV CONVENCIONAIS
CIV CONVENCIONAIS
 COMPOSIÇÃO DOS CIV
CONVENCIONAIS

PÓ: SÍLICA(SiO2)

ALUMINA (Al2O3)

FLUORETO DE CÁLCIO (CaF2)
 COMPOSIÇÃO DOS CIV
CONVENCIONAIS

LÍQUIDO: ÁCIDOS ALCENÓICOS 


(ÁC. ACRÍLICO/ÁC. 

MALEICO)

ÁCIDO ITACÔNICO

ÁCIDO TARTÁRICO
 PROPRIEDADES DOS CIV
CONVENCIONAL

• REAÇÃO ÁCIDO-BASE EXCLUSIVA

• BAIXA RESISTÊNCIA COESIVA
• TEMPO DE TRABALHO CURTO
• TEMPO DE PRESA LONGO
• SUCEPTIBILIDADE A DESIDRATAÇÃO
• ACABAMENTO EM 2ª CONSULTA
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

BIOCOMPATIBILIDADE

COEFICIENTE DE EXPANÇÃO TÉRMICA

ADESIVIDADE

LIBERAÇÃO DE FLÚOR

MAIOR DESGASTE (Comparado com

Resinas)
1 – condicionamento
da dentina
10 s, lava e seca
ÁC. POLIACRÍLICO

Substrato Tratamento Res. União

de superfície (MPa)
Esmalte - 3,2
Esmalte Ácido poliacrílico 7,1
Dentina - 3,1
Dentina Ácido poliacrílico 6,8

van Noort, 1994

 3 – carregamento
Aspecto úmido
2 – incorporação
aglutinação
30 s
2 – rompimento
do êmbolo
trituração 10 s
3 – carregamento
 5 – ajuste com
lâmina de bisturi
Proteção se exposto
ao meio bucal

4 – presa de 6-8 min

ou

Foto 20s
CIV CONVENCIONAL

Propriedade Ketac-Cem
Radiopacidade -
Solubilidade em água 7 min. 1%
Solubilidade em água 1 hora 0,4%
Resistência à compressão 24h 105 MPa
DTS 24 horas 5,3 MPa
Resistência flexural 24h 4,1 MPa

van Noort, 1994

 CIV MODIFICADO POR
METAL - CERMET

PÓ: SÍLICA(SiO2)

ALUMINA (Al2O3)

FLUORETO DE CÁLCIO (CaF2)

LIMALHA DE PRATA (40%)
 CIV MODIFICADO POR
METAL - CERMET

LÍQUIDO: ÁCIDOS ALCENÓICOS 


(ÁC. ACRÍLICO/ÁC. 

MALEICO)

ÁCIDO ITACÔNICO

ÁCIDO TARTÁRICO
COMPOSIÇÃO DOS CIV
MODIFICADO POR RESINA
 CIV MODIFICADO POR RESINA

• CARACTERÍSTICAS DE PRESA MELHORADAS

• MENOR INFLUÊNCIA DO GANHO OU PERDA
DE ÁGUA
• MAIOR RESISTÊNCIA
• MELHOR ESTÉTICA
• ACABAMENTO IMEDIATO
• CONTROLE DO TEMPO DE PRESA
• 20 % DE CONTEÚDO RESINOSO NO LÍQ
 COMPOSIÇÃO DOS CIV
MODIFICADO POR RESINA

PÓ: SiO2
Al2O3
CaF2
 COMPOSIÇÃO DOS CIV
MODIFICADO POR RESINA

LÍQUIDO: ÁCIDO POLIACRÍLICO

MODIFICADO
MONÔMERO (Bis-GMA, HEMA)
INICIADORES DE
POLIMERIZAÇÃO
 REAÇÃO DE PRESA

ÁCIDO/BASE + FOTOATIVAÇÃO

+ REDOX (em profundidade e sem luz)

 COEFICIENTE DE EXPANÇÃO
TÉRMICA LINEAR

Material Coef. Exp. Condutividade

Térmica Linear Térmica
Esmalte 11,4 0,0022
Dentina 8,3 0,0015
Amálgama 22-28 0,055
CIV restaurador convencional 10-13
CERMET 15
CIV base convencional 8
CIV modificado por resina 31
Resina composta 50 0,0026

Loguercio e Reis, 2007

 LIBERAÇÃO DE FLÚOR

Material 14 dias (µg-F) 30 dias (µg-F)

CIV convencional para cimentação 470 700
CIV convencional para restauração 440 650
CIV convencional para forramento 1000 1300
CIV modificado por resina 1200 1600
CERMET 200 300

Anusavice, 1998
 RESISTÊNCIA A TRAÇÃO E
COMPRESSÃO
MATERIAL AUTOR/ANO RC (MPa) RT (MPa)

VITREMER KERBY et al., 208,4 38,8

1997

CHELON- NATHANSON 136,0 5,5

SILVER 1993

FUJI II WILLIANS, 136,5 13,3

BILLINGTON
1992
COMPÔMERO ANUSAVICE, 350 80
MAT.DENT.
10ªED.

TABELA ADAPTADA NAVARRO E PASCOTO, 1998

CLASSIFICAÇÃO QUANTO
À NOMENCLATURA
RESTAURADOR: FILL, R
CIMENTADOR: CEM, CHEM, C
BASE / FORRADOR: F, BOND
NÚCLEO: N
ADIÇÃO DE METAIS: SILVER / CERMET
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À
INDICAÇÃO

• TIPO I Cimentação

• TIPO II Restauração

• TIPO III Selante e Base

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 REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
• Reis e Loguercio. Materiais Dentários
Restauradores Diretos, 2007.

• Navarro e Pascotto. Cimentos de Ionômero

de Vidro, EAP, APCD, 1998

• ANUSAVICE, KJ. SHEN ,C. RAWLS, HR.

Phillips materiais dentários. 12. ed. Ed.
Elsevier, 2013.